"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 17 de setembro de 2011

NA CASA DA GANDAIA

Um ano depois da partida de Erenice, o primeiro escalão do governo atinge a alta rotatividade do mais barato dos motéis.

Sugerida por Lula e encampada por Dilma Rousseff, a instalação de Antonio Palocci na chefia da Casa Civil foi mais uma ideia de jerico da dupla que inaugurou o Brasil Maravilha do cartório. Não é pouca coisa entregar o cargo de primeiro-ministro a um estuprador de sigilo bancário que virou traficante de influência. Pois poderia ter sido pior: se as denúncias de VEJA não tivessem desmontado a quadrilha em ação no 4° andar do Palácio do Planalto, formada por filhos, parentes e agregados de Erenice Guerra, a melhor amiga de Dilma Rousseff continuaria acampada no gabinete que teve de abandonar em 16 de setembro de 2010.

Faz exatamente um ano que a chefe do bando aceitou deixar a chefia da Casa Civil em troca da mudez premiada ─ uma brasileirice que livra da demissão por justa causa, de temporadas na cadeia e da devolução do dinheiro criminosamente tungado quem não revela os nomes dos mandantes, comparsas ou padrinhos. Erenice, por exemplo, topou esquecer a montagem do dossiê cafajeste sobre Fernando Henrique e Ruth Cardoso, o teor da conversa semiclandestina entre Dilma e Lina Vieira e outras bandalheiras que produziu em parceria com a atual presidente. Em contrapartida, pôde fingir que pediu demissão, voltar para casa sem escalas em delegacias ou tribunais e gastar sem sobressaltos a fortuna arrecadada com taxas de sucesso e outros codinomes da velha negociata. Na festa da posse, voltou ao local do crime como convidada especial.

Passados 12 meses, o grande viveiro de desmemoriados de nascença e amnésicos por vigarice faz de conta que nunca existiu uma Erenice, muito menos a terna amizade que desqualifica Dilma Rousseff para o papel de defensora da moral e dos bons costumes. A mãe de Israel Guerra deve achar divertida a fantasia da presidente com uma vassoura na mão. E decerto considerou tão previsível quanto a mudança das estações a anexação do Ministério do Turismo à capitania hereditária do Maranhão. Erenice sabe que Dilma faz o que José Sarney deseja desde os tempos da Casa Civil. Foi ela quem articulou a audiência em que a chefe recomendou a Lina Vieira que a Receita Federal tratasse com muita gentileza as trapaças fiscais da Famiglia.

Os que veem as coisas como as coisas são, esses só enxergaram a saída de um protegido de Sarney e a entrada de outro protegido de Sarney. Como boa parte da imprensa não costuma contentar-se com fatos, muitos jornalistas voltaram a vislumbrar a faxineira que nunca houve, agora exigindo do PMDB a indicação de um deputado sem prontuário por sofrer de alergia a gatunos. Os laços que prendem Dilma a Erenice e Sarney implodem a falácia. Quem engole sem engasgos afilhados ou exigências de Madre Superiora engole o que vier. Quem conviveu tão docemente com uma meliante juramentada é capaz de achar que Fernandinho Beira-Mar não seria um mau genro.

Dilma pediu ao PMDB que escolhesse a menos constrangedora das folhas corridas não por critérios éticos, mas por motivos práticos: é preciso fazer com que os nomeados durem mais tempo no cargo. Neste 16 de setembro, nem teve tempo para chorar a partida de Erenice, consumada um ano atrás: precisava aplaudir e explicar a chegada de Gastão Vieira. Com o despejo de Pedro Novais, foi atingida a marca extraordinária: a cada 25 dias, um ministro desocupa seus aposentos. A altíssima rotatividade pode ter produzido uma reforma administrativa vergonhosa até para os padrões da Era da Mediocridade.

Em vez de uma presidente no comando do ministério, o Brasil tem uma gerente tentando descobrir como se administra um primeiro escalão que lembra o mais barato dos motéis.

Augusto Nunes

A PRIVATIZAÇÃO DO 11 DE SETEMBRO


Por que você odeia George W. Bush? Essa é uma pergunta fácil de se responder – nem é preciso pedir ajuda aos universitários.
Curiosamente, com tantos motivos para se odiar este cidadão, a maioria das pessoas ainda o odeia pelos motivos errados.

Considerado autoritário, retrógrado, fanático, “terrorista número 1 do mundo” (by Slavoj Žižek), truculento, populista e maquiavélico, Bush filho angariou inimigos fora (e dentro) dos EUA com ainda mais força do que Osama bin Laden, ganhava esquisitos admiradores mundo afora. Mas, dentre as críticas cabíveis a um dos piores presidentes da história dos EUA, “maquiavélico” é um termo muito superior a Bush para que ele possa merecê-lo.

Em sua obra O Príncipe, o mestre florentino ensina como manter um Estado autoritário sem precisar recorrer ao direito divino como “justificativa” para o poder desmedido dos principados – bastando, ao contrário, que se separe as esferas da ética e da atuação estatal.

Uma de suas lições é que o príncipe deve cuidar do seu Estado visando a sua manutenção no cargo. Para isso, é impreterível que não enfrente ameaças externas contratando mercenários para cuidar do território, como se vê no Capítulo XII, De quantas espécies são as milícias, e dos soldados mercenários (Quod sint genera militiae et de mercenariis militibus).

Não é preciso muito esforço para compreender a lição: uma milícia ou um mercenário apenas defendem o Estado em troca de dinheiro. Não são disciplinados, não obedecem a uma hierarquia (importantíssimo para ações militares) e sempre vão exigir mais dinheiro – não parece ser uma idéia muito inteligente armar até os dentes quem vai querer lhe extorquir logo depois. Não surpreende, portanto, que milícias sejam muito mais violentas do que as forças armadas oficiais – sua capacidade é apenas a ofensiva brutal.

A doutrina Rumsfeld

No dia 10 de setembro de 2001 (repetindo: 10 de setembro de 2001), Donald Rumsfeld, Secretário de Defesa no primeiro ano do primeiro mandato de George W. Bush, faria um de seus primeiros pronunciamentos no Pentágono. Trovejou Rumsfeld:

“O assunto de hoje é um adversário que representa uma ameaça, uma séria ameaça à segurança dos Estados Unidos da América. Este adversário é um dos últimos bastiões de planejamento centralizado. Ele governa ditando planos de 5 anos. De uma única capital, ele tenta impor suas demandas em diferentes fusos horários, continentes, oceanos e além. Com consistência brutal, ele sufoca o pensamento livre e esmaga novas idéias. Ele rompe a defesa dos Estados Unidos e coloca a vida de homens e mulheres de farda em risco.

Talvez esse adversário lembre a antiga União Soviética, mas este inimigo se foi: nossos inimigos são mais sutis e implacáveis ​​hoje. Você pode pensar que eu estou descrevendo um dos últimos ditadores decrépitos do mundo. Mas seus dias, também, são quase passado, e eles não podem coincidir com a força e o tamanho deste adversário. O adversário está mais perto de casa. É a burocracia do Pentágono.” (Jeremy Scahill, Blackwater – A Ascensão do Exército Mercenário Mais Poderoso do Mundo, p. 59)

Poupemos as elocuções sobre o que aconteceu na manhã seguinte. A posteriormente chamada “doutrina Rumsfeld”, ou seja, a privatização sistemática do Exército americano, teria pasto e circunstância para ser colocada em marcha imediatamente.

Uma empresa de segurança atuando no pântano de Moyock, na Carolina do Norte, a Blackwater Security Consulting, foi a principal beneficiária da política de segurança de Rumsfeld. Hoje vendida e renomeada como Xe Services LLC (mudança de nome após mudança de logo provocada pelas inúmeras encrencas em que a empresa se envolveu posteriormente), a empresa foi fundada em 1997 por Al Clark e Erik Prince, um cristão ex-calvinista dos ramos mais radicais da Carolina do Norte, convertido ao catolicismo, que também contribui com associações como a Christian Freedom International, ONG que cuida de “ajudar cristãos perseguidos”.

Prince já doou mais de US$ 200,000.00 ao Partido Republicano, tendo doado também dinheiro ao Partido Verde da Pensilvânia, gesto que foi interpretado como uma tentativa frustrada de derrotar o candidato democrata Bob Casey. Até meados de 2007 um homem avesso à exposição pública, Prince precisou mudar sua política de relações públicas após ter sido obrigado a prestar esclarecimentos ao Congresso pelas ações de sua companhia no além-mar.

Assim começou a terceirização do monopólio da força na desastrosa gestão da guerra por George W. Bush. Um grupo armado com interesses claros começou sua, por vezes patética, busca por demanda através do aumento da violência. A empresa que manteve firmemente a segurança das autoridades americanas em solo de guerra sem nenhuma baixa, logo mostraria seu modus operandi para obter tal resultado.

O mais poderoso exército mercenário do mundo

Uma das duas únicas funções do Estado, de acordo com o pensador Frédéric Bastiat, é dar ao indivíduo segurança e liberdade – ao se pedir qualquer coisa além, exige-se que se perca ao menos uma dessas duas coisas. Podemos colocar um adendo importante: se o Estado não cuida ele próprio da segurança, dificilmente o Estado permanecerá tranqüilo para seus demais afazeres.

"Have you ever heard about the Emancipation Proclamation?" "I don't listen to hip-hop."

Uma das críticas feitas aos republicanos durante as guerras do Afeganistão e do Iraque erra o alvo tremendamente. Michael Moore explora em tom jocoso a alegação, ressuscitada da guerra do Vietnã, de que os EUA enviavam para a frente de batalha apenas os pobres (e também negros). Uma crítica feita com muito mais êxito no filme South Park: Bigger, Longer & Uncut. Em seu Fahrenheit 9/11, Moore é visto em “campanha” sugerindo que cada congressista republicano envie para a guerra também seus próprios filhos. Na música B. Y. O. B. (Bring Your Own Bombs) do System of a Down, o refrão também vocifera: “Why do they always send the poor?!”

Uma crítica escorregadia. Um problema ainda maior é quase oposto. Com a entrada em ação da Blackwater, encarregada da segurança de autoridades do porte de Condoleezza Rice em situações de guerra no estrangeiro, um coronel ou tenente do Exército americano ganhava, pela guerra, um soldo menor do que um “soldado” raso da Blackwater, que, na prática, sequer representava alguma posição dentro da hierarquia militar americana.

O corpo da Blackwater, geralmente composto de ex-militares, acabou por obter soldos altíssimos por seus serviços. Se a Blackwater, antes da guerra ao terror, obtinha com contratos com o governo cerca de singelos US$ 25,000.00 por mês, por treinamento para a 2.ª Divisa de Fuzileiros Navais (também na Carolina do Norte), com a guerra e a doutrina Rumsfeld a empresa obtém um aumento de 80.000% nos contratos estatais; seus contratos com o governo federal ultrapassaram US$ 1 bilhão: “em 2007, a BW tinha um número de agentes no Iraque equivalente a dois terços dos do escritório de segurança diplomática americano em todos os outros países do mundo somados.” (op. cit., p. 55) Um único soldado da Blackwater em terras iraquianas custava mais de US$ 1 mil aos cofres públicos americanos por dia.

O mesmo livro de Jeremy Scahill afirma: “O governo americano paga aos prestadores de serviços o mesmo que o total de impostos arrecadados entre todos os americanos com renda inferior a 100 mil dólares, o que significa que ‘mais de noventa por cento de todos os contribuintes podem igualmente remeter tudo o que devem diretamente aos [prestadores] em vez de ao [governo]“ (p. 54), segundo reportagem da Vanity Fair. Para a jornalista Naomi Klein, “os prestadores de serviço tratam o governo como um caixa eletrônico, sacando contratos gigantescos para realizar funções essenciais (…), e faz depósitos sob a forma de contribuição às campanhas políticas.” (p. 54) É um tipo de corrupção que conhecemos bem no Brasil, mas que felizmente não envolve (hoje) agentes armados.

A idéia da privatização é oferecer serviços melhores e mais baratos ao consumidor, e isto se dá através da concorrência. Curiosamente, a privatização do Exército não atende, portanto, a nenhum dos dois requisitos, justamente porque quem paga sem escolher ainda é o contribuinte, haja visto que os contratos são diretos com o governo. É mais ou menos como um contrato com a Petrobras ou o BNDES chamado de “privatização”. Qual a vantagem ao contribuinte?

Não à toa que até proeminentes filósofos e intelectuais da linha neoconservadora (neocon) do Partido Republicano, a mais caricata e próxima dos presidentes Bush, rapidamente romperam seu apoio não incondicional à forma como as duas guerras principais (Iraque e Afeganistão, com uma frente de batalha no Paquistão) estavam sendo geridas. Francis Fukuyama, um dos mais famosos nomes da direita americana, afirmou em 2006, no livro America at the Crossroads, que já não poderia mais oferecer seu apoio a George W. Bush, tornando-se assim, de apóstolo, apóstata dos neoconservadores.

Não espanta que o discurso contrário à guerra, na época, tenha sido o de que os EUA só estavam atrás do petróleo iraquiano (discurso este que sumiu misteriosamente nos últimos anos). Em 1999, o preço do barril de petróleo oscilava na casa de US$ 16 o barril. Em 2008, o preço médio era de US$ 147 o barril – 819% mais elevado – o que também fez com que a Petrobras registrasse lucros recordes durante a gestão Lula. A guerra ao terror em 10 anos custou US$ 4 trilhões aos EUA (quase 7 trilhões de reais). Só no Iraque, os gastos são de US$ 300 milhões por dia. Um montante equivalente a US$ 5 mil por segundo. É quase o que se paga por “estacionamento de flanelinha” na Rua Augusta. Ainda assim, dizia-se que a guerra fora feita em busca de petróleo. Pois, vendo o balanço comercial do petróleo no mundo, parece que não encontraram.

