"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 13 de março de 2013

CRÍTICO DA CORRUPÇÃO, PAPA FRANCISCO TERÁ DE ENFRENTAR OS MARGINAIS DO VATICANO

 


Barril de pólvora – Pontifício Conselho para o Diálogo Interreligioso, o cardeal protodiácono francês Jean-Louis Pierre Tauran anunciou às 16h10 de Brasília (20h10 de Roma) o nome do sucessor de Joseph Ratzinger no comando da Igreja Católica. O eleito pelos 115 cardeais que participaram do conclave é o argentino Jorge Mario Bergoglio.
 
Primeiro latino-americano e primeiro integrante da Companhia de Jesus a chegar ao posto máximo da Igreja Católica, Bergoglio, que adotou o nome de papa Francisco, terá pela frente um sem fim de problemas para solucionar na Santa Sé, começando pelos crimes cometidos no Banco do Vaticano, instituição financeira que é conhecida mundialmente como centro de branqueamento de capitais, um dos motivos que levou Ratzinger à renúncia.
 
Jorge Mario Bergoglio, que recentemente entrou em rota de colisão com a presidente Cristina Kirchner por discordar da decisão do governo argentino de aprovar a união entre pessoas do mesmo sexo, é um crítico ácido da atual realidade que domina sua terra natal. Em recente entrevista, o agora papa Francisco disse que “os argentinos se acostumaram a conviver com os efeitos demoníacos do domínio do dinheiro, das drogas, da corrupção e do tráfico de pessoas e crianças”.
 
Escolhido por seus pares no Colégio Cardinalício para comandar a Igreja Católica, Bergoglio não é um inocente que desconhece a verdade e muito menos pode ignorar os muitos escândalos que se escondem nos intramuros da Praça São Pedro. O novo papa deve se preocupar com própria segurança, pois a manutenção de suas ideias acerca da corrupção e uma eventual tentativa de promover uma faxina no Vaticano exigirão cuidados redobrados.
 
Arcebispo emérito de Brasília, o cardeal João Braz de Avis não errou ao cobrar de Tarciso Bertone maior transparência em relação aos recentes escândalos que culminaram com o Vatileaks e a renúncia de Ratzinger, que prometeu entregar um dossiê aos cardeais.
 
Não se deve esquecer que Bento XVI, antes de renunciar, nomeou um integrante da Ordem de Malta, o advogado alemão Ernst Von Freyberg, para presidir o Banco do Vaticano.
Qualquer mudança radical na instituição colocará o papa Francisco em situação de risco. E não foi por acaso que Albino Luciani, o papa João Paulo I foi assassinado e protagonizou o mais curto pontificado da história da Igreja Católica (33 dias).
  
E não foi por acaso que Albino Luciani, o papa João Paulo I, foi assassinado pouco mais de um mês depois de assumir o timão da Igreja Católica. O grande trunfo de Bergoglio será manter o cardeal Odilo Scherer como fiscal das operações financeiras do Banco do Vaticano.

13 de março de 2013
ucho.info

FOLHA DIZ QUE NOVO PAPA COMBATEU FMI E É ACUSADO DE AJUDAR DITADURA

 


O cardeal argentino Jorge Mario Bergoglio, agora Papa Francisco, passa por vários questionamentos em seu país por frases polêmicas em relação a temas políticos e é acusado de envolvimento com a última ditadura militar (1976-1983).

Quando era arcebispo de Buenos Aires, em 2002, o novo pontífice disse que os argentinos deveriam parar de “rezar” para o FMI (Fundo Monetário Internacional) porque isso não ajuda o país a se recuperar de sua maior crise da história.

Na época, ele considerou que o pedido de ajuda não resolveria os problemas do país, que na época tentava um acordo com o fundo, que não chegou. “Não vamos a lugar nenhum [com a ajuda externa], simplesmente nos endividaríamos ainda mais”, disse.

Dias antes, ele havia dito, na cerimônia da Revolução de Maio, Bergoglio disse que a Argentina estava “à beira da dissolução nacional”. Na ocasião, ele não se importou com a presença do então presidente Eduardo Duhalde e afirmou que a classe política deveria ser um pouco menos “egoísta”.

DITADURA

Em 2005, o jornalista Horacio Verbitsky acusou o então arcebispo de ter contribuído para a detenção, em 1976, pelas Forças Armadas, de dois sacerdotes que trabalhavam sob seu comando na Companhia de Jesus, Francisco Jalics e Orlando Yorio. A história foi registrada no livro “El Silencio”.

A acusação não é inédita. Rumores sobre uma suposta colaboração de Bergoglio com a ditadura já haviam sido ventilados na Argentina por críticos do perfil conservador do cardeal. É a primeira vez, no entanto, que se publicava um registro oficial da atuação de Bergoglio no episódio.

Verbitsky obteve nos arquivos do Ministério das Relações Exteriores e Culto da Argentina um documento de 1979 em que o então diretor de Culto Católico do órgão, Anselmo Orcoyen, afirma ter sido informado por Bergoglio das “suspeitas de contato com guerrilheiros” e dos “conflitos de obediência” envolvendo o sacerdote de origem húngara Jalics.

Bergoglio teria feito esses comentários oralmente ao entregar por escrito um pedido para renovação do passaporte argentino de Jalics, que, assim como Yorio, foi libertado em 1976. O pedido de renovação do passaporte foi negado com base nos antecedentes do religioso informados verbalmente. Verbitsky narrou esses fatos num capítulo do livro chamado de “As Duas Faces do Cardeal”.

