"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 19 de junho de 2012

OSTRACISMO É A SOLUÇÃO


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Longe da presidência desde 2010, Álvaro Uribe se tornou um crítico ferrenho de seu sucessor, Juan Manuel Santos
Depois de conseguir um segundo mandato e fracassar na tentativa de um terceiro, Álvaro Uribe ameaça um novo retorno à presidência da Colômbia

Costuma-se dizer que os ex-presidentes são como móveis velhos. Originalmente, a analogia poderia trazer à mente lembranças de velhos baús, admirados por sua bela aparência, porém deixados de lado, à mercê de cupins vorazes. No entanto, com os avanços da medicina moderna, os países passaram a acumular tais antiguidades. Quatro ex-presidentes norte-americanos vivem nos Estados Unidos, e há uma enorme probabilidade de que o atual presidente, Barack Obama, mantenha-se como “parte da mobília” até a metade do século XXI.
Mas na Colômbia, o ex-presidente Álvaro Uribe, como ocorre no Brasil com o ex-presidente Lula, se recusa a assumir esse papel.

Durante muitos anos, a presidência colombiana seguiu o modelo mexicano: um mandato único, sem reeleição, elaborado como uma vacina contra figuras que pudessem se enamorar pelo poder do cargo. Era uma sábia decisão, considerando que os líderes da América Latina preferem sistemas mais semelhantes ao do Vaticano, no qual os presidentes permanecem no cargo até que morram ou estejam muito doentes para desempenhar as funções presidenciais. Fidel Castro é um desses exemplos, e – depois de orquestrar reformas constitucionais que permitiram suas reeleições – Daniel Ortega na Nicarágua e Hugo Chávez na Venezuela sonham em seguir seus passos. No Brasil, Lula ainda mantêm grande influência nos rumos políticos de seu partido e, apesar do câncer na laringe, não emitiu, até agora, nenhum sinal de que pretende desencarnar do poder ou sair do foco dos holofotes tão cedo. O mesmo acontece com o ex-presidente colombiano.

Graças a seu bem sucedido combate às FARC, Uribe foi um presidente popular que resgatou a fé dos colombianos no futuro. Em 2006 ele conseguiu a aprovação de uma emenda constitucional que o permitiu permanecer na presidência por oito anos ao invés de quatro; em 2010 tentou levar adiante um referendo que lhe daria a chance de disputar as eleição, podendo chegar a um terceiro mandato, mas a proposta foi considerada inconstitucional . Uribe abriu mão do poder, não sem antes escolher seu sucessor, Juan Manuel Santos, que venceu as eleições sem dificuldade.

Revolta contra o sucessor

Esperava-se que Uribe voltasse para seu rancho e criasse uma fundação para defesa de seu legado político. Ao invés disso, ele decidiu viver em um quartel policial em Bogotá, onde pode se reunir com membros das forças armadas, um grupo entre o qual sempre foi popular por sua dura posição contra os guerrilheiros, e vociferar contra seu sucessor, a quem chama de “traidor” no Twitter.
Para Uribe, Santos vendeu sua alma a terroristas e a Hugo Chávez, e a tão sofrida paz colombiana está em vias de desaparecer com o país afundando no caos e as guerrilhas do narcotráfico ressurgindo.
A fúria de Uribe levou alguns militares a discutirem a possibilidade de um golpe contra o atual presidente.
Um golpe contra Santos é algo um tanto improvável, mas outra reforma constitucional, que permita que Uribe dispute as eleições presidenciais de 2014 é bastante possível, e sua base eleitoral já se move nessa direção. Em dois anos a Colômbia pode se ver diante de um plebiscito disfarçado de eleição, com eleitores novamente contra ou a favor de Uribe.

Os gregos da Antiguidade tinham uma grande defesa democrática contra a tirania: o ostracismo. De acordo com Plutarco, o ostracismo – que consistia na expulsão da cidade-estado por dez anos – não era uma punição, mas sim uma medida de proteção, e uma forma de devolver a humildade aos líderes. Muitos na Colômbia prefeririam ver seu ex-presidente dando palestras importantes no exterior, mas infelizmente ele optou por ser um fardo na Colômbia, disparando críticas no Twitter e regozijando-se cada vez que as FARC tentam assassinar algum político.

E é por isso que tantos colombianos – que vivem um momento econômico positivo e que veem seus índices de homicídios caindo – gostariam que Álvaro Uribe, aquela velha peça de mobília, parasse de ocupar espaço na sala de estar da nação.

Opinião e Notícia
19 de junho de 2012

RESULTADO DA RIO + 20 É UMA CATÁSTROFE INEVITÁVEL?


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Preocupações dos países ocidentais parecem outras, que não as questões ambientais abordadas na Rio+20 (Reprodução/Internet)
Ricas nações ocidentais estão financeiramente esgotadas e sem vontade de se comprometer a ajudar o desenvolvimento verde nas nações mais pobres

O que acontece se você sediasse uma conferência da ONU sobre desenvolvimento sustentável, os líderes mundiais fizessem discursos e assinassem tratados, e depois nada acontecesse? Isso, é claro, seria um absurdo. O problema, diz Bill Easterly, especialista em desenvolvimento da Universidade de Nova York, é que nada aconteceu nos 20 anos desde a primeira Cúpula da Terra, a chamada Eco92, em que todas as nações do mundo se reuniram no Rio e prometeram enfrentar os graves problemas ambientais e, em seguida, realizaram mais encontros ambientais, e mais conferências e mais cúpulas.

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A maneira mais caridosa de olhar os 20 últimos anos de conferências ambientais é vê-los como o início de uma discussão global sobre as ameaças das emissões de carbono e uma maior consciência sobre as terríveis consequências que todos iremos enfrentar se as nações não levarem a sério o desenvolvimento limpo e sustentável.
O secretário-geral do ONU, Ban Ki Moon, disse ao Guardian que a Rio+20 é importante demais para fracassar: “Se nós realmente não tomarmos medidas firmes, nós podemos estar caminhado para o fim do nosso futuro”, disse Ban.

De onde virá o dinheiro?

A principal questão discutida é como os países pobres podem se desenvolver sem criar toda a poluição que os países ricos colocaram no mundo para alcançar o patamar atual. Os países em desenvolvimento argumentam que as nações mais ricas devem financiar projetos de energia limpa – como a solar e a eólica – para os países pobres, mas como o correspondente da BBC, Richard Black, salientou, as nações desenvolvidas não estão fazendo nenhuma promessa. O presidente dos EUA, Barack Obama, a chanceler alemã, Angela Merkel e o primeiro-ministro britânico David Cameron sequer virão para a Rio+20.

As preocupações dos países ocidentais parecem ser outras. A maioria deles está tentando encontrar maneiras para pagar dívidas. O Brasil, anfitrião da conferência, tem oferecido passagens, alimentação e alojamento a qualquer nação pobre que não pode se dar ao luxo de gastar para participar de um encontro como este. E os EUA, com sua enorme economia livre da recessão pesada, com seus líderes políticos centrados na eleição presidencial de novembro, simplesmente não estão dando muita atenção ao Rio+20.

Como Francis Vorhies, repórter da revista Forbes escreveu: “O elefante na sala, é claro, é a questão financeira. Com os europeus menos dispostos e capazes de transferir recursos para os países em desenvolvimento, de onde virá o dinheiro para cumprir qualquer novo compromisso firmado na Rio+20?”