Sunday bloody Sunday, Bagdad, 16.09.2007

Se a Blackwater até então só chamara a atenção de pesquisadores preocupados com os gastos militares americanos, foi o dia 16 de setembro de 2007 que abriu os olhos do mundo para a empresa. Infelizmente, poucos detalhes foram oferecidos aos especialistas entrevistados de plantão pelas terras tupiniquins, avessos a investigações em minudências.

Um comboio da Blackwater atravessava a área nobre de Mansour, em Bagdá. A polícia iraquiana já havia se acostumado a liberar passagem para os comboios, que defendiam a segurança de altas autoridades americanas. O mais comum, no entanto, era a polícia iraquiana cuidar da segurança de civis iraquianos que se arriscavam a ser fuzilados ao se aproximarem das vidas mais valiosas de seu país: os ocupantes americanos.

O comboio, como de costume, obrigou o policial de trânsito Ali Khalaf Salman a interromper o tráfego. Mas o comboio subitamente deu meia-volta, entrou pela contramão em uma rua de mão única e, repentinamente, um enorme homem caucasiano de bigode começou a disparar.

O primeiro morto foi o estudante de medicina Ahmed Hathem al-Rubale, poliglota de uma família de médicos e fã de futebol, que estava do lado da mãe em um sedã Opel. O policial de trânsito Khalaf correu e acenou para que parassem de atirar. Assustado, o exército mais caro e poderoso resolveu atirar ainda mais. Gritos de cessar fogo vindos dos próprios comandantes da Blackwater não impediram que o tiroteio prosseguisse por cerca de 15 minutos. O massacre só foi interrompido “quando um dos guardas da Blackwater apontou sua arma para o outro que estava atirando, quase dando início a um tiroteio mexicano” (op. cit., p. 15) O fogo, além dos comboios Mamba, também veio dos helicópteros Little Bird da empresa.

“Fotos aéreas da cena mostraram depois que o carro nem sequer havia entrado na rotatória quando foi alvejado pela Blackwater, enquanto a reportagem do New York Times revelava que ‘O carro no qual as primeiras pessoas foram mortas não chegou a se aproximar do comboio da Blackwater até que o motorista iraquiano tivesse sido baleado na cabeça e perdido o controle do veículo’.

(…) Mais tarde, quando os investigadores americanos perguntaram-lhe porque jamais abriu fogo contra os homens da Blackwater, Khalaf disse-lhes: “Não estou autorizado a disparar, e o meu trabalho é cuidar do trânsito”.” (loc. cit.)

Por causa do massacre, a Blackwater seria alvo de críticas do mundo inteiro, causaria a pior crise diplomática entre Washington e Bagdá e seu dono, Erik Prince, prestaria contas ao Congresso americano. Apesar das críticas, o deputado democrata Henry Waxman, como de costume, foi prudente em chefiar a arguição com perguntas técnicas, e não envolver o massacre de Bagdá na discussão.

Apesar da alegação de “legítima defesa” por parte da Blackwater e de Erik Prince no Congresso, além das dezenas de testemunhas, há uma instituição difícil de ser desmentida. A primeira entidade a chegar a Mansour foi o Exército Americano – que não viu sinal de balas ou mesmo armas que não fossem os fuzis da Blackwater.

Como explicar estes erros? O livro de Scahill afirma que ”pesquisas razoáveis” estimam que 25% dos ‘atiradores’ da Blackwater “ingeriam esteróides ou outras substâncias alteradoras do discernimento” (p. 49). Um comportamento ao menos condizente com um comportamento tão brutal.

Não foi a primeira vez em que os “erros estratégicos” da guerra que sempre noticiavam mortes de civis iraquianos envolveram a Blackwater. Antes da carnificina da praça de Mansour, ao menos em 14 outros tiroteios houve participação de agentes da Blackwater. Verificou-se que a empresa cogitou pagar propina aos familiares das vítimas pelo silêncio. Sugerindo um valor de US$ 20 mil, logo perceberam o erro que Bush deveria ter percebido antes: não entupir de dinheiro quem tem uma arma para lhe subornar. Fixaram então um valor mais baixo, de US$ 5 mil, e conseguiram se manter na impunidade por tempo suficiente.

Porém, se um soldado do Exército americano cometesse um crime de guerra (como os vários que foram julgados de Abu Ghraib), iria parar num Tribunal Militar. O que fazer com assassinos americanos cometendo crimes fora do território americano? Erik Prince mostrou o que “poderia” fazer com os erros que custam vidas civis inocentes: demitir os soldados, deixando que eles custeassem ate´a passagem de volta para casa.

Washington, nitidamente, não entregaria cidadãos americanos a tribunais iraquianos. Porém, segundo o especialista em lei militar Scott Horton, “Há claramente jurisdição e base legal para agir contra eles [os mercenários] sob o Ato dos Crimes de Guerra” (p. 46).

No entanto, a impunidade prevaleceu. Como aconteceria com Donald Rumsfeld, a maior paga obtida por crimes sangrentos contra vidas foi uma sumária demissão, como se tudo pudesse voltar a ser como antes logo após isso. Erik Prince vendeu sua empresa, e agora faz treinamento militar nos Emirados Árabes Unidos. É um preço pequeno a se pagar (ou, na verdade, a se ganhar) depois de tantos milhões ganhos e tantas vidas destruídas.

No entanto, ainda fica a lição de Maquiavel, mais atual do que nunca: se Bush não tivesse usado mercenários em seu Exército, muito provavelmente a guerra no Iraque não seria o atoleiro trilionário que foi.

Flavio Morgenstern é redator, tradutor e analista de mídia. Há 10 anos, estava tirando mais uma nota vermelha em Química e vendo as aulas serem oficialmente paralisadas para que se pudesse comemorar o atentado terrorista nos corredores.

ENTREVISTA. OLAVO DE CARVALHO: ESQUERDA OCUPOU VÁCUO PÓS-DITADURA

Filósofo diz que espaço deixado pela ditadura militar foi tomado por esquerdistas, que contaram com a conivência de direitistas

Gabriel Castro

"A classe política, que era de maioria direitista, acabou sendo marginalizada e deixando um espaço vazio. Esse espaço foi preenchido pelos políticos de esquerda que voltavam do exílio. Quando veio a Constituição de 1988, a esquerda já era praticamente hegemônica"

O filósofo Olavo de Carvalho se notabilizou pelas críticas à hegemonia esquerdista no espaço cultural e político do país. Desde que publicou o livro O Imbecil Coletivo, obra que ataca consensos construídos no ambiente cultural brasileiro, ele se tornou uma espécie de porta-voz da diminuta intelectualidade conservadora do país (embora tenha aversão a este papel).

Em entrevista concedida por telefone ao site de VEJA, ele diz que a direita tem boa parte da culpa pela própria derrocada e critica o fato de legendas liberais terem se apegado à discussão meramente econômica.

O filósofo, que mora na zona rural da Virgínia, diz que o eleitorado conservador não vai encontrar tão cedo um partido que represente suas ideias no país.


A ausência de um partido conservador no Brasil é resultado das circunstâncias políticas ou de uma estratégia bem-sucedida da esquerda? Não é nem só uma coisa nem só outra. O processo começou durante o regime militar, quando tecnocratas assumiram todo o comando do processo e marginalizaram a política, reduzindo a função dos políticos a carimbar decretos oficiais.

E, na concorrência de poder e prestígio, eles eliminaram alguns políticos de direita da mais alta qualidade, como Carlos Lacerda. A Arena era ideologicamente inócua. De lá para cá, a classe política, que era de maioria direitista, acabou sendo marginalizada e deixando um espaço vazio.

Esse espaço foi preenchido pelos políticos de esquerda que voltavam do exílio. Quando veio a Constituição de 1988, a esquerda já era praticamente hegemônica.

O regime militar não conseguiu sufocar a oposição de esquerda?

O governo militar se ocupou de combater a guerrilha, mas não de combater o comunismo na esfera cultural, social e moral.
Havia a famosa teoria da panela de pressão, do general Golbery do Couto e Silva. Ele dizia: “Não podemos tampar todos os buraquinhos e fazer pressão, porque senão ela estoura”. A válvula que eles deixaram para a esquerda foram as universidades e o aparato cultural.
Na mesma época, uma parte da esquerda foi para a guerrilha, mas a maior parte dela se encaixou no esquema pregado por Antonio Gramsci, que é a revolução cultural, a penetração lenta e gradual em todas as instituições de cultura, mídia etc. Foi a facção que acabou tirando vantagem de tudo isso – até da derrota, porque a derrota lhes deu uma plêiade de mártires.

Então a hegemonia cultural veio antes da partidária?


Claro. Acompanhe, por exemplo, as sessões ditas culturais dos principais jornais do país. Você vai ver que, durante 30 anos, não teve uma ideia conservadora lá. O primeiro passo para marginalizar uma corrente de ideias é excluí-la da alta cultura.
Você trata aquilo como se fosse uma corrente popular, um bando de caipiras, um bando de fanáticos que não tem respeitabilidade intelectual. O período militar foi a época de maior progresso da indústria editorial de esquerda no Brasil. Nunca se publicou tanto livro de esquerda.
Além de ter destacados colunistas de esquerda nos jornais, ainda havia vários semanários importantíssimos de oposição como os tabloides Movimento, Fato Novo, O Pasquim, Ex, Versus, as revistas Civilização Brasileira, Paz e Terra e muitas outras.
Além disso, praticamente todos os grandes jornais eram dirigidos por homens de esquerda como Luís Garcia, Claudio Abramo, Alberto Dines, Narciso Kalili e Celso Kinjo. Outra coisa importantíssima: todos os sindicatos de jornais do país eram presididos por esquerdistas.

O presidente do DEM, José Agripino Maia, diz que o partido é de centro e que suas bandeiras estão ligadas ao liberalismo econômico apenas. Como o senhor vê essa declaração?

A limitação do ideário conservador ao aspecto econômico é uma estratégia da esquerda. O que o governo faz? Reserva uma margem de manobra para a empresa privada, mas exerce o controle total sem exercer a responsabilidade. Se tudo dá certo, é glória do governo. Se tudo dá errado, é culpa do empresário. Uma oposição que se limite à defesa da propriedade privada não oferece risco algum para o socialismo. A verdadeira corrente conservadora se manifesta também por um ideário de direitos civis, de liberdade religiosa, da defesa da moral judaico-cristã, da educação clássica, com padrões exigentes. É uma concepção integral da sociedade. Os liberais que acabam concordando com a esquerda no seu ideário cultural e moral são traidores. Uns são traidores conscientes, outros por idiotice.

Leia também: O incrível caso do país sem direita

Na última campanha, o aborto chegou ao debate eleitoral por causa da mobilização de parte da sociedade. Só depois os partidos passaram a debater o tema. É um sinal de que a população é mais conservadora do que seus representantes políticos?

Há uma faixa conservadora, cristã, que não aceita políticas como o "abortismo" e o "gayzismo". Uma faixa imensa da população não aceita essa brincadeira e se mobilizou fora dos partidos para combater o aborto, num movimento iniciado por grupos religiosas, por igrejas, e o PSDB acabou tirando alguma vantagem disso por falta de alternativa. É o princípio do mal menor: “Não tem mais ninguém, vamos votar no PSDB”. Mas o PSDB não tem mérito nenhum nisso.

Como o senhor vê a implosão do DEM, que vem perdendo força e de onde saíram os fundadores do PSD?


O DEM decidiu se transformar-se num instrumento servil da política de esquerda. Então se autocastrou de propósito.

O que a direita precisa saber para reequilibrar o quadro político? Reocupar os espaços na esfera cultural?

A esquerda, devido à enorme facilidade que teve para ocupar os espaços, começou a promover o que tinha de pior na pseudo-intelectualidade esquerdista. E destruiu a cultura superior no Brasil. Num lugar onde se chamam de intelectuais Emir Sader, Chico Buarque de Hollanda e Tarso Genro, está tudo perdido.
É a barbárie completa. A Comissão de Educação e Cultura da Câmara têm entre seus membros o Tiririca, que é um sujeito que quase foi recusado lá por ser analfabeto. A esquerda se aproveitou da facilidade de conquistar esses meios, mas evidentemente não tinha intelectuais de grande gabarito para ocupar todos postos. Então pegou qualquer um. Pegou o lixo. A solução é criar uma nova intelectualidade capaz de desmoralizar esses indivíduos, demonstrar que são vigaristas e charlatães.

A polaridade entre PT e PSDB não exerce esse papel?

Uma vez eu vi um diálogo entre o Cristovam Buarque, quando era o principal intelectual do PT, e o Fernando Henrique Cardoso. Ambos concordavam que os seus partidos não tinham divergência ideológica nenhuma, apenas disputa por cargos. Aqui, a disputa de cargos se substituiu à concorrência ideológica, de propostas. A essência da democracia é a existência de correntes opostas e o seu rodízio no poder, de forma que nenhum governo possa introduzir modificações desastrosas que um governo seguinte não possa fazer. Funcionou em toda a Europa e está provado que é a única saída eficiente. Ninguém tem a solução de todos os problemas. Às vezes, a direita tem a ideia melhor, às vezes a esquerda tem.

Há quem comemore o fim da distinção entre esquerda e direita como um avanço da democracia. O que existe de positivo em esconder a realidade das forças que estão em jogo?

O fato de que uma boa parte do pessoal dito direitista esteja servindo à esquerda não significa que direita e esquerda tenham desaparecido. A população brasileira é conservadora. E as pesquisa têm comprovado isso. Ela apenas não está informada sobre quem é quem no cenário eleitoral. Então, se vota nos candidatos que existem. É uma situação onde o engano, a mentira e a farsa foram oficializados. A farsa ganhou o jogo.

STJ ANULA IVESTIGAÇÃO DA PF CONTRA A FAMÍLIA SARNEY

Depois dizem por ai que todos são iguais perante a lei
O STJ (Superior Tribunal de Justiça) anulou todas as provas obtidas pela operação da Polícia Federal que investigou os negócios do empresário Fernando Sarney e outros familiares do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), informa reportagem de Andreza Matais e Felipe Coutinho, publicada na Folha deste sábado (íntegra disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

Em decisão unânime, os ministros do tribunal entenderam que os grampos que originaram as quebras de sigilo foram ilegais. A decisão devolve as investigações à estaca zero.