Bergoglio aceitou falar com o escritor durante a preparação do livro. O cardeal negou que tenha colaborado com a ditadura e disse que, ao contrário, agira para tentar salvar os sacerdotes enquanto estavam presos na Esma, a Escola de Mecânica da Armada, local de extermínio do regime militar.

13 de março de 2013
(Folha de S. Paulo)

NOTA AO PÉ DO TEXTO

(...)
E o palhaço é Horacio Verbitsky, hoje um kirchnerista fanático. Na década de 70, ele foi terrorista do grupo Montoneros. Seu nome aparece ligado ao sequestro que rendeu o maior resgate da história: o dos irmãos Born (Jorge e Juan). Verbitsky, que admite candidamente que pegou em armas, teria ajudado a desviar os US$ 60 milhões para Cuba.
Hoje, este senhor é um assessor informal de Cristina Kirchner. Na verdade, é, assim, um seu Rasputin. Só que, em vez de soprar verdades do além os ouvidos da monarca, cochicha-lhe delírios ideológicos.
Ele contribui para fazer desta senhora uma candidata a nova líder da esquerda latino-americana, o que é piada. FOI DA ARGENTINA QUE PARTIU A CAMPANHA DE DIFAMAÇÃO CONTRA O NOVO PAPA.
Os kirchneristas são ainda mais organizados e violentos na rede do que os petistas. Há até um livro sobre a atuação dessa tropa de choque. Chama-se “Aguanten los K”, do jornalista Carlos M. Reymund Roberts. Já escrevi a respeito aqui.
Os “K” na Argentina são os equivalentes dos petralhas no Brasil.

(...)

REINALDO AZEVEDO (EXCERTO DE ARTIGO, ARQ. 15.03.2013)

*** *** ***

(...)
Vimos a imprensa brasileira espalhar, por exemplo, a calúnia asquerosa do jornalista Horácio Verbitsky, um palhaço do kirchnerismo, contra o papa Francisco. Ele não tem nenhuma evidência, prova ou indício de que o agora Sumo Pontífice colaborou com a repressão.
Há não mais do que a impressão e o achismo de um jesuíta então preso. Ao contrário: o que está devidamente evidenciado é que o Jorge Bergoglio atuou para tentar libertar alguns encarcerados. E isso ensejava contatos com a cúpula militar — o mesmo aconteceu no Brasil.
Muito bem! A esmagadora maioria dos veículos que tratou do assunto omitiu o fato — NOTEM: É FATO, NÃO BOATO — de que Verbitsky foi um terrorista montonero. Um pouco de honestidade intelectual lhe resta: admite o fato — até porque não teria como negá-lo. Foi apresentado como “próximo” da Cristina Kirchner, a Louca da Casa Rosada.
Errado! É um propagandista do governo, do regime. Mais do que isso: é um assessor informal da presidente que persegue abertamente a imprensa.
(...)

REINALDO AZEVEDO (EXCERTO DE ARTIGO, ARQ. 15.03.2013)

 

ESTADÃO DIZ QUE NOVO PAPA É CONSERVADOR, MAS INIMIGO DO NEOLIBERALISMO

 




Low profile, calado, sóbrio e frugal são alguns dos adjetivos usados por seus mais fiéis colaboradores. Seus inimigos, no entanto, preferem defini-lo como calculista, frio, traiçoeiro e autoritário. Mas, para a maioria dos argentinos, o cardeal Jorge Mario Bergoglio é simplesmente um mistério. Nos últimos dias, no entanto, ele saiu de seu semi-anonimato para virar um dos homens mais comentados do país.

A escolha do hermético Bergoglio, que se tornou o primeiro latino-americano a ocupar o trono de São Pedro, também quebra a restrição – implícita – de que um jesuíta nunca seria transformado em papa. Desde que foi criada, há quase cinco séculos, a outrora poderosa Companhia de Jesus jamais havia conseguido que um representante chegasse a líder da Igreja Católica, principalmente pela oposição de outras congregações que temiam seu crescimento.

Homem afável, mas de poucas palavras e de nenhum contato com a imprensa (desde que foi nomeado cardeal, em 2001, deu só uma entrevista ao jornal La Nación), o primaz faz questão de manter um profundo silêncio sobre sua vida. Aqueles que o conhecem bem sustentam que só mostra intensa paixão quando fala de Fiodor Dostoievski, seu escritor preferido.

O salto internacional de Bergoglio ocorreu em 2001, quando ocupou o posto de relator-geral do Sínodo dos Bispos em Roma. Bergoglio é idolatrado pelo clero jovem e, até poucos anos atrás, só se deslocava pela cidade em metrô ou ônibus. Seus admiradores afirmam que o fazia “para estar perto do povo”. Os críticos sustentam que era “puro populismo”.

Os parlamentares da esquerda, que se confrontaram com frequência com Bergoglio por questões como a legalização do aborto, o definem como “o pior dos inimigos, porque é um inimigo muito inteligente”. No entanto, o cardeal também os desconcerta ao realizar furiosos ataques contra o neoliberalismo.

O sociólogo e especialista em catolicismo Fortunato Mallimacci considera que o papado de Bergoglio não deve ser “muito diferente do de João Paulo II”. Segundo ele, “do ponto de vista doutrinário, frustraria as aspirações de muitos católicos que estão esperando uma ampla abertura”.

