"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 18 de novembro de 2011

FALTAM EDUCAÇÃO, VERGONHA E BANHEIRO

Logo seremos a sexta economia mundial, mas estamos em 84º lugar em desenvolvimento humano. É inaceitável em breve a sexta economia do mundo. Mas estamos em 84º lugar no índice internacional que mede o desenvolvimento humano de 187 países. Parece esquizofrênico, mas assim é. O ranking do IDH das Nações Unidas desmascara algo que a gente já sabe, mas muitos insistem em não enxergar.

Bolsas do governo reduzem a miséria a curto prazo, ajudam a eleger presidentes, dão a milhões de pobres acesso a geladeira, televisão, fogão e carro. Elogiável. Mas esmolas não dão dignidade a longo prazo, não mudam o futuro do Brasil. Educação e saúde sim. E até hoje não são prioridades. Por isso a renda continua tão desigual. Por isso temos 19 “hermanos” da América Latina à nossa frente.

Isso não é um problema só do PT nem só de Lula ou Dilma. O Brasil fechou os olhos historicamente à desigualdade. Elegeu um metalúrgico na esperança de virar o jogo. Sonhávamos com avanços sociais muito maiores. Nós, contribuintes, que já pagamos impostos escorchantes, ajudamos Lula a transferir um pouquinho de renda para miseráveis que ganham de acordo com o número de filhos. Isso não parece receita de vida sustentável.

Aumentamos o número de crianças e adolescentes na escola, sim. Os anos de escolaridade também. Falta muito. Mas já descobrimos que sete anos de escola no Brasil não ensinam o mesmo que na Argentina ou no Chile. Não garantem que a criança aprenda a ler e a escrever direito ou a fazer contas simples de matemática.

É falta de educação mandar Lula tratar o câncer no SUS. Qualquer pessoa não comum evita as filas, o descaso e o despreparo da saúde pública no Brasil. O debate ferveu. Na internet, antipetistas destilaram ódio. A rede de proteção a Lula foi acionada. O ex-presidente não é o único a sofrer com a falta de compostura de internautas. Todo mundo sabe – até o Chico Buarque – que a blogosfera é fértil em ofensas anônimas de todo tipo. Lula não é um coitadinho especial. A difamação virtual é um hábito covarde e aleatório. Quem fez campanha contra Lula num momento tão vulnerável demonstra baixo IDH.

Logo seremos a sexta economia mundial, mas estamos em 84º lugar em desenvolvimento humano. É inaceitável Também é falta de IDH um presidente afirmar que “o Brasil não está longe de atingir a perfeição no tratamento de saúde”. Foi o que Lula fez, numa de suas gafes verborrágicas, em 2006. Pode parecer provocação para os que morrem buscando um leito nas emergências de hospitais.
Pode parecer insensibilidade para quem mofa deitado no chão, nos corredores de hospitais. Esperam por meses uma cirurgia. Com fraturas ou infecções. Não há maca, não há médicos, não há vaga, não há vergonha na cara de um país que despreza e mata seus velhos por negligência. Eles têm a mesma idade do ex-presidente Lula, o pai dos pobres. Lula poderia ter dito apenas que, em seu governo, a Saúde melhorou – e não estaria mentindo. Talvez tivesse sido poupado da fúria virtual.

Também é falta de IDH a quantidade de brasileiros sem banheiro: 13 milhões, ou 7% da população. Esse é outro ranking, da Organização Mundial da Saúde, e o país ocupa um insultante nono lugar. Segundo o IBGE, menos da metade dos brasileiros (45%) tem rede de esgotos e só 38% recebem algum tipo de tratamento. Penso o seguinte: de que adianta ter televisão numa casa com crianças se, embaixo da janela ou junto à porta, passa uma vala com lixo, esgoto a céu aberto e uma multidão de ratazanas?

Também é falta de IDH o Brasil não conseguir aplicar um Enem sem fraudes ou anulações. Estudantes no Ceará – o foco do vazamento de 13 questões – foram às ruas com nariz de palhaço para dizer que o Enem é um circo. Alunos de outros Estados ameaçam entrar na Justiça contra a anulação.
Não seria falta de IDH insistir no ministro da Educação, Fernando Haddad, como candidato do PT a prefeito de São Paulo? Além de não conseguir gerenciar direito uma prova do Enem, Haddad não sabe a diferença entre Itaim Bibi, bairro de classe média alta da cidade, e o Itaim Paulista, na Zona Leste. Precisa urgente de um mapa e de aulas da Marta Suplicy.

Também é falta de IDH a exibição bizarra de cinismo do PCdoB e de Dilma na troca de ministros do Esporte. Ninguém entendeu nada. Orlando Silva, acusado de fraudes milionárias em convênios irregulares com ONGs, ganha poemas, discursos e flores? O novo ministro, Aldo Rebelo – chamado de Rabelo por Dilma –, diz que quer fazer uma “gestão parecida” com a do camarada destituído? Pelé e Ricardo Teixeira vão à posse para umas embaixadinhas? Fotos mostram Silva e Sarney lado a lado, sorrindo e aplaudindo. Olha, corrupção na política existe em todos os países. Mas esse cinismo todo é dose.

É muita falta de IDH para o meu gosto.

RUTH DE AQUINO

A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DE LUPI

Um empresário e dono de ONG ajuda o ministro do Trabalho a levantar voo, e lá vem a imprensa burguesa chatear o governo popular.

Que mal pode haver numa simples carona?

A burguesia não suporta a solidariedade entre os trabalhistas e seus clientes.

Além do mais, como o próprio ministro Carlos Lupi já ressaltou, ele é pesadão. Claro que o Estado não aguentaria carregá-lo sozinho pelos céus do Maranhão.

Para isso existem as ONGs.

O empresário que providenciou um avião não-governamental para a turnê governamental de Lupi, em 2009, é suspeito de desviar verbas do Ministério do Trabalho, segundo a Controladoria Geral da União.

E daí? Há várias outras ONGs suspeitas de convênios fraudulentos com o Ministério do PDT, e nenhuma delas, ao que se saiba até agora, ofereceu carona aérea ao ministro pesadão.

Por que perseguir logo aquela que deu sua contrapartida social ao trabalhismo?

É bem verdade que o ministro da Agricultura que aceitou carona aérea de empresário acabou caindo. Mas com Lupi é diferente.

A diferença é que Lula e Dilma decidiram que a mídia golpista não vai derrubar o sétimo ministro do governo progressista. As evidências de fraudes estão todas aí de novo, mas moralização tem limite.

Dentre os argumentos que brotam do Planalto em defesa de Lupi, está o de que as irregularidades ocorreram na gestão do ministro no governo anterior.

Irretocável. Se o Nem da Rocinha se mudasse para o Vidigal, a polícia não poderia encostar o dedo nele. Afinal, os crimes teriam ficado na administração anterior.

Dilma foi clara sobre o assunto, comentando o caso Lupi com o sorriso e a irreverência condizentes com a leveza do tema:

“O passado passou, gente!”

O problema é que hoje, para quem lê as notícias frescas sobre a criação de sindicatos-fantasmas, ou vê o flagrante do ministro descendo do avião particular, fica a impressão contrária: o passado voltou.

E voltou pesadão. Talvez nem um milhão de ONGs companheiras bastem para ajudar Dilma a carregá-lo.

guilherme fiuza

"NINGUÉM TINHA TIDO ESSA IDÉIA BILHANTE"

Contrariada, Marta zomba de Lula por escolher Haddad: ‘Ninguém tinha tido essa ideia brilhante’


Em entrevista concedida à Folha, Marta Suplicy não escondeu o seu descontentamento por ter sido alijada da disputa à prefeitura de São Paulo. De acordo com a senadora petista, a escolha de Lula representa “um erro” e seu partido terá de “trabalhar pra burro” se quiser eleger Fernando Haddad.
Leiam abaixo trechos da entrevista:

Excluída pelo PT da corrida à Prefeitura de São Paulo em 2012, a senadora Marta Suplicy afirmou ontem que a escolha do ministro Fernando Haddad (Educação) foi “um erro” do ex-presidente Lula.

Ela se disse “frustrada”, mas prometeu guardar os sentimentos “no armário” para apoiar o pré-candidato do partido, que ganhou a chapa sem ter que disputar prévias.

“Foi um erro ser assim. Agora vamos nos empenhar muito para que se transforme num acerto”, disse à Folha.
Marta afirmou que o lançamento do ministro, inexperiente em eleições, deve-se apenas à vontade de Lula. E sugeriu que a presidente Dilma Rousseff se viu forçada a obedecer ao padrinho.

