"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 29 de janeiro de 2012

RITA LEE PEDIU PRA SAIR? VAI DE UMA VEZ!!!

A "Tia velha" do Rock Tupiniquim, Rita Lee, declarou recentemente que irá se aposentar dos palcos...
UFA!!! Já não era sem tempo!!!
Toda pessoa pública tem que ter a percepção de quando chega a hora de parar para não cair no ridículo de um Roberto Carlos, que canta as mesmas músicas há mais de um século.
A decana rockeira teve o auge da carreira nos anos 80 onde certamente muitos que tem a minha idade dançaram ao som de suas músicas.
Só que de uns 20 anos para cá a carreira da tioazona começou a declinar e parece que o uso constante de capim queimado ajudou a sacudir um pouco mais os parcos neurônios que restaram na cabeça da velha rockeira.
A última polêmica que esteve envolvida aconteceu no seu último show oficial de encerramento final da "carreira" em Aracajú.
A decadente cantora durante sua apresentação começou a xingar e a ofender o policiamento que estava fazendo revista pessoal no público que entrava no local do show.
Entre outras coisas chamou os policiais de Filhos da Puta e cavalos.
Rita tinha obrigação de saber que a função dela em um show é entreter o público e a função da polícia é dar segurança a esse mesmo público e também para a cantora e seus músicos.
Resultado: A véia foi dar com o costado em uma DP da capital de Sergipe. O governador do estado que estava presente ao show também ficou indignado com a cantora e apoiou a atitude da polícia.
MAS!!!!
Como não poderia deixar de ser...
Sempre aparece uma Ratazana Vermelha para colocar suas fétidas patas nesse angu, e a vereadora Luiza Helena, mais conhecida como cabrita histérica se enfiou nesse rolo e compareceu a delegacia pedindo pela liberação da cantora.
Pelo que parece a situação foi resolvida, a tia véia foi solta, a vereadora ganhou mais alguns votinhos dos sem noção de sempre, e a polícia que apenas cumpria o seu dever mais uma vez vira a vilã da história.
E o Brasil do vale tudo até os decadentes quando bem apadrinhados estão acima das leis.

Só que esqueceram de avisar a Rita que a Derci Gonçalves já morreu, e por mais que ela faça força para se tornar uma nova Derci...
Não tem tanto talento assim.
E nem tempo de vida para tanto.

De resto...

29 de janeiro de 2012
o mascate

É MAIS GRAVE DO QUE SE PENSA, A CRISE DO JUDICIÁRIO

O Judiciário está sofrendo uma crise de credibilidade, isto é evidente. Mas as hipóteses aventadas por alguns dos magistrados reunidos em Teresina para explicar a turbulência que abala o Supremo Tribunal Federal parece mais uma tentativa de tirar a culpa dos ombros togados deste rol de ministros.

Dizem eles que o Supremo está "emparedado por pessoas que querem abalar os alicerces do Judiciário", que tudo está relacionado com o julgamento dos mensaloneiros que provocaram o maior escândalo do governo Lula, e que alguns réus ou pessoas próximas a eles estão fazendo este serviço sujo.

O presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) Henrique Nélson Calandra, chega a dizer: "Alguns réus podem estar por detrás disso. Que aí tem, tem. Eu não estou falando do Zé Dirceu, ele foi meu colega de faculdade".

Ora, e o que o fato de terem sido colegas pesa a favor do Dirceu? Que raciocínio sem pé nem cabeça... Tamanha falta de isenção do egrégio magistrado (?!) me leva a concluir que ela nasce do tal antigo coleguismo, o que pesa e muito contra o próprio magistrado.

Em outro ponto da entrevista, Calandra afirma que Eliana Calmon jogou gasolina na fogueira da crise do Judiciário ao afirmar “tolamente” que “existem bandidos togados no seio da magistratura”. Pronto... Calandra, com uma palavrinha, tenta desmontar a estatura profissional da desembargadora ao mesmo tempo em que a coloca como pivô da crise de credibilidade que assola o Judiciário... E ainda a responsabiliza pela possível prescrição do crime dos mensaloneiros, visto que "os caras (ministros) têm que se defender (dos ataques midiáticos )", ao invés de sentar e estudar o processo de 100 mil páginas... E preparar o seu voto.

E, segundo Calandra, seja qual for o veredicto... "politicamente o cara (o réu) pode justificar: ‘Está vendo, esse tribunal é que me condenou’, o que” – segundo ele – “desqualifica qualquer condenação".

E eu fico pasma de ver um magistrado afirmar que qualquer que seja o veredicto neste processo, se for pela condenação dos réus, está... Desacreditado.

Resumo
Recentemente Lewandowski antecipou o resultado com a possibilidade de prescrição e, agora, Calandra com a invalidade do veredicto caso seja decidida a condenação dos mensaloneiros.

E depois querem nos fazer crer que a crise de credibilidade tem causas externas ao Judiciário, quando está mais do que claro que o Judiciário está doente, sendo corroído internamente pelo câncer do partidarismo político! Suas decisões mais recentes demonstram isso, como foi o caso do Cesare Battisti.

Prova de que nossa Constituição é letra morta... Pois o que vale é o que determina o Executivo nas mãos do PT.

29 de janeiro de 2012
O Estado de São Paulo
Mara Montezuma Assaf

TUDO DO MESMO VASO SANITÁRIO

Um país com um Estado aparelhado por um partido político degenerado e pela prática sem controle do ilícito não tem futuro. Estará entregue nas mãos sórdidas de um Regime Fascista Civil controlador de uma sociedade omissa, covarde, ignorante e corrupta.

A ameaça de retaliação do PMDB ao desgoverno Dilma no caso da demissão do Diretor do Dnocs, que acabou sendo mesmo demitido, reforça que a classe política já chegou ao fundo do poço da patifaria explícita.

O PMDB foi e sempre será um partido sem-vergonha porque não perde a oportunidade de barganhar com a aceitação do ilícito para negociar suas maracutáias políticas. Não é a patifaria que conta, mas sim as vantagens que podem ser tiradas da aceitação ou da negociação de sua prática.

PMDB e PT demonstram todos os dias que são excrementos humanos contidos no mesmo vaso sanitário da prostituição da política no nosso país. Contudo deve-se ressaltar que o PT sempre teve uma identidade de um partido desonesto por definição e o PMDB sempre fingiu ser honesto e defensor da democracia.

Os políticos “profissionais” não demonstram mais nem vestígios de senso moral e colocam no plano mais baixo de suas preocupações se um servidor é honesto ou desonesto, corrupto ou não corrupto, prevaricador ou não prevaricador.

O que importa para essa gente sórdida é a quantidade e o valor intrínseco dos cargos que passaram a representar uma expressão de poder dentro do Covil de Bandidos – o poder público.

Esse “modus operandi” é o resultado direto da falência da Justiça que não poderia nunca estar sujeita ao submundo das negociações para preservar descarados praticantes do ilícito, incentivando cada vez mais a impunidade. Chegamos a um ponto que o Poder Judiciário demonstra ser o mais bem pago dos podres poderes da República e o mais corrupto, com uma cada vez mais marcante expressão comportamental de lacaio descarado dos interesses do poder Executivo.

Ladrão tem que ir para a cadeia. Corrupto tem que ir para a cadeia. Prevaricador tem que ser, no mínimo, exonerado.

Infelizmente no Brasil quem vai para a cadeia são os ladrões de galinha que não tem nenhum padrinho político.

Já está mais do que provado que para em uma sociedade refém do DNA do ilícito que está residente como um vírus mortal dentro do poder público, a solução urgente é a busca do Estado mínimo conjugada com um ataque frontal da sociedade, da forma que for necessária, contra a degeneração da Justiça.

O Brasil não precisa de togados disfarçados de amantes da lei nem bandidos disfarçados de togados. Todos precisam ser expurgados urgentemente do poder Judiciário para o bem do país e do futuro de nossos filhos e de suas famílias.

O Brasil não precisa de empresários esclarecidos canalhas que se associam ao poder público corrupto para tirar vantagem da destruição do nosso país. Esse é o resultado mais relevante das sementes de um “capitalismo de Estado” e do agigantamento de sua estrutura: empresários e o Estado corrupto se unem para fraudar a sociedade e fazer, todos os dias, os contribuintes de palhaços e idiotas.

Já caiu por terra o princípio de que altos salários para servidores públicos iriam inibir a prática da corrupção em um país em que o DNA do ilícito não distingue mais classes sociais.

O Covil de Bandidos paga nos seus podres poderes salários que deveriam inibir, na teoria, a prática da corrupção. Mas o inverso é o que está acontecendo e a ambição não tem mais limites fruto da vergonhosa impunidade que permite que partidos políticos fiquem ao sabor de ameaças e contra ameaças em um jogo de poder que já esqueceu o verdadeiro papel do poder público e da verdadeira essência da prática da política.

Cresce cada vez mais a demanda social por concursos que abre as portas para entrar e trabalhar em um ambiente profissional em que o mérito, a ética, a honestidade e a moralidade estão em último plano e a busca dos caminhos da prática do ilícito já virou um valor de uma vida confortável e patrimônios sem limites, de uma sociedade que aceita o assistencialismo comprador de votos e o suborno ilimitado como uma promessa de dias cada vez melhores.

Mesmo que os futuros servidores entrem no poder público com caras de honestos, no final, quase todos ficam simplesmente subordinados aos interesses corporativistas de sustentação de relações públicas ou privados, absolutamente degenerados, tudo sob o comando do topo de uma pirâmide organizacional de poder público aparelhado por um partido político que representa o que de pior poderia ser gerado pela triste história da política em nosso país e pelos seus cúmplices, tão ruins ou piores.

O sonho de acesso ao poder público não está vinculado ao desejo de, com uma remuneração digna, prestar serviços à sociedade que acabada sempre bancando a corrupção sem controle, mais sim para ter estabilidade, mordomias e participação na “mais valia” das práticas do ilícito, exponencialmente geradas na degeneração das relações internas e externas, públicas ou privadas.

Um executivo público alinhado com os interesses corporativas do Covil de Bandidos nunca fica desempregado e sempre será criado um caminho para seu aproveitamento na máfia do poder público com a criação de ministérios, de cargos diretivos nas empresas estatais, entre muitas alternativas possíveis, inclusive a de não fazer nada durante o tempo necessário para seus crimes esfriarem, sem deixar de ser sustentado de uma forma ou de outra pelos contribuintes feitos todos os dias de palhaços ou idiotas do Circo do Retirante Pinóquio, o palco de atuação do mais sórdido político de nossa história.

Antes da Fraude da Abertura Democrática o Brasil estava se transformando no país de um futuro cada vez mais presente.

Depois que os civis receberam o poder, nosso país foi transformado em uma nação sem futuro, vestida de Paraíso dos Patifes e controlada por burguesias e oligarquias de ladrões, tendo como seus heróis, dignos de serem imitados por futuras gerações feitas decadentes, os políticos corruptos, togados vestido de bandidos, bandidos vestidos de togados, e milhares de canalhas esclarecidos que estão se transformando em assassinos de seus próprios filhos e de suas famílias, pois a histórica relata que um dia tudo isso vai ter que acabar deixando um rastro de sangue de culpados e inocentes.

Sem considerar a leviandade e a hipocrisia sem limites de dirigentes de outras nações, não é necessário mais muito esforço para o mundo perceber o que espelha o Brasil na atualidade.

Para conhecer o Brasil basta avaliar a aceitação da sociedade como ótimo o mais corrupto poder público de nossa história, a impunidade de corruptos ou bandidos afiançada pelos Tribunais Superiores, e a audiência de gente de todas as idades para um programa de televisão deformador dos mais básicos valores da família, da moralidade e da ética, essa coisa nojenta chamada de BBB, um programa escroto, já apelidado de Big Bacanal do Brasil, levado todos os anos ao ar por uma Rede de Televisão que vem se notabilizando como uma repetidora, através de suas novelas de horário nobre, de todas as deformações morais e éticas como se fossem os novos valores a serem seguidos pela sociedade.

