"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

DEPUTADO IMBECIL DO PCdoB DECRETA: YOANI SÁNCHEZ É 'PERSONA NON GRATA'

 

Deputado comunista decreta: Yoani Sánchez é “persona non grata”
 
O deputado estadual Álvaro Gomes (PCdoB-BA) decretou no início da tarde desta segunda-feira (18), em discurso na Assembleia Legislativa, que a blogueira cubana Yoani Sánchez, é “persona non grata” na Bahia, “pelos democratas e revolucionários” por estar “à serviço do imperialismo” e ser “financiada pela CIA” para, conforme o comunista, “desestabilizar um dos regimes mais bonitos e reconhecidos pelo mundo, que é o de Cuba”.
Primeiro a discursar na sessão dessa segunda, Gomes rafirmou que Yoani está “à serviço da direita” para criticar o regime cubano, “quando deveria exaltá-lo, por suas conquistas sociais”. E lembrou que os protestos contra sua presença no Brasil deixam claro a resposta dos movimentos que conhecem Cuba e repudiam sua postura na rede.
Gomes aproveitou para saudar a vitória do presidente Rafael Correa no Equador e disse que o retorno de Hugo Chaves à Venezuela era um “castigo divino” contra os que cometeram “o pecado mortal” de decretar sua morte.
Por fim, deu “vivas” a Cuba, a Fidel Castro, a Chávez e Rafael Correa. Logo depois, a deputada Kelly Magalhães (PCdoB) disse que “assinava em baixo” às palavras do colega.
Fonte: A Tarde
 
Gente como esses dois tinha mais é que estar em uma cadeia com uma mordaça e uma bola de ferro acorrentada aos pés para entender melhor o que é a “liberdade” em Cuba. Aliás, só os “vivas” a Chávez e Correa já seriam suficientes para justificar a cana para esses dois.
22 de fevereiro de 2013

ENCONTRO CANCELADO E UMA NOTA PÍFIA, QUE ESCONDE A VIOLÊNCIA

 

Um leitor deste blog recebeu o seguinte e-mail da Editora Contexto, que publica o livro “De Cuba, com Carinho”, de Yoani Sánchez, e cuida de sua agenda no Brasil.
 
Em função da proporção que tomou a passagem da blogueira cubana Yoani Sánchez no Brasil, a Saraiva optou por cancelar o evento programado na sua loja do Shopping Pátio Higienópolis no dia 23/02/2013, às 16h, para garantir a segurança de seus convidados e clientes.
 
Voltei

Intencionalmente ou não, o texto é incompatível com a gravidade do fato e indigno da história que está sendo vivida. “Em função da proporção”??? O que isso quer dizer? Cadê as palavras “agressão”, “violência”, “intimidação” ou qualquer um dos seus sinônimos

“Proporção”???
 
Esse texto serviria caso a presença da blogueira cubana tivesse atraído milhares de pessoas que fossem lá para aplaudi-la. E olhem que o encontro na Saraiva seria com Eduardo Suplicy e Gilberto Dimenstein.
 
O jornalista, aliás, em sua coluna, escreve o que segue sobre os brucutus:

 “Esses grupos mostram um culto à repressão de ideias — e, na prática, acabam involuntariamente dando razão a quem critica Cuba pela falta de liberdade.”
 
Pode não parecer à primeira vista, mas é um juízo torto. Não é preciso que essa canalha saia por aí, ameaçando espancar as pessoas, para que aqueles que criticam Cuba pela falta de liberdade tenham razão. Eles a teriam ainda que os vagabundos estivessem debaixo da cama.
 
22 de fevereiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

OS DEMOCRATAS ESQUERDISTAS

 

Vejam que coincidência. Eu estava prestes a começar a escrever um texto sobre intolerância na internet e um sujeito, que se assina como "Tiago Calazans", resolveu confirmar de antemão minha tese de que os sindicalistas do gayzismo - essa ideologia "politicamente correta" - são mesmo um bando de fascistas, que não estão nem aí para a liberdade.

O rapaz, que deve ser um desses militantes que não vêem problema algum em tentar calar a boca de religiosos e em impor a censura em nome da "liberdade" de gays e lésbicas, como se estes fossem uma categoria especial de cidadãos, acima da sociedade, deixou um, digamos, comentário sobre meu texto DE GAYS, CABRAS E ASNOS que apenas justifica, em cada letra, o que está lá escrito.

Bastou eu contestar, com fatos e argumentos, um texto do deputado-BBB Jean Wyllys para que eu recebesse os seguintes qualificativos:
 
Você é um nazi-fascista,
coitada das mentes despreparadas que entraram no seu blog e lêm a descrição que a priori parece ser libertária, ridiculo.
Viva a nova esquerda!
nota:
pesquise sobre a nova esquerda no wikipedia.
seu asno.
funde uma página dedicada ao jovem, e ponha o nome juventude hitlerista.
 
Normalmente eu nem me daria ao trabalho de responder a uma criatura que já na primeira linha apenas comprova a Lei de Godwin - aquela que diz que, mais cedo ou mais tarde, alguém sacará os adjetivos "fascista" ou "nazista" num debate, a fim de desqualificar o oponente, ocultando a própria falta de argumentos. 
 
Ainda mais numa mensagem em que a estupidez aparece ao lado do desrespeito à concordância nominal ("coitada [sic] das mentes despreparadas" etc.). Chamar de asinina a mente de onde saíram tais impropérios seria uma injustiça para com as alimárias. Mas abro uma exceção e comento, pois o caso tem um valor, digamos, pedagógico.
 
Comecemos pelo adjetivo - "nazi-fascista". Sabe por que, caro leitor, fui brindado com epíteto tão infamante? Porque ousei dizer - vejam que coisa! - que aquilo que é feito por duas ou mais pessoas debaixo dos lençóis não deve ser considerado critério para garantir-lhes (ou retirar-lhes) direitos ou deveres.
Porque disse que - olhem que absurdo! - todos são iguais perante a Lei num Estado de Direito Democrático, e assim deve ser. E fiz isso citando o próprio Jean Wyllys, que no texto mencionado se afasta diversas vezes do bom senso e da lógica, inclusive com estatísticas falsas sobre um totalmente inexistente "holocausto gay" no Brasil, talvez o país menos homofóbico do mundo. Está tudo lá, quem quiser tirar a prova que leia meu texto, cujo link está aí em cima.
 
Pois é, por dizer tais coisas, que deveriam ser óbvias até para uma criança de seis anos de idade, fui tachado de simpatizante de Hitler e Mussolini. Logo de Hitler, que tinha entre seus mais ferozes apoiadores as tropas de assalto da SA, formadas por notórios homossexuais (ele mesmo, o Führer, segundo alguns historiadores, também seria homossexual).
E isso porque defendo a igualdade jurídica e a liberdade de expressão, inclusive a liberdade religiosa, que tanto parece incomodar os militantes gayzistas. Assim como também incomodava Hitler e Mussolini (e Stálin). Enfim, todos os totalitários.
 