No ano passado, a Justiça já havia invalidado parte das provas obtidas por interceptação de e-mails na operação da Polícia Federal, chamada de Boi Barrica e mais tarde rebatizada de Faktor.
A investigação da Operação Faktor começou em fevereiro de 2007, devido à movimentação atípica de R$ 2 milhões na conta de Fernando Sarney e de sua mulher, Teresa Murad Sarney.

A apuração se estendeu até agosto de 2008 e apontou crimes de tráfico de influência em órgãos do governo federal, formação de quadrilha, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro. Fernando nega as acusações. (folha online)

COMENTÁRIO

É interessante nosso mundo judicial! Respaldado em leis, cada vez mais parecidas com o interesse da classe política e, portanto, dos poderosos, o STJ alega, em sua decisão, que não havia "fundamentos" no pedido feito a Justiça para a quebra do sigilo. Daí as provas colhidas, e irrefutáveis sob o ponto de vista da realidade, serem consideradas ilegais.

"Trocando em miúdos", tudo o que a Polícia Federal constatou é a pura realidade. Os Sarney tem culpa sim! Estão errados, sim! Mas a PF atirou no que viu e acertou no que ainda não tinha visto. E a lei, tão boazinha, não admite isso.

do blog do mario fortes

GOLPE DE MESTRE: DEPOIS DE APROVAR A COMISSÃO DA VERDADE, O GOVERNO PRETENDE REVOGAR A LEI DE ANISTIA

Com assinatura de apoio de todos os ex-ministros da pasta, a ministra da Secretaria Especial de Direitos Humanos, Maria do Rosário, divulgou uma carta-aberta aos deputados em que declara que o país está correndo contra o tempo para que a memória das vítimas da ditadura militar não seja esquecida.

No manifesto, Maria do Rosário e os ex-ministros apoiam o projeto de lei que cria a Comissão da Verdade e defendem que o direito à memória e à verdade é uma “conquista” que não pode ser negada. “O Congresso Nacional tem em suas mãos a oportunidade de aprovar esse projeto seguindo os passos já trilhados para a consolidação do regime democrático em nosso país”, diz trecho da carta.
“Nosso desafio, hoje, é uma corrida contra o tempo: as memórias ainda vivas não podem ser esquecidas e, somente conhecendo as práticas de violação desse passado recente, evitaremos violações no futuro”, assinalam os ministros.

Além de Maria do Rosário, assinam a carta os ex-ministros Paulo Vannuchi, José Gregori, Gilberto Vergne Sabóia, Paulo Sérgio Pinheiro, Nilmário Miranda e Mário Mamede.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, também participou da reunião, mas saiu do encontro sem falar com a imprensa.
O Projeto de Lei 7.376 foi enviado pelo Executivo, em maio, à Câmara dos Deputados e, depois de ter passado pelas comissões de Direitos Humanos e Minorias e a de Relações Exteriores e Defesa Nacional, já houve três pedidos para a inclusão da proposta, na ordem do dia, para análise do plenário. O projeto cria a Comissão da Verdade no âmbito da Casa Civil da Presidência da República.

Como se sabe, a proposta é polêmica por vários motivos. De início, não conta com apoio integral das Forças Armadas, porque só pretende investigar crimes dos militares, deixando de lado os cometidos pelos militantes da luta armada. Além disso, os militares já destruíram todos os documentos que os poderiam incriminar. Por isso, a Comissão da Verdade não terá em que se basear na investigação, a não ser pelos depoimentos de militantes. Mas quem liga para isso?

***

GOVERNO USA ESTRATÉGIA ARDILOSA


A estratégia do governo é aprovar primeiro a Comissão da Verdade, para num segundo lance mudar a Lei de Anistia para punir quem torturou, matou e desapareceu com opositores do regime militar.
O militares ainda desconhecem essa intenção do governo e estão aceitando a Comissão da Verdade, porque ela não terá efeitos punitivos, porque o Supremo já reconheceu a constitucionalidade da Lei da Anistia.
Quando souberem que o governo depois pretende mudar a Lei da Anistia, será tarde demais.

Já existe o projeto, que é de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP). A proposta já esteve três vezes para ser votada na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, mas foi retirado de pauta.
Na manhã de ontem, o PSOL tentou incluí-la na pauta, mas foi derrotado pela base do governo. O PT liderou a mobilização para evitar a votação.

Foi na semana passada que o líder do PT na Câmara, Paulo Teixeira (SP), e o deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), que faz parte da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, reuniram-se com o ministro da Defesa, Celso Amorim, e decidiram pela estratégia de “congelar” o projeto de Erundina até que seja instalada a Comissão da Verdade.

A proposta da deputada está destinada a gerar problemas, quer seja aprovada ou rejeitada. Se passar, criará reações de setores militares, já incomodados com a Comissão da Verdade. Se não passar, o governo terá de se explicar junto à militância dos direitos humanos e parentes dos desaparecidos e perseguidos políticos.

Os militares, é claro, resistem a qualquer revisão da Lei da Anistia. A assessoria parlamentar do Comando do Exército já elaborou uma nota técnica contra o projeto de Erundina e a distribuiu aos deputados da comissão.
“O projeto quer fazer não a interpretação autêntica, mas restritiva quanto ao alcance dos efeitos da anistia, ferindo de morte o verdadeiro espírito da lei. O projeto vai produzir efeitos retroativos, atingindo fatos passados. Implica em desequilíbrio e desarmonia”, diz a nota técnica do Comando do Exército.

Os militares argumentam que o Supremo Tribunal Federal já decidiu, em abril de 2010, que a lei de 1979 vale para todos, inclusive para crimes cometidos por agentes públicos, militares e civis. Independentemente da mobilização dos militares, alguns parlamentares de esquerda são contra a revisão da Lei da Anistia. Alfredo Sirkis (PV-RJ), por exemplo, um ex-guerrilheiro e que atuou na luta armada, é a favor da Comissão da Verdade, mas não da mudança da Lei da Anistia para punir agentes do Estado que atuaram na ditadura.
“Tenho absoluta autoridade para falar desse assunto e não admito ser patrulhado pela esquerda. Esses fatos ocorreram há 40 anos. Reabrir essa questão nesse momento será julgamento daqueles que eram personagens secundários. É reabrir um confronto que não interessa”- diz Alfredo Sirkis, que integra a Comissão de Defesa Nacional e votará contra o projeto de Erundina.

Carlos Newton
Fonte: Tribuna da Imprensa

NOVA FONTE DE CORRUPÇÃO

O MPF(Ministério Público Federal), acha que essa siruação conduz o país ao risco de uma explosão de custos.

O custo da Copa-14 pode repetir os problemas do Pan-Americano do Rio em 2007, quando o valor final do evento superou em 10 vezes o orçamento original.
A menos de três anos para o Mundial, o país ainda não tem as contas fechadas para o torneio, informa reportagem de Agnaldo Brito para a Folha. O Portal da Transparência do governo, montado pela Controladoria-Geral da União, diz que a Copa custará R$ 23,4 bilhões.

A Abdib (Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base), que tem acordo de cooperação técnica com a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e o Ministério do Esporte, trabalha com outros números.

Estima em R$ 112 bi lhões o custo total do Mundial e em R$ 84,9 bilhões, se considerado o recorte feito pelo Portal da Transparência, com o cálculo incluindo só aeroportos, portos, segurança, arenas e mobilidade urbana. O alerta é do procurador-chefe do Ministério Público Federal do Amazonas, Athayde Ribeiro Costa, atual coordenador do Grupo de Trabalho Copa do Mundo 2014.

MOMENTOBRASILCOM.COM(Comentário)

Continua o governo da presidente Dilma, tentando à todo custo, a liberação de verbas sem licitação e um percentual de 20% do orçamento sem comprovações.
È lastimável, mas, querem de qualquer maneira legalizar entre aspas, os desvios dos cofres federais. Assim não há programa nenhum que consiga diminuir a pobreza e a miséria no país.

CORRUPÇÃO, O MAL DA SAÚDE. DESVIO DE DINHEIRO PÚBLICO NO SETOR SOMARAM R$ 2,3 BILHÕES


Nos últimos nove anos, o governo federal - que tem defendido novas fontes de financiamento para a Saúde - contabilizou um orçamento paralelo de R$2,3 bilhões que deveriam curar e prevenir doenças, mas escorreram pelo ralo da corrupção.

Esse é o montante de dinheiro desviado da Saúde, segundo constatação de Tomadas de Contas Especiais (TCEs) encaminhadas ao Tribunal de Contas da União (TCU), entre janeiro de 2002 e 30 de junho de 2011.

A Saúde responde sozinha por um terço (32,38%) dos recursos federais que se perderam no caminho, considerando 24 ministérios e a Presidência. Ao todo, a União perdeu R$6,89 bilhões em desvios.

São números expressivos, mas refletem tão somente as 3.205 fraudes ou outras irregularidades identificadas pelo Ministério da Saúde ou pela Controladoria Geral da União (CGU). Para o Ministério Público Federal (MPF), recuperar esse dinheiro é tarefa difícil.

Mais dramática é a persecução criminal de quem embolsa o dinheiro. Na maioria dos casos, são prefeitos, secretários de Saúde ou donos de clínicas e hospitais que prestam serviços ao Sistema Único de Saúde (SUS).

A procuradora Eliana Torelly, da Procuradoria Regional da República da 1ª Região, avalia que é difícil punir porque os processos, tanto administrativos quanto judiciais, demoram a encerrar.


Em 2004, o Departamento Nacional de Auditoria do SUS (Denasus) levantou um mar de desvios em Paço do Lumiar (MA), município de cem mil habitantes na Região Metropolitana de São Luís (MA).

O processo aponta saques milionários da conta da Saúde, entre 2001 e 2003, que jamais se reverteram em ações à população. Só em 2010, o processo administrativo chegou ao TCU. Em valores corrigidos em 2010, a fraude soma R$27.927.295,70.

- A probabilidade de recuperar o dinheiro é muito baixa - diz Eliana.

No PI, má aplicação de R$258 milhões

Apenas entre janeiro e junho de 2011, a União encaminhou ao TCU o resultado de 193 processos, que totalizam um passivo de R$562,3 milhões. A expressiva maioria é de casos antigos. Na lista, há cobranças até de 1991, como uma tomada de contas que aponta o governo do Piauí como responsável pela má aplicação de R$258,5 milhões, em valores corrigidos.

Especialista em financiamento da Saúde, o pediatra Gilson Carvalho diz que o dinheiro escorre pela falta de protocolos e rotinas, falta de informatização do controle financeiro, de pessoal e de transporte de pacientes. E lembra que os empresários da Saúde são parte do processo de corrupção:

- Não existe corrupção que não tenha participação do privado.

A presidente da União Nacional dos Auditores do SUS, Solimar da Silva Mendes, diz que a estrutura de controle do dinheiro do SUS é mínima em comparação com o volume de recursos auditado. Ela contabiliza cerca de 500 auditores na ativa, sendo que a metade está em idade de aposentadoria. Calcula que são necessários outros mil servidores:

- Paramos de atender pedidos do MP. Agora, só fazemos levantamentos a pedido da presidente Dilma Rousseff, como levantamento de mamógrafos.

Em nota, o Ministério da Saúde afirma que, desde 2002, o orçamento federal da Saúde soma R$491,1 bilhões. "Deste modo, o valor apontado corresponde a 0,045% deste montante. Todas estas medidas administrativas foram solicitadas pelo próprio ministério aos órgãos de controle, tanto interno quanto externo".

Ele cita ainda realização de 692 auditorias, economia de R$600 milhões na compra de medicamentos e aperto no controle dos repasses a estados e municípios.

Mostrando a demora nas ações de controle do dinheiro aplicado na Saúde, só este ano o TCU decidiu sobre casos envolvendo irregularidades descobertas pela Operação Sanguessuga, iniciada em 2006 pela Polícia Federal. Pelo menos dez decisões do TCU este ano são sobre Tomadas de Contas Especiais que tratam de desvios em convênios com prefeituras de todo o país, como São João do Meriti (RJ), Cromínia (GO), Campinápolis (MT) e Ponta Porã (MS).

Entre as irregularidades, superfaturamento na aquisição de ambulâncias, ausência de pesquisa de preços em licitações e erros em notas fiscais. Muitos dos casos envolveram ainda contratos em que "a empresa fornecedora do veículo adquirido consta da lista de firmas participantes do esquema de fraudes em licitações identificado na "Operação Sanguessuga"".

É o caso, por exemplo, de contratos das prefeituras de Sousa (PB) e Alegre (ES) com a empresa Santa Maria, e da prefeitura de Pesqueira (PE) com a Planam.

Para Alcides Miranda, um dos titulares do Conselho Nacional de Saúde e vice-presidente do Centro Brasileiro de Estudos de Saúde, a discussão sobre a necessidade de mais fontes de recursos para o setor precisa passar pela transparência e garantia da aplicação dos recursos, sejam os já existentes ou outros que eventualmente surjam.

Além dos desvios de recursos apontados por órgãos de controle como CGU e TCU, Miranda lembra mais uma fonte de desperdício no setor, o Cartão SUS:

- Já foram gastos pelo menos R$500 milhões desde o governo Fernando Henrique, e esse projeto de informatização (criando um sistema com o número de identificação dos usuários do SUS) não anda, por motivos como brigas na Justiça de empresas que disputavam licitação.

- A própria estrutura do ministério é deficitária - completa a professora da UFRJ Ligia Bahia, da Associação Brasileira de Saúde Coletiva. - São vários programas, um para criança, outro para hipertenso, outro para a mulher.

Só que uma mulher já foi criança um dia, um hipertenso também pode ser diabético...

Não há integração dessa árvore de Natal cheia de programas pendurados.