Sem comprometimentos

A falta de atenção dos líderes ocidentais com a conferência foi traduzida como uma falta de compromisso para promover mudanças ambientais. O jornal Guardian observou que durante as discussões no Rio nesta semana, o verbo“incentivar” foi usado mais de 50 vezes, mas que o firme verbo “dever” apenas três vezes.

Sem promessas de apoio dos países ricos e da China, – em vias de se tornar o maior poluidor do mundo – os países em desenvolvimento devem assumir a liderança na Rio+20. Isso significa que, como disse o britânico príncipe Charles, o mundo “dorme enquanto caminha para uma catástrofe”. Talvez. É tentador ver a Rio +20 como uma catástrofe inevitável, um exercício de discussão inútil e sugerir que cada nação deve simplesmente se afastar.

Às vezes a falha em si pode ser um alerta. Grupos de ativistas ambientais têm se esforçado nos últimos anos para conseguir que a mídia aborde a questão da sustentabilidade. Os órgãos de imprensa têm a responsabilidade de transformar o problema de “concentrações de dióxido na atmosfera” em algo inteligível, para promover um debate construtivo sobre o que se pode fazer para diminuí-lo e evitar a catástrofe.

Escolas também têm papel importante ao educar as crianças sobre as questões ambientais. As empresas privadas – cujo poder econômico muitas vezes supera as economias de vários governos nacionais – também têm maneiras de alterar a forma como fazem negócios, reduzindo seu consumo de energia e as emissões de fábricas e escritórios. Os consumidores podem recompensar as empresas que são ambientalmente responsáveis pagando mais por seus produtos ecológicos.

A catástrofe não é inevitável, mas vai demorar a ser abordada, o que só acontecerá quando houver pressão pública e alguns líderes chaves acharem no assunto um interesse político. Isso já aconteceu antes. Na década de 1970 e 1980, protestos estudantis contra as armas nucleares pareciam loucura, quando os líderes norte-americanos e soviéticos estavam no auge de sua rivalidade. Mas em 1987 em Washington, Ronald Reagan e Mikhail Gorbachev assinaram o Acordo de Forças Nucleares de Médio Alcance, o primeiro tratado para limitar o número de armas nucleares no mundo. A União Soviética estava exausta e afundada em dívidas. Às vezes, as dívidas tornam as pessoas flexíveis e criativas.

Opinião e Notícia
19 de junho de 2012

O TESTAMENTO DE JEAN GENET


Jean Genet foi o autor maldito por excelência da primeira metade do século XX. Nascido de pai desconhecido, abandonado pela mãe aos sete meses, criado no orfanato, Genet, − homossexual declarado numa época em que opções sexuais eram ocultas, − fez todo tipo de biscates, passou pelo reformatório e acabou preso, já adulto, por vários pequenos roubos e crimes.

Com esse perfil, dificilmente teria chegado a qualquer destaque, não fosse seu fabuloso gênio literário, que cedo chamou a atenção de luminares como Jean Cocteau e muitos outros intelectuais franceses, que também manifestaram intensa admiração por sua poesia, suas peças de teatro e seus romances.

Jean-Paul Sartre − de tão impressionado com as circunstâncias e o talento avassalador de Genet, − chegou a escrever um ensaio de 500 páginas a seu respeito, intitulado “São Genet, ator e mártir”, publicado em 1952, quando Genet tinha 42 anos.

Genet vivia como nômade, e numa de suas muitas peregrinações pelo mundo, já famoso, esteve no Brasil nos anos 1970 para acompanhar a montagem de uma peça sua por Ruth Escobar. Esta chegou a revelar mais tarde, a um de seus biógrafos, que o escritor, hospedado em sua casa em São Paulo, pulava de manhã na cama apenas para bater papo, “com os pés cheirando a camembert”.

O documento reproduzido nesta página é o testamento manuscrito que Genet fez em agosto de 1964. Um documento sucinto e breve para alguém cujo único bem era sua obra e os direitos de autor:

“Este é meu testamento, que anula os testamentos anteriores:
Deixo a totalidade de meus direitos literários, cinematográficos, teatrais, enfim, todos os direitos relativos à minha obra ao senhor Ahmed Lahoussine.
Peço à senhora Monique Lange e ao senhor Juan Goytisolo de encarregarem-se da estrita observância do meu testamento.

Peço a senhora Rosika Colin e ao senhor Flechtman para passar todos os meus direitos ao senhor Ahmed Lahoussine”.


 Genet assinou e Monique Lange − com quem ficou este documento − serviu de testemunha.
Genet estava então encantado por um rapaz de origem norte-africana, Ahmed Lahoussine, e resolveu, como não tinha nenhum parente, deixar-lhe o que tinha de mais valioso.
Genet, que só viria a falecer 25 anos mais tarde, em 1989, mudou mais tarde seu testamento, que continuou a favorecer Ahmed, mas não mais exclusivamente.
Não se conhece o quanto Ahmed sabia das intenções de Genet, mas o fato é que após a morte do escritor, num modesto hotel parisiense, o amigo preparou o enterro de seu protetor num pequeno cemitério no Marrocos, e foi dos poucos presentes na breve cerimônia de seu sepultamento.

Monique Lange conservou o documento em seus arquivos até sua morte, no início deste século, quando seus papéis foram leiloados em Paris.


Pedro Corrêa do Lago
19 de junho de 2012

MALUF CONSTUIRÁ VIADUTO LIGANDO HADDAD A LULA


Maluf construirá viaduto ligando Haddad a Lula Maluf deu sinal verde para o início das obras.


RODOANEL - Minutos depois de firmar aliança com o PT, Paulo Maluf anunciou a construção de um viaduto ligando Lula a Haddad. "O povo de São Paulo sabe muito bem que construí centenas de pontes, autoestradas e terminais rodoviários.
O viaduto Lula-Haddad será uma ligação concreta, cimentada, que tornará a parceria inquebrantável e permitirá o tráfego livre de votos, influência, cargos e carisma", discursou.

Estimulado pelos repórteres a comentar as diferenças ideológicas entre si mesmo e Haddad, Maluf obtemperou: "Hoje não existe capitalismo e comunismo. Esquerda e direita. Corinthiano e palmeirense. Lula e Maluf. A vitória foi do fisiologismo."

Emocionado, Lula disse que sempre admirou a filosofia progressista. "Progredir é somar. E nada como uma aliança que some mais de um minuto ao nosso tempo de TV", disse o ex-presidente em exercício.

Lula revelou que a parceria com Maluf é um sonho realizado. "Já faz bastante tempo que Maluf está na lista dos mais procurados pelo PT e pela Interpol", disse, contendo uma furtiva lágrima.

O PMDB se manifestou exigindo pelo menos três cargos comissionados nas Ilhas Jersey.

19 de junho de 2012
The i-Piaui Herald

O CRIME E A LEI


Foi diante dessa relação que a psicanálise colocou sua colher de pau, nesse angu, trazendo sua perspectiva, o seu olhar no ponto chave da dialética entre o individuo e o social. Ora, o dito paulino é de uma lógica a toda prova se pensarmos bem. No entanto, o sentido lógico se revela claramente quando estudamos a dinâmica social, isto é, dentro de concepções e formulações sociológicas, fundamentais diga-se, além de compreensões sobre o direito e sua implementação histórica na vida dos povos.

