O Ministério da Pesca usou como justificativa para a compra de 28 lanchas-patrulha emendas do Congresso que destinavam recursos, na verdade, para atividades produtivas no Pará e no Maranhão.
A aquisição das embarcações, no valor total de R$ 31 milhões, é questionada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) e algumas delas estão paradas há cerca de um ano. A empresa fornecedora também teria sido cobrada a fazer doação eleitoral ao PT de Santa Catarina.
Uma das emendas usada pela pasta foi da bancada maranhense, que destinou R$ 16,7 milhões do Orçamento federal para obras de infraestrutura pesqueira na região metropolitana de São Luís, visando a geração de renda. A maior obra seria a implantação de um mercado de peixe. A proposta foi dos deputados Domingos Dutra (PT), Julião Amin (PDT) e Ribamar Alves (PSB).
Dutra negou saber do redirecionamento do dinheiro da emenda: "Se houve isso, vou entrar com ação judicial contra a Pesca. Ali é uma região que só tem urubu, cachorro leproso, rato, lixo e gente pobre. Isso foi desonestidade".
Outra emenda usada foi da bancada paraense, no valor de R$ 28 milhões, que previa o apoio a unidades da cadeia produtiva pesqueira, como fábricas de gelo e mecanização de cultivos.
Após a compra das lanchas, a empresa fornecedora, a Intech Boating, doou R$ 150 mil em 2010 para a campanha do PT de Santa Catarina, partido do então ministro, Altemir Gregolin, e da candidata ao governo Ideli Salvatti, que depois também seria ministra da Pesca.
Das 28 embarcações, 16 foram entregues e distribuídas para 14 Estados e dois órgãos federais. Maranhão e Pará receberam uma cada um.
Auditoria do TCU apontou "falhas graves de planejamento" da Secretaria da Pesca, tanto que 23 das 28 lanchas estão fora de operação. O patrulhamento das águas não é competência do órgão. O Ministério da Pesca firmou acordo de cooperação com a Secretaria de Segurança do Maranhão, em junho do ano passado, para colocar uma lancha em atividade. Mas o barco também não estava em operação. Técnico da Consultoria de Orçamento da Câmara ouvido pela Folha afirmou que a patrulha e fiscalização da pesca, destinação final das lanchas, não estava prevista na "ação" orçamentária das emendas. O Ministério da Pesca não quis se manifestar sobre o desvio de finalidade dos recursos das emendas.
04 de abril de 2012
coroneLeaks
(Folha de São Paulo)
Pena que nimguem fara nada contra isso, pois na verdade essas lanchas são um elefante branco pois aqui tem uma e na verdade qualquer um que entenda um pouquinho vê que ela não tem serventia nenhuma para trabalhar na fiscalização pois é um mine Iate se não acreditarem vejam voces mesmos é um artigo de luxo, e sei oque estou dizendo ela esta sendo usada para passeios pois não pode entrar em lugares mais razos onde a pesca predatória esta o verdadeiro trabalho esta sendo realizado por pequenas enbarcações que custam nem 30% do valor um bote imflavel de ótima potencia e tem como operar com até 6 ou mais pessoas custa uma média de 250 a 280mil reais procure ver quanto custou estes brinquedinhos para o pais sem falar que para pega-las para trabalho são tantas regras que até agora esta quase todas paradas e gerando gastos, peço para alguem investigar a veracidade disso interrogando pessoas que trabalharam e estão com essa pois o próprio orgão federal que abraçou essa já viu que a mesma não serve pois é cara e sua estrutura é fraca e seu calado é muito grande para a a maior parte da lagoa dos patos.Abra os olhos querem usar um órgão federal de respeito para lavar roupa suja.
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