"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

IMAGEM DO DIA

 
Alambrado não suporta "avalanche" da torcida do Grêmio no jogo contra a LDU, pela Libertadores, na nova Arena, em Porto Alegre
Alambrado não suporta "avalanche" da torcida do Grêmio no jogo contra a LDU, pela Libertadores, na nova Arena, em Porto Alegre - Jefferson Bernardes/AFP
 
31 de janeiro de 2013

DATA FATAL: NOVA MESA DIRETORA DA CÂMARA SERÁ ESCOLHIDA NO DIA 4 DE FEVEREIRO

 

Responsáveis pelas principais decisões e diretrizes da Câmara dos Deputados, a nova composição da Mesa Diretora da Casa será eleita no próximo 4 de fevereiro, em votação secreta, pelos 513 deputados. A eleição está prevista para começar às 10h, no plenário da Casa.

Na ocasião, serão disponibilizadas 19 urnas eletrônicas para a votação dos parlamentares, que irão eleger o presidente, dois vices, quatro secretários e igual número de suplentes. Até o momento, três deputados estão na disputada pelo mais alto posto da Casa: a atual primeira vice-presidente, Rose de Freiras (PMDB-ES), o líder do PMDB Henrique Eduardo Alves (RN), e atual quarto secretário, Júlio Delgado (PSB-MG).

Até o dia 1º de fevereiro, os pretendentes a um cargo na Mesa da Câmara poderão registrar suas candidaturas. Para ser eleito em primeiro turno para qualquer um dos cargos de direção da Casa, o candidato precisará obter, no mínimo, 257 votos favoráveis, metade mais um dos 513 parlamentares. Se não conseguir esse número, a eleição será decidida em segundo turno entre os dois mais votados.

LINHA SUCESSÓRIA

O processo eleitoral será conduzido pelo atual presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS). Concluído o processo de votação, será apurado, em primeiro lugar, a votação para presidência da Casa. Se um dos candidato obtiver 257 votos ou mais será declarado eleito e, imediatamente, assumirá os trabalhos. Em seguida serão apurados os votos para os demais cargos.

Segundo na linha sucessória do país, o presidente da Câmara é o responsável pela condução dos trabalhos e definição das matérias a serem votadas pelo plenário. Cabe a ele ainda a última palavra sobre questionamentos feitos por parlamentares e partidos políticos.
Nas ausências do presidente e vice-presidente da República, é o presidente da Câmara que assume o comando do país. Além disso, integra o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional.

O primeiro vice-presidente tem a atribuição de substituir o presidente e, entre outras funções, elaborar pareceres sobre os requerimentos de informações e os projetos de resolução. O segundo vice-presidentes exerce a função de corregedor da Casa, que analisa denúncias contra os deputados.

O 1º secretário é uma espécie de prefeito da Casa. Ele tem a responsabilidade pelos serviços administrativos e de pessoal da Câmara. A ele cabe o envio de requerimentos de informações a ministros e por dar posse ao secretário-geral da Mesa e ao diretor-geral da Câmara.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG

Já houve tempo em que, para ser presidente da Câmara e se tornar o número três na linha sucessória da República, era preciso ser um político de verdade, respeitado não somente pelos deputados, mas pela sociedade como um todo. Para ser presidente da Comissão de Constituição e Justiça, exiga-se notório saber jurídico.

Nas últimas décadas, a coisa degringolou de tal maneira que o mensaleiro João Paulo Cunha (PT-SP) conseguiu ser presidente da Câmara e, mesmo depois de se tornar réu de processo no Supremo, virou presidente da Comissão de Constituição e Justiça. Detalhe: as festas que ele dava na mansão oficial da presidência da Câmara, com recursos públicos, eram famosas em Brasília.

Por isso, não causa surpresa alguma o fato de um político comprovadamente corrupto como Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) se tornar presidente da Câmara, com apoio incondicional do Planalto, do PT e até de partidos de oposição, como o PSDB.

Mais do que nunca, cabe indagar: Que país é esse? Responda, Francelino Pereira. Diga aí você, que não conseguiu ser presidente da Câmara, mas presidiu a Arena, o maior partido do Ocidente, e virou governador biônico de Minas Gerais.

31 de janeiro de 2013
Iolando Lourenço e Ivan Richard (Agência Brasil)

CRUEL PEDAGOGIA

 

Do alto de seus vinte anos, os jovens contemplam a vida como quem, do alto de uma montanha, observa, extasiado, o mundo ao seu redor. Horizontes amplos, infinitas trilhas e 360 graus de possibilidades. Nessa idade, eu me lembro muito bem, a vida é eterna e a esperança infinita. Só os avós morrem quando se tem vinte anos.
O velório de um jovem é inconcebível ruptura com a ordem natural. Contudo, a morte espreita a juventude com olhos cobiçosos. Enquanto os idosos morrem porque chegou a hora, porque dar adeus à vida terrena é próprio da velhice, os jovens morrem de infinitas maneiras, revelando inesperada vulnerabilidade.

Idosos morrem porque não podem alterar o curso da vitalidade que se extingue. Jovens, porém, morrem desnecessária e superfluamente, por motivos que poderiam ser evitados. Essa é a tragédia das tragédias cotidianas. Ir-se assim, sem que nem porquê? Jovens morrem nas ruas, nas estradas, nas brigas entre gangues, na lenta e dolorosa morte das drogas, nas madrugadas onde a violência espreita, nas infames brigas por motivos fúteis.
Morrem nas aventuras e travessuras, na terra, na água e no ar.

Por isso pais e mães carregam no peito uma incompreendida e permanente aflição. A respiração para quando o telefone toca e para quando o telefone não toca. Paranóicos, nós? Não, não. Simplesmente pais cuidadosos de filhos incautos, que creem haver bebido a imortalidade no cálice da juventude.

As grandes catástrofes carregam em seu script uma pedagogia brutal. Há nelas uma lição sobre o que não fazer. Sua dissonante partitura se faz com notas que pedem atenção e reflexão.

Desafortunadamente, numa espécie de autodefesa, cerramos os olhos e os ouvidos. E pouco aprendemos com as lições que nos vêm dos sinistros e dos escombros.

Por isso escrevo com a esperança de que a crudelíssima pedagogia dos fatos do dia 27 mostrem aos nossos jovens que nós, os pais, não somos coroas paranóicos a vislumbrar perigo ali onde tudo indica morar a felicidade e a alegria. Por isso escrevo confiando em que os jovens não pressuponham que as autoridades fazem sempre, em toda a parte, tudo que lhes compete para garantir a sua segurança.