13 de março de 2013
Folha de S. Paulo
 

NOTAS POLÍTICAS DO JORNALISTA JORGE SERRÃO

Lula e Dirceu apoiam ideia de blindar Rosemary com candidatura a deputada federal pelo PT em 2014

 
Mesmo indiciada no inquérito da Operação Porto Seguro por corrupção passiva, falsidade ideológica, tráfico de influência e formação de quadrilha, Rosemary Nóvoa Noronha já se apresentou à cúpula do PT como pretendente a disputar o cargo de deputada federal por São Paulo, na eleição de 2014. A candidatura de Rose já conta com o apoio irrestrito de seu melhor amigo e padrinho Luiz Inácio Lula da Silva. José Dirceu também aposta na velha amiga Rose. Agora só vai faltar Lula escalar Marisa Letícia como principal cabo eleitoral da ex-chefe do escritório paulista da Presidência da República.
Lula resolveu apoiar o plano de Rosemary porque considera que ela seja vítima de “uma campanha sórdida que visa a atingi-lo com mentiras, inclusive de que tenha algum relacionamento íntimo com ela”. O grupo de Lula avalia que Rose tem chances de se eleger. Também aposta que o inquérito da Porto Seguro vai dar em nada. Ou, na melhor hipótese, não atingirá Lula. Virando deputada, Rose ganha direito a foro privilegiado – o que vai prolongar o caso longamente.
Amiga pessoal do ex-Presidente Lula da Silva, Rose foi indiciada por coordenar um mega esquema de corrupção e troca de favores para beneficiar empresas que faziam negócios com o Governo Federal. A avaliação geral é que Rose não tinha competência para comandar, sozinha, um esquema tão complexo. Logo, Rose tinha um chefão por trás dela. Quem era? A Justiça parece não ter a menor vontade de descobrir, revelar e punir...
Na operação abafa montada para evitar uma associação direta entre Rose e Lula, a Justiça não vai considerar as 122 gravações de conversas telefônicas entre o ex-presidente e Rosemary. Nos papos captados pela Polícia Federal, mas que não entrarão no inquérito que deve virar processo sabe-se lá quando, Lula chamava a amiga de “Rose” ou “Rosa”. Ela o tratava pelo amoroso apelido de “Tio”. Nas conversas, Rose passava ao amigo informações sobre quem deveria receber em audiência e para quem deveria mandar documentos. Todo este material sigiloso - conforme era bem previsível - acabou varrido do mapa pelas conveniências em favor da politicagem petralha.
Rose candidata será mais uma prova de que a Lei da Ficha Limpa só funciona para quem não detém o poder da impunidade. Um sinal evidente de que a Operação Porto Seguro, na Justiça, segue a passo de cágado, é a tranquilidade de um dos mais famosos réus. O ex-senador Gilberto Miranda voltou a praticar suas aulas diárias de tênis, todas as manhãs, no seleto Clube Harmonia, em São Paulo, apostando que o escândalo dará em nada – como tantos outros.
Gente inocente
Pedindo para sair
Ratos de esgoto da politicagem tupiniquim fofocavam ontem o informe de que o ministro Guido Mantega prepara sua saída do governo Dilma.
Mantega alegaria “questões de saúde” para deixar o ministério da Fazenda.
Mas só jogaria a toalha apenas no momento em que o risco de volta da inflação alta estiver eliminado e as coisas estiveram menos tensas na economia.
Encruzilhada
Pesquisas fresquinhas indicam que a Presidenta Dilma Rousseff está em uma encruzilhada política em sua reeleição.
Não pode se afastar de Lula, porque perde popularidade.
Mas não deve correr o risco de concordar inteiramente com ele em assuntos polêmicos que afetam mais a classe média alta e os (de)formadores de opinião.
Mensalão da Mídia
O Palácio do Planalto vai abrir a torneirinha da publicidade oficial e das empresas que o governo controla.
A contrapartida para os jornais, revistas, rádios, e televisões beneficiados é abrir mais espaço para Dilma.
Ao mesmo tempo em que dá uma providencial fechadinha nas brechas abertas para Aécio Neves fazer “oposição”.
Viajando...
Guerra às lavanderias
A Federação Brasileira de Bancos se recusa a comentar a acusação feita ontem pelo presidente do Conselho Nacional de Justiça e do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, de que “os bancos são lenientes no controle de operações financeiras suspeitas”:
É preciso que todos aqueles que violam essas leis saibam que não poderão considerar a criminalidade uma atividade lucrativa e tampouco entender que suas ações possam ganhar a aparência de legitimidade em razão da eventual omissão do poder público”.
Barbosa odiou o balanço de que dos processos julgados em 2012, apenas 29 réus foram condenados, número 83% menor do que os 175 condenados em 2011.
Explique-se a impunidade
Em 2012, a Justiça Estadual recebeu 347 denúncias do Ministério Público contra crimes de lavagem de dinheiro, enquanto ano anterior foram 381.
 
Também em 2012, 210 apurações sobre lavagem de dinheiro foram arquivadas, enquanto 190 tiveram o mesmo destino em 2011.
 
Joaquim Barbosa quer saber o motivo por que tantas investigações acabam dando em nada...
 
Elisabeth, o esquadro e o compasso
Quem não acredita que a Maçonaria dá proteção à Raínha da Inglaterra deve observar com atenção a fotografia dela saindo de um hospital, em Londres.
No cinturão da enfermeira tem uma fivela com o famoso esquadro e compasso – símbolos da Ordem Maçônica.
É sempre um representante da família real britânica quem ocupa o cargo de Grão-Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra...
Repercussão internacional
Ecoa pelo mundo da internet o artigo dominical deste Alerta Total com uma versão sobre a farsa montada no velório de Hugo Chávez.
Nos meios de inteligência norte-americanos, se confirma a informação de que um boneco de cera substituiu o corpo do comandante bolivariano – vítima da avançada medicina cubana no tratamento de um câncer.
 
