"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 19 de março de 2013

CANDIDATO À PRESIDÊNCIA DO PT PREGA RENOVAÇÃO,MAS SEM FALAR DE MENSALÃO

Candidatura de Paulo Teixeira à presidência do PT prega renovação, mas sem falar de mensalão. ‘Queremos um debate pós-Ação Penal 470’, afirmou deputado ao GLOBO
 

‘Não queremos um ambiente de disputa fratricida. Vamos fazer um debate de atualização programática, mas em clima de unidade partidária. E o fundamental é a defesa do governo Dilma’
Foto: André Coelho / Arquivo O Globo
‘Não queremos um ambiente de disputa fratricida. Vamos fazer um debate de atualização programática, mas em clima de unidade partidária. E o fundamental é a defesa do governo Dilma’André Coelho / Arquivo O Globo

Apesar de se apresentar como um nome de renovação, o deputado Paulo Teixeira (PT-SP) lançará sua candidatura a presidente do PT, na próxima sexta-feira, sem abordar o escândalo do mensalão, que sangrou o partido nos últimos sete anos e culminou com a condenação de ex-dirigentes da sigla no ano passado. Teixeira, da corrente Mensagem ao Partido, disputará a eleição em novembro com o atual presidente e candidato à reeleição Rui Falcão, que é apoiado pela ala majoritária, a Construindo um Novo Brasil (CNB).

— Queremos um debate pós-Ação Penal 470 — afirmou Teixeira ao GLOBO, seguindo o discurso petista de não usar o termo “mensalão” e de querer virar a página.

Embora a disputa pela presidência do PT seja uma tradição no partido — considerada por eles um sinal de vitalidade partidária e importante para promover o debate — a candidatura de Teixeira desagradou integrantes da ala majoritária. Desta vez, eles queriam transformar o Processo de Eleições Diretas (PED) em uma grande festa, como sinal de unidade após o julgamento do mensalão.

O PT também pretende usar o PED para fazer um ato de pré-campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff, e integrantes da corrente majoritária temem que a disputa pela presidência do partido acabe ofuscando essa agenda. A reeleição de Falcão tem o apoio de cerca de 60% do partido.

Na prática, a candidatura de Teixeira tem o objetivo de marcar posição, mas até certo ponto:

— Não queremos um ambiente de disputa fratricida. Vamos fazer um debate de atualização programática, mas em clima de unidade partidária. E o fundamental é a defesa do governo Dilma — afirmou o deputado, que assumiu no mês passado a Secretaria Nacional de Comunicação do PT.

Principal liderança da Mensagem, o governador Tarso Genro (RS), conhecido pelas críticas ao próprio partido, estará presente no encontro nacional de sua corrente, na sexta-feira, quando será lançada a candidatura de Teixeira. Em 2005, com o escândalo do mensalão, Genro assumiu a presidência do PT e passou a defender a “refundação” do partido. Recentemente, criticou os colegas que reclamaram do julgamento no Supremo.

Falcão, da corrente Novos Rumos, que atua junto com a CNB, assumiu a presidência do PT em abril de 2011, devido ao afastamento, por motivo de saúde, do então presidente José Eduardo Dutra. No último PED, em 2009, Dutra derrotou o atual ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pertencente à Mensagem.

19 de março de 2013
Fernanda Krakovics - O Globo

O FIM DO VISTO DE ENTRADA PARA BRASILEIROS NOS EUA ESBARRA NA IDEOLOGIA DO LULOPETISMO

 
O visto para turistas: liberação esbarrando em obstáculos (Foto: us-immigration.com)

Há todo um palavrório diplomático e um extenso juridiquês justificando a demora, mas não sei, não, se não há um fundo ideológico nas dificuldades que o governo lulopetista vem opondo a um acordo com os Estados Unidos para que viajantes brasileiros sejam dispensados de visto de entrada no país.

O presidente Barack Obama disse há dois anos que ele próprio se esforçaria para que o objetivo fosse atendido. E, como é absolutamente normal em tais circunstâncias, os Estados Unidos apresentaram sete condições para a liberação do visto de entrada — que não apenas o governo de Brasília, mas setores da própria imprensa tratam como “exigências” ou “imposições”.

O fato é, chame-as como se quiser, as solicitações norte-americanas são em geral razoáveis — e várias delas são de interesse também do Brasil. Assim sendo, não sei como um governo sério possa justificar não ter, até agora, “posição formada” — como ocorre com o Itamaraty — sobre algo tão evidentemente importante para as duas partes como aceitar trocar informações sobre perdas e furtos de passaportes com Washington.

Onde é que está o perigo, meu Deus do céu? Se os EUA têm informações sobre passaportes brasileiros roubados, quer dizer que nosso governo, a Polícia Federal e o Itamaraty não se interessam?

Acho perfeitamente razoável que o governo hesite em fornecer informações da Receita sobre empresários brasileiros — dependendo de que informações se tratem, estão protegidas por sigilo legal.

Mas, por outro lado, qual é o grande problema em trocar informações com Washington sobre “passageiros que possam constituir ameaça criminal ou terrorista”? O governo alega não ter amparo na legislação para transmitir informações sobre inquéritos, indiciamentos e coisas do tipo — MAS SE TRATA DE INFORMAÇÃO PÚBLICA!!!

Além do mais, nossas autoridades não querem saber quem os americanos consideram perigosos para a NOSSA segurança?

Se é preciso legislação específica para poder repassar essas informações — com raras exceções, DE CARÁTER PÚBLICO — a um governo com o qual o Brasil quer estabelecer liberação mútua de visto de entrada, então que a presidente baixe uma medida provisória e a remeta ao Congresso. Nenhum direito do cidadão será violado — pois até funcionários da embaixada americana podem consultar informações de caráter público, como são inquéritos, indiciamentos e processos judiciais.

E não me venham com o uso “exagerado” das MPs, pois já houve caso de medida provisória até para definir o que é um pão!

O resultado disso tudo é que a possibilidade de legiões de brasileiros poderem livrar-se das dificuldades e da demora para obter o visto ainda está distante. (Só em São Paulo, o consulado dos EUA recebe 1.200 pedidos DIÁRIOS de visto de entrada.)

O governo lulopetista, sabemos, não gosta dos Estados Unidos.

Só que, sem a menor dúvida, e seja para passear, fazer compras, estudar, visitar parentes ou trabalhar, muitos milhões de brasileiros gostam.

19 de mrço de 2013
Blog Ricardo Setti - Veja Online

CAMPOS ASSEDIADO POR DESCONTENTES DA BASE ALIADA E EMPRESÁRIOS

Governador de Pernambuco e presidente do PSB recebe apoio em várias frentes

Campos tem dividido sua agenda entre Brasília e São Paulo
Foto: Marcos Alves / Arquivo O Globo
Campos tem dividido sua agenda entre Brasília e São PauloMarcos Alves / Arquivo O Globo

O presidente do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, cada dia mais assediado por descontentes da base governista, tem dividido sua agenda entre Brasília e São Paulo, onde volta a se encontrar, nesta quarta-feira, com representantes de outros setores do empresariado nacional. E até os 'dilmistas' não se furtam a marcar encontros com ele.