Falta uma política única para a Saúde no país.

Roberto Maltchik O Globo

MENSALÃO NÃO É NADA COMPARADO AO VALOR DO NIÓBIO, VENDIDO SEM AUTORIZAÇÃO

Voce falou quase tudo Beto, so faltou falar das tramas para encobrir as negociatas com o NIOBIO, veja: Marcos Valério na CPI dos Correios revelou na TV, para todo o Brasil : O dinheiro do mensalão não é nada, o grosso do dinheiro vem do contrabando do nióbio, e ainda: O Ministro José Dirceu estava negociando com bancos, uma mina de nióbio na Amazônia?, e ninguém teve coragem de investigar...ou, estarão todos ganhando com essa traição ao Brasil.


Somando a esse fato, foi publicado na Folha de S. Paulo em 2002 que Lula ficou hospedado na casa do dono da CMN (produtora de nióbio) em Araxá-MG, e que posteriormente a ONG da empresa ajudou a financiar o Fome Zero.

As maiores jazidas mundiais de nióbio estão em Roraima e Amazonas (São Gabriel da Cachoeira e Raposa - Serra do Sol),
será por isso então que nosso governo deseja tanto a demarcação contínua da Reserva, sem a presença do povo brasileiro não índio, para a total liberdade das ONGs internacionais sabidamente separatistas?

Há fortes indícios de que a própria FUNAI esteja envolvida no contrabando do nióbio usando os índios, para envio do metal à Guiana Inglêsa e dali aos USA e Europa.

A maior reserva de nióbio do mundo, a do Morro dos Seis Lagos em São Gabriel da Cachoeira (AM), é conhecida desde os anos 80, mas o governo federal nunca a explorou oficialmente, deixando assim o contrabando fluir livremente. Um acordo entre a presidência da república e os países consumidores, oficializando assim o roubo de divisas do Brasil, que vai para contas numeradas em paraísos fiscais.

Fonte: http://www.orkut.com/Main#CommMsgs?cmm=3418714&tid=5652903481036827039

LULA & HADDAD

Lula e Haddad são vaiados na Universidade Federal do ABC; o Apedeuta se irrita
No Esatadão:

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu ontem em defesa do seu pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, ministro Fernando Haddad (Educação), que foi vaiado em cerimônia no ABC paulista. É a segunda vez nesta semana que Haddad é hostilizado em evento público. Na quarta-feira, ele foi recebido com vaias em um evento na USP.

Lula, que também foi alvo ontem das vaias de cerca de 20 estudantes ligados ao PSOL e ao PSTU, participou ao lado de Haddad de comemoração dos cinco anos da Universidade Federal do ABC, em Santo André.

O ex-presidente chegou a perder a paciência com os estudantes. “Gritar é bom, mas ter responsabilidade é muito melhor”, afirmou Lula, em cima de um palco em uma tenda no câmpus, onde havia para uma plateia de cerca de 500 pessoas.

Os estudantes protestavam pelo investimento de 10% do PIB em educação. “Haddad, eu não me engano, 7% é proposta de tucano”, gritavam para o ministro, que respondeu: “Infelizmente, a direita conservadora conta com o apoio da esquerda conservadora para evitar o progresso do nosso País”.
Lula discursou minutos depois de Haddad e defendeu o ministro, nomeado por ele para a pasta da Educação em 2006. “Eu duvido que na história deste País um ministro da Educação tenha se dedicado 10% do que esse rapaz se dedicou”, disse.

Haddad é o nome que Lula tem defendido em seu partido para disputar a Prefeitura no ano que vem. O ex-presidente avalia que o ministro, que foi professor universitário e é uma novidade eleitoral, teria mais condições de conseguir votos na classe média paulistana que resiste ao PT.

Lula ironizou os jovens ao dizer que a reivindicação não fora feita durante sua gestão. “Se esses jovens tivessem feito a reivindicação no meu governo, possivelmente teriam sido atendidos e não estariam aqui com essas faixas”, declarou.

Para os estudantes, o ex-presidente disse ser a favor de investir os 10% em educação, além de uma parte dos recursos oriundos do pré-sal. Fez, no entanto, uma ponderação: “Mas essas coisas não acontecem porque o cidadão se sente no direito de gritar. Essas coisas se constroem”.

Reinaldo Azevedo

ESTUDANTES VAIAM LULA E HADDAD NO ABC


Ex-presidente defendeu o ministro, que é seu pré-candidato à Prefeitura de São Paulo
17 de setembro de 2011, O Estado de S.Paulo

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva saiu ontem em defesa do seu pré-candidato à Prefeitura de São Paulo, ministro Fernando Haddad (Educação), que foi vaiado em cerimônia no ABC paulista.
É a segunda vez nesta semana que Haddad é hostilizado em evento público. Na quarta-feira, ele foi recebido com vaias em um evento na USP.

Ricardo Trida/Diário do Gde ABCProtesto.

Com faixas e cartazes, estudantes reivindicaram mais investimento em educação.
Lula, que também foi alvo ontem das vaias de cerca de 20 estudantes ligados ao PSOL e ao PSTU, participou ao lado de Haddad de comemoração dos cinco anos da Universidade Federal do ABC, em Santo André.

O ex-presidente chegou a perder a paciência com os estudantes. "Gritar é bom, mas ter responsabilidade é muito melhor", afirmou Lula, em cima de um palco em uma tenda no câmpus, onde havia para uma plateia de cerca de 500 pessoas.

Os estudantes protestavam pelo investimento de 10% do PIB em educação. "Haddad, eu não me engano, 7% é proposta de tucano", gritavam para o ministro, que respondeu: "Infelizmente, a direita conservadora conta com o apoio da esquerda conservadora para evitar o progresso do nosso País".

Lula discursou minutos depois de Haddad e defendeu o ministro, nomeado por ele para a pasta da Educação em 2006. "Eu duvido que na história deste País um ministro da Educação tenha se dedicado 10% do que esse rapaz se dedicou", disse.

Haddad é o nome que Lula tem defendido em seu partido para disputar a Prefeitura no ano que vem. O ex-presidente avalia que o ministro, que foi professor universitário e é uma novidade eleitoral, teria mais condições de conseguir votos na classe média paulistana que resiste ao PT.

Manifestação. Lula ironizou os jovens ao dizer que a reivindicação não fora feita durante sua gestão. "Se esses jovens tivessem feito a reivindicação no meu governo, possivelmente teriam sido atendidos e não estariam aqui com essas faixas", declarou.

Para os estudantes, o ex-presidente disse ser a favor de investir os 10% em educação, além de uma parte dos recursos oriundos do pré-sal. Fez, no entanto, uma ponderação: "Mas essas coisas não acontecem porque o cidadão se sente no direito de gritar. Essas coisas se constroem".

Depois, citou momentos biográficos para falar que não era contra protestos. "Se tem uma coisa que aprendi a respeitar é o direito das pessoas reivindicarem porque se não fosse assim eu não teria virado presidente da República", afirmou. "Se eu tivesse medo de greve, eu não teria feito as maiores e as melhores do País", completou, em referência às paralisações lideradas por ele no final dos anos 70.

No final do evento, Lula baixou o tom. "Uma sociedade que grita contribui mais que uma sociedade que silencia", disse o ex-presidente, pouco antes de encerrar o discurso.

NOTA AO PÉ DO TEXTO

É assim que se faz um discurso populista. Resta saber até quando o oportunismo de um demagogo conseguirá continuar engando pessoas. Oito anos de mandato, e os investimentos em educação não poderiam ser piores; mas nesse momento, em que vai às ruas angariar votos para o seu candidato, um ministro da "deseducação", recheia o seu 'palanquismo' com balelas e mentiras.

OUTRA PROMESSA DE CHÁVEZ


Com o telefonema de Hugo Chávez à presidente Dilma Rousseff na semana passada, para informar que a Petrobrás e sua estatal PDVSA chegaram a um acordo para a conclusão da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, o governo da Venezuela preserva por mais algum tempo a parceria entre as duas empresas. Mas o gesto de Chávez não garante que, afinal, a Venezuela arcará com suas responsabilidades financeiras nessa obra que deveria ser conjunta, mas está sendo inteiramente sustentada pela parte brasileira. Fruto de uma decisão política do ex-presidente Lula e sem respaldo em critérios técnicos e financeiros, a parceria por enquanto não passa de mera promessa chavista.

Seis anos depois de firmado o contrato para a construção da refinaria, a PDVSA ainda não entrou com nenhum dinheiro. Como o acordo prevê que a PDVSA se responsabilizará por 40% dos custos, ela terá de desembolsar imediatamente US$ 3,6 bilhões para honrar sua parte naquilo que já foi gasto. Mas a PDVSA, desfalcada pelo governo bolivariano de Chávez, que a utiliza para sustentar programas sociais de caráter populista, dificilmente conseguirá cumprir sua parte.

Enquanto o chavismo a obriga a gastar cada vez mais em empreendimentos que não são de sua especialidade nem fazem parte de seus objetivos, a PDVSA vai perdendo competência e eficiência naquilo que deve fazer. No refino de petróleo, por exemplo, ela está encolhendo. No ano passado, a produção de suas refinarias ficou na média de 970 mil barris por dia, 8,2% menos do que a média de 1998. Nesse período, suas exportações de produtos refinados caíram 38,8%, de 840 mil para 504 mil barris por dia. Em 2013, a empresa importará mais diesel do que exportará (até hoje, é exportadora líquida), para abastecer as usinas termoelétricas que entrarão em operação até aquele ano.

Do ponto de vista financeiro, a PDVSA vem dependendo cada vez mais de dinheiro do Banco Central (BC) venezuelano para manter suas operações. De acordo com estudos recentes, baseados em relatórios da política monetária, nos 18 meses encerrados em junho deste ano o BC injetou o equivalente a US$ 10 bilhões na estatal. Para isso, teve de emitir moeda, o que acabou tendo um efeito inflacionário importante.

A inflação é a face mais visível da crise. Em agosto, a inflação oficial ficou em 2,2% e em 18% no acumulado do ano. Mas as projeções do mercado são de uma inflação já na casa dos 30%. Para contê-la, o governo de Chávez está intensificando o uso de um recurso ineficaz e altamente danoso para o funcionamento da economia: o controle de preços. A pretexto de acabar com "a especulação e o monopólio", Chávez baixou em julho a Lei de Custos e Preços Justos, que não passa do tabelamento ou congelamento.

Como sempre ocorre quando o governo tenta controlar preços, produtos desaparecem das prateleiras. Escassez, mercado negro e a inevitável alta de preços são fenômenos já notados no comércio e devem tornar-se ainda mais frequentes à medida que a lei, por enquanto aplicada parcialmente, estiver em plena vigência.

Outra obsessão chavista, o estatismo, também tem contribuído para tornar ainda mais agudos o problema da escassez e da alta dos preços. Empresas estatizadas nos últimos anos perderam eficiência, acumulam prejuízos, produzem cada vez menos, estão sendo obrigadas a cortar pessoal - contrariando frontalmente a promessa chavista de criar empregos - e precisam de recursos do Tesouro. No último semestre, mais 401 empresas sofreram alguma forma de intervenção estatal. O efeito da estatização é desastroso, como mostra o exemplo da Frutícola Campe, que, expropriada em 2007, produz apenas 13% do que produzia como empresa privada.

A estatização, feita sob a bandeira do socialismo do século 21 prometido por Chávez, já custou mais de US$ 20 bilhões, dinheiro que poderia ter sido empregado em obras sociais e de estímulo ao crescimento, mas foi desperdiçado em empresas que, se tivessem continuado sob controle privado, estariam em situação muito melhor.
o Estado de São Paulo - 15/09/2011

BENJAMIN, O "MENININHO" ENVIADO

“Hoje em dia é muito difícil não ser canalha.
Todas as pressões trabalham para
o nosso aviltamento pessoal e coletivo.”

Nélson Rodrigues

Waldo Luís Viana*

Conta-se que, em 1933, após ter sido eleito chanceler alemão, Adolf Hitler, já esgrimindo enorme esperteza e inclinação para o mal, mandou um de seus colaboradores-asseclas do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães (o Partido Nazi) contratar um jornalista para escrever artigos furiosos contra o próprio Führer. Era necessário, àquela época, estabelecer polêmica em relação ao recente mandatário para despertar o interesse do povo alemão para as discussões sobre o governo recém-instalado. Sabe-se que o jornalista cumpriu diligentemente a função e com tal energia que não foi esquecido pelo chanceler, que o recompensou, em princípio com dinheiro e, mais tarde, o mandou fuzilar.

No Brasil, vivemos uma situação muito similar, em que um filme sobre o nosso grande líder e guia, será lançado em janeiro de 2010, elaborado e dirigido sob medida para atrair e fazer chorar as multidões. A realização da película deixou de ser mero exercício de arte inocente, quando se soube que grandes empresas, dependentes das verbas publicitárias governamentais, participaram de seu orçamento. Despertou desconfianças, também, quando foram levantadas suspeitas de que os especialistas em marketing do Planalto deram os seus “pitacos” para que o “longa” ficasse mais emotivo e lacrimoso, no estilo das conhecidas novelas nacionais de sucesso.

O filme contaria a infância, a juventude e a ascensão a líder sindical do Sr. Luiz Inácio da Silva, terminando obviamente em sua chegada á presidência. Enfim, uma saga do “filho do Brasil”, cuja carreira fulminante realmente “nunca houve neste país”.

Ocorre, tal como os marqueteiros do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães de Hitler, que os especialistas em comunicação do Partido dos Trabalhadores de Lula resolveram estabelecer polêmica em relação ao filme e resolveram arquitetar um plano, num estilo tropical entre Maquiavel, Golbery e Goebbels, para atrair críticas contra a obra e seu formato.