Mas a pergunta que cabe é: será que antes da entrada do direito na vida cotidiana, social, dos povos, não havia o crime? Certamente que sim e não é preciso apelar para as concepções bíblicas (ainda que interessantes) para termos a confirmação da afirmativa.

A olho raso é possível discernir que a chamada vida humana não tem inicio no grande social de imediato, e sim, no micro social, ou seja, na família, não importa aqui o tipo de família que estejamos pensando ou falando. E desde que nos posicionemos contrários a idéia de que o fator gerador do crime seja de base genética, fica a pergunta: de onde viria essa propensão?

Para a psicanálise, em especial a freudiana, os dois grupos de pulsões inatos a todo humano, seria o amor e o ódio, podendo ser lidos como sexo e morte, ou ainda, pulsão amorosa e pulsão agressiva. Freud defendeu que era contra essas duas tendências que a civilização lutava e sobre as quais foi erguida no sentido direto.

Agora quem retomou a idéia sobre o dito do apóstolo Paulo foi Jacques Lacan construindo toda uma articulação em torno do núcleo social original, qual seja o familiar. Para Lacan, seguindo as pegadas de Freud, toda relação inicial do bebê (por questões de necessidade e dependência biológica) tinha inicio com a mãe, algo inevitável porque a provedora do leite, do alimento, etc.
A essa relação lógica inevitável Freud irá demarcar toda uma intensa ligação a qual Lacan irá acompanhar.
A lógica levantada por Lacan é que caberia ao pai (sustentado pelo desejo da mãe) o corte a essa relação inicial intensa (espécie de paraíso perdido). E aqui a lógica lacaniana se faz sentir, ao propor como cabendo ao pai o sentido da lei.

Será diante dessa “lei” paterna que todo humano, menino e menina, terá que definir seu caminho: se irá acatar a lei ou a repudiará. Este o drama existencial levantado e defendido pela psicanálise com conseqüências na vida de todo individuo e com repercussões no social.
Obviamente que esse drama individual (ou edipiano como chamou Freud) universal possui desdobramentos e não se dá de uma forma tão linear como apontei aqui resumidamente. A própria postura do pai e da mãe e aquilo que eles viveram e experimentaram em sua infância são levadas em consideração sendo de suma importância. De qualquer forma a idéia aqui foi tocar em um assunto que pode ser útil como forma de reflexão apenas para as nossas vidas seja do ponto de vista individual ou social.

Laurence Bittencourt
19 de junho de 2012

(*) Ilustração: Apóstolo Paulo por Rembrandt (1657)

OLHA O BREJO AÍ "GENTES"!

O Partido dos Trabalhadores, através da imprensa chapa branca, quer fazer acreditar que o crescimento no percentual da intenção de votos, de Fernando Haddad tenha sido a grande exposição na tv junto a Lula, quando este, como de hábito, até ferindo a legislação, começou a campanha antes do dia 6 de julho. Fosse isso verdade, há tempos Haddad teria saído dos 3% onde permaneceu um grande tempo estacionado.


Agora, na pesquisa feita no final da semana passada pelo Data Folha, o candidato petista passou de 3 a 8%. Mas aí há um estranha coincidência, esse pulo se deu junto com o apoio comprado de Paulo Maluf. O trabalho de Lula vem desde que ele, por vontade própria, escolheu Haddad, mas não conseguia tirá-lo da desconfortável situação, o fato somente aconteceu com a anuncio da chegada do bandido internacional Maluf.
Mesmo assim o petista continua numa situação muito ruim, pois na mesma pesquisa, a liderança continua com José Serra (PSDB) 30%, seguido por Celso Russomano (PRB) 21%. Ele está num patamar bem mais abaixo, embolado junto com Soninha (PPS), Netinho de Paula (PC do B), Gabriel Chalita (PMDB) e Paulinho da Força (PDT).

Existem ainda outros problemas, essa juntado com Maluf não foi digerida por Luiza Erundina, recém escolhida a vice na chapa. Perguntada como se sentiria participando de eventos ao lado de Maluf, que é seu inimigo histórico, respondeu: “Eu não acredito que Paulo Maluf participará de eventos públicos junto comigo. Isso é contraproducente do ponto de vista eleitoral. Eu evitaria essa situação porque cria um certo mal-estar na relação com aquelas pessoas que tem mais ligação com o povo, que sabem quem é Maluf”.

O fato também desagradou Marta Suplicy, que apesar de recusar-se a participar da campanha, é menos ruim não tê-la do que tê-la contra.
Segundo ela, a aliança com o pepista Maluf na eleição, seria um pesadelo seria maior que um respaldo do PSD de Gilberto Kassab.
O que se pode assegurar é que o onipotente e onisciente Lula, de besteira em besteira está levando as eleições paulistanas para o brejo.

Giulio Sanmartini
19 de junho de 2012

ESTOU VELHO, E DAÍ?

(crônica)
 
Ou duas araras falsas na varanda, que ficam balançando, coloridas, ao sabor do vento. E de criar meus canários-da-terra. Soltos. São meus amigos também. Vem comer todos os dias em casa. Eu até tenho o direito de ser desarrumado. Barba meia branca por cortar. E meio extravagante! Vi muitos amigos queridos deixarem este mundo cedo demais, antes de compreenderem a grande liberdade que vem com o envelhecimento. Quem vai me censurar se resolvo ficar lendo ou no computador até as quatro horas da manhã e dormir até meio-dia? Já sou aposentado. Já trabalhei 48 bons anos da minha vida e não me arrependo.
Agora, até participo de um blog, como redator diletante. Eu ainda danço ao som daqueles sucessos maravilhosos dos anos 60 & 70 e se, ao mesmo tempo, desejar chorar por um amor perdido alhures … eu choro. Ando na praia, fora daquele horário de sol forte, de chapéu e com um short excessivamente esticado sobre um corpo meio decadente, e posso mergulhar nas ondas com abandono, se eu quiser, apesar dos olhares penalizados daqueles outros do jet set, que tem os corpos marombados por muitas horas de malhação.
Não tenho que mostrar mais nada a ninguém. Esses, também, se tiverem alguma sorte, vão envelhecer. Sei que fico, às vezes, esquecido. Mas há algumas coisas na vida que merecem e devem ser esquecidas. É muito mais prático me recordar só das coisas agradáveis e importantes. E faço muito isso…

Claro, ao longo dos anos, alguma vez meu coração foi quebrado. Como não quebrar seu coração quando você perde alguém querido, ou quando uma criança sofre, ou mesmo quando algum amado animal de estimação é atropelado por um carro? Mas, corações partidos são os que nos dão força, compreensão e compaixão. Um coração que nunca sofreu é imaculado e estéril. Nunca conhecerá a alegria de ser imperfeito. Eu sou tão abençoado por ter vivido o suficiente para ter meus cabelos grisalhos, e ter os risos e alegrias da juventude gravados para sempre nos sulcos profundos do meu rosto. Muitos nunca riram; muitos se foram antes que seus cabelos virassem prata. Conforme você envelhece, é mais fácil ser positivo. Você não se preocupa nada com o que os outros pensam. Não me questiono mais. Ganhei o direito de estar errado, nas raras vezes em que isso acontece. A idade nos dá sabedoria para errar muito menos.