Sem falar que o rapaz deve ter errado de blog, pois em minha descrição não há nada que possa sugerir alguma inclinação "libertária" de minha parte. Pelo contrário, lá eu me defino como um liberal-conservador, algo bem diferente. Mas certamente discernir uma coisa da outra está além da capacidade intelectual de quem ignora a diferença entre democracia e nazi-fascismo... Não por acaso, o dito-cujo ainda proclama vivas à nova esquerda (que ele conhece da Wikipédia, certamente sua maior fonte de pesquisa...). Nesse caso, talvez fosse interessante para clarear as idéias do rapaz que ele desse uma olhada no livro Fascismo de Esquerda, de Jonah Goldberg, que eu recomendo e cujo título já diz tudo. Quem sabe ele aprende alguma coisa.
 
Paro por aqui. Discutir tal assunto com um membro da juventude hitlerista-gayzista é algo que me dá náuseas. Ainda estou à procura de algum militante da "causa" gay intelectualmente honesto e que, diante de quem pensa diferente, não se comporte como um veadinho histérico e afetado, infenso ao debate. A se julgar por reações idiotas como a do leitor acima, porém, tal objetivo parece improvável. A intolerância mudou de lado.
Postado por
 
 
22 de fevereiro de 2013
in lilicarabina

O PALANQUE É MAIOR DO QUE O GOVERNO


Uma das críticas recorrentes e mais contundentes que até notórios simpatizantes como Frei Betto fazem ao Partido dos Trabalhadores é a de que, após chegar ao Palácio do Planalto, em 2003, o partido passou a priorizar seu ambicioso projeto de perpetuação no poder, a ele condicionando o projeto de governo. Na última quarta-feira, na festa promovida para comemorar "o decênio que mudou o Brasil", Luiz Inácio Lula da Silva - o que é natural - e Dilma Rousseff - o que é lamentável - demonstraram acima de qualquer dúvida que estão mais preocupados com as urnas do que com a solução dos crescentes problemas do País.
A festa, minuciosamente planejada pelo marqueteiro oficial dos petistas, João Santana, serviu de palanque para o lançamento, por Lula, da candidatura de Dilma Rousseff à reeleição, daqui a um ano e oito meses. E a presidente da República cumpriu disciplinadamente o papel que o roteiro da festa lhe reservava. Com um discurso populista e sectário, inadequado para quem não deixa de ser chefe de governo e de Estado nem mesmo num evento partidário, Dilma Rousseff sinalizou que daqui para a frente, até outubro de 2014, será sempre mais candidata do que presidente.
Ao antecipar o calendário eleitoral e comunicar ao País que sua pupila vai disputar a reeleição, Lula demonstrou que, ao contrário do que seu tom triunfal sugere, sabe que a vitória em 2014 não são favas contadas, principalmente por conta das incertezas de uma conjuntura econômica que, se até recentemente era favorável, agora é uma grande incógnita no médio prazo. Por essa razão tentará o Partido dos Trabalhadores, o mais cedo possível, "tomar conta" da cena eleitoral e consolidar a imagem da presidente Dilma Rousseff com, mais uma vez, a irrecusável indicação do Grande Chefe. Em circunstâncias normais, esse seria um problema do Partido dos Trabalhadores, que os eleitores resolveriam nas urnas.
Ocorre que quem está genuinamente preocupado com o futuro do País não pode deixar de constatar que o partido hegemônico no âmbito federal opta claramente por se aproveitar das dificuldades nacionais - que se acumularam nos últimos dois anos -, em vez de superá-las em benefício de todos os brasileiros.
Pois é isso que ocorre quando os programas governamentais passam a ser subordinados aos interesses eleitorais, sempre imediatos. Não se governa de cima do palanque. Buscar soluções para questões fundamentais no âmbito da educação, saúde, infraestrutura, segurança, etc., implica frequentemente a prescrição e a aplicação de remédios amargos que só rendem dividendos políticos a longo prazo, provavelmente muito depois da próxima eleição. A presidente Dilma faria muito melhor, portanto, se, em vez de vestir vermelho e recitar num palanque as frases de efeito que lhe são ditadas por seu marqueteiro, se dedicasse a governar bem, que é o que dela se espera.
Mas na festança petista, realizada nas instalações de um hotel de São Paulo, os militantes em geral tinham mesmo muito o que comemorar, depois de 10 anos no poder, numa máquina estatal aparelhada como nunca antes na história deste país. Um aparelhamento, justiça seja feita, compartilhado com um enorme arco heterogêneo de alianças, devidamente representado no palanque por caciques partidários que iam desde os "faxinados" ex-ministros Carlos Lupi (PDT) e Alfredo Nascimento (PR) até o neodilmista Gilberto Kassab (PSD), saudado pela plateia com sonora vaia. Companhias, até para alguns petistas, um tanto indigestas. Mas, como explicou Lula, "ora, não é para casar!".
A cereja do bolo servido na festa petista foi a participação de mensaleiros condenados pelos mais variados crimes: José Dirceu, José Genoino e João Paulo Cunha. Foi-lhes estritamente recomendada uma participação discreta, o que os manteve fora do palanque, mas não os privou de efusivas manifestações de apreço e consideração.
Enquanto isso, a oposição continua em obsequioso silêncio, quebrado pelo solitário discurso de críticas ao governo feito pelo senador Aécio Neves na tarde de quarta-feira. Foi pouco, muito pouco.
(Editorial do Estadão, intitulado " Não se governa do palanque")
 
22 de fevereiro de 2013

CANDIDATA EM PELE DE PRESIDENTE

 