Filho da...
 
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus
 
13 de março de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
alerta total

ALGUNS APONTAMENTOS SOBRE A MORTE DE HUGO CHÁVEZ

    
          Internacional - América Latina 
Podemos ver o resultado da política de Chávez na própria Venezuela. O país é uma sombra de si mesmo. A economia foi arruinada pelo socialismo, a liberdade de expressão foi atenuada e a corrupção avançou por todos os lados.

O presidente venezuelano Hugo Chávez morreu na última quinta-feira após perder uma batalha contra o câncer. Ele era um famoso e amado crítico do capitalismo. Mas ele não era um crítico qualquer. Nas palavras do próprio: “Eu sempre disse [...] que não seria estranho se tivesse havido uma civilização em Marte, e que talvez o capitalismo tenha chegado lá [...] e posto fim ao planeta”. Segundo esse alerta feito durante um discurso em março de 2011, devemos ser cuidadosos. “Aqui no planeta Terra, onde algumas centenas de anos atrás havia grandes florestas, agora só temos desertos”. Em outras palavras, a Terra está ficando como Marte e a culpa é do capitalismo de novo.
 
Evidentemente seria estranho se soubéssemos que Marte teve uma civilização. E tem de ser um tipo bem peculiar de pessoa para sugerir, sem qualquer tipo de evidência, que Marte foi convertido em um deserto inabitável por culpa do capitalismo. Mas aí está um fenômeno do nosso tempo.
Eis a confissão de um homem que era irracionalmente obsesso pelo anti-capitalismo. Falar de Marte e marcianos nesse contexto é uma daquelas digressões pelas quais podemos vislumbrar a intensidade do ódio de um homem por algo que ele provavelmente nunca entendeu.
 
Em 2009, durante um discurso na Conferência de Copenhague sobre as mudanças climáticas, Chávez explicou seu posicionamento:
“Há um grupo de países que se consideram superior a nós do sul, do terceiro mundo, nós dos países subdesenvolvidos [...] os países devastados, como se um trem tivesse passado por cima de nós na história”. Segundo Chávez, “poderia dizer [...] parafraseando Karl Marx, o grande Karl Marx, que um fantasma está assombrando as ruas de Copenhague, e penso que esse fantasma que rodeia silenciosamente esta sala e as demais [...] é o capitalismo”.
 
A filosofia de Chávez é compartilhada por milhões ao redor do mundo. “Os ricos estão destruindo o planeta”, ele disse. “Será que eles pensam que podem ir para outro quando destruírem este?”. Mas os capitalistas não imaginam tal coisa. Não há ameaça imediata ao planeta.
Há, porém, uma ameaça ao próprio capitalismo. Como o próprio Chávez afirmou, “O socialismo, o outro fantasma de que Karl Marx falou, que também está rodeando aqui, é na verdade um tipo de contra-fantasma. O socialismo [...] é o caminho para salvar o planeta [...] o capitalismo é a estrada para o inferno, para a destruição do mundo”. Alguns parágrafos depois Chávez ofereceu uma declaração de guerra ao capitalismo quando disse: “A História nos chama para nos unirmos e lutarmos. Se o capitalismo resiste, somos obrigados a nos dedicar a uma batalha contra o capitalismo para abrirmos o caminho para a salvação da espécie humana”.
 
É deveras lamentável que um homem adorado como se fosse um salvador, cuja morte foi sentida por milhões de pessoas, tenha sido tão desinformado. Décadas atrás, foi Friedrich Hayek que escreveu acerca da ignorância econômica dos intelectuais e políticos.
Eles não poderiam entender como o capitalismo floresceu “as multidões existentes de seres humanos...”
 
Segundo Hayek, os sentimentos de alguém como Chávez servem apenas para “frustrar o desenvolvimento da mais efetiva organização de produção e desencorajar as falsas esperanças do socialismo”. E, de fato, podemos ver o resultado da política de Chávez na própria Venezuela.
O país é uma sombra de si mesmo. A economia foi arruinada pelo socialismo, a liberdade de expressão foi atenuada e a corrupção avançou por todos os lados. Sim, uma corrupção muito mais insidiosa do que qualquer coisa produzida pelo capitalismo.
 
“A ignorância da função do comércio”, disse Hayek, “que levou inicialmente ao medo, e na Idade Média ao controle governamental sem qualquer informação, e que só numa época relativamente recente cedeu graça a uma melhor compreensão, revive agora sob urna nova forma pseudocientífica”.
Pode ser dito, de bom grado, que Chávez foi um representante dessa “forma”. Ele foi, portanto, um oponente da liberdade, um construtor de uma ditadura e um ignorante econômico. Mesmo porque, quando o Estado intervém no mercado a crise econômica resultante não é a culpa do capitalismo.
 
O capitalismo real é um desenvolvimento orgânico. É algo que o estado invariavelmente atrapalha. Aqueles que administram privadamente o dinheiro não são uma ameaça à sociedade. Segundo Hayek, “A história da administração governamental do dinheiro foi, com algumas pequenas exceções que duraram curtos períodos, uma história de fraudes incessantes e enganações.
A esse respeito, os governos se provaram muito mais imorais do que qualquer agência privada...” E isso é verdade mesmo se considerarmos a sorte dos pobres ou a gestão do ambiente. Chávez se via como um salvador. Na verdade, ele foi um destruidor de oportunidades.
E assim observamos a morte de Hugo Chávez. Ele foi um homem que trouxe desgraça para o seu país. Se tivesse vivido mais, ele teria visto o erro das suas escolhas. “O desdém do lucro”, disse Hayek, “deve-se à ignorância...” É uma coisa triste alguém morrer antes da sua hora, e mais triste ainda é morrer na ignorância.