Não! Muitas vezes é o contrário. Por isso escrevo desejando que os jovens, diante de tão sofrida experiência, valorizem o dom maravilhoso da vida como uma dádiva frágil a exigir prudência e atenção.
As alegrias dos filhos serão maiores e as aflições dos pais serão menores se, doravante, filhos e pais forem severos fiscais da própria segurança onde quer que estejam.

31 de janeiro de 2013
Percival Puggina

O RETORNO À SOBERANIA


Dois fatos políticos se unem para debilitar a unidade européia, ou cimentá-la, a partir de uma profunda mudança ideológica. Em Barcelona, o Parlamento aprovou, por maioria de dois terços, a Declaração de Soberania. O texto, que remonta aos direitos históricos de autogoverno dos catalães, desde os tempos medievais, serve de recheio para o enunciado principal, simples e curto, como são todas as grandes decisões históricas. E como em todos os documentos políticos importantes, a clareza sacrifica o estilo.

"Declaração de soberania e do direito de decidir do povo da Catalunha:

De acordo com a vontade majoritária, manifestada democraticamente por parte do povo da Catalunha, o Parlamento da Catalunha aprova iniciar o processo para tornar efetivo o exercício do direito de decidir, para que os cidadãos e as cidadãs da Catalunha possam decidir seu futuro político coletivo, de acordo com os seguintes princípios:

Soberania: O povo da Catalunha tem, pelas razões de legitimidade democrática, o caráter de sujeito político e jurídico soberano".

No mesmo dia, David Cameron anunciava o seu propósito de, se reeleito, daqui a dois anos, promover referendum nacional para que os cidadãos decidam se as Ilhas Britânicas continuam integrando a União Européia ou a abandonam.

Esses dois fatos conduzem à visão cética de muitos pensadores e analistas, quanto ao futuro da unidade política do território em que a idéia do Ocidente plasmou-se e se desenvolveu. Há, e bem nítido, movimento de dispersão, de reafirmação da idéia de plena autodeterminação das comunidades nacionais. Trata-se da insubmissão aos estados construídos sobre as marcas de domínio supranacional da Igreja, dos reis e dos imperadores. Enfim, articula-se o retorno às sociedades unidas pela cultura, pela crença, pela linguagem.

SOBERANIA
Essa tendência à reconquista da soberania dos povos, perdida ao longo dos séculos, não se limita à Espanha, nem se manifesta apenas no mal-estar dos grandes estados, como a Inglaterra, em fazer parte de uma sociedade heterogênea, com idéias e interesses conflitantes. A Inglaterra parece perceber, e com razão, que a Alemanha, sob o domínio espiritual da velha Prússia, retorna ao sonho antigo de dominar a Europa, se não o mundo. Os alemães não escondem a sua presunção de superioridade, que antes se baseava na ilusão do poderio militar, e hoje se assenta na hegemonia econômica.

Há dois aspectos, um, positivo, e o outro, negativo, nesse movimento centrífugo. O positivo se funda na velha idéia de liberdade e de afirmação da identidade cultural e política dos povos diferentes, que se projeta no desenvolvimento econômico autônomo, na conquista da autarquia, conforme os gregos. O negativo é o da xenofobia, que se agrava com o racismo. Os critérios de classificação racial, que a ciência e a ética rejeitam, se estreitam, e os estranhos, ainda que tenham a mesma origem étnica, passam a ser vistos como inferiores.

A situação paradigmática, na dissolução dos estados multinacionais, é a da Espanha. Os povos diferenciados, que contavam com os fueros antigos de suas cidades, sempre contestaram a centralização do poder, sobretudo a partir do século 15, quando, com a união de Castela e Aragão, os reis passaram a suprimir, pouco a pouco, os estatutos de relativa liberdade das cidades.

A partir da ditadura de Primo de Rivera, que se ampliaria na tirania de Franco, depois do sonho de liberdade e de igualdade da breve República dos anos 30, a exploração econômica dos povos periféricos e a opressão política se tornaram mais graves. O atual momento de fragilidade de Madri, com a crise econômica aguda de que padece a Península, estimula os catalães e bascos em seu movimento de rebeldia. Não é por acaso que, conforme noticiou El País, a cidade basca de San Sebastián hasteou, em seu Ayuntamento, sede do poder municipal, a senyera, a bandeira da Catalunha.

As fronteiras políticas se movem na Europa.

31 de janeiro de 2013
Mauro Santayana

OPERAÇÃO PORTO SEGURO: EX-SENADOR GILBERTO MIRANDA FORNECE À POLÍCIA ENDEREÇO QUE NÃO EXISTE


Qualquer fotógrafo de celebridades sabe que o ex-senador Gilberto Miranda mora no Jardim Europa, um dos pontos mais caros de São Paulo. Para a polícia e para os registros de empresas, porém, Miranda informa que não tem domicílio no Brasil, mas sim em Barcelona, na Espanha. Levantamento feito pelo jornal "Folha de S. Paulo" no registro de imóveis daquela cidade e no local mostram que o apartamento em que ele diz morar não existe.

Miranda, denunciado na operação Porto Seguro da Polícia Federal (PF) por suspeita de participar de esquema de compra de pareceres em órgãos do governo federal, disse à PF que mora na calle Pujades, 235, terceiro andar, quarta casa, em Barcelona. Mas, no endereço, há um prédio que só tem dois andares, com um apartamento por nível.

O advogado Claudio Pimentel, que defende Gilberto Miranda, afirma que não tem conhecimento do endereço fornecido em Barcelona. "Ele pode morar onde quiser no exterior", disse. Mas o endereço, segundo ele, precisa existir. O advogado, no entanto, preferiu não discutir essas questões por meio da imprensa.

IMPEDIDO
O advogado geral da União, Luís Inácio Adams, disse que vai se declarar impedido de decidir eventual demissão de seu ex-auxiliar José Weber Holanda, outro indiciado na operação Porto Seguro. Ex-número 2 da Advocacia Geral da União (AGU), Holanda era amigo pessoal de Adams e despachava diretamente com o ministro.

Uma comissão de sindicância formada na AGU para apurar o envolvimento de servidores no esquema recomendou a abertura de Processo Administrativo Disciplinar, que pode levar a punições que vão desde advertência a demissão, passando por suspensão.

