O prefeito de São Bernardo do Campo (SP), Luiz Marinho (PT), sinalizou ontem que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve conversar pessoalmente com o presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, a respeito de um possível apoio dos socialistas ao pré-candidato do PT, Fernando Haddad, na cidade de São Paulo.
'Acredito que vai ser olho no olho. Até pelo carinho e pelo afeto que um tem pelo outro', afirmou. Segundo Marinho, a conversa entre ambos não deve ocorrer antes da segunda quinzena de abril, o que já ficara acertado mesmo antes de o ex-presidente ser acometido pela pneumonia que o deixou internado por uma semana.
O prefeito disse duvidar de um apoio do PSB ao pré-candidato tucano, José Serra. 'Não acredito nessa possibilidade. Faria o Miguel Arraes se revirar no túmulo', alfinetou, citando o avô do governador, histórico líder da esquerda, já falecido. 'O PSB tem valores. Não pode caminhar com o ultraconservadorismo aqui em São Paulo', sustentou.
Um integrante da pré-campanha de Haddad afirmou ontem que, entre os partidos da base que relutam em anunciar apoio a Haddad, o PSB é o que menos preocupa, porque depende de um acerto pessoal entre Lula e Eduardo Campos.
'Não vejo possibilidade de apoio ao Serra. Seria um tiro no pé nas pretensões nacionais dele'.
Segundo o petista, a sigla que acendeu o sinal amarelo no PT é o aliado mais tradicional, o PC do B. 'Precisamos fazer um gesto, apoiando-os em uma capital'. A escolhida deve ser Florianópolis. / F.G.
estadao.com.br
15/03/2012
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