"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 23 de setembro de 2012

APÓS ELEIÇÕES, PT E DILMA TERÃO QUE LIDAR COM CRISES NA BASE ALIADA

Relação tende a se complicar também com PMDB, que prevê eleger menos 10% de prefeitos


BRASÍLIA Depois do mensalão e do resultado das eleições nas capitais, até agora aquém das expectativas, o PT e a presidente Dilma Rousseff terão que administrar uma conturbada relação com sua base aliada. Após a crise com o PSB causada pelos rachas em Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, o PT deve chegar ao fim do primeiro turno enfrentando uma convivência complicada também com seu maior aliado no Congresso, o PMDB. A dificuldade nos grandes centros levou Dilma e o ex-presidente Lula a gravarem na TV para candidatos petistas e aliados em cidades-chave.

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Alguns exemplos são Salvador e Mossoró, segunda maior cidade do Rio Grande do Norte e terra do líder do PMDB na Câmara e candidato à presidência da Casa, Henrique Eduardo Alves. Lá, a candidata do PSB, com apoio do PT, começou a veicular na TV um depoimento de apoio da presidente. O líder do partido ficou irritadíssimo.

Na última terça-feira, um grupo de caciques peemedebistas jantou em Brasília. Entre eles, estavam o líder do partido no Senado, Renan Calheiros (AL), o presidente do partido, Valdir Raupp (RO), o ministro Moreira Franco, os irmãos Geddel e Lúcio Vieira Lima (BA), o ex-ministro Eliseu Padilha e o senador Vital do Rêgo (PB).

A reunião foi marcada pelas reclamações devido à ação do PT nas eleições. A avaliação geral entre peemedebistas é que, dificilmente, o partido conseguirá chegar a um número próximo ao de 2008, quando elegeu cerca de 1.200 prefeitos. A expectativa é que haja uma redução de cerca de 10%. Nada que tire do partido o posto de sigla com mais prefeitos do país, mas, ainda assim, uma redução sensível.

Isso representaria uma redução automática das bases eleitorais dos deputados da legenda. Afinal, como os prefeitos e vereadores são os grandes cabos eleitorais dos deputados nas eleições gerais, a perda de apoio nas bases significa que eles precisarão buscar votos de outra forma — valendo-se, por exemplo, de emendas parlamentares e ocupação de cargos públicos.

— A política não segue o calendário gregoriano. Para todo mundo, depois de 2012, vem 2013. Na política, depois de 2012, vem 2014. Aquela preocupação de que as eleições poderiam contaminar a relação está ocorrendo, especialmente pela entrada de Dilma, porque ela chefia um governo de coalizão.

É diferente do Lula, que hoje é só um militante partidário. E o pior é que estão fazendo chantagem com o povo. Ela entra na TV dizendo que, se querem creche, têm que votar no candidato da Dilma — afirmou um parlamentar peemedebista que participou do jantar na terça-feira e pediu para não ser identificado.

Os peemedebistas dizem reservadamente que a tendência é que a relação com Dilma fique mais tensa. Uma frase de Renan definiu as intenções pós-eleitorais dos peemedebistas.

— A gente tem que ser como a PragMarta: saber apoiar o governo, mas ter resultado com esse apoio

— afirmou o senador, referindo-se à nova ministra da Cultura, Marta Suplicy.

Trata-se de uma versão mais objetiva do discurso que vem sendo adotado pelo PSB. Os socialistas vêm afirmando que a perspectiva de expansão do número de prefeitos, especialmente nas capitais, obrigará o governo a rever o tratamento dado ao partido.
Os integrantes do PSB esperam que o governo passe a considerá-los o principal aliado. O PMDB, que hoje ocupa essa posição, também acha que tem muito pouco e espera expandir seus espaços. O líder do PT, Jilmar Tatto, minimiza a possibilidade de crise:

— Não vão ficar sequelas. Diferentemente de uma avaliação anterior, as relações estão boas. O PT atrai em função da sua força popular e social — diz Tatto, que acredita que a relação seguirá firme enquanto o governo estiver bem avaliado.