“Foi uma decisão do Lula. Ninguém tinha tido essa ideia brilhante”, disse a ex-prefeita, em tom de ironia.
Ela se mostrou contrariada com a versão, difundida por integrantes do governo, de que teria pedido a Dilma que encenasse um apelo para justificar sua desistência.

“Foi um apelo dela. Não sei se de coração ou seguindo algo combinado com o Lula.”

Marta afirmou que o PT precisará “trabalhar para burro” para eleger Haddad e disse não arrepender da declaração, dada em agosto, de que Lula só insistiria no ministro se quisesse perder.

“Era o meu diagnóstico naquele momento. Para ser invertido? Vamos ter que trabalhar para burro“, afirmou.
“Vai depender bastante da militância do PT e do próprio desempenho dele. Vamos ter que nos esforçar muito.”
(…)

PREOCUPAÇÃO

A mágoa de Marta é a grande preocupação de Haddad e da cúpula petista, que dependem de sua participação para impulsionar a campanha -especialmente na periferia, onde ela é mais popular.
Ao anunciar sua saída do páreo, a senadora evitou declarar apoio ao ministro. Na noite de quarta-feira, ele foi ao apartamento dela em Brasília para pedir ajuda.

“Ele me pediu apoio, e eu disse que ia cooperar e me engajar na campanha”, contou a ex-prefeita.

O relato de Marta evidencia a desconfiança de Haddad. “Ele falou: ‘Mas você vai me ajudar?’ Eu falei: ‘Vou. Pode contar’. Vamos fazer uma programação e eu vou me engajar na campanha.”

Ontem, questionada sobre as bases do apoio, ela disse que “não ficou acertado nada”. “Estou a serviço. Eles vão avaliar onde eu posso ajudar. Não posso esquecer que também tenho meu trabalho como senadora, que é árduo.”

implicante

O APETITE DOS ESPERTALHÕES

SALVADOR – O Rio vive o ridículo e a suprema humilhação de uma cidade cubana: um jornal só, uma revista só, um pensamento só. O jornal (Globo) tem mais dois jornalecos: o “Extra” (para o crime e os anúncios populares do governo), e o “Expresso” (para ônibus e metrô). A TV (Globo) tem mais dezenas de inúteis penduricalhos pagos, com uma exceção : a “GloboNews”, o melhor canal da TV brasileira. A revista (Época”), sem assunto, desova a publicidade vadia do governo e empresas.

“Jornal do Brasil” e “Tribuna da Imprensa” morreram,“O Dia” entardeceu e sumiu nos refugos das bancas de jornais E a mais importante cidade do pais restou encabrestada pelo pensamento único de uma família única. Deixo a comparação com São Paulo para outro dia. Por hoje quero apenas registrar que o suicídio crescente da imprensa nacional, com o Rio reduzido a um jornal e São Paulo a quatro (Folha, Estadão, DCI e Diário), está promovendo um surpreendente ressurgimento da imprensa regional.

Até há pouco Salvador estava reduzido à centenária e brava “A Tarde”. Depois que Antonio Carlos Magalhães morreu, o “Correio”, que era um boletim político de ACM, virou jornal. E a valente “Tribuna da Bahia”, sem a perseguição de seu principal inimigo, está em um belo florescimento.

***
JOACI

E foi aqui na “Tribuna da Bahia” que encontrei um primoroso e contundente artigo do ex-deputado (da Constituinte de 88), empresario de sucesso,intelectual de excelentes livros publicados e membro da Academia Baiana de Letras, Joaci Góes : – “A Honestidade da Mulher de Cesar” : 1. -

“O que sucede no Brasil de hoje, em que todos sabem da imperativa necessidade e urgência de procedermos às reformas em vários domínios da vida social, econômica e política, sem que, no entanto, sejamos capazes de materializá-las? Os beneficiários das mazelas do status quo não deixam. E com isso, seguimos capengando, carentes das tão propaladas reformas eleitoral, fiscal, processual e penal, para ficarmos nas mais ostensivamente badaladas.”

2. – “A celeuma criada em torno da urgência das obras destinadas a atender às demandas da Copa não passa de fumaça, jogo de cena, para engabelar e anestesiar a opinião pública diante dos custos reais dos equipamentos, excessivamente majorados, conforme as negociatas montadas para satisfazer os apetites dos espertalhões do setor privado como do público, certos de que no Brasil é minoritária a percentagem da população verdadeiramente apta ao exercício da cidadania plena, contra a grande maioria da patuleia ignara, como dizia o meu saudoso professor tetra-catedrático (de Direito) Augusto Alexandre Machado.”

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COPA

Com a autoridade de conhecedor profundo de como se manipulam os custos das obras públicas, enquadra as demandas geradas pela Copa. Qualifica as negociatas que satisfarão os apetites pantaguélicos dos espertalhões dos setores públicos e privados. O carnaval de 30 dias que a Copa do Mundo propiciará será custeado por bilhões de reais que ao final terão a fatura resgatada pelo contribuinte. Muitos investimentos concretizados em devaneios populistas. A exemplo do estádio que se constróem São Paulo, para sediar o jogo de abertura do torneio.

As aberrações chegaram ao ponto de o arrogante secretario-executivo da FIFA, Jerome Valcke, afirmar que “o Brasil não vai vencer a FIFA”. Em entrevista ao “Estadão” em Genebra, faz afirmações chocantes e agressivas à soberania nacional, alertando que o Brasil não tem chances de vencer uma disputa com a entidade. E avança em lições incabíveis:

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FIFA

- “Não me importo com dinheiro público. O que me importa é a estrutura de cada cidade. Se é dinheiro público, essa é uma decisão de governo. O Brasil não vai vencer a FIFA. Romário ou outros deputados não vão vencer a FIFA. Não entendo por que as pessoas insistem que queremos substituir a lei e o governo brasileiro durante os 32 dias da Copa. “O que temos de garantir é que ir ao Brasil seja um sonho e não um pesadelo”.

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HIPOCRISIA

Aplaudindo o artigo de Joaci, o ex-deputado baiano (MDB e PMDB do Paraná), economista e professor Helio Duque, me diz: -

‘Dirigente de entidade polêmica e frequentemente envolvida em escândalos no noticiário esportivo, esse Jerome acha-se na condição de dar lições ao governo brasileiro, extrapolando a agressividade ao próprio Congresso Nacional. Demonstrando ser conhecedor do vale tudo anestesiador da sociedade brasileira, Jerome Valcke deitou e rolou. Infelizmente os padrões e os valores éticos estão nocauteados na vida política nacional. O desaparecimento de homens públicos, substituidos por oportunistas patrimonialistas, prontos a aderir a qualquer governo, é um retrato do tempo presente. Tempo marcado pela hipocrisia”.

Sebastião Nery

POLÍCIA FEDERAL PERDE SEU PODER DE MUÇURANA

... que deveria engolir as outras cobras da crescente corrupção policial.

Muçurana (semelhante a muçum, em guarani) ou boiru (cobra grande), é uma serpente negra, não-venenosa, que devora as espécies venenosas, sem sofrer nenhuma dor no sovaco por isso. Ela ocorre, com abundância, no Alto Amazonas.

Especialistas em segurança pública e combate ao crime organizado veem na parceria entre as polícias estaduais e as quadrilhas escusas, o maior obstáculo para enfrentar a criminalidade de “grosso calibre”.

Mas como as milícias estaduais fizeram o crime organizado evoluir de poder paralelo para poder entrelaçado ao Estado? Vamos por partes:

1º O corporativismo pandemônico existente nas instituições policiais;

2º A quase total autonomia político-jurídico-administrativa dos estados em relação à União. Claro que qualquer governador vai recorrer a todos os subterfúgios para não aparecer no cenário nacional como comandante de uma polícia bandida;

3º Apenas a polícia militar de São Paulo, já conta com uma legião superior a 115 m il integrantes. Agora, somemos os efetivos das forças civis e militares das demais Unidades da Federação. Enquanto a Polícia Federal tem em seu quadro cerca de 10 mil elementos;

4º Em nome de fazer frente à criminalidade que prolifera uniformemente pelo país inteiro, resguardadas as devidas proporções, as polícias estaduais já detêm em seus arsenais armas tão letais quanto à Federal e até mesmo às Forças Armadas. Um poder de fogo inexpugnável;

5º Por atuarem mais próximos da estrutura que servem, os policiais estaduais dispõem de maior apoio político, conhecem os seus espaços sociais e os cúmplices com quem formam conluios.

Desse modo, crimes de responsabilidade da Polícia Federal, muitas vezes, têm suas investigações prejudicadas graças a coberturas de policiais estaduais, tais quais: venda de informações privilegiadas a criminosos, proteção e fornecimento de armas a delinquentes; apresentação de indicativos ou provas forjadas para confundir as apurações e salvar a pele dos seus comparsas etc.