Afinal, o filme sobre Lula deve ser comentado em cada esquina, nos bares, nas universidades, entre os professores e estudantes, e na mídia, entre os formadores de opinião. Deve ser discutida a temática, a origem do orçamento, a intenção, a estética e a história do personagem, transformado em herói do povo, tal como foi exaltado na Alemanha, nos anos 1930 o livro “Minha Luta”, de Adolf Hitler, que contava a estória sofrida da juventude e ascensão do líder do Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães, que, dentre outros feitos, matou 6 milhões de judeus...

Assim, por coincidência, surgiu um certo editor, muito inteligente e atilado, companheiro de lutas do nosso futuro guia focalizado no filme, guerrilheiro na juventude, preso, torturado e companheiro de cela do presidente, a comentar o filme, revelando fatos escabrosos sobre a vida do presidente e revelando bombasticamente – vejam só – o seu gigantesco apetite sexual, a ponto de ter querido sodomizar um companheiro de cela, durante o período em que esteve preso, como líder sindical e agitador, durante o regime militar.

A revelação extemporânea, feita por quem não foi chamado, não se chama Manuel, nem mora em Niterói parece sermão muito bem encomendado. Antes de ser uma calúnia, até enaltece uma reação selvagem de quem foi exposto em certo momento da vida a uma situação-limite. Afinal, como disse Jesus, quem nunca cometeu pecado que atire a primeira pedra!

César Benjamin, que já foi guerrilheiro, prisioneiro político, fundador do Partido dos Trabalhadores, saiu do PT, entrou no Partido do Socialismo e Liberdade, foi candidato a vice-presidente pelo PSOL e já saiu do PSOL – parece ser o homem indicado para fazer o trabalho daquele jornalista que ajudou na oposição a Hitler. Ele chegou ao desplante de fazer suíte do próprio artigo, tentando acender uma polêmica, esperando que a direita ingênua fosse atrás, como a Igreja, quando condena os filmes que contestam a divindade de Jesus ou entra com medidas cautelares contra as escolas de samba, no Carnaval, quando são profanadas imagens sacras em carros alegóricos. Mas o tiro saiu pela culatra e seu casinho jornalístico foi encerrado. Coitado!

O “menininho” (parece que esse era um de seus codinomes) César é mesmo peralta, um peralvilho! Cumpriu sua função, mas a polêmica ficou murcha e acabou beneficiando o agredido, o caluniado, que nem se deu por achado, continuando solenemente a correr o mundo como líder e com 80% de popularidade.

Pelo visto, o filme foi feito para não passar em brancas nuvens, como aquela novela do Sassá Mutema, em 1989 (lembram-se?), que foi um dos ingredientes psicológicos que ajudou a eleger o presidente Fernando Collor. Naquela época, a novela despertava no subconsciente do povo a seguinte pergunta: como vamos eleger um analfabeto nordestino para a presidência, quando temos um outro nordestino, jovem, bonito, destemido e eficiente para eleger?

Agora a pergunta que o filme deseja levantar para o inconsciente coletivo brasileiro é outra: um homem, capaz de sair da miséria violenta, como retirante nordestino, num pau-de-arara e ter chegado, com méritos, à presidência da República, não tem, com certeza, o direito de guiar o povo e indicar seu sucessor? É esse e só esse o objetivo do filme.

Hitler pensava que sabia das coisas e tentou construir um Reich de mil anos, matando milhões de pessoas e tentando conquistar a Europa, como um bárbaro. Felizmente foi contido, na majestade de seu mal, pelas forças do bem coligadas, que destruíram o Partido Nacional-Socialista dos Trabalhadores Alemães.

Lula também sabe das coisas e quer ser líder, mesmo fora do poder, nomeando uma marionete ou um ventríloquo, esticando o poder de seu querido Partido dos Trabalhadores. Para quem já percebeu, o governo do ilustre operário não passa de um nazismo pós-moderno, com Goebbels e tudo. Em seu governo só existe a moral e as razões do líder e mais nada!

E, nesse contexto, César Benjamin prestou-se ao mesmo papel do jornalista cooptado por Hitler. Só espero que, mais tarde, quando a polícia secreta aqui estiver funcionando (se já não estiver), ele não seja fuzilado...
______

* Waldo Luís Viana é escritor, economista, poeta e costuma escrever, vez em quando, para não surtar...