23 de setembro de 2012
Paulo Celso Pereira

TRISTE REALIDADE

 



O relator do mensalão, ministro do Supremo Tribunal Federal Joaquim Barbosa, fez uma análise crua de nosso sistema partidário em seu voto na última quinta-feira, que infelizmente não se refere apenas à época em que ocorreram os fatos que agora estão em julgamento.

Quase dez anos depois do primeiro governo Lula, a triste realidade é que continuamos a ter um quadro partidário fragilizado pela força exagerada do Poder Executivo.
Se hoje já não existem “mensalões” como os de 2003 (espera-se), exacerbou-se o uso dos ministérios e cargos como moeda de troca na política, de maneira que se banalizou a participação partidária na montagem de um governo, característica da coalizão.

Segundo o relator Joaquim Barbosa em seu voto, “são amplamente conhecidas as complexidades das políticas partidárias brasileiras, pouco afeita a compromissos das agremiações partidárias”. Essa é uma das graves questões com que nos deparamos, a completa inexistência de um programa governamental que cimente a união de partidos em torno de objetivos comuns, ou até mesmo de metas pontuais, como seria o caso de um acordo com o Partido Verde para a implantação de uma política ambiental.

O que, no começo do primeiro governo Lula, resolveu-se com a simples e pura compra de apoio político, hoje, estourado o escândalo, resolve-se com cargos e nomeações.

No fundo, é a mesma coisa. “(...) Afirmar que o recebimento de dinheiro em espécie não influencia o voto (...) é, a meu ver, posicionar-se a léguas de distância da realidade política nacional”, comentou o ministro Joaquim Barbosa.

Diante de fatos provados, o ministro Joaquim Barbosa concluiu que “os parlamentares utilizaram de seus cargos para solicitar vantagem indevida ao PT, e receberam”.

O comentário do ex-deputado Paulo Rocha, um dos réus do mensalão, é bastante sintomático de uma maneira de ser político instituída no Brasil. Ele admite que houve empréstimos fraudulentos, que houve “repasses”, mas alega que tudo foi feito para pagamentos de dívidas de campanha.
Neste julgamento do mensalão, já foi estabelecido um consenso entre os ministros: não importa a destinação do dinheiro, a corrupção aconteceu da mesma maneira.

Nas palavras de Joaquim Barbosa: “(...) podem ter utilizado (o dinheiro) de qualquer maneira, em campanhas, em caixa dois, como para fins de enriquecer pessoalmente ou para distribuir mesada a parlamentares de seus partidos ou para atrair deputados de outros partidos para suas bancadas, conforme a CPI dos Correios, o que significa que o dinheiro foi solicitado e foi recebido”.

Ou, mais cruamente, disse Barbosa, “os parlamentares funcionavam como mercadorias nesse caso”. O próprio julgamento do mensalão, com a punição dos responsáveis por esse episódio degradante, pode ser um dos muitos passos que estão sendo dados na direção certa.

A Lei da Ficha Limpa, por exemplo, pode ser considerada um marco nessa caminhada, assim como a cassação de Demóstenes Torres.

Não é por acaso que o Tribunal Superior Eleitoral está promovendo a campanha do “voto limpo” na televisão, como maneira de estimular o eleitor a fazer sua escolha com base em valores éticos que muitas vezes são preteridos em favor de um voto “pragmático”, que pode ser a raiz de um Congresso que mercadeja sua função.

Imunidade está deixando de ser impunidade.
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A disputa da Prefeitura de São Paulo não esgota tão cedo a capacidade de surpreender. O PMDB está tendo sinais de vida da candidatura de Gabriel Chalita, que ainda nutre a esperança de ser visto como uma novidade mais consistente e menos arriscada que Celso Russomanno do PRB.

