"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

LULA ATINGIDO POR UM TSUNAMI DE AZARES

tsunami“Para quem não sai, em tempo, da linha, até apito de trem é mau agouro.” (Guimarães Rosa) Lula achou que podia ignorar o apito do trem que vinha vindo carregado de azares.

Esqueceu também que as piores pragas, as que mais pegam, são as proferidas pelas madrinhas e pelas mulheres dadas. Certamente a muito dada Rosemary Noronha, ao sentir-se largada no pasto, resolveu lançar uma bem braba contra seu amante Luiz Inácio Lula da Silva.
Foi exatamente nesse ponto que a casa começou a cair e faltou ao presidente sensibilidade para esperar do de fora.

Todo o dia acontece-lhe uma pior que a outra, agora foi a vez de seus fidelíssimos aliados do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem Terra), arranhá-lo com suas afiadas garras.
Nesse último dia 23/1, cerca de 100 pessoas, logo as 6h30 da manhã, invadiram o Instituto Lula, no Ipiranga, zona sul da capital.

Segundo representantes do assentamento, o grupo quer com a invasão fazer com que o ex-presidente Lula interceda por eles junto à presidente Dilma Rousseff para que assine um decreto de desapropriação por interesse social, para encerrar disputas pela propriedade da área.

Os moradores do assentamento Milton Santos, localizado entre Americana e Cosmópolis (interior de SP), foram notificados por um oficial de Justiça a desocuparem a área até o dia 30 deste mês.

Para explicar o acontecido foi escalado o vaselina do Paulo Okamoto, que além de caixa particular de Lula é também diretor dos Instituto invadido. Ele tentou minimizar o fato ao falar com a imprensa.

Disse que seu chefe ficou “chateado” com a ação dos sem-terra. “Relatei o movimento e ele ficou chateado porque o pessoal invadiu e ele teve de mudar a agenda, mas faz parte.”

Lula receando as perguntas que lhe podiam ser feito sobre o caso e sobre outras coisas que se vem furtando de explicar, covardemente escafedeu-se, viajando para lugar ignorado.

Okamotto afirmou ainda que tudo o que a entidade poderia fazer pelos invasores, além de oferecer “café e água”, já foi feito. “Mais do que isso é dizer que o movimento deles está certo, mas que a forma não me parece muito correta.”

O “contrapasso” do inferno Dante (XXVIII) é dar a pena de ser ofendido igual a quem tenha feito ofensas. Exatamente isso está acontecendo com Lula, pois em abril de 2002, com seu apoio e incentivo os sem terra invadiram a fazenda pertencente aos filhos do então presidente Fernando Henrique Cardoso.

Lula está vivendo seu pior, até agora, momento político, pois passou a ser um grande enganador desacreditado pelos simples ingênuos que o apoiaram elegeram duas vezes e tem elegido os postes que ele apresenta.

(1) Fotomontagem: Lula cheio de amor pelo MST, invasão do Instituto Lula e Lula “chateado” (leia-se: muito emputecido).

25 de janeiro de 2013
Giulio Sanmartini

Resposta para LULA ATINGIDO POR UM TSUNAMI DE AZARES.

  1. EU TE CONHEÇO ??? DEVIAM TER PERGUNTADO PARA A VELHA GENOVEVA,DO LULA !!
  2. Num julgamento em Lins , o Promotor de Justiça chama sua primeira
    testemunha, uma velhinha de idade bem avançada.

    Para começar a construir uma linha de argumentação, o Promotor
    pergunta à velhinha:

    -Dona Genoveva, a senhora me conhece, sabe quem sou eu e o que faço?
    - Claro que eu o conheço, ! Eu o conheci bebê. Só chorava, e
    francamente, você me decepcionou.. Você mente, você trai sua mulher,
    você manipula as pessoas, você espalha boatos e adora fofocas.. Você
    acha que é influente e respeitado na Cidade, quando na realidade você
    é apenas um coitado. Nem sabe que a filha esta grávida, e pelo que
    sei, nem ela sabe quem é o pai. Ah, se eu o conheço! Claro que
    conheço!
  3.  
    O Promotor fica petrificado, incapaz de acreditar no que estava
    ouvindo. Ele fica mudo, olhando para o Juiz e para os jurados. Sem
    saber o que fazer, ele aponta para o advogado de defesa e pergunta à
    velhinha:

    - E o advogado de defesa, a senhora o conhece?
    A velhinha responde imediatamente:
    - O Robertinho? É Claro que eu o conheço!
    Desde criancinha. Eu cuidava dele para a Marina, a mãe dele, pois
    sempre que o pai dele saia, a mãe ia pra algum outro compromisso. E
    ele também me decepcionou. É preguiçoso, puritano, alcoólatra e sempre
    quer dar lição de moral nos outros sem ter nenhuma para ele. Ele não
    tem nenhum amigo e ainda conseguiu perder quase todos os 4 processos
    em que atuou. Além de ser traído pela mulher com o mecânico…. com o
    mecânico!!!
  4.  
    Neste momento, o Juiz pede que a senhora fique em silêncio, chama o
    promotor e o advogado perto dele, se debruça na bancada e fala
    baixinho aos dois:
  5.  
    ‘Se algum de vocês perguntar a esta velha filha da puta se ela me
    conhece, vai sair desta sala preso….. Fui claro?

REDAÇÃO SIMPLES

 


“PÁTRIA MADRASTA VIL

Onde já se viu tanto excesso de falta? Abundância de inexistência… Exagero de escassez… Contraditórios? Então aí está! O novo nome do nosso país! Não pode haver sinônimo melhor para BRASIL.
Porque o Brasil nada mais é do que o excesso de falta de caráter, a abundância de inexistência de solidariedade, o exagero de escassez de responsabilidade.
O Brasil nada mais é do que uma combinação mal engendrada – e friamente sistematizada – de contradições.