(Transcrito do jornal O Tempo)

31 de janeiro de 2013

tribuna da internet

LIVRE PENSAR É SÓ PENSAR (MILLÔR FERNANDES)

 


31 de janeiro de 2013

DIRCEU VAI PERCORRER O PAÍS PREGANDO A ANULAÇÃO DO JULGAMENTO DO MENSALÃO

 

Condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a dez anos e dez meses de prisão por corrupção ativa e formação de quadrilha, o ex-ministro petista José Dirceu participou, ontem, no Rio de Janeiro, de um evento organizado pela CUT e patrocinado pelo Sindicato dos Petroleiros, para defender a anulação do julgamento do mensalão – considerado o maior escândalo da política brasileira.


Dirceu, um dos ídolos do PT

Embora tivesse sido anunciado “um debate” sobre o tema, todos os participantes convidados eram a favor da anulação do julgamento, cada um deles mais empenhado em defender a inocência de Dirceu.

Este foi o primeiro de uma série de encontros organizados por movimentos sociais empenhados em contestar a decisão do Supremo Tribunal Federal. Advogados de Dirceu já recorreram da sentença. Hoje, Dirceu está em Belo Horizonte, onde participará de ato organizado pelo diretório do PT mineiro. Depois do Carnaval, ele fará palestras nas regiões Norte e Centro-Oeste.

O debate foi organizado pela Central Única dos Trabalhadores no Rio de Janeiro (CUT-RJ). Para o secretário de Finanças da CUT-RJ, José Garcia Lima, houve “uma série de erros jurídicos no julgamento”, marcado por “um acúmulo de provas contrárias à tese que levou às condenações”.

Enquanto isso, em Brasília, sem referência ao mensalão e sob aplausos dos colegas, o deputado José Genoino (PT-SP) – também condenado no processo – circulou, ontem, com desenvoltura em seu primeiro compromisso com a bancada do PT na Câmara.

31 de janeiro de 2013
Carlos Newton

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

 


31 de janeiro de 2013

CONTINUAM OS DEBATES SOBRE AS VANTAGENS E DESVANTAGENS DE SEDIAR A COPA DO MUNDO

 



Os otimistas e a turma do oba-oba, que, às vezes, se confundem, falam que 498 dias são mais que suficientes para se formar uma grande seleção e que Felipão e Parreira são os únicos capazes de suportar a pressão de comandar uma Copa no país.
Dizem que, em casa, o Brasil é o principal favorito e que a seleção possui Neymar e vários outros grandes craques.

Os realistas, críticos, também chamados de pessimistas, dizem que não haverá nenhum legado técnico após a Copa, mesmo se o Brasil for campeão.
Falam que o futebol brasileiro, fora raras exceções, como o Corinthians, desaprendeu a jogar coletivamente, que o Brasil só tem um craque, Neymar, e que há seleções melhores.

Os otimistas e a turma do oba-oba falam que o dinheiro do BNDES não é público, que é comum os estádios ficarem mais caros que o previsto, que nenhum se tornará elefante branco, porque são arenas multiuso, que os novos estádios e gramados vão melhorar a qualidade do futebol e que o desalojamento de famílias e a desapropriação de bens públicos foram exigências da Fifa.

Os realistas e críticos dizem que quase todos os estádios são construídos com dinheiro público (BNDES, diminuição de impostos e outras vantagens), que os estádios de Brasília, Cuiabá e Manaus serão elefantes brancos, que os estádios existem para se jogar futebol e, depois, serem sedes de outros eventos e, não, o contrário.
Alegam que quase todos estão superfaturados, com enorme variação de preços, e que, por ser caríssima a manutenção, não serão rentáveis, a não ser que os ingressos sejam muito caros.

LEGADO Á POPULAÇÃO?

Os otimistas e a turma do oba-oba falam que haverá um grande legado à população, que o turismo será beneficiado, que não haverá confusão em aeroportos no período da Copa do Mundo, porque diminuirá bastante o número de passageiros habituais.

Os realistas e críticos falam que os aeroportos continuarão tumultuados, desorganizados, superlotados, que a maioria das obras perto e ao lado dos estádios, o tão falado legado da mobilidade urbana, não ficará pronta ou já está cancelada e que o dinheiro público para outras obras urgentes e importantes, para os setores de saúde, transporte, saneamento básico e infraestrutura, foi transferido para o Mundial.

Não tenho dúvidas de que os estádios estarão prontos e lindos, que temos condições de fazer uma Copa tão ou mais organizada que a da África do Sul, que o torcedor vai curtir uma grande festa, ainda mais se o Brasil avançar na competição e for campeão.
Mas não podemos fechar os olhos a tantos absurdos, a tanto gasto desnecessário e excessivo e a duas grandes mentiras: a de que não haveria dinheiro público e que a Copa deixará um grande legado social e urbano à população.

31 de janeiro de 2013
Tostão (O Tempo)

A VERDADE SOBRE AQUELE SEU GATINHO "TÃO FOFO"

 

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O Smithsonian Conservation Biology Institute em associação com o Fish and Wildlife Service, orgão federal que, nos Estados Unidos, reúne as atribuições divididas no Brasil entre o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) acaba de publicar no Nature Communications Journal um estudo nacional que conclui que os gatos domésticos “são, isoladamente, a maior ameaça contra a fauna nativa e a biodiversidade nos Estados Unidos, responsáveis pela eliminação, anualmente, de 2,4 bilhões de aves e 12,3 bilhões de pequenos mamíferos nativos”, aí incluídos de coelhos para baixo na escala de tamanhos.
O estudo consistiu em reunir e consolidar todas as pesquisas de campo sobre o tema feitas por universidades e outras instituições reconhecidamente abalizadas, eliminar aquelas em que a amostra era muito pequena ou os resultados encontrados muito extremos e projetar o resultado para uma escala nacional, segundo cada tipo de ambiente pesquisado.
 
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Desse escrutínio sobraram 21 estudos considerados os mais rigorosos já feitos no país.
Se a conclusão final não contrariou aquilo que já se sabia de modo genérico, os números finais surpreenderam os pesquisadores.
Chegamos a números entre duas e quatro vezes maiores que os que se imaginava antes deste estudo. Os gatos domésticos são a maior entre todas as ameaças à vida selvagem direta ou indiretamente relacionadas à ocupação humana nos Estados Unidos. Mais aves e mamíferos morrem nos dentes dos gatos do que a soma dos que são vítimas de atropelamentos, dos venenos e pesticidas, das colisões com arranha-céus e usinas eólicas ou de qualquer outro fator antropogênico”.
 