Geraldo Almendra
29/01/2012

CÂNCER NEWS

Lula e Gianecchini

Lula e Lugo

Tenha a santa paciência! Levar fotógrafo a tiracolo para fazer tratamento de câncer e ainda se aproveitar da imagem de outros doentes para posar de mártir extrapola o ridículo e o mau gosto.

29 de janeiro de 2012
Por Ricardo Froes

O RIO DE JANEIRO QUE SE DANE.

Governadores incapazes é sina ou é o eleitor fluminense que vota mal?

Enquanto prédios desabam, bueiros explodem, bondes saem dos trilhos, barcas enguiçam, a dengue avança e as vítimas das chuvas que perderam suas casas há mais de um ano na Serra continuam ao Deus dará, o Govenador do Estado do Rio de Janeiro continua morando em Paris – eventualmente visitando o estado para inaugurar alguma obra inacabada com Dilma – sem dar solução para nenhum desses problemas e nem sequer mostrar preocupação com eles.

No episódio do desabamento dos prédios no Rio, Cabral, recém-chegado da Cidade-Luz, se limitou a lamentar, só que um dia depois, sem aparecer. Dizem que por medo de ser vaiado.

Aliás, essa preferência por Paris foi motivo de piada até de Dilma, em uma dessas inaugurações de coisa nenhuma em Angra, quando Cabral disse que “não há cidade no mundo como o Rio, onde, em meia hora, você sai do trabalho e está de bermuda na praia” e Dilma respondeu: “O Rio e Paris, né?”. Fosse a “presidenta” uma pessoa séria, em vez de piada teria lhe dado uma senhora chamada.

Sergio Cabral é um caso perdido. Sempre foi, mas graças à sua habilidade em manipular sacos importantes, consegue se manter sempre em evidência. Escândalos não faltam em sua vida, só que, estranhamente, nunca são noticiados como deveriam, como um dos mais recentes, a queda do helicóptero que revelou suas ligações suspeitas com o empresário Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, a empreiteira que mais recebeu recursos do PAC. Parece que o caso foi esquecido.

Na primeira eleição direta para governador do Estado do Rio de Janeiro após a fusão com a antiga Guanabara, em 1982, o povo elegeu Leonel Brizola. De lá para cá passaram-se 30 anos e só teve porcaria. Vejam a lista:

Leonel Brizola (duas vezes), Moreira Franco, Marcello Alencar, Anthony Garotinho, Rosinha Garotinho e Sérgio Cabral Filho (duas vezes).

Agora respondam: Qual lugar do mundo passaria incólume por essa plêiade de incompetentes? Qual lugar do mundo teria um eleitorado tão ignorante e indiferente à política que fosse capaz de eleger essas seis indecências em oito votações seguidas? Qual o lugar do mundo em que um governante que abandona criminosamente seu governados não vai para a cadeia? Qual, senão o Brasil, mais especificamente, o Rio de Janeiro?
29 de janeiro de 2012
Por Ricardo Froes

LUPI AINDA MANDA NO PDT. QUE VERGONHA...

O presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, se reunirá nesta segunda com diretório do partido em Brasília. O objetivo: validar a indicação de seu braço direito, André Figueiredo, para ministro do Trabalho.

Fala sério! O cara que é defenestrado do cargo de ministro por ser um larápio ainda ter cacife para ser presidente de um partido e tentar emplacar um protegido é muito abuso! Será que o PDT não tem gente decente capaz de derrubar esse calhorda da presidência?

Se não tiver é melhor fechar para balanço. Não é Miro Teixeira?

29 de janeiro de 2012
Por Ricardo Froes

A INOCENTE AFRICANINHA E O MALVADO BRANCO EUROPEU

Comentei, há dois dias, a fábrica de racismo inaugurada pelas esquerdas, onde o coitado do africano ou imigrante é sempre vítima e o branco europeu é sempre vilão. De Paulo Augustus, recebo:

- Janer, a propósito dessas notícias sem apuração, em que a primeira versão do crime, mesmo falsa, soa como um prato cheio para alguns ditos progressistas, lembro-me de um caso curioso ocorrido em Brasília há uns dois ou três anos.

Uma criança indígena que fora se tratar na capital foi encontrada morta na Casa do Índio no Distrito Federal. Nos dias seguintes a manchete repercutiu. No Correio Braziliense, jornalistas, articulistas e gente da Funai falou sobre o assunto. Mais um crime de ódio contra a população indígena. Foi lembrado o famoso caso do índio Galdino, queimado vivo em 1997, enquanto dormia numa parada de ônibus, por um bando de filhinhos de papai arruaceiros. Quanto a este último crime, queimar vivo qualquer pessoa é caso para punição perpétua dada a tamanha covardia e crueldade de quem o faz. No entanto, o crime não foi tratado como o assassinato de um ser humano (os garotos pensaram se tratar de um mendigo), mas sim do assassinato de um índio por homens brancos.

Quanto à criança morta na Casa do Índio, depois de uma semana de investigações, a polícia concluiu que quem matou a criança, empalada, foi a própria tia dela. Não lembro ao certo se foi por um caso de ciúme (parece que era uma tribo onde se praticava a poligamia), ou porque a criança já estava dando muito "trabalho" para a família. Você sabe, para índio, criança doente não presta. Pois bem, assim que a Polícia chegou à conclusão, calaram-se todos aqueles que espernearam e acusaram mais um crime de ódio perpetrado pelo homem branco da cidade. Pelo que me lembro, essa tia nem a julgamento foi. Retornou à sua aldeia e não se falou mais da história.

Bom, isso me lembra um caso semelhante ocorrido em São Paulo. Segundo os jornais, um skinhead andava pichando muros na cidade, com slogans contra nordestinos. Quando o prenderam, foi identificado como nordestino. Sumiu dos jornais. Não se falou mais no assunto. Mas Paulo me envia uma pérola, da jornalista Ruth de Aquino, da revista Época, sobre a affaire DSK. Vamos ao texto, datado de 20/05/2011.

Ela jamais sonhou com a fama. No espaço de uma vida, não se tornaria uma celebridade nem em seu bairro, o Bronx – quanto mais no mundo. Africana, muçulmana, mãe de uma adolescente, a camareira de 32 anos que limpava as suítes do Sofitel em Nova York já achava seu green card um privilégio. Pelas fotos divulgadas na internet, não é especialmente bonita. Mas, para brancos poderosos e prepotentes, reúne qualidades de sedução particulares: é jeitosa, negra e faxineira. Nunca denunciaria um ataque sexual. Conhece seu lugar.

Nafissatou Diallo é o nome da camareira que derrubou o francês Dominique Strauss-Kahn, ex-diretor-gerente do FMI e pré-candidato socialista à Presidência na França. Algemado e com a cara de tédio típica dos parisienses, DSK deixou pelos fundos o palco das finanças e da política. Ele se diz inocente. Mas, pelo encontro casual com Nafissatou em sua suíte de US$ 3 mil, encara agora sete acusações, de crimes sexuais a cárcere privado. Seria a camareira uma arma secreta de Sarkozy, o futuro papai do bebê de Carla, para tirar do páreo um adversário perigoso?

O FMI nomeará um novo diretor, quem sabe uma diretora, se quiser evitar mulherengos. Os socialistas franceses estão escandalizados, mas na direção oposta. Criticam o abuso da polícia americana contra DSK, presumidamente culpado com base na palavra de uma empregada.

Eles são brancos e não se entendem. Existe um oceano, físico e cultural, entre os Estados Unidos e a França. A mídia francesa é leniente com os desvios na vida particular de seus políticos. Se DSK fosse denunciado por uma camareira em Paris, em nenhuma hipótese seria detido antes de ser julgado, por presunção de inocência. Nos EUA, há a presunção inicial de que a vítima fala a verdade.

Me interesso mais pela camareira do que por DSK. Vi muitos se perguntando: será que o ex-diretor do FMI, conhecido pela habilidade em negociações, seria tão idiota e tresloucado a ponto de atacar a moça ao sair nu do banheiro? Mas começam a emergir casos semelhantes de mulheres menos corajosas que a africana. A loura jornalista francesa Tristane Banon, afilhada da segunda mulher de DSK, tinha 22 anos em 2002 quando diz ter sido atacada por ele: “Parecia um chimpanzé no cio”. Kristin Davis, ex-cafetina americana, afirmou que uma prostituta brasileira a aconselhou a não mandar mais mulheres para ele: “É bruto”.

Africana e muçulmana, a mulher que derrubou Strauss-Kahn desafiou as regras dos poderosos

Nafissatou não sabia que aquele senhor de cabelos brancos era DSK. Está com medo, escondida, sob a proteção da polícia de Nova York. Queria ficar anônima, mas seu nome e fotos se espalharam. É filha de um comerciante da etnia peule – 40% da população da Guiné, na África Ocidental. Emigrou com o marido para os EUA em 1998. Separada, vive sozinha com a filha de 15 anos num conjunto popular no Bronx. Há três anos trabalha no Sofitel da Times Square. Tem fama de trabalhadora e séria. Uma prima, Mamadou Diallo, afirmou: “Ela é uma boa muçulmana. Realmente bonita, como várias mulheres peules, mas não aceitamos esse tipo de comportamento em nossa cultura. Strauss-Kahn atacou a pessoa errada”.

Vai daí que logo descobriu-se que Nafitassou era uma piranha em busca de dinheiro fácil. DSK, cuja eleição para a presidência da França eram favas mais ou menos contadas, perdeu sua reputação, seu emprego no FMI e a presidência da República. Foi inocentado, mas virou carta fora do baralho. A indignação dos jornais contra o suposto crime de DSK não se voltou contra o real crime de Nafitassou. Revelada sua falsa acusação, a imprensa mergulhou em um silêncio obsequioso.

Mais tarde, Ruth de Aquino tentou redimir-se. Caluniou em página inteira e se retratou... em uma linha.

29 de janeiro de 2012
janer cristaldo

Em tempo - Paulo Augustus corrige sua informação sobre o caso de Brasília. Não se tratava de uma criança, mas de uma adolescente de 16 anos. Dá no mesmo. Aqui, a notícia:
http://www.panoramabrasil.com.br/adolescente-india-foi-morta-pela-proria-tia,-diz-funasa-id5900.html#.TyW6dd82lws.email

BURRICE COM FOME DE PASTO

Artigos - Movimento Revolucionário

A carga simbólica da palavra capitalismo é tão negativa, malgrado se refira a um modelo comprovadamente superior ao socialismo, que até parece ter sido concebida por seus adversários, não é mesmo? E, de fato, foi!

É possível, com algum esforço, criar uma palavra e atribuir-lhe um significado universalmente conhecido. Mas é quase impossível mudar o significado de uma palavra suprimindo ou alterando seu conteúdo simbólico consolidado. Fará muita bobagem na política quem não souber isso ou, ao menos, não o intuir.

Exemplifiquemos. Você dificilmente participará de uma missa, ouvirá um sermão ou lerá um documento da CNBB sem que se depare com a palavra "excluído". Ela estará ali, para a mensagem, assim como a farinha de trigo está para a hóstia. Procure essa palavra nos quatro evangelhos e veja quantas vezes é mencionada. Já fez isso? Pois é. Nenhuma. Quando alguém, astuciosamente, substituiu a palavra "pobre" (esta sim, 25 vezes referida nos evangelhos) por "excluído", infiltrou um conteúdo ideológico na mensagem cristã. E quem não estiver prevenido receberá doses frequentes de veneno marxista em substituição ao verdadeiro ensinamento de Jesus, um ensinamento de amor ao próximo, de caridade, de zelo fraterno e de rejeição à idolatria da riqueza. Não há nos evangelhos qualquer esboço de luta de classes. Não há uma gota sequer de ódio aos ricos, mas severas advertências a quem apenas se ocupa com acumular bens onde eles são consumidos "pela ferrugem e pelas traças". Já a noção de exclusão implica a simétrica noção de inclusão e de ambas se deduz que o excluído é sujeito passivo da ação de exclusão que sobre ele exerce o sujeito ativo incluído. Vai uma bandeirinha vermelha aí?