Há quem diga que “dos filhos deste solo és mãe gentil”, mas eu digo que não é gentil e, muito menos, mãe. Pela definição que eu conheço de MÃE, o Brasil, está mais para madrasta vil. A minha mãe não “tapa o sol com a peneira”. 
Não me daria, por exemplo, um lugar na universidade sem ter-me dado uma bela formação básica. E mesmo há 200 anos atrás não me aboliria da escravidão se soubesse que me restaria a liberdade apenas para morrer de fome. Porque a minha mãe não iria querer me enganar, iludir.
Ela me daria um verdadeiro Pacote que fosse efetivo na resolução do problema, e que contivesse educação+liberdade+igualdade. Ela sabe que de nada me adianta ter educação pela metade, ou tê-la aprisionada pela falta de oportunidade, pela falta de escolha, acorrentada pela minha voz-nada-ativa.
A minha mãe sabe que eu só vou crescer se a minha educação gerar liberdade e esta, por fim, igualdade. Uma segue a outra… Sem nenhuma contradição!

É disso que o Brasil precisa: mudanças estruturais, revolucionárias, que quebrem esse sistema-esquema social montado; mudanças que não sejam hipócritas, mudanças que transformem! A mudança que nada muda é só mais uma contradição.
Os governantes (às vezes) dão uns peixinhos, mas não ensinam a pescar. E a educação libertadora entra aí.
O povo está tão paralisado pela ignorância que não sabe a que tem direito. Não aprendeu o que é ser cidadão. Porém, ainda nos falta um fator fundamental para o alcance da igualdade: nossa participação efetiva; as mudanças dentro do corpo burocrático do Estado não modificam a estrutura.
As classes média e alta – tão confortavelmente situadas na pirâmide social – terão que fazer mais do que reclamar (o que só serve mesmo para aliviar nossa culpa)…

Mas estão elas preparadas para isso? Eu acredito profundamente que só uma revolução estrutural, feita de dentro pra fora e que não exclua nada nem ninguém de seus efeitos, possa acabar com a pobreza e desigualdade no Brasil.
Afinal, de que serve um governo que não administra? De que serve uma mãe que não afaga? E, finalmente, de que serve um Homem que não se posiciona? Talvez o sentido de nossa própria existência esteja ligado, justamente, a um posicionamento perante o mundo como um todo. Sem egoísmo. Cada um por todos.
Algumas perguntas, quando auto-indagadas, se tornam elucidativas.
Pergunte-se: quero ser pobre no Brasil? Filho de uma mãe gentil ou de uma madrasta vil? Ser tratado como cidadão ou excluído? Como gente… Ou como bicho?”

Diante desta, esta sim uma verdadeira pérola, só me resta pedir emprestada a expressão cunhada pelo nosso coeditor Magu, e com três exclamações: Putaquepariuderoda!!! Há luz no fim do túnel, ENEM me digam que é o trem na contramão…

25 de janeiro de 2013
Ancião

COMENTÁRIO

jozsef janosek disse:
A Evolução da Educação:
Antigamente se ensinava e cobrava tabuada, caligrafia, redação, datilografia… Havia aulas de Educação Física, Moral e Cívica, Práticas Agrícolas, Práticas Industriais e cantava-se o Hino Nacional, hasteando a Bandeira Nacional antes de iniciar as aulas…

Leiam o relato de uma Professora de Matemática:
Semana passada, comprei um produto que custou R$ 15,80.
Dei à balconista R$ 20,00 e peguei na minha bolsa 80 centavos, para evitar receber
ainda mais moedas.
A balconista pegou o dinheiro e ficou olhando para a máquina registradora, aparentemente sem saber o que fazer.
Tentei explicar que ela tinha que me dar 5,00 reais de troco, mas ela não se convenceu e chamou o gerente para ajudá-la. Ficou com lágrimas nos olhos enquanto o gerente tentava explicar e ela aparentemente continuava sem entender.
Por que estou contando isso?
Porque me dei conta da evolução do ensino de matemática desde 1950, que foi assim:


1. Ensino de matemática em 1950:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda.
Qual é o lucro?


2. Ensino de matemática em 1970:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é igual a 4/5 do preço de venda ou R$ 80,00. Qual é o lucro?


3. Ensino de matemática em 1980:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Qual é o lucro?


4. Ensino de matemática em 1990:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Escolha a resposta certa, que indica o lucro:
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00


5. Ensino de matemática em 2000:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
O lucro é de R$ 20,00.
Está certo?
( )SIM ( ) NÃO


6. Ensino de matemática em 2009:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00


7. Em 2010 …:
Um lenhador vende um carro de lenha por R$ 100,00.
O custo de produção é R$ 80,00.
Se você souber ler, coloque um X no R$ 20,00.
(Se você é afro descendente, especial, indígena ou de qualquer outra minoria social, não precisa responder pois é proibido reprová-lo).
( )R$ 20,00 ( )R$ 40,00 ( )R$ 60,00 ( )R$ 80,00 ( )R$ 100,00


E se um moleque resolver pichar a sala de aula e a professora fizer com que ele pinte a sala novamente, os pais ficam enfurecidos pois a professora provocou traumas na criança.

Também jamais levante a voz com um aluno, pois isso representa voltar ao passado repressor (Ou pior: O aprendiz de meliante pode estar armado)
- Essa pergunta foi vencedora em um congresso sobre vida sustentável:

Todo mundo está ‘pensando’ em deixar um planeta melhor para nossos filhos…
Quando é que se ‘pensará’ em deixar filhos melhores para o nosso planeta?

FRASE DO DIA (À MODA DE JOÃOZINHO TRINTA*)

“Ricos é que questionam essas coisas, mas o povo precisa de saúde e educação e também de diversão”.

Cid Gomes, governador do Ceará, explicando que torrou R$ 650 mil no show que animou a festa de inauguração de um hospital em Sobral, despesa questionada pelo Ministério Público de Contas, porque decidiu melhorar a vida do povo com pesados investimentos em três setores prioritários: saúde, educação e Ivete Sangalo.

25 de janeiro de 2013

* "Quem gosta de miséria é intelectual".

LIBERDADE DE EXPRESSÃO AMEAÇADA

Condenado a pagar indenização de R$ 410 mil, jornalista paraense foi alvo de mais de 30 processos judiciais. Para autoras, tenta-se assim “inviabilizar a produção de um jornal alternativo que denuncia desmandos de grupos de poder locais”
Reconhecido no final do ano passado com o Prêmio Especial Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, entre as várias homenagens recebidas por seu trabalho nos últimos anos, o jornalista paraense Lúcio Flávio Pinto, que edita há 25 anos o Jornal Pessoal, foi novamente condenado pelo Judiciário paraense.
 