13 de março de 2013
Jeffrey Nyquist
Publicado no Financial Sense.

PT DEBOCHA DO POVO BRASILEIRO




Dois dos quatro deputados pelo STF (Supremo Tribunal Federal) no julgamento do mensalão, João Paulo Cunha (PT-SP) e José Genoino (PT-SP), são dois dos novos membros da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara), considerada a mais importante comissão da Casa. Por ela são analisados os aspectos constitucionais, legais jurídicos e regimentais das propostas em tramitação na Câmara. A CCJ tem mais de 60 membros titulares.

Genoino foi condenado a
6 anos e 11 meses de prisão em regime semiaberto por corrupção ativa e formação de quadrilha. João Paulo Cunha deverá cumprir 9 anos e 4 meses de prisão em regime fechado por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva.

O presidente da CCJ foi eleito ontem e também é do PT: deputado Décio Lima (SC). Ele dirigirá a comissão no biênio 2013-2015.

O deputado Paulo Maluf (PP-SP) também é um dos novos integrantes da comissão (clique
aqui para ver a lista completa dos integrantes). Maluf foi acusado de ter enviado ilegalmente para contas nos Estados Unidos recursos que teriam sido desviados de obras públicas no Brasil --como a construção da avenida Jornalista Roberto Marinho (zona sul). Ele está na lista de procurados pela Interpol (polícia internacional com 190 países-membros)

A principal atribuição da CCJ, segundo o regimento interno da Câmara, é analisar "aspectos constitucional, legal, jurídico, regimental e de técnica legislativa de projetos, emendas ou substitutivos sujeitos à apreciação da Câmara ou de suas comissões". Também é função da CCJ versar sobre " assunto de natureza jurídica ou constitucional que lhe seja submetido, em consulta, pelo Presidente da Câmara, pelo Plenário ou por outra Comissão, ou em razão de recurso previsto neste regimento".

 
13 de março de 2013
graça no país das maravilhas

O NOVO PAPA, A CRISE DE VALORES MORAIS E ÉTICOS E AS OPORTUNIDADES PARA A SALVAÇÃO DA CIVILIZAÇÃO OCIDENTAL



Este vídeo mostra o então arcebispo de Buenos Aires, agora Papa, D. Jorge Mário Bergoglio, proferindo um sermão durante missa de final de ano, quando endereçou duras críticas aos políticos. Referiu-se, nesse evento, ao futuro das crianças.
 
O que se sabe é que D. Bergoglio foi crítico dos governo dos Kirchner, conforme assinala matéria postada nesta tarde pelo jornal argentino Clarin.
 
Em geral, pelo que se nota, o novo Papa não está ligado à chamada "teologia da libertação", marcada pela aplicação de conceitos marxistas em discursos, análises sociais e ações de prelados latino-americanos.
 
Embora não seja religioso sempre reconheci e reconheço o impacto do cristianismo e do judaísmo na formação dos valores que tipificam a a civilização ocidental. Aliás, de forma recorrente em vários textos aqui no blog já me referi a este fato. Nunca hesitarei, portanto, em defender cristãos e judeus da solerte perseguição que vêm sofrendo mundo afora, sobretudo neste século XXI.
 
A Igreja Católica é, sem qualquer dúvida, a organização mais antiga e sólida que o mundo conhece até os dias de hoje. Não fosse isso a grande mídia em todos os cantos da Terra não estaria dando esse fantástico destaque, noticiando e comentando à farta todo o processo de eleição do novo Papa.
 
Não sou versado em matéria de religião mas não posso, como jornalista, ficar alheio aos acontecimentos do Vaticano.
 
Os fatos me levam a intuir que o novo Papa não costuma comer cru. É público e notório que, quando prelado maior em Buenos Aires, teve um relacionamento tenso com os governos dos Kirchner. Isso, por si só, indica que o novo Papa não seria um militante da nefasta "teologia da libertação", já que esta costuma abençoar todas as tiranias esquerdistas ou anti-católicas.
 
Combinando-se a sua elevação ao Papado aos recentes acontecimentos políticos latino-americanos, dentre eles a morte do caudilho Hugo Chávez e o inelutável enfraquecimento do chavismo, bem como o crescimento da oposição argentina manifestado nas recentes marchas contra Cristina Kirchner e o impeachment do ex-bispo comunista Fernando Lugo no Paraguai; a derrota do esquerdista López Obrador no México e a moderação de Olanta Humala no Peru, pode-se inferir que a farra bolivariana vem perdendo seu ímpeto.
 
Evidentemente que são conjeturas superficiais que faço no calor desses acontecimentos.
O que sobressai dessa eleição do novo Papa, todavia, pode ser o primeiro sinal a clarear o horizonte da civilização ocidental, obscurecido pela dominância do pensamento politicamente que tem elevado à virtude as maiores iniquidades.
 
Oxalá não passe de um sonho o que declinei nesta modesta análise. Entretanto, esse conjunto de eventos estão interconectados e têm implicação de ordem política. O tempo dirá.
 
13 de março de 2013
in aluizio amorim

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE






13 de março de 2013

PSDB DESMASCARA A PETROBRAS DO PT


Os tucanos acabam de botar no ar uma radiografia da escandalosa Petrobras do PT.
Clique aqui para conhecer o lado escondido da estatal. Cuidado, você vai descobrir que está sendo roubado.
 
