É impressionante o sucesso de programas como Big Brother Brasil e assemelhados. O segredo é o incentivo ao sonho.
Hipoteticamente, qualquer um poderia participar, basta se inscrever. Mas sabe-se que não é bem assim. Há critérios para a escolha, não se trata de sorteio. O povão é enganado logo ao fazer a inscrição. Mesmo assim, muita gente assiste, sonha em estar lá e torce para os participantes que mais agradam.
O imbecilidade funciona. Assiste quem quer, ninguém é obrigado. Na fase atual, a grande atração é o tal do estupro não comprovado. Para ganhar audiência, a direção do programa expulsou um dos participantes, acusando-o de estupro, embora a jovem que participou do namoro debaixo do edredon não o tenha confirmado. Não se sabe se houve sexo, o rapaz diz que broxou, a garota não lembra de nada, os dois estavam de porre, em função da bebida fartamente distribuída pela direção do programa, que incentiva a embriaguez.
Agora, o tal estuprador quer voltar ao BBB. Seu advogado exige, mas a TV Globo não concorda. Resultado: a emissora se arrisca a encarar um belo processo judicial de indenização. Afinal, manchou a imagem do rapaz, que passou a ser tido como estuprador, retirou-o da disputa, sem direito de defesa. Qualquer advogado mediano pode fazer uma festa com esses argumentos.
Os advogados da TV Globo já sentiram o tamanho do problema, mas a direção da emissora não volta atrás. Enquanto a polêmica não chega à Justiça, o ideal é seguirmos a sugestão do comentarista Joaquim Barreto, boicotando não somente os patrocinadores, mas a própria emissora. Uma boa alternativa.
22 de janeiro de 2012
Carlos Newton
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