Desta vez, ele deverá pagar quantia próxima a R$ 410 mil (ou 600 salários mínimos) ao empresário Romulo Maiorana Júnior e à empresa Delta Publicidade S/A, de propriedade da família Maiorana, também detentora de um dos maiores grupos de comunicação das regiões Norte e Nordeste, as Organizações Romulo Maiorana.
 
A decisão da desembargadora Eliana Abufaiad, que negou o recurso interposto pelo jornalista no primeiro semestre de 2012, data de 21 de novembro de 2012, mas foi publicada apenas em 22 de janeiro com uma incorreção e, por causa disso, republicada na última quarta-feira, dia 23. O jornalista vai recorrer da decisão, tentando levar o caso ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), mas teme que a condenação seja confirmada.
 
Romulo Maiorana Júnior alega ter sofrido danos morais e materiais devido à publicação, em 2005, do artigo “O rei da quitanda”, no qual o jornalista abordava a origem e a conduta do empresário à frente de sua organização. Por causa desse texto, em 12 de janeiro do mesmo ano, Lúcio Flávio foi agredido fisicamente pelo irmão do empresário, Ronaldo Maiorana, junto com dois seguranças deste em um restaurante de Belém.
 
Depois da agressão, o jornalista também se tornou alvo de 15 processos judiciais, penais e cíveis, movidos pelos irmãos. Chegou a ser condenado em 2010 a pagar uma quantia de R$ 30 mil, mas recorreu da decisão do juiz Francisco das Chagas. A recente decisão da desembargadora Eliana Abufaiad, se confirmada, significará um duro golpe às atividades desempenhadas por Lúcio Flávio, que não dispõe de recursos financeiros para arcar com as indenizações.
 
Desde os anos 1990 foram movidos contra ele mais de 30 processos judiciais, que representam uma tentativa de inviabilizar a produção de um jornal alternativo que denuncia fraudes e desmandos de empresários e grupos de poder locais.
 
Lúcio Flávio Pinto, que perdeu todas as vezes em que recorreu das condenações judiciais e vê nesses processos uma clara tentativa de impedir a realização do seu trabalho jornalístico, lamenta o fato de juízes e o próprio Tribunal de Justiça do Pará não terem avaliado o mérito dos recursos por ele apresentados.
 
“Os tribunais se transformaram em instâncias finais. Não examinam nada, não existe mais o devido processo legal. E isso não acontece só comigo. São milhares de pessoas em todo o Brasil, todos os dias, que não têm direito ao devido processo legal. Em 95% dos casos julgados no país, rejeitam-se os recursos. Não tem jeito”, afirma, novamente temeroso diante da situação, por não acreditar que o STJ acolha o seu recurso.
 
Ele informa que há outra ação judicial em curso, ainda a ser julgada, na qual Romulo Júnior pede R$ 360 mil de indenização também por danos morais e materiais.
 
Lúcio ficou ainda mais conhecido no início de 2012 quando foi alvo de uma condenação judicial que mobilizou pessoas e organizações, nacionais e estrangeiras, para levantar os recursos necessários para indenizar a família do falecido empresário Cecílio do Rego Almeida, que o processou por ser chamado de “pirata fundiário” em reportagem que denunciou a tentativa de fraude e de apropriação indevida de quase 5 milhões de terras públicas na Amazônia, fato depois confirmado pelo próprio poder público local.
 
* Jornalistas de Belém (PA), integram o Movimento Somos Todos Lúcio Flávio Pinto.

25 de janeiro de 2013
Brenda Taketa e Rose Silveira
in congressoemfoco

Veja ainda:
Ações na Justiça restringem a liberdade de expressão
Cuidado, jornalista: criticar pode dar cadeia

SANATÓRIO GERAL DA "POLÍTICA" BRASILEIRA

Neurônio temperamental


“Eu não falo do aumento do preço de gasolina. Falo da redução do preço da energia”.

Dilma Rousseff, que também não fala no pibinho porque só pensa no “Pibão grandão” que pediu a Papai Noel para 2013.

Acusação gravíssima (37)

“Não há uma única campanha política no país nos últimos 50 anos que tenha sido limpa, não defendo corrupção nem discuto descumprimento de regras; por que diabo valem para o PT as regras eleitorais e não para os outros? Tenho de fazer campanha vendendo camisa, bóton e santinho do PT…os outros podem fazer caixa dois que não acontece nada?”

José Garcia Lima, dirigente da sucursal fluminense da CUT, acusando todos os políticos do Brasil de plagiadores das bandidagens do PT.

Ela mostra, ele esconde

“Dilma tem o que mostrar”.

José Guimarães, deputado federal do PT cearense, irmão de José Genoíno e chefe daquele assessor preso com uma fortuna em dólares na cueca, fora outras anotações no prontuário que avisam que, ao contrário da presidente a quem serve, o declarante tem o que esconder.

Tudo explicado

“Ele ficou chateado porque o pessoal invadiu e ele teve de mudar a agenda, mas faz parte”.

Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula, sobre a reação do chefe ao saber que a sucursal paulista estava ocupada por um grupo de sem-terra, revelando que o ex-presidente foi obrigado a procurar outro esconderijo para escapar de perguntas sobre a amiga quadrilheira Rosemary Noronha.

Culpa de FHC

“O Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente, para o futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo”.

Dilma Rousseff, confirmando que os apagões que insistem em desmentir o governo são provocados por sabotadores disfarçados de funcionários do sistema de distribuição de energia que fazem parte da herança maldita legada por FHC.

Neutralidade a favor

“O governo não tem preferência por candidatos porque a preferência nossa é que eles escolham e a gente possa continuar tendo essa relação produtiva, benéfica para o País que tivemos ao longo desses últimos dois anos”.

Ideli Salvatti, ministra de Relações Institucionais, sobre a eleição dos novos presidentes do Senado e da Câmara, garantindo que o governo aceitará com muita naturalidade qualquer resultado, desde que os escolhidos sejam Renan Calheiros e Henrique Alves.

Estadista é isso

“O Brasil está cada vez maior e imune a ser atingido por previsões alarmistas; nos últimos anos o time vencedor tem sido dos que têm fé e apostam no Brasil”.

Dilma Rousseff, no pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão, explicando que um governo não precisa de planos, projetos ou programas, mas de torcida a favor, otimismo e muita reza.