O ensino cristão sobre os bens materiais não significa, em absoluto, nem poderia significar, uma proposta de organização da economia sem direito de propriedade, sem iniciativa privada, sem produção, sem negócios, sem remuneração e sem lucro. Num mundo com bilhões de habitantes essa seria a receita da miséria e da inanição.

Vamos em frente. Atente, leitor, para a palavra capitalismo. Volta e meia ela é usada para definir um sistema vantajoso, oposto ou em contraposição ao socialismo como sistema econômico. Ora, a carga simbólica da palavra capitalismo é tão negativa, malgrado se refira a um modelo comprovadamente superior ao socialismo, que até parece ter sido concebida por seus adversários, não é mesmo? E, de fato, foi! Esse vocábulo entrou nos dicionários na segunda metade do século 19, levada pelos textos de socialistas e anarquistas, a partir de Marx, Proudhon e outros. Portanto, usar como bandeira, proposta ideológica ou plataforma de organização da ordem econômica uma palavra com essa carga negativa, cunhada pelos próprios adversários da tese que expressa, é uma burrice com fome de pasto. Em tudo semelhante a de quem usa ingenuamente a palavra "excluído" em seus atos penitenciais, sem perceber o erro que está cometendo. Reze pelos pobres e aja em favor deles, meu irmão. Mas não caia nas redes da Teologia da Libertação!

Veja o que escreveu o Papa João Paulo II, no nº 42 de sua extraordinária encíclica Centésimo Ano (1991):

"Voltando agora à questão inicial, pode-se porventura dizer que, após a falência do comunismo, o sistema social vencedor é o capitalismo e que para ele se devem encaminhar os esforços dos Países que procuram reconstruir as suas economias e a sua sociedade? É, porventura, este o modelo que se deve propor aos Países do Terceiro Mundo, que procuram a estrada do verdadeiro progresso econômico e civil? A resposta apresenta-se obviamente complexa. Se por "capitalismo" se indica um sistema econômico que reconhece o papel fundamental e positivo da empresa, do mercado, da propriedade privada e da consequente responsabilidade pelos meios de produção, da livre criatividade humana no setor da economia, a resposta é certamente positiva, embora talvez fosse mais apropriado falar de "economia de empresa", ou de "economia de mercado", ou simplesmente de "economia livre".

Ele veio de um país comunista e sabia das coisas.

Percival Puggina
29 Janeiro 2012

GAMBIARRAS PARA A COPA

Reportagem do jornal Valor (25/1) não deixa dúvidas de que, das 46 obras de transporte urbano projetadas para atender o público que assistirá aos jogos da Copa do Mundo, poucas estarão prontas a tempo.

O problema vem preocupando os dirigentes esportivos internacionais, que fazem seguidas cobranças públicas às autoridades brasileiras - sem resultados aparentes.

Principal agente financeiro desses empreendimentos, a Caixa Econômica Federal reservou R$ 5,3 bilhões para emprestar aos Estados e municípios que sediarão jogos da Copa.

Mas, como mostrou o Valor, a menos de 30 meses do início da competição, a Caixa liberou apenas R$ 194 milhões, ou 3,7% do que já poderia ter liberado.

Das dezenas de projetos, poucos saíram do papel.
Definidas pelo governo como ações de mobilidade urbana nas 12 cidades que sediarão jogos da Copa, essas obras envolvem melhoria do sistema viário e construção e operação de novos sistemas de transporte de passageiros, como veículos leves sobre trilhos (VLT) e transporte rápido por ônibus, ao custo estimado de R$ 13,5 bilhões.

Elas se destinam também a facilitar a movimentação da população dessas cidades. Há dois anos, preocupado com o atraso dos preparativos para a competição, o governo federal, em parceria com os governos dos Estados e as prefeituras dos municípios onde haverá jogos, montou o que ficou conhecido como matriz de responsabilidades, com a definição das atribuições de cada instância de governo e cronogramas.

Em setembro do ano passado, como persistiam atrasos e indecisões, a matriz foi revisada, com novos prazos e atribuições. De lá para cá, porém, muito pouca coisa avançou. Pelo menos 19 obras que deveriam ter avançado de setembro para cá continuam sem cumprir o cronograma, como mostrou o Valor.

Pedidos de financiamento feitos à CEF vêm acompanhados de projetos de má qualidade, o que impede a aprovação.

Em alguns casos, as autoridades locais ou regionais alteraram os projetos iniciais, optando por outros mais complexos e mais caros, o que comprometeu prazos e a obtenção da indispensável aprovação das autoridades da área ambiental.

Em outros casos, os governos nada têm feito.
"O tempo está passando e não vai dar tempo para fazer muita coisa", admitiu o presidente do Sindicato da Arquitetura e da Engenharia em São Paulo, José Roberto Bernasconi.

"Podemos acelerar obras absolutamente cruciais e realizar operações especiais, mas isso não é muito mais do que gambiarra, diante do que deveríamos ter."

Eis aí um resumo de como o poder público está preparando o País para a Copa: com gambiarras, com medidas improvisadas, com soluções provisórias. Casos descritos na reportagem citada do jornal Valor não deixam dúvidas quanto à ineficiência da ação das autoridades.

Caso exemplar é o do contrato para a construção do VLT de Brasília, com 22,6 quilômetros de extensão e 25 estações, assinado há três anos.

O projeto foi dividido em três etapas, a primeira das quais talvez - não é certo - seja concluída até 2014. Por interferir na estrutura urbana de Brasília, o projeto vem sendo questionado na Justiça.

Além disso, o contrato assinado em 2009, de R$ 1,5 bilhão, foi anulado pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal, por suspeita de fraude. Do pouco que se conseguiu realizar - menos de 3% das obras -, boa parte está enferrujando.

Outro exemplo apontado pelo Valor é o das obras do monotrilho de Manaus, com 20,2 quilômetros de extensão, que deveriam ter começado em novembro passado, para estarem prontas até a Copa.

Irregularidades identificadas pela Controladoria-Geral da União e pelo Ministério Público Federal, no entanto, impediram a aprovação do financiamento, sem o qual não haverá interessados na execução da obra.

Em Salvador e Cuiabá, o projeto inicial de BRT, que já tinha financiamento contratado, foi substituído por outros pelas autoridades locais.

Dos demais projetos de mobilidade urbana inscritos na matriz de responsabilidade, 6 cumprem parcialmente o cronograma, 14 estão dentro do prazo e 7 já estão com as obras em andamento.

Janeiro 29, 2012
O Estado de S. Paulo

ONG PROTEGIDA DE GILBERTO CARVALHO "BARBARIZA" OS COFRES PÚBLICOS


Enquanto Gilberto Carvalho, o conselheiro do Sombra, chama o Pinheirinho de "barbárie", sua protegida barbariza os cofres públicos...


Em meio à reforma ministerial iniciada na semana passada, o governo da presidente Dilma Rousseff anunciou a criação da Secretaria de Gestão Pública, vinculada ao Ministério do Planejamento.
O objetivo da nova secretaria é tornar a administração pública federal mais eficiente e combater o desperdício de recursos.
Os focos da nova secretaria ainda não estão bem delineados, mas, para cumprir sua incumbência, ela bem que poderia se dedicar a aprimorar os convênios entre governo e ONGs – um ralo de dinheiro público.

Na constelação de milhares de ONGs que prestam serviço ao governo, uma tem brilhado com intensidade: o Instituto de Tecnologia Social (ITS), criado em 2001 pela ex-deputada federal Irma Passoni, do PT de São Paulo, com a vaga missão de “promover a geração, o desenvolvimento e o aproveitamento de tecnologias voltadas para o interesse social e reunir as condições de mobilização do conhecimento, a fim de que se atendam às demandas da população”.

Desde que o PT chegou ao Palácio do Planalto, o ITS obteve mais de R$ 14 milhões em verbas de convênios, o que o tornou uma das ONGs com melhor trânsito na Esplanada dos Ministérios.
Uma das razões do sucesso do ITS é que ele conta com as bênçãos de um padrinho forte: Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral da Presidência e ex-chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Carvalho, ex-seminarista da Igreja Católica, é amigo de Irma Passoni, ex-freira, desde a fundação do PT, em 1980.

O AMIGO DAS ONGS NO PLANALTO

(Foto: F. Gualberto/Agência Brasília e Marcia Yamamoto)

Instituto de petista, apadrinhado pelo ministro Gilberto Carvalho, entra na mira do Ministério da Ciência e Tecnologia por falta de prestação de contas de R$ 1,5 milhão
Murilo Ramos

AÇÃO ENTRE COMPADRES

O ministro Gilberto Carvalho (no alto, sentado, de terno) compareceu à posse de Joe Valle (de pé, de terno) em cargo do governo José Roberto Arruda (no centro, de caneta na mão). A ONG de Irma Passoni (acima, no canto esquerdo) recebeu recursos liberados por Valle. Ambos são amigos de Carvalho

Em meio à reforma ministerial iniciada na semana passada, o governo da presidente Dilma Rousseff anunciou a criação da Secretaria de Gestão Pública, vinculada ao Ministério do Planejamento.
O objetivo da nova secretaria é tornar a administração pública federal mais eficiente e combater o desperdício de recursos.
Os focos da nova secretaria ainda não estão bem delineados, mas, para cumprir sua incumbência, ela bem que poderia se dedicar a aprimorar os convênios entre governo e ONGs – um ralo de dinheiro público (leia mais).

Na constelação de milhares de ONGs que prestam serviço ao governo, uma tem brilhado com intensidade: o Instituto de Tecnologia Social (ITS), criado em 2001 pela ex-deputada federal Irma Passoni, do PT de São Paulo, com a vaga missão de “promover a geração, o desenvolvimento e o aproveitamento de tecnologias voltadas para o interesse social e reunir as condições de mobilização do conhecimento, a fim de que se atendam às demandas da população”.

Desde que o PT chegou ao Palácio do Planalto, o ITS obteve mais de R$ 14 milhões em verbas de convênios, o que o tornou uma das ONGs com melhor trânsito na Esplanada dos Ministérios. Uma das razões do sucesso do ITS é que ele conta com as bênçãos de um padrinho forte: Gilberto Carvalho, ministro da Secretaria-Geral da Presidência e ex-chefe de gabinete do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Carvalho, ex-seminarista da Igreja Católica, é amigo de Irma Passoni, ex-freira, desde a fundação do PT, em 1980.

Uma das especialidades do ITS é a área de ciência e tecnologia. A ONG celebrou nove convênios com o Ministério da Ciência e Tecnologia, com valores superiores a R$ 6 milhões. ÉPOCA apurou que Carvalho exerceu uma influência decisiva para o ministério abrir as portas para a ONG de Passoni. Quem fez as honras da casa foi outro amigo do ministro, Joe Valle, ex-secretário de Inclusão Social do ministério, atualmente deputado distrital pelo PSB em Brasília. Como secretário, Valle era o responsável por aprovar os projetos do ITS. Dono de uma chácara de 3 hectares próxima ao Distrito Federal, Carvalho se aproximou de Valle por causa do interesse de ambos pela agricultura orgânica (engenheiro florestal, Valle é dono de uma propriedade especializada em produtos orgânicos).
No final de 2009, quando Valle deixou o Ministério da Ciência e Tecnologia para assumir, por um breve período, a presidência da Emater, órgão de apoio a produtores rurais do governo do Distrito Federal, Carvalho fez questão de prestigiar a posse do amigo. Na ocasião, o petista Carvalho sentou-se ao lado de personagens do barulho da política brasiliense, como o ex-governador José Roberto Arruda e o ex-vice-governador Paulo Octavio, ambos então filiados ao DEM. Dois dias depois da posse, foi deflagrada a Operação Caixa de Pandora, que implodiu o governo Arruda. Após o escândalo, Valle voltou a seu cargo na Ciência e Tecnologia graças ao apoio de Carvalho.