Dilma Rousseff deve achar natural passar a maior parte de seu tempo em cima de palanques. Afinal, desde o início do segundo mandato de Lula este tem sido seu lugar preferido. O problema é ela simplesmente relegar as obrigações de presidente da República em favor de suas pretensões eleitorais. Não foi para isto que foi eleita.
Desde que o PT ascendeu ao poder, o Brasil convive com uma espécie de campanha eleitoral permanente. O mau hábito vem de Lula, que, antes de chegar à Presidência, passara mais de 20 anos só montado em cima de palanques fazendo política partidária. Eleito, transferiu a prática para o exercício cotidiano do poder.
Foi neste ambiente desvirtuado que o ser político de Dilma foi gestado. Desde que, ao longo de 2007, ela foi sendo transformada em "mãe do PAC", este se tornou seu ambiente natural. Seus passos são sempre articulados dentro de uma lógica eleitoral, suas ações são moldadas pelo marketing e suas iniciativas costumam carregar nas tintas do embate político.
Faltando 20 meses para a próxima eleição presidencial, o que antes era feito de maneira algo dissimulada vai se tornando agora francamente explícito. Dilma vestiu o figurino vermelho do petismo e assumiu de vez a retórica sectária do partido dos mensaleiros. Rasgou a fantasia de presidente e assumiu a vestimenta de candidata em tempo integral. Loba em pele de cordeiro.
Assim foi na festa de louvação aos dez anos de (des)governo do PT. Em meio a 50 minutos de desvarios e proselitismos, Dilma, a candidata, afirmou, entre outras coisas, que os governos petistas "não herdaram nada", mas sim "construíram" um novo Brasil. Desdenhou de 500 anos de história, lutas e conquistas de toda uma nação.
Nunca antes na história, se viu a arrogância chegar a níveis tão estratosféricos. Nunca antes na história, a desonestidade foi tão flagrante. Nunca antes na história, o desrespeito a brasileiros que dedicaram suas vidas a construir um país melhor - para todos, e não só para alguns - foi tão abjeto. O Brasil não foi descoberto em 1° de janeiro de 2003!
Os que agora se dizem os verdadeiros "construtores" do país foram os mesmos que se recusaram a tomar parte no processo de redemocratização que redundou na eleição de Tancredo Neves. Os mesmos que se recusaram a assinar a Constituição em vigor. Os mesmos que se opuseram à estabilização da moeda. Os mesmos que defenderam a irresponsabilidade fiscal e ora praticam a farra do boi com o dinheiro do contribuinte.
"Não se governa de cima do palanque. (...) A presidente Dilma faria muito melhor se, em vez de ves­tir vermelho e recitar num palanque as frases de efeito que lhe são dita­das por seu marqueteiro, se dedicas­se a governar bem, que é o que dela se espera", comenta O Estado de S.Paulo em editorial de sua edição de hoje.
É legítimo Dilma postular mais quatro anos de governo. É acintoso fazê-lo tendo cumprido pouco mais da metade do mandato para a qual foi eleita em outubro de 2010. O que importa aos brasileiros é a mandatária honrar os deveres reservados a quem foi escolhida para enfrentar os problemas reais do país. Mas terá Dilma feito isto nestes dois anos?
A presidente desperdiçou a força política que acompanha os anos iniciais de governo sem promover mudanças significativas na estrutura do país. Consumiu um ano só tentando debelar focos de corrupção herdados de Lula, mas gostosamente acolhidos por ela. Gastou o segundo tentando remendar as convicções estatizantes do petismo, para, ao final, ter que adotar como solução tudo o que seu partido renegara por décadas.
 
Em seus dois anos de governo, Dilma Rousseff não chegou a lugar nenhum, mas quer que os brasileiros lhe deem mais quatro, provavelmente para ir a parte alguma. Se para a petista é natural dedicar seu dia a dia a suas pretensões eleitorais, para os cidadãos as jornadas deveriam ser reservadas a trabalho árduo e honesto.
O país tem problemas demais para serem resolvidos de cima de palanques. Precisa de presidente, não de candidata.
Fonte: Instituto Teotônio Vilela
22 de fevereiro de 2013

AÉCIO: "COMO FORMULADOR, GOVERNO DILMA ACABOU".

 
Dilma Rousseff ainda dispõe de um ano, dez meses e seis dias para concluir o seu primeiro mandato. Porém, o senador mineiro Aécio Neves, presidenciável do PSDB, afirma: “Esse governo acabou do ponto de vista da formulação” de políticas públicas. Para ele, “o PT abdicou de ter um projeto de país verdadeiramente transformador.” Contenta-se agora “em ter um projeto exclusivamente de poder.”

Em entrevista ao blog, Aécio declarou que o PSDB trará à luz no mês de maio “uma proposta alternativa ao que está aí”. Chamado por ele de “marco inicial”, o documento vem sendo elaborado “sem alarde”. No pedaço econômico, traz as digitais de idealizadores do Plano Real. Será divulgado na convenção em que o partido renovará sua direção nacional. “Vamos estar bem posicionados para o jogo” sucessório.

Pela primeira vez, Aécio admitiu –assim, sob refletores— a hipótese de assumir a presidência do PSDB federal, em substituição ao deputado federal Sérgio Guerra (PE). “É uma possibilidade”, disse ele. “Hoje, maior do que há um mês.” Acomodado no comando formal da legenda, o senador deve estrelar a propaganda partidária institucional que irá ao ar também em maio. No segundo semestre, percorrerá o país. Só depois, “no amanhecer de 2014”, planeja declarar-se candidato. Mera formalidade, já que nunca soou tão candidato como agora.

Durante a conversa, Aécio afirmou que Dilma cometeu “um equívoco” que pode lhe custar caro: “No momento em que você antecipa o processo eleitoral, a agenda eleitoral se impõe à agenda administrativa.” Para manter seu condomínio partidário coeso, acrescentou o senador, Dilma “escancarou de novo o balcão de negócios”. Seus aliados percorrem a cena atrás de “mais espaço, mais verbas, mais cargos.”

O repórter recordou que o mercado persa de Brasília não foi inaugurado pelo petismo. Mencionou um par de exemplos: Renan Calheiros foi ministro da Justiça de FHC; apadrinhados de Jader Barbalho barbarizaram na Sudam. E Aécio, mimetizando Lula: “Reconheço que o toma-lá-dá-cá não se iniciou agora, no governo do PT, mas nunca antes na história desse país ocorreu essa distribuição de cargos de forma tão ampla…” Pior:

Aécio falou ao blog no início da tarde desta quinta (21). Na véspera, ele subira à tribuna do Senado para inventariar os 13 “fracassos” dos dez anos de poderio petista. Horas depois, na festa de aniversário do seu partido, agora com 33, Lula diria que a resposta a Aécio virá em 2014 “com a reeleição da Dilma”. Perguntou-se a Aécio se o prestígio do cabo eleitoral, a popularidade da candidata e o peso da máquina federal fazem de Dilma uma contendora favorita.

E ele: “Hoje, eu reconheço que a estrutura do poder, a forma como o PT utiliza os ministérios e os órgãos públicos para estruturar uma base de apoio, dá a eles, não digo um favoritismo, mas uma estrutura maior nessa largada…” Mais adiante, noutro trecho da entrevista, Aécio ponderou: “Na democracia ninguém é imbatível.”

Celebrou a perspectiva de uma disputa com a presença de pelo menos quatro candidatos: Dilma, Eduardo Campos, Marina Silva e ele próprio. Isso “favorece a disputa, favorece o país, que terá outras alternativas. Acho que fugir da polarização é sempre muito bom.” Antevê uma eleição em dois turnos. “O surgimento dessas candidaturas que, na origem, tinham uma proximidade maior com o PT, preocupa muito mais ao governo do que a nós.”

Desde logo, Aécio tenta diferenciar-se na gôndola de alternativas presidenciais: “O PSDB tem, hoje, uma posição confortável porque nós não estamos no divã”. Como assim? Não precisamos de tempo “para decidir se somos governo, se somos oposição, se vamos ser governo até o final.” Dá-se o oposto, ele acredita, com o “amigo” do PSB: “…Em determinado momento, o Eduardo vai ter que tomar uma decisão: se fica no governo ou se sai do governo. [...] Nós não temos essa dúvida, nós somos oposição.”

Logo na abertura da entrevista, Aécio declarou-se horrorizado desalentado com uma frase dita por Dilma na festa de aniversário do PT. “Fiquei abismado ao ver a presidente da República despindo-se daquilo que costumamos chamar em Minas de liturgia do cargo para dizer simplesmente o seguinte: ‘Nós não herdamos nada, nós construímos tudo’.”

Acha que o comentário não ofende apenas antecessores como FHC. “É um desrespeito ao Brasil e aos brasileiros, àqueles que nos legaram a democracia. É um desrespeito até aos seus companheiros de luta, que tombaram para que nós, hoje, tenhamos essa discussão franca e aberta, com absoluta liberdade.”