É plágio

“Hoje podemos ver como erraram feio os que não acreditavam que era possível crescer e distribuir renda. Nesse novo Brasil, aqueles que são sempre do contra estão ficando para trás”.

Dilma Rousseff, nesta quarta-feira, em cadeia nacional de rádio e TV, revelando que, por falta do que dizer, os redatores de discursos do Planalto resolveram copiar os palavrórios recitados por Lula durante oito anos de governo.

Belíssimo candidato

“Renan pode fazer uma belíssima gestão no Senado”.

Michel Temer, vice-presidente da República e chefe do Escritório de Negócios, Empregos, Contratos e Assuntos Impublicáveis do PMDB, sobre a candidatura de Renan Calheiros à presidência do Senado, lembrando que a folha de serviços prestados a si próprio, à família (incluindo Mônica Veloso), à disseminação da bandalheira e ao crescimento da criminalidade em geral, fora o resto, atesta que o notório alagoano nasceu para comandar a Casa do Espanto, uma das principais obras do PAC.

Saúde, saber e Sangalo

“Ricos é que questionam essas coisas, mas o povo precisa de saúde e educação e também de diversão”.

Cid Gomes, governador do Ceará, explicando que torrou R$ 650 mil no show que animou a festa de inauguração de um hospital em Sobral, despesa questionada pelo Ministério Público de Contas, porque decidiu melhorar a vida do povo com pesados investimentos em três setores prioritários: saúde, educação e Ivete Sangalo.

NOTA AO PÉ DO TEXTO
Aplicando às coisas públicas (res publica) a lógica do Joãozinho trinta.
m.americo

25 de janeiro de 2013
Augusto Nunes

OS BILIONÁRIOS, O NEOESQUERDISMO E A DITADURA DO "PRIVILÉGIO DE CONSCIÊNCIA"

 

Millôr dizia, talvez as palavras não sejam exatamente estas, que o auge da contradição era um mendigo com medo do comunismo. O mundo assiste hoje em dia a uma contradição nova — que é mais aguda, como boa parte das besteiras, no Brasil: os bilionários de esquerda.
 
Talvez confundam alguma culpa com consciência social, sei lá eu. O fato é que aderem às teses mais estapafúrdias dos “companheiros” para demonstrar que seus bolsos estão sujos pelo vil metal, mas sua consciência está limpinha. Caso alguém aponte a incoerência, vem aquela velha desculpa: “A questão pessoal não tem importância…”.
 
Tem, sim, ué. Mas já vivi o bastante para saber também que mesmo as almas mais reformistas têm lá seus interesses. Não é que eu não confie nos propósitos humanitários de um George Soros, por exemplo. Acredito, sim! Mas sei que ele se tornou realmente notável na transformação de carbono em dinheiro, não é mesmo? É nessa arte que ele é um verdadeiro Rousseau…
 
Vou ver se algum bilionário financia uma pesquisa que tenho a intenção de fazer… As esquerdas, ao longo da história, fizeram fama e milhões de cadáveres pregando a revolução e o socialismo. E, como se sabe, excluíram do mundo dos vivos os que não comungavam de suas prefigurações.
O ambientalismo, o combate ao consumismo, a sustentabilidade e afins oferecem aos ricos uma chance de ser progressistas sem que precisem abrir mão do patrimônio e dos privilégios que conquistaram (no mais das vezes, herdaram). Os muito ricos, assim, também ganham o direito de ter uma utopia, entenderam?
 
Eles podem, de resto, olhar para aqueles pobres homens da classe média com um senso de superioridade que não deriva da condição social, o que seria horrível, mas da consciência social. Se alguém lhes propusesse financiar uma ditadura para assegurar seus privilégios de classe, eles, de pronto!, diriam “Não!”. E, por óbvio, eu os aplaudo por isso. Mas, se alguém lhes propuser que financiem uma ditadura para assegurar seus “privilégios de consciência”, eles imediatamente dirão “Sim”. E eu, por óbvio, os vaio por isso.
 
25 de janeiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

IMAGEM DO DIA

  • Fotógrafos se protegem enquanto manifestantes atiram pedras em direção a polícia da Praça Tahrir, no Cairo
  • Fotógrafos se protegem enquanto manifestantes atiram pedras em direção a polícia da Praça Tahrir, no Cairo - Amr Abdallah Dalsh/Reuters
     
    25 de janeiro de 2013

    HÁ MAIS ERVAS DANINHAS DO QUE TRIGO, PARA QUALQUER LADO QUE SE OLHE...

    O duelo entre o currículo e o prontuário vai decidir o destino do cacique capixaba

    Theodorico Ferraço e Norma Ayub

    Inaugurado em 1967, quando conseguiu uma vaga na Assembleia Legislativa do Espírito Santo, o currículo político de Theodorico Ferraço, hoje com 75 anos, é ornamentado por quatro mandatos como prefeito de Cachoeiro de Itapemirim, três como deputado federal e mais três como deputado estadual. A coleção de cargos vistosos é tão impressionante quanto o prontuário, que inclui 23 processos em tramitação no Tribunal de Justiça, 13 dos quais por improbidade administrativa.

    A última anotação na folha corrida começa a tornar improvável a materialização do sonho perseguido há meses: reeleger-se presidente do Legislativo, que comanda desde março do ano passado. Neste janeiro, em companhia da mulher, Norma Ayub, 52, prefeita de Itapemirim entre 2004 e 2012, Ferraço entrou na mira da Operação Derrama, arquitetada pela Polícia Civil e pelo Tribunal de Contas.

    Solta nesta quinta-feira, Norma ficou confinada por cinco dias no Centro de Detenção Provisória Feminino de Viana, em Vitória, onde dividiu uma cela com duas presas e, segundo amigos e parentes, não teve direito ao uso de sabonete e desodorante.

    Pai do senador peemedebista Ricardo Ferraço, Theodorico Ferraço vem adiando há tempos a transferência para o filho da chefia do clã. Visto por adversários como um Odorico Paraguaçu do Espírito Santo, o patriarca septuagenário pertence à espécie política cujos integrantes preferem atuar como protagonista na cena regional a ser mais um coadjuvante na paisagem federal.