A MARCA DA BESTA: A EDUCAÇÃO DO FUTURO

Se perguntassem para nós hoje como será a educação do futuro, talvez diríamos que será uma educação que, finalmente, eliminará completamente o analfabetismo e dará oportunidades de ensino para todos. Pelo menos, nosso desejo simples é o bem-estar das crianças, inclusive na área educacional. Educação é parte importante da vida. Assim, a vasta maioria dos pais espera mandar os filhos para boas escolas.
Contudo, e se perguntassem para Abraão, Isaque e Jacó como seria a educação do futuro? Parece que eles não tinham preocupações com essa questão, pois eles estavam ocupados com a responsabilidade de treinar os filhos para viver para Deus neste mundo. Deus também não estava preocupado, pois ele sabia que Abraão e seus descendentes cumpririam essa responsabilidade. Ele mesmo disse: “Porque o conheço e sei que ele ordenará a seus filhos e sua casa depois dele, e eles guardarão o caminho de Jeová, para praticarem a justiça e o juízo, a fim de que Jeová traga sobre Abraão o que ele falou dele”. (Gênesis 18:19 Darby)
Portanto, Gênesis, o primeiro livro da Bíblia, revela que Deus estava perfeitamente consciente de que Abraão estava capacitado para dar uma educação alicerçada no lugar certo: nos mandamentos de Deus. Abraão, Isaque e Jacó não se preocupavam com a educação do futuro, pois sua atenção estava voltada para a importante missão de educar os filhos nos caminhos do Senhor. Não existia para eles interesse educacional maior do que formar nos filhos uma mentalidade com um profundo conhecimento e temor de Deus.
E se perguntassem para outros homens e mulheres da Bíblia como seria a educação do futuro? Parece que poucos teriam condições de responder, porém há dois homens que saberiam dar uma resposta relevante: Moisés e João. Tendo estudado nas melhores universidades do Egito, Moisés estava em condições de oferecer uma perspectiva com base em sua experiência no sistema educacional egípcio, que não era muito diferente do que conhecemos hoje. No entanto, parece que em nenhum lugar da Palavra de Deus se vê uma resposta tão clara e direta quanto uma importante revelação que se encontra no último livro da Bíblia. Em Apocalipse, o Apóstolo João pôde ver por revelação especial como seria o sistema educacional de um futuro que, bem provavelmente, também inclui nossa geração.
O QUE APOCALIPSE REVELA SOBRE O FUTURO
Entre as muitas visões que recebeu no livro do Apocalipse, João viu um sistema de governo mundial, sob a liderança da Besta, controlando a vida de todas as pessoas:
“[A Besta] obrigou todas as pessoas, importantes e humildes, ricas e pobres, escravas e livres, a terem um sinal na mão direita ou na testa. Ninguém podia comprar ou vender, a não ser que tivesse esse sinal, isto é, o nome [da Besta] ou o número do nome [dela]”. (Apocalipse 13:16-17 BLH)
Será que é difícil entender essa passagem? Deus ama as pessoas simples que o amam e lhe dão atenção. Ele escreveu sua Palavra de modo que mesmo alguém sem formação educacional do mundo possa compreender. “A explicação da tua palavra traz luz e dá sabedoria às pessoas simples”. (Salmos 119:130 BLH) Como podemos então entender o que Deus está querendo nos dizer em determinados textos bíblicos? O que precisamos fazer é comparar uma passagem espiritual com outra passagem espiritual. Aliás, a própria Palavra de Deus nos ensina que podemos aprender a distinguir os pensamentos, intenções e revelações do Espírito Santo em Sua Palavra “comparando as coisas espirituais com as espirituais”. (veja 1 Coríntios 2:13 RC)
Então, comparando o texto de Apocalipse com duas passagens no Antigo Testamento que trazem indicação semelhante de sinal na mão e na testa, é possível entender o que esse simbolismo significa.
“Essa festa será como um sinal para vocês, como se fosse uma coisa amarrada na mão ou na testa, e os ajudará a se lembrarem de recitar e de estudar a lei do Deus Eterno; pois com grande poder ele os tirou do Egito”. (Êxodo 13:9 BLH)
“Isso será como uma lembrança, como alguma coisa amarrada nas mãos ou na testa. E nos fará lembrar que com o seu grande poder o Deus Eterno nos tirou do Egito”. (Êxodo 13:16 BLH)
A repetição da festa, ano após ano, ajudaria a educar o povo de Deus a nunca se esquecer da Palavra de Deus. Em termos bem simples, essa repetição era um método educativo usado para marcar profundamente a mente das pessoas, de modo que sempre se lembrassem de recitar e estudar a Palavra de Deus.
MARCAS PROFUNDAS
“[A Besta] obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17 NVI)
Comprar e vender faz parte do sistema de vida da sociedade. Para sobreviver nesse sistema, no mínimo o cidadão precisa de um emprego. Principalmente em cidades grandes, praticamente todos os empregos exigem determinado nível de escolaridade. Aliás, uma das primeiras perguntas que um empregador faz a alguém que deseja um emprego é sobre grau de escolaridade. Mais do que nunca, um homem hoje precisa de um diploma escolar para poder ter uma ocupação no mercado de trabalho, e as exigências mínimas de escolaridade estão cada vez mais altas, obrigando assim crianças e adolescentes a passar o máximo de anos nas instituições escolares. Um ser humano hoje só é valorizado de acordo com um diploma oficial que comprova que ele passou anos estudando nas escolas e universidades. Está se tornando quase impossível viver sem um diploma escolar.
Essa tendência indica que logo não será possível conseguir um emprego sem uma escolaridade mínima aprovada pelo governo. Preocupados com os filhos e a fim de ajudá-los a não sofrer desvantagens e portas fechadas no mercado de trabalho, os pais fazem questão de forçá-los a passar o máximo de anos nas instituições de ensino. As pressões sociais, políticas e legais de hoje não permitem que um jovem consiga obter uma ocupação digna de trabalho sem um diploma escolar aprovado pelo governo, anulando assim suas chances de sobrevivência. Sem emprego, como é que alguém conseguirá comprar e vender para viver? É isso o que indica o texto de Apocalipse: os que não tiverem sido marcados na mão ou na testa não poderão fazer nada para sobreviver no mercado de trabalho. Qual então é o significado da mão e testa marcados?
Marca na mão: A mão é a parte do corpo que age, trabalha e realiza tarefas. O sinal na mão é um símbolo de que a pessoa recebeu uma formação educacional tão profunda e intensa que tudo o que ela faz traz a marca do que ela aprendeu. Ela foi ensinada a fazer as coisas de acordo com os ideais do sistema educacional do governo. Ela foi “marcada” para agir e se conduzir conforme a educação que lhe foi implantada.
Marca na testa: A testa é a parte do corpo onde fica a mente. O sinal na testa é um símbolo de que a pessoa recebeu uma formação educacional tão profunda e intensa que tudo o que ela pensa e fala traz a marca do que ela aprendeu. Ela foi ensinada a pensar e se expressar de acordo com os valores do sistema educacional do governo. Ela foi “marcada” para pensar conforme a educação que lhe foi implantada.
Se esse simbolismo realmente representa a influência de um sistema educacional no modo de as pessoas pensarem e agirem, então pode-se considerar essa influência como uma marca bem forte, pois hoje uma criança é obrigada a passar anos na escola institucional sendo marcada por muitos ensinos impostos pela educação do governo.
MISTÉRIO DA BESTA E SEU SIGNIFICADO
Qual é o significado do nome e número da Besta? Há a possibilidade de que nome e número possam ser uma referência bem simples aos conceitos básicos e essenciais de língua e matemática, que são as colunas fundamentais da educação. Assim, no sistema da Besta todos os cidadãos, cristãos ou não, são obrigados por lei a ir para a escola para aprenderem o básico (ler e escrever) e, no processo, absorverem “outros ensinos” que a Besta considerar importantes para a formação das crianças e adolescentes.
Portanto, a Besta mencionada em Apocalipse não é um homem, mas algum tipo de entidade espiritual por trás de um sistema social que controlará e dirigirá o rumo e a vida de todos os cidadãos. Assim, a Besta é um sistema operando aqui na terra sob direção e controle demoníacos. De que maneira exatamente a Besta controlará a vida das pessoas? Quem é a Besta?
O termo Besta significa no original grego animal selvagem ou pessoa má. Seguindo essa definição, é possível entender que todas as pessoas (de qualquer condição social, religião ou etnia) receberão uma formação educacional que as condicionará a pensar e viver sem a ajuda dos valores morais, exatamente como fazem os animais selvagens e as pessoas más. Em que sentido precisamente as instituições humanas de ensino poderiam implantar na mente das crianças abertura para condutas iguais ao comportamento dos animais selvagens ou das pessoas más?
SEXUALIDADE: UMA DAS QUESTÕES MAIS IMPORTANTES
Deus diz sobre a sexualidade humana: “É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa”. (Gênesis 2:24 BLH) Aliás, o primeiro e mais importante mandamento positivo de Deus para o primeiro casal humano foi exatamente sobre sexo, casamento e família (veja Gênesis 1:28). Embora o homem tenha chamado especial de Deus para deixar pai e mãe para se unir à sua mulher, serem uma só carne, formarem uma família e dominarem o mundo, o sistema educacional moderno basicamente educa as crianças a pensar e agir sem limites morais, exatamente como se o ser humano fosse um animal selvagem.
Para combater a ameaça das doenças sexualmente transmissíveis, o governo oferece a solução da camisinha. Nas escolas públicas, os programas de prevenção a essas doenças têm “como principal objetivo possibilitar que crianças e adolescentes possam fazer escolhas na área da sexualidade com responsabilidade e sem culpa, sem correr riscos de uma gravidez indesejada e de doenças sexualmente transmissíveis”.[1] Crianças e adolescentes são ensinados a fazer “escolhas” na área sexual [eles podem aprender a decidir o que quiserem: sexo oral, vaginal, anal, etc.] com responsabilidade [sempre usando a camisinha e o controle da natalidade] e sem culpa [sem se sentirem incomodados com o sexo sem compromisso matrimonial]. É desse jeito que o governo quer que as crianças de escolas públicas aprendam a “proteger” seu prazer sexual de possíveis “transtornos”. Entre esses transtornos está a gravidez, que é colocada no mesmo nível das doenças sexuais.
Para o governo, o problema não é o sexo antes do casamento, mas a gravidez e a criança inocente já concebida. O problema é tudo (seja gravidez ou doença) o que atrapalha o adolescente de obter o prazer sexual, com ou sem casamento, com ou sem valores morais. Assim, o alvo do governo é usar as escolas para preparar os jovens para fazer sexo, não para entrar no casamento. Seu objetivo é educar os jovens a evitar a gravidez, não o sexo fora do casamento. Sua meta é ensinar “respeito” e “tolerância” para com a liberdade sexual, não respeito para com todos os compromissos morais envolvidos com o sexo, inclusive casamento, família e criação de filhos.
Ao excluir a importância e o valor do compromisso conjugal entre homem e mulher como única forma saudável e natural de se relacionar sexualmente, a educação das escolas acaba abrindo espaço para escolhas sexuais anormais, inclusive a homossexualidade. O homossexualismo tem sido apresentado e ensinado nas salas de aula não como um comportamento sexual contra a natureza, mas como um estilo de vida diferente, que merece respeito e tolerância. Basicamente, as escolas agora educam a criança para pensar e agir como animal selvagem ou pessoa má na área sexual. O sistema educacional da Besta faria diferente disso?
Os governantes entendem muito bem a importância da educação na formação dos futuros cidadãos. Em seu governo socialista, Lula lançou um programa abrangente inédito chamado Brasil Sem Homofobia, para cultivar nos cidadãos atitudes favoráveis ao homossexualismo e, através de campanhas, implantar na mente deles uma programação ideológica hostil que os faça rejeitar espontaneamente toda opinião contrária às práticas homossexuais. Essa programação os condicionará a ver como preconceito, discriminação e ódio toda posição, inclusive da Bíblia, que considere o homossexualismo como pecado, anormalidade e perversão. De que maneira ocorrerá essa sutil lavagem cerebral? O plano do governo é treinar principalmente os professores de escolas públicas para fazerem apresentações exclusivamente positivas da conduta homossexual para os estudantes. Então, será de estranhar ver e ouvir, daqui a alguns anos, a maioria dos jovens defendendo o homossexualismo com naturalidade? Tal defesa será evidência de que os anos que eles passaram nas escolas produziram os resultados esperados pelas campanhas “educativas”. Assim, o governo vê a escola como elemento chave em seu esforço para formar e mudar a mentalidade das crianças. A Besta verá as escolas de modo diferente?
RISCOS ESPIRITUAIS DA EDUCAÇÃO PÚBLICA
Além da sexualidade, é a vontade do governo que a educação pública também inclua, disfarçadamente, elementos religiosos. Embora o Ministério da Educação (MEC) não tenha o mínimo interesse em ensinar as crianças a conhecer, ler e respeitar a Bíblia, tal não é o caso com as práticas de feitiçaria. O MEC acredita que o candomblé e outras religiões ocultistas provindas da África são expressões culturais legitimas dos negros brasileiros e quer doutrinar sistematicamente as crianças de escolas públicas a não desprezar nem rejeitar as práticas dessas religiões. Assim, os alunos são ensinados a respeitar o ocultismo africano como cultura. Qualquer oposição a essa “cultura” é considerada como racismo. O sistema educacional da Besta faria menos que isso?
Uma das preocupações mais fortes de todo pai e mãe que ama é garantir a segurança física, espiritual e moral dos filhos. Até os animais protegem seus filhotes. No entanto, em muitas escolas públicas a criança é exposta a drogas e outras situações que lhe colocam em perigo a saúde moral e espiritual e às vezes a própria vida. Muitos alunos estão também desprotegidos de más influências e de ensinos que desrespeitam os princípios morais e bíblicos aprendidos no lar e na igreja. É na escola que muitas vezes adolescentes e crianças são expostos a modelos e exemplos errados de namoro e conduta sexual. É de admirar então que tantos jovens evangélicos caiam sob as pressões de suas amizades e se desviem do Senhor depois de passar anos sob tal influência e socialização negativa? O sistema educacional da Besta faria diferente disso?
No sistema educacional da Besta, as crianças serão condicionadas, em alguns aspectos, a viver e ver a si mesmas como um animal. Enquanto na Bíblia o ser humano é mostrado como claramente distinto, diferente e mais importante do que os animais, nas escolas do sistema da Besta as crianças aprenderão que o ser humano teve origem não em Deus, mas nos animais. Não é exatamente isso o que está acontecendo em nossa própria época? Nas escolas de hoje, os professores recebem ordem do governo para ensinar que o homem veio do macaco, igualando assim o ser humano aos animais. A mente de crianças inocentes é marcada com uma mentira contra Deus, o Criador. Se o homem é igual aos animais em essência, então por que seu comportamento sexual não pode se igualar ao dos animais também? Assim, se os animais não precisam se casar antes de fazer sexo, por que valorizar o casamento entre os seres humanos? Por que esperar até o casamento para fazer sexo? É de estranhar então que as propagandas contra a AIDS do governo e a educação nas escolas enfatizem só a preparação para o sexo, não para o casamento? Será que o sistema da Besta agiria diferente disso?
A VULNERABILIDADE DO ESTUDANTE NA ESCOLA
A influência que uma criança recebe na escola pode marcá-la para o resto da vida. Um importante exemplo é o que aconteceu com um rapaz na Alemanha. Ele vivia bebendo e gastando o dinheiro do pai, que era um advogado descendente de rabinos. Para a alegria do pai, o rapaz se converteu ao Cristianismo e abandonou os maus hábitos. Ele passou até a escrever poemas sobre suas experiências cristãs. Contudo, quando foi estudar num estabelecimento de ensino ele caiu debaixo da influência de um professor que o introduziu num nível avançado de satanismo e idéias políticas radicais. A partir daí, o rapaz adquiriu uma nova mentalidade e crescente interesse no satanismo. Sua nova inspiração o levou a escrever poemas e livros sobre assuntos bem diferentes dos ensinamentos de Jesus. Em seu poema O Jogador, ele escreveu:
Vapores do inferno se levantam e enchem o cérebro,
Até que eu enlouqueça e meu coração mude completamente.
Vê a espada?
O príncipe das trevas a vendeu a mim.
Para mim ele supera o tempo e dá os sinais.
Danço cada vez mais ousadamente a dança da morte.[2]
Em outro escrito, ele declarou:
Todas as minhas palavras são fogo e ação.[3]
O rapaz foi tão marcado pela influência que recebeu que acabou se tornando autor de obras que até hoje influenciam e inflamam nações e líderes mundiais: O Capital e O Manifesto Comunista. O nome do rapaz? Karl Marx, o fundador do socialismo, um sistema de governo criado para ocupar o lugar de Deus na vida dos cidadãos e controlar e determinar tudo o que fazem, principalmente na área da educação e família. Talvez nenhuma ideologia tenha trazido tanto derramamento de sangue para a humanidade quanto as idéias socialistas. De fato, as palavras de Marx se tornaram fogo e ação, incendiando e matando. Milhões de vidas inocentes foram destruídas na Rússia e na China comunista. Milhões de cristãos ao redor do mundo sofreram e sofrem cruelmente em países controlados por ideologias socialistas radicais, como Cuba, China e Coréia do Norte. Em países onde floresce um socialismo mais “brando” — como Suécia, Holanda, Canadá e Alemanha — as igrejas cristãs estão murchando e os direitos fundamentais dos cristãos estão sendo aos poucos suprimidos em favor de privilégios e direitos especiais para o comportamento homossexual, aborto e outras práticas contrárias aos princípios cristãos e morais mais básicos. Pais evangélicos que obedecem à Palavra de Deus e disciplinam fisicamente os filhos são alvo de discriminação, preconceito e hostilidade das autoridades suecas e canadenses, enquanto militantes homossexuais radicais adotam crianças e recebem espaço e permissão legal para poderem promover o homossexualismo até mesmo para crianças das escolas. O sistema da Besta faria menos que isso?
SOCIALISMO PARA TODOS, ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO
Apesar de toda a realidade cruel envolvendo o comunismo, socialismo, esquerdismo e todos os seus parentes ideológicos, em muitas escolas e faculdades do Brasil o socialismo é apresentado da maneira mais benigna e favorável possível. Um jovem evangélico me contou que ao estudar informática numa faculdade de Brasília, a leitura de O Capital, de Karl Marx, e outros livros socialistas era obrigatória, muito embora essas obras ideológicas nada tenham a ver com o assunto de informática. Será que um jovem estudante pode ser contaminado e marcado por idéias e influências erradas numa escola? Karl Marx é um exemplo trágico e real do que pode acontecer com um rapaz num ambiente escolar.
Basicamente, o socialismo — em todas as suas formas — prega a submissão e dependência total de cada cidadão no governo e suas instituições. Na maioria das nações da Europa, a população vem sendo sistematicamente condicionada, por diversas estratégias educativas, a não ser “intolerante”, “discriminadora” e “preconceituosa” contra o aborto, homossexualismo e outras perversões. Eles estão sendo condicionados a ver como natural o governo ocupando na vida deles um controle que só Deus deveria ter. Eles permitem que suas vidas sejam dominadas do nascimento até a morte. No passado, quando havia problemas nacionais e familiares, muitos europeus recorriam a Deus. Hoje, eles apelam para o governo. Se precisavam de emprego, buscavam mais a Deus. Agora, eles foram “ensinados” a pensar que é a responsabilidade do governo dar emprego para todos. O governo educou os cidadãos a vê-lo como o Grande Provedor. É de admirar então que a Europa esteja se esquecendo de Deus e experimentando um esvaziamento das igrejas cristãs?
O condicionamento do socialismo “brando” na Europa, através das escolas e dos meios de comunicação, programa todos para pensar que é o governo que tem o dever de suprir solução para tudo e para todos. Em resumo, os europeus aprenderam a depender mais do governo do que de Deus para suprir suas necessidades mais básicas. Para os pervertidos, o governo dá leis favoráveis ao homossexualismo, em vez de proteger os cidadãos contra condutas prejudiciais à saúde física e moral. Para as feministas, leis a favor do aborto, em vez de tomar uma posição firme contra o assassinato de bebês inocentes e indefesos. Para as esposas, condições para trabalhar fora, em vez de condições para elas não serem obrigadas por pressões econômicas a sair do lar para trabalhar e complementar a renda da família. Para as crianças, creches, em vez de condições para as mães poderem cuidar de seus próprios filhos no lar. Para os idosos, asilos, em vez de trabalhar para promover o bem-estar da família, que é o lugar mais saudável para acolher os seres humanos mais vulneráveis, inclusive idosos. Sem mencionar que as leis de freqüência obrigatória à escola mantêm crianças vulneráveis muitas horas diárias afastadas da família e seus valores e próximas do governo e seus valores. E toda a sociedade vê como normal o papel do governo e suas políticas socialistas que substituem as funções mais essenciais da família. Essas políticas tornam a família até certo ponto irrelevante e descartável. Pense bem: O sistema da Besta faria menos que isso?
As escolas de hoje, por imposição dos conceitos de “tolerância” e “pluralidade cultural” do governo, promovem o socialismo, evolução, homossexualismo e sexo sem necessidade de casamento e responsabilidade moral. Depois de passar dia após dia e ano após ano debaixo dessa influência “educacional”, como as crianças conseguirão deixar de ser marcadas? O sistema educacional da Besta faria diferente disso?
Um pergunta intrigante então é: a educação do futuro já está aqui? A educação revelada em Apocalipse já está acontecendo?
ESCOLA PARA TODOS, POR VONTADE OU POR FORÇA
A questão de hoje não é só que uma pessoa precisa receber uma boa educação, mas onde todos são obrigados a recebê-la. O único tipo de educação aceita para que alguém tenha um bom emprego é a educação das instituições de ensino que seguem as normas do governo. Se uma criança cristã receber uma educação completa, no lar, tudo o que será necessário é um justo reconhecimento. Mas o governo tem seus motivos e interesses para não dar tal reconhecimento. O governo vê uma educação controlada pelos pais como ameaça a seus objetivos ideológicos.
Esse controle sobre as crianças em idade escolar segue o rastro do socialismo e do nazismo. No passado, a educação pública nunca foi alvo de políticas governamentais compulsórias, porém as maiores ditaduras assassinas que o mundo já conheceu tinham interesses especiais. A Rússia socialista e a Alemanha nazista estão entre as primeiras nações modernas a controlar completamente as escolas, a não permitir uma educação exclusivamente cristã, a obrigar os professores a ensinar que o homem veio do macaco e a colocar o ser humano e sua vontade no centro de tudo na educação e na sociedade. Nessa questão, não há diferença ideológica significativa entre nazismo e socialismo. Aliás, a maioria dos membros fundadores do nazismo era formada por ex-militantes comunistas e sabe-se que o Partido Nazista — forma abreviada de Partido dos Trabalhadores Nacional Socialista — foi um movimento político composto, com Hitler e sua elite, por muitos homossexuais ocultos. A maior calamidade humana da história — a Segunda Guerra Mundial — começou quando os socialistas russos e os socialistas nacionais alemães fizeram um acordo para repartir, invadir e saquear a indefesa Polônia. Depois disso, o mundo viu tragédias e destruição em massa. Com esse exemplo cruel, as nações deveriam ter aprendido que um sistema de governo que obriga todas as crianças a freqüentar somente escolas aprovadas pelo governo está, literalmente, no caminho da destruição.
Sem dúvida alguma, as leis de freqüência obrigatória à escola da Alemanha nazista e da Rússia comunista teriam recebido total aprovação da besta. No entanto, será que o desejo governamental de controlar as crianças em idade escolar acabou? Infelizmente, não.
Já há leis compulsórias que forçam no Brasil e em muitos outros países todas as crianças a ir para a escola, e as tendências sociais, legais e políticas indicam que logo nenhuma criança poderá ficar fora das instituições de educação aprovadas pelo governo. Será então que a educação obrigatória revelada em Apocalipse já está começando a se tornar realidade? Hoje, todas as crianças — independente de raça, religião e condição social — são obrigadas a freqüentar a escola e receber uma educação de acordo com as determinações do governo. A criança pode estudar muito bem e até adquirir uma formação educacional excelente, porém se não receber sua educação através de instituições determinadas pelo governo, as autoridades lhe negarão um justo diploma, a fim de que as famílias nunca tenham a coragem de assumir a responsabilidade de controlar a educação dos próprios filhos através do ensino em casa. Essas ações do governo deixam a criança sem oportunidades e chances para entrar no mercado de trabalho mais tarde. A questão não é só que o governo quer que as crianças recebam uma educação, mas também que recebam um diploma que comprova que elas foram sistematicamente doutrinadas de acordo com os princípios aceitos pelo governo.