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Alguns dos detalhes importantes destacados da pesquisa incluem os seguintes:
  • os mascotes morando com seus donos com acesso a jardins ou áreas maiores matam 29% das aves (696 milhões) e 11% dos mamíferos e outras espécies (1 bilhão 353 milhões) nativas abatidas por ano por gatos em todo o país;
  • o restante das aves e animais abatidos são capturados por gatos domésticos “alongados”, ou seja, soltos ou escapados que se reproduzem na natureza e tornam-se semi-selvagens;
  • esses gatos “alongados” ficam na categoria que os americanos classificam como “predadores subsidiados”, que são aqueles mais tolerados pelos humanos, vivem nas proximidades deles sem ser ameaçados e podem se garantir com as sobras que eles descartam; “tais espécies se estabelecem e proliferam muito mais facilmente que um coiote, por exemplo, que tem que contar exclusivamente com a natureza para sobreviver e, ainda assim, suficientemente longe dos homens”;
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  • calcula-se que existam pelo menos 80 milhões de gatos “alongados” ou simplesmente gatos sem dono vagando pelas matas e cidades dos Estados Unidos;
  • mesmo os gatos domésticos bem alimentados não diminuem sua agressividade; um estudo da Universidade da Geórgia que instalou câmeras no pescoço desses animais e os monitorou 24 horas por dia mostrou que “qualquer bater de asas ou frêmito de outro animal desencadeia automaticamente o seu mecanismo de ataque que, em geral, é mortífero”;
  • essas câmeras confirmam que passarinhos, batráquios, roedores de todas as espécies do tamanho de um gato para baixo e até coelhos são suas presas habituais; esses gatos atacam e põe para correr até cachorros muito maiores que eles.
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Na verdade, não é necessário que seja um ser vivo. O proverbial novelo de lã agitado nervosamente pelo chão, como todo mundo sabe, desencadeia o bote de um gato.
E não se trata apenas de “uma brincadeira” como tendem a pensar os urbanoides que perderam todo contato com a natureza e “humanizam” os comportamentos animais. Aquilo é uma manifestação do instinto e da natureza para sempre indomesticável dos gatos.

A população deste e de outros predadores invasivos está crescendo globalmente enquanto a população de aves e outras espécies nativas está em declínio visível, razão pela qual George H. Fenwick, presidente da American Bird Conservancy festejou a publicação dos resultados deste estudo como “um grande passo à frente” para conscientizar populações que têm sido induzidas pela mídia, pelas escolas e por organizações ideológicas militantes a pensar que resgatar gatos de rua ou reintroduzir na natureza gatos “alongados” presos em armadilhas em zonas semi rurais onde estejam provocado grandes prejuízos é a coisa certa a fazer “pelo bem da natureza”.

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O artigo original de onde saiu este post foi publicado no New York Times, está neste link e foi-me indicado por Katia Zero

31 de janeiro de 2013

PETROBRAS JÁ ATRASA PAGAMENTO DE FORNECEDORES E MERCADO FINANCEIRO ESTÁ EM ALERTA TOTAL

 

Pedal quebrado – A esquerda festiva brasileira pode estrebuchar, mas o governo do PT, sustentado por muitos partidos pseudo-socialistas, é de incompetência atroz.
Além de alcançar a proeza de paralisar o País, deixando a economia em quase estagnação, o Palácio do Planalto conseguiu não apenas corroer o valor da Petrobras, mas inviabilizar o fluxo de caixa da estatal petrolífera.

A empresa, que já foi a segunda colocada no ranking mundial das petrolíferas, tem atrasado sistematicamente pagamentos a fornecedores e causado sérias dificuldades financeiras aos prestadores de serviços. Isso acontece porque a empresa, depois de acumular prejuízos bilionários, adotou um plano de redução de custos na divisão de Abastecimento, aumentos de custos e produção estagnada.
Para complicar ainda mais o fluxo financeiro, a Petrobras enfrenta aumento de preços e problemas no setor produtivo.

O atraso tem provocado um efeito dominó e já atingiu, inclusive, os fundos de recebíveis criados para financiar os prestadores de bens e serviços da companhia, que alterou a política de pagamentos e passou a analisar com maior rigidez os contratos com os fornecedores.

A situação de dificuldade porque passa a Petrobras vai além do imaginário. Alguns investidores, com dinheiro disponível, criaram pequenas instituições financeiras para, em operações de crédito, antecipar o pagamento aos fornecedores que têm duplicatas a Petrobras.
Há dias, muitos desses investidores já começavam a externar sinais de preocupação com a situação da empresa, que perdeu parte do seu valor real e tem visto suas ações enfrentarem solavancos na Bolsa de Valores.

Essa engrenagem financeira paralela que foi criada à sombra do gigantismo da Petrobras pode parar de uma hora para a outra se o atraso nos pagamentos se estender por muito tempo. Se isso acontecer, a economia nacional sofrerá um impacto considerável e a credibilidade do Brasil como destino de novos investimentos ficará na corda bamba.

Tal cenário, se confirmado, atrapalhará sobremaneira o governo da presidente Dilma Rousseff, que mesmo sofrendo de letargia conta com investimentos privados estrangeiros em obras de infraestrutura.

31 de janeiro de 2013
ucho.info

ENXURRADA DE ABSURDOS DO COTIDIANO POLÍTICO NACIONAL TRANSFORMA OS BRASILEIROS DE BEM EM ALIENÍGENAS

 

Outro planeta – Há dias, os organizadores do Fórum Econômico Mundial divulgaram o cardápio dos assuntos que serão discutidos durante o encontro. Entre eles, a vida extraterrestre, pois aumenta o número de cientistas que afirmam que não estamos sozinhos no universo.

Sozinhos ou não, fato é que em termos de ufologia os cidadãos brasileiros estão se sentindo verdadeiros ETs diante da balbúrdia em que se transformou o País, que até outro dia era minimamente organizado e vivia debaixo da sensatez.

Cada vez mais inexplicável, o cotidiano nacional caminha na direção do indecifrável. E a culpa desse quadro é exclusiva da classe política, em especial dos atuais donos do poder, que conseguiam em apenas uma década transformar o Brasil no paraíso dos absurdos.