Um dos convênios do ITS patrocinados pela dupla Carvalho-Valle entrou agora na mira dos órgãos de controle interno do governo. Na semana passada, o ordenador de despesas do Ministério da Ciência e Tecnologia, Humberto Schloegl, encaminhou um ofício a Irma Passoni em que cobra a relação de pagamentos, notas fiscais, extratos bancários e regulamento para a realização das contratações do ITS num convênio de R$ 1,5 milhão.
A parceria foi feita a propósito do desenvolvimento de projetos em comunidades carentes no Distrito Federal. Apesar de o convênio ter sido finalizado em agosto de 2009, nenhum desses documentos fora apresentado até a semana passada. Se não encaminhar os documentos exigidos em dez dias, Irma Passoni poderá ser inscrita num cadastro de devedores do governo federal. O ministério só tomou essa iniciativa dois dias depois de ÉPOCA ter solicitado acesso à prestação de contas do convênio.

O convênio com a ONG de Passoni terminou em 2009, mas o uso do dinheiro ainda não foi comprovado.

Várias particularidades chamaram a atenção para o convênio, como o repentino interesse do ITS, normalmente concentrado em São Paulo, pela periferia de Brasília. Algumas atividades que teriam sido promovidas pela ONG também causam estranheza.
Numa delas, o ITS teria promovido a leitura e discussão da célebre “Carta de Achamento do Brasil”, de Pero Vaz de Caminha, o escrivão do navegador Pedro Álvares Cabral na viagem do Descobrimento do Brasil. Outra iniciativa do ITS teria sido estimular o debate sobre a “arqueologia dos movimentos sociais”. A conclusão do ITS sobre o assunto foi: “Os problemas atuais estão referenciais (sic) em processos históricos não resolvidos na formação socioeconômica brasileira”. Em nota, o ITS disse ter enviado todos os documentos previstos na prestação de contas e que está à disposição para esclarecimentos.

As ligações de Carvalho com Valle são parte de uma denúncia protocolada na Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2010. Outro implicado na denúncia é o senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), acusado de favorecer amigos e parentes com emendas parlamentares. A PGR investiga o caso. Rollemberg nega as acusações. Diz que são decorrentes de briga interna do PSB. “O procurador-geral vai concluir que as denúncias não procedem.” Rollemberg foi o antecessor de Valle na Secretaria de Inclusão Social.

O documento, a que ÉPOCA teve acesso, acusa Valle de ter atuado no Ministério da Ciência e Tecnologia como um agente teleguiado de Carvalho. Tanto Valle quanto o ministro negam tal interferência. Carvalho diz que a decisão sobre convênios com ONGs “é responsabilidade dos ministros e autoridades de cada órgão”.
Questionado por ÉPOCA, Carvalho reconheceu, porém, que tomou a iniciativa de apresentar a Valle outra ONG: a Harpia Harpyia, dirigida pelo bispo emérito de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, dom Mauro Morelli.Segundo Carvalho, para “solicitar-lhe que dom Mauro fosse atendido dentro das normas e critérios daquela secretaria”.
A Harpia, dedicada ao combate à fome, recebe recursos de convênios do Ministério da Ciência e Tecnologia com prefeituras e universidades públicas. O melhor seria se as ONGs dos amigos de Carvalho conseguissem dinheiro apenas por sua competência e eficiência, sem a necessidade dos pistolões do Planalto.

OLGA BENÁRIO

Olga Benário morreu no dia primeiro de fevereiro de 1942

Olga nasceu em 12 de fevereiro de 1908, na cidade alemã de Munique. Sua família era de origem judaica e seu pai era um advogado que se dedicava às causas trabalhistas dos operários que sofriam as consequências do pós-guerra no país. Seguindo o exemplo de preocupação com o social do pai, aos quinze anos Olga ingressou no movimento “Juventude Comunista”. Lá, conheceu o dirigente Otto Braun e aos 16 anos se casou com ele. Foi pelos seus ideais e por Otto que Olga invadiu a prisão de Moahit e libertou seu marido. O casal seguiu para a Rússia, onde Olga ingressou para o Comintern (Internacional Comunista).

Em 1934, após separar-se de Otto, Olga veio para o Brasil com a missão de acompanhar a viagem e fazer a segurança do também partidário do regime Luís Carlos Prestes. Foi ele quem liderou o movimento conhecido como “Intentona Comunista”. Após se disfarçarem de marido e mulher e utilizarem passaportes falsos para chegarem ao Brasil, eles passaram a viver juntos.

A revolução fracassou e Olga foi presa e deportada para a Alemanha pelo governo de Getúlio Vargas. A militante foi entregue a um campo de concentração nazista. Lá, nasceu sua única filha, Anita Leocádia, que havia sido concebida no Brasil. A menina conviveu com a mãe apenas 14 meses, para que pudesse ser amamentada. Depois deste período, foi entregue aos cuidados da avó paterna.

Olga foi transferida para outros campos nazistas. No dia primeiro de fevereiro de 1942, ela morreu executada em uma câmara de gás de Bernburg.
29/01/2012

TRÊS MAGISTRADOS SÃO ACUSADOS DE VENDEREM SALA COMERCIAL DA ASSOCIAÇÃO DOS JUÍZES PARA ABATER EMPRÉSTIMOS FRAUDULENTOS

O Ministério Público Federal denunciou criminalmente três juízes que ocuparam a presidência da Ajufer (Associação dos Juízes Federais da 1ª Região). Moacir Ferreira Ramos, Solange Salgado Vasconcelos e Charles Renauld Frazão de Moraes são acusados de amortizar empréstimos pessoais junto à Fundação Habitacional do Exército com recursos da venda irregular de uma sala comercial da entidade, que representa magistrados do Distrito Federal e de mais 13 Estados.

Os juízes Moacir Ferreira Ramos e Solange Salgado Vasconcelos foram denunciados por apropriação indébita. Já o juiz Charles Renauld Frazão é acusado pelo crime de receptação. A denúncia foi oferecida em novembro pelo procurador-regional da República Juliano Carvalho ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1).

Como pelo menos 17 dos 27 desembargadores do TRF-1 são associados da Ajufer, o Ministério Público Federal em Brasília pediu que o processo fosse enviado para julgamento pelo Supremo Tribunal Federal. O MPF pediu o afastamento dos três magistrados.

De acordo com a denúncia, no início de 2010, na gestão do então ex-presidente Moacir Ferreira Ramos, e com a anuência e intervenção da então ex-diretora financeira, a juíza federal Solange Salgado da Silva Vasconcelos, uma sala que pertencia a Ajufer foi alienada por R$ 115 mil.

O comprador pagou o valor do imóvel por meio de um cheque do Banco do Brasil. O valor, segundo avaliação da época, era inferior à cotação de mercado. Ainda de acordo com o MPF, a alienação foi efetivada sem nenhuma autorização prévia e indispensável da Assembléia Geral da entidade. Ou seja, o imóvel foi vendido a preço abaixo do mercado por conta e risco do então ex-presidente e da então diretora financeira.

Ainda de acordo com a denúncia, o valor do imóvel não foi revertido para a Ajufer, com fortes indícios de que o dinheiro teria sido desviado para o pagamento de empréstimos fraudulentos tomados pela entidade, em gestões anteriores, da Fundação Habitacional do Exército (Poupex).

Segundo o MPF, documentos bancários da Ajufer comprovariam que o recurso da venda do imóvel foi na verdade transferido para a Poupex com o objetivo de quitar empréstimos tomados pelos ex-dirigentes da entidade.

(Transcrito do site 247)

29 de janeiro de 2012
Fernando Porfírio

QUE BENEFÍCIOS O SUPREMO TRARÁ À SOCIEDADE DESCRIMINALIZANDO A MACONHA?

Os defensores da descriminalização da cannabis cada dia estão mais esperançosos. Além da propaganda subliminar, com divulgação de constantes pesquisas, tentando incutir na sociedade brasileira que a maconha é menos ofensiva que o álcool e o cigarro, o Supremo Tribunal Federal decidiu deliberar sobre a descriminalização do consumo da erva, e tudo leva a crer que a maioria do plenário tenda a favor, comenta o jornalista Merval Pereira, em O Globo.

Recorde-se que recentemente o STF já deliberou pela autorização da realização de passeatas reivindicatórias para a descriminalização de qualquer espécie de droga. Seria estranho observar, por exemplo, os cerca de um milhão de dependentes do crack no país – trapos humanos que vivem nas cracolândias da vida – (vejam o problema atual na capital de São Paulo), em passeatas invocando a descriminalização da ‘droga da morte’.

Por falar em crack, a questão é tão complexa que alguns estudiosos aconselham a internação compulsória para o tratamento dos dependentes. Outros consideram que na internação obrigatória o dependente, logo em seguida, voltaria ao vício. Para tal corrente o melhor é esperar a internação voluntária.

No entanto, é possível também que poucos consigam chegar com vida (1/3 dos dependentes morrem em cinco anos) até pedirem socorro para livrarem-se da dependência. Talvez o meio termo seja o caminho: tirar os traficantes de circulação forçando assim os dependentes a procurar ajuda.

Sobre o álcool, uma matéria publicada numa revista semanal de grande circulação no país, em setembro último, dá conta que o Brasil tem um número de alcoólatras estimado em 15 milhões, o dobro da população da Suíça. Mas a realidade, segundo a reportagem, pode ser ainda pior.

Os médicos da Associação Brasileira de Estudos de Álcool e outras Drogas, estimam que, na verdade, 10% dos 192 milhões de brasileiros, ou cerca de 19 milhões, tenham problemas graves com a bebida. O alcoolismo mata 32 mil pessoas por ano no Brasil, está por trás de 60% das mortes no trânsito e 70% dos homicídios.

Sobre o cigarro, segundo o Instituto Nacional de Câncer, os dados do tabagismo são assustadores. No país, 200 mil mortes anuais são causadas pelo uso do cigarro, sendo que 16% dos brasileiros adultos são fumantes.

Cerca de 8% dos gastos com internação e quimioterapia no Sistema único de Saúde são atribuídos a doenças relacionadas ao consumo do tabaco. O risco do infarto aumenta em 63% nas pessoas que fumam menos de dez cigarros diariamente. Essa possibilidade é 2,6 vezes maior para fumantes que acendem entre 10 e 19 cigarros e de 4,6 vezes para aqueles que fumam mais de 20 cigarros/dia.

O depoimento de um ex-viciado à Revista Veja, de 25/01/12, mostra a escalada perigosa do uso de drogas. Diz o jovem, hoje com 24 anos:
”Conheci o crack aos 19 anos. Já havia experimentado maconha, cocaína, lsd e ecstasy. Quando meus pais descobriram, pararam de me dar dinheiro e tiraram meu carro. Aí passei a trabalhar com um traficante, que acabou morto pela polícia.
Entendi que o meu destino seria igual, se continuasse naquela vida. Há dois anos, decidi me internar. Fui para uma chácara perto de Brasília, onde tinha de fazer limpeza, cuidar da horta e até fazer serviço de pedreiro.
Isso me deu noção de disciplina, senso de coletividade. Fiquei lá um ano. Venci o crack. Hoje acredito que não sou mais um escravo dele”, disse.

Registre-se que o citado jovem primeiramente fumou maconha numa escalada chegando até a ‘droga da morte’. Nesse contexto de dúvidas, o que se deve discutir é se o álcool e o cigarro já fazem tanto mal à sociedade, por que legalizar ainda mais uma droga?
Que benefícios reais traz para a sociedade a descriminalização da maconha?

O Supremo Tribunal Federal precisa ter isso em mente ao decidir sobre a maconha. Onde será consumida? Em praça pública? Ou em espaços delimitados, num ‘falso mundo colorido’? Poderá ser consumida nos pátios de colégios e universidades? Vamos implantar as narco-salas para consumo de maconha? Quantas precisarão ser implantadas no país? Vai ser vendida pelo próprio governo nas farmácias? Será permitido plantar em cada residência de maconheiro a cannabis para consumo próprio?

