A briga de Dilma com o PMDB tem um objetivo claro: afastar a sigla do governo, acelerar o rompimento, mantendo o canal aberto apenas com os dissidentes. É o primeiro passo para rifar Michel Temer como vice em 2014.
O lugar está reservado por Lula para Eduardo Campos, governador de Pernambuco, presidente do PSB.
Em troca, ele apoiaria Haddad em São Paulo e garantiria, junto ao PSD e a outros partidos, os votos que vão faltar no Congresso pelo descarte do PMDB. A reunião já foi pedida.
O PR entendeu e não quis entrar no pacote. Quer a sua parte no butim: o ministério dos Transportes, de onde foi varrido por corrupção.
Nesta composição toda, tirando São Paulo que é ponto de honra para Lula, 2012 é mero detalhe e tudo é negociável.
coroneLeaks
15 de março de 2012
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Então é isso? Toda essa barafunda é uma grande armação do Lula?
Não ouvi de nenhum comentarista essa análise. Quando todos arquitetam que os desentendimentos do Executivo com a base aliada, é um despreparo da D. Dilma para lidar com a ganância da 'coalizão partidária', essa visão dos acontecimentos toma um atalho inesperado, colocando, obviamente no centro de toda a estratégia, Lula, 'o que foi sem nunca ter sido'.
Comentários do tipo "Dilma não tem passado hitstórico", "Dilma não tem habilidade política", "Dilma age autoritaritariamente" etc transformam-se em abstrações, ou especulações, ou ainda, em avaliações sem costura com a realidade dos bastidores sombrios do planalto.
Uma coisa parece-me evidente, em que pese as grandes avenidas por onde trafegam os "profissionais do comentário": falta a D.Dilma a habilidade maquiavélica que caracteriza as artimanhas ocultas da malandragem política, e que sobra em Lula, como abunda na Casa do Espanto, para cada canto que se olhe.
m.americo
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