Pode parecer redundância de nossa parte, mas há fatos na política do País que são inaceitáveis. Marcos Valério acusa Lula de ter se beneficiado do Mensalão do PT e de ter sido um dos chefes do esquema. Lula, que antes alegava desconhecer o assunto, disse que não seria derrotado por qualquer vagabundo, mas depois adotou o silêncio. A Polícia Federal deflagra a Operação Porto Seguro e entre os integrantes da quadrilha dos pareceres está a namorada do ex-petista, Rosemary Noronha. E Lula decide fugir da imprensa, como o diabo foge da cruz.

Como se nada tivesse acontecendo, Lula se reúne com o prefeito Fernando Haddad, de São Paulo, e diante de uma dezena de secretários municipais – companheiros, claro – dá ordens de todos os matizes. Dilma Rousseff, que foi apresentada ao povo brasileiro como a “gerentona”, mas é mãe da paralisia econômica, vem a São Paulo para acatar as ordens de Lula, antes de participar de evento ao lado do governador Geraldo Alckmin

Por conta de um acordo bisonho, o PT, que em tempos outros era defensor da moralidade, aceita os candidatos indicados pelo PMDB para a disputa das presidências da Câmara e do Senado. O senador Renan Calheiros (AL) e o deputado federal Henrique Eduardo Alves (RN) fizeram campanha como forma de cumprir tabela, pois já se consideravam eleitos, até que graves denúncias surgiram contra ambos.

Henrique Alves disse que o assunto está esclarecido, mas não é bem assim, pois no local onde deveria funcionar a construtora beneficiada pelo parlamentar vivia um bode. Renan Calheiros, que usou notas fiscais frias de venda de gado (possivelmente indianas e sagradas) para justificar despesas pagas por um lobista de Brasília, foi alvo de denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, enviada ao Supremo Tribunal Federal.

Presidente nacional do PT, o sempre submisso e manipulado Rui Falcão decide atacar Gurgel. Seu chefe, José Dirceu, condenado à prisão pelo Supremo no processo do Mensalão do PT, diz que não será o falso-moralismo que impedirá a vitória de Renan Calheiros na sexta-feira (1), quando o Senado elege a Mesa Diretora. José Sarney, que abafou o escândalo dos atos secretos para não ser levado à guilhotina, apoia incondicionalmente Renan.

Também condenado à prisão no processo do Mensalão do PT (Ação Penal 470), o arrogante José Genoino tomou posse como deputado federal – dentro da legalidade, mas no universo da imoralidade – foi aplaudido pela claque petista ao chegar na Câmara dos Deputados.

Fernando Collor de Mello, que foi ejetado do Palácio do Planalto por causa de um Fiat Elba e tornou-se aprendiz de feiticeiro perto dos escândalos de Lula, de quem é aliado, pensa em se candidatar à presidência em 2014.

Pois bem, caro leitor, se não formos nós os extraterrestres, o Brasil tornou-se um hospício de dimensões continentais, pois circo já é há algum tempo.

31 de janeiro de 2013
ucho.info

DIRCEU EM DISCURSO NA ABI PARA OS PELEGOS DA CUT

 

 
31 de janeiro de 2013

CENSURA DE TARSO GENRO A BOMBEIRO AUMENTA SUSPEITA DE QUE BOATE SEJA DO DEPUTADO PAULO PIMENTEL (PT-RS)

 
Quando se negam informações de interesse público, além de praticar-se um vil cerceamento da liberdade intelectual através da censura, tenta-se esconder alguma coisa de muito errado.

Estou me referindo à tragédia da boate Kiss, que deixou mais duas centenas de mortos em seu caminho de horror.

O chefe do Estado Maior do 4º Comando Regional do Corpo de Bombeiros, major Gerson Pereira estava concedendo uma entrevista coletiva sobre o incêndio em Santa Maria (RS), na terça-feira, 29. A uma certa altura o major parou, para atender seu celular, logo depois deu a seguinte explicação: “O governador me proibiu de falar”.

Mas o major Pereira já havia falado sobre a eventual culpa da corporação no acidente. Ele destacou que os bombeiros fizeram “tudo o que estava ao nosso alcance”, ao defender que “quem falou, que assuma a responsabilidade”.

Ele isentou a entidade sobre a responsabilidade quanto ao material do revestimento do palco. “Não é da responsabilidade do corpo de Bombeiros e também gostaria de saber de quem é. Tenho minha consciência tranqüila que nós fizemos tudo que era da nossa alçada”.

Mesmo o governo gaúcho tenha dito, por meio da assessoria de imprensa, que o telefonema não partiu do Palácio Piratini, sede do executivo estadual, horas depois o próprio governador desdisse a sua assessoria de imprensa ao afirmar: “O chefe dos bombeiros não falou demais. Ele falou completamente errado. Bombeiros não autorizam o funcionamento de nada. Quem dá o alvará é a prefeitura”

Como os petistas têm o amoral hábito de blindar os erros de seus “cumpanheiros”, estes fatos aumentam as suspeitas que a boate Kiss pertença ao deputado federal Paulo Pimentel (PT-RS) e que os dois indiciados como proprietários seriam simples laranjas.

Fato é que o povo se prepara para ir às praças protestar contra os descasos do governo, e como diria o poeta Castro Alves: “A praça é do povo/ Como o céu é do condor!”

Atenção! O clamor público não pode ser nem enganado nem contido.
 
31 de janeiro de 2013

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE





31 DE JANEIRO DE 2013

BESTA QUADRADA

“Quando desqualificamos a política, a gente abre campo para as aventuras golpistas. Abre campo para experiências que, no passado, levaram ao nazismo e fascismo”.


Rui Falcão, presidente do PT e ex-jornalista, sempre fazendo o que pode para desqualificar a política, abrir espaço para aventuras bolivarianas, censurar a imprensa, extinguir a oposição e permitir que a bandidagem companheira continue a assaltar os cofres públicos sem perigo de cadeia.

31 de janeiro de 2013
Augusto Nunes

"INSENSATO MUNDO"

 

 A frase, no original de Millôr Fernandes, é a seguinte: “Vossa Excelência chegou ao limite da ignorância e, no entanto, prosseguiu”.
 
O Congresso certamente não ignora o cenário em que ocorre a eleição das presidências de suas duas Casas. Até porque não há um dia em que não exista uma nova notícia desabonadora sobre aqueles que já são tidos como escolhidos para comandar a Câmara e o Senado.
 