Lamentou que “a presidente Dilma” tenha sido “prematuramente” substituída pela “candidata Dilma”. Lembrou que no início do governo ela se diferenciara de Lula, retirara o veneno do discurso e até afagara FHC, reconhecendo-lhe o legado benfazejo. “De lá pra cá, ela sucumbiou, ela curvou-se ao discurso do presidente Lula”, lamuriou-se Aécio. “O PT tem esse vício de comportamento de considerar o adversário como um inimigo e desconsiderar quaisquer virtudes que ele possa ter.”

22 de fevereiro de 2013
in josias de souza

POR QUE CUBA TEM MEDO DE YOANI SÁNCHEZ


A blogueira cubana Yoani Sánchez, uma das principais vozes de oposição ao governo dos irmãos Castro, fala sobre a perseguição de pessoas com posição diferente a do regime ditatorial
 
22 de fevereiro de 2013
Veja Online

POSTURA DO BANCO CENTRAL DIANTE DA INFLAÇÃO CONFIRMA CRISE ECONÔMICA E ATROPELA DISCURSO DE LULA

 


Na contramão – Na festa de comemoração dos 33 anos do PT e de dez anos do partido no poder central, Luiz Inácio da Silva, que se comportou como uma versão mambembe de Odorico Paraguaçu, cometeu a insensatez (para ser minimalista) de afirmar que foi sob o comando da legenda que o Brasil ressurgiu em termos sociais e a economia avançou.

E Lula, como sempre, não perdeu a oportunidade para atacar os adversários, até porque reeleger Dilma Rousseff, que já é conhecida dos brasileiros por sua inoperância, será uma tarefa mais difícil do que quando a companheira era uma estreante nesse tipo de disputa.

“Eles estão inquietos, porque percebem que estão sem valores, sem discurso e sem propostas. Porque toda e qualquer coisa que eles pensaram em fazer, nós fizemos mais e melhor”, disse Lula com a desfaçatez que lhe é peculiar.

Qualquer cidadão minimamente esclarecido sabe que na última década o Brasil caminhou para trás. Foram dez anos de muita pirotecnia oficial, que serviu como cortina de fumaça para os seguidos escândalos de corrupção.
Lula, que é um animal político, sabe que a situação do partido não é das melhores. O que o ex-presidente tenta fazer com a ajuda de alguns aliados de primeira hora é erguer um murro de arrimo para conter a avalanche que pode soterrar o partido.

Por certo os ufanistas que idolatram Lula contestarão essa tese, mas é preciso analisar a economia como um todo e acompanhar o que pensam os integrantes dos partidos aliados no palco e principalmente nos bastidores.

Todos sabem que a memória do brasileiro é curta e as reticências de escândalos tendem a se diluir com o tempo, mas o caso do Mensalão servirá de moldura para um assunto que cada vez mais tira o sono dos brasileiros e até mesmo de políticos da base. A crise econômica que os palacianos insistem em fingir que não existe.

Quando políticos que sempre defenderam o governo, algumas vezes de forma até irracional, começam a assumir publicamente que a crise econômica é grave e preocupante, é porque a situação é muito pior do que imagina a extensa maioria da sociedade, que por questões culturais e de comodismo prefere manter-se à distância do cotidiano da política nacional. Eis o grande erro de uma nação, que deixa os governantes agirem livre e impunemente.

Nos bastidores da base aliada a situação é ainda pior. Políticos não apenas reconhecem a existência e a virulência da crise, mas admitem que, por razões eleitorais, podem mudar o discurso ou trocar de partido.
E as eventuais mudanças de legenda devem acontecer nos próximos meses de acordo com o que determina a legislação eleitoral. Um dos partidos da base que ensaia carreira solo e fala abertamente sobre a crise é o PSB, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, que continua de olho na cadeira de Dilma.

Se isolados os números da economia não mentem, quando colocados simultaneamente sobre a mesa nenhuma desculpa, por mais elaborada que seja, é capaz de explicar o inexplicável. Como tem noticiado o ucho.info há alguns meses, o governo de Dilma Rousseff está em uma encruzilhada e nos próximos dias terá de escolher o caminho a ser seguido. Os discursos sobre a inflação, desconexos no primeiro escalão do governo, mostram que os palacianos estão perdidos em relação ao tema.

Enquanto o ministro Guido Mantega, da Fazenda, discursa em determinada direção, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, direciona sua fala na direção oposta.

A grande questão que ficou explicita durante os últimos dois anos é que o centro da meta de inflação nunca foi levado a sério pelas autoridades econômicas do governo, que se acostumaram a conviver com o teto da meta, que é de 6,5%.

Atualmente, a inflação está em 6,15%, o que confirma que o governo do PT tem uma política econômica muito semelhante ao cidadão que incorpora o limite do cheque especial aos seus ganhos mensais.
E a partir do segundo mês a conta começa a não fechar.
É o que tem acontecido com a inflação, que foi combatida pelos petistas de forma desordenada e pontual, sempre ancorada na falsa sensação de que o teto era a bóia de salvação.

Entre a realidade dos fatos e o discurso que escapa do Palácio do Planalto, o núcleo do governo e a cúpula petista terão de abrir mão da mentira e deixar a reeleição de Dilma Rousseff à beira do caminho pelo menos por enquanto. Defendida pelo presidente do BC, a alta das taxas de juro já é admitida por boa parte do governo, que no momento não tem outra ferramenta de combate à inflação.
Com essa medida, o problema migra para outro vértice da crise.

O crescimento econômico, que preocupa o governo, deve continuar patinando com tal decisão. Com taxas de juro mais altas, o consumo diminui e a já castigada indústria nacional reduzirá a produção. Com isso, irá pelo ralo a aposta do Palácio do Planalto de reverter a crise com o consumo interno.
Eis o enigma que mereceu destaque em inúmeras e seguidas reportagens anteriores deste site. Não há como agradar os dois lados da crise e o governo terá de decidir com celeridade, apostando no escuro.

22 de fevereiro de 2013
ucho.info

HOSTILIDADE A YOANI SÁNCHEZ CONFIRMA QUE DITADURA SE APROXIMA E LIBERDADE ESTÁ AMEAÇADA NO PAÍS

 


(Foto: Leo Martins - Frame-Estadão)

Sério risco – De novo a cubana Yoani Sánchez foi impedida de participar de um evento no Brasil, desta vez em São Paulo. Na noite de quinta-feira (21), integrantes da esquerda obtusa e radical fizeram um protesto contra a cubana à porta da Livraria Cultura do Conjunto Nacional, na Avenida Paulista, obrigando o cancelamento, por falta de segurança, da sessão de autógrafos e de um encontro com blogueiros brasileiros.

Esse comportamento retrógrado e reacionário, típico de terroristas de encomenda, compromete a imagem do Brasil no âmbito internacional, deixando claro ao mundo que no País a liberdade de expressão está sob constante ameaça.