É fácil encontrar policiais civis e militares como detentores de arsenais domésticos. Os caras são colecionadores? Nada disso, Mané, eles são locadores, mesmo! Então, para quem eles alugam ou vendem seus armamentos? Para clientes capazes de executarem ações criminosas financeiramente lucrativas, claro!

Um típico exemplo dessa PPP (Parceria Público-Privada) é o que atormenta hoje o estado do Paraná, na região de fronteira com o Paraguai. Menciona-se o caso do Paraná, porque ali as ações desses cartéis já fazem parte do senso comum: mas é certo que a banalização que se revelou naquele estado sulista sirva de protótipo para trazer à superfície os submundos ainda disfarçados noutros estados. Eis a questão.

Benigno Dias

ROYALTIES: DILMA CHAMA CASAGRANDE PARA RESPONDER A SÉRGIO CABRAL

A presidente Dilma Rousseff – reportagem de Vivian Oswald, Cristiane Jungblut e Isabel Braga, O Globo de quinta-feira 17 – chamou o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande, ao Planalto para falar sobre sua posição diante dos royalties do petróleo, já que o ES, ao lado do Rio de Janeiro e São Paulo, figura entre os produtores em águas profundas.

Claro, sob o ângulo político, interpretação lógica, convocou Casagrande ao Planalto para responder à pressão do governador Sérgio Cabral. Reagiu assim à ameaça de, se não vetar o projeto Vital rego, sofrer derrota eleitoral no estado na campanha pela reeleição em 2014.
Mas este é um prisma da questão. A reação da presidente da República era esperada, inclusive como resposta à manifestação popular, no ponto facultativo, que terminou com o recente comício na Cinelândia.

Quanto ao aspecto econômico concreto do problema, Dilma Rousseff afirmou-se, como não podia deixar de ser, contrária ao projeto Ibsen Pinheiro-Pedro Simon, aprovado pelo Congresso, e contra também o projeto Vital rego, que passou no Senado mas aguarda votação pela Câmara.
As duas propostas são praticamente idênticas: mudar o critério atual estabelecido no parágrafo primeiro do artigo 20 e dividir por igual e receita dos royalties pagos pela Petrobrás e demais empresas que operam na prospecção marítima.

Não faz sentido. Se o princípio em vigor, de compartilhar os direitos ambientais de exploração pelos produtores, a divisão não pode incluir os não produtores. A mudança pode ser feita, mas por intermédio de emenda constitucional. Não através de lei complementar, muito menos por lei ordinária.

Mas o problema não termina aí. Há também o aspecto dos contratos em vigor. Em relação a estes, Dilma Roussef foi incisiva. Não serão alterados. Tampouco poderiam.
Não se pode aplicar ao petróleo, face a força das empresas e dos poderes envolvidos, as mudanças que se costuma fazer
no sistema previdenciário do INSS.
Assim, o respeito indispensável aos
contratos em vigor afasta de foco objetivo, tanto o projeto Ibsen-Simon,
quanto a iniciativa Vital Rego.

Porém, persiste o problema futuro, este inclusive abrangendo o Pre-Sal. A controvérsia em torno da participação nos royalties permanece e o Palácio do Planalto acentuou a Renato Casagrande, de acordo com a matéria de O Globo, não ter ainda uma posição definitiva firmada.

O que surpreende, já que no primeiro plano do debate situa-se a
constitucionalidade, seguida da legitimidade. Seja qual for o posicionamento, ela somente poderá mudar a legislação de hoje se enviar ao Congresso emenda constitucional amanhã.

O problema não é só econômico, administrativo e político. É sobretudo jurídico. De nenhum ato inconstitucional ou ilegal, princípio básico de Direito, pode resultar qualquer efeito legítimo.
A presidente da República não deveria ter dúvida quanto a isso. Mas revelou ter. Tanto assim que se manifestou contra as duas proposições, porém deixou no ar o pensamento de que o veto aplicado pelo ex-presidente Lula não deve ser apreciado agora, tampouco votada pela Câmara ainda este ano a proposição do senador pela Paraiba. Por que isso?

Não tem lógica. Se Dilma Rousseff está contra as duas iniciativas, deveria empenhar-se primeiro pela manutenção do veto de Lula. Em segundo lugar pela rejeição, por parte da Câmara, do projeto Vital Rego. Ou então que a Câmara o aprovasse para que pudesse exercer o poder de veto. Adiar não resolve nada. Tampouco é do seu estilo.
Então, definido o destino do veto ao primeiro e o rumo do segundo, ela, aí sim, apresentaria à discussão a fórmula que deseja adotar. Sem prejudicar o Rio de Janeiro, responsável por 85% de produção brasileira de petróleo. Não fossem as águas profundas fluminenses, quanto o país teria que gastar com a importação de 2 milhões de barris por dia, a 100 dólares a unidade de 159 litros?

Pedro do Coutto

NOTAS POLÍTICAS

Baleia no aquário

Viajar no avião de um cliente não chega a ser pecado mortal. Mentir pode ter sido a gota d’água, quando negou na Câmara e no palácio do Planalto a carona fotografada e agora divulgada na primeira página dos principais jornais. Carlos Lupi está sendo defenestrado menos pelo vôo, em 2009, no King-Air alugado pelo empresário Adair Meira, pelo interior do Maranhão, mais pelo conjunto da obra não realizada no ministério do Trabalho.

Além de haver celebrado convênios com montes de ONGs fajutas, ligadas ao PDT, daquelas que se apropriaram de recursos públicos sem prestar os serviços prometidos, o que mais fez o ministro desde que empossado, nos últimos anos do governo Lula? Pouquíssima coisa. Deixou de destacar-se na luta por um salário mínimo mais digno, deu de ombros para o reajuste das aposentadorias do trabalhador que recebe acima do salário mínimo. Ignorou as greves justas de diversas categorias de trabalhadores. Deixou o combate ao trabalho infantil e ao trabalho escravo por conta da Polícia Federal. Não reuniu nem dialogou com empregados e patrões, simplesmente engolindo as determinações de um governo infenso a lutas sociais.

Lupi cai por inação, muito mais do que por aviação. Porque se fosse para contar as vezes em que ministros voaram em aeronaves particulares, nem de carreira, nem da FAB, quantos ministérios inteiros já teriam sido exonerados?

Também cai por haver transformado sua pasta num feudo do PDT, onde, para exercer funções grandes e pequenas, o único requisito tem sido a carteirinha de filiação ao partido. Bem como, é claro, as facilidades de locar dinheiro público para atividades eleitorais-partidárias.

Não fez, o indigitado ministro, nada além do que a maioria de seus colegas de ontem e até de hoje, mas com o agravante de não haver realizado mais nada. Nenhum plano de vulto, nenhum programa capaz de merecer os aplausos gerais, sequer de chamar a atenção dos assalariados. Quanto mais da presidente Dilma. Com todo o respeito, foi uma baleia nadando num aquário.

Cinco outros ministros do atual governo já saíram por acusações de corrupção, enriquecimento ilícito ou mau uso dos recursos públicos. Mas principalmente por empáfia e incapacidade de ser ministros. Carlos Lupi é apenas o sexto. Serviu fielmente a Leonel Brizola, mas esqueceu-se das lições do mestre. Nada deixa capaz de ser lembrado, ao contrário da reforma no ensino público, da resistência democrática contra a ditadura, das obras materiais e, em especial, da esperança pelo aprimoramento social.

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AINDA É TEMPO

A questão Lupi acende o sinal amarelo no semáforo postado diante do palácio do Planalto. Com todas as dificuldades inerentes à sua ascensão ao poder pelas mãos do Lula, Dilma Rousseff tem diante dela a chave para o futuro: acabar com o loteamento do governo entre partidos que só pensam em aumentar o próprio faturamento, e quem sabe de seus caciques, ou romper o círculo de giz e escolher uma equipe capaz de exprimir a construção de um projeto digno do país.

Está mais do que claro que com os ministros já demitidos, e agora, com Lupi, a presidente não chegaria a lugar algum. Ainda pontificam no ministério figuras iguais ou piores daquelas até hoje exoneradas. A hora seria de extirpar os incompetentes. E os malandros. Para que esperar janeiro? Por que não manter apenas aqueles que colaboram com ela?

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OS VELHOS E OS NOVOS

Quem não se programa, em política, costuma quebrar a cara. É aquela historia do provérbio árabe que vivemos repetindo neste espaço: bebe água limpa quem chega primeiro na fonte.

Para as eleições presidenciais de 2014 já estão posicionados a presidente Dilma, como alternativa o ex-presidente Lula, Aécio Neves, José Serra, Geraldo Alckmin, Eduardo Campos e até Michel Temer, se a realidade revelar-se mais estranha do que a ficção.