    Ferraço candidatou-se a mais um mandato no comando do Legislativo graças a uma mudança na Constituição estadual, aprovada pelos colegas, que removeu um trecho que proibia a reeleição do presidente. Mas o favoritismo começou a ser minado pelas aparições constantes no noticiário político-policial. O governador Renato Casagrande, até recentemente partidário da inscrição de uma chapa única na eleição da Mesa Diretora, agora foge do tema. A ideia pode ter sido fulminada pelo PT, que acaba de retirar o apoio a Ferraço.

    A Operação Derrama, desencadeada há cerca de um mês, desmontou uma quadrilha que extorquia multinacionais instaladas no estado e desviava dos cofres públicos parte do dinheiro arrecadado com os royalties do petróleo.

    Para surpresa de quem tem alguma intimidade com a história de crimes impunes protagonizado por políticos do Espírito Santo, já são dez os administradores municipais apresentados a uma cela. O número pode crescer significativamente: o que se se descobriu pode ser a ponta do iceberg que esconde bilhões de reais obtidos com a exploração das jazidas marítimas.

    Ezequiel Souza, 47, morador do Calafate: uma das vítimas da pobreza extrema. (Foto: Rodrigo Antonio)

    As evidências de que algo está muito errado são visíveis a olho nu. Quem visita Itapemirim não consegue enxergar um orçamento milionário por trás da paisagem escurecida por incontáveis carências.
    Sobram moradores pobres, falta assistência social e as filas dos postos de saúde se estendem pelas calçadas. Na chamada comunidade do Calafate, por exemplo, a água encanada chegou há dois meses, muitas residências são desprovidas de energia elétrica e a maioria das crianças abandona a escola para ajudar os pais no corte da cana.
     
    Os números atestam que a origem dos problemas está na péssima gestão dos formidáveis recursos que vêm do mar. A 128 quilômetros de Vitória, Itapemirim figura entre as cidades mais beneficiadas pela extração do petróleo: em 2012, o dinheiro dos royalties chegou perto dos R$ 180 milhões.
     
    Essa fortuna passa ao largo das reais necessidades dos 31 mil habitantes da Itapemirim que sobrevivem em lugares ignorados por Norma e Ferraço ─ que governou de fato a cidade enquanto a mulher foi inquilina do gabinete reservado ao prefeito.
    O preço do esquecimento foi cobrado nas urnas de outubro passado. Estevão, o Amigo do Coração, candidato do PMDB com o apoio do casal, foi derrotado por 130 votos de diferença por Dr. Luciano, do PSB, primo de Norma e um de seus mais ferozes opositores.
     
    Inconformados com o inesperado fracasso, o casal conseguiu que até o promotor de Justiça se engajasse no esforço destinado a impedir a posse do vencedor. Dr. Luciano teve contestadas as contas de campanha e foi acusado de comprar votos.
    Norma estava tão certa de que ganharia esse segundo turno disputado em tribunais que prometeu desfilar nua pelas ruas da cidade caso o primo se instalasse no gabinete que lhe pertenceu. Até agora a promessa não foi cumprida.
     
    Como a Operação Derrama está sob segredo de Justiça, seguem desconhecidas a extensão e a gravidade das maracutaias. O que já se sabe, contudo, é suficiente para colocar em risco a reeleição sonhada pelo presidente da Assembleia.
    Theodorico Ferraço pode acabar descobrindo que ficou mais complicado permanecer em liberdade que continuar no cargo que ocupa. O duelo entre o currículo e o prontuário vai decidir o destino do cacique capixaba.

    25 de janeiro de 2013
    JÚLIA RODRIGUES

    ALCKMIN: A ÉTICA DA ARITMÉTICA

     


    O governador de São Paulo diz que apoia o candidato Henrique Alves porque o PMDB tem o maior número de deputados. Errou, a maior bancada é a do PT. O que faria o tucano paulista se o partido resolvesse lançar José Genoino?
     
    25 de janeiro de 2013
    Augusto Nunes

    OS AMORES E OS ÓDIOS DE DOM BALDUINO, ESTE ESTRANHO "HOMEM DE DEUS"

     
    Há dois dias escrevi aqui sobre as maluquices de dois padres — Júlio Lancelotti e um outro aí — que decidiram se opor à internação involuntária de viciados em São Paulo, embora o programa, que cumpre previsão legal, esteja cercado de todos os cuidados técnicos e garantias democráticas.
    Por que os dois fazem isso? Porque têm, vamos dizer assim, ideias na cabeça que passam muito longe dos fundamentos do catolicismo e da outra Constituição que deveriam seguir: os fundamentos no Novo Testamento.
     
    No dia 23, a Folha publicou um artigo assinado por Dom Tomás Balduino, 90 anos (se escrito por ele, isso já não sei), que é nada menos do que um libelo contra a senadora Kátia Abreu (PSD-TO).
     
    Vamos ver. Divergir desse ou daquele é parte do jogo democrático. O ataque gratuito, saído do nada, apelando a calúnias já desmoralizada pelos fatos e pela Justiça, bem, isso é outra coisa. A senadora, presidente da Confederação Nacional da Agricultura do Brasil (CNA), não foi atacada por dom Balduino por ter feito isso ou aquilo, mas por ser quem é: líder de um setor da economia — o único da área produtiva que exibe números realmente virtuosos. E sem ter o BNDES como babá.
     
    Dom Tomás é bispo emérito de Goiás e “conselheiro permanente da Comissão Pastoral da Terra”, de que já foi presidente. As “pastorais” são o que já chamei aqui de “herança maldita da Escatologia da Libertação”. Na sua militância, substituem os fundamentos do cristianismo — e, particularmente, do catolicismo — pela velha e boa (para os militantes) luta de classes.
     
    Poucos setores demonizam tanto o a produção rural, por exemplo, como essa ala da Igreja. Padres e bispos católicos deveriam ter como mandamento “dar pão a quem tem fome”. Fazem, nesse caso, o contrário: preferem a fome desde que ela esteja de acordo com o que acham ser “justiça”.
     
    Dom Balduino, com o seu entendimento muito particular do que seja justiça, já foi tema deste blog muitas vezes. Em 2009, confesso, ele consegue deixar chocado até este blogueiro, que espera as piores coisas desse setor da Igreja.
     
    O noticiário internacional dava conta da penca de filhos que o então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, havia tido na clandestinidade, quando era nada menos do que bispo — filhos que, evidentemente, não haviam sido reconhecidos.
    Dom Balduino não hesitou: trocou a Teologia da Libertação pela Teologia da Inseminação e emprestou seu total apoio ao “amigo”.
     