As reuniões que teria em Brasília nesta terça-feira — com o bloco União e Força (PTB-PR e PSC), que reúne 14 senadores e comandado pelo líder do PTB, Gim Argelo (DF), e mais seis rebelados do PMDB — foram adiadas para depois da Semana Santa, em função de reuniões em São Paulo, mas a euforia é grande.

Mesmo com o reforço da presença do PMDB no Ministério de Dilma na semana passada, Campos está abrindo frentes no PMDB do Mato Grosso do Sul por meio do senador Waldemir Moka (PMDB-MS) e do governador André Puccineli (PMDB-RS), com quem almoçou duas vezes em Brasília nos últimos dias. Lá, o governador perbambucano articula ainda com o grupo do ex-prefeito Nélson Trad Filho, também do PMDB. Outra ala do PMDB em contato com Eduardo Campos é a comandada pelos irmãos Viera Lima (Geddel e deputado Lúcio), da Bahia.

O senador e empresário Armando Monteiro (PTB-PE), ex-presidente da CNI, está entre os organizadores do encontro do provável adversário da presidente Dilma Rousseff em 2014, com o “Bloco do Gim”, aliado de primeira hora do governo, e que tem entre seus integrantes o ex-presidente Fernando Collor (PTB-AL) — este último citado semana passada pela presidente como parceiro fiel. O almoço com Eduardo Campos estava marcado para esta terça-feira, na liderança do PTB no Senado. Mas Campos disse que teria que viajar a São Paulo e remarcou para depois da Páscoa.

Monteiro disse que o convite a Eduardo partiu de outros companheiros do bloco União e Força, e ele, como Pernambucano, está ajudando a organizar o encontro.

— Estou achando que Eduardo está ganhando muito espaço na opinião pública e na opinião publicada. Há uma demanda, uma curiosidade do país, e uma busca por alguma coisa nova nesse processo sucessório. Ele é um político hábil e moderno, que está indo muito bem. Aloysio Nunes, líder do PSDB, já disse que o vento está batendo na vela dele, e eu concordo com isso — disse Armando Monteiro.

Do jantar do PMDB devem participar os senadores Jarbas Vasconcelos — que já se reconciliou com Eduardo na última eleição de prefeito em Recife —, Ricardo Ferraço(PMDB-ES), Luis Henrique da Silveira (PMDB-SC), Casildo Maldaner (PMDB-SC), além de Waldemir Moka.

— Aqui no Senado tem uma avalanche de gente querendo conversar com Eduardo. O que me preocupa é a antecipação da campanha, que pode queimar não só a titular (Dilma), mas Aécio (Neves, do PSDB) e Eduardo — disse Jarbas, ontem.

— Eduardo Campos é o que há de novo na política real e pode agregar os descontentes. Essa alteração no Ministério para amarrar o PMDB e nada é a mesma coisa! Quem quer saber se saiu Joaquim e entrou Joana? Alguém imaginava que Kassab, do PSD, ia tomar a posição que tomou? Acho que o gato da presidente Dilma subiu no telhado — completou Ferraço.

No caso dos peemedebistas do Mato Grosso do Sul, o senador Moka disse que a disputa com o PT local pode jogá-los nos braços do Eduardo Campos, e adianta que já tratou disso com o governador de Pernambuco. Moka relata que nas duas últimas eleições presidenciais, o PMDB no estado apoiou o PSDB e ganharam no primeiro e segundo turno contra Lula e Dilma, respectivamente. Mas que na eleição passada, a municipal de 2012, o PSDB resolveu lançar candidato próprio em Campo Grande, e a aliança foi rompida. Agora Campos é a alternativa, diz.

— Hoje o Puccineli está liberado. Pela primeira vez a tendência era apoiar a reeleição de Dilma, com um candidato a governador do PMDB, mas o Delcidio Amaal (senador petista) disse que não aceita dois palanques, que se quisermos apoiar a Dilma, temos que apoiar ele também. Aí não tem jeito. O PMDB é o maior partido e não pode ter dois palanques? Então, neste momento, se concretizar a candidatura do Eduardo, ele é alternativa. A intransigência do PT está levando a isso. Só querem ser apoiados, sempre.

19 de março de 2013
Maria Lima - O Globo

DILMA TRANSFORMOU ENEM NUMA ZONA! HINO DO PALMEIRAS GARANTE 500 PONTOS

Enem 2012: hino do Palmeiras garante 500 pontos à redação. Estudante usa dois parágrafos do texto para escrever canção do time
 

 

Em redação que recebeu nota 500, candidato escreve o hino do Palmeiras em dois dos quatro parágrafos
Foto: Reprodução
Em redação que recebeu nota 500, candidato escreve o hino do Palmeiras em dois dos quatro parágrafosReprodução

Vale tudo na redação do Exame Nacional de Ensino Médio (Enem), até declarar o amor pelo time de futebol. Foi o que fez um candidato na última edição da prova ao escrever o hino do Palmeiras em seu texto. Apesar de dedicar dois dos quatro parágrafos à canção, o estudante tirou 500 pontos num total de 1000. O aluno até aborda o tema “Movimentos imigratórios para o Brasil no século XXI”, mas nos parágrafos de desenvolvimento se dedica à paixão por seu clube.

No segundo parágrafo, após a frase introdutória “As capitais, praia e as maiores cidades são os alvos mais frequentes dos imigrantes”, ele começa a escrever parte do hino: “porque quando surge o alviverde imponente no gramado onde a luta o aguarda, sabe bem o que vem pela frente e que a dureza do prélio não tarde. E o palmeiras no ardor da partida, transformando a lealdade em padrão. Sabe sempre levar de vencida e mostrar que de fato é campeão”. Depois do trecho do hino, ele retoma o tema da imigração, ainda no mesmo parágrafo, com a frase “Por este o principal motivo de invasão de imigrantes”.

No parágrafo seguinte, o estudante acrescenta a conjunção adversativa “entretanto”, antes de voltar ao hino com o trecho “defesa que ninguém passa, linha e atacante de raça torcida que canta e vibra por nosso alviverde inteiro. Porque quem sabe ser brasileiro, hostenta (sic) a sua fibra”. Como o hino chega ao fim, ele fecha o parágrafo com “Fazendo com que muitos imigrantes se tornem escravados (sic) do século XXI”.

Em nota, o Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais Anisio Teixeira (Inep) esclarece que os avaliadores identificaram a impertinência do texto inserido, o que trouxe para a redação palavras e expressões sem sentido e em estilo inadequado ao tipo textual exigido na prova. Segundo o Inep, a redação obteve nota 500, tendo nota baixa especialmente nas competências I e II. De acordo com a nota “desconsiderada a inserção inadequada, o texto tratou do tema sugerido e apresentou ideias e argumentos compatíveis. O texto indica compreensão da proposta da redação, não fugiu ao tema por completo e não feriu os direitos humanos”.

Já para o professor de Letras e vice-reitor da Universidade Estácio de Sá, Deonísio da Silva, mesmo que candidato tenha comentado parcialmente o tema, sua prova deveria ser desconsiderada e sua nota, zerada.

— Ele usou o hino do Palmeiras no meio da frase para disfarçar. Eu penso que é deboche, mas, mesmo se não for, ainda sim ele quebrou com a lógica argumentativa. Eu daria zero — opinou o vice-reitor.