Esses são, sem referências à idade, os candidatos velhos, de que todo mundo começa a falar. Mas os novos, aqueles que nem por sombra são incluídos no rol dos prováveis óbvios?

Quem quiser que especule, mas tem gente dando asas à imaginação. Coisas novas sempre aparecem, à margem dos partidos e dos esquemas ortodoxos. Como, também, afastados da mídia. Como, por exemplo… (cala-te boca, para não perturbar a placidez da equação). Mas poucos imaginavam, três ou quatro anos antes das respectivas eleições, que Getúlio Vargas voltaria pelo voto, Jânio Quadros, pelo histrionismo, Fernando Collor, pela audácia, e até Dilma Rousseff, pelo ineditismo. Todos, vale lembrar, surpreendendo as pitonisas antecipadas…

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LIÇÕES DE ANTANHO

Em Paris, o Barão d’Olbach, um dos pais do iluminismo e do enciclopedismo que tanto abriram a cabeça da Humanidade, escreveu certa vez que “se recuarmos ao começo, veremos que a ignorância e o medo criaram os deuses, que a imaginação, o entusiasmo e o embuste os desfigurou, que a fraqueza os venera, que a credulidade os preserva, que o costume os respeita e que a tirania os apóia, a fim de fazer com que a cegueira dos homens atenda aos seus interesses”.

Mais de trezentos anos depois, fica difícil resistir à tentação de aplicar a lição do mestre à nossa realidade política. Ou a cegueira dos homens não faz a tirania apoiar líderes que a maioria venera como se fossem deuses?

Carlos Chagas

NA CALADA DA NOITE...

Sem alarde, prosseguem as investigações sobre o pagamento de juros indevidos pela Fazenda de São Paulo. O desembolso irregular pode chegar a 1 bilhão de reais.

Em silêncio e sem nenhuma divulgação à imprensa, estão avançando em São Paulo as investigações do Ministério Público Estadual sobre o pagamento de cerca de 1 bilhão de reais a credores de precatórios não alimentares pela Fazenda do Estado de São Paulo, em decorrência de inclusão de juros legais de 6% ao ano nos cálculos desses débitos judiciais, resultantes de desapropriações promovidas pelo Estado de São Paulo nos últimos 30 anos.

O equívoco seria consequência de má interpretação feita pela Procuradoria- Geral do Estado acerca da Emenda Constitucional número 30/2000, que determinava o pagamento de juros moratórios SOMENTE sobre as parcelas devidas e que fossem quitadas com atraso.

A incrível questão judicial, estranhamente, é tratada com absoluta exclusividade pelo Blog da Tribuna. Nos autos constam as provas de que, também estranhamente, os técnicos da Procuradoria-Geral do Estado, entre 2002 e 2009, saldaram em dia, sem atraso algum, centenas de precatórios NÃO ALIMENTARES, fazendo, porém, incidir sobre seus valores juros moratórios indevidos e, portanto, ilegais.

Nessa situação, encontra-se o precatório conhecido como do Parque Villa Lobos, que custou ao Estado de São Paulo indenização superior a R$3 bilhões em valores de hoje. Só nesse precatório, que tem também a Prefeitura de São Paulo como credora, o desembolso indevido teria superado a casa dos R$ 300 milhões.

O inquérito civil vem sendo conduzido pela Promotoria de Justiça do Patrimônio Público e Social da Capital e que, recentemente, deu parecer favorável à Ação Popular que tramita na 6ª Vara da Fazenda Pública, como já divulgamos, visando obter o ressarcimento dessa fortuna paga sem razão de ser pelo erário do Estado de São Paulo.

Em sua defesa, nos autos da Ação Popular ajuizada pelo ex-deputado Afanasio Jazadji, o procurador-geral do Estado, doutor Elival da Silva Ramos, não titubeou em justificar que a instituição que preside, no caso, limitou-se a cumprir literalmente o decreto no. 46.030/2001, assinado pelo então e hoje governador do Estado, Geraldo Alckmin, que ainda não é réu no citado processo, conforme se lê no site do Tribunal de Justiça.

A Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo também vem cobrando explicações das autoridades do Executivo e da chefia da Procuradoria-Geral do Estado, questionando esse bilionário pagamento indevido, conforme requerimentos de autoria do deputado Antonio Mentor, do PT

Carlos Newton

SE OS POVOS DA EUROPA NÃO SE LEVANTAREM, OS BANCOS TRARÃO O FASCISMO DE VOLTA

Mikis Theodorakis

No momento em que a Grécia é colocada sob a tutela da Troika, que o Estado reprime as manifestações para tranquilizar os mercados e que a Europa prossegue nos salvamentos financeiros, o compositor Mikis Theodorakis apela aos gregos a combater e alerta os povos da Europa para que, ao ritmo a que as coisas vão, os bancos voltarão a implantar o fascismo no continente.

Entrevistado durante um programa político popular na Grécia, Theodorakis advertiu que, se a Grécia se submeter às exigências dos chamados “parceiros europeus” será “o nosso fim quer como povo quer como nação”. Acusou o governo de ser apenas uma “formiga” diante desses “parceiros”, enquanto o povo o considera “brutal e ofensivo”.

“Se esta política continuar, não poderemos sobreviver … a única solução é levantarmo-nos e combatermos”. Resistente desde a primeira hora contra a ocupação nazi e fascista, combatente republicano desde a guerra civil e torturado durante o regime dos coronéis, Theodorakis também enviou uma carta aberta aos povos da Europa , publicada em numerosos jornais gregos.

Excertos: “O nosso combate não é apenas o da Grécia, mas aspira a uma Europa livre, independente e democrática. Não acreditem nos vossos governos quando eles alegam que o vosso dinheiro serve para ajudar a Grécia.

(…) Os programas de “salvamento da Grécia” apenas ajudam os bancos estrangeiros, precisamente aqueles que, por intermédio dos políticos e dos governos a seu soldo, impuseram o modelo político que conduziu à atual crise. Não há outra solução senão substituir o atual modelo econômico europeu, concebido para gerar dívidas, e voltar a uma política de estímulo da procura e do desenvolvimento, a um protecionismo dotado de um controle drástico das finanças. Se os Estados não se impuserem aos mercados, estes acabarão por engoli-los, juntamente com a democracia e todas as conquistas da civilização europeia.

(…) A democracia nasceu em Atenas, quando Sólon anulou as dívidas dos pobres para com os ricos. Não podemos autorizar hoje os bancos a destruir a democracia europeia, a extorquir as somas gigantescas que eles próprios geraram sob a forma de dívidas. Não vos pedimos para apoiar a nossa luta por solidariedade, nem porque o nosso território foi o berço de Platão e de Aristóteles, de Péricles e de Protágoras, dos conceitos de democracia, de liberdade e da Europa.

(…) Pedimos-vos que o façam no vosso próprio interesse. Se autorizarem hoje o sacrifício das sociedades grega, irlandesa, portuguesa e espanhola no altar da dívida e dos bancos, em breve chegará a vossa vez. Não podeis prosperar no meio das ruínas das sociedades europeias. Quanto a nós, acordamos tarde mas acordamos.

Construamos juntos uma Europa nova, uma Europa democrática, próspera, pacífica, digna da sua história, das suas lutas e do seu espírito. Resistamos ao totalitarismo dos mercados que ameaça desmantelar a Europa transformando-a em Terceiro Mundo, que vira os povos europeus uns contra os outros, que destrói o nosso continente, provocando o regresso do fascismo”.

Mikis Theodorakis

(Tradução de Margarida Ferreira. Este apelo encontra-se em http://resistir.info/)

QUASE IMPOSSÍVEL UM LEVANTE DOS POVOS DA EUROPA, ATÉ PORQUE NÃO MAIS EXISTE TAL HOMOGENEIDADE

A Alemanha já se destacou há muito do resto da Europa. Países como a Grécia mostram seu ressentimento em relação à crescente riqueza germânica em detrimento das crescentes dificuldades que o povo grego enfrenta agora. Até mesmo a Inglaterra já deu sinais de descontentamento com a cada vez mais próspera Alemanha, após a queda do Muro de Berlim. Mas não era isto que queriam quando celebraram jubilosamente a reunião da Alemanha? Agora estão colhendo os resultados!

Estarão as teorias políticas, sociais e econômicas formuladas por Vladmir Ilych Lenin (1870-1924) sendo agora confirmadas? Lenin havia subido dos ombros de Marx para poder enxergar mais longe. Já verão de onde surgiu essa ideia. Contudo, não acreditemos em demasia na suposta modéstia de Sir Issac Newton quando disse, “Se tenho enxergado mais longe do que Descartes, é por ter me colocado ereto nos ombros de gigantes”. Lembrei-me de Newton por ter sido, quase na mesma época de Leibniz, o co-criador do cálculo.

