Novo ministro das Cidades quer tornar obrigatório o exame da próstata.
Graças ao bom Deus, o deputado paraibano Aguinaldo Ribeir, líder do PP na Câmara, está sendo nomeado ministro das Cidades, em substituição a Mário Negromonte, abatido por sucessivas denúncias de corrupção e favorecimento familiar. Se o ilustre parlamentar fosse nomeado ministro da Saúde, certamente transformaria este país no paraíso dos proctologistas.
Entre os projetos apresentados por Ribeiro na Câmara está uma proposta determinando que o empregado com idade igual ou superior a 40 anos seja submetido ao exame de próstata, pago pelo empregador. Em caso de exame positivo para câncer, o trabalhador terá direito ao tratamento psicológico necessário.
Hoje, a legislação prevê exame médico obrigatório, por conta do empregador, na admissão, na demissão e periodicamente, conforme instruções do Ministério do Trabalho, mas não há obrigatoriedade da introdução do dedo médio no furico dos outros.
Ribeiro, portanto, é da mesma ala do falecido deputado Clodovil Hernandes, que também apresentou à Câmara projeto nesse sentido. Clodovil, porém, morreu sem ter o prazer de ver aprovada sua proposta e nem teve tempo de participar da polêmica recentemente aberta pelos oncologistas do Instituto Nacional do Câncer, que se manifestam contrários ao excesso de exames de próstata e também de operações, sob argumento de que a grande maioria das cirurgias é totalmente desnecessária e o câncer se desenvolveria de forma tal lenta que o paciente acabaria morrendo, muitos anos depois, de outra causa.
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DOIS PROCESSOS NO STF
Quanto à chamada folha corrida, que hoje precisa ser a premissa mais importante na escolha de ministros, sabe-se que há dois processos contra o novo ministro que tramitam no Supremo Tribunal Federal (STF).
Um deles refere-se à emissão de cheque sem fundo e o outro é sobre um convênio firmado pela Secretaria de Agricultura da Paraíba, da qual foi titular de 1998 a 2002.
Antes de ser confirmado no cargo, Ribeiro prestou esclarecimentos informais à Presidência, alegando que foi vitorioso em duas instâncias e que os casos só chearam ao STF depois que foi eleito, em 2010.
03 de fevereiro de 2012
Carlos Newton
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