19 de março de 2013
Lauro Neto e Leonardo Vieira - O Globo

UMA TRAGÉDIA CHAMADA DILMA. 27 MORTOS EM PETRÓPOLIS. ATÉ AGORA.

Petrópolis se desmancha: com obras paradas, município tem 27 mortos e mais 366 famílias desabrigadas. Desde a noite de domingo, já são 498 as ocorrências registradas pela Defesa Civil. Há dois anos, 876 famílias vivem do aluguel social na cidade
 
 
Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil procuram vítimas em Petrópolis, cidade na região serrana do Rio de Janeiro atingida pelas fortes chuvas dos últimos dias

Equipes do Corpo de Bombeiros e da Defesa Civil procuram vítimas em Petrópolis, cidade na região serrana do Rio de Janeiro atingida pelas fortes chuvas dos últimos dias - Luiz Roberto Lima/Futura Press
O total de mortos desde a noite de domingo, em Petrópolis, chegou a 27 na tarde desta terça-feira. Ainda há cerca de 10 desaparecidos que, de acordo com equipes da Defesa Civil, podem ser de pessoas que ficaram sob os escombros em uma das 21 áreas desmoronadas. Em meio a medidas emergenciais, busca de corpos e anúncios de liberação de verba, a população de Petrópolis assiste, mais uma vez, ao triste espetáculo da cidade que se desmancha: mais encostas rolaram, mais casas estão sendo interditadas e até o momento não houve entrega – ou construção – de uma casa sequer, entre os 112 apartamentos prometidos pelos governos federal e estadual. Desde a chuva de janeiro de 2011, 876 famílias recebem aluguel social – mas dentro de pouco tempo não haverá sequer o que alugar, dado o ritmo do trabalho de reconstrução.

A nova leva de desabrigados tem, oficialmente, 1.463 pessoas, ou 366 novas famílias. Foi esse o contingente recebido nos 27 pontos de apoio disponibilizados pela prefeitura. Somadas às que já estavam dependentes do alguel social, o número de grupos familiares sem ter moradia definitiva chega a 1.242. Esperar uma solução do estado não é prudente, como mostra o exemplo de um grupo de 50 integrantes de uma comunidade quilombola de nome Tapera - reconhecida pela Fundação Palmares em maio de 2011 - que teve as casas destruídas pela chuva em 2011. Desde a tragédia de dois anos atrás, eles estão em um antigo estábulo, recebendo aluguel social e gastando para alugar o espaço.


Com as chuvas, o grupo ganhou visibilidade e conseguiu que serviços como luz elétrica, água potável e saneamento chegassem ao local. Neste momento, as casas estão em fase de construção. O Ministério Público Federal acompanha esse caso de perto: “A dificuldade do Vale do Cuiabá é a disponibilidade de terreno”, afirma o procurador Charles Stevan, que estuda instaurar um inquérito para tratar de medidas de prevenção. “Para não ficar só em cima de desastre e da resposta, seria interessante saber quais são os investimentos, onde estão sendo feitos, se todas as áreas estão mapeadas. Quero ver o q posso exigir”, afirma.

A prefeitura de Petrópolis divulgou nota informando que o prefeito Rubens Bomtempo percorreu os locais mais atingidos e “vistoriou ações de limpeza das ruas”. “Agora, a Prefeitura trabalha para iniciar o laudo técnico de engenharia das construções interditadas pela Defesa Civil”, diz a nota. Emergencialmente, foram contratadas 100 pessoas pelo município, e o objetivo é que mais 400 homens se juntem a esse trabalho. Há outros 180 envolvidos na vistoria dos locais atingidos, e cerca de 250 militares do Corpo de Bombeiros e da Secretaria Estadual de Defesa Civil.

Desde a noite de domingo, já são 498 as ocorrências registradas pela Defesa Civil. O local mais atingido pelas chuvas, o bairro Quitandinha, recebeu em 36 horas um volume de chuva equivalente a 499 milímetros, quase o dobro do esperado para todo o mês de março, que era de 270 milímetros. Os números e estimativas não cabem mais na realidade da Região Serrana do Rio. Desde a madrugada de 12 de janeiro de 2011, Nova Friburgo já teve ruas alagadas diversas vezes; Teresópolis teve novas mortes, em 1ª de maio de 2012; e, agora, Petrópolis revive a tragédia. A sensação nas cidades sobre a qual se abateu a maior catástrofe da história do Brasil é de que uma nova catástrofe é questão de tempo, e o que se faz – o pouco que se faz – não é o bastante para conter a chuva.

Heroismo - As tragédias da chuva, como acostumaram-se a ver os moradores da Região Serrana do Rio, têm momentos de heroísmo e dramas particulares dramáticos. Para uma moradora da Vila São Joaquim, a chuva do último fim de semana não será apenas a da perda da casa, de amigos, do medo de morrer. Ilceli Alves Freitas, 65 anos, perdeu o filho. Mas sua dor não está só no luto. Ilceli viu o camelô Paulo Roberto Alves Freitas, de 42 anos, tentar ajudar vizinhos na hora em que tudo desabava ao redor da casa da família.


Ilceli mora há 20 anos no mesmo local. “Eram dez da noite de domingo quando meu filho me chamou em casa. Eu moro na parte baixa, ele me chamou para dormir na casa dele, um pouco mais alta. Chovia muito e ele disse que estava com medo de barreira”, contou a aposentada. “Subi para a casa dele. Quando deitei, ouvi aquele barulho. Até comentei com a Francisca: `Será que é guerra?' Já era a barreira caindo sobre as casas. Paulo pegou a enxada e disse que tinha de ajudar os vizinhos. Ele saiu e não voltou. De lá, partiu”, conta Ilceli.

As casas de Ilceli e Paulo não foram atingidas, mas os imóveis foram interditados pela Defesa Civil e têm, em volta várias construções abaladas pelo deslizamento. Além da dor da perda, a família agora precisa encontrar um novo lugar para morar. "Até agora, só consegui retirar umas roupas e meus documentos. Tive de deixar meus móveis e até uma geladeira novinha. Acabei de pagar a última prestação. Passei as duas últimas noites numa escola e hoje vou dormir na igreja. Mas o pastor disse que não vamos poder ficar lá por muito tempo”, disse a aposentada, que terá de abandonar Mel, a cachorrinha de estimação de seu filho.

19 de março de 2013
Cecília Ritto, Veja Online

EX-MINISTRO DE ISRAEL SUGERE QUE SOLDADOS ISRAELENSES DISPAREM CONTRA PALESTINOS QUE JOGAM PEDRAS

 

O ex-ministro das relações exteriores de Israel, Avigdor Lieberman, sugeriu ao novo ministro da Defesa, Moshe Yaalón, que acaba de ser empossado, que dê ordens aos soldados para dispararem contra palestinos que atirem pedras.

A informação apareceu no site do diário Jerusalem Post.
Lieberman, líder do partido nacionalista Israel Beiteinu, aliado do Likud do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, afirmou que o exército deve tratar como "terroristas" aqueles que atiram pedras. Só assim "os civis e soldados vão deixar de ser alvos de agitadores árabes".