Além das suspeitas de todo tipo (processos, inquéritos, fisiologismo, nepotismo, uso indevido de verba parlamentar, manipulação de emendas etc.) há os fatos.
 
O deputado Henrique Eduardo Alves ─ concluíram os aliados de então, PSDB e PMDB ─ não servia para ocupar a vaga de vice-presidente na chapa de José Serra, em 2002, porque em processo de divórcio litigioso sua ex-mulher revelou a existência de depósitos de R$ 15 milhões em contas no exterior sem a devida declaração.
 
O senador Renan Calheiros foi levado a concluir, em 2007, que não servia para presidir o Senado por causa da história das despesas pessoais pagas por lobista de empreiteira, apresentação de documentação falsa como prova de defesa, uso de laranjas em emissoras de rádio e por aí vai.
 
Portanto, deputados e senadores não ignoram que, ao menos em tese e por critérios razoáveis de avaliação, nenhum dos dois serviria para ocupar postos de tanto destaque que, entre outras atribuições, os colocam na linha de sucessão da Presidência da República.
 
Tomando por base a frase de Millôr, dela fiquemos com o conceito da insistência, mas afastemos a hipótese de a motivação se sustentar na ignorância. Imprudência, talvez?
 
Uma boa dose, sem dúvida. Mas a receita leva outros ingredientes: covardia, descaso, desrespeito, petulância, malícia, zombaria, cinismo, desprovimento completo de espírito público e tudo o mais que compõe o quadro de tranquilidade com que suas excelências chegam ao limite da desmoralização e, no entanto, prosseguem.
 
Transitam à beira do abismo caminhando sempre em frente sem dar atenção às inevitáveis consequências. Desta vez, óbvias, pois a escolha está sendo feita mediante absoluta clareza quanto ao potencial de problemas que os dois candidatos dados como vitoriosos têm de criar para o Parlamento.
 
Como não é de se supor que estejam cegos e surdos, os parlamentares só podem estar sendo pautados por um compadrio de motivação inexplicável ─ ao menos à luz do dia.
 
Ressalvadas as exceções de um grupo de 70 e poucos deputados e um senador aqui, outro ali, o Congresso caminha silenciosamente para uma sessão legislativa conturbada e, por isso mesmo, paralisante.
 
Nos últimos anos assistimos ao mal que escândalos envolvendo lideranças importantes fazem aos trabalhos do Poder Legislativo. Mesmo conhecendo a situação em que ficam políticos atingidos por denúncias, deputados e senadores não têm pejo de assinar dois contratos com a crise.
 
A não ser para os próprios, Henrique e Renan, e para a presidente Dilma Rousseff, que tende a atrair mais prestígio em contraponto ao desprestígio do Congresso, a insistência em desprezar as evidências não rende vantagem para ninguém.
 
O PMDB acumula poder, é verdade. Mas o fará combalido. Os parlamentares que silenciam automaticamente se associam à ruína e cada vez mais se expõem a cobranças e restrição de movimentos.
 
Hoje, entrar num avião, ir a um restaurante, circular no shopping não é algo simples para um político sem o risco de ser alvo de algum constrangimento.
 
É de se perguntar ─ e não encontrar explicação plausível ─ em nome de qual razão eles cometem tão completa insensatez. Tempo ainda haveria para evitar o desastre se não faltasse juízo.

31 de janeiro de 2013
Dora Kramer, Estadão

NOS ANOS 80 DA CHEGADA DE HITLER AO PODER, VAMOS AOS HOMENS ADMIRADOS POR LULA.

Ou: Então tá, petralhada! Vamos aos fatos!

Aconteceu o esperado. Juan Arias, do jornal espanhol El País, comentou em seu blog, em tom elogioso, o post que escrevi aqui sobre os oitenta anos da chegada de Hitler ao poder. A canalha petralha, então, fez o que sabe fazer: resolveu invadir a área de comentários do seu blog para me atacar, mentindo, como de hábito, sobre a minha biografia, o meu pensamento, os meus textos etc.
 
Não há nada de espantoso nisso. O meu artigo acusava justamente a canalha nazifascista. E é natural, então, que a canalha nazifascista reaja, não é mesmo? Essa gente vem de longe. E seus guias espirituais têm pensamento conhecido.
 
Em 1979, o então ainda apenas sindicalista Lula concedeu uma entrevista à revista Playboy. O político já estava lá, ainda entranhado, mas já botando as manguinhas de fora. Disse coisas espantosas.
 
E nessa conversa que revela, por exemplo, que, quando atuava na área previdenciária do sindicato, antes de chegar à presidência da entidade, ficava de olho nas mulheres dos companheiros que morriam.
 
O seu negócio, ele confessou, era papar as viuvinhas, que se tornavam suas amigas íntimas… Foi assim que ser aproximou de Marisa Letícia, cujo marido havia morrido. Era só para “papar”. Parece que ela deu sorte — ou nem tanto, sei lá.
 
Lula tratou de tudo naquela conversa, inclusive de, como vou chamar?, zoofilia. E também elencou os políticos que admirava. Reproduzo trecho. Notem quantos democratas estavam na sua lista. Volto para encerrar.
 
(…)
Playboy – Há alguma figura de renome que tenha inspirado você? Alguém de agora ou do passado?
 
Lula [pensa um pouco]- Há algumas figuras que eu admiro muito, sem contar o nosso Tiradentes e outros que fizeram muito pela independência do Brasil (…). Um cara que me emociona muito é o Gandhi (…). Outro que eu admiro muito é o Che Guevara, que se dedicou inteiramente à sua causa. Essa dedicação é que me faz admirar um homem.

Playboy – A ação e a ideologia?
 
Lula – Não está em jogo a ideologia, o que ele pensava, mas a atitude, a dedicação. Se todo mundo desse um pouco de si como eles, as coisas não andariam como andam no mundo. (…)
 
Playboy -Alguém mais que você admira?
 
Lula [pausa, olhando as paredes] – O Mao Tse-Tung também lutou por aquilo que achava certo, lutou para transformar alguma coisa
 
Playboy -Diga mais…
 
Lula – Por exemplo… O Hitler, mesmo errado, tinha aquilo que eu admiro num homem, o fogo de se propor a fazer alguma coisa e tentar fazer.
 
Playboy -Quer dizer que você admira o Adolfo?
 
Lula – [enfático] Não, não. O que eu admiro é a disposição, a força, a dedicação. É diferente de admirar as idéias dele, a ideologia dele.
 
