A “coitadinha” da cracolândia tinha 16 mil pedras de crack, uma pistola 380, 3,6 kg de cocaína, 3 kg de maconha e outras porcarias…
Vamos voltar à cracolândia, onde a Defensoria Pública escreve certamente as páginas mais abjetas de sua história. Informei ontem à noite que uma das principais traficantes que operam na área tinha sido presa com 12 mil pedras de crack. Era bem mais do que isso: 16 mil. Para se ter uma idéia do flagelo, é a quantidade, estima-se, que se consumia por lá em um único dia!
Jéssica Helena Martins Silva, de 25 anos, está longe de ser aquela coitadinha do proselitismo vigarista de alguns. Com ela, foram encontrados ainda uma pistola calibre 380, 3,6 quilos de cocaína, 3 quilos de maconha e 5 quilos de outras substâncias, até cafeína, utilizadas na preparação do crack.
Jéssica foi presa em seu carro, um Fiat Siena, em frente à sua casa, na Travessa Araçá de Coroa, na Vila Leme, região da Água Rasa, Zona Leste de São Paulo. Para não despertar suspeitas, ela sempre levava para o “trabalho” - o seu “direito de ir e vir”, entenderam? - a filha de apenas um ano. Até o começo da manhã de hoje, a operação da PM na cracolândia já havia prendido 70 pessoas; 37 eram foragidas da Justiça.
Entenderam o ponto? Recuperar aquele território significa levar o estado a uma área que abriga bem mais do que desgraçados pelo vício: bandidos condenados se escondem entre os andrajos humanos e contribuem para manter sitiados os moradores da região central.
13 de janeiro de 2012
Por Reinaldo Azevedo
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