
24 de julho de 2013
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.






Muito se comentou nas últimas horas sobre o constrangimento enfrentado por Dilma Rousseff enquanto o presidente do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, cumprimentava o papa Francisco na cerimônia que teve lugar no Palácio Guanabara, no Rio de Janeiro, na última segunda-feira (22). 
O papa Francisco viu tudo – mas, homem educado e gentil, fará aos brasileiros a gentileza de esquecer aquilo que viu.
vocação ao mesmo tempo pragmática e
libertária do Movimento Passe Livre; a recusa em formar lideranças que possam
comprometer sua organização horizontal e o espontaneísmo de seus atos; a
resistência em canalizar a pressão social que exercem por vias institucionais,
transformando-se, eles mesmos, num partido – todas essas características, que
definem o MPL e o aproximam de grupos de mobilização anticapitalista em vários
pontos do planeta, serviram, paradoxalmente, para dar combustível a aspirações
conservadoras, estranhas à agenda da esquerda. Sem o impulso involuntário de um
gauchisme pós-moderno, a nova direita não teria chegado às ruas de
peito tão aberto.
ara além da reação afobadiça e das
pantomimas da casta política, subitamente disposta a mostrar serviço e
distribuir anéis no curto prazo, o que está em jogo, afinal, são os limites do
lulismo, para usar os termos do cientista político André Singer. É menos da
capacidade pessoal de Dilma de enfrentar o futuro que se trata, embora, desde
que a crise eclodiu, ela tenha dado exemplos constrangedores de amadorismo
político e sujeição à bola de cristal do marqueteiro João Santana (isso para não
falar nos palpites do cara).
cobertura engajada e em tempo real de
questões sociais é a marca do NINJA. O grupo atua há um ano e meio e funciona
como uma espécie de braço audiovisual do Circuito Fora do Eixo – rede de
coletivos catalisados pela figura magnética do ativista Pablo Capilé. A
iniciativa nasceu de uma série de discussões políticas que levou à criação da
Póstv, canal audiovisual de transmissão ao vivo pela internet. O primeiro tema
abordado pelo NINJA foi a Cracolândia do Centro paulistano. Depois disso, o
coletivo esteve presente nas marchas da maconha, em blocos de rua e eventos como
o “Existe Amor em SP”. Sua missão mais ambiciosa foi o envio de dois
correspondentes a Mato Grosso do Sul, para conferir se de fato os índios
guarani-kaiowá estavam prestes a praticar suicídio coletivo.
responsável por criar o “imaginário
NINJA” é o fotógrafo e designer Rafael Vilela, que os colegas chamam de Pira
(“Por ter morado em Piracicaba e também por ser meio pirado”). É ele quem edita
fotos e vídeos e atualiza a página no Facebook com as imagens clicadas numa
Canon 6D. Naquela noite, Pira estava publicando fotos do ato contra o deputado
Marco Feliciano na praça Roosevelt. Dez minutos depois de postada, uma imagem já
tinha sido curtida 400 vezes e compartilhada outras 200.