Deve ter gente aí sacudindo os tornozelos porque comecei citando os nomes de Lenin e de Marx. Fiquem frios. Sei que comunismo é uma palavra que assusta muitas pessoas e até amedronta. É como a palavra calculus. Coisa de maluco ou de tarado, como o garoto Newton e como garoto Leibinz. Sejamos honestos. Muita gente gostaria de aprender calculus tanto quanto eles gostariam de receber um coice de mula no plexo-solar.

Muitos são obrigados a tomar essa direção por se tratar de um requisito para seu sucesso, ou por terem se descuidados e passado muito perto da mula. Cálculo é duro, cálculo é enfadonho e cálculo nem sequer oferece algo a você pelo seu aniversário. E ainda por cima, tal palavra faz lembrar aquelas pedras nos rins!

Com a palavra comunismo, em uma terra conservadora como o Brasil, os resultados são semelhantes. Tal como Leibinz, Karl Marx (1818-1883) foi também um filósofo germânico que, juntamente com Friedrich Engels, vaticinou que a luta de classes é elemento central na análise das mudanças sociais nas sociedades Ocidentais.

Marx poderia ter dito, parodiando Newton: “Se tenho enxergado tão longe quanto o Nazareno, é porque procurei interpretar seus ensinamentos básicos daquela época, trazendo-os para a modernidade”.

Como se sabe, o Marxismo-Leninismo preconiza que o imperialismo é a forma final do capitalismo. Lenin, no entanto, se diferenciou de Marx ao mudar o foco da luta de classes para a luta entre sociedades industrilizadas (Alemanha por exemplo), e sociedades não industrializadas como a Grécia.

Portanto, basta ficar com as antenas ligadas para ver que o Marxismo-Leninismo está em plena ebulição. Vejam a oposição sistemática que a Rússia de Lenin e a China de Mao fazem a qualquer resolução do Conselho de Segurança do Cirque de Soleil Internacional chamado ONU, contra países nao totalmente industrializados que ousam caminhar em direção à indústria nuclear.

O Comitê Chinês laureou este ano o Primeiro Ministro da Russia, Vladimir V. Putin, com o Prêmio Confucius da Paz. Putin, ao ser contemplado com o supracitado Premio da Paz, foi elogiado pelo Partido Comunista da China, por sua atuação desde os tempos de estudante: “Sua mão de ferro e dureza reveladas em 1999 (Chechenia), impressionou favoravelmente os russos e ele foi considerado capaz de proporcionar segurança e estabilidade à Russia. Ele se tornou o antiterrorista Nº.1 e o herói nacional”.

Putin foi aplaudido por “atuar como propagandista dos eventos políticos correntes”, enquanto ainda era estudante secundário, e por ter sido selecionado pela KGB, quando cursava a universidade, realizando seu sonho de adolescente.

Notem bem. O Sr. Qiao Damo, co-fundador e presidente do comitê do Prêmio Confucius da Paz, declarou que o Sr. Putin “lutou para a união de sua pátria”. O Sr Qiao também disse que a assembleia votou a favor do Sr Putin entre oito nominados, valorizando sua oposição à guerra. ”Ele foi contra o bombardeio da Líbia praticado pela OTAN”.

A Administração Geral de Imprensa e Publicações, um dos tentáculos do Partido Comunista Chinês, impede que os repórteres incluam informação não verificada obtida na internet ou telefones móveis em seus noticiosos. Recentes regras requerem que os jornalistas produzam pelo menos duas fontes para qualquer noticia “crítica”.

Vejam o que publicou a supracitada agência do PCC. “Reportagens falsas não somente ferem seriamente os interesses das partes envolvidas, como gravemente comprometem a credibilidade dos difusores, ou afetam seriamente a ordem social e econômica”.

Não preciso enfatizar a severidade das punições. Como se pode ver, trata-se de medida para estancar rumores e reduzir a influência dos microblogs. Aparentemente, porque é mais que isto. Está em jogo a noção de poder do povo. Após a chamada primavera árabe e o assalto praticado pela OTAN, os lideres chineses resolveram colocar a composição au ralenti.

Assim é que, com relação à tentativa dos EUA de conquistar o povo da China, enviando como embaixador o Sr. Gary Locke, pela primeira vez um diplomata com raízes chinesas e fluente no mandarin, obteve rápida reação do poderoso Partido Comunista, na pessoa de seu chefe em Guangzhore, o líder Wang Yang:

“Ele não é cidadão desta terra. Ele deveria claramente se conscientizar de que é um americano, não ficar tentando parecer que é chinês”.

Há políticos que se declaram Cristãos, mas, ao contrario, são adoradores do Cauda de Cão, de Leviatan, da Asmodeu (ou Balaao), de Isacaaron e demais potestades cultivadoras de “ratio brutorum”. Para eles, o demônio é indubitavelmente maior e mais interessante que o próprio Jesus. Preferem beijar o traseiro do diabo a seguir os ensinamentos de Cristo, embora, com palavras, vociferem contra o hipótetico capeta, como os inquisidores medievais: “Serpens antique, immundissime spiritus, omnis incursio adversarii, omne phantasma”.

O odio que alguns sentem contra o socialismo é o mesmo que Laubardemont nutria contra o padre Urbain Grandier no século XVII em Loudun. Tal como Madame Bovary, que se imaginava como uma pessoa que de fato não era, eles são possuídos pela peste do bovarismo.

Estaremos presenciando a fase final do capitalismo? Penso que ainda não. Nossa vida é muito curta para contemplarmos tal coisa. Mas, de acordo com teoria dos limites de Newton e Leibniz, a função econômico-social está tendendo para esse ponto.

Mas não só na Europa!

Paulo Solon

LUPI CULPA DILMA: "ELA QUER QUE EU FIQUE."

O regresso ao picadeiro foi ainda mais bisonho que o numerito de estreia.

Parlamentares oposicionistas escancararam a fábrica de mentiras e ampliaram o acervo de bandalheiras.

Os companheiros do PT nem deram as caras, os parceiros da base alugada resolveram antecipar o fim de semana.

Dos três senadores do PDT, um desejou boa sorte ao presidente licenciado e dois recomendaram que caia fora do primeiro escalão federal.

Nesta quinta-feira, durante o depoimento no Senado, Carlos Lupi só foi consolado pela solidariedade silenciosa do ex-suplente Wellington Salgado, o Rapunzel de Bordel, e pela estridência velhaca do representante do PCdoB, Inácio Arruda.
O Clube dos Cafajestes e a Irmandade dos Órfãos da Albânia.
Tudo a ver.

Morto insepulto em adiantado estado de decomposição, o que anima o ainda ministro do Trabalho a apodrecer em público, perseguindo pateticamente a ressurreição impossível?

“Ela quer que eu fique”, disse no meio da discurseira.

Ela. Dilma Rousseff.

O que ouviu exatamente?, quis saber um senador. “Só posso me limitar a dizer que ela pediu que eu continuasse”, fez mistério o depoente, caprichando na pose de quem parou de tratar de assuntos íntimos na frente dos outros.

Há uma semana, na Câmara, o galã de bolerão acusou-se de amar a presidente da República.

Nesta quinta-feira, no Senado, o rufião de botequim acusou-a de querer que fique onde está.

A segunda revelação é mais constrangedora que a primeira.

Até agora, imaginava-se que a vassoura da faxineira de araque só saía do armário na hora de varrer sujeiras para baixo do tapete.

Graças a Lupi, descobriu-se uma segunda serventia: em situações de alto risco, é transformada na muleta que mantém de pé um entulho apaixonado.

Augusto Nunes

SEMANA NACIONAL DE COLETAS DE ASSINATURAS PARA O PROJETO DE INICIATIVA POPULAR PARA A REFORMA POLÍTICA

17/11/2011 - MCCE

Aproveitando as comemorações pela Proclamação da República, a Plataforma dos Movimentos Sociais pela Reforma Político está organizando uma Semana Nacional de Coletas de Assinaturas para o Projeto de Iniciativa Popular para a Reforma Política.

A Plataforma tomou esta iniciativa depois de ver a Comissão Especial da Câmara de Deputados adiar, mais uma vez, a votação do parecer do relator da reforma política.

O Congresso Nacional historicamente tem votado apenas reformas paliativas, sem efeitos para superar a sub-representação de mulheres, população negra e classe trabalhadora. Não é possível mais esperar pelos políticos que, com raras exceções, defendem apenas seus interesses individuais. Mais do nunca, sabemos que é preciso muita mobilização popular.