Os dois candidatos que disputam o segundo lugar, José Serra do PSDB e Fernando Haddad do PT continuam vacilando em relação à gradação que devem dar ao combate a Russomanno, com receio de que sua eventual queda nas pesquisas possa beneficiar no primeiro momento o adversário.

Mas, a 15 dias da eleição, não há mais tempo para dúvidas: a guerra contra Russomano será aberta. Inclusive por parte de Chalita do PMDB.

23 de setembro de 2012
Merval Pereira, O Globo

FRASE DO DIA



Nós temos que tirar a faixa daqueles que não estão apoiando o Marinho.


Lula, em comício com Luiz Marinho, candidato do PT à prefeitura de São Bernardo do Campo (SP), pedindo aos militantes para tirar das ruas material de campanha de candidatos de outras chapas.

IMAGEM DO DIA

 
Estação da Luz lotada com a chegada de trens após um problema na rede de energia entre as estações de Pirituba e Perus, na Linha 7 - Rubi
Estação da Luz lotada com a chegada de trens após um problema na rede de energia entre as estações de Pirituba e Perus, na Linha 7 - Rubi - Apu Gomes/Folhapress
 
23 de setembro de 2012

MENSALÃO: A HORA DO CHEFE DA QUADRILHA SE APROXIMA

Ex-ministro da Casa Civil afirma que não há provas contra ele; os autos, entretanto, demonstram o papel do petista na engrenagem do esquema

 
Gabriel Castro
José Dirceu, o chefe da quadrilha do mensalão
José Dirceu, o chefe da quadrilha do mensalão
                                
"A atuação voluntária e consciente do ex ministro José Dirceu no esquema garantiu às instituições financeiras, empresas privadas e terceiros envolvidos que nada lhes aconteceria, como de fato não aconteceu até a eclosão do escândalo"
    
O julgamento do processo do mensalão está perto de encerrar o seu segundo mês. À medida em que o Supremo Tribunal Federal (STF) se aproxima do núcleo central da denúncia, ficam cada vez mais claras as digitais do homem que o Ministério Público Federal aponta como chefe da engrenagem de corrupção: José Dirceu.

O petista passou os últimos sete anos dizendo que não há provas do seu envolvimento com o mensalão. Alega que só foi denunciado por razões políticas, repisando a fastidiosa fábula de que o mensalão foi uma tentativa de golpe contra o governo Lula. Mas o discurso, macaqueado por petistas Brasil afora, se desmancha a cada sessão do julgamento no Supremo. E a hora de Dirceu se aproxima no tribunal.

Na derradeira tentativa de escapar da cassação, Dirceu usou a tribuna da Câmara para alardear que não tinha influência na máquina petista: "Não participei das decisões da direção nacional do PT, da Executiva, não era membro. A sede do PT nacional em Brasília e em São Paulo têm paredes, telefones, assessores, funcionários, seguranças, motoristas. Vossas Excelências me conhecem e sabem que, se tivesse participado de tais atos, teria decidido, teria deliberado, todos saberiam da minha participação. Não vou assumir o que não fiz! Não vou".

Mas a verdade é que o todo-poderoso ministro da Casa Civil de Lula era, sim, a figura mais influente dentro da máquina partidária - inclusive porque era o homem mais importante da corrente que dominava o partido, o Campo Majoritário. Centralizador, não ignorava as operações financeiras temerárias realizadas com o esforço da dupla Delúbio Soares e Marcos Valério. Também exercia um rigoroso controle das atividades do governo. Encarregava-se da articulação política com o Congresso, a razão para o advento do esquema de compra de votos.

Além disso, o aval de Dirceu às instituições financeiras envolvidas na denúncia foi essencial para a montagem do mensalão - Delúbio Soares, sozinho, não tinha garantias a oferecer. É o que diz a Procuradoria-Geral da República: "A atuação voluntária e consciente do ex ministro José Dirceu no esquema garantiu às instituições financeiras, empresas privadas e terceiros envolvidos que nada lhes aconteceria, como de fato não aconteceu até a eclosão do escândalo, e também que seriam beneficiados pelo governo federal em assuntos de seu interesse econômico, como de fato ocorreu".