As declarações de Avigdor Lieberman surgem três dias depois de uma criança israelita de dois anos ter ficado gravemente ferida num acidente de trânsito, que, segundo as autoridades, foi causado pelo arremesso de pedras contra a viatura em que viajava, numa estrada da Cisjordânia.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG  Desse jeito, Israel nem precisa de inimigos. As próprias autoridades israelenses conspiram contra a paz. (C. N.)

19 de março de 2013
Diário de Notícias
(Lisboa)

TESE DE MERCADANTE TAMBÉM É UM MIOJO

Estudante usa o Método Mercadante, dá truque no Enem, ensina corretor a fazer macarrão em redação e tira 56% da nota.

É a revolução educacional da era Dilma!


 
O professor Aloizio Mercadante é ministro da Educação. Não está no Brasil. Acompanhou a presidente Dilma na viagem à Itália, na missa de entronização do papa Francisco, a quem a presidente decidiu dar algumas aulas. Ela considera que pode ensinar o papa a ser papa. Essa gente é muito sabida e preza o conhecimento.
 
O Globo já revelou que redações do Enem que trazem maravilhas como “rasoavel”, “enchergar” e “trousse” mereceram nota máxima no Enem.
Na edição de hoje, o jornal informa que um outro texto, de 24 linhas, trazia 4 destinadas a ensinar o corretor a cozinhar um miojo. Assim, do nada… Tema da redação: movimentos imigratórios para o Brasil no século XXI. Ok, já é uma boçalidade!
 
O pior não é a coisa em si, mas a justificativa do MEC, como vocês verão abaixo. O órgão também defendeu o critério que permite a um aluno tirar nota máxima, mesmo estropiando a inculta e bela — sob a gestão Mercadante, mais inculta do que bela.
Leiam post da VEJA. com. Volto depois.


 O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), autarquia do Ministério da Educação (MEC) responsável pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), tentou justificar, por meio de nota, a pontuação obtida pelo estudante que, na edição de 2012 do Enem, ensinou em sua redação como se prepara um macarrão instantâneo. Para o Inep, o candidato “não fugiu ao tema proposto”.
 
E, embora tenha dedicado um parágrafo da redação à receita, “não teve a intenção de anular sua redação, uma vez que dissertou sobre o tema e não usou palavras ofensivas”. A avaliação pedia que o aluno escrevesse sobre movimentos imigratórios para o Brasil do século XXI.


O estudante, que não teve o nome divulgado, fez uma dissertação de 24 linhas, sendo que quatro delas foram utilizadas exclusivamente para ensinar os corretores da prova a preparar macarrão instantâneo. “Para não ficar muito cansativo, vou agora ensinar a fazer um belo miojo, ferva trezentos ml’s de água em uma panela, quando estiver fervendo, coloque o miojo, espere cozinhar por três minutos, retire o miojo do fogão, misture bem e sirva (sic)”, escreveu.

Mesmo com o deboche, o candidato conseguiu 560 pontos dos 1.000 possíveis na prova.
 
O teor da redação foi divulgado em reportagem da edição desta terça-feira do jornal O Globo. Na segunda-feira, o jornal também informou que estudantes que obtiveram notas máximas na redação do Enem 2012 cometeram erros grotescos de ortografia, tais como “trousse”, “enchergar” e “rasoavel”.
 
De acordo com o Inep, a presença da receita no meio do texto do participante foi detectada e considerada inoportuna e inadequada, provocando forte penalização, especialmente nas competências três (selecionar, relacionar, organizar e interpretar informações) e cinco (elaborar proposta de intervenção para o problema abordado). No entanto, o Inep justificou que o aluno obteve nota superior a 50% porque “a análise dos corretores é feita sobre o todo, com foco no conjunto do texto, e não em cada uma de suas partes”.
 
Quando as notas dadas pelos dois corretores têm discrepância superior a 200 pontos, um terceiro avaliador é acionado. Contudo, no caso do estudante, essa opção não foi sequer necessária visto que os avaliadores concordaram com sua pontuação.
 
Voltei
 
Tanto nesse caso como no das redações com aqueles erros absurdos de ortografia, vocês sabem muito bem o que aconteceu. É provável que o corretor não tenha lido porcaria nenhuma. Passou os olhos no texto, por cima… Leu o primeiro parágrafo, um qualquer lá do meio e o último. E pronto! Estava tudo resolvido. A redação, meus caros, e isso já é um absurdo, vale 50% da nota do Enem.

Faz sentido. Diria que esse candidato usou, em muitos aspectos, o MMAI — Método Mercadante de Ascensão Intelectual. Por quê? Relembro a história.
 
No dia 16 de agosto de 2006, este blog surpreendia o mundo (!!!) com o post Mercadante doutor pela Unicamp? É mentira!. Pois é… Estava lá na sua biografia que era doutor, e ele repetia essa inverdade no horário eleitoral. Teve de se corrigir logo depois, acrescentando que havia cursado apenas “um ano”, sem entregar a tese. Ah, bom! Era um falso doutor. Em dezembro de 2010, ele corrigiu a questão no “cartório” da Unicamp.
 
Apresentou a tese. Escrevi a respeito. Continua um falso doutor.
 
Como vocês devem ter lido à época, ele apresentou uma “tese” sobre o… governo Lula! Convidou para a banca Delfim Netto, João Manoel Cardozo de Mello, Luiz Carlos Bresser Pereira e Ricardo Abramovay. E deitou falação à vontade em defesa das conquistas do governo Lula, em tom de comício, atacando, como não poderia deixar de ser, o governo FHC. Até os camaradas ficaram um tanto constrangidos e se viram obrigados a algumas ironias. Informou a Folha então (em vermelho):
 
Coube ao ex-ministro Delfim Netto, professor titular da USP, a tarefa de dar o primeiro freio à pregação petista. “Esse negócio de que o Fernando Henrique usou o Consenso de Washington… não usou coisa nenhuma!, disse, arrancando gargalhadas. “Ele sabia era que 30% dos problemas são insolúveis, e 70% o tempo resolve.” Irônico, Delfim evocou o cenário internacional favorável para sustentar que o bolo lulista não cresceu apenas por vontade do presidente. “Com o Lula você exagera um pouco, mas é a sua função”, disse. “O nível do mar subiu e o navio subiu junto. De vez em quando, o governo pensa que foi ele quem elevou o nível do mar…”
 
“O Lula teve uma sorte danada. Ele sabe, e isso não tira os seus méritos”, concordou João Manuel Cardoso de Mello (Unicamp), que reclamou de “barbeiragens no câmbio” e definiu o Fome Zero como “um desastre”. À medida que o doutorando rebatia as críticas, a discussão se afastava mais da metodologia da pesquisa, tornando-se um julgamento de prós e contras do governo. Só Luiz Carlos Bresser Pereira (USP) arriscou um reparo à falta de academicismo da tese: “Aloizio, você resolveu não discutir teoria…”. Ricardo Abramovay (USP) observou que o autor “exagera muito” ao comparar Lula aos antecessores. “Não vejo problema em ser um trabalho de combate”, disse. “Mas você acredita que o país estaria melhor se as telecomunicações não tivessem sido privatizadas?”
 