Assim, gosto de ser velho. Isso me libertou. Especialmente gosto da pessoa em que me tornei. Eu não vou viver para sempre mas, enquanto ainda estiver por aqui, não vou perder tempo lamentando o que poderia ter sido, ou me preocupar com o que será. E vou comer sobremesa todos os dias, se me apetecer, e… se o meu bom médico homeopata deixar.

Magu (adaptação)
19 de junho de 2012

O DESEMBARGADOR QUE CONFUNDE TRIBUNAL COM PALANQUE PERDEU A GUERRA CONTRA A JUSTIÇA

Tourinho Neto

Comandada desde o dia 12 pelo desembargador Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, a campanha pela libertação de Carlinhos Cachoeira e pela anulação da escuta telefônica feita pela Operação Monte Carlo colidiu nesta segunda-feira com a sensatez dos magistrados que completam a 3ª Turma, encarregada de julgar o pedido de habeas corpus impetrado por Márcio Thomaz Bastos em favor do cliente de R$ 15 milhões. Os desembargadores Cândido Ribeiro e Marcos Augusto de Souza não viram motivos para invalidar as provas colhidas pela Polícia Federal em decorrência das conversas grampeadas com autorização judicial e monitoradas pelo Ministério Público. Por 2 votos a 1, Tourinho perdeu a batalha contra a verdade e a Justiça.

Relator do recurso apresentado pelo advogado de Cachoeira, ele resolveu que foram “insuficientes” os argumentos arrolados pelo juiz que autorizou a escuta. E transformou o parecer numa impiedosa sequência de pontapés nos fatos, no Código Penal e na Constituição. “Essa interceptação telefônica não pode ser autorizada com base em meros indícios e denúncias anônimas”, começa. Errado: houve uma denúncia anônima, mas a escuta só foi solicitada depois da coleta de evidências veementes e revelações fornecidas por testemunhas confiáveis.

“Não pode haver a banalização da interceptação telefônica para combater o crime”, prossegue Tourinho. O que não pode pode haver é a banalização da impunidade em consequência de restrições sem fundamento à utilização do grampo, corrigem integrantes do Ministério Público. “Quem corrompeu? Quem foi corrompido? Qual foi a sonegação tributária?”, pergunta Tourinho. As respostas têm inundado nas últimas semanas o noticiário político-policial.

Depois de louvar o direito constitucional à privacidade, Tourinho dá um pito nos participantes da Operação Monte Carlo. “Será que a Polícia Federal não sabe enfrentar bandidos, não tem inteligência, tecnologia, nem câmeras de precisão para investigar à distância?”, provoca. “A PF não sabe fazer campana nem monitoramento?”. O sherloque de toga deveria pelo menos ver seriados policiais na TV. Aprenderia que a escuta legal é perfeitamente compatível com a Constituição. Também deveria ler as descobertas espantosas resultantes das gravações telefônicas. Aprenderia que é muito lixo para pouco tapete.

A interrupção do julgamento do habeas corpus, suspenso por um pedido de vista do desembargador Cândido Ribeiro, não abrandou o ânimo beligerante de Tourinho. Ansioso demais para aguardar uma semana, resolveu libertar o prisioneiro na sexta-feira. Em outra jogada esperta, Márcio Thomaz Bastos pediu-lhe que estendesse a Cachoeira a argumentação costurada para soltar, na véspera, um integrante da quadrilha. Para justificar a aprovação do pedido, o desembargador produziu uma dos mais delirantes despachos da história do Judiciário.

As linhas iniciais reduzem Cachoeira a um inofensivo bicheiro. “O forte da denúncia contra o paciente é a contravenção”, garante Tourinho. Depois de lembrar que em muitos lugares a jogatina é legalizada, e que não são poucos os brasileiros favoráveis à reabertura dos cassinos fechados nos anos 40, vem a exortação à brandura: “Temos de ponderar que os jogos de azar não constituem crime, e sim contravenção, um ilícito menor”. Muito pior foi o que fez a Polícia Federal, informa em seguida: “Não votei pela sua liberdade, e sim para declarar nulas as interceptações telefônicas por reconhecê-las como ilícitas, determinando a imediata retirada dos autos”.

Linhas adiante, Tourinho muda de rumo e admite que o infrator de baixíssima periculosidade chefiou uma quadrilha de grosso calibre. “Mas atualmente o quadro é outro”, ressalva. “A poeira sentou. A excepcionalidade da prisão preventiva já pode ser afastada. A organização foi desbaratada”. E nem um Carlinhos Cachoeira se atreveria a desafiar a vigilância da imprensa e dos parlamentares que investigam o réu.
O delinquente não voltará a agir “diante da instauração da CPMI, conhecida como CPI do Cachoeira, que tem até musa, diva, segundo a galhardia, picardia, elegância da imprensa!” A manobra que tiraria o bandido da cadeia malogrou por ter ignorado a existência de um segundo mandado de prisão.

No fim de semana, o TRF transferiu para outra comarca o juiz que mandou engaiolar Cachoeira em 29 de fevereiro. A mudança de endereço foi reinvindicada pelo próprio magistrado, alvo de sucessivas ameaças anônimas. Essa e outras tentativas de intimidação, conjugadas com subornos e extorsões, gritam que está longe de ser desativada a quadrilha que abrange governadores, senadores, deputados, altos funcionários, empresários, meliantes infiltrados nos três Poderes e a Construtora Delta. Fora o resto.

Tourinho, convém registrar, não é o único magistrado que se recusa a falar apenas nos autos do processo. Mas foi o primeiro a transformar tribunal em palanque para improvisar comícios em defesa de uma decisão indefensável. Cumpre ao Conselho Nacional de Justiça descobrir por quê. Também é preciso ensinar-lhe que, para não envergonhar o Judiciário, um juiz precisa ter juízo.

19 de junho de 2012
Augusto Nunes

ANTES QUE SAIA DO AR, ASSISTA O QUE A GRANDE MÍDIA NÃO MOSTRA

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=r_gra4haOZQ

Práticas de "paradas gay" que o governo NÃO quer que você veja! (VÍDEO)

ASSISTA ANTES QUE O YOUTUBE RETIRE DO AR: A "PARADA GAY" QUE O GOVERNO NÃO QUER QUE VOCÊ VEJA!


É, prezado internauta, é esse show de promiscuidade extrema, de imoralidade e desrespeito à cidadania que acontece em praticamente TODOS os eventos deste tipo, e TODO mundo sabe...
Mas, como é "politicamente incorreto" falar, hoje, contra práticas homossexuais e de tais eventos que EVOCAM OS VALORES DOS QUE DEFENDEM ARDUAMENTE TAIS PRÁTICAS, então a sociedade tem de engolir calada esse desrespeito.
CHEGA DE ABUSOS CONTRA A SOCIEDADE! CHEGA DE HIPOCRISIA GOVERNAMENTAL! CHEGA DESTA ODIOSA "DITADURA GAY" QUE TENTA SE IMPOR EM NOSSA JÁ COMBALIDA SOCIEDADE! CHEGA!...
19 de junho de 2012

"AMEAÇAS A JUIZ FEDERAL SÃO DE GRAVIDADE INCOMUM", DIZ AYRES BRITTO

Segundo a corregedora, Moreira Lima disse que seu trabalho estava sendo desqualificado pelo TRF

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Carlos Ayres Britto, afirmou serem de "gravidade incomum" e "qualificada" as ameaças veladas feitas ao juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, que comandava o processo contra o contraventor Carlinhos Cachoeira, e que o levaram a abandonar o caso. "Não se pode ameaçar do ponto de vista físico, moral ou psicológico nenhum julgador e sua família", afirmou.