É esse o exemplo que os pais estarão darão aos filhos em casa? Já não basta os pais que sob o efeito do álcool chegam embriagados e trôpegos diariamente em suas residências, causando sequelas psicológicas aos filhos?

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HOLANDA ESTÁ VOLTANDO ATRÁS

Pesquisas dão conta de que a maconha faz mal à memória, causa esquizofrenia e síndrome amotivacional, sem falar que, tal e qual o álcool, também é uma perigosa porta de entrada para as drogas mais pesadas.

Lembrem-se que o governo holandês declarou recentemente que vai nivelar a chamada “maconha de alta concentração”, vendida no país, na mesma classificação de tóxicos como a cocaína e o êxtase, drogas consideradas pesadas.

O ministro da Economia da Holanda, Maxime Verhagen, afirmou que a droga, com mais de 15% na composição de sua substância psicoativa, o tetrahidrocanabinol (THC), tem uma potência muito maior do que a forma mais leve da erva.

Segundo ele, o tóxico “causa um prejuízo crescente na saúde pública do país”. A medida é o passo mais recente do governo holandês para tentar reverter a notória política de tolerância da Holanda com as drogas.

O que de positivo mudará, na vida de milhões de jovens brasileiros, com a descriminalização da maconha? O Supremo terá que responder. Direitos e garantias individuais não podem sobrepujar o interessse maior coletivo. É preciso ter tal assertiva em mente.

29 de janeiro de 2012
Milton Corrêa da Costa

A IMAGEM QUE A POPULAÇÃO FAZ DO JUDCIÁRIO É CADA VEZ PIOR

A imagem que a população faz do Judiciário brasileiro – que não tem sido das melhores principalmente no que se refere às diferenças de tratamento entre ricos e pobres, visto a herege discussão sobre o jus postulandi e a gratuidade de justiça, e por isso a descrença no serviço público como um todo, é pública e notória.

Segundo o jurista Kazuo Watanabe, (…) “a crise de credibilidade do Judiciário decorre da crença popular de que a Justiça estatal é lenta, cara e complicada, tornando inútil à tentativa de acesso à prestação jurisdicional”. “Há motivos para acreditar, todavia, que há um outro componente nessa crise de credibilidade: a desconfiança de que o Judiciário confere tratamento desigualitário”.

Em razão de possível antagonismo, as opiniões descritas, se baseiam em pesquisas divulgadas pelos mais conceituados institutos do país. Retroagindo ao ano de 1975, uma pesquisa realizada no interior do Estado do Espírito Santo, 27,8% dos entrevistados afirmou que a Justiça nunca tratava ricos e pobres com igualdade. Esse número aumentou para 61,4% quando a mesma pergunta foi feita na capital (Vitória) desse Estado.

Decorridos vinte anos uma pesquisa feita pelo Instituto Vox Populi, na qual foram ouvidas 3.075 pessoas distribuídas entre as cinco regiões do Brasil chegou-se a resultado alarmante: para 80% dos entrevistados, a Justiça é mais rigorosa para os pobres do que para os ricos, e, para 61%, é mais rigorosa para os negros do que para os brancos.

Nessa mesma pesquisa do Instituto Vox Populi, 35% dos entrevistados afirmaram que nunca confiam no Judiciário, e 38% que confiam pouco. Já a pesquisa da revista Veja, de 11.04.84, disse que 46% dos brasileiros acreditam na Justiça muito pouco ou quase nada. Pesquisa do Jornal Folha de São Paulo, de realizada em maio de 1984, indicou que 57% dos paulistas não confiam no Judiciário.

Uma outra pesquisa realizada pela empresa de publicidade Grottera, – baseada na pergunta: “Quem ajuda a fazer mais justiça no Brasil?” -, 26% das pessoas que foram entrevistadas afirmaram que o Poder Judiciário, “não servia para nada” enquanto que apenas 10% responderam que o Judiciário contribui para a realização da justiça. O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) divulgou na segundo semestre de 2011 uma lista das 100 maiores empresas e instituições envolvidas com processos na Justiça. De acordo com o levantamento, o setor público federal e os bancos respondem por cerca de 76% do total de processos, cada um com 38% de participação.

No ranking geral nacional, o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) está em primeiro lugar, figurando em 22,3% dos processos, seguido pela Caixa Econômica Federal (8,5%) e pela Fazenda Nacional (7,4%). Na lista dos dez primeiros, apenas as quatro últimas posições são ocupadas por instituições privadas: Bradesco (3,8%), Itaú (3,4%), Brasil Telecom (3,3%) e Banco Finasa (2,2%). Na Justiça do Trabalho, a União é a parte que está presente no maior número de processos (16,7%).

O grande questionamento que faço, é o de saber exatamente o que interessa para o judiciário, ou a população e vice versa, só que se levando em conta a extrema potencialidade de necessidade na solução das querelas sociais, pela via jurídica, é necessário que a população consiga resultados que estão ao extremo dos atuais, ou seja: que a entrega do serviço jurisdicional não seja tão medíocre.

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JUSTIÇA DO TRABALHO ENGARRAFADA

Levando em conta o número de ações ordinárias, as execuções e os processos de recurso (ações), apensos, somados as de cunho fiscal migrada para a Justiça do Trabalho após a aprovação da EC 45/04, (Fazenda Federal e Previdência), é possível que tramitem no judiciário laboral, mais de 20 milhões de ações.

Hoje preferencialmente os juízes atacam a penhora on line, no entanto por já ser deveras conhecida dos devedores, as suas contas estão sempre mantidas com saldo baixo, obrigando data vênia, o juízo a penhora de bens, nem sempre em condições legais de constrição. No mais este procedimento implica numa série de quesitos, que leva o juízo esposar ditames dos códigos, |(CPC, Lei Fiscal e CDC), ainda assim muitos canibalizam seus textos, e por isso o estrangulamento da JT. O resultado desta insegurança é o açodado meio utilizado, aprovando a “torto e a direito”, novas leis, a mais recente a que introduz a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), que vem a ser uma cópia do já existente sistema do “velho” protesto de titulo executivo extrajudicial.

29 de janeiro de 2012
Roberto Monteiro Pinho

UMA "COXINHA" DE SURPRESAS

ANO NOVO, CONTAS E DÍVIDAS NOVAS

Encarar as contas típicas dos primeiros meses do ano – IPVA, IPTU, material escolar, matrículas, além do extrato do cartão de crédito, geralmente recheado com as compras de Natal – não é nada simples quando o 13º salário pode ser apenas uma vaga lembrança na conta corrente. Mas a situação pode se tornar ainda mais complicada se, além de todos esses cifrões, o consumidor ainda carrega o peso de dívidas não honradas em 2011.

A orientação da consultoria Serasa Experian é tentar um entendimento junto aos credores. Pelo Código de Defesa do Consumidor, ao ter uma dívida renegociada, a pessoa já tem seu nome retirado da lista de inadimplentes.

“Em tempos de Cadastro Positivo, o procedimento permite que este consumidor não só reabilite seu crédito como também comece a construir seu histórico positivo”, lembra o economista Carlos Henrique de Almeida, da Serasa Experian,.

O primeiro passo é listar as dívidas e identificá-las. O procedimento é importante porque algumas companhias descentralizam o serviço de cobrança, fazendo com que o cliente receba contatos de empresas diferentes sobre uma única conta em aberto. Em seguida o consumidor deve avaliar as propostas do acordo, levando em consideração o número de parcelas e os descontos oferecidos.

“Porém, o mais importante é saber se as novas dívidas que serão assumidas cabem no orçamento”, enfatiza o economista. “Isso porque renegociar uma conta já renegociada pode não ser tão simples.”

Segundo o especialista, o cliente não precisa aceitar a primeira proposta de pagamento apresentada pelo credor. “O consumidor deve fazer suas contas e apresentar contrapropostas realistas. Essa transparência será bem recebida por quem está cobrando”, aponta Carlos Henrique de Almeida, lamentando que geralmente o brasileiro se sinta constrangido em renegociar dívidas. “Mas é o procedimento correto. É a maneira mais viável de se reabilitar perante a economia e reingressar pela porta da frente no mercado de consumo.”

29 de janeiro de 2012
Paulo Peres

PESQUISA DATAFOLHA COLOCA O PRÉ-CANDIDATO DO PRB, CELSO RUSSOMANNO NA LIDERANÇA PELA PREFEITURA DE SP, SE SERRA NÃO FOR CANDIDATO

A pesquisa Datafolha mostra que, em quatro dos cinco cenários consultados, Celso Russomanno só não venceria a eleição, se ela ocorresse hoje, em caso de disputa contra o ex-governador José Serra (PSDB), que tem dito ao seu partido que não concorrerá à sucessão do prefeito Gilberto Kassab (PSD).

O maior porcentual de intenção de voto conseguido por Russomanno ocorre quando o deputado federal Ricardo Tripoli é colocado como o candidato tucano na corrida eleitoral (21%), e o menor (17%) é quando Serra aparece como o nome do PSDB. Nesse cenário, o ex-governador recebeu 21% das intenções de voto. Exceto Serra, os demais nomes do PSDB variam entre 2% e 6%.

Nos cinco cenários pesquisados – cada um com um nome diferente do PSDB – o pré-candidato do PT, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, vai de 4% a 5%.
Gabriel Chalita (PMDB) recebeu entre 6% e 9% das intenções de voto e Netinho de Paula, do PCdoB, aparece com porcentual que vai de 11% a 13%, sendo que em todos os cenários ele apresentou queda em relação à sondagem anterior (ainda que dentro da margem de erro).

José Serra tem, de acordo com o Datafolha, rejeição de 33% dos eleitores consultados, atrás apenas de Netinho de Paula, com 35%. O deputado Paulo Pereira da Silva, o Paulinho (PDT), tem rejeição de 20% dos pesquisados, enquanto Russomanno aparece com 12% e Chalita com 11%, o mesmo porcentual verificado para Haddad (11%).

A pesquisa DataFolha foi realizada nos dias 26 e 27 de janeiro com 1.090 eleitores da capital paulista. A margem de erro é de três pontos porcentuais para mais ou para menos.

Traduzindo tudo isso: o ex-presidente Lula vai ter muito trabalho pela frente para conseguir plantar o poste Fernando Haddad na Prefeitura de São Paulo.
29 de janeiro de 2012
tribuna da internet

A CAUSA PERDIDA DA OTAN NO AFEGANISTÃO

A guerra da OTAN no Afeganistão entrará para a história como enorme duplo fracasso: os políticos não conseguiram pôr fim à guerra e os generais foram incapazes de vencer. Por outro lado, comentaristas e historiadores anotarão que esse país atrasado e tribal conseguiu, num período de 30 anos, expulsar o exército soviético e, depois, expulsou também uma coalizão internacional de nada menos que 50 países ocidentais, liderada pelos Estados Unidos da América.

EUA e aliados querem deixar o Afeganistão em 2014, mas o único cenário que se vê delinear-se no horizonte é cenário de derrota, que os EUA já conhecem, do Vietnã. Mais de dez anos depois de começarem a bombardear e depois de terem ocupado esse país montanhoso no Sul da Ásia, em retaliação por causa dos ataques da al-Qaeda em Washington e New York, os EUA já perderam de vista o objetivo dessa guerra e já não há saída honrosa.

Especialista em Afeganistão, o jornalista Michael Hastings diz em seu novo livro The Operators: The Wild and Terrifying Inside Story of America’s War in Afghanistan [Os operadores: a selvagem e assustadora história secreta da guerra dos EUA no Afeganistão] que o general Stanley McChrystal, encarregado das operações militares entre 2009 e 2010, só muito raramente mencionava a al-Qaeda nas audiências em que prestava contas ao Congresso dos EUA.

Tampouco o general David Petraeus, que assumiu depois de McChrystal, mencionava a al-Qaeda nas reuniões com os principais assessores. Hastings lembra que o general James Jones, ex conselheiro de Segurança Nacional estimou em menos de 100 o número de combatentes da al-Qaeda que permaneciam no Afeganistão.