Ridículo
 
Mercadante, um homem destemido, comprovadamente sem medo do ridículo, não teve dúvida: respondeu à questão — ou melhor: não respondeu — atacando o preço dos pedágios em São Paulo!!! E saiu de lá com o título de “doutor”, conquistado com uma peroração de caráter puramente político. E ATENÇÃO PARA O QUE VEM AGORA.
 
COMO SABEM TODOS OS JORNALISTAS DE ECONOMIA DESTEPAIZ, Mercadante se esforçou brutalmente ao longo de 2003 para derrubar Antônio Palocci. Não houve repórter da área a quem não tenha dado um off pregando o que se chamava, então, “Plano B” na economia. E, agora, faz-se doutor defendendo o que combateu. Um portento.
 
O miojo de Mercadante

A tese de doutorado do Mercadante está para a teoria econômica como a receita de miojo está para o tema da redação do Enem: trata-se de um mero truque. É a espiral negativa, entenderam? O mau exemplo vem de cima e vai se imiscuindo na sociedade, girando em torno do eixo da enganação. De cabo a rabo.
 
19 de março de 2013
Por Reinaldo Azevedo

O FATO BIZARRO E A EDUCAÇÃO BRASILEIRA

Estudante que incluiu receita de miojo na redação do Enem esperava tirar zero
 
Carlos Guilherme obteve 560 pontos com o texto e afirma que fez a prova por teste. Para o MEC, aluno não fugiu do tema
 
Carlos Guilherme não esperava repercussão Foto: Reprodução / Internet
Carlos Guilherme não esperava repercussãoReprodução / Internet


O próprio autor da redação do Enem que incluiu uma receita de miojo no meio do texto sobre imigração acha que deveria ter recebido nota zero da banca corretora. Carlos Guilherme Custódio Ferreira tem 19 anos, está no segundo período do curso de engenharia civil da Unilavras, instituição particular de Lavras (MG), e fez a prova “por fazer”.

— Quando fiz o Enem, já estava na faculdade e gostando muito do meu curso. Então, fiz a prova por teste mesmo. Como falaram que a correção seria mais rigorosa, passando por três avaliadores, resolvi incluir a receita para ver se realmente teria uma avaliação diferenciada.

O estudante, que morava em Campo Belo (MG) com os pais e se mudou para Lavras para fazer o curso superior, afirma que não queria debochar dos corretores e jamais imaginou que faria 560 pontos.

— Fiquei surpreso quando vi o resultado. No caso, era para eu zerar, porque fugi do tema. Confirmei o que desconfiava, que não corrigiam todas as redações direito, já que são muitas.

Mesmo morador de uma típica república de estudantes, onde macarrões instantâneos costumam ser recorrentes na alimentação, Carlos afirma que não come miojo com frequência e não sabe explicar porque usou justamente a receita no texto.

— Simplesmente veio à minha cabeça enquanto fazia a prova.

Para o restante da redação, ele se baseou principalmente nos textos de apoio disponibilizados no exame. Ele conta que já havia lido sobre o tema anteriormente.

Repercussão

Carlos ficou sabendo da repercussão de sua prova na mídia na manhã desta terça-feira (19), quando acordou e abriu sua página no Facebook. Vários amigos postaram mensagens sobre sua redação, mencionando que ela tinha ficado famoso.

— Não esperava tanta repercussão. Meus amigos estão achando engraçado e falando que sou corajoso. Acho que, neste ano, a correção da redação será bem mais rigorosa. Se for pensar por este lado, o que fiz foi bom.

Carlos recebeu 120/200 (60%) na competência 2 da correção, em que são avaliadas a compreensão da proposta da redação e a aplicação de conhecimentos para o desenvolvimento do tema. Pela nota, o Ministério da Educação (MEC) entende que o estudante abordou o tema de forma “adequada”, embora “previsível” e com “argumentos superficiais”. Na competência 3, na qual é avaliada a coerência dos argumentos, o candidato recebeu 100/200 (50%).

Procurado pelo GLOBO nesta segunda-feira (18), o Ministério da Educação (MEC) afirmou, por meio de nota, que “a presença de uma receita no texto do participante foi detectada pelos corretores e considerada inoportuna e inadequada, provocando forte penalização especialmente nas competências 3 e 4”. O órgão entende que o aluno não fugiu do tema nem teve a intenção de anular a redação, pois não feriu os direitos humanos e não usou palavras ofensivas

19 de março de 2013
Eduardo Vanini - O Globo

"A FISIOLOGIA DA COALIZAÇÃO"

A presidente Dilma Rousseff quis dar um lustre de alta política na eleitoreira troca de três ministros efetuada na última sexta-feira e impropriamente comparada a uma reforma ministerial em seus primeiros passos.

Na manhã seguinte, ao dar posse aos novos titulares da Agricultura, Antonio Andrade; Trabalho, Manoel Dias; e Secretaria da Aviação Civil, Wellington Moreira Franco, tentou transformar em virtuoso instrumento de gestão do Estado o que não passa de uma contingência de que os partidos não têm como escapar nos países cujo sistema político-eleitoral praticamente impõe a formação de parcerias de governo. O modelo brasileiro, chamado "presidencialismo de coalizão", é um clássico do gênero.


Às vezes, mesmo em configurações construídas para dar à legenda vencedora nas urnas a maioria que lhe permita monopolizar o poder, vez por outra o arranjo não funciona. Desde 2010, por exemplo, o Reino Unido é governado por uma aliança entre os conservadores e os liberais-democratas, porque os primeiros, embora tendo suplantado os eternos rivais trabalhistas, não receberam votos suficientes para dominar sozinhos o Parlamento.

Em defesa do argumento de que "a capacidade de estruturar coalizões é crucial para um país com essa diversidade", a presidente citou a Itália e os EUA como exemplos de "deterioração da governabilidade" em razão da falta de discernimento dos políticos em confronto.

No caso italiano, porém, como se viu há pouco, as coalizões, deterioradas pela venalidade dos seus membros e por negociatas de bastidores com as oposições de turno, é que foram repudiadas pelo eleitorado. Um em cada quatro eleitores transformou o Movimento Cinco Estrelas, do comediante Beppe Grillo, na legenda mais votada no país, impedindo a formação de um novo governo.

Já no sistema bipartidário dos EUA, ao contrário do que Dilma parece pensar, não há lugar para governos de duas cores. O que havia, antes de os republicanos desfigurarem a política na sua guerra de extermínio contra os democratas, eram acordos pontuais entre "os dois lados do corredor" do Congresso, diante de matérias de primeira necessidade nacional.

A prioridade da presidente, como se sabe, é outra: preservar para a sucessão de 2014 a ampla aliança fisiológica que o seu patrono Luiz Inácio Lula da Silva costurou em seu favor, até mesmo ampliando a que o circundou - sabe-se a troco do que - nos seus oito anos de Planalto. A tal da "governabilidade" pode ser comparada à proverbial imagem da santa nas alcovas da noite. É invocada numa tosca tentativa de dar fumaças de decência às nuas ambições dos políticos e disfarçar a aquiescência mercenária da presidente em satisfazê-las.

Nada além disso está por trás da remoção de um competente técnico apartidário da cada vez mais importante Secretaria de Aviação Civil, Wagner Bittencourt, para a entrega do seu lugar ao veterano político peemedebista Moreira Franco, até então encostado na Secretaria de Assuntos Estratégicos - cujos recursos, dizia ele, não dão para eleger nem um vereador.