13 de março de 2013
in coroneLeaks

SEGUNDO DILMA, A MISÉRIA ACABOU NO BRASIL QUE AINDA COME RATO RABUDO PARA NÃO MORRER DE FOME


Esta notícia aqui, que deveria ter sido manchete em todo mundo e que só mesmo uma Imprensa dominada pelo medo de perder fontes e pela pauta ditada pelas grandes assessorias que servem o Planalto, poderia deixar de destacar, é a prova irrefutável de que o PT sabe, sim, onde estão os miseráveis. Não vai lá porque não quer.
Enquanto a propaganda da Dilma diz que o fim da miséria é só o começo, brasileiros desesperados comem o rato rabudo. O rato que rói a roupa da rainha da mentira. Abaixo, editoral da Folha intitulado "Dieta sem miséria".
 
A luta contra a pobreza extrema é uma bandeira que não se abandona com facilidade. Pode-se mesmo dizer que ela se tornou suprapartidária, embora identificada de imediato com o PT: todos se sentem moralmente impedidos, hoje em dia, de criticar políticas assistenciais voltadas para a parcela miserável da população.

Soa atraente, nesse contexto, o slogan "O fim da miséria é apenas um começo", lançado recentemente pela presidente Dilma Rousseff. Como peça publicitária, sobretudo em face de sua mais que provável candidatura à reeleição, a frase tem seus méritos. Como descrição da realidade, porém, esbarra no truque propagandístico e presta um desserviço ao país.

A campanha do governo federal afirma que, em dois anos, 22 milhões de brasileiros galgaram a linha da miséria. Segundo a publicidade oficial, todos os beneficiários do Bolsa Família deixaram a pobreza extrema.Restaria, agora, identificar alguns milhares de miseráveis não cadastrados para erradicar essa chaga social. Oculto nas entrelinhas da planilha governista está o fato de que o critério de miséria adotado pelo Brasil em 2011 -R$ 70 de renda mensal familiar per capita- é ultrapassado e insuficiente.

Ultrapassado porque, há pelo menos duas décadas, especialistas têm afirmado que a dimensão monetária não pode ser a única variável no cálculo da pobreza. Equações mais modernas computam diversos outros indicadores, como saúde, educação, saneamento básico e moradia. Insuficiente porque, como demonstrou reportagem desta Folha, R$ 70 não bastam nem para comprar os alimentos mais baratos da dieta mínima recomendada pelo próprio governo.

As porções recomendadas pelo Ministério da Saúde não saem por menos de R$ 103 mensais (a desoneração da cesta básica pouco mudará aí, pois parte do itens já estava livre de impostos). Para alcançar tal preço -quase 50% acima da linha de miséria oficial-, seria preciso ingerir, todos os dias, os mesmos itens. Uma alimentação balanceada custaria ainda mais.

Mesmo que não exista consenso sobre a melhor forma de medir a pobreza, há pouca divergência quanto à importância de qualquer métrica levar em conta, no mínimo, a capacidade de garantir o consumo alimentar básico. A conclusão é inescapável: o valor estabelecido pelo governo Dilma é baixo e precisa ser atualizado. Presta-se antes ao ilusionismo que ao efetivo combate à indigência. Decretar que deixou de ser miserável um grupo que mal pode alimentar-se é apenas uma forma de mantê-lo exatamente como está.
 
12 de março de 2013
in coroneLeaks

KÁTIA ABREU DETONA PAULINHO DA FORÇA SINDICAL


Na reunião de hoje da Comissão que discute a MP dos Portos, Paulinho da Força Sindical, pelego dos grandes empresários, donos dos portos no Brasil, atacou a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), que defende os portos privados funcionando em regime diferente dos portos públicos.
Paulinho da Força abre seu pronunciamento atacando a Fiesp e à senadora. Kátia Abreu contesta e exige respeito aos convidados. Vale a pena ouvir a resposta da senadora, nos últimos 3 minutos finais, ao sindicalismo podre e corrupto que ainda domina certos setores do país.
 
13 de março de 2013
in coroneLeaks

E QUEM DECOLOU FOI O MÉXICO...

 

mex16

Lula, chegando ao poder pela primeira vez em 2002 depois de dois mandatos de Fernando Henrique Cardoso à frente do governo do PSDB, e Enrique Peña Nieto, levando este ano o Partido Revolucionário Institucional (PRI) de volta ao poder após dois governos do Partido da Ação Nacional (PAN), de centro direita, tiveram ambos uma oportunidade única na história política do Brasil e do México: os dois puderam concentrar-se no futuro de seus países em vez de, como todos os seus antecessores, terem de gastar metade de seus mandatos tentando arrumar a bagunça herdada dos governos anteriores.

Tanto o PSDB, no Brasil, quanto o PAN, no México, graças a uma condução civilizada das finanças públicas que os dois transformaram nas suas marcas registradas, entregaram seus países prontos para crescer aos seus sucessores.

Uma herança tão essencial e tão valorizada no Brasil de então por uma população traumatizada pela inflação devastadora herdada do hoje sócio do PT, José Sarney, que Lula só passou a ser palatável para o eleitorado depois de assinar um documento comprometendo-se formalmente a não dilapidá-la como o seu partido jurava que faria.

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Outra característica a aproximar os dois presidentes é que seus respectivos partidos, de tradição populista “de esquerda“, têm pleno controle sobre os sindicatos e as demais forças tradicionais de resistência contra reformas modernizadoras de economias amarradas por anos sem fim de servidão corporativista, o que abria uma oportunidade única para que eles finalmente libertassem seus povos dessas amarras seculares.
Mas cessam por aí as semelhanças.