    Mais: acusou uma conspiração contra o Lugo e ainda acusou a mídia, claro!!! Deu a impressão de que os inimigos de Lugo o forçaram a se deitar com parcela significativa da população feminina do Paraguai. No trecho mais impressionante da carta, Dom Balduino exaltou a quebra dos votos de castidade do outro e sua prolífica militância. Assim:
     
     “Continue assim, caro Irmão, coerente com a inspiração evangélica, ao testemunhar, com clarividência e humanidade, o inestimável valor do relacionamento entre o homem e a mulher”.
     
    Ainda que padre transando com mulher não seja a pior notícia que pode ter a Igreja, é evidente que a carta de dom Tomás é pura delinquência teológica e política.
     
    O que isso tem a ver?

    Aí alguns mais inocentes poderiam perguntar: “O que isso tem a ver com o caso de agora, Reinaldo?”. Tudo! Dom Balduino é do tipo que santifica os seus amigos, pouco importando as transgressões que tenham praticado (ele as transforma, como se vê, em virtudes), e que demoniza aqueles que considera adversários, pouco importando se têm ou não virtudes. E isso está demonstrado por sua trajetória e militância.
     
    As acusações

    O artigo de Balduino está ancorado num texto publicado pela notória Carta Capital, com o apreço e o amor à verdade que há por lá. Acusa Kátia Abreu de ter expulsado um agricultor de sua terra e de ter se apropriado de área pública. Os documentos que existem a respeito do caso desmentem uma coisa e também outra — tudo submetido ao crivo da Justiça.
     
    Balduino afirma ainda outras barbaridades sobre assunto que conhecemos bem, os que somos deste blog. Quando o Supremo tomou a decisão sobre Raposa Serra do Sol — decisão lastimável no mérito (e nós estávamos certos; só cresceu miséria por lá ) —, estabeleceu 20 condicionantes para aquela área e para a demarcação de futuras terras indígenas.
    O bispo, com um desapreço pela verdade só superado pelas ignomínias que disse no elogio a Lugo, atribui tal decisão a Kátia Abreu. É mesmo um troço espantoso!
     
    Estudiosos tentam entender as razões do declínio da Igreja Católica no Brasil — e está em declínio, é inútil negar. Deriva, não tenho dúvida, entre outras causas, do fato de que muitos religiosos passaram a ignorar o dogma da Cruz em favor do da luta de classes. O pior é que acabam com um entendimento prejudicado das duas coisas.
    Os marxistas originais, vá lá, achavam que era preciso superar o capitalismo para chegar ao socialismo — e àquilo que entendiam ser o bem-estar coletivo.
     
    O comunismo dos padres é coisa mais primitiva mesmo. Eles parecem ter uma atração fatal pela socialização da miséria. A exemplo daquela turma da Alana, eles também não gostam do… consumismo… É o caso de Lancelotti. Esse homem não pode ver um miserável que logo cai de joelhos.
    Leiam a resposta que Kátia Abreu deu a dom Balduino, também na Folha:
     
    Li, com surpresa, nesta Folha, um texto rancoroso e eivado de fúria acusatória e caluniosa (“Apreensão no campo” ), assinado pelo bispo emérito de Goiás Velho, dom Tomás Balduino, atribuindo-me pecados que não cometi.
     
    Como católica praticante, jamais imaginei um dia polemizar com um representante da mais alta hierarquia da fé que professo. Mas a fé que professo não parece ser a mesma que a dele. As palavras que me dirigiu não foram de um cristão.
     
    Minha fé não é a do ódio revolucionário, que incita o conflito e trata como pecadores os que dele divergem ideologicamente. É a fé que o papa Bento 16, em seu livro “Jesus de Nazaré, da Entrada em Jerusalém à Ressurreição”, proclama como sendo a da paz.
     
    “A violência”, diz o papa, “não instaura o Reino de Deus, o Reino da Humanidade. É, ao contrário, instrumento preferido do Anticristo. Mesmo com motivação religiosa idealista, ela não serve à humanidade, mas à inumanidade”.
     
    Não há mistura mais letal que a da política com a religião. O fundamentalismo é, em si, antirreligioso. Os católicos da Irlanda, em nome de sua fé –que seguramente não é a de Cristo–, usaram o terrorismo e o sangue de inocentes como arma política, em nome de Alguém que resumiu sua doutrina numa frase: “Amai-vos uns aos outros”.
     
    Minha mais remota lembrança de dom Tomás é diametralmente oposta ao espírito de seu artigo. Remonta a um tempo anterior à criação do meu Tocantins, então integrado a Goiás.
     
    Ele, ainda padre, ensinava, num Sermão das Sete Palavras, na Sexta-Feira da Paixão, que Jesus, ao pedir ao Pai que perdoasse seus algozes, “pois não sabiam o que faziam”, mostrava a importância de interceder não só pelos amigos, mas sobretudo pelos inimigos.
     
    Ao que parece, algo mudou na transição de padre Tomás para o bispo dom Balduino. Invoco, pois, o espírito cristão do padre para responder ao bispo, com absoluta serenidade, as imputações que me faz –a mim e a meus irmãos Luiz Alfredo e André Luiz. Mesmo perdoando-o desde já, cumpro o dever de desmenti-lo.
     
    Não é verdade, dom Balduino, que tenha perseguido, despejado e feito perseguir “por 15 policiais armados” um pequeno agricultor em Campos Lindos, Tocantins. Tratava-se do grileiro Juarez Vieira, cuja crônica de violências e maldades qualquer morador da região atestará. Obtive na Justiça reintegração de posse de terra de minha propriedade legítima.
     
    Não é verdade também que a tenha recebido de “mão beijada”. Adquiri-a em moeda corrente e a preço justo, como os demais fazendeiros. Era área inóspita e desabitada; hoje, é a internacionalmente conhecida região do Mapito, referência de produtividade em soja, milho e algodão, com infraestrutura bancada pelos produtores pioneiros.
     
    Outra injúria atinge meus dois irmãos. O bispo acusa Luiz Alfredo de grilagem e André Luiz, de promover trabalho escravo. Mas Alfredo adquiriu com recursos próprios as terras que possui, devidamente documentadas. E André jamais foi proprietário da fazenda citada pelo bispo.
     