Pior ainda, agora do ponto de vista moral, foi a devolução do Ministério do Trabalho ao núcleo dominante do PDT, liderado pelo mesmo Carlos Lupi que perdeu a pasta por denúncias de corrupção, na sétima faxina do primeiro ano da gestão da petista ex-pedetista.

O ministro defenestrado, Brizola Neto, não caiu por ser ainda menos capaz ou íntegro que o antecessor, mas por ser seu desafeto. Restabelecida a boa vizinhança entre o Planalto e o partido, Dilma espera que Lupi pare de flertar com o PSB do governador pernambucano e candidato presidencial quase certo, Eduardo Campos. Na Agricultura, por fim, a saída do deputado Mendes Ribeiro, do PMDB gaúcho, era inevitável, dada a sua saúde precária.

Para a vaga foi outro correligionário mais bem posto no jogo da sucessão. Antonio Andrade dirige o partido em Minas Gerais, Estado do presidenciável tucano Aécio Neves, por sinal não de todo desprovido de simpatizantes no PMDB local. Com a nomeação de Andrade, a presidente chega à sintonia fina da fisiologia em nome da "governabilidade".

19 de março de 2013
Editorial do Estadão

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS. GEORGE ORWELL

A INCRÍVEL APROVAÇÃO DE UM GOVERNO INCOMPETENTE


Foto: Roberto Jayme / UOL


             Aprovação do governo Dilma continua alta

Pesquisa IBOPE-Confederação Nacional da Indústria que acaba de sair: o governo de Dilma é aprovado por 79% dos brasileiros.
Cresceu 1% o percentual dos que acham o governo ótimo ou bom (dentro da margem de erro de dois pontos percentuais para mais ou para menos).

A aprovação do jeito de Dilma governar passou de 78% para 79%. E o percentual dos que dizem confiar em Dilma passou de 73% para 75% - ainda dentro da margem de erro da pesquisa.

Informa o IBOPE que a aprovação do governo em todas as áreas do país gira em torno de 60%, mas que no Nordeste avançou para 70%.

19 de março de 2013

E A IMPRENSA GOLPISTA, HEIN?

 

A imprensa golpista - ou seja: aquela que critica o governo e por isso vive na mira do PT - está falhando gravemente.

Divulgada há pouco, a pesquisa Ibope informa: a população avaliou que o noticiário está mais favorável ao governo do que na pesquisa anterior.

Para 38% dos entrevistados, as notícias são mais positivas para Dilma - em dezembro, eram 24%.

Para 34%, o noticiário nem lhe é favorável nem desfavorável - praticamente o mesmo percentual do levantamento anterior, quando 35% tinham essa percepção.

A pesquisa foi feita entre os dias 8 e 11 deste mês. Foram ouvidos 2.002 eleitores, em 143 municípios. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

19 de março de 2013
in ricardo noblat

DE VOLTA AO PASSADO

 

Acelerei a minha máquina do tempo DeLorean e regressei aos anos 80. Às vezes, precisamos mergulhar no passado para prever o futuro.

Um senhor bigodudo era o presidente. Vi na televisão o anúncio de um novo plano econômico, chamado “Cruzado”. Entre as principais medidas, estava o congelamento de preços e da taxa de câmbio. Maria da Conceição Tavares, assessora do Ministério do Planejamento, chorou de emoção diante das câmeras da TV Globo. Literalmente.

A euforia era contagiante. Muitos pensavam que um novo Brasil estava sendo construído, mais justo e mais próspero. Mas a realidade...

Essa ingrata não permite que as leis econômicas se submetam aos caprichos políticos. O congelamento de preços levou à escassez, e nas prateleiras começaram a faltar produtos. O que fazer?

Claro que a culpa só podia ser da ganância dos empresários, esses insensíveis que só querem lucrar. Mas o homem do bigode tinha a solução: caçar bois no pasto! Afinal de contas, não podemos deixar faltar carne no açougue. Há estabelecimentos desrespeitando o preço tabelado? Simples: fiscais do governo para controlar esses perversos!

Alguns economistas coçavam a cabeça, perplexos. Eles sabiam que nada daquilo funcionaria. Não se ignora as leis econômicas impunemente.

Não eram os “desenvolvimentistas” da Unicamp, os mercantilistas ou os adeptos da “teoria da dependência”. Esses tinham receitas parecidas, pensando que o governo é uma espécie de sábio clarividente que pode simplesmente decretar o progresso da nação.

Mas o importante é constatar que havia lucidez em meio a tanta euforia irracional. Infelizmente, tal como Cassandra, seus alertas eram ignorados. A turma estava empolgada demais com o futuro prometido, com a sensação de esperança. Apontar que o rei está nu é estragar a festa de muita gente míope e embriagada.

Após essa experiência nostálgica, retornei ao presente. Liguei a TV e vi que o bigodudo ainda estava lá, com tanto ou mais poder concentrado nele. Vi também que aquela mesma economista com sotaque de Portugal era extremamente respeitada e vista como uma mentora pela própria presidente. “Memória curta dessa gente”, pensei.

Depois notei que nossa taxa de câmbio praticamente não oscila mais, e que a inflação fica acima da meta o tempo todo, mesmo com crescimento pífio da economia. Mas o Banco Central nada faz, preferindo manter a taxa de juros reduzida, claramente por razões eleitoreiras.

Em seguida, vi o ministro Guido Mantega avisando que iria fiscalizar se as desonerações fiscais eram mesmo repassadas para o preço final. Déjà Vu! Tive calafrios na espinha.

Quer dizer que o próprio governo faz de tudo para despertar o dragão inflacionário, estimulando o crédito público, criando barreiras protecionistas, aumentando gastos, reduzindo artificialmente os juros, e depois pensa que vai segurar a inflação com fiscalização?

Qual será o próximo passo? Recriar a Sunab? Fazer uma campanha difamatória contra os empresários? Criar os “fiscais da Dilma”, usando senhoras com tabelas nos mercados? Manipular os índices oficiais de inflação?

É uma visão assustadora, um flashback de um filme de quinta categoria que já conhecemos e sabemos como termina.

Quem não tem idade suficiente ou não tem boa memória, basta olhar para o lado e ver o presente da Argentina. O novo Papa pode ser argentino, mas sem dúvida Deus não o é, caso contrário não permitira que o casal K ficasse tanto tempo no poder causando esse estrago todo.

Mas, pelo andar da carruagem, não poderemos zombar dos “hermanos” por muito mais tempo. O governo petista tem feito de tudo para alcançar as trapalhadas deles. E não adianta culpar fatores exógenos, pois dessa vez não vai colar. O Peru, a Colômbia e o Chile, com modelos diferentes e mais liberais, crescem muito mais com bem menos inflação. Nossos males são “made in Brazil”, fruto da incompetência da equipe econômica e da própria presidente.

Finalmente, liguei o rádio e ouvi um ex-ministro tucano endossando a ideia de que era, sim, preciso fiscalizar os donos dos estabelecimentos, para não permitir aumentos de preços. Depois vi que o PSDB fazia uma campanha não pela privatização, mas pela “reestatização” da Petrobras, quase destruída pelo PT.