 
O presidente do STF Ayres Britto disse que as ameaças veladas são qualificadas - André Dusek/AE
André Dusek/AE
 
O presidente do STF Ayres Britto disse que as ameaças veladas são qualificadas
A corregedora Nacional de Justiça, Eliana Calmon, afirmou que ouvirá o juiz Moreira Lima e questionará o Tribunal Regional Federal da 1ª Região se foram adotadas providências para proteger o magistrado ou se o tribunal simplesmente aceitou seu afastamento do cargo.

"Não podemos ter juízes covardes, juízes ameaçados. Não podemos aceitar que ameaças veladas impeçam a magistratura de exercer suas funções", afirmou a ministra. "No dia que aceitarmos tal precedente, não teremos magistrados independentes", acrescentou.

À corregedora, o juiz federal Moreira Lima afirmou que, além das ameaças veladas, seu trabalho era contestado pelos colegas de tribunal, especialmente sobre a legalidade das provas obtidas no curso das investigações.

De acordo com Eliana Calmon, Moreira Lima disse que seu trabalho estava sendo desqualificado pelo TRF. "Se minhas provas estão sendo desqualificadas, se estou me sacrificando à toa, eu estou saindo do processo", afirmou o juiz conforme Eliana Calmon.

O juiz federal que herdaria o caso, Leão Aparecido Alves, tem ligações pessoais com um dos investigados. Por isso, em entrevista à TV Anhanguera, ele afirmou que se declarou suspeito e que não assumirá os rumos da investigação.

Felipe Recondo, de O Estado de S.Paulo
19 de junho de 2012

O ESTRANHO ENCONTRO DE PARIS


Sugestão do Leitor

Caro leitor, neste espaço, você pode participar da produção de conteúdo em conjunto com a equipe do Opinião e Notícia. Sugira temas para pautas preenchendo os campos abaixo. Participe!

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À esquerda, o deputado Maurício Quintella Lessa (PR-AL), que reuniu-se com o senador Ciro Nogueira (PP-PI), à direita, e com o dono da Delta Fernando Cavendish em Paris. Denúncia foi do deputado Miro Teixeira (centro) (Divulgação)
É difícil de acreditar que dois parlamentares, membros da CPI do Cachoeira, se encontraram por acaso com o dono da Delta, Fernando Cavendish, na capital francesa

A bela Paris se estende por 105 mil km² , onde 2,2 milhões de habitantes desfilam em suas calçadas, cafés e praças, nos quais parisienses e turistas de todo o planeta alternam suas refeições diurnas tradicionalmente entre 11h e 15h.

Então fica difícil de acreditar que dois parlamentares, membros da CPI mista do Cachoeira no Congresso Nacional em Brasília, se encontraram por acaso com o dono da Delta, Fernando Cavendish, na Semana Santa, duas semanas antes de a CPI ser aberta.

Justamente no mesmo restaurante? E no mesmo horário? Eram eles o senador Ciro Nogueira (PP-PI), o deputado Maurício Quintella (PR-AL) e o deputado Eduardo da Fonte (PP-PE). Os dois primeiros, membros da CPI que seria aberta poucos dias depois. Um detalhe. Ciro Nogueira é amigo de Cavendish, foi ele quem ajudou a levar a Delta Construções para o Piauí.

O trio voltava de uma agenda oficial do Congresso na África e resolveu esticar o feriado na cidade, onde o voo fazia escala. Não se sabe ainda quanto tempo conversaram e o que falaram. Na CPI, recentemente, Ciro não defendeu nem acusou. Quintela pediu a convocação de Cavendish.

O restaurante seria o L’Avenue, na Av. Montaigne, perto dos Champs Élysées. Muito frequentado por brasileiros. Foi ali que foi visto almoçando, um mês depois, no dia 28 de Maio, o secretário de Trabalho do governo do Rio, Sergio Zveiter.

Se mesmo lá, é uma prova de que Fernando Cavendish, dono da construtora mais enrolada do país, com repasses de mais de R$ 30 milhões a empresas fantasmas do contraventor Carlinhos Cachoeira, não dava a mínima para a CPI. E continua, porque até agora foi misteriosamente blindado na comissão para não depor, com a ajuda da bancada do PT.

Na Av. Montaige circula a nata parisiense e dos turistas endinheirados. Além do L’Avenue, de propriedade dos irmãos Costes – onde os clientes vão para ver e serem vistos, além de desfrutar do bom cardápio -, existem os badalados La Maison Blanche, no topo do Theatre des Champs Élysées e com uma das melhores vistas da cidade.

A mesma avenida sedia também o Alain Ducasse, o mais caro de Paris, que leva o nome do dono, dos mais conceituados chefs do mundo. E o Le Relais Plaza, também no Plaza Athénée, um bistrô chique frequentado pela high society da cidade, com ambiente Art Déco.

Paris tem 6 mil restaurantes. O trio parlamentar se encontraria com Cavendish logo num deles, no mesmo cantinho, numa avenida de três quilômetros e dezenas de outros cafés. O destino, a se confirmar a tese do encontro fortuito dos políticos com o empreiteiro, é mesmo instigante.

Leandro Mazzini
19 de junho de 2012

AMEAÇADO DE MORTE

Juiz que mandou prender Cachoeira pede afastamento

Paulo Augusto Moreira Lima disse que está em 'situação de extrema exposição junto à criminalidade do estado de Goiás'


O juiz responsável pela Operação Monte Carlo, que culminou com a prisão do contraventor Carlinhos Cachoeira, relatou ser alvo de ameaças de morte e pediu para ser retirado do caso.
Argumentando estar em “situação de extrema exposição junto à criminalidade do estado de Goiás”, o juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima informou que vai deixar o Brasil em setembro “por questões de segurança” durante os três meses que acumulou de férias.

O jornal O Estado de S.Paulo teve acesso a um documento encaminhado pelo juiz ao corregedor-geral do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, no qual ele conta que sua família foi recentemente abordada por policiais: “Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente a Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada, visto que mostraram que sabem quem são meus familiares e onde moram”.

Convivendo com as consequências

Ainda de acordo com o juiz, “há crimes de homicídio provavelmente praticados a mando por réus do processo pertinente à Operação Monte Carlo, o que reforça a periculosidade da quadrilha”.

No documento, Paulo Augusto Moreira Lima ressalta ainda que ficará marcado por sua atuação na Operação Monte Carlo, tendo que conviver com suas consequências.

O comando da operação deve ser repassado para o juiz federal titular da 11ª Vara em Goiás, Leão Aparecido Alves. Sua amizade — admitida recentemente — com um dos investigados no caso, entretanto, podem colocá-lo sob suspeita.