Mas não é só a influência de Dirceu e a chamada teoria do domínio do fato que apontam para a culpa do petista. Há outros elementos concretos ligando o petista à quadrilha - a despeito do que brada o réu.

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Favores - Maria Ângela Saragoça é ex-mulher do petista. Mantém até hoje uma estreita ligação com José Dirceu. Em 2003, ela tinha objetivos: queria um emprego, vender seu apartamento e arranjar algum dinheiro emprestado para comprar um imóvel novo. Conseguiu os três por meio da intermediação de Marcos Valério: Maria Ângela passou a trabalhar no Departamento de Recursos Humanos do Banco BMG. Rogério Tolentino, sócio de do publicitário e também réu no processo, comprou o apartamento sem vê-lo. O Banco Rural liberou um empréstimo de 42 000 reais sem demora.
 
Dirceu também se reuniu duas vezes com a cúpula do Banco Rural. Em uma delas, tratou da liquidação do Banco Mercantil de Pernambuco - operação com potencial para auferir um ganho bilionário ao banco que ajudou a alimentar, com empréstimos fraudulentos, o valerioduto. E quem agendou as reuniões? Marcos Valério. O ministro ainda se encontrou com a direção do BMG em fevereiro de 2003. Três dias antes, o banco havia repassado 2,4 milhões de reais ao valerioduto.

Cinco dias depois, foram outros 12,2 milhões. Quem levou Guimarães à Casa Civil? Marcos Valério.

Segundo o Ministério Público Federal, Dirceu também enviou Valério e Tolentino até a Portugal Telecom para negociar a obtenção de 8 milhões de euros para o pagamento de uma dívida do PT.
O petista, por outro lado, esteve presente nas negociações do grupo português para adquirir a Telemig. A negociação com o grupo lusitano fracassou. Antes disso, entretanto, Dirceu ainda recebeu Miguel Horta, presidente da Portugal Telecom, na Casa Civil. Marcos Valério participou do encontro.
 
Os ministros do Supremo Tribunal Federal devem analisar as acusações contra Dirceu em duas semanas. Os fatos colocam o petista no cenário do crime, ao lado dos outros integrantes da quadrilha.

23 de setembro de 2012
VEJA

V EJA GRAVOU TUDO...

 


 
Se alguém tinha alguma dúvida, aqui vai uma péssima notícia para os petralhas: Veja gravou todas as informações obtidas com Marcos Valério.
 
23 de setembro de 2012

"A ONDA VERMELHA COMEÇA A AMARELAR"

 Não há deuses na política

 A onda vermelha começa a amarelar. O sentido do verbo é menos o de mudança cromática e mais o de perder o viço, o frescor, empalidecer por causa da idade, conforme ensina Houaiss em seu dicionário.
A perda da vitalidade pode ser observada tanto na estética da paisagem quanto na semântica do discurso. Até a governante-mor mostra recato na liturgia do poder, ao usar com parcimônia seu tailleur vermelho. A referência, logo decifrada pelo leitor, é sobre o Partido dos Trabalhadores.


Todos recordam a miríade de estrelas e bandeiras rubras se espraiando por todos os cantos - das praças centrais das metrópoles, passando pelos jardins do Palácio do Alvorada e enfeitando as poeirentas ruas de distritos dos fundões do País.

Nesta campanha eleitoral já é possível prever que a maré vermelha não chegará à praia com o volume de água e a força de arrebentação que destroçavam territórios povoados por outras cores partidárias.

A se confirmarem projeções que indicam um refluxo eleitoral do PT em tradicionais domínios, pode-se aduzir sem risco de errar que, ao chegar aos 32 anos de vida, o tecido petista se mostra roto.