    Apenas alugou dois tratores, sem os tratoristas, para o proprietário, nada tendo a ver com as denúncias, que não o envolveram. É, inclusive, funcionário do Ministério Público do Trabalho, onde jamais foi questionado.
     
    Esclareço também que não sou responsável pela decisão da Advocacia-Geral da União de estender as condicionantes da demarcação de Raposa Serra do Sol às demais terras indígenas. Foi o Supremo Tribunal Federal que assim o determinou.
     
    Sem seu grau de santidade e sabedoria, não lhe devolvo as insolências. E se for o caso de terminar com uma citação, tomo, com respeito, a palavra do Senhor, no Antigo Testamento: “Não darás falso testemunho contra o teu próximo” (Êxodo, 20, 16).
     
    25 de janeiro de 2013
    Por Reinaldo Azevedo

    OS AMORES E OS ÓDIOS DE DOM BALDUINO, ESTE ESTRANHO "HOMEM DE DEUS"

     
    Há dois dias escrevi aqui sobre as maluquices de dois padres — Júlio Lancelotti e um outro aí — que decidiram se opor à internação involuntária de viciados em São Paulo, embora o programa, que cumpre previsão legal, esteja cercado de todos os cuidados técnicos e garantias democráticas.
    Por que os dois fazem isso? Porque têm, vamos dizer assim, ideias na cabeça que passam muito longe dos fundamentos do catolicismo e da outra Constituição que deveriam seguir: os fundamentos no Novo Testamento.
     
    No dia 23, a Folha publicou um artigo assinado por Dom Tomás Balduino, 90 anos (se escrito por ele, isso já não sei), que é nada menos do que um libelo contra a senadora Kátia Abreu (PSD-TO).
     
    Vamos ver. Divergir desse ou daquele é parte do jogo democrático. O ataque gratuito, saído do nada, apelando a calúnias já desmoralizada pelos fatos e pela Justiça, bem, isso é outra coisa. A senadora, presidente da Confederação Nacional da Agricultura do Brasil (CNA), não foi atacada por dom Balduino por ter feito isso ou aquilo, mas por ser quem é: líder de um setor da economia — o único da área produtiva que exibe números realmente virtuosos. E sem ter o BNDES como babá.
     
    Dom Tomás é bispo emérito de Goiás e “conselheiro permanente da Comissão Pastoral da Terra”, de que já foi presidente. As “pastorais” são o que já chamei aqui de “herança maldita da Escatologia da Libertação”. Na sua militância, substituem os fundamentos do cristianismo — e, particularmente, do catolicismo — pela velha e boa (para os militantes) luta de classes.
     
    Poucos setores demonizam tanto o a produção rural, por exemplo, como essa ala da Igreja. Padres e bispos católicos deveriam ter como mandamento “dar pão a quem tem fome”. Fazem, nesse caso, o contrário: preferem a fome desde que ela esteja de acordo com o que acham ser “justiça”.
     
    Dom Balduino, com o seu entendimento muito particular do que seja justiça, já foi tema deste blog muitas vezes. Em 2009, confesso, ele consegue deixar chocado até este blogueiro, que espera as piores coisas desse setor da Igreja.
     
    O noticiário internacional dava conta da penca de filhos que o então presidente do Paraguai, Fernando Lugo, havia tido na clandestinidade, quando era nada menos do que bispo — filhos que, evidentemente, não haviam sido reconhecidos.
    Dom Balduino não hesitou: trocou a Teologia da Libertação pela Teologia da Inseminação e emprestou seu total apoio ao “amigo”.
     
    Mais: acusou uma conspiração contra o Lugo e ainda acusou a mídia, claro!!! Deu a impressão de que os inimigos de Lugo o forçaram a se deitar com parcela significativa da população feminina do Paraguai. No trecho mais impressionante da carta, Dom Balduino exaltou a quebra dos votos de castidade do outro e sua prolífica militância. Assim:
     
     “Continue assim, caro Irmão, coerente com a inspiração evangélica, ao testemunhar, com clarividência e humanidade, o inestimável valor do relacionamento entre o homem e a mulher”.
     
    Ainda que padre transando com mulher não seja a pior notícia que pode ter a Igreja, é evidente que a carta de dom Tomás é pura delinquência teológica e política.
     
    O que isso tem a ver?

    Aí alguns mais inocentes poderiam perguntar: “O que isso tem a ver com o caso de agora, Reinaldo?”. Tudo! Dom Balduino é do tipo que santifica os seus amigos, pouco importando as transgressões que tenham praticado (ele as transforma, como se vê, em virtudes), e que demoniza aqueles que considera adversários, pouco importando se têm ou não virtudes. E isso está demonstrado por sua trajetória e militância.
     
    As acusações

    O artigo de Balduino está ancorado num texto publicado pela notória Carta Capital, com o apreço e o amor à verdade que há por lá. Acusa Kátia Abreu de ter expulsado um agricultor de sua terra e de ter se apropriado de área pública. Os documentos que existem a respeito do caso desmentem uma coisa e também outra — tudo submetido ao crivo da Justiça.
     
    Balduino afirma ainda outras barbaridades sobre assunto que conhecemos bem, os que somos deste blog. Quando o Supremo tomou a decisão sobre Raposa Serra do Sol — decisão lastimável no mérito (e nós estávamos certos; só cresceu miséria por lá ) —, estabeleceu 20 condicionantes para aquela área e para a demarcação de futuras terras indígenas.
    O bispo, com um desapreço pela verdade só superado pelas ignomínias que disse no elogio a Lugo, atribui tal decisão a Kátia Abreu. É mesmo um troço espantoso!
     
    Estudiosos tentam entender as razões do declínio da Igreja Católica no Brasil — e está em declínio, é inútil negar. Deriva, não tenho dúvida, entre outras causas, do fato de que muitos religiosos passaram a ignorar o dogma da Cruz em favor do da luta de classes. O pior é que acabam com um entendimento prejudicado das duas coisas.
    Os marxistas originais, vá lá, achavam que era preciso superar o capitalismo para chegar ao socialismo — e àquilo que entendiam ser o bem-estar coletivo.
     