19 de junho de 2012

EM 2000, LULA, MENSALEIRO-MOR, QUERIA VER MALUF ATRÁS DAS GRADES

Em 2000, Lula queria ver Maluf atrás das grades

No vídeo acima, Paulo Maluf e seu neoaliado Fernando Haddad se esforçam para explicar o estreitamento de inimizades que levou o PP e o PT de São Paulo a se juntarem numa mesma coligação. Um episódio da eleição municipal de 2000 dá ideia do tamanho do desafio embutido na tentativa de justificar o impensável.

Há 12 anos, Maluf disputava a preferência do eleitor paulistano com a petista Marta Suplicy, que o qualificava de “nefasto”. O embate escorregou para o segundo turno. Na propaganda televisiva, o agora coligado do PT defendia a adoção da prisão perpétua como remédio contra a criminalidade.

Em entrevista, Lula foi à jugular: “O Maluf é que deveria estar atrás das grades e condenado à prisão perpétua por causa da roubalheira na prefeitura.” Abespinhado, o agredido acionou o agressor na Justiça Eleitoral. A petição foi ao arquivo. Inconformado, Maluf ajuizou uma queixa-crime. Abriu-se, então, um processo na 4ª Vara Criminal de São Paulo.

Chegou-se a marcar uma audiência para a inquirição de Lula. Ocorreria em 28 de agosto de 2001. Porém, valendo-se dos bons préstimos do advogado Márcio Thomaz Bastos, Lula obteve no Tribunal Criminal de Alçada de São Paulo uma liminar trancando a ação.

Argumenta daqui, contra-argumenta dali, o caso subiu para o STJ, em Brasília. Chegou-se a indicar um relator. Sobreveio a eleição de Lula à Presidência da República. E Maluf, como que farejando promissoras alianças, retirou a queixa-crime de circulação. Melhor assim.
Em política, já dizia o velho Ulysses Guimarães, o sujeito não pode estar tão próximo que amanhã não possa estar distante, nem tão distante que amanhã não possa se aproximar.

19 de junho de 2012
Josias de Souza - UOL

APÓS AMEAÇA DE MORTE, JUIZ DO CASO CACHOEIRA PEDE AFASTAMENTOP

 O juiz federal Paulo Augusto Moreira Lima, responsável pela Operação Monte Carlo, relatou ser alvo de ameaças de morte, disse que homicídios podem ter sido cometidos por integrantes do esquema do contraventor Carlinhos Cachoeira e pediu para ser tirado do caso.

Em ofício encaminhado no último dia 13 ao corregedor-geral do Tribunal Regional Federal da 1.ª Região, Carlos Olavo, ele afirma não ter mais condições de permanecer no caso por estar em "situação de extrema exposição junto à criminalidade do Estado de Goiás". E para evitar represálias, disse que deixará o País temporariamente.

No documento ao qual o Estado teve acesso, o juiz relata que segue esquema rígido de segurança por recomendação da Polícia Federal, mas diz que sua família foi recentemente abordada por policiais, que fizeram uma "ameaça velada".

"Minha família, em sua própria residência, foi procurada por policiais que gostariam de conversar a respeito do processo atinente à Operação Monte Carlo, em nítida ameaça velada." Lima indica que investigados pela Operação Monte Carlo podem estar relacionados a assassinatos cometidos recentemente, o que configuraria queima de arquivo. "Pelo que se tem informação, até o presente momento, há crimes de homicídio provavelmente praticados a mando de réus do processo", escreveu.

Nas cinco páginas em que explica o pedido para deixar o caso, Lima elenca os recentes processos polêmicos que comandou. Na Monte Carlo, 79 réus foram denunciados, sendo 35 policiais federais, civis e militares. E por ter determinado o afastamento dos policiais de suas funções, afirma que não pôde ser removido para varas no interior do Estado "por não haver condições adequadas de segurança". Em setembro, Lima afirma que tirará os três meses de férias que teria acumulado e sairá do País por "questões de segurança".

19 de junho de 2012
FELIPE RECONDO - Agência Estado

HADDAD E LULA COM MALUF:UM PASSEIO PELO FREAKSHOW

 

Paulo Maluf (PP-SP) consolidou hoje seu apoio a Fernando Haddad (PT-SP) na disputa pela prefeitura de São Paulo.
É difícil ser mais chocante do que essa frase. Mas, na dúvida, dá pra dar uma olhada pelas notícias e aumentar o grau de esquisitice. Vejamos. Na Folha, lê-se: Maluf afirma que fez aliança com PT por ‘amor a São Paulo’:
“É o nosso candidato porque eu amo São Paulo. E por amor a São Paulo eu tenho plena convicção de que São Paulo vai precisar do governo federal para resolver seus problemas.”
Estranho, se o próprio Haddad afirma que São Paulo é que dá dinheiro ao governo federal e a bufunfa não volta. Mas Maluf fala em “amor”. Amor, cara? Como já afirmou o Gravataí, Amor não é aquilo que te dá 1 minuto pra fazer propaganda. O nome disso é Paulo Maluf. Amor é outra coisa.
A quizumba é reprise. Em 2004, Maluf também apoiou a petista Marta Suplicy no segundo turno contra José Serra, um inimigo muito mais poderoso – por ter bala na agulha para criticar os gastos heterodoxos de ambos os ex-prefeitos. O discurso malufista, por sinal, não mudou muito do que dizia em 2004: “Só o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva podem salvar São Paulo, que é uma cidade quebrada”. Quebrada é uma cidade de onde o dinheiro sai e para onde não volta, correto?

A vice de Haddad na chapa é a antiga companheira ex-prefeita ex-petista (ex?)-socialista Luiza Erundina (PSB-SP). Haddad é o candidato cujo Lattes, como mostramos aqui, apresenta sua tese de mestrado em Economia sobre “o caráter socio-econômico do sistema soviético” um ano antes do regime comunista desmoronar de vez (ok, desmoronar oficialmente, já que com uma contabilidade que ultrapassa os 150 milhões de cadáveres é difícil não dizer que já tinha nascido no esgoto). Haddad aliado com Luiza Erundina era uma espécie de ala bolchevique do PT: aqueles tão radicais que nunca são maioria, mas adoram dizer que representam as massas desfavorecidas. Era a ala da vemelhidão absoluta petista – com polissemia inclusa.

Se o não for um bom prefeito…

Todavia, Erundina – mais, digamos, vermelha que Haddad – não curtiu muito a aproximação com Paulo Maluf e teceu duras críticas. Haddad diz que entendeu (na Folha):
“Compreendo as declarações, porque se você retornar a um período de 20, 24 anos atrás, era um contexto em que as coisas se comportavam de maneira diferente. Hoje, temos um projeto político no país, que está dando certo num terceiro mandato [dois de Lula e um de Dilma] e que, inclusive, conta com o apoio do Partido Progressista.”
Tudo depende do contexto. Maluf tem fama de corrupto, de conservador, de filhote da ditadura? Bom, era um contexto. Coisas a se aprender lendo Foucault e Derrida. Lá, “as coisas se comportavam de maneira diferente”. Hoje, que já revogamos as leis de Newton e o conceito de certo e errado, de verdade e mentira e de quem é que rouba e quem é que é ético no país, as coisas se invertem: segundo Haddad, “Divergência é natural na politica, mas também é natural buscar convergência.” É uma lição clara a Erundina: não estamos em uma disputa ideológica, e sim separando quem é que curte uma mamata estatal e quem é que prefere essas coisas esquisitas de esforço próprio e responsabilidade fiscal. O mundo é jovem.