Quando lembrei que essa é a nossa “oposição” a este modelo terrível que está aí, peguei minha DeLorean e ajustei a data para 2030, na esperança de que lá teremos opções realmente liberais contra essa hegemonia de esquerda predominante no Brasil atual.

19 de março de 2013
Rodrigo Constantino é economista

AS ESPERANÇAS QUE VÊM COM O PAPA

 

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O papa Francisco mandou uma mensagem inequívoca para dentro e para fora da Igreja no encontro com jornalistas no Vaticano, sábado passado:

O papel da imprensa cresceu muito nos últimos tempos, tornando-se indispensável. Vocês têm o compromisso de divulgar a verdade e isso nos torna muito próximos pois a Igreja quer comunicar exatamente isso, a verdade, a bondade e a beleza”.

A descrição aplica-se tanto ao papel desempenhado pela imprensa na denuncia dos casos de pedofilia envolvendo padres e bispos quanto, principalmente, na resistência aos autocratas sul-americanos que, num ambiente de crescente desinstitucionalização, vêm anulando os poderes moderadores do Judiciário e do Legislativo, seja pelo constrangimento direto, como na sua Argentina natal, seja pelo indireto com o recurso à corrupção sistemática, como no Brasil do PT.

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A imprensa “tornou-se indispensável” como último refúgio da oposição à onda de violência antidemocrática que, com poucas exceções, assola o continente sul-americano.
É bom saber que não estamos sozinhos nessa luta…

Vai, Francisco, e reconstrói a minha Igreja que está em ruinas”, foi o que teria ouvido em Assis, do Cristo na cruz, o santo de quem o novo papa tirou o seu nome.

Da Igreja para dentro é gigantesco o desafio que o novo papa enfrentará, assim como a reconciliação dela com um rebanho em dispersão. Para enfrentar esse duplo desafio dosar os limites da ação, para um lado e para o outro, será essencial.

Curiosamente, do muito que se escreveu sobre o novo papa nos jornais brasileiros deste fim-de-semana, o que mais chamou minha atenção saiu da pena de um judeu, Lee Siegel, em artigo para O Estado de S. Paulo (aqui).

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Ele fazia duas advertências.
Invocando suas memórias de infância alertava, como filho de uma religião que se expressa em termos preferencialmente racionais, para o perigo de se tornar excessivo o esforço do novo pontífice para desmistificar o papado, lembrando os efeitos indesejados do primeiro grande salto da Igreja nessa direção quando determinou que as missas deixassem de ser rezadas em latim e passassem a ser ditas nas línguas nacionais de cada rebanho.

Eu tinha inveja de meus amigos católicos. Os ritmos belos e encantatórios do idioma arcaico, o cheiro de incenso, os cantos. O vinho e as velas e hóstias – tudo tornava presente e real o mundo invisível, espiritual, que eu tão ardentemente esperava que existisse como uma alternativa melhor que aquele em que eu habitava mundanamente”.

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A razão ordena e a tudo torna inteligível. E ao faze-lo reduz o espaço para a imaginação, a diferença e a individualidade. Apaga a dimensão do sonho que é o espaço onde a religião nada de braçada.

Quem não pensou ainda, ao se deparar com a aridez de um mundo cada vez mais sem mistérios, no sentido da advertência bíblica sobre o gatilho da expulsão dos homens do Paraíso: “Não comerás da árvore do conhecimento”?

A outra advertência de Siegel, de sentido mais prático, trata em termos precisos do primeiro problema concreto com que o papa Francisco terá de se deparar.

Sem o celibato e as patologias que ele amiude origina, sem as barreiras institucionais erigidas para mulheres, sem a tolerância aos abusos de poder coexistindo com a misericórdia para os impotentes, a mensagem de amor e esperança do catolicismo – única na história humana – seria revigorada e disseminada livremente”.

papa7

Nada como um olhar estrangeiro!
Como explicar a enorme expectativa de toda a comunidade humana com relação à eleição do novo chefe de uma igreja (crescentemente) minoritária, traduzida pelo gigantesco aparato de midia que se instalou na Praça de São Pedro nas últimas semanas, senão pelo reconhecimento universal de que “a mensagem de amor e esperança do catolicismo” é a base do que Mario Vargas Llosa descreveu, em artigo recente, como a ilustre e revolucionária cultura clássica e renascentista que (…) impregnou o mundo com ideias, formas e costumes que acabaram com a escravidão e tornaram possíveis as noções de igualdade, solidariedade, direitos humanos, liberdade e democracia ou, em outras palavras, a mensagem que está na base do que de melhor a humanidade produziu em todos os tempos?

Ao trocar o acessório (o celibato) pelo principal, a Igreja vem ha séculos derrapando na besteirada em torno do sexo e deixando em segundo plano a sedutora beleza universal da sua mensagem essencial.

papa9Que seja o papa Francisco a resgatá-la desse desvio.

19 de março de 2013
vespeiro

PIRATARIA



19 de março de 201'3

MAIS UMA TRAGÉDIA NA REGIÃO SERRANA DO RIO. ATÉ QUANDO ISSO CONTINUARÁ A ACONTECER?

 

Chuvas causaram destruição em Petropolis; o bairro Alto da Independência foi um dos mais castigados Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
Bombeiros do Grupamento de Busca e Salvamento resgataram mais um corpo, no início da noite desta segunda-feira, na localidade Boca do Mato, no bairro Espírito Santo, em Petrópolis. A vítima, que é uma criança, do sexo feminino, ainda não identificada.

Segundo a prefeitura, subiu para 16 o número de mortos na tragédia provocada pelo temporal que atinge o município desde a noite de domingo. Duas das vítimas estavam internadas em hospitais e não resistiram.

Nesta noite, voltou a chover forte na região, e os bombeiros suspenderam as buscas, que serão retomadas na manhã de terça-feira.
As sirenes na região foram acionadas para alertar a população sobre os riscos de novos deslizamentos, mas muitos moradores ainda insistem em permanecer em suas casas, em áreas de risco.

Em meio ao cenário de destruição, na Boca do Mato, moradores se uniram nesta tarde para ajudar vizinhos a salvar móveis e eletrodomésticos. Agnaldo Soares, de 41 anos, passou a noite em claro, depois de ter sido obrigado a deixar a casa de dois andares.

NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGSe o governo Cabral usasse o dinheiro dos royalties para assistir os mais desamparados, ao invés de construir estádios para sediar Copa do Mundo e Olimpíada, muitas vidas certamente seriam poupadas. (C.N.)

19 de março de 2013
(O Globo)

ACREDITE SE QUISER: ALÉM DO PLANO B DE DILMA SER O PDT, PODE HAVER UM PLANO C, PARA FORMAR UMA DUPLA COM EDUARDO CAMPOS, DO PSB

 

A sucessão está cada vez mais interessante. O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) fez questão de revelar aos jornalistas que conversou com a presidente Dilma Rousseff há cerca de 15 dias sobre o destino dele e do PSB em 2014.


“Vai desistir ou não?”

“Eu falei com a presidente Dilma e acho que é o suficiente falar com ela sobre o que o PSB acha sobre o futuro. Estou falando com quem deve liderar o processo”, enfatizou o governador.