Lula passou seus dois mandatos tratando de eliminar, pela corrupção, toda e qualquer sombra de oposição ao seu poder pessoal e nunca sequer tentou fazer reforma alguma ou, muito menos, levar adiante a obra iniciada por Fernando Henrique de modernização da economia nacional.
Já Enrique Peña Nieto começou a faze-lo antes mesmo de tomar posse.

Em 1º de dezembro, levou seu partido a propor e um Congresso que sempre resistiu a elas a aprovar um pacote de reforma das leis trabalhistas que, segundo a unanimidade dos analistas mexicanos, vai injetar grandes doses de dinamismo à economia local.

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Em seguida, fez aprovar uma lei nos moldes da de Responsabilidade Fiscal, pilar da “arrumação da casa” brasileira conseguida por Fernando Henrique que Dilma, a criatura de Lula, vai endereçando à lata de lixo, para forçar a transparência e o manejo responsável das finanças estaduais e municipais que, como aqui no passado, são o maior ralo da economia do México.

Para completar o acerto nas contas nacionais, prepara agora uma reforma para reforçar as receitas fiscais do governo e abrir o setor de energia, aí incluídos principalmente os de petróleo e gás, aos investimentos privados nacionais e estrangeiros, base para o relançamento da economia nacional.

Menos de 24 horas após sua posse, aliás, Peña Nieto havia arrancado dos presidentes do seu e dos demais partidos políticos do país a assinatura de um “Pacto pelo México”, comprometendo-se com 95 reformas de base.
E no fim de semana retrasado, enquanto a do PT se reunia para aprovar o “controle social da mídia” fez a Assembleia Nacional do PRI mudar os estatutos que impediam membros do partido de votar o imposto sobre valor agregado que civilizará a ordem tributária mexicana ou modificações no setor estatizado da energia.

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No início deste mês, Peña Nieto mandou prender Elba Esther Gordillo, a poderosa e corrupta presidente do sindicato dos professores do México que se punha à frente das reformas, inclusive a que pretende fazer também no setor decisivo da educação.

Gordillo, tida como um símbolo do poder intocável dos sindicatos foi levada para trás das grades mais ou menos no mesmo momento em que Rosemary Noronha e José Dirceu comemoravam juntos num resort da Bahia o feito de sua liberdade ter sobrevivido, um a uma condenação do Supremo Tribunal Federal, a outra aos flagrantes de corrupção e tráfico de influência, além de crimes menores semelhantes aos que levaram Gordillo, que também pagou seus luxos e suas operações plásticas com dinheiro público, à cadeia.

Finalmente anteontem Peña Nieto enviou ao Congresso um projeto de lei que vai sacudir os setores de telecomunicações e televisão, hoje concentrados nas mãos de Carlos Slim, “o homem mais rico do mundo”.

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Nada a ver, é claro, com o “controle social da mídia” do PT. Ao contrário. Slim detém 70% do mercado de telefonia celular e 80% do de linhas fixas do México. E com o que aufere aí, sustenta a sua Televisa que detém 70% da audiência de televisão no México.

Lá de fato existe uma concentração excessiva, semelhante à que o PT tem posto nas mãos dos diversos “barões do BNDES” que está criando em setores-chave da nossa economia. A lei de Peña Nieto vai na direção contrária: dá poderes a agência de controle do setor de exigir a alienação (para outros players privados) de tudo que ultrapassar 50% de ocupação de cada mercado.

Graças a tudo isso o problema do México é, no momento, o inverso do brasileiro: eles não sabem o que fazer da horda de investidores internacionais que batem à sua porta se oferecendo para participar a qualquer preço da onda de progresso que já está rolando.

mex13De modo que, se derem certo os planos anunciados do PT de levar-nos, primeiro ao degrau argentino com o fim da liberdade de imprensa e a aniquilação do Judiciário, depois ao estágio venezuelano de extinção do direito de propriedade e finalmente ao éden cubano de adoração obrigatória a um Lula já caquético mas ainda cheio de vontade de cagar regras como o seu guru do Caribe, você já tem mais um lugar para onde poderá, eventualmente, emigrar.


13 de março de 2013
vespeiro

DEPUTADOS QUE DEFENDEM GAYS E NEGROS LUTAM PARA TIRAR FELICIANO DA PRESIDÊNCIA DA COMISSÃO

 

A bancada do PSC na Câmara reafirmou nesta terça-feira (12) apoio à permanência do deputado e pastor Marco Feliciano (SP) na presidência da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Casa.

Em reunião da bancada, o partido decidiu por unanimidade que não iria rever a indicação do pastor, que tem sofrido pressão tanto de líderes partidários quanto de movimentos sociais nos últimos dias.

Hoje, deputados defensores dos diretos dos homossexuais e dos negros reuniram-se para definir uma estratégia que possa reverter a a eleição de Marco Feliciano para a presidência da comissão.

Eles vão entrar com mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal questionando a decisão do presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), de convocar uma reunião fechada para eleição do presidente da CDH.

Segundo esse grupo de deputados, a decisão do presidente da Casa fere o regimento, porque apenas o presidente da comissão poderia fazer esse tipo de convocação.

Na Câmara, eles pretendem tentar convencer o PSC a rever a indicação e levar o assunto ao colégio de líderes. Também está em estudo a apresentação de uma representação contra Marco Feliciano na Corregedoria. Caso nenhuma dessas medidas tenha efeito, o grupo de parlamentares disse que vai tentar criar uma comissão de direitos humanos paralela.