Antes que o tucanato se anime com a hipótese de ter resgatado a antiga força perdida para o petismo, é oportuno examinar sua saúde.
Para começar, seu radiador furado ameaça superaquecer o corpo de suas aves - cientistas descobriram recentemente que o imenso bico dos tucanos funciona como um radiador que dissipa o calor do seu corpo, permitindo-lhe permanecer com temperatura amena. Pois bem, o radiador tucano há tempos deixa vazar água, porque o bico está esburacado.

Quem observou o estrago foi um tucano de alta plumagem, o arguto ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ele foi ao ponto: o PSDB enfrenta intenso desgaste de material. Em 24 anos, os tucanos não souberam oxigenar seu corpo, renovar o bico, reciclar as asas. Imaginaram que, deitados no leito da classe média alta, podiam estender seu império a partir do comando da Nação durante oito anos. Fincaram profundas estacas em Estados poderosos, como São Paulo, Minas Gerais e Paraná. Um feito. Mas é inegável que os parafusos da máquina tucana estão espanados por falta de lubrificação das engrenagens.

Portanto, neste ciclo eleitoral as bandeiras rotas do PT desfilam ao lado de figuras carimbadas do PSDB. O tecido petista começou a esgarçar em 2005, na malha dos Correios, quando um vídeo mostrou um chefete recebendo dinheiro para intermediar negócios.
O episódio abriu o escândalo do mensalão. O então presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson, contrariado com denúncias envolvendo seu nome, batizou a compra de votos de deputados com o neologismo. O caso começou a ser julgado em 2007.
O governo Lula chegou ao final imerso na poeira levantada pelo tufão.

O ex-presidente tentou tergiversar, negando a existência do mensalão, após se dizer traído e pedir perdão aos brasileiros por "práticas inaceitáveis". Usou o carisma, o programa de distribuição de renda (Bolsa-Família), o incentivo ao consumo e o controle dos eixos macroeconômicos para glorificar o petismo-lulismo. A estética vermelha dominava os ambientes. Os milhões de brasileiros ingressos no novo patamar da pirâmide social engrossaram o refrão do Lula-lá.

A dinâmica social, porém, acabou plasmando um antivírus. A organicidade social intensifica-se na esteira da multiplicação de bolsões de defesa de contribuintes e da mobilização de categorias que acorrem aos corredores institucionais.

Independência e autonomia passam a iluminar as consciências. A presidente Dilma, com sua identidade técnica, edifica um escudo que a protege da chuva ácida que fura o telhado petista. A crítica à representação política, na esteira de denúncias de malversação do dinheiro público, nivela entes partidários e forma ondas de contrariedade. O PT e seus ícones entram no primeiro plano da cena. E agora se constata que Lula não é "deus", como proclamou a hoje ministra Marta Suplicy. Não há deuses na política. Nem ela dobra a vontade do eleitor, como sugeriu.

O julgamento do mensalão vira o hit do momento. Marolas saem do meio do oceano social e chegam às margens, carregando indignação. Matérias bombásticas e recados de réus pairam como ameaça ao projeto petista.

Figuras de proa temem ser jogadas no meio do fogaréu. Ao entrar na guerra eleitoral disposto a costurar as bandeiras vermelhas País afora, Luiz Inácio assume o risco de sair da batalha como o grande perdedor. Vende continuidade com a lábia carismática. Mas o discurso está embalado em celofane velho: palanques, colchões assistencialistas, economia controlada. Será isso o novo? A invencionice de programas marquetados já deu o que tinha que dar.

Na floresta tucana as copas das árvores também amarelam. As folhas no chão formam um tapete apodrecido. E mais: o próximo capítulo do espetáculo midiático será o mensalão mineiro. Que jogará o PSDB no banco dos réus. Em suma, os tucanos não têm sido capazes de substituir seus grandes perfis por ideias luminosas.

O partido gira em torno de quatro a cinco caciques. São inegáveis suas qualidades pessoais, a experiência acumulada, os programas implantados nos territórios que governam. Jamais se poderá apagar a contribuição dada pelo ciclo FHC ao Brasil moderno. Foi ele, sim, que abriu as portas da estabilidade econômica. Mas essa é uma página virada. Qual é o projeto de futuro?