Depois de destruir o refúgio de Osama bin Laden nas montanha do Afeganistão e de ter forçado toda a liderança dos Talibã a fugir, poucos dias depois da invasão, os EUA passaram a dedicar-se exclusivamente a fortalecer o governo de seu aliado, o presidente Hamid Karzai, e a combater a guerrilha Talibã: fracassaram nos dois objetivos.

A guerrilha Talibã persiste, como grande desafio às forças da OTAN. Em termos militares, a mais moderna máquina de guerra convencional não conseguiu derrotar a guerra de guerrilhas. A população, o terreno, a cultura ergueram-se contra o invasor e o ocupante.

O governo de Karzai sempre foi corrupto e impopular. A tradição tribal e a cultura afegãs frustraram todos os esforços dos EUA para seduzir corações e mentes no Afeganistão. Os aviões-robôs armados e o ‘fogo amigo’ mataram mais civis que combatentes. Os Talibã usaram com inteligência a vantagem tática que o terreno lhes assegurava no sul e sudoeste. Infiltraram-se em todas as fileiras do adversário e conseguiram atacar várias vezes dentro de Kabul.

Semana passada, um soldado afegão disparou sua metralhadora contra quatro soldados franceses na própria base militar onde todos viviam: vingava os Talebã mortos cujos cadáveres haviam sido violados por Marines norte-americanos, menos de duas semanas antes, imagens que todo o mundo viu.

Ainda há 3.600 soldados franceses no Afeganistão, de um total de 130 mil soldados estrangeiros que permanecem lá. Não foi o primeiro incidente desse tipo e não será o último. A França já suspendeu o treinamento de soldados afegãos e examina a possibilidade de retirar todos os seus soldados antes do prazo limite de 2014.

Em ano eleitoral, nem Sarkozy nem Obama querem ver suas respectivas candidaturas aliadas à imagem dos caixões de soldados devolvidos mortos do Afeganistão à terra natal. Até o fim do ano passado, morreram no Afeganistão 2.765 soldados da coalizão.

Sem terem conseguido derrotar os Talibã, que se distribuem também pelo lado paquistanês da fronteira, os EUA seguem agora o conselho de Karzai, e tentam negociar com os guerrilheiros. Semana passada, soube-se que negociadores norte-americanos encontraram-se secretamente com um representante de Gulbuddin Hekmatyar, senhor-da-guerra afegão e comandante do grupo Hizb-i-Islami, que combate contra as forças norte-americanas principalmente nas regiões leste e norte do Afeganistão.

Foi mais um passo na direção de ampliar as conversações, para que os EUA consigam chegar aos Talibã. Todas as tentativas anteriores de excluir das conversações os Talibã fracassaram. Oficialmente, os EUA não aceitam conversar com Mullah Omar, líder Talibã foragido, que se acredita que viva no Paquistão. Mas, sim, os EUA estão em conversações com representantes dele e com líderes tribais pashtuns – pelo menos, com certeza, através do governo de Karzai.

A que resultados essas conversações podem levar? Os Talibã exigem completa retirada das forças da OTAN; os EUA tentam algum acordo que inclua os Talibã num próximo governo afegão. A distância entre os dois lados da mesa é imensa. Washington já perdeu, inclusive, um dos seus maiores aliados, o Paquistão. A confiança entre EUA e Paquistão desceu ao ponto mais baixo da história, depois que os EUA promoveram uma operação clandestina para assassinar Osama bin Laden em território do Paquistão, sem informar seus aliados em Islamabad.

Há dois meses, a aviação norte-americana bombardeou dois postos militares de fronteira, matando mais de 20 soldados paquistaneses. Washington pediu desculpas formais, mas não antes de o Paquistão ter suspendido toda a colaboração com os EUA.

Segundo Hastings, também já não há confiança entre Karzai e Obama. O general McChrystal é conhecido no Afeganistão por zombar de Karzai (referia-se ao presidente afegão como “o do chapéu ridículo”). E Hastings diz que ouviu oficiais norte-americanos dizerem que Karzai seria maníaco depressivo e viciado em drogas.

É possível que, em algum ponto, Washington tenha querido reconstruir o Afeganistão e orientar o país em direção à democracia. Mas os esforços de reconstrução fracassaram, por repetidos fracassos no campo militar e pela corrupção generalizada. Até que os EUA foram obrigados a negociar com senhores-da-guerra, proprietários de vastos campos de cultivo de papoula e traficantes de ópio, tentando obter o favor deles e isolar os Talibã.

Os Talibã mantêm a guerra de atrito, ao mesmo tempo em que sugerem que aceitam negociações de paz com Karzai e os EUA. Ganham tempo, porque sabem que o tempo corre a favor deles. 2014 está ainda longe, para os EUA e seus aliados. Ao final, os invasores deixarão o país entregue ao próprio destino, como já fizeram no Iraque. Para os afegãos, o dia em que virem pelas costas os soldados da OTAN não indicará o fim da guerra, mas, apenas, que a guerra muda de curso.

Osama Al Sharif (Arab News)
29 de janeiro de 2012

CRUZEIRO "BRASIL DAS COSTAS LARGAS" NÃO NAUFRAGA

Lembra daquele champanhe que Luiz Erário Lula da Silva estourou no casco do navio João Cândido - casco do navio, claro - que custou R$ 1 bilhão?

Não, cara... O que custou um bilhão foi o navio e não o champanhe. Afinal, você lembra, ou não?!? Pois ele foi depois inaugurado também pela primeira-mulher-presidenta Dilma.

Mesmo assim, o navio-fantasma até hoje não saiu do estaleiro. E adivinhe por quê? Tem problemas no casco. Não cara, no casco dele e não de quem desperdiça champanhe.

Mais porque afrontaram Dilma a "ter coragem de desafiar o PMDB, maior partido do País", mas um pouco também pelos fiascos repetidos, esteve quase boiando o presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Sua tábua de salvação até aqui é seu padrinho, Renan Calheiros velho lobo desse mar de piratas nem tão distantes do Caribe.

De algum jeito, o antigo marinheiro fez um passarinho contar nos camarotes da nau palaciana que, se Machado deixasse de ser o timoneiro do luxuoso iate Transpetro, estariam fazendo onda com Renan e Zé Sarney. E aí viria mau tempo.

Eles amotinariam o partido na canoa furada do Congresso para provocar ventos fortes às pautas contra o governo. A comandanta Dilma não quer nem saber o que é um barco à deriva. Botou um colete salva-vidas em Machado.

E como a sua memória é bem brasileira e vai só - como diria Millôr - "até à Missa de 7° Dia", relembre-se que o navio João Cândido é só a primeira unidade de um pacote de 48 grandes petroleiros poeticamente encomendados pela Transpetro.

A emenda sempre sai pior que o soneto, por isso a encomenda chega à bagatela de R$ 9,6 bilhões.

A frota estagnada vai atuar nas águas paradas da exploração do pré-sal.

Diante dessa marola, menos que tsunami, mais que uma pororoca, aqueles que são do mar não enjoam e garantem com voz de comando: “Machado não sai, há vários contratos em andamento”.

O alerta para Dilma, marinheira de primeira viagem, vem dos salões de luxo do PMDB, passageiro habitual do cruzeiro Brasil das Costas Largas.

29 de janeiro de 2012
sanatório da notícia

AULA DE HISTÓRIA

O GRUPO GUARARAPES HONRA-SE EM REPASSAR O ARTIGO DE GERHARD ERICH BOEHME.

PROTESTA PELA RETIRADA DE 31 DE MARÇO DE 1964 DO CALENDÁRIO DO MINISTÉRIO DA DEFESA.

O GRUPO GUARARAPES AO ABRAÇAR O AMIGO GERHARD faz uma proposta ao Ministério da Defesa:

Colocar no calendário as seguintes datas:

Escândalo do Mensalão; DATA DE demisssão de todos os Ministros demitidos por roubos do atual governo, data da revista FOBBES que afirma que o proletário LULA é dono hoje de dois bilhões de dólares, posse de senadores que foram considerados ficha suja e depois tomaram posse no senado da república; data de nascimento de todos os seqüestradores que participaram do seqüestro do embaixador americano e outros roubos de dinheiro público, pois são lições para a sociedade Brasileira como se destrói uma Nação.
(...)

*** *** ***

Subject: Datas dos eventos históricos.
À Presidência da República
Palácio do Planalto
Praça dos 3 Poderes
CEP: 70150-900 - Brasília - DF
Tel: (61) 3411-1200 / 3411-1201
http://www.planalto.gov.br

Prezados da Presidência da República,

Observo que na relação das datas dos eventos históricos no Site do Ministério da Defesa não consta a data de 31 de março de 1964, uma das mais significativas para todos nós brasileiros, pois os militares de forma honrada e gloriosa souberam evitar a instauração de conflitos internos que invariavelmente nos levariam à divisão do país e muito derramamento de sangue, sem contar a diáspora que se seguiria.
Conseguiram evitar que terroristas, marginais, assassinos e déspotas viessem a subjugar o nosso país a uma ideologia que nos era e é exótica, pois esta era afastada da liberdade, principalmente a econômica. De igual forma souberam cassar os direitos dos políticos que pretendiam fazer uso das forças públicas estaduais para fomentar a defesa de seus interesses, e não do povo brasileiro, como foi o caso dos governadores Adhemar de Barros e Carlos Lacerda.

Saber interpretar a data de 31 de março de 1964 é e deve ser um resgate histórico, principalmente o de se entender um período conturbado da história da humanidade, de um mundo dividido, com nações sendo divididas, passando por conflitos internos, com a redução significativa de suas populações.

Retirar o 31 de março de 1964 como uma de nossas principais datas histórica é desconsiderar a história brasileira, é não entender a nossa história, pois nos primeiros anos da década de 1960 o Brasil passou a viver período de crescente instabilidade política, militar e institucional. Após o governo Juscelino Kubitschek, as eleições presidenciais de 1960 haviam consagrado o nome do Sr. Jânio Quadros.

Jânio Quadros, vestido, ao longo da campanha, com a capa da moralização das práticas políticas e do combate à corrupção, desde logo o novo presidente revelou seu temperamento instável e autoritário e passou a assumir atitudes que pouca dúvida deixavam quanto a suas reais intenções de investir-se de poderes discricionários.
Cerca de seis meses após assumir o governo, simulou renunciar à presidência, alegando não poder enfrentar as “forças ocultas” que o impediam de cumprir os compromissos assumidos com o povo brasileiro.

Sabedor das sérias objeções e restrições que se faziam ao vice-presidente —o João Goulart (o “Jango”) — contava Jânio que a simulada renúncia não seria aceita e que o clamor público o faria retornar ao Palácio do Planalto com plenos poderes, livre e desimpedido das amarras constitucionais.
O estratagema não funcionou! O Congresso aceitou a renúncia e preparou-se para empossar o vice-presidente, então em viagem pela China Comunista. Visto pela oposição e pelas Forças Armadas como herdeiro da política varguista e simpático ao comunismo, a posse de Goulart enfrentou sérias resistências, dividiu o Exército e colocou o país à beira da guerra civil. Diante do impasse, adotou-se o parlamentarismo, e Goulart, finalmente, assumiu a presidência em 7 Set 1961, como chefe de estado, mas não de governo.

Infelizmente, de duração efêmera, o regime parlamentarista foi rejeitado pela esmagadora maioria da população, em plebiscito realizado em janeiro de 1963. Tal rejeição não se deu pelo fato de conhecerem ou não as vantagens do parlamentarismo, ou de observarem o princípio da subsidiariedade, mas motivados pelo calor dos debates.

Investido dos plenos poderes presidenciais, João Goulart rapidamente passou a conduzir ações no sentido de implementar projeto reconhecidamente golpista que desaguaria em um regime totalitário de esquerda. Insuflado e orientado por seu cunhado, Leonel Brizola, pregava a necessidade de “reformas de base” e a implantação de uma “república sindicalista”. Controlando o aparelho sindical, o governo promovia o grevismo, a anarquia e o caos, e o país passou a viver dias de intranquilidade, estagnação econômica e inflação descontrolada. Enfrentar e debelar tão graves problemas, afirmavam Jango e seus aliados, impunha a necessidade urgente de “reformas de base”, “com ou sem o Congresso, na lei ou na marra!” A mensagem não poderia ser mais clara!