Playboy - E entre os vivos?
 
Lula – [pensando] – O Fidel Castro, que também se dedicou a uma causa e lutou contra tudo.
 
Playboy - Mais.
 
Lula – Khomeini. Eu não conheço muito a coisa sobre o Irã, mas a força que o Khomeini mostrou, a determinação de acabar com aquele regime do Xá foi um negócio sério.
 
Playboy As pessoas que você disse que admira derrubaram ou ajudaram a derrubar governos. Mera coincidência?
 
Lula – [rápido] – Não, não é mera coincidência, não. É que todos eles estavam ao lado dos menos favorecidos.
(…)
 
Playboy – No novo Irã, já foram mortas centenas de pessoas. Isso não abala a sua admiração pelo Khomeini?
 
Lula – É um grande erro… (…) Ninguém pode ter a pretensão de governar sem oposição. E ninguém tem o direito de matar ninguém. Nós precisamos aprender a conviver com quem é contra a gene, com quem quer derrubar a gente. (…) É preciso fazer alguma coisa para ganhar mais adeptos, não se preocupar com a minoria descontente, mas se importar com a maioria dos contentes.
 
Voltei

Os cascudos dirão, claro!, que a entrevista já tem 34 anos e que o pensamento do Lula de hoje é diferente do daquele do passado. Então vamos pensar
 
Sobre Che e Fidel Castro, o Apedeuta segue sendo o mesmo, tanto que está em Cuba, fazendo festa para uma tirania. Na Presidência, comparou os presos de consciência da ilha a delinquentes comuns no Brasil. Vale dizer: para ele, opor-se aos irmãos Castro é um ato de banditismo. Não consta que tenha mudado de opinião sobre o facínora Mao Tse-tung.
 
Em relação ao Irã, Lula regrediu ainda mais. Acima, ele diz ser um erro eliminar os adversários. Quando iranianos revoltados com as óbvias fraudes eleitorais praticadas por Ahmadinejad (até os aiatolás reconheceram) foram às ruas — pessoas foram assassinadas pelas forças de segurança —, ele comparou o protesto com uma torcida de futebol que está descontente porque o seu time perdeu.
 
Quanto a Hitler, aí não sei, né? Que eu me lembre, seu governo votou sistematicamente contra Israel na ONU, mas a favor do Irã, cujo governante nega a existência do Holocausto. Afinal, todos os seus heróis, segundo disse, “estavam ao lado dos menos favorecidos”…
 
De nazifascismo e defesa de ditaduras, os petralhas, que foram lá patrulhar Juan Arias, entendem.
 
31 de janeiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

DIA DA VERGONHA PARA A ABI

Associação de jornalistas abre as portas para Dirceu atacar a imprensa livre e o Judiciário. Quando será a vez de Fernandinho Beira-Mar e de Marcola?

 A fascistada está inquieta. A Associação Brasileira de Imprensa (ABI), de tão sólida tradição democrática, mergulhou ontem na abjeção e abriu suas portas para um ato intitulado “Pela Anulação do Julgamento do Mensalão”.
A estrela da noite: José Dirceu! Antes que continue, vamos botar os pingos nos “is”. O evento ocorreu no auditório da ABI, no Rio.
Alguém dirá que a entidade apenas cedeu o espaço sem se comprometer com o conteúdo do evento. É mesmo? A associação agora virou salão de festa? Aluga para quem paga? Virou meretriz da história política? Abriga qualquer um que tenha uma versão a oferecer, ainda que a despeito dos fatos?
Uma ova! A ABI, palco de atos contra a ditadura, recepcionou ontem um ato contra a democracia. Lixo!
 
Leio o que informa Felipe Werneck no Estadão. Os principais alvos do corruptor e quadrilheiro José Dirceu — segundo decidiu a Justiça —, com vaga já reservada na cadeia, foram a imprensa independente — NO AMBIENTE DE UMA ASSOCIAÇÃO QUE CONGREGA JORNALISTAS — e a Justiça.
 
E, como de hábito, esse filhote indolente de Stálin (indolente porque, segundo contemporâneos, sua têmpera revolucionária não resiste à sua compulsão para a vida folgazã; comunistas de verdade são obcecados pela causa; Dirceu é obcecado por si mesmo) pregou a “regulação da mídia”, expressão a que “eles” recorrem para defender a censura.
 
Segundo o corruptor e quadrilheiro, a imprensa ataca a classe política para se proteger da tal regulação: “É o caminho das ditaduras, uma tentativa de desmoralizar a política, os políticos e o Congresso”.
Para ele, “no dia em que o Congresso não tiver medo da Globo, da mídia, faz a regulação”. Isso é música para os ouvidos da esquerda cascuda e dos venais do subjornalismo disfarçados de esquerdistas, que hoje se penduram nos países baixos do estado e vivem à custa do financiamento de estatais.
Relevo este aspecto em particular: se essa gente fizesse o que faz por convicção genuína, não deixaria de ser asquerosa, mas eu ainda lhe reservaria uma réstia de respeito.
Mas quê… Estamos falando de vagabundos que não sobreviveriam de outra maneira.
Sigamos.
 
Para Dirceu, existe, pasmem!, uma “ofensiva da direita no Brasil”, de que o julgamento dos mensaleiros no STF teria sido um exemplo. Uau! Este senhor poderia dar o endereço “da direita” para que pudéssemos ir lá entrevistá-la.
Voltou à ladainha de que os condenados não tiveram direito de defesa, o que é uma mentira estúpida, e conclamou a sociedade à resistência. Disse ainda que um ato como aquele era só o começo de uma longa trajetória. Ufa!
 
Denunciou a existência de uma suposta campanha contra Lula — o totem, agora, está entrando na fase do tabu, como diz meu amigo Jeffis Carvalho… — e… contra Dilma!!! Dirceu faz um esforço danado para arrastar o governo para a sua pantomima pessoal.
O condenado e os de sua estirpe estão furiosos com a presidente porque, até agora, ela não abraçou a tese do “controle da mídia”.
Ela sabe que não precisa comprar confronto nenhum porque tem uma imprensa que, no extremo oposto àquele pretendido pelo governo, é, no máximo, correta e técnica, fazendo seu trabalho com isenção.
Boa parte, no entanto, se comporta como gosta o Planalto: com lhaneza subserviente. Dirceu cobra um arroubo chavista de Dilma para satisfazer seu próprio rancor.
 