    O comunismo dos padres é coisa mais primitiva mesmo. Eles parecem ter uma atração fatal pela socialização da miséria. A exemplo daquela turma da Alana, eles também não gostam do… consumismo… É o caso de Lancelotti. Esse homem não pode ver um miserável que logo cai de joelhos.
    Leiam a resposta que Kátia Abreu deu a dom Balduino, também na Folha:
     
    Li, com surpresa, nesta Folha, um texto rancoroso e eivado de fúria acusatória e caluniosa (“Apreensão no campo” ), assinado pelo bispo emérito de Goiás Velho, dom Tomás Balduino, atribuindo-me pecados que não cometi.
     
    Como católica praticante, jamais imaginei um dia polemizar com um representante da mais alta hierarquia da fé que professo. Mas a fé que professo não parece ser a mesma que a dele. As palavras que me dirigiu não foram de um cristão.
     
    Minha fé não é a do ódio revolucionário, que incita o conflito e trata como pecadores os que dele divergem ideologicamente. É a fé que o papa Bento 16, em seu livro “Jesus de Nazaré, da Entrada em Jerusalém à Ressurreição”, proclama como sendo a da paz.
     
    “A violência”, diz o papa, “não instaura o Reino de Deus, o Reino da Humanidade. É, ao contrário, instrumento preferido do Anticristo. Mesmo com motivação religiosa idealista, ela não serve à humanidade, mas à inumanidade”.
     
    Não há mistura mais letal que a da política com a religião. O fundamentalismo é, em si, antirreligioso. Os católicos da Irlanda, em nome de sua fé –que seguramente não é a de Cristo–, usaram o terrorismo e o sangue de inocentes como arma política, em nome de Alguém que resumiu sua doutrina numa frase: “Amai-vos uns aos outros”.
     
    Minha mais remota lembrança de dom Tomás é diametralmente oposta ao espírito de seu artigo. Remonta a um tempo anterior à criação do meu Tocantins, então integrado a Goiás.
     
    Ele, ainda padre, ensinava, num Sermão das Sete Palavras, na Sexta-Feira da Paixão, que Jesus, ao pedir ao Pai que perdoasse seus algozes, “pois não sabiam o que faziam”, mostrava a importância de interceder não só pelos amigos, mas sobretudo pelos inimigos.
     
    Ao que parece, algo mudou na transição de padre Tomás para o bispo dom Balduino. Invoco, pois, o espírito cristão do padre para responder ao bispo, com absoluta serenidade, as imputações que me faz –a mim e a meus irmãos Luiz Alfredo e André Luiz. Mesmo perdoando-o desde já, cumpro o dever de desmenti-lo.
     
    Não é verdade, dom Balduino, que tenha perseguido, despejado e feito perseguir “por 15 policiais armados” um pequeno agricultor em Campos Lindos, Tocantins. Tratava-se do grileiro Juarez Vieira, cuja crônica de violências e maldades qualquer morador da região atestará. Obtive na Justiça reintegração de posse de terra de minha propriedade legítima.
     
    Não é verdade também que a tenha recebido de “mão beijada”. Adquiri-a em moeda corrente e a preço justo, como os demais fazendeiros. Era área inóspita e desabitada; hoje, é a internacionalmente conhecida região do Mapito, referência de produtividade em soja, milho e algodão, com infraestrutura bancada pelos produtores pioneiros.
     
    Outra injúria atinge meus dois irmãos. O bispo acusa Luiz Alfredo de grilagem e André Luiz, de promover trabalho escravo. Mas Alfredo adquiriu com recursos próprios as terras que possui, devidamente documentadas. E André jamais foi proprietário da fazenda citada pelo bispo.
     
    Apenas alugou dois tratores, sem os tratoristas, para o proprietário, nada tendo a ver com as denúncias, que não o envolveram. É, inclusive, funcionário do Ministério Público do Trabalho, onde jamais foi questionado.
     
    Esclareço também que não sou responsável pela decisão da Advocacia-Geral da União de estender as condicionantes da demarcação de Raposa Serra do Sol às demais terras indígenas. Foi o Supremo Tribunal Federal que assim o determinou.
     
    Sem seu grau de santidade e sabedoria, não lhe devolvo as insolências. E se for o caso de terminar com uma citação, tomo, com respeito, a palavra do Senhor, no Antigo Testamento: “Não darás falso testemunho contra o teu próximo” (Êxodo, 20, 16).
     
    25 de janeiro de 2013
    Por Reinaldo Azevedo

    CUBA TENTOU CRIAR UM CHAVEZ FAKE!!!

     


    EXTRA!!!
    A CORJA COMUNISTA CUBANA JUNTO COM OS BOLIVARIANOS DELINQUENTES DO FALECIDO HUGORILA CHAVEZ TENTARAM ENGANAR O MUNDO, ARRANJARAM UM SÓSIA MUITO PARECIDO COM O HUGORILLA E TREINARAM ELE A EXAUSTÃO PARA QUE O MESMO IMITASSE QUASE A PERFEIÇÃO O DITADOR CHAVECO!
    O OBJETIVO ERA LEVA-LO A VENEZUELA PARA "TOMAR POSSE" E DEPOIS "VOLTAR A CUBA PARA CONTINUAR O TRATAMENTO".

    ESTA SEMANA FIZERAM UM SERIE DE TESTES, COLOCARAM O SÓSIA PARA SER VISTO POR PESSOAS QUE REALMENTE O CONHECEM PARA SABER SE O SÓSIA OS ENGANAVA... SE SIM, SERIA UM SUCESSO A "MANOBRA", MAS SAIU TUUUDO AO CONTRARIO: O SÓSIA FOI UM FRACASSO!!! A MAIORIA QUE O VIU DETETOU QUE "AQUELE NÃO ERA O CHAVEZ"! E ASSIM ABORTARAM A OPERAÇÃO "JESUS RESSUCITADO" .
     
    PARA DESVIAR A ATENÇÃO DO FRACASSO, INVENTARAM A TENTATIVA DE ATENTADO CONTRA OS DOIS RATOS COMUNISTAS DE PLANTÃO O MADURO E O OUTRO BOSTA , O "TENENTINHO DE MERDA"
    MAIS UM GOLPE CONTRA A DEMOCRACIA E UM FIASCO COMUNISTA EXPOSTO!!!
    AGORA ESTÃO DESESPERADOS!!! VÃO TER QUE DIZER A VERDADE CRUEL: CHAVEZ JÁ ERA!!!
    Fonte: Um "passarinho" de Cuba ...
     
    25 de janeiro de 2013
    in alarico trombeta