Nas últimas horas, muitas afirmações decorrentes de conjecturas e conclusões antecipadas sobre quem seria na realidade Yoani Sánchez – uma agente da CIA ou uma garota-propaganda do regime castrista –, mas isso não justifica o cerceamento de seu direito de ir e vir e também de expressar o seu pensamento a respeito do que acontece em termos de liberdade na ilha caribenha, que há cinco décadas está sob o comando dos facinorosos irmãos Raúl e Fidel Castro.

Sempre míope quando o assunto é liberdade e democracia, a esquerda mostra-se burra diante de seus eventuais objetivos ao chamar a atenção para a dissidente cubana. O efeito dessas manifestações encomendadas e sem qualquer nexo, provam que o governo federal e os partidos de esquerda atenderam ao pedido da embaixada de Cuba, em Brasília, cujo objetivo é monitorar os passos da blogueira e atrapalhar ao máximo sua viagem. O resultado será óbvio. Quem nunca tinha ouvido falar de Yoani, agora já a conhece. Quem já conhecia Yoany ou ouviu falar da cubana, mas ainda não tinha acessado o blog Generácion Y, passará a fazê-lo impulsionado por esses protestos.

Não importa se é a direita que a está financiando ou se ela é uma agente da CIA, porque no Brasil há um sem fim de espiões cubanos e agentes da Farc, esses controlando o tráfico nas principais cidades brasileiras, em especial nos morros do Rio de Janeiro.

O governo brasileiro recebeu no Palácio do Planalto, com direito a todas as reverências oficiais, vários ditadores, mas esses manifestantes de aluguel permaneceram em silêncio. O que no mínimo é estranho.

22 de fevereiro de 2013
ucho.info

EPOPÉIA SOBRE HUGO CHÁVEZ CHEGA AO EPÍLOGO E VENEZUELA SE PREPARA PARA A NOTÍCIA FINAL

 


Ópera bufa – Ao contrário do que afirmaram, há dias, as autoridades venezuelanas, a transferência do tiranete Hugo Chávez de Havana para Caracas não se deu por causa da anunciada e estupenda melhora no quadro de saúde do bolivariano, mas porque os médicos cubanos nada mais tinham a fazer em relação ao câncer (sarcoma) que está em fase avançada de metástase e provocou sérias complicações, como há havia noticiado o ucho.info no início de janeiro.

A divulgação de uma foto de Chávez ao lado das filhas, em um leito hospitalar, sorridente e com um exemplar do jornal cubano Granma nas mãos foi mais um capítulo da epopeia mitômana que emoldura o caso e esconde a verdade do povo venezuelano.

Os próprios médicos cubanos já haviam informado à família que o caudilho não se recuperaria do câncer e que não mais voltaria a falar, em decorrência das complicações pulmonares provocadas por uma infecção nos pulmões que migrou para o quadro de septicemia.

Chávez é um vivo morto que voltou à sua terra natal para morrer e, assim, evitar uma guerra civil na Venezuela, ao mesmo tempo em que sua presença na capital do país poderá evitar a convocação de nova eleição presidencial e a confirmação de Nicolás Maduro no cargo, desde que, diante de representantes da Justiça, preste juramento e seja empossado em seu novo mandato presidencial, o que deve acontecer com a presença de testemunhas.

Como informamos em matéria publicada no início desta semana, o retorno de Hugo Chávez à Venezuela é mais uma manobra do Palácio Miraflores para evitar o impacto de uma notícia bombástica sobre a população.
A estratégia adotada é lentamente preparar os venezuelanos para a ausência de Chávez, o que já começou a ser feito na noite de quinta-feira (21), com o anúncio de que os problemas respiratórios continuam graves.
De agora em diante será uma sequência rápida de notícias ruins, até a confirmação da morte do ditador, que em razão da metástase está paraplégico, com os nervos paralisados, respirando com ajuda de aparelhos e sem falar.

Fato é que esse enredo mentiroso que começou a ser contado desde meados de dezembro passado pode custar muito caro aos venezuelanos, que vivem uma profunda crise econômica e social.
Para agravar o cenário político, o vice Nicolás Maduro e o presidente da Assembleia Nacional Venezuelana, Diosdado Cabello, estão de olho no Palácio Miraflores e nos bastidores travam uma dura guerra pelo poder, com direito a acusações de parte a parte.
Aguardando o desfecho da situação, mas preparando-se para uma nova eleição, está o oposicionista Henrique Capriles. Se a população concluir que foi enganada durante o período da última internação de Chávez, a situação política na Venezuela pode sofrer uma reviravolta.

22 de fevereiro de 2013
ucho.info

O RISCO DA INFLAÇÃO

Em algumas datas, é normal o preço de alguns produtos subir. Trata-se do famoso oportunismo que, para muitos empresários, tem o nome de tino comercial. Mas o que está acontecendo neste início de ano é algo que deveria preocupar a equipe econômica do governo Dilma Rousseff.

O aumento dos alimentos, das mensalidades escolares, da gasolina e do vestuário não parece ser alguma coisa sob controle ou apenas sazonal. A alta de preços, na opinião de alguns analistas, está relacionada à mudança de característica do mercado consumidor. Nos últimos anos, a base de consumo brasileira foi ampliada em função da inserção da chamada nova classe média – uma fatia da população que passou a ter acesso a produtos que antes não conseguia consumir. A lista de compras da nova classe de consumidores vai dos iogurtes a aparelhos eletrônicos e de informática, passando pelos carros populares novos e usados.

Acontece que para tudo tem limite, e a capacidade de consumo não foge à regra. Apesar de a tecnologia impor ao mercado, a todo momento, produtos inovadores e capazes, pela força da publicidade, de se tornar o novo sonho de consumo, o potencial de compra da nova classe média está estourando. O que é natural, uma vez que, após alguns anos de muitos gastos, o consumidor tende a lidar com mais cuidado com o cartão de crédito e o cheque especial. Além disso, as residências da nova classe média já estão equipadas com computadores, televisores e aparelhos de som de boa qualidade.

PREOCUPAÇÃO
Diante dessa situação, começa a ressurgir uma velha alternativa para o mercado: o aumento dos preços. E aí reside um motivo de preocupação, já que esta é a lógica inflacionária: vender menos, mas manter a margem de lucro.

Por mais que o governo federal ainda esteja tentando ignorar o crescimento da inflação, a situação pode caminhar para um agravamento em um período relativamente curto.

Se, por um lado, os bens duráveis podem sofrer retração em suas vendas, de outro, os produtos de consumo constante, como os alimentos, não devem ser boicotados. É que já está criado um novo padrão de consumo. Por isso, é no caixa do supermercado que a situação é sentida de forma mais intensa.

O desafio para o governo federal está colocado, da mesma forma como o trabalhador está convidado a fazer mágica para conseguir esticar o seu salário por trinta dias. Uma resposta mais positiva do empresariado em relação à ameaça inflacionária não é uma hipótese descartada, mas, para que isso ocorra, é preciso que todos os setores da sociedade tenham consciência do perigo e que o governo admita o óbvio – o descontrole bate à porta.

22 de fevereiro de 2013
Carla Kreefft

COMO USAR A RIQUEZA DO NIÓBIO EM BENEFÍCIO DA NAÇÃO BRASILEIRA

 

Aos amigos desta Tribuna da Imprensa, que já leram meus artigos anteriores sobre as jazidas, lavras e marco regulatório sobre o nióbio, gostaria de avançar alguns conceitos e colocá-los em discussão.