Um efeito colateral importante provocado pela posição da educação no pedestal social é que os jovens são obrigados a passar o máximo de anos estudando, sem nem mesmo poder pensar em casamento. Nos tempos bíblicos e até recentemente, a grande maioria dos jovens podia se casar logo que sentisse muita necessidade. Hoje, mesmo em grande necessidade, eles são forçados a esperar longos anos para se casar, devido às pressões sociais em suas vidas, pois todos temem que eles não conseguirão sustentar uma família sem um diploma aprovado pelo governo. Sem mencionar que as pressões do ambiente universitário para namorar cedo e para não casar cedo são tão grandes que se pode considerar um grande milagre se um rapaz ou moça conseguir terminar a universidade virgem.
Pesquisas indicam que por causa dos estudos universitários, rapazes e moças agora se casam cada vez mais tarde na vida. No entanto, eles não deixam de sentir desejos sexuais. Enquanto os jovens da Bíblia canalizavam esses desejos para o sexo dentro do casamento, os jovens de hoje também canalizam para o sexo, mas não no casamento, em parte por causa da imposição social que os impede de se casar antes de uma formatura. É um dilema importante, em que muitas vezes um ou outro é sacrificado, embora na grande maioria das vezes o sacrificado seja a família e o casamento. Assim, até mesmo muitos jovens cristãos, ao priorizar a educação na frente do casamento quando sentem necessidade sexual urgente, acabam envolvidos em situações bem parecidas com o que sofrem os jovens descrentes: sexo e gravidez antes do casamento e, tragicamente, até aborto. O governo soluciona esses “problemas” treinando os professores das escolas para falar sobre questões sexuais (inclusive métodos de controle da natalidade, camisinha e homossexualismo) num nível distante dos valores bíblicos e familiares. Tudo o que o governo tem feito, em seus esforços para ajudar a “cuidar” das necessidades sexuais das crianças e adolescentes, é ensinar os estudantes a fazer sexo sem gravidez e casamento.
Não é novidade alguma que o governo tem um interesse obsessivo na educação de todas as crianças. Sua meta, obviamente, é formar a mentalidade dos futuros cidadãos desde cedo.
ALTERNATIVA DIVINA
Contudo, a Palavra de Deus revela que Deus também tem um interesse profundo e especial na questão da educação das crianças de famílias cristãs. A orientação de Deus é que os pais têm a responsabilidade de dar para a criança uma educação completa no lar, onde ela poderá aprender muito mais do que só ler, escrever e fazer contas. Deus diz:
“Portanto, amem o Eterno, o nosso Deus, com todo o coração, com toda a alma e com todas as forças. Guardem sempre no coração as leis que eu lhes estou dando hoje e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para não esquecerem delas; e as escrevam nos batentes das portas das suas casas e nos seus portões”. (Deuteronômio 6:5-9 BLH)
Em Deuteronômio, amarrar as leis e os ensinos nos braços e na testa é um sinal e símbolo usado para descrever a educação total que as crianças recebem em casa, sob a direção do pai e da mãe. Quem escreveu esse texto foi Moisés e ele sabia muito bem o que era ser marcado pela educação, pois ele mesmo havia recebido tal marca. A questão da educação é tão vitalmente importante que Deus, através de Moisés, repete para as famílias a mesma orientação:
“Lembrem-se desses mandamentos e os guardem no seu coração. Amarrem essas leis nos braços e na testa, para que não esqueçam delas, e não deixem de ensiná-las aos seus filhos. Repitam essas leis em casa e fora de casa, quando se deitarem e quando se levantarem, e as escrevam nos batentes das portas das suas casas e nos seus portões. Assim vocês e os seus descendentes viverão muitos anos na terra que o Deus Eterno jurou dar aos nossos antepassados. Enquanto o mundo existir, vocês viverão naquela terra”. (Deuteronômio 11:18-21 BLH)
Outra versão é ainda mais clara:
“Coloquem essas palavras em seus corações. Implantem-nas profundamente em vocês. Amarrem-nas nas mãos e testa como lembretes. Ensinem essas palavras para seus filhos. Conversem sobre elas onde quer que vocês estejam, sentados me casa ou andando na rua; conversem sobre elas desde o momento em que se levantarem de manhã até o momento em que vocês forem dormir a noite”. (Deuteronômio 11:18-19 MSG)
Essa passagem deixa claro que as crianças e o ambiente do lar em que a família vive devem ser profundamente marcados pela educação. Evidentemente, o centro dessa educação são os mandamentos de Deus. Sem esses mandamentos, toda educação, dentro ou fora do lar, é inútil.
Os pais foram colocados na posição de professores naturais de seus filhos, com a oportunidade e responsabilidade de ensinar espontaneamente do começo ao fim do dia, onde quer que estejam. Assim, enquanto as crianças estão em sua fase vulnerável, sua companhia educacional mais importante e próxima deve ser os próprios pais e seus valores. É desejo de Deus que as crianças fiquem totalmente expostas o dia inteiro, todos os dias e em todos os lugares ao exemplo e influência educacional dos pais, a fim de lhes marcar completamente as atitudes e pensamentos.
EDUCAÇÃO DE DEUS X EDUCAÇÃO DA BESTA
Quando Deus usou Moisés para orientar os pais a educar os filhos no lar, já existia um “excelente” sistema educacional fora do ambiente familiar. Hoje esse sistema ocupa uma posição de controle e respeito social tão grande que ninguém acredita que no lar a criança possa receber um mínimo de educação adequada. A idéia geral é que “ninguém consegue viver decentemente sem passar por uma escola institucional”. Assim, a educação das escolas ocupa um pedestal de divindade social que ninguém ousa questionar.
Embora não freqüentassem escolas públicas, as crianças das famílias de Deus na Bíblia recebiam uma educação excelente, principalmente nos mandamentos de Deus. Os professores não eram pessoas estranhas, mas o pai e a mãe. A escola era o próprio lar.
Naquela época não havia lápis, caneta, borracha, caderno, livros, etc. Hoje, com todos os recursos de que dispomos, os pais acham que, diante dos professores de escolas públicas, são incapacitados e inferiores para educar os filhos. Contudo, possuindo somente a Palavra de Deus e seguindo a orientação de Deuteronômio 11:18-21, os pais e as mães da Bíblia conseguiram educar e treinar filhos para o Senhor. Se era possível dar aulas em casa naquele tempo, por que não agora? Hoje há menos impedimentos para se dar aulas escolares em casa. Há computadores, vídeos e muitos outros meios que facilitam grandemente a instrução da criança. Portanto, do ponto de vista tecnológico, não há barreiras para que a educação da criança seja dada no próprio lar. A única barreira é o governo, que teme perder a oportunidade de marcar a criança com suas ideologias. Do ponto de vista e chamado de Deus, os pais e as mães têm a responsabilidade, com ou sem barreiras, de assumir a educação total de seus filhos.
A educação no lar não é impossível. Jesus mesmo disse: “O que é impossível para os homens é possível para Deus”. (Lucas 18:27 NVI) Eu e minha esposa educamos nossos filhos por esse método, sacrificando tudo para que Deus e seus projetos sejam prioridade absoluta na vida deles. Comprovamos por experiência própria que um menino aprende a escrever e ler melhor e mais rápido sob a instrução direta dos pais. Mas não estamos, de forma alguma, sozinhos. Há muitas famílias evangélicas no Brasil ensinando os filhos em casa, mesmo sem nenhum apoio e aceitação do governo. Nos EUA, o número de crianças evangélicas na educação escolar em casa — movimento conhecido lá como homeschooling — já chega a 2 milhões e não pára de crescer. Contudo, mesmo que estivéssemos sozinhos, não valeria a pena? Afinal, Deus é fiel e ele sempre honra os que o honram acima de tudo.
O alvo da educação pública é formar a mentalidade de um menino e menina de acordo com os valores aprovados pelo governo e transmitir para eles tudo o que esses valores consideram como importante. O alvo de Deus, quando ele orienta os pais a educar em casa, é transmitir para a criança tudo o que a Palavra de Deus vê como importante. Naturalmente, o governo não tem disposição de permitir que Deus e sua Palavra ocupem o centro da educação na vida das crianças. Aliás, o sistema social e político de hoje quer que acreditemos que é possível educar a criança sem misturar “religião”, embora nas escolas públicas haja crescente espaço para a expressão das religiões afro-brasileiras sob a máscara da valorização da cultura negra. A educação completa que o governo exige para as crianças é obrigatória e não inclui a Palavra de Deus no centro de tudo, não muito diferente da educação revelada em Apocalipse:
“[A Besta] obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17 NVI)
Enquanto em Apocalipse se menciona o “marca na mão direita ou na testa”, Deuteronômio menciona amarrar as leis de Deus “nos braços e na testa”. Esse simbolismo bíblico se refere a uma educação completa e marcante na mente e nas atitudes das crianças, mas com uma diferença: Deuteronômio apresenta o plano de Deus para formar os filhos no lar, porém a futura formação da humanidade que Apocalipse revela ocorrerá fora da influência e controle da família e seus valores. Sua ligação mais importante será os valores da Besta, e a maneira mais eficaz de transmitir esses valores é aproveitando as oportunidades em que as crianças estão longe da supervisão direta dos pais.
Qual é o lugar em que um menino e menina passam mais horas, diariamente, fora dos olhares e proteção moral da família?
Qual é o lugar que eles, em seus anos vulneráveis, passam mais tempo distantes da esfera de influência dos pais?
Qual é o lugar em que eles ficam, durante anos, mais próximos do governo e seus valores?
Resposta: O ambiente da escola institucional. Apocalipse mostra que, através da educação, os valores escolhidos pela Besta serão implantados em todas as crianças e adolescentes: religiosos e ateus, pobres e ricos, pretos e brancos, empregados e patrões, etc. Um desses valores, por exemplo, é a tolerância, respeito e aceitação como normal de comportamentos como o homossexualismo. Essa educação será, na opinião dos maiores educadores futuros, completa porque o ser humano e sua vontade estarão no centro de tudo.
No entanto, de que adiantará para a humanidade alcançar níveis elevados em sua “qualidade” de educação, sem a Palavra de Deus? “Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma?” (Mateus 16:26 NVI) Noah Webster, autor do famoso Dicionário Webster, declarou: “A educação é inútil sem a Bíblia”.[4] Uma educação sem a Bíblia valeria o sacrifício da alma de nossos filhos? Martinho Lutero declarou: “Temo que as escolas acabem mostrando no final que são as grandes portas do inferno, a não ser que elas se dediquem diligentemente ao trabalho de explicar as Escrituras Sagradas, gravando-as no coração dos jovens. Não aconselho ninguém a colocar seu filho num lugar em que a Bíblia não reine de modo supremo. Toda instituição em que as pessoas não se ocupam mais e mais com a Palavra de Deus está condenada a se corromper”.[5]
Lutero estava errado? Hoje quase todos os exemplos de famílias evangélicas em que há filhos desviados do Senhor, os filhos começam a se distanciar dos pais e seus valores durante o período em que freqüentam uma escola institucional. Eles se desviam por influência dos amigos, principalmente no convívio do ambiente escolar, onde muitas vezes não há respeito pelos valores morais da Palavra de Deus. Além disso, na escola institucional de hoje a criança e o adolescente absorvem novos valores e aprendem basicamente independência da família e seus valores.
MOISÉS E AS MELHORES ESCOLAS, DO PONTO DE VISTA HUMANO
Deus precisa da educação controlada pelo governo para construir e usar um homem ou uma mulher? Talvez ninguém tenha experimentado tanto de uma educação desse tipo quanto Moisés. Como filho adotivo da filha do faraó, o governante do Egito, Moisés passou considerável parte de sua vida recebendo educação nas melhores universidades egípcias, que eram consideradas as mais avançadas da época. Em termos modernos, seria como estudar nas melhores universidades americanas. Livros de história modernos confirmam que a educação no Egito era avançada:
Muitos dos ideais e crenças modernos, assim como grande parte do conhecimento sobre o homem, tiveram sua origem no Egito. Os antigos egípcios desenvolveram o primeiro tipo de governo nacional do mundo. Produziram uma arte e uma literatura expressivas. Introduziram a arquitetura baseada na pedra e fabricaram o primeiro material adequado para a escrita, o papiro. Estabeleceram o ano de 365 dias, e os métodos básicos de geometria e cirurgia.[6]
Moisés passou quase 40 anos de sua vida estudando! Sua formação educacional nas universidades egípcias foi tão abrangente que ele se tornou, com todo o conhecimento e treinamento que ganhou, um homem com a capacidade de falar com eloqüência e realizar grandes obras e empreendimentos na área política, científica, social, filosófica e militar. “Moisés foi educado em toda a sabedoria dos egípcios e veio a ser poderoso em palavras e obras”. (Atos 7:22 NVI) Muito antes de ser usado por Deus, ele adquiriu uma fama e influência impressionante como pensador, filósofo, orador e empreendedor. Pelos padrões humanos, que valorizam apenas os diplomas, ele estava destinado ao sucesso das grandes carreiras.
Com toda a educação especial que recebeu, ele estava mais do que preparado para dirigir um povo, na esfera política e militar. Um dos seus primeiros atos, depois de anos de treinamento nas instituições de ensino egípcias, foi matar um egípcio que estava maltratando um hebreu. Embora muitas vezes dirija militarmente seus líderes, Deus não precisava do treinamento educacional e militar egípcio para usar Moisés para liderar o povo hebreu na sua saída do Egito. Por isso, Deus o levou para o deserto para remover dele a educação e preparação do Egito e lhe dar a educação e preparação do Senhor. Ali, depois de anos trabalhando com rebanhos de ovelhas e sem acesso a livros e outros meios para alimentar o vasto conhecimento cultural que ele havia adquirido nas universidades egípcias, ele perdeu sua capacidade para falar com eloqüência e coragem para realizar grandes obras (veja Êxodo 4:10,13). Quarenta anos de “treinamento” no deserto, sem acesso ao elevado conhecimento humano do Egito ao qual ele estava tão acostumado, o deixaram humilde em suas palavras e ações! Os longos anos que Moisés passou nas universidades egípcias foram também, na mesma proporção, os mesmos longos anos que Deus escolheu para moldá-lo e remover dele as marcas que a educação egípcia havia deixado no seu modo de pensar e agir.
Depois de passar 40 anos no deserto e ser “desmarcado” e “descontaminado” da educação egípcia, Moisés pôde ter o que todos os anos de estudo nunca lhe deram: abertura e sensibilidade para ouvir e atender à voz de Deus. Para remover dele toda socialização negativa que ele teve nas instituições de ensino, Deus o colocou numa situação em que não havia quase nenhum contato social, a não ser sua esposa, filhos e… a presença de Deus. Buscando a Deus profundamente na solidão do deserto foi uma experiência importante que o ajudou a se tornar um homem sensível e aberto ao Espírito Santo. Ouvindo a voz do Senhor, ele foi aprendendo sua vontade e foi poderosamente usado pelo Espírito Santo para ensinar o povo de Deus. Aliás, foi através dele que o Senhor deu a orientação de Deuteronômio 6:5-9, onde os pais são instruídos a assumir a educação total dos próprios filhos, marcando suas mentes para pensar e suas vidas para agir conforme o Senhor determina.
Moisés conhecia, de experiência própria, a educação em escolas institucionais. Conforme descreve o escritor Filo, da Antigüidade, ele estudou matemática, geometria, ciência, astronomia, poesia, música, medicina, hieróglifos, etc. Ele estudou tudo o que as universidades egípcias tinham para oferecer. Embora a instrução que ele recebeu no Egito o tenha marcado fortemente para falar e agir de acordo com a educação das melhores instituições de ensino daquele tempo, Apocalipse alerta que o sistema da Besta vai superar a educação egípcia, marcando muito mais profundamente o modo de as pessoas falarem e agirem. Naturalmente, o condicionamento da Besta na mente e vida das pessoas virá sob o disfarce de excelente educação humana.
Em Deuteronômio, Deus usa Moisés, um homem que tinha vasta experiência nas instituições humanas de ensino, para mostrar aos pais que a melhor educação ocorre no lar. Em Apocalipse, a Besta mostrará e obrigará todas as pessoas a aceitar como fato que a melhor educação ocorre nas escolas institucionais, fora da esfera da família e seus valores. O sinal ou marca na mão e na testa que a Bíblia revela indica o poder de uma educação sistemática que marca profundamente os estudantes em seu modo de pensar e agir. A diferença é onde cada sistema opera para marcar a vida das pessoas.
A freqüência obrigatória às escolas institucionais é cada vez mais a escolha do governo para as famílias. No entanto, a escolha de Deus nos dá a opção de escolher um jeito melhor de treinar nossos filhos academicamente, livres de interferência governamental.
A educação aprovada por Deus tem o lar como escola essencial, mas a educação futura ocorrerá longe da família e sua supervisão e acompanhamento moral e espiritual na vida das crianças. Essa educação futura ocorrerá sob a responsabilidade de governos e leis inspirados por uma potestade espiritual que quer condicionar os seres humanos a pensarem e agirem, em alguns aspectos, como animais ou como indivíduos maus, que não seguem nem respeitam os mandamentos de Deus, principalmente nas questões de sexo, família, filhos, aborto, homossexualidade, etc.
JOÃO BATISTA E A MELHOR EDUCAÇÃO, DO PONTO DE VISTA DE DEUS
A atual geração precisa das visitações de Deus. E a verdade é que ele tem prazer em visitar as pessoas para trazer cura, libertação, transformação e salvação. Se queremos criar e educar filhos que terão uma estrutura de vida espiritualmente forte para preparar as visitações que o Senhor deseja realizar neste mundo desesperado e necessitado, precisamos ter a disposição e abertura espiritual que o casal Zacarias e Isabel tinham. Eles estavam dispostos a sacrificar tudo por Deus e seus projetos divinos. Por causa dessa disposição, Deus lhes deu a honra e oportunidade de se tornarem os pais de João Batista, o homem que Deus usou para preparar o coração das pessoas para a vinda de Jesus Cristo.
João foi treinado de modo bem especial, desde o começo de sua vida. Ele nasceu bem na época do próprio nascimento de Jesus, e quase foi morto, pois em sua fúria contra a chegada do menino Jesus ao mundo o rei Herodes lançou uma campanha de perseguição contra as famílias da cidade de Belém, matando todos os bebês, na esperança de acabar com o Messias que havia nascido. Para salvar seu bebê da morte, Zacarias e Isabel pegaram João e fugiram para o deserto, onde passaram a viver escondidos das autoridades. Eles já eram muito idosos e provavelmente passaram seus últimos anos no deserto, protegendo e treinando seu menino especial.
Zacarias e Isabel, que eram pessoas muito dedicadas a Deus e vinham de famílias de sacerdotes, estavam muito bem capacitados para ensinar tudo sobre Deus e sua Palavra poderosa. Eles implantaram fortemente em João as verdades e mandamentos de Deus e lhe deram instruções básicas de como sobreviver no deserto. Pelas atitudes rústicas de João, nota-se que ele cresceu sem um convívio social “normal”. Mas Deus escolheu exatamente essas circunstâncias para treiná-lo para crescer diferente das outras pessoas. Homens e mulheres que têm uma missão especial de Deus em suas vidas são treinados, desde a infância, num modo de vida especial e diferente das pessoas “normais”. O treinamento especial de João mudou sua vida, fortaleceu seu chamado e moveu o Espírito Santo para derramar sobre ele a poderosa unção de Elias, um homem de oração que vivia nos desertos com Deus, um homem que foi profeticamente usado pelo Senhor para tocar uma nação inteira.
Do ponto de vista humano, João pode ter perdido muitas oportunidades de contato social, mas não houve perdas reais, conforme confirma Jesus: “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e siga-me. Pois quem quiser salvar a sua vida, a perderá, mas quem perder a sua vida por minha causa, a encontrará. Pois, que adiantará ao homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma? Ou, o que o homem poderá dar em troca de sua alma? Pois o Filho do homem virá na glória de seu Pai, com os seus anjos, e então recompensará a cada um de acordo com o que tenha feito”. (Mateus 16:24-27 NVI) Sua falta de contato social “normal” foi preenchida por Deus com um treinamento especial que o envolveu em contatos muito especiais: a maioria dos apóstolos de Jesus já seguia João muito antes de conhecerem Jesus. Ele teve o privilégio de dirigir o treinamento espiritual inicial de Pedro e outros discípulos de Jesus! Do ponto de vista espiritual, a educação que João recebeu foi muito útil e lhe deu uma estrutura forte que o capacitou a preparar o coração dos homens que fariam parte importante do ministério de Jesus.
Deus achou que era necessário que João fosse criado no deserto, com muitos sacrifícios para ele e para seus pais, a fim de que ele pudesse ficar distante de todo tipo de socialização e influência negativa que o desviasse do chamado divino para ele. A única educação que João experimentou em seu isolamento no deserto foi a instrução bíblica e pessoal que seus pais lhe passaram. Não havia mais nada para distraí-lo. Não havia nenhum outro tipo de influência educacional. Seu contato mais importante era a presença do Espírito Santo, os próprios pais e seus valores. E ele não foi o único homem de Deus a “perder” em favor de metas mais importantes. O próprio Apóstolo Paulo diz: “E não somente essas coisas, mas considero tudo uma completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse lixo, a fim de poder ganhar a Cristo”. (Filipenses 3:8 BLH)
Zacarias e Isabel morreram logo, porém seus ensinamentos e valores espirituais jamais morreram. “Filho, faça o que o seu pai diz e nunca esqueça o que a sua mãe ensinou. Guarde sempre as suas palavras bem gravadas no coração. Os seus ensinamentos o guiarão quando você viajar, protegerão você de noite e aconselharão de dia. As suas instruções são uma luz brilhante, e a sua correção ensina a viver”. (Provérbios 6:20-23 BLH) Eles mesmos deram aulas escolares para seu filho. Essas aulas foram ministradas juntamente com os ensinos da Palavra de Deus. A educação projetada por Deus tem o lar como escola e a Palavra de Deus como centro da educação, sob a supervisão e acompanhamento direto dos pais. Até mesmo distintos homens reconhecem que a melhor educação vem da Bíblia. Theodore Roosevelt, Presidente dos Estados Unidos, declarou: “Um conhecimento profundo da Bíblia vale mais do que uma educação universitária”.[7] Reconhecer uma verdade é uma coisa; pagar o preço para vivê-la é outra. Os pais de João Batista sacrificaram tudo para priorizar a Palavra de Deus na educação de seu filho.
Tudo o que Zacarias e Isabel ensinaram para João permaneceu vivo na alma dele, guiando-o na sua importante missão de anunciar e preparar a vinda do Messias. Com a educação no lar que recebeu dos pais, João pôde fazer o que, aos olhos de Deus, é o alvo mais importante de todo ser humano: viver a vontade e o chamado de Deus na terra.
A educação moderna e suas instituições formais podem parecer muito mais atraentes, sofisticadas e importantes do que a instrução cristã no lar, mas a educação institucional é um oásis traiçoeiro — cheio de promessas enganosas — cada vez mais controlado por governos para doutrinar sistematicamente as crianças. Esse controle e doutrinação é a principal característica do sistema da besta revelado no livro do Apocalipse. Em contraste, a educação escolar no lar oferece liberdade para as famílias fortalecerem e protegerem seus filhos moral e espiritualmente. Essa educação é realizável? No exemplo de Moisés e João Batista, Deus mostra que até mesmo no deserto, onde há escassez de recursos educativos e onde ninguém vê esperança de sucesso, ele pode educar e levantar grandes homens de caráter, integridade, sabedoria e coragem para liderar uma nação, treinar líderes e, principalmente, honrar o nome de Jesus Cristo. Assim, se Deus pode trabalhar no deserto para educar um homem ou mulher, quanto mais em casa!
Para as famílias cristãs, a educação no lar é essencial porque seu controle não pertence ao governo, mas aos pais. A educação escolar em casa dá aos pais a preciosa liberdade de colocar Deus e sua vontade no centro de tudo e treinar e capacitar a criança para se tornar um adulto equipado para fazer a vontade de Deus, glorificar a Pessoa de Jesus Cristo e ajudar a avançar, na sociedade e na vida das pessoas, um governo mais elevado: o Reino de Deus e seus valores. Assim, as crianças cristãs educadas no lar ganham a oportunidade maravilhosa de conhecer e obedecer a seu Mestre, Professor, Senhor e Rei e são treinadas, como foi João Batista, para ajudar homens e mulheres a se tornarem seguidores apaixonados de Jesus. Tal educação é perfeitamente possível quando se dá espaço livre e plenas oportunidades para Deus ser seu Capacitador.

