A velha mídia esperneia e não se conforma, com seu modelo de negócio montado em cima de empresas cartoriais, os barões agem, no desespero, para sufocar a internet e as inovações. Eles não investem no novo e não desejam que outros o façam. E mais, querem manter o monopólio da informação, alijando o capital estrangeiro, sob argumentos toscos e coloniais.
A oposição deles é uma bobagem sem tamanho. Nada impede que The Huffington Post se instale no Uruguai, ou Angola, ou Moçambique, ou mesmo numa ilha do Caribe e realize seu trabalho. Perderemos investimentos, empregos e tecnologia. E é capaz do governo ceder, pois mais da metade do baronato está inscrustado no Congresso Nacional. Leia esta matéria da Redação Adnews e opine.
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SITES E BLOGS SÃO COMO JORNAIS?
Sites são jornalísticos? A possível vinda do jornal eletrônico norte-americano The Huffington Post para o Brasil trouxe de volta a discussão sobre as leis de comunicação do país.
Um questionamento da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão) sobre o assunto junto à AGU (Advocacia-Geral da União) fez com que o órgão se unisse ao Ministério das Comunicações para debater o tema, segundo a Folha de S.Paulo.
A intenção é decidir se a internet pode ser considerada meio jornalístico, o que a colocaria no mesmo patamar de rádio, televisão, revistas etc., sendo então obrigada a respeitar regras da mídia tradicional – como o limite de capital estrangeiro, fixado em 30%.
Depois da discussão, será a AGU a responsável pelo parecer final, mas não há prazos fixados para isso acontecer. A medida, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, à Folha, deve entrar em vigor a partir de julho.
Em 2010, esse assunto gerou polêmica após a acusação da Abert e da ANJ (Associação Nacional de Jornais) de que o portal Terra estivesse atuando ilegalmente no Brasil.
As entidades entraram com representação na Procuradoria Geral da República afirmando que o Terra (controlado pela espanhola Telefônica) e o jornal Brasil Econômico (parte do português Ongoing) desrespeitavam o Artigo 222 da Constinuição, o que limita a participação estrangeira.
Na ocasião, porém, o diretor-geral do Terra, Paulo Castro, usou como defesa justamente o fato de que a internet não está especificada como meio jornalístico. Caberia ao Congresso, então, a mudança que pode ocorrer agora.
E você, o que pensa sobre o assunto? Vá até a enquete da Redação Adnews
e comente se considera justa a restrição à web.
Hildeberto Aleluia
19 de fevereiro de 2012
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