sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ONZE HOMENS E UM CONSELHO

O CNJ recupera a autonomia que lhe foi arrancada das páginas da Constituição. Tem poderes para investigar juízes - menos comuns que qualquer cidadão já que devem ter notório saber jurídico e, por isso mesmo, muito mais conscientes dos malfeitos que venham a cometer.

A gaiola dourada em que se transformou a mais alta Corte de Justiça do País, reduziu a zero - por seis votos contra cinco - a pretensão de Marco Aurélio de Mello reviver no Supremo Tribunal Federal o papel de Henry Fonda, no clássico de Sidney Lumet

Doze Homens e Uma Sentença (Twelve Angry Men), em 1957.
Naquele drama um júri composto de doze homens deve julgar um jovem porto-riquenho acusado de ter assassinado seu próprio pai. Para o veredicto final, a votação tem que ser unânime. De imediato, 11 deles votam pela condenação.
Henry Fonda interpreta, com genialidade, o jurado discordante. Seu talento, sua força de persuasão, seus argumentos convencem um a um a mudar sua decisão.
Uma tarefa muito mais árdua, muito mais difícil do que reverter apenas um, como foi o caso do Supremo, nesta quinta-feira.
Hollywood fez, em 1997, o remake do julgamento e o jurado convincente coube ao notável Jack Lemmon.
No drama de ontem, no STF Cezar Peluzo e Marco Aurélio de Mello não convenceram ninguém com suas melodramáticas interpretações.

Em suma: Marco Aurélio não é nenhum Henry Fonda; Cezar Peluzo jamais será Jack Lemmon.

03 de fevereiro de 2012
sanatório da notícia

Nenhum comentário:

Postar um comentário