Após anunciar a punição dos militares da reserva que desafiaram sua autoridade, em manifesto contra a Comissão da Verdade, o ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou ontem que a aplicação da medida foi delegada aos comandantes de Marinha, Exército e Aeronáutica.
Amorim, porém, não delimitou quando e como os reservistas devem ser punidos. Limitou-se a determinar que os comandantes encontrem, no regimento interno de cada força, a melhor forma para executar a tarefa.
Segundo Amorim, os militares da reserva devem compreender que a Comissão da Verdade é um comando legal, aprovado com "maioria virtual" pelo Congresso. Acrescentou ainda que, da mesma forma que não é possível aceitar afronta à lei que criou a Comissão da Verdade, não existe chance de a comissão infringir a Lei de Anistia, que impede a condenação por crimes cometidos durante a ditadura.
- Todos nós, militares e civis, temos que respeitar a lei. É preciso ter clareza que essa lei vai ser aplicada na sua integralidade, com a observância da Lei de Anistia. Então, não há porque toda essa inquietação por questões que não estão colocadas - afirmou Amorim (O Globo)
07 de março de 2012
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