Detentor de quase 99,00% das jazidas mundiais de nióbio o Brasil se encontra diante de um dilema: o que fazer, frente ao quadro atual, de descaminhos, de subfaturas e de contrabando quase explícito dos jazimentos de nióbio? O que fazer para gerenciar toda essa riqueza? Abaixo, elencarei algumas sugestões que penso serem factíveis de se implementar:

1) Criação, urgente, do Marco Regulatório do Nióbio! A exemplo do Marco Regulatório do Petróleo do Pré-Sal, esse novo ordenamento irá administrar as atuais concessões de lavras já existentes (Catalão, Araxá e Presidente Figueiredo) e implantar regras para a exploração daquela que é considerada o Pré-Sal do Nióbio: a megajazida do Morro dos Seis Lagos, em São Gabriel da Cachoeira – AM;

2) No tocante às lavras já existentes, o marco regulatório deveria atacar o principal gargalo que causa enormes prejuízos ao Brasil: o subfaturamento. E como fazer? Não há uma receita pronta, mas talvez um bom começo seria fixar a cotação do nióbio em uma Bolsa de Commodities.

3) Para não gerar insegurança jurídica no mercado de nióbio, não há que se falar em expropriações, mas em controles efetivos sobre a cadeia do nióbio, para, inclusive, aumentar a receita das mineradoras que manufaturam o nióbio, a exemplos das ligas de ferro/nióbio;

4) Em relação às jazidas inexploradas (Morro dos Seis Lagos, Raposa Serra do Sol, dentre outras a serem confirmadas), poder-se-ia aplicar regramento análogo ao dos hidrocarbonetos do Pré-Sal: o sistema de partilha, onde a União, detentora dos jazimentos, contrataria e remuneraria as mineradoras para explorá-lo;

5) A criação da Universidade do Nióbio – esse sim, o pulo do gato na defesa da exploração racional e soberana do nióbio brasileiro! Seria um centro de excelência mínero-metal-mecânico, a pesquisar desde novas ligas de nióbio até a sua aplicação em áreas vitais para a soberania nacional, tais como: seu uso na computação quântica, seu uso nos processos de termofusão nuclear, engenharia espacial, ligas refratárias para aplicação em turbinas, dentre outras.

Enfim, caros amigos da Tribuna, que essas modestas sugestões sejam debatidas pelos leitores inteligentes deste Blog e, quiçá, sejam também analisadas pelos técnicos do governo federal.

22 de fevereiro de 2013
Roberto Ilia Fernandes

MAIORIDADE PENAL SEM HIPOCRISIA


Temos que analisar a redução da maioridade penal sem hipocrisia, pois dizer um "não resolve" é não ter maturidade para tomar uma atitude, ou dar um primeiro passo rumo à solução do problema do menor infrator. As instituições de proteção ao adolescente alegam que isso iria contra os direitos da criança e do adolescente, mas nunca a redução da maioridade penal vai ser uma afronta ao adolescente devidamente integrado ao convívio social.

Os que defendem que a maioridade penal fique como está, não passaram pela perda de um filho ou ente querido pelas mãos de um "Di Menor" e muito menos levariam um "Champinha", um "Catatau" ou um "Batoré" para sua casa, conviver com seus filhos e netos. Os psicólogos, sociólogos, OAB, CNBB e direitos humanos falam contra a redução da maioridade, mas nenhum deles oferece algum tipo de ajuda ou apoio de qualquer espécie às famílias das vitimas.

A maioridade como temos hoje, foi estabelecida no ano 1940, quando o Brasil era essencialmente um país rural, com os índices de criminalidade envolvendo menores baixíssimos, quase nenhum. Os adolescentes de hoje não podem ser absolutamente comparados com os daquela época! Hoje, o índice de informação a que a criança e o adolescente está exposto e o avanço da criminalidade recrutando menores para as suas fileiras pelo fato das leis para os mesmos serem mais "brandas" já bastariam para justificar esta mudança.

De todos os delitos cometidos nos dias de hoje, 10% tem a participação de menores, muitas vezes assumindo a "parte mais pesada da condenação" (na realidade foi cometida por um adulto, mas que joga para o menor, mais uma vez pelas leis brandas que regem a sua pena).

Existem hoje por volta de 15.400 adolescentes detidos, dos quais: 14% por crimes contra a vida e destes cerca de 1% por crimes com uso de crueldade extrema. Por volta de 85% por crimes contra o patrimônio (roubo, furto ou tráfico de drogas). Mas um índice assustador, mesmo é o da Fundação Casa, antiga Febem- SP, onde o índice de menores internados por homicídio doloso subiu de 2,8% para 7,7% em cinco anos, e uma vez que estes menores estão sujeitos as penas previstas no ECA (medidas sócio – educativas) e apenas em último caso, a internação pelo prazo máximo de três anos, na prática, raramente um menor cumpre uma pena total ou realmente punitiva para o ato que cometeu.

"DI MENOR…"

É certo que somente a redução da maioridade penal, não vai resolver em 100% o problema que temos hoje, muitas outras ações são necessárias para que em longo prazo os índices de criminalidade dos menores sejam reduzidos. Para que isso venha a acontecer é preciso investir em educação, esportes, oportunidades de trabalho para os adolescentes e até em políticas de controle da natalidade e paternidade responsável, pois a grande maioria dos menores que se encontram em orfanatos tem pais vivos e foram simplesmente abandonados pelos pais e familiares ou retirados destes por violência, abuso ou maus tratos.

A verdade é que em muitos países esse processo de redução da maioridade penal já aconteceu, o Brasil caminha na contra mão mundial, com um excessivo paternalismo ou liberalismo quanto ao assunto, o que também, por tabela, é causa de tanta violência. O assunto vem à tona cada vez que um crime chega à mídia pelo seu requinte de crueldade, como no caso recente do menino João Hélio – arrastado por 7 km preso ao cinto de segurança do carro de sua mãe, mas este caso não é absolutamente um fato de ocorrência esporádica e isolada, são milhares de casos envolvendo menores passam ou passaram sem chegar à mídia, ou tendo apenas uma ou duas linhas na página policial dos jornais locais. E muito menos o problema se limita a Rio de Janeiro ou São Paulo.

A redução da maioridade penal não pode mais ser "jogada para baixo do tapete", pois o problema esta ai "gritando" e o governo tem que fazer seu papel investindo na infra-estrutura da Febem, tratando de modernizá-la, para gerar meios para que os menores apenados possam ser re-socializados através de educação e trabalho para que ao se reintegrarem a sociedade tenham um meio de sobrevivência que não seja o crime.

22 de fevereiro de 2013
Elizabeth Metynoski teve seu filho Giorgio morto por um menor.
Ela mantém o site
http://www.giorgiorenanporjustica.org

O BRASIL, OS BRICS E O FMI

 

A reunião do G-20, em Moscou, terminou com vagas promessas, da parte dos Estados Unidos e da Europa, de homologar finalmente o acordo, fechado informalmente em 2010, que daria mais poder aos emergentes no Fundo Monetário Internacional.