Aliado ao esquema governista, porém com seus próprios objetivos, identificava-se ainda um projeto revolucionário marxista-leninista, conduzido pelo Partido Comunista Brasileiro e seu líder, Luiz Carlos Prestes. A manobra revolucionária buscava uma “frente única” e a concretização de uma “Revolução Democrática Burguesa”, ao aliar-se à insurreição “burguesa” de Goulart e Brizola. Ao adotar esse processo, o PCB revelava fiel e rígida observância às diretrizes de Moscou, que recomendavam o “assalto ao poder pela via pacífica”, em contraposição a linhas de ação mais açodadas e radicais (foquistas, trotskistas e maoístas), defensoras da luta armada.

Curiosamente, ambas as correntes — a janguista-brizolista e a comunista — viam na adesão e participação das Forças Armadas e, em especial do Exército, condição imprescindível para a conquista de seus objetivos.
Para isso, fazia-se mister neutralizar, enfraquecer e solapar as lideranças contrárias aos seus desígnios e montar um “dispositivo militar” confiável, capaz de permitir e apoiar a ensandecida marcha no rumo do totalitarismo. Os chefes militares foram classificados em dois grandes grupos: havia os “generais do povo” e os entreguistas”; as divisões internas foram fomentadas; e criou-se artificial e perigosa cisão entre oficiais e graduados. Os sagrados princípios da hierarquia e da disciplina passaram a
sofrer permanente ataque.

Em janeiro de 1964, em viagem a Moscou, Prestes deixou claro o papel e a importância dos militares brasileiros no processo revolucionário vermelho: ... Oficiais nacionalistas e comunistas assegurarão, pela força, um governo nacionalista e anti-imperialista... As reformas de base acelerarão a conquista dos objetivos revolucionários ... O grande trunfo será o dispositivo militar.

Em março de 1964, a desordem e a intranquilidade atingiram novos patamares. Sucediam-se as greves, e aumentavam as arruaças e ameaças de intervenção de grupos armados ligados a Brizola. A população sofria com o desabastecimento,
os frequentes e inopinados cortes de energia elétrica e a quase diária paralisação do transporte público. Arregimentada pela grande imprensa, pela Igreja católica e por líderes políticos, a opinião pública começara a protestar e a participar, maciçamente, de manifestações contra aquele estado de coisas.

Em tão conturbado ambiente, três eram os cenários mais prováveis para a evolução do quadro nacional:

1. a implantação de um regime ditatorial de esquerda;
2. o agravamento do anarquismo sindical;
3. a eclosão de uma guerra civil com conotações ideológicas.

Claramente, a sucessão democrática normal, prevista para ocorrer no ano seguinte (1965) tornava-se a cada dia mais distante e implausível.
Confiantes nas “forças populares” e no apoio do “dispositivo militar”, Jango, Brizola e Prestes buscaram escalar a crise, na certeza de alcançar, em curto prazo, desfecho favorável a seus propósitos.

Três episódios caracterizariam essa decisão: o comício realizado em frente ao prédio da Central do Brasil, em 13 de março, marcado pela agressividade e
radicalização das posições; o motim de marinheiros e fuzileiros navais, em 25 de março; e o discurso pronunciado por João Goulart no Clube dos Subtenentes e Sargentos do Exército, em 30 de março.

Dos três acontecimentos, os dois últimos influenciariam decisivamente a evolução dos acontecimentos, ainda que de maneira diametralmente oposta à imaginada por Goulart e seus companheiros de viagem. A incitação ao motim; o estímulo à quebra da hierarquia e da disciplina; a virulência de Jango; e a clara intenção de aprofundar a anarquia e a desordem despertaram nas forças vivas da nação a necessidade de pronta e enérgica reação, ainda que à custa da quebra da ordem constitucional. A destemida e intrépida decisão dos Generais Mourão e Guedes de iniciar, em Minas Gerais, com absoluta inferioridade de meios, o deslocamento em direção ao Rio de Janeiro e a Brasília, aglutinou e catalisou a resposta da sociedade brasileira aos desmandos e à subversão. A rapidez com que o movimento se fez vitorioso, sem encontrar a menor resistência de nenhum setor da sociedade, constitui a melhor prova do repúdio popular ao esquema golpista engendrado por Goulart e seus aliados.

A momentânea quebra da ordem institucional, respaldada e legitimada pelo Congresso e pelo imenso apoio popular, salvou a democracia, ameaçada pela intimidação do parlamento, pela pressão das massas sindicalizadas e pela anarquia das Forças Armadas.
Desse modo, o 31 de Março de 1964... é, primordialmente, um fato político e não uma quartelada, como insinuam seus adversários e detratores...*
Não pode, pois, ser rotulado como golpe militar, como, aliás, atestou o jornalista Roberto Marinho, em editorial do jornal O Globo de 7 de outubro de 1984:
Participamos da Revolução de 1964, identificados com os anseios nacionais de preservação das instituições democráticas, ameaçadas pela radicalização ideológica, greves, desordem social e corrupção generalizada... Sem o povo, não haveria revolução, mas apenas um “pronunciamento” ou “golpe” com o qual não estaríamos solidários. (Gen José S. Fábrega Loureiro e Cel Pedro Schirmer, em “A Revolução de 1964” - Correio Brasiliense, 29 Mar 04). Desencadeada para impedir a implantação do totalitarismo de esquerda, a Revolução demoraria muito mais do que o inicialmente previsto e desejado por seus líderes para devolver o poder a um civil eleito democraticamente.
A causa principal do alongamento do regime reside, sem dúvida, na necessidade de enfrentar a subversão e a luta armada, intensificadas a partir de 1968 por organizações comuno-terroristas. Pela mesma razão, viu-se obrigado a lançar mão, em momentos extremos, de recursos amargos para impedir o país de mergulhar em prolongada guerrilha urbana e rural, deflagrada com o claro objetivo de implantar no país a “ditadura do proletariado”. Não obstante o necessário e eventual uso de medidas de força, a Revolução sempre teve como meta o restabelecimento pleno da democracia.

Aliás, é bom lembrar que seu último presidente, o General Figueiredo, governou durante seis anos sem nenhum dos poderes discricionários outorgados por atos revolucionários.
Não parece justo, portanto, acoimar de ditatorial um regime que exigiu o rodízio de lideranças, não praticou o culto da personalidade, não adotou o modelo do partido único, manteve os instrumentos de legalidade formais e, por fim, autolimitou-se. Mais uma vez, a palavra do jornalista Roberto Marinho ilustra e esclarece:

“Não há memória de que haja ocorrido aqui, ou em qualquer outro país, um regime de força, consolidado há mais de vinte anos, que tenha utilizado seu próprio arbítrio para se auto-limitar, extinguindo os poderes de exceção, anistiando adversários, ensejando novos quadros partidários, em plena liberdade de imprensa. É esse, indubitavelmente, o maior feito da revolução de 1964.” (Julgamento da Revolução - O Globo - 7 de outubro de 1984)
Ao restabelecer o clima de ordem e paz e o princípio da autoridade, o período revolucionário propiciou profundas, benéficas e duradouras transformações. Nunca antes, na história deste país (e nem depois), viveu-se tempo de tão acelerado progresso e concretas realizações.
Apresentando taxas de crescimento não mais atingidas, o Brasil passou do 49º para o 8º lugar, lugar que ocupa atualmente não fosse o artificialismo de um dólar subavaliado, entre as economias do mundo.
Dentre outros feitos, a infraestrutura do país foi modernizada e ampliada; todas as capitais estaduais passaram a ser interligadas fisicamente, por estradas de muito boa qualidade; incorporou-se efetivamente a Amazônia ao patrimônio nacional; desenvolveram-se as indústrias naval e aeronáutica; criaram-se a Empresa Brasileira de Pesquisa Agrária e a Empresa Brasileira de Telecomunicações; multiplicou-se por 9 a potência elétrica instalada, por 6 as reservas de petróleo e por 15 as receitas com exportações; e as fronteiras econômicas expandiram-se, com a adoção do Mar de 200 Milhas.
Iguais êxitos foram alcançados na área social, por intermédio de medidas como, por exemplo, a incorporação à Previdência Social de 20 milhões de trabalhadores rurais; a promulgação do Estatuto da Terra; a criação de órgãos e instrumentos de ação social como o FGTS e o PIS/PASEP; e a instituição do MOBRAL e do Projeto Rondon.

Diante de tão expressivas e incontestáveis realizações, não é exagero afirmar-se que a Revolução modernizou o Brasil e plantou as bases físicas que, ainda hoje, alicerçam a caminhada do país no rumo do pleno desenvolvimento, como sociedade livre e democrática.

Certamente, equívocos foram cometidos. O balanço, todavia, é inquestionavelmente positivo, e a análise isenta do período, “descompromissada com o emocionalismo" próprio dos perdedores”, certamente revela resultados extremamente favoráveis, muito diferentes da “versão construída pelas esquerdas, com bases em referências ideológicas inconsistentes e ultrapassadas”.

Comemorar a Revolução Democrática de 31 de Março de 1964 é também exaltar! Exaltar e homenagear as lideranças civis e militares que há quarenta e quatro anos demonstraram a visão, o arrojo e o destemor para arrostar os perigos da hora presente e arrastar a nação pelos caminhos que haveriam de possibilitar a preservação da democracia e a preservá-la do comuno-socialismo.

Exaltar e homenagear os chefes militares que exerceram a presidência da república com os olhos postos, somente, na grandeza e nos interesses da pátria. Que pautaram suas atitudes pelo comedimento e pelo decoro; que levaram uma vida austera, sem jactâncias ou demonstrações de arrogância; que não se entregaram a conchavos, buscando reeleger-se ou perpetuar-se no cargo; que não permitiram o culto a suas personalidades; que não vacilaram em adotar medidas duras e impopulares, em vez de ceder às práticas do assistencialismo e do populismo voltados para a manutenção de vantagens eleitorais; que selecionaram equipes administrativas com base no mérito, e não para atender interesses subalternos; que se portaram com altivez e independência, sem se preocupar em agradar grupelhos e corriolas ideológicas; que procuraram servir, e não servir-se do cargo para enriquecer ou enriquecer seus familiares; e que, ao término dos mandatos, saíram de cena com a serenidade própria de quem soube cumprir a missão.
Exaltar e homenagear, principalmente, os incontáveis brasileiros, militares e civis, heróis anônimos que travaram e venceram o “Combate nas Trevas” contra a luta armada desencadeada em nossas cidades e no campo por ensandecidos brasileiros cooptados por facções do comunismo internacional. A expressiva frase cunhada pelo General Walter Pires de Carvalho e Albuquerque, antigo Ministro do Exército, hoje gravada nas paredes de várias de nossas organizações militares, sintetiza a exaltação e a homenagem devidas a esses compatriotas: “Estaremos sempre solidários com aqueles que, na hora de agressão e da adversidade, cumpriram o duro dever de se opor a agitadores e terroristas, de armas na mão, para que a Nação não fosse levada à anarquia”.

Sim, estaremos sempre solidários, enquanto proclamarmos, com a força e o vigor possíveis, a “Grande Mentira” contida na afirmação de que a luta armada originou-se da opressão exercida pelos governos revolucionários, sobretudo a partir da edição do Ato Institucional Nr 5. Pois, como revela o corajoso e franco depoimento de ex-integrante de um grupo guerrilheiro (sublinhados acrescentados), Não compartilho a lenda de que no fim de 1960 e no início de 1970 nós(inclusive eu) fomos o braço armado de uma resistência democrática. Acho isso um mito surgido durante a campanha da anistia. Ao longo do processo de radicalização iniciado em 1961, o projeto das organizações de esquerda que defendiam a luta armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial.