Por todos esses motivos, a Plataforma está propondo uma LEI DE INICIATIVA POPULAR, para que finalmente uma reforma política seja votada no Brasil. Propomos, dentre outros pontos, a paridade entre homens e mulheres na política e formas de democratizar o poder.

Perguntamos se você pode entrar nessa mobilização e coletar 30 assinaturas em uma semana.

Estamos lançando o desafio onde cada pessoa coletar 30 assinaturas e repassar estas informações para pelo menos mais 3 pessoas. Caso precise de mais informações sobre a Plataforma e a respeito da Iniciativa Popular, você poderá encontrar no site www.reformapolítica.org.br. Nesse site, há também o formulário para assinatura, que você pode baixar e fazer quantas cópias quiser. Cada formulário tem espaço para 10 assinaturas.

Também convidamos você a participar dessa mobilização por meio das suas redes sociais. Além disso, no site www.reformapolitica.org.br, você poderá encontrar notícias, vídeos e programas de rádio produzido pela Plataforma.

Ao coletar as assinaturas, você pode entregar a organizações locais de referência nessa mobilização ou enviar para o INESC. O endereço para envio dos formulários consta no próprio formulário. É possível também assinar a Iniciativa Popular online. ATENÇÃO: cada pessoa deve assinar somente uma vez, on line ou no formulário.

Em resumo, no site www.reformapolitica.org.br estão disponíveis as seguintes informações:

1. Documento registrado no cartório com a íntegra da proposta:
http://www.reformapolitica.org.br/component/content/article/...

2. Ficha de coleta de assinaturas para a Iniciativa Popular:
http://www.reformapolitica.org.br/biblioteca/cat_view/59-fol...

3. Programas de rádio em defesa de uma reforma do sistema político:
http://www.reformapolitica.org.br/radio/radio-da-plataforma....

4. Vídeos:
http://www.reformapolitica.org.br/reforma-politica-em-tv.html

5. Quem somos:
http://www.reformapolitica.org.br/quem-somos/as-entidades.html

Obrigado,

Plataforma dos Movimentos Sociais Pela Reforma do Sistema Político no Brasil
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CCJ REJEITA PROJETO PARA IMPRENSA "ESCONDER" PESQUISA ELEITORAL

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados rejeitou nesta quinta-feira Projeto de Lei que objetiva proíbir a divulgação de resultados de pesquisas eleitorais através dos veículos de comunicação.

A proposta absurda é de autoria do ex-deputado Vicentinho Alves (PR-TO) e será arquivada se não houver recursos para apreciação do Plenário.
O relator do projeto, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), deu seu parecer pela inconstitucionalidade.
Segundo ele, a matéria é de competência privativa da União, além de ferir a plena liberdade de comunicação social e de informação jornalística, que estã previstas na Constituição Federal;

Qual teria sido a intenção de Vicentinho? Qual a razão para ele querer levar a Câmara a aprovar uma forma de censura aos órgãos de comunicação? Será que ele já está antevendo que diante de tantos 'malfeitos' praticados por ministros e seus auxiliares nos últimos tempos e amplamente divulgados na mídia vã acabar fazendo despencar os índices de intenção de votos em favor dos candidatos governistas, daí seria muito bom que o povo não soubesse do resultado das pesquisas? Afinal, entre os 'malfeitores' estão um ministro de seu partido e uma vasta relação de outros filiados ao PR;

Sabemos muito bem que os resultados das pesquisas têm influência na decisão de muitos eleitores na hora de votar, mas isso faz parte de vários fatores, a partir da obrigatoriedade do voto, o que leva muitos a se orientarem nas pesquisas, votando em candidatos que tenham possibilidade de se eleger, para não perderem tempo indo às urnas e votando em que não tenha nenhuma chance. Mas a culpa disso está na própria legislação, que em última análise não é nada democrática. Já é mais do que sabido que muitos eleitores se esquecem em quem votaram poucos dias após o pleito. As pesquisas acabam sendo uma forma de orientá-los sobre como votar;

Sendo assim, é para se louvar o fato da CCJ da Câmara ter rejeitado a proposição de Vicentinho, pois qualquer forma de impedir a divulgação de qualquer dado que venha em auxílio ao eleitor será sempre bem vinda, pois servirá para diminuir o número de votos nulos e brancos, algo de torna as eleições mais desvalorizadas do que são, com o agravante de que muitos dos eleitos, com base ou não em pesquisas, venham a decepcionar seus eleitores ao praticarem os famigerados 'malfeitos'.

Airton Leitão

A MENTIRA E OS COVARDES

Pois,
São inseparáveis
TODO MENTIROSO É COVARDE
TODO COVARDE É MENTIROSO

Indubitavelmente, pessoas mentem por serem covardes, essa covardia é proveniente de suas hipocrisias, no benefício que suas mentiras lhes trazem, sem adequar importância aos seus malefícios.
O mentiroso acredita na mentira de seus "ídalos", consequentemente acreditam nas próprias mentiras.

Ele se finge de otário, de medíocre, questionando e quando não tem saída, tenta justificar o injustificável, fugindo, arrumando pretextos, se fazendo de imbecil, mentindo mais ainda, trocando de assunto.
Querem ser atores, mas são apenas massa de manobra.

Justificam seus atos, com exemplos dos erros dos outros.
A pergunta que não pede passagem é se não houvesse FHC governado, e a mula diabólica tivesse sido eleita em 1994?
Quais seriam as justificativas beócias dos mentirosos?
Sarney ou Collor?

A associação criminosa deles teria acontecido, com a velha mentira da governabilidade?
A governabilidade do PSDB foi o PMDB, a governabilidade do PT é o PMDB.
Quem diria, que uma simples palavra composta, "GOVERNABILIDADE" fosse uma mentirinha casual.

A linha que separa a mentira inocente da mentira indecente é muito fina.
A mentira inocente é safada e cheia de melindres desculposos.
A mentira indecente é necessária, para justificar os atos dos hipócritas e carregar os burros consigo, porque as burras petistas e da "cumpanheirada" estão cheias.

Burros que trocam a verdade por algumas gramas de alfafa.
O curral do PSDB e do PT é alimentado pelo PMDB.
O PMDB não mente, não precisa, basta encher o "coxo" com alfafa de quinta.
O PT pagou a dívida externa em 2008, mas em 2010 devia mais do que em 1990, foi criado 14 milhões de empregos, mas o FAD pagou 8 milhões de trabalhadores, a dívida interna está estável , quase 2 triliões, as falhas são calafetadas com partidos nanicos corruptos.

De exportador de calçados, passamos a importador da China.
Convivemos com 45% de informalidade, quase metade de nosso PIB é proveniente do tráfico, da corrupção, de usuários de serviços públicos que não pagam impostos.

Empresas de planos de saúde sustentadas pelo governo.
Governo que paga 80 reais por uma cirurgia, pela qual me cobram dez mil.
As mentiras covardes ou os covardes mentirosos são capazes de inventar até um câncer.

Mas, para acabar com o câncer que faz mazelas ao nosso povo, que se faça quimioterapia no PMDB.
O PMDB é como um molusco, seu corpo é o proprio cérebro e aparelho digestivo.
bom dia...

Postado por VSROCCHA

DICAS DE LEITURA PARA MINISTROS DA DILMA

Em tempos de ministros com graves problemas no hipocampo, aquele pedaço ali do cocuruto que age na memória, este blog, em um exercício aplicado de moral e bons costumes, deixa a dica para as autoridades:

Sim, excelências, mirem-se no exemplo do ex-prefeito de Palmeiras dos Índios Graciliano Ramos (1929-30).

Neste município alagoano, o autor de “Vidas Secas” (aí acima no traço do Fortuna) foi tão zeloso com o cacau público quanto era com a sua escrita.

Um furto, por menor que fosse, era tão ofensivo para o velho Graça quanto um gerúndio ou um adjetivo frouxo no seu texto movido a olho seco.

O alagoano, comunista perseguido e levado ao cárcere pela ditatura getulista, deixou, nos seus ``Relatórios´´, um código de ética que ajudaria bastante aos ilustríssimos senhores da Esplanada dos Ministérios.

A seguir, pequenas mostras de prestações de conta do prefeito Graciliano ao governador Álvaro Paes:

GRATIFICAÇÕES - 1:560$000. Estão reduzidas.

ILUMINAÇÃO - A Prefeitura foi intrujada quando, em 1920, aqui se firmou um contrato para o fornecimento de luz. Apesar de ser o negócio referente à claridade, julgo que assinaram aquilo às escuras. É um bluff. Pagamos até a luz que a lua nos dá.

CEMITÉRIO - No cemitério enterrei 189$000 - pagamento ao coveiro e conservação.