Maluf faz cafunézão em Haddad

Claro, Haddad teve de se explicar não para seus críticos, mas para seus aliados: “Vamos analisar isso com o tempo, de acordo com as necessidades, sempre para fortalecer o projeto político”. Projeto político. Qual é esse tal “projeto político”? Ganhar eleições parece uma parte clara da patacoada: Maluf garante mais de 1 minuto a mais no horário político (uma nova espécie de beijo por 30 dinheiros), e isso torna Haddad o candidato com mais tempo aparecendo na TV (e ainda tem o apoio de Lula, embora, como vimos por aqui, não parece estar adiantando muito). O que mais é um projeto político de Haddad, que seja fortalecido com Paulo Maluf? Vamos esperar o tempo explicar quais são as tais necessidades que a Natureza lhe impõe.

E Haddad foi mais além: “Não gosto da política de fulanizar o debate, não gosto quando você estigmatiza. Especialmente quando se precisa construir um projeto de superação, como no caso de São Paulo”. Ou seja, não é porque Maluf é o Maluf que ele está com Maluf. Por que insistem em “fulanizar o debate”? Vamos pensar, assim, que não há indivíduos – apenas o coletivo! Maluf é um trabalhador igual a qualquer outro. E precisamos superar. Um verbo de significado ainda menos claro. Entretanto, se Haddad refere-se a si próprio, ninguém tem dúvida de que o PT se superou como não fazia desde que veio à tona o escândalo do mensalão.

Isso gerou um desconverseiro no mínimo engraçado na nossa querida blogosfera progressista (#blogprog > programa de comédia com Rafinha Bastos). Por exemplo, entre os comentários dos leitores publicados no blog do Luis Nassif, lemos o seguinte arrazoado:
“‘Ao fechar acordo com Paulo maluf, o presidente Lula demonstra publicamente que é um homem sem rancor e que colcoa o interesse de São Paulo acima de divergências do passado. maluf pode ter apoiado a ditadura, mas foi um grande prefeito, realizou obras sociais de peso como o Projeto Cingapura e o Leve Leite e tem muito a contribuir para a campanha de Haddad.
Parabéns, presidente Lula.
Seja bem vindo, Companheiro Paulo Maluf’
O PIG ladra e a caravana passa.
Lula: um homem sem rancor. E que tal o “Seja bem-vindo, Companheiro (com C maiúsculo) Maluf”? Taí a grande verdade. Haddad com Maluf é um kit gay com Leve Leite. É um kit gay com minhocão. Finalmente deu pra entender por que preferiram Haddad a Marta: já pensou se fosse um minhocão estupra-mas-não-mata com relaxa-e-goza?!

Keep calm and estupra mas não mata

A verdade é que a jogada do PT paulistano foi uma estranha situação de ganha-ganha invertido. Marta é um nome conhecido (o que geralmente significa força), mas extremamente malquisto em São Paulo (o que explica o “geralmente”).
Haddad é um nome só conhecido das pessoas que acompanham política em jornais (e mesmo no estado mais populoso e rico, isso não significa lá grandes coisa), e conhecido praticamente apenas por escândalos como o ENEM e o kit gay do que por qualquer coisa que preste.
Como as chances do petista parecem insonsas perto de José Serra – até há pouco, Haddad patinava nos 3%, enquanto Levy Fidelix tinha 1%: com a margem de erro, o petista estava tecnicamente empatado com o cara do aerotrem – faz sentido que o PT… bem, não tenha um candidato tão forte, para não significar de vez que mesmo os nomes fortes petistas estão condenados ao ostracismo na maior cidade do hemisfério.


Assim, se Haddad perder, não significa que o PT perdeu – significa que aquele ministro desastrado auto-ejetado do cargo perdeu. Se Marta perder para Serra, o significado político já é bem outro.
Nesse jogo de xadrez, perder com um candidato fraco significa perder menos. Perder com Maluf significa que Maluf atrapalhou o PT e Haddad – não que o PT e Haddad é que são letras mortas em São Paulo.
Pra melhorar ainda mais, foi-se o tempo em que o PT é que poderia se arrogar ter um discurso de ética e contas limpas: se a sova for grande, novamente não será o PT e nem Haddad quem levarão a culpa por falta de ética e gastos pouco republicanas.

Não obstante, o PT, que não tem boas lembranças de Erundina como ex-quadro, talvez esperasse tratar a ex-prefeita como um nome obediente e dócil aos mandos petistas. Todos sabem que Erundina (se estivesse morta) rolaria no caixão. Como está viva, esperaram que ela rolasse. E sentasse. E desse a patinha.

Não foi o que aconteceu. Em entrevista à Veja, Erundina disse que “não aceita aliança com Maluf” e que está “revendo” sua posição como vice, já que seu PSB tem “outros nomes” para compor chapa com Haddad (também não conheço nenhum):
Ontem à noite, ela teve uma longa conversa com Haddad e segundo a deputada, o pré-candidato garantiu que aliança com o PP não estava fechada. “Ele praticamente desconversou”. Ela disse ter mostrado a Haddad sua preocupação com a coligação com Maluf.
Pra não dizer que a semana começou sem graça, ao menos o desfile de fotos de Maluf com Haddad, selando apoio na casa do pepista (sic) e com a presença de Lula (ou algo funciona no PT sem o Carismão da Galera?) garantiu as risadas da segunda-feira, e meteu Haddad e Lula sempre colados a Maluf nos Trending Topics. Nossa escolha para melhor do dia fica por conta da foto de @drispaca, com curiosa edição com requintes de crueldade por @fezes:


19 de junho de 2012
Flavio Morgenstern é redator, tradutor e analista de mídia. Nunca em sua vida sentiu saudade do Quércia. Até hoje.

"A CORRUPÇÃO É UM SINTOMA QUE INDICA A DOENÇA, NÃO A CAUSA." (CIENTISTA POLÍTICO LUÍZ FELIPE D'AVILA)

Luiz Felipe d'Avila_ Instituto Millenium

A falta de um censo de urgência para combater a corrupção é um grave sinal da doença que o Brasil vive. 

A “patologia” estaria na letargia, na falta de ação e não na corrupção em si, que seria um sintoma. A opinião do cientista político Luiz Felipe D’Ávila impactou o auditório que acompanhou os debates do “Fórum Ideias em Movimento”, em São Paulo.

O Instituto Millenium entrevistou D’Ávila sobre o tema procurando manter aceso o debate sobre o problema que prejudica o país em vários níveis: A nossa incapacidade de inovar, diversificar e transformar conhecimento em negócio é certamente um indício de que a corrupção vem prejudicando enormemente o crescimento econômico no Brasil.”, alerta nosso especialista.

Instituto Millenium: No “Fórum Ideias em Movimento” o senhor afirma que a corrupção é um sintoma, não a doença…

Luiz Felipe D’Ávila: A corrupção é um sintoma que indica a doença, não a causa. Quais são os sintomas de um sistema corrupto? O mau funcionamento das instituições, que dependem muito do poder arbitrário do líder para fazer com que funcionem; o cerceamento da liberdade, é difícil a liberdade prosperar onde a corrupção é endêmica; e o baixo índice de crescimento econômico.