Pretendia-se implantar uma ditadura revolucionária. Não existe um só documento dessas organizações em que elas se apresentem como instrumento da resistência democrática.*
Estaremos sempre solidários, enquanto lembrarmos que o sacrifício supremo feito por tantos brasileiros tombados na defesa da democracia e da legalidade não recebe ou recebeu as vultosas e obscenas indenizações pagas com dinheiro público aos que roubaram, assaltaram, sequestram e mataram.
Estaremos sempre solidários enquanto repudiarmos as tentativas de opor o “Exército de hoje, democrático e profissional”, ao “Exército de ontem, golpista e torturador”.

Estaremos sempre solidários, enquanto não permanecermos em acovardado silêncio diante da farsa de meliantes que, em vez de se envergonharem de seus crimes ganham redobrada ousadia e organizam-se para difamar e até levar às barras dos tribunais honrados militares que cumpriram o duro dever de combatê-los.

Estaremos sempre solidários, enquanto compreendermos que a democracia impõe a convivência harmoniosa e respeitável entre contrários, mas não exige a bajulação, a subserviência, as homenagens e as condecorações a antigos agitadores e terroristas que, de armas na mão, procuraram levar a Nação à anarquia e ao comunismo.

Comemorar o 31 de Março, finalmente, convida-nos a ouvir vozes de alerta!
Alerta, porque (para usar as palavras de respeitado Chefe militar) “No momento em que carece o país de exemplos de lealdade, de prática da verdade, de honestidade, de probidade e de seriedade; no momento em que ventos antidemocráticos sopram na América do Sul; no momento em que se reescreve e distorce a História, com vil visão marxista”, é preciso relembrar e meditar sobre os ideais de 1964.

Alerta, porque, apesar de todas as demonstrações de tolerância, respeito à ordem democrática e perdão aos criminosos de ontem, as Forças Armadas continuam marginalizadas e tratadas com descaso e mal disfarçada hostilidade. Alijadas das esferas decisórias da República, em nome da concórdia tudo têm aceito, até o inaceitável, como o pagamento de régias recompensas a traidores e desertores que se levantaram para implantar, em nosso país, ditadura de modelo castrista, maoísta e soviética, ditaduras que se mostraram de fato ser o fracasso da humanidade.
Alerta, porque, na revolução cultural gramcista, “Heróis não são mais os que morreram pela liberdade, mas os que mataram pela escravidão, e as homenagens

não são mais para os homens da lei, mas para os homens sem lei”. Alerta, porque enquanto o banditismo alimentado pelo tráfico de drogas aterroriza cidades, ceifa vidas e enluta milhares de famílias; o país integra foro de países que trata como aliada organização narco-guerrilheira de país vizinho, com claras e evidentes ramificações em nosso território.
Alerta, porque, tolerados e apoiados pelo Estado e pelo estrangeiro, grupos revolucionários atuam livremente em todo o país e com invulgar capacidade de
mobilização, invadem terras produtivas, destroem propriedades, incendeiam instalações e depredam preciosos laboratórios, na certeza de que estão acima e além da lei.

Alerta, porque a pretexto de defender etnias indígenas, organizações não-governamentais e entidades com sede no estrangeiro controlam, na prática, ponderáveis porções do território nacional; e, recentemente, conseguiram, até mesmo, proibir um oficial-general do Exército de acompanhar, em área sob sua jurisdição, visita de autoridade ministerial.

Alerta, porque a sociedade, anestesiada por décadas de intoxicante doutrinação, assiste, impassível, a omissão e a cumplicidade criarem, no país, clima de desapreço à verdade e à ética, de desrespeito à justiça, de desmoralização de instituições, de negociatas e escândalos.

Que “o Brasil de todos” (de todos os brasileiros de bem), o Brasil verde e amarelo azul e branco, o Brasil que soube dizer “Não!” à cor vermelha em 1964, ao ouvir essas vozes de alerta, possa responder como as sentinelas das velhas fortalezas portuguesas, que em suas rondas rompiam o silêncio da noite com o brado: “Alerta estou!”.
Como qualquer data histórica, comemorar a Revolução de 31 de Março de 1964 requer serena reflexão, para que possamos efetivamente entendê-la, avaliá-la, exaltá-la e dela retirar ensinamentos.

Comemorar o 31 de março nos dias atuais é de fato compreender a realidade de uma época. Felizmente dela o Brasil não saiu dividido, nem os brasileiros
tombados mortos em defesa da liberdade. Felizmente com o 31 de março de 1964 o Brasil não se deixou subjugar a ideologias exóticas que hoje estão registradas na história da humanidade nos quatro cantos do mundo.

A queda do Muro de Berlin, onde vieram a falecer dois de meus primos, um deles oficialmente, é uma evidência clara de que os militares acertaram, seguramente erraram muito. O legado da excessiva centralização em Brasília é um de seus piores legados. Mas este é o desafio que cabe aos políticos que hoje comandam os desígnios desta nossa nação, o de dignificarem o nome de nosso país, República Federativa do Brasil, onde o federativa ainda é, infelizmente, motivo de piada, ou distante de uma realidade desejada pelos brasileiros, assim observando um dos princípios mais importantes para se edificar uma nação e leva-la ao desenvolvimento e garantir a paz e a justiça: o princípio da subsidiariedade.
Atenciosamante,
Gerhard Erich Boehme

O TEMPORA, O MORES!

CARTUNISTA CROSS-DRESSER ACIONARÁ SECRETARIA DA JUSTIÇA CONTRA PIZZARIA QUE O BARROU NO BANHEIRO FEMININO
Laerte Coutinho em evento no Bradesco Prime de Cultura em SP

Cross-dresser assumido há dois anos, o cartunista paulistano Laerte, de 60 anos, passou por uma saia justa – sem trocadilhos – ao utilizar o banheiro feminino de uma pizzaria na zona oeste de São Paulo. Uma cliente que estava no local fez uma queixa ao dono do estabelecimento, que então pediu ao desenhista para usar o banheiro masculino. Indignado, Laerte deixou o lugar. Mais tarde, avisado de que o ato poderia ser lido como discriminação por orientação sexual, segundo o texto da lei estadual 10.948, o cartunista acionou a Secretaria de Estado da Justiça.

O objetivo de Laerte é garantir o direito de usar o banheiro feminino a travestis e cross-dressers como ele. "Minha meta é conseguir o entendimento sobre o direito que foi ferido e o compromisso de uma atitude positiva em relação a ele -- nada de processos, indenizações ou de portas lacradas", diz.
O cartunista, que se veste de mulher, adota por vezes o gênero feminino. No Twitter, por exemplo: na última quarta-feira, comentou o episódio fazendo uso do gênero feminino. "Na pizzaria Real, no Sumaré, sou instada a não usar mais o banheiro feminino, a pedidos de uma freguesa. Não volto mais lá."

Mediante ação da Secretaria da Justiça, a pizzaria pode receber uma advertência ou uma penalidade, que varia de uma multa à cassação da licença para operar. Procurado, o sócio do estabelecimento, Renato Cunha, se mostrou confuso com a repercussão do caso. "Eu me senti na obrigação de conversar com o Laerte, porque a cliente pediu muito, mas, no meu ponto de vista, ele não fez nada de errado ao usar o banheiro feminino. Ele me explicou que era cross-dresser, travesti, não sei, eu não entendo muito dessas coisas."
29 de janeiro de 2012
Do site da revista Veja
aluizio amorim

MIUDEZAS DO SANATÓRIO

CARDÁPIO CUBANO

Semana que vem, a primeira-presidenta vai almoçar com Fidel Castro, em Havana. No cardápio só coisas ligadas à saúde: dietas compulsórias, como a que o povo cubano está acostumado a fazer - note que não há cubanos gordos, a não ser os que estão no governo; regulamentação profissional dos médicos formados em Cocodrillo Verde com direito as atuação no Brasil; olhares republicanos para o que acontece no mundo... Falarão e comerão de tudo um pouco, menos do regime castrista. Dilma e Fidel Castro são apenas bons amigos. Ah, sim... Fidel já foi obeso.

LÁ E CÁ

No Brasil, país de mais de 190 milhões de habitantes, há 14 mil juízes - entre estaduais, trabalhistas, federais, militares; na Alemanha - república presidencial-parlamentarista com 82 milhões de pessoas, há 120 mil juízes. Claro, o salário deles lá, não chega aos pés dos doutos julgadores daqui.

PRATO FRIO

O PT de Luiz Erário Lula da Silva sabe que precisa do apoio de Marta para viabilizar a campanha de Fernando Ha Ha Haddad à prefeitura de São Paulo. Marta que foi escanteada por Lula e ignorada por Dilma para qualquer ministério, come agora o prato frio da vingança: só vai a palanques de Ha Ha Haddad se continuar vice-presidenta do Senado, em flagrante desrespeito ao acordo submerso do PT fazer rodízio no cargo.

GANSO PORTUGUÊS

Diante da proposta do futebol português ao Santos F.C. o jogador Paulo Henrique Ganso já se revela um bom lusitano: "Estou disposto a jogar na Europa". Pô, a proposta é para jogar em Portugal, cara. Europa é Europa.

O PREÇO

No Brasil Dilma da Silva só grandes e absurdos salários fazem governantes, magistrados, parlamentares, ministros e policiais sérios. A honestidade virou só uma questão de preço.

AGORA AGUENTA

Jader Barbalho se submeteu a uma cirurgia na próstata. Ele já não aguentava mais o ostracismo. Com a próstata em dia, ele já marcou seu reingresso triunfal para o dia 6 de fevereiro. Vem prontinho para o trabalho. De volta ao Congresso, agora sim ele tem aquilo que aguenta.

29 de janeiro de 2012
sanatório da notícia

O DIABO É QUE ELEIÇÃO NÃO ACABA COM UM PRESIDENTE

Sinceridade? Pois o Sanatório da Notícia não gosta de Dilma como presidenta, como não gostava de Lula e também não ia com o nhenhenhem do FHC. Quem sabe até alguém tenha gostado de Zé Sarney, de Fernandinho Beira-Collor e um pouco mais até de Itamar Franco, o Pai do Real... Gosto não se discute. Cada um pede o que gosta. Um pede arroz, outro pede bosta.

O diabo é que um república tem que ter presidente. E a gente que se arrebente.Vem um atrás do outro; o outro pior que o um. Ou você já esqueceu que Collor saiu pela porta dos fundos do Palácio por causa do escândalo que os metalúrgicos de tocaia fizeram por uma camioneta Fiat Elba? Os que vieram depois pegaram mais leve, tá bom assim, foram grandes consultores, ou bebiam e dirigiam?!?

Então, nesse vai da valsa, lá se foram festivamente desperdiçados quase 50 anos de democracia. Tudo em forma de palanque de pau a pique ou eletrônico, discursos de improviso por escrito, promessas e pedras fundamentais, carga pesada de impostos, gandaia da máquina pública e migalhas de serviços essenciais.

Outro diabo é que nunca dá, nem dará, para acabar com um presidente desses à base de eleição em cima de eleição. Seja lá quem foi, seja, ou será o presidente.

Não dá para acabar com o presidente porque nesse país o voto não é direito é obrigação, é compulsório e o eleitor é levado a fazer dele uma arma e atirar no próprio pé ao escolher entre o ruim e o pior.

O presidente da democracia brasileira não é gente como a gente. É uma entidade, um ser sobrenatural, o resumo de tudo de ruim e de todos os piores que o levam a subir a rampa e enfaixar-se.

O presidente do Brasil é um sistema com cabeça, tronco e membros. É um esquema bípede e tem dois braços; dois olhos para não ver; duas orelhas, uma para vaias e outra para aplausos; e uma boca para falar o que lhe der na cabeça.

Já houve um caso sério em que o presidente do Brasil tinha tentáculos. Hoje é fashion, veste Prada, usa salto alto e bolsa Kelly família embaixo de um dos braços. No outro, um espanador ao invés de vassoura para varrer o entulho que abunda na Esplanada dos Ministérios. E como há.
29/01/2012