ESTRADAS - Procurei sempre os caminhos mais curtos. Nas estradas que se abriram só há curvas onde as retas foram inteiramente impossíveis.

Os relatórios do escritor-prefeito são uma obra-prima de gestão pública. Sem se falar no estilo, óbvio, outra aula de correção.

Em livro, as prestações de contas foram publicadas em 1994, graças a uma co-edição da Fundação de Cultura Cidade do Recife com a ed. Record. O exemplar foi organizado por Mário Hélio, com prefácios de José Paulo Cavalcanti Filho e Joel Silveira.

Deveria ser adotado em todas as repartições públicas deste Patropi Patropizza.


Escrito por Xico Sá

LULA E AS MANCHETES


A fotografia do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao lado de dona Marisa Letícia, divulgada ontem na internet e estampada na primeira página desta edição do “Brasil Econômico”, é mais significativa do que pode parecer à primeira vista

Em primeiro lugar, ao se mostrar publicamente sem cabelos e sem barba, Lula dá uma demonstração de que, mesmo em tratamento do câncer, não perdeu uma de suas habilidades mais evidentes. Ao longo de seus oito anos de governo, ele poupou horas e horas de trabalho dos editores de jornais ao lhes entregar de bandeja a primeira página do dia seguinte.

Ora com um boné do MST, ora com o cocar de chefe indígena, ora com uma frase de efeito ou com alguma comparação sem propósito com o governo anterior, Lula era o presidente da manchete pronta. Fora do Planalto, manteve intacta a habilidade midiática e, depois do recolhimento inicial diante do diagnóstico indesejado, ele se mostra numa cena que muita gente quer esconder.

Impossível não pensar em três consequências desse gesto. A primeira, claro, é social. Ao se expor numa cena como essa, Lula passa o recado de que o câncer, por mais terrível que seja, não é uma doença incurável e que é possível combatê-lo com sucesso. (Dona Marisa fez o corte do cabelo e da barba vestindo uma camiseta com o símbolo da campanha de prevenção do câncer de mama.)

A segunda consequência é política. Lula mostra aos aliados que o recolhimento para o tratamento não significa afastamento (ou alheamento) da vida política. Afinal, ninguém que estivesse preocupado apenas com a evolução do próprio tratamento teria o cuidado de se expor num momento tão íntimo se não houvesse um propósito claro por trás disso.

A terceira, claro, é eleitoral. Uma foto como aquela tem o poder de provocar comoção suficiente para manter em alta a figura de um dos poucos presidentes da história (não apenas do Brasil, mas de todas as democracias) que sairam do governo mais popular do que eram ao ser eleito.

Com o governo de sua sucessora e afilhada Dilma Rousseff bem avaliado, a presença de Lula como o grande fiador de uma presidente sem capital político próprio perdeu a importância em muito pouco tempo. Mas, para fora do governo, a história é outra.

Lula sabe que sem ele os partidos de sua “base de apoio” (inclusive o PT) perdem força nas urnas. A saída, portanto, é procurar manter inalterada a capacidade de influenciar decisões, impor candidatos a prefeito para as eleições de 2012 e se manter em evidência. Com a divulgação da foto, Lula parece pretender deixar claro àqueles que poderiam imaginá-lo fora do jogo que não será essa doença que o impedirá de fazer aquilo que mais sabe: política.

E o Lupi, hein? O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, já caiu. Pode, formalmente, conservar-se no cargo por mais alguns dias, conforme a prática da presidente Dilma de só colocar um ministro trapalhão para correr depois de ter encontrado outro nome para a vaga. Mas é evidente que Lupi não tem mais autoridade para conceder uma audiência sem pôr em risco a reputação de quem se reunir com ele. E, além do mais, zomba da paciência alheia ao dizer que não andou no “jatinho” de Adair Antônio Meira depois de ter sido flagrado descendo de um turboélice fretado por ele. Lupi já caiu. E sabe disso.

Fonte: Brasil Econômico, 18/11/2011

18 de novembro de 2011
Ricardo Galuppo

AS ARTIMANHAS DO FORO DE SÃO PAULO

PT DÁ MAIS UM PASSO PARA IMPLANTAÇÃO DO COMUNISMO NO BRASIL DE ACORDO COM AS DIRETRIZES DO FORO DE SÃO PAULO
Aloizio Amorim

Só quem é petista ou vigarista silencioso e oportunista não vê. Mas o que está em curso em São Paulo é uma grande agitação política do PT que irá tumultuar a cidade de São Paulo.
É a velha tática comunista de criar confusão e até mesmo algum cadáver como bandeira de campanha eleitoral.
O esquema está começando pela ação esquerdista na USP. Mas isto é apenas o começo de um plano incendiário que pretende varrer São Paulo e obrigar a Prefeitura e o Governo do Estado a reagirem.
Todo protesto esquerdista é feito no sentido de obrigar os governos a manterem a ordem pública e usar as forças de segurança.

Como não existe mais ditadura, o país está dentro normalidade democrática, os comunistas do PT partem então para a execução de um plano de agitação no sentido de criar um motivo para greves, passeatas, ocupações de praças, enfim, todas as formas possíveis de agitação.

Como todos sabem, com exceção da revista Veja e de alguns blogs independentes, o grosso da grande imprensa e dos jornalistas brasileiros fazem parte da corriola que apóia os comunistas.
Além disso, os grandes empresários, inclusive os do setor de mídia, como a poderosa Rede Globo, e ainda os banqueiros. Todos esses segumentos empresariais, que se venderam para a bandalha do PT em troca dos favores do Estado, engrossam esse cortejo tétrico de apoio ao comunismo.

O Brasil, assim, segue rumo ao comunismo, como na Venezuela, onde Chávez e seus bate-paus já começam a expropriar propriedades privadas e a economia do país está em frangalhos.
Os cidadão de bem vivem atemorizados pelas falanges comunistas que utilizam a bandidagem que age impunemente. Notem como tudo é igual ao que acontece no Brasil, na Bolívia, no Equador, na Nicarágua e na Argentina.

Qualquer semelhança com o Brasil não é mera coincidência. Isto tudo faz parte do esquema do Foro de São Paulo, organização comunista criada por Lula e demais tiranos do continente e que dá mais um passo no sentido de tornar as eleições, aparentemente democráticas, em instrumentos para implantar regimes comunistas em todos os países latino-americanos.

Isto não é brincadeira. Não é teoria conspiratória. Isto é a mais pura verdade.

Aloizio Amorim

AS FALAS CORRETAS DE GENOÍNO E DILMA

As falas corretas de Genoino e Dilma sobre a Comissão da Verdade. Vamos ver se serão postas em prática

Não tenho preconceitos. Quando ouço ou leio coisas sensatas proferidas por pessoas de quem costumo discordar, não tenho receio de declarar: “concordo” — e a inversa também é verdadeira.
José Genoino, ex-presidente do PT, um dos processados no escândalo do mensalão, é quem é, e o arquivo está aí para demonstrar o que penso de algumas de suas ações. Mas disse algo sensato hoje, segundo informa o Portal G1.
Leiam. Volto em seguida.

Ex-preso político na Comissão da Verdade “não dá certo”, diz Genoino

Por Nathalia Passarinho:

O assessor especial do Ministério da Defesa, José Genoino, afirmou nesta sexta-feira (18) que ex-presos políticos não devem integrar a Comissão da Verdade, que será criada para apurar violações aos direitos humanos entre 1946 e 1988 - período que inclui a ditadura militar. Segundo ele, escolher alguém que foi torturado durante o regime militar poderá dar margem a questionamentos sobre a imparcialidade da comissão. “Colocar ex-preso político não dá certo. Você não pode dar pretexto, porque se coloca alguém de um lado, o outro vai pedir. Se coloca um preso político, vão pedir para colocar quem prendeu”, afirmou após cerimônia de sanção do projeto que cria a comissão.

Genoino, que foi preso e torturado durante da ditadura, defendeu ainda que a presidente Dilma Rousseff não escolha representantes de entidade nem acolha indicações de ministros. “Não pode ter representante de indicação de ministério, senão vira uma colcha de retalhos. Você também não pode colocar representante de entidade, porque ele vai acabar representando a entidade”, disse.

Para o assessor especial do Ministério da Defesa, o grupo que será responsável por investigar crimes políticos não pode ser um “mero ajuntamento de pessoas”. “A comissão não é um ajuste de contas, é um ajuste de contas com o futuro. Se você ideologizar e dividir, você sacrifica o objetivo principal, que é o direito à memória e não julgar A, B ou C”, disse. Segundo Genoino, a Comissão da Verdade deve iniciar a atuação já no início de 2012. “A presidente tem que escolher os nomes com calma. Deve terminar este ano [sem ser instalada] e começar a funcionar a no início do ano que vem”, disse.