A mistura dos ingredientes causa o que chamamos de “failed state”, o estado falido, que se configura quando o governo não consegue assegurar o básico: segurança e paz interna; como é o caso da Somália hoje.

Esses sintomas não se aplicam ao Brasil. Se somos um país tão corrupto, como temos eleições limpas e livres, um certo grau de liberdade de imprensa, uma economia que cresce mais que outras economias – apesar de crescer menos do que outros países em desenvolvimento?

É um comodismo não encarar o problema de frente e não promover mudanças de comportamento e cultura importantíssimas para combater a corrupção
O estudo que aponta quais serão as maiores economias em 2025 revela que serão os países que compõem os Brics, justamente os que estão no topo do atual ranking da corrupção, liderado pelo Brasil.
Ou seja, os países que mais crescem economicamente como China e Rússia, são também os mais corruptos. O que pode levar a pensar: “Se os países indicados como corruptos estão crescendo economicamente será que a corrupção vale a pena? Será que a corrupção pesa muito para o desenvolvimento da nação?”

Mas avaliando a outra ponta do ranking, nos países que mostram ações menos corruptas percebe-se que o Produto Interno Bruto (PIB) per capita é alto, o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é alto, a produtividade econômica é muito melhor, a capacidade de inovar e diversificar as atividades econômicas também são surpreendentemente altas, e o mais importante: há um enorme investimento em capital humano.
São sociedades que conseguem transformar conhecimento em produto.

Se os sintomas de corrupção não são tão evidentes no Brasil a ponto de demonstrar o mau funcionamento das instituições como em outros países, por outro lado, a corrupção está retardando o desenvolvimento, o crescimento do PIB per capita, o desenvolvimento humano e, principalmente, a nossa produtividade econômica.

De 1979 a 2011, a produtividade vem caindo 7% no país, enquanto nos EUA subiu 12%, ou seja, estamos sendo prejudicados pelos efeitos colaterais da corrupção e pelo baixo investimento em capital humano.

A nossa incapacidade de inovar, diversificar e transformar conhecimento em negócio é certamente um indício de que a corrupção vem prejudicando enormemente o crescimento econômico no Brasil.

Imil: E por que não vemos censo de urgência em combatê-la?

D’Ávila: Quando uma questão se torna urgente, mobiliza a sociedade. As pessoas percebem que se não resolverem o problema, ele continuará a prejudicá-las e tal fato promove uma certa união para que se saia da letargia. Foi o que ocorreu na época da inflação. O Brasil se uniu após 20 anos de hiperinflação, o que acabou apoiando o Plano Real.

Esta é a grande pergunta: Como criar um censo de urgência para se confrontar a realidade, o sacrifício, as perdas, as mudanças que precisam ser feitas? No fundo todo mundo acaba vendo a corrupção como um atalho para resolver pequenos – ou grandes – problemas do dia-a-dia, já que as instituições não funcionam bem.
Acaba-se dando uma propina para um fiscal, utilizando-se o ‘bem’ da corrupção para fazer com que as coisas aconteçam.
O sério combate está nas pequenas práticas. As pessoas estão dispostas? Ou apenas gostam de criticar, ou ainda a corrupção está permitida em pequena escala? O combate à criminalidade em Nova Yorque começou com o combate aos pequenos crimes… No Brasil, devemos começar pelos pequenos atos do dia-a-dia.

Os líderes políticos e sociais e a sociedade civil estão dispostos a correr o risco até político de gerar desconforto, de engajar as pessoas na mudança de cultura, crença e atitude em relação à corrupção? São questões fundamentais. A não criação de um censo de urgência é um sinal.

Lógico que a sociedade está preocupada com os escândalos atuais, mas no cotidiano parece que ‘faz parte da cultura brasileira’, do ‘jeitinho’. É muito negativo. É um comodismo não encarar o problema de frente e não promover mudanças de comportamento e cultura importantíssimas para combater a corrupção.

A não existência de um censo de urgência demonstra que a crítica acontece muito mais através de palavras, gestos e indignação temporária do que do compromisso permanente de encarar o mal que corrupção traz para o país. O combate à corrupção começa com pequenas atitudes do dia-a-dia.

Imil: Como o voto distrital pode ajudar nesse combate?

D’Ávila: O voto distrital é um mecanismo muito importante para combater ou diminuir parte da corrupção porque limita a atuação do candidato em determinado distrito político onde os eleitores sabem quem é o seu candidato.
Os cidadãos podem cobrá-lo, fiscalizá-lo mais de perto e a campanha fica muito mais barata. Em um pequeno distrito, o poder econômico tem menos influência do que em uma campanha obrigada a percorrer o estado inteiro e, portanto, arrecadar muito mais capital para fazer uma campanha ampla, e não local.

O “grande dinheiro” teria menos poder de influenciar a escolha de deputados locais e de se utilizar do “voto de opinião”, pelo qual se financiam as grandes campanhas com o objetivo de garantir número de votos para matérias do Congresso de interesse dos financiadores.

Portanto, um sistema que pode ajudar a reduzir o número de campanhas, fazer com que o candidato represente um único distrito e que os eleitores desse distrito possam fiscalizar e cobrar a sua atuação, me parece uma boa forma de começar a aumentar a responsabilização ou accontabillity desse político e estabelecer uma relação com os políticos que ajudará a aumentar a fiscalização e o combate à corrupção.

19 de junho de 2012

OK! O MUNDO JÁ PODE ACABAR...

Luis Inácio Lula da Silva e Paulo Maluf, antagonistas históricos, e dos mais renhidos, de mãos dadas para dar à luz o "novo homem" Fernando Haddad, candidato petista à prefeitura de São Paulo.

Pacto Lula-Maluf provoca revolta e ironia no Twitter

'Ok, já pode acabar o mundo', diz um dos usuários da rede

O ex-presidente Lula, o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, e o deputado federal Paulo Maluf: inimigos históricos na mesma aliança
O ex-presidente Lula, o pré-candidato do PT, Fernando Haddad, e o deputado federal Paulo Maluf: inimigos históricos na mesma aliança
comentários à inusitada aliança.
Nesta segunda-feira, os brasileiros assistiram à uma cena que pode entrar para a história política do país. Luis Inácio Lula da Silva e Paulo Maluf, antagonistas históricos, e dos mais renhidos, de mãos dadas para dar à luz o "novo homem" Fernando Haddad, candidato petista à prefeitura de São Paulo.
O encontro selou o apoio do Partido Progressista (PP), de Maluf, à chapa encabeçada pelo PT nas eleições municipais deste ano. "Foi por amor a São Paulo", disse Maluf. Lula, incomumente, não disse nada desta vez. Os usuários do Twitter falaram por ele. Com indignação e ironia.
A seguir, alguns comentários de usuários do Twitter sobre o acordo político. "Lula e Maluf juntos e de mãos dadas. Ok, já pode acabar o mundo", diz um deles, Marcio Andrade.
PS - Não consigo compreender o espanto de milhares de brasileiros. Afinal, quem aceita Lula, pode aceitar qualquer coisa. Lula e Maluf juntos não pode causar estranheza quando a safadeza de toda espécie pode ter o mesmo peso e a mesma medida.
19 de junho de 2012
Movcc