Inspeção surpresa em quartéis irrita militares
'Não tem sentido essa fiscalização. Desconheço tortura nas unidades militares', disse o coronel do Exército Cláudio Moreira Bento
O projeto de lei de combate à tortura e violações de direitos humanos em prisões do país encaminhado pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República ao Congresso Nacional inclui uma proposta que vem desagradando os militares.
A polêmica proposta é a da realização, por 11 peritos nomeados pela presidência da República, de visitas surpresas em quartéis e prisões das Forças Armadas para fim de inspeção em matéria de direitos humanos. O texto não foi submetido ao Ministério da Defesa antes de ser encaminhado ao Congresso.
‘Nossos presídios são muito melhores do que os civis’
“Não tem sentido essa fiscalização. Desconheço tortura nas unidades militares. Com certeza esse grupo irá enfrentar algumas reações nas visitas surpresas”, disse ao jornal O Estado de S.Paulo o coronel do Exército Cláudio Moreira Bento, presidente da Academia de História Militar, segundo o qual os comandantes e as próprias guarnições denunciam quaisquer irregularidades nas unidades prisionais das Forças Armadas.
“Qual a necessidade dessa fiscalização? Não vai achar nada. Nossos presídios são muito melhores e mais controlados do que os civis”, criticou o vice-presidente da Associação de Militares da Reserva da Marinha, Coronel Fonseca, também falando ao Estadão.
24 de março de 2012
Fontes:Estadão - Militares dizem que não há tortura em quartéis e prisões das Forças Armadas

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