A Comissão da Verdade será composta por sete membros indicados por Dilma Rousseff. Segundo o texto da lei, eles deverão ser “de nacionalidade brasileira, designados pelo Presidente da República, com base em critérios como o da pluralidade, reconhecimento de idoneidade e de conduta ética e por defesa da democracia, da institucionalidade constitucional e dos direitos humanos”.

É o mais sensato, já que se fez a tal “comissão”, com esse nome absurdamente pretensioso. “Comissão da Verdade” regulada pelo estado e por governo é sempre algo suspeito, mas vá lá.

Lembro, sendo absolutamente rigoroso com a fala de Genoino, que não se deve mesmo colocar ex-preso político na comissão, ele está certo, mas não apenas porque isso daria “pretexto ao outro lado”. É porque ficaria caracterizada mais uma revanche do que uma conciliação.

Todo mundo sabe que a nossa comissão, à diferença daquela liderada por Desmond Tutu, na África do Sul, vai apontar os crimes cometidos apenas por um dos lados, certo? Os esquerdistas eram só vítimas, e o Regime Militar, só algoz. Falta agora preencher essa narrativa fantasiosa com alguns personagens. A Comissão da Verdade é isto: um grupo em busca de personagens para dar curso a um roteiro que já está escrito.

Na Bahia, onde participou de cerimônia para o lançamento (Atenção! Era só a inauguração de uma intenção) de obras de mobilidade urbana previstas no PAC, Dilma também falou sobre a Comissão da Verdade:
“Eu acredito que, na questão da verdade, chegamos ao momento em que o Brasil encontra consigo mesmo. A gente encontra consigo mesmo porque a gente encontra sem revanchismos. Porque o revanchismo não é uma forma de encontro. Então, encontramos sem revanchismo, mas também sem o silêncio comprometedor da cumplicidade, sem as duas coisas”.

Tá… O texto é mais confuso do que o de Chico de Oliveira, do PSOL, mas deu pra entender. E o sentido geral é correto. O que não vai bem aí é esse “consigo”. Mas fica para o próximo post.

Por Reinaldo Azevedo

ONDE VIVE O ESCRÚPULO POLÍTICO?

Enfurecida, Marta diz que o PT vai ter que "trabalhar para burro". O burro é Haddad.

A escolha da frase foi de uma precisão cirúrgica. Marta Suplicy disse: " o PT terá que trabalhar para burro", referindo-se ao erro de Lula ao determinar que o ministro da Educação, Fernando Haddad, seja o candidato do partido à prefeitura de São Paulo.

Excluída pelo PT da corrida à Prefeitura de São Paulo em 2012, a senadora Marta Suplicy afirmou ontem que a escolha do ministro Fernando Haddad (Educação) foi "um erro" do ex-presidente Lula. Ela se disse "frustrada", mas prometeu guardar os sentimentos "no armário" para apoiar o pré-candidato do partido, que ganhou a chapa sem ter que disputar prévias. "Foi um erro ser assim. Agora vamos nos empenhar muito para que se transforme num acerto", disse à Folha. Marta afirmou que o lançamento do ministro, inexperiente em eleições, deve-se apenas à vontade de Lula. E sugeriu que a presidente Dilma Rousseff se viu forçada a obedecer ao padrinho.

"Foi uma decisão do Lula. Ninguém tinha tido essa ideia brilhante", disse a ex-prefeita, em tom de ironia.
Ela se mostrou contrariada com a versão, difundida por integrantes do governo, de que teria pedido a Dilma que encenasse um apelo para justificar sua desistência. "Foi um apelo dela. Não sei se de coração ou seguindo algo combinado com o Lula." Marta afirmou que o PT precisará "trabalhar para burro" para eleger Haddad e disse não arrepender da declaração, dada em agosto, de que Lula só insistiria no ministro se quisesse perder. "Era o meu diagnóstico naquele momento. Para ser invertido? Vamos ter que trabalhar para burro", afirmou. "Vai depender bastante da militância do PT e do próprio desempenho dele. Vamos ter que nos esforçar muito."

A senadora demonstrou sentir-se traída pelos petistas que sustentavam sua pré-candidatura no partido.
O grupo era comandado pelos deputados federais Cândido Vaccarezza e José Mentor e pelo deputado estadual João Antônio. Às vésperas do anúncio da desistência, eles diziam que Marta tinha se isolado e não atendia as ligações. Ao comentar o episódio, ela sugeriu que os três pretendiam negociar uma eventual desistência em seu nome. "Eu estava dialogando com a presidente, não com eles. Eles queriam muito ser intermediários, e eu não precisava disso. Eles ficaram ofendidos porque não foram intermediários", afirmou.

A mágoa de Marta é a grande preocupação de Haddad e da cúpula petista, que dependem de sua participação para impulsionar a campanha -especialmente na periferia, onde ela é mais popular. Ao anunciar sua saída do páreo, a senadora evitou declarar apoio ao ministro. Na noite de quarta-feira, ele foi ao apartamento dela em Brasília para pedir ajuda. "Ele me pediu apoio, e eu disse que ia cooperar e me engajar na campanha", contou a ex-prefeita. O relato de Marta evidencia a desconfiança de Haddad. "Ele falou: 'Mas você vai me ajudar?' Eu falei: 'Vou. Pode contar'. Vamos fazer uma programação e eu vou me engajar na campanha." Ontem, questionada sobre as bases do apoio, ela disse que "não ficou acertado nada". "Estou a serviço. Eles vão avaliar onde eu posso ajudar. Não posso esquecer que também tenho meu trabalho como senadora, que é árduo." Sobre a insatisfação com o PT, disse: "Já virei a página. Eu queria ser candidata, fiquei frustrada por não ser.
Agora coloquei a frustração no armário e vou trabalhar. Não vou ficar emburrada". A aliados, Haddad disse ter ficado aliviado com a promessa de apoio, mesmo que sem empolgação. A cúpula do PT promove ato amanhã para homologar sua escolha como pré-candidato a prefeito.(Da Folha de São Paulo)

COMISSÃO DO PASSADO

Isso não tem importância nenhuma... já faz parte do passado.
Resposta de Carlos Franklin Paixão de Araújo, companheiro de Dilma, à jornalista que perguntou onde, afinal, teria ficado o dinheiro roubado do cofre de Ademar de Barros. Artigo "As armas e os varões" na revista Piauí.


http://revistapiaui.estadao.com.br/edicao-31/vultos-da-republica/as-armas-e-os-varoes-

Hoje será sancionada a lei que cria a Comissão da Verdade e a lei de Acesso a Informações Públicas. O maior interesse da presidente é apurar as violações de direitos ocorridas entre 1946 e 1988, e esclarecer fatos da repressão militar.

Como a maior parte do povo brasileiro nem se interessa pelo vem acontecendo agora, vai se interessar muito menos em pesquisar qualquer coisa que tenha ocorrido antes. Portanto, tal comissão tem interesse pouco... 'coletivo', diríamos assim.

Por uma questão de lógica, haveria duas alternativas para nossa presidente. A primeira: seguir o exemplo de seu companheiro de assalto ao cofre e ver o passado como assunto que já passou, deixando prá lá maiores esclarecimentos sobre o destino do dinheiro, por sua pouca importância. A segunda seria chamar seu companheiro e, junto com ele, nos informar para onde foi, afinal, o fruto do assalto, fato que estaria diretamente ligado ao desaparecimento 'financeiro'.

Temas interessantes para a Comissão do passado:

"A Comissão da Verdade poderá pedir à Justiça acesso a documentos privados, investigar violações aos direitos humanos, com exceção dos crimes políticos, de motivação política e eleitorais abrangidos pela Lei da Anistia, "promover a reconstrução da história dos casos de violação de direitos humanos" . (Diogo Alcântara - Direto de Brasília)

Lei de acesso à informação - ""A quebra do sigilo de dados ultrassecretos criou polêmica entre os militares e também entre os ex-presidentes e hoje senadores José Sarney (PMDB-AP) e Fernando Collor (PTB-AL). Sarney defendeu a manutenção do sigilo eterno de documentos históricos sob pena de a divulgação desses dados motivarem a abertura de "feridas". O público teria acesso às informações da "história recente" do País. Collor defendeu a "conveniência de como e quanto enfrentar esse passado".

A nova lei vai permitir que todos os brasileiros possam consultar documentos e informações produzidos por todas as esferas da administração pública, tanto no Executivo quanto no Legislativo e Judiciário. Todos os órgãos que recebem dinheiro público terão de expor em suas páginas na internet informações completas sobre sua atuação, como contratos, licitações, gastos com obras, repasses ou transferências de recursos.""

casa da mãe joana