Não é segredo que as quotas dessa instituição, com direito a voto, não correspondem mais, há muito tempo, à realidade econômica mundial. Com a reforma, muitos países europeus, com sua importância econômica reduzida nos últimos anos, veriam minguar suas quotas e seu poder de voto.
Tendo crescido mais rapidamente neste início de século, os países emergentes, à frente deles os BRICS, assumiriam o seu direito e a sua responsabilidade na direção das finanças mundiais.

Os países ocidentais, liderados por Washington e Berlim, no entanto, não querem diminuir seus poderes nas grandes instituições internacionais, sobretudo as financeiras.

Os controladores da economia globalizada atuam junto ao Congresso dos Estados Unidos e contam com o apoio da maioria republicana a que se somam muitos democratas, a fim de impedir que a China se torne o terceiro país mais importante do Fundo, ou que o Brasil venha a avançar, até alcançar, no futuro, uma posição condizente com a sua condição de sexta maior economia do planeta.

PAPEL DO BRASIL

Com a dívida interna líquida de 35% do PIB; débitos externos que correspondem a menos de 15% do que produz todos os anos; 378 bilhões de dólares em reservas internacionais; sendo o terceiro maior credor individual externo dos Estados Unidos, depois da China e do Japão e credor do próprio FMI, o Brasil não aceita mais ser tratado no mesmo patamar de países de peso geográfico, demográfico e econômico menor, e dados macroeconômicos piores do que os nossos.

Esse assunto também será tratado em Brasília, nesta semana, em Brasília, durante a visita do Primeiro-Ministro da Federação Russa, Dmitri Medvedev.

Os russos, como os chineses e indianos, parceiros do Brasil no BRICS, estão também perdendo a paciência com os países do ocidente econômico, diante da desproporção entre o que esse grupo de países representa, em termos globais, como território, população e economia, e a sua posição nos organismos multilaterais internacionais.

Embora sofra uma campanha de sabotagem contínua por parte da imprensa “ocidental”, o BRICS está cada vez mais vivo, trabalhando unido, como demonstram, por exemplo, as reuniões sobre segurança e saúde realizadas há menos de um mês em Nova Delhi.

APOIO RUSSO

No encontro com Medvedev, Dilma deverá tratar do apoio russo – já quase acertado – para a eleição do brasileiro Roberto Azevedo à Direção Geral da Organização Mundial do Comércio (OMC). Os dois deverão também ajustar as propostas que Rússia e Brasil levarão à Quinta Cúpula Presidencial dos BRICS, na África do Sul, em março.

Nesse encontro, os países membros deverão tratar da constituição de seu próprio Banco de Desenvolvimento. E, provavelmente, de instituição que poderia concorrer com o FMI, a fim de atender às necessidades de países emergentes e em desenvolvimento.

No passado, o G-7 ignorou o G-20, e hoje, como grupo, é uma ficção geoestratégica e institucional. Ao se negarem a reformar o FMI, os Estados Unidos e a Europa podem estar condenando-o à caquexia. Os emergentes, com os BRICs à frente, podem ser o núcleo de nova realidade econômica mundial.

(do Blog do Santayana)

22 de fevereiro de 2013
Mauro Santayana

NOVELA CUBANA


Se os eficientíssimos serviços de repressão cubanos, que há anos espionam Yoani Sanchez dia e noite, tivessem descoberto a menor prova de suborno, a "agente milionária da CIA" já estaria presa. É sintomático que, para eles, alguém só discorde do governo se levar dinheiro. Freud diria que estão falando deles mesmos.

Antigamente eles queriam ser mais realistas que o rei, hoje tentam ser mais tirânicos que os tiranos, como mostraram os protestos contra Yoani em Recife, Salvador e Feira de Santana, não só com gritos e faixas, mas esfregando dólares falsos no seu rosto e puxando os seus cabelos.

Mas Yoani até gostou dos protestos, como um sopro de democracia para quem vive numa ditadura sufocante, e se divertiu ouvindo velhas palavras de ordem "que nem em Cuba se ouvem mais". O resultado foi uma repercussão muito maior – maciçamente a favor da blogueira – do que teria a sua viagem ao Brasil.

No sertão baiano, uma milícia de talibãs tropicais impediu a exibição do filme Conexão Cuba-Honduras, porque não queriam discutir nada, mas calar o opositor no grito. Quando conseguiu falar, Yoani disse que vive numa sociedade "onde opinião é traição" e eles vaiaram. Mas deveriam aplaudir, porque no Brasil que eles sonham também será assim. A maior fragilidade da democracia é poder ser usada livremente pelos que querem destruí-la, a começar pela liberdade de expressão.

Yoani escreve, descreve e analisa muito bem o cotidiano de Cuba, mas suas criticas não são violentas, debochadas ou incendiárias. Muitas vezes são crônicas sobre as dificuldades para comprar um ovo, o elevador quebrado há oito anos, a escassez de quase tudo, os roubos e malandragens sistêmicos, a internet lenta e censurada, os privilégios da elite.

Como quase todos num país ainda na idade do byte lascado, Yoani não tem conexão em casa. É obrigada a postar em hotéis a preços absurdos porque as poucas lan houses são só para estrangeiros e seu blog não pode ser acessado na ilha.

Agora Yoani quer usar o dinheiro dos seus prêmios culturais ganhos no exterior para fundar um jornal independente. Ley de Medios em Cuba já!

22 de fevereiro de 2013

Nelson Motta (O Estado de S. Paulo)

SISTEMA PRISIONAL E SEGURANÇA PÚBLICA, COM PRESOS COMANDANDO O CRIME DO LADO DE FORA


Um dos maiores desafios do Brasil é a violência urbana e, concretamente, a segurança pública. Vivemos no país da impunidade e da violência. Roubos armados, sequestros, homicídios e tráfico de drogas, armas ou pessoas, o cardápio criminal é variado, mas as respostas estatais são insuficientes.

Quantos mandados de prisão nas ruas, sem cumprimento? Quem fiscaliza o regime semi-aberto? Qual o índice de fugas dos presídios? Qual o controle sobre armas, drogas e celulares dentro dos estabelecimentos carcerários? Quem efetivamente cumpre penas criminais? Quais os indicadores de impunidade? Quais o estágio de degradação humana dentro dos presídios brasileiros? Quantas vagas faltam para atender demandas do sistema punitivo?

Há perguntas com respostas óbvias que sintetizam basicamente o seguinte: somos um país violento e que não mede adequadamente sua violência. Somos um país de cifras ocultas, um país que odeia as estatísticas. Estas, não raro, servem menos à Ciência e mais ao discurso político retórico.

POLÍTICA CAPENGA
Qualquer política pública, nesta área de gestão de segurança e combate à violência, que prescinda de um olhar profundo sobre o sistema prisional, será uma política capenga, caolha ou míope. O crime organizado, a violência, o aprofundamento das desigualdades e das misérias humanas, passam pela banalização das prisões como instrumentos opressores, vale dizer, espaços de degradação das pessoas.