O ataque à imprensa e ao Judiciário é concertado. À tarde, na Câmara dos Deputados, na presença de José Genoino (outro condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha), Rui Falcão, presidente do PT, atacou os mesmos alvos. Igualmente alertou para o risco de uma ditadura — de caráter nazifascista, segundo ele!!!
 
Entendi! Quando os petistas massacravam a reputação de homens inocentes, como fizeram com Eduardo Jorge Caldas Pereira, secretário-geral da Presidência do governo FHC, estavam apenas exercitando a democracia — e Dirceu compôs a linha de frente do ataque.
Agora que o STF condenou a petezada por peculato, formação de quadrilha, corrupção ativa, corrupção ativa etc., de posse de uma pletora de provas, a democracia está em risco.
Corolário: quando os petistas lincham inocentes, a civilização sorri; quando a civilização pune petistas, segundo a lei e o estado de direito, a democracia está em risco.
 
Falei em peculato? Na primeira fila do ato na ABI, estava Henrique Pizzolato, a rima.
 
A ABI tem história. No dia 10 de setembro de 1992, por exemplo, o então presidente da OAB, Barbosa Lima Sobrinho, e o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcelo Lavenère, entregaram ao presidente da Câmara o pedido de impeachment do então presidente da República, Fernando Collor. A ABI deve, quando menos, respeito à memória de seu lendário presidente.
 
Agora falta a ABI ceder o salão para tipos como Marcola e Fernandinho Beira-Mar. Eles também devem ter restrições a fazer ao Judiciário brasileiro e à cobertura da imprensa. Marcola, inclusive, mostrou-se, nas vezes em que conseguiu fazer chegar a público seu discurso, um homem lido, culto, apreciador de Nietzsche.
 
É bem verdade que o PCC comete alguns crimes, né? “Mas que não comete?”, perguntaria um militante do PTT. Do ponto de vista da honorabilidade, a ABI nem ganha nem perde no cotejo com o evento de ontem. E ainda há a possibilidade de haver uma elevação na qualidade das referências literário-filosóficas…
 
Encerro

A ABI não pode ter preconceitos. Tem de se lembrar do Sermão do Bom Ladrão, de Padre Vieira, onde aparece a pergunta que um pirata fez quando Alexandre, o Grande, decidiu lhe passar uma descompostura — cito de memória (depois vocês conferem):
 
“Basta, senhor, que eu, porque roubo em uma barca, sou ladrão, e vós, porque roubais em uma armada, sois imperador?”.

31 de janeiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

PETIÇÃO CONTRA RENAN NA PRESIDÊNCIA DO SENADO CAMINHA PARA 250 MIL ADESÕES


Por vontade da maioria dos seus pares, Renan Calheiros (PMDB-AL) deve chegar à Presidência do Senado. Mas não será sem o claro repúdio de parcela significativa da sociedade. Em dois ou três dias, a petição que expressa a recusa a essa possibilidade já conta com quase 250 mil adesões.
 
Se quiser aderir, clique aqui.
 
Enquanto escrevo — e o contador não para de se mover —, são mais de 236 mil adesões.
Não me lembro de uma causa ter mobilizado tanta gente em tão pouco tempo. Os senadores, no entanto, parecem ter o coração mais duro do que o do faraó. Que se lembrem da referência bíblica, pois…
 
Rui Falcão, aquele que emula Goebbels no conteúdo, mas sem o mesmo talento para a chanchada homicida, acha que isso é coisa de fascistas e nazistas. No mundo de Falcão, a presidência do Senado é coisa que se define lá entre a companheirada.
 
31 de janeiro de 2013
Reinaldo Azevedo

ORAS RONALDO, VÁ TOMAR NO C...!!!


"Não critiquem a Copa. Não percam tempo com corrupção, superfaturamento, desperdício de dinheiro.
Pensem apenas na festa.

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Bem meus caros, lamento pelo título da postagem, mas é o que pensei na hora em que li as declarações do "felômeno" sobre a Copa do Mundo.
 
Mais uma vez o povo brasileiro é levado estelionatariamente a acreditar que os fins justificam os meios.
 
O "amigo" do Fuleco, que nunca foi lá muito brilhante à cade vez que abria a boca, agora se superou e deu para vomitar sandices.
 
O fato do Brasil sediar uma Copa do Mundo, por sí só, já é uma afronta ao povo pobre sofrido e trabalhador desta pocilga.
 
Tirar dinheiro público para construir elefantes brancos já é uma aberração e uma irresponsabilidade dos governantes deste país.
 
Agora, quando além de tirarem o dinheiro "legalmente" ainda retiram muito mais através dos odiosos superfaturamentos e desvios tão comuns em qualquer obra feita nesta bagunça de país, é ter a absoluta certeza de que a população é composta apenas por otários alienados e afins.
 
A saúde, a segurança, a educação e a infra estrutura estão se arrastando para o caos, e jogam dinheiro fora para fazer festa da bola para um povo burro que acredita que ganhar Copa do Mundo é avanço social.
 
Ronalducho já fez muita merda nesta vida, desde alguns pares de casamentos fracassados até aquelas famosas noitadas com travecos.
Mas incentivar a população a aceitar a bandalheira armada na construção dos estádios, e faze-los acreditar que isso tudo é normal, é de uma má fé galopante e de um mau caratismo à toda prova.
 
Mais uma vez o "herói" dos sem noção da bola, o ídolo da garotada, o jogador do mundo, mostra sua verdadeira face.
 
O que importa para gente como ele é apenas o dinheiro e a fama. Se para isto for preciso desviar bilhões da saúde e da educação, que assim seja. Afinal, em um país quase paradisíaco como a Pocilga, o que são alguns bilhões de reaus jogados fora na festa da alienação coletiva para os babacas sem noção que acreditam que futebol é um esporte sério.
 
E ainda veremos mais alguns bilhões jogados no ralo da irresponsabilidade com o aval de um povo inerte, festeiro e burro que aplaude à cada nova maracutaia promovida por governantes desonestos apoiados por "celebridades" patéticas.
 
Ronalducho deveria ter ficado quieto e calado a boca, mas no país da bola, quanto mais abominações um cidadão vomita, mais prestigio e dinheiro consegue
 
Então, esperemos a festa conscientes de que essa conta vai nos custar alguns anos de atraso social e desequilibrio financeiro.
31 de janeiro de 2013
omascate