Dados da Unctad, a Conferência das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, mostram que os investimentos chineses na Europa se multiplicaram por sete desde o início da crise financeira mundial, em 2008. O volume de compra de participações acionárias, fusões ou aquisições de empresas europeias por capital chinês, saltou de US$ 876 milhões em 2008 para US$ 6,76 bilhões em 2010.
Os investidores chineses estão aproveitando os ativos mais baratos em função da crise para “invadir” a Europa em setores chave da economia como de energia, bancário e de alta tecnologia. Eles Já compraram ou adquiriram participação, por exemplo, em vinhedos na França, companhia de energia em Portugal, fábrica de máquinas na Alemanha e fábricas de carros na Suécia e na Grã-Bretanha.
Capital chinês na indústria alemã
O interesse da China em Portugal é emblemático. A China não investiu qualquer quantia em terras lusitanas entre 2005 e 2010. Já em 2011, quando a crise atingiu em cheio os portugueses, o volume de investimentos chineses no país atingiu a marca de US$ 3,5 bilhões. Recentemente os chineses deixaram para trás a brasileira Eletrobras e a gigante alemã e.ON na disputa pela compra da fatia de 21,35% que o governo português detinha na Energia de Portugal (EDP).
A maior potência da Europa, a Alemanha, foi um dos países do continente que mais receberam investimentos chineses em 2009 e 2010. O capital chinês vem entrando na indústria mecânica alemã, que produz maquinário de alta tecnologia que goza de reputação internacional.
Fontes:BBC Brasil - Crise abre caminho para investimento chinês recorde na Europa.
02 de abril de 2012
opinião e notícia
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