No caso do Brasil, além da ineficiência endêmica que contamina os sistemas prisionais estaduais e federal (este parece pífio ainda), sabe-se que a corrupção de agentes públicos, a tolerância com o crime organizado e com práticas antissociais dentro dos presídios (comandando inclusive a violência externa) formam o fertilizante ideal para a insegurança pública. Misturam-se presos com penas por crimes distintos, ou presos definitivos com provisórios. Em alguns Estados, misturam-se presos de acordo com afinidades por facções. Mais recentemente, noticiou-se que mesclam-se doentes mentais com pessoas transgressoras comuns. A falta de critérios é a regra geral.

É verdade que o sistema prisional brasileiro é criticado, mas poucos apontam as soluções reais: falar que é necessário construir presídios é fácil, difícil é encontrar os recursos públicos para este imenso desafio. Por isso, é necessário ampliar a rede prisional com a construção de numerosos presídios por meio de modelos de parcerias público-privadas. É uma espécie de financiamento para esta política pública junto à iniciativa privada.

O Estado não abre mão de suas prerrogativas e poder de polícia, basta optar pelo modelo correto de parceria. Sem perder os presídios públicos, a criação de novas vagas permitiria uma aplicação real da Lei de Execuções Penais, separando presos por espécies de crimes e tipos de prisões. Permitiria o cumprimento de penas curtas sem degradação humana e uma real seletividade na separação dos presos de acordo com critérios legais.

Esperar que os Estados construam, exclusivamente com recursos públicos, toda a rede prisional de que a sociedade necessita é, para além de uma visão irreal, simplesmente uma retórica vazia, que não resolve um problema histórico e crônico que alimenta a criminalidade violenta e aprofunda as injustiças sociais.

22 de fevereiro de 2013

Fábio Medina Osório, advogado, é doutor em Direito
Administrativo pela Universidade Complutense de Madri

HISTÓRIAS DO JORNALISTA SEBASTIÃO NERY

Um partido fascista


SÃO PAULO – Perto do Natal de 1980, toca o telefone: – Onde vai passar as férias? Surgiu uma ótima oportunidade.

Era o Igor, adido de imprensa da Embaixada Sovietica no Brasil e da agencia de noticias “Tass”. Em 1977 eu passara um mês viajando pela Ucrania, Moldavia, Georgia, Armenia, até o Mar Negro. Escrevi uma serie de textos sobre aquele mítico, misterioso Ocidente soviético. Igor insistiu:

- Agora você precisa conhecer nosso Oriente, a Siberia, a partir dos Urais. Numa oportunidade lhe telefono. Você já está convidado.

O problema deles era arranjar um interprete em línguas faladas pelo convidado e com tempo disponível. Estava em Moscou, de férias, um da agencia “Novosti”, que falava espanhol e frances. Eu podia viajar logo, janeiro e fevereiro. Mas desta vez sozinho, porque Siberia é viagem longa.

AEROFLOT

Topei. Aeroflot não tinha vôo saindo do Brasil. Pegava-se em Lima, no Peru. O DC-10 da Varig, superlotado, me deixou às duas da madrugada em Lima, nas vésperas do Réveillon de 1980. E logo uma voz conhecida:
- Nery, o que é que você está fazendo aqui?

Era Heckman, diretor da Varig no Peru, que há dois meses eu encontrara no aeroporto de Frankfurt, na Alemanha. Na Aeroflot, passagem reservada, tudo marcado e um funcionario soviético me pondo na primeira classe de um enorme Iliushin-62. O avião todo cheio lá atrás, e só eu, o único, na primeira, como um sheik arabe do petróleo.

Trazem-me um conhaque da Geórgia, daqueles que vi sendo fabricados lá. A comissária dá um aviso em russo. Palmas lá atrás e gente falando espanhol. Era meia dúzia de jornalistas do Peru, Colômbia, Bolívia, Equador, indo para um congresso de imprensa em Helsinque, na Finlândia. E o aviso era de um hospital de Lima, comunicando que acabava de nascer o primeiro filho do jornalista peruano Luís Casas, ali a bordo, viajando.

Fui lá, dei-lhe um abraço, pedi copos, convidei-os para a um vinho na primeira classe. E farreamos cinco horas seguidas, graças à conhecida gentileza dos russos, sempre exemplares. Vinho, jantar para todos os jornalistas, conhaque. Ninguém perguntou quem eu era e porque transferira um pedaço da segunda classe para a primeira. Até descermos em Cuba.

CUBA

Duas horas no chão, em Cuba, e de novo no céu com a Aeroflot.
Mas antes de o avião levantar vôo em Havana, novamente eu só na primeira classe, chega um senhor moreno, alto e apressado, conferindo a passagem e falando espanhol. Era um cubano da Aeroflot em Cuba, vendo meu bilhete:

- Há um erro. Sua passagem é na segunda classe e está na primeira.
- O chefe da Aeroflot em Lima é quem me pôs para viajar aqui.
- Mas não pode.
- Sinto muito, mas não é problema meu.
- É, sim. O senhor não vai poder continuar viajando aqui.
- Desculpe, mas não vou sair. Só com ordem do comandante do avião ou do chefe da Aeroflot de Lima, que me convidou.

O homem enorme levou um susto com minha resposta. Parou, olhou para mim com ódio e foi lá dentro da cabine. Voltou, desceu as escadas pisando forte e eu continuei no meu canto.
Mais 9 horas até Dublin, na Irlanda, e os sul-americanos farreando socialistamente no céu dos russos, eu na primeira, eles na segunda, e os vinhos e conhaques entre as duas.

MOSCOU

Na Irlanda, mais duas horas no chão, o frio roendo os ossos. De Dublin, para Helsinque, na Finlândia, onde desceram os jornalistas. E eu em direção ao Polo Norte, até Murmansk, peninsula de Kola. De Murmansk, Moscou. Eu já não sabia por onde andava meu confuso-horario.
Um sol forte, sobre as nuvens, iluminava o horizonte visivelmente curvo, lá em cima, e, de repente, a visão clara, real, inacreditável, da noite caminhando apressada sobre nuvens. O avião indo para um lado e a noite para o outro.

E daí a pouco o meio-dia anoiteceu com lua e nuvens rosas, como nas histórias bonitas da infância. Engolido em fusos horários a cada instante renovados, o tempo enlouqueceu. Já era Moscou e já era meia-noite de novo. O aeroporto Cheremetievo, novo em folha, preparado para as Olimpíadas, dormindo sob a neve e, lá fora, 10 graus abaixo. E o hotel Russia, na Praça Vermelha, em um jardim de papoulas, onde tantas tardes andei com a rosa púrpura do Cáucaso, a luminosa caucaseana Ludmila.


Yoani no Brasil

YOANI

Em 60 anos de viagens aprendi que o mundo gosta dos jornalistas. O PT precisa ler no clássico “Le Mie Prigioni”, do jornalista italiano Silvio Pellico, como Mussolini levou o Partido Socialista para o fascismo. E é uma pena.
O PT, que nasceu embalado em tantas esperanças, é cada dia mais um partido fascista. E isso precisa ser implacavelmente denunciado. O que o PT está fazendo com a brava jornalista cubana Yoani Sanchez é asqueroso. Mulher valente que há dez anos desafia uma ditadura.

22 de fevereiro de 2013
Sebastião Nery