Julio Severo

Versões bíblicas usadas:

BLH: Bíblia na Linguagem de Hoje (CD-Rom Módulo Básico da Sociedade Bíblica do Brasil).
Darby: Tradução literal do Antigo e Novo Testamento feita por John Nelson Darby (1800-82).
MSG: THE MESSAGE, versão em inglês da Bíblia em Linguagem Contemporânea. Copyright 2002 by Eugene Peterson.
NVI: Nova Versão Internacional. Copyright 2000 Sociedade Bíblica Internacional.
Copyright 2004 Julio Severo. Proibida a reprodução deste artigo sem a autorização expressa de seu autor.

Julio Severo é autor do livro O Movimento Homossexual, publicado pela Editora Betânia. Ele escreve principalmente sobre questões de vida e família e seu trabalho tem sido mencionado no Congresso Nacional e em importantes revistas evangélicas, inclusive Revista Show da Fé, Eclesia, Enfoque Gospel, etc. Além disso, seus artigos têm aparecido em muitos sites e publicados (inclusive três matérias de capa) na Defesa da Fé, a principal revista apologética para líderes evangélicos.

Ele também é um líder no movimento de educação escolar em casa (veja a seção brasileira do site da Home School Legal Defense Association: www.hslda.org). Se desejar publicar este artigo em seu site ou revista, entre em contato com o autor.

Notas:

[1] Noticia fornecida pelo gabinete do deputado federal Josué Bengston via email datado de 11 de abril de 2002.

[2] William T. Still, New World Order (Huntington House Publishers: Lafayette, Louisiana, 1990), p. 131.

[3] William T. Still, New World Order (Huntington House Publishers: Lafayette, Louisiana, 1990), p. 131.

[4] William J. Federer, America’s God and Country (Fame Publishing, Inc.: Coppell, Texas, 1994), p. 676.

[5] William J. Federer, America’s God and Country (Fame Publishing, Inc.: Coppell, Texas, 1994), p. 405.

[6] 2002 Enciclopédia Koogan-Houaiss Digital.

[7] CITIZENLINK, 14 de abril de 2004.

Para mais informações: www.juliosevero.com