13 de março de 2013
Ivan Richard (Agência Brasil)

JUSTIÇA PARA A CONSTITUIÇÃO-CIDADÃ

 

A transcorrer em outubro 25 anos da promulgação da atual Constituição, o que mais se verá serão lamentações e críticas, numa campanha que já se organiza.

Sob a omissão explícita dos cada vez menos cidadãos que foram constituintes e hoje se encontram na ativa da vida política, tanto quanto dos que mergulharam no ostracismo, não se ouvirá uma só comemoração pelo que a nova carta representa em matéria de afirmação dos direitos individuais e sociais.

Virou moda compará-la à Geni dos versos do Chico Buarque, depois de haver sido “a Constituição-cidadã, do arrabalde, do mocambo e da favela” à qual se referiu com justo e redobrado orgulho o seu artífice maior, o dr. Ulysses Guimarães.

É pena que os mortos não falem, porque mais do que calar as críticas oportunistas de hoje, sua voz serviria para lembrar um dos momentos mais expressivos da reconstrução da democracia brasileira. É curta a memória dos sabujos do neoliberalismo, enfileirados na tentativa de continuar defendendo o indefensável, no caso, a permanência desse modelo cruel que demoliu boa parte das conquistas da Constituição de 1988.

O pretexto foi a ruína das estruturas de um muro de palha. O ilusório mundo moderno globalizado imaginou haver promovido o fim da História com a queda do execrável Muro de Berlim, sem perceber que depois dele vieram aspectos sinistros da mudança, como o desemprego, a insegurança social, a falta de solidariedade, o individualismo e o desmantelamento de conquistas sociais dos cidadãos da antiga e desaparecida República Democrática Alemã. Disso ninguém se lembra.

Um monte de irresponsáveis passaram a culpar a Constituição porque, graças a Deus, não tivemos um muro a demolir, mera enganação para conquistarem passaportes de ingresso na conquista das migalhas caídas da mesa do banquete dos poderosos. Ledo engano. De nada adiantou reformar e desfigurar nossa lei fundamental através de emendas que, nos dois mandatos de Fernando Henrique, mais contribuíram para a alienação da soberania nacional.

O resultado aí está, apesar da propaganda do governo do PT: 55 milhões de indigentes que sobrevivem com a metade do salário mínimo por mês; 13 milhões de desempregados; 20 milhões de cidadãos que acordam sem saber se vão almoçar; empresas nacionais condenadas ao fracasso por precisarem livre-competir com multinacionais privilegiadas pelas reformas adotadas depois de 1988; prevalência da atividade especulativa e predatória sobre a atividade produtiva; privatizações do patrimônio público erigido às custas de muito sacrifício e, por fim, prevalência de um modelo responsável por haver culpado a Constituição como causa de nossos males.

Esta seria a mais perfeita Constituição que o Brasil já possuiu, tivesse sido cumprida e não desfigurada pela sanha dos neoliberais, que desde sua promulgação empenharam-se em desmoralizá-la e transfigurá-la, esquecidos de que emergiu da vontade nacional expressa por seus legítimos representantes.

A consequência? Princípios fundamentais revogados, como o dos monopólios do petróleo, do gás canalizado, da propriedade estatal do subsolo e até da navegação de cabotagem; direitos sociais suprimidos em cascata, em nome da livre negociação entre patrões e empregados, ou seja, entre a guilhotina e o pescoço; serviços públicos de custo multiplicado em favor de oligarquias financeiras alienígenas; desagregação social e aumento desmesurado da violência por falta de opções dadas aos desgarrados do pequeno clube dos privilegiados.

Encontra-se exangue, moribundo e apenas insepulto o neoliberalismo que se opôs à Constituição e conseguiu golpeá-la mortalmente. São responsáveis pela nossa débacle as elites políticas e econômicas que, por engodo e mistificação, ascenderam ao poder em 1995, usurpando-o quatro anos depois com a vergonhosa emenda da reeleição. Mas continuaram no governo dos companheiros, numa das maiores farsas já verificadas em nossa crônica política.

Por isso não vão comemorar o 5 de outubro ainda distante deste ano, mas, ao contrário, começam a preparar o seu holocausto ao apontar nossa lei fundamental como causa dos efeitos criados pelo seu egoísmo suicida. Valesse uma exortação, ou um sonho, e este seria a possibilidade de voltarmos atrás o relógio do tempo, retornando o Brasil à letra integral de sua nova Constituição.

Claro que nada é perfeito, o mundo gira e adaptações sempre serão imprescindíveis, mas jamais as que se perpetraram malandramente para destruir o que de mais profundo a Constituição representava: um caminho novo, seguro e determinado no rumo do aprimoramento social, econômico e político.

Até porque, falta regulamentar princípios apenas enunciados, como aquele que oportunamente, nestes dias, demostra a falácia dos neoliberais. O artigo 220 determina ao Congresso estabelecer os meios legais para a defesa do cidadão e da família diante dos excessos da programação do rádio e da televisão. Censura, nunca mais, seria renegar tudo o que a Constituição um dia pretendeu consagrar.

Mas multas pesadíssimas sobre os que incorrerem na prática de baixarias apresentadas nas telinhas, por que não? Debite-se aos neoliberais mais essa omissão, mancomunados que estão com os barões da mídia interessados na preservação, pela ordem, dos lucros, da publicidade e dos índices de audiência.

Em suma, tempo há, neste início de 2013, para a preparação do confronto. Quando se arregimentam os neoliberais para sepultar a Constituição de 1988, por que não organizar o contra-ataque para fazer-lhe justiça?

13 de março de 2013
Carlos Chagas