Campos disse também que conversou com Dilma sobre as preocupações dele para 2013 e sobre os problemas causados pelas disputas eleitorais em 2012 entre PT e PSB. Ele ressaltou que seu partido, do qual é presidente, não decidiu sobre uma candidatura em 2014.

“Ela sabe que não é a hora de o PSB decidir, porque o PSB vai decidir no seu tempo, e, se fosse decidir hoje, ela sabe o que daria”, afirmou o governador, acrescentando que continuará mantendo uma relação de respeito com Dilma e que a sucessão presidencial só será discutida em 2014.

O CANDIDATO DO PT
Como se sabe, Dilma quer ser reeleita, mas acontece que Lula também quer voltar ao poder. Embora Lula diga que defende a reeleição dela, ninguém acredita e ele já está agindo como candidato. Os dois são do PT e no partido só cabe um candidato, cujo nome é Lula.

Dilma não acredita no apoio de Lula. lembra o que o então presidente fez com Ciro Gomes, incentivando-o a trocar o domicílio eleitoral para São Paulo, para ser candidato da coligação PT-PSB a governador em 2006, para depois ser candidato a presidente pelo PT-PSB em 2010

Ciro caiu na lábia de Lula, que fechou negócio com Eduardo Campos e impediu aas duas coisas: que Ciro fosse candidato a governador de São Paulo em 2006 e a presidente em 2010, uma jogada verdadeiramente de grande habilidade política.

Agora, Lula cozinha Dilma no mesmo banho-maria de Ciro. Diz que apoia a reeleição dela, mas na hora H pode imitar dom Pedro e dizer: “Se é para o bem de todos e felicidade geral da nação…”

TROCAR DE PARTIDO

Assim, se quiser ser reeleita, Dilma terá de trocar de partido e tem até setembro deste ano para fazê-lo. O caminho mais aconselhável é entrar para uma nova legenda, o que é facílimo. Pode até escolher. Há várias opções, a melhor delas é o PEN (Partido Ecológico Nacional), cujo número é 51, uma boa idéia.

Mas Dilma pode também entrar num outro partido, já existente, bastando alegar junto à Justiça Eleitoral que o PT está traindo seu programa, o que é a coisa mais fácil de comprovar. Desde que assumiu o poder, em 2003, o PT não tem feito outra coisa, aliando-se a banqueiros, empreiteiros, multinacionais e à escória da política brasileira – Sarney, Renan, Barbalho, Henrique Alves e até Maluf.

PLANO B

Conforme já analisamos aqui no Blog da Tribuna da Imprensa, o Plano B de Dilma seria o PDT, cujo caminho está sendo aberto pelo ex-marido Carlos Araújo, que já pediu filiação no Rio Grande do Sul, e a ficha dele vai ser abonada por Carlos Lupi, o ex-ministro do Trabalho, depois de acordo celebrado pela própria Dilma, que para tanto teve de demitir o ministro Brizola Neto. Isso é um fato, que não pode ser contestado.

Notem que, nessas mudanças ministeriais de sexta-feira, pela primeira vez Dilma não consultou Lula. Ao contrário, fez tudo sozinha. Enfim ela parece ter descolado dele e já está até fazendo acordos com partidos para a sucessão de 2014, independentemente do que Lula acha ou não, mostrando que sua candidatura à reeleição é para valer. Isso é outro fato, também incontestável.

Lula não passa recibo, finge que não está percebendo nada, porque sabe que em 2014, na hora da verdade, quem decidirá tudo será ele. Se Lula quiser sair candidato à Presidência, será aclamado pelo PT. Enquanto Dilma…

PLANO C

Agora, diante das últimas declarações de Eduardo Campos, que vive a criticar o governo, mas faz questão de preservar Dilma, pode surgir também um Plano C, com a possibilidade de Dilma sair candidata pelo PSB, com Eduardo Campos como vice, ele já de olho em 2018.

Aliás, foi o governador pernambucano que recentemente anunciou a candidatura de Dilma à reeleição, depois de uma longa reunião com ela, lembram? Depois, votou a se encontrar com a presidente, para conversar sobre sucessão.

Alguém acredita em coincidência? Essa especulação parece delírio? Então, respondam: afinal, por Dilma e Campos conversam tanto sobre sucessão, se aparentemente seriam adversários?
Essa guerra de bastidores está ficando realmente eletrizante. A possibilidade de ver a criatura Dilma enfrentando o criador Lula seria mesmo sensacional. Faltam apenas cinco meses e meio para Dilma trocar de partido ou esquecer a reeleição. Acredite se quiser.
19 de março de 2013
Carlos Newton
 

PMDB DESCOLA DO PT E ALÇA VOO SOLO PARA AS ELEIÇÕES ESTADUAIS DE 2014

 

As direções de PMDB e PSB em diferentes Estados alçam voos solo em 2014, e o enfrentamento com o PT vai ser inevitável.
Apesar de a aliança nacional também influenciar a montagem do tabuleiro de candidaturas, os partidos já está lançando seus candidatos a governador.


Pezão e Pezinho…
Em Minas Gerais, o PMDB já articula o nome do senador Clésio Andrade como sendo o mais adequado para enfrentar o candidato do governador Antonio Anastasia (PSDB), que não poderá tentar a reeleição.
O PT, por sua vez, admite que o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, é o preferido para o embate.

No Rio de Janeiro, onde o atual governador Sérgio Cabral (PMDB) não poderá tentar a reeleição, as conversas em torno de seu sucessor já estão em pauta. Apesar de o comando nacional do partido ter firmado aliança em torno da reeleição da presidente Dilma Rousseff, a sigla já está lançando o vice-governador Luiz Fernando Pezão na corrida e ainda cobra o apoio petista. O PT, por sua vez, sinalizou como provável candidato o senador Lindbergh Farias (PT).

No caso de São Paulo, o objetivo é minar o governo do tucano Geraldo Alckmin, que deve buscar mais quatro anos de mandato. Enquanto lideranças do PMDB reafirmam que a sigla terá candidato próprio ao governo do Estado, o presidente nacional do PT, Rui Falcão, já veio a público informar que sua legenda também deseja lançar um concorrente próprio.

No Piauí, o PMDB iniciou as articulações para lançar o vice-governador, Zé Filho, para o governo do Estado. Ele deve enfrentar um novo nome do PSB, ainda indefinido, além de um petista.
No Ceará, o PMDB deve lançar o senador Eunício Oliveira. Já o atual prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB), pode ser o sucessor do governador Cid Gomes, que não pode tentar outra eleição.

PSB TEM 12 CANDIDATOS

O PSB pretende montar pelo menos 12 candidaturas próprias aos governos dos Estados em 2014 para fortalecer o nome do governador de Pernambuco e pré-candidato à Presidência da República, Eduardo Campos.

A busca por palanques regionais é um dos principais desafios da sigla – que teve nove candidaturas em 2010 – para reduzir a vantagem da presidente Dilma e do senador Aécio Neves (PSDB).
Os socialistas já têm alternativas consideradas fortes em seis Estados: Amapá, Piauí, Paraíba, Espírito Santo, Ceará e Pernambuco.

Já nos três maiores colégios eleitorais do país – São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro – ainda não há nomes considerados viáveis, mas o partido está buscando alternativas.

19 de março de 2013
Isabella Lacerda (O Tempo)