Não é de admirar, pois, que PT e PSDB estejam na maior encruzilhada de sua vida. Décadas de arengas e querelas corroeram seus estoques de credibilidade. Veja-se a campanha paulistana. O eleitorado mostra-se cansado e resiste a entrar no jogo da polarização.

Demonstração da saturação é a tendência a escolher um nome distante dos figurinos petista e tucano. Sinal dos tempos: as duas grandes estruturas partidárias que mais pregavam a ética na política estão vivendo horas de pesadelo.

23 de setembro de 2012
Editorial de O Estado de São Paulo
Gaudêncio Torquato

VALÉRIO RECLAMA QUE ESTÁ SOFRENDO UM "LINCHAMENTO", DELAÇÃO PREMIADA?

Empresário diz ter ficado 'irritado' com o fato de ter sido condenado por peculato; advogado admite delação premiada em nova investigação
Enquanto sofre seguidas condenações no julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, o empresário Marcos Valério Fernandes de Souza calcula os passos e ao mesmo tempo busca uma saída para tentar atenuar possíveis penas.
A pelo menos duas pessoas com quem falou na última semana, Valério reclamou muito pelo fato de o Supremo tê-lo condenado por peculato. O empresário sustenta que não foram utilizados recursos público nas transações.
 
Valério evitou nos últimos dias aparecer em seu escritório, na capital mineira. Ele foi orientado pelo advogado, Marcelo Leonardo, e pelo amigo e ex-sócio Rogério Tolentino, também réu do mensalão, com quem divide a sala, a não comparecer ao local para evitar os jornalistas que faziam plantão em frente ao prédio.

Quem o viu recentemente, contudo, disse não tê-lo encontrado abatido nem choroso. Valério dirige o próprio carro, costuma buscar o filho na escola e frequenta a casa de parentes.
Recentemente foi à casa de uma prima para assistir a um jogo do Atlético Mineiro, seu time no futebol. Mas vive um drama familiar. Se desentendeu com a mulher, Renilda Santiago, e deixou a confortável casa de ambos na Pampulha, região norte de Belo Horizonte, para morar em um flat.

Amigos que foram recebidos por Valério nos últimos dias disseram que o empresário preferia não assistir ao julgamento do mensalão pela televisão - quem acompanha cada segundo das sessões é Tolentino, que se autodenomina o "elo entre os advogados dos réus" do mensalão e afirma conhecer cada folha do processo.

Mas na semana passada o empresário desabafou ao conversar por telefone com o ex-deputado Virgílio Guimarães - petista que assume manter laços de amizade com o chamado operador do mensalão e foi responsável por apresentar o então dono das agências de publicidade SMPB e DNA à cúpula do partido. "Ele já teve um linchamento moral", disse Virgílio. "Eu vi ele reclamando por ser condenado por coisas que não fez. (Está) Totalmente indignado, mas com o Supremo, não com o PT", alega o ex-deputado.

Entre petistas mineiros, contudo, a reportagem da revista Veja, segundo a qual Valério teria dito a interlocutores próximos e familiares que Lula era de fato o "chefe" do esquema e a movimentação de recursos teria chegado a R$ 350 milhões, foi vista como uma clara ameaça.
No partido a suposta reação de Valério criou "um clima de alerta" por entender que o empresário está "acuado" e sem perspectivas de se livrar da cadeia.

Os recados por meio da imprensa sempre foram entendidos como ameaça e o partido designou nos últimos anos interlocutores para manter as pontes com o empresário.
Petistas ouvidos pelo Estado afirmam que Valério teria se incomodado pelo fato de ter sido "abandonado" às vésperas do início do julgamento no STF.
Segundo um deputado, o próprio ex-ministro José Dirceu observou, há cerca de dois meses, durante um almoço com correligionários em Belo Horizonte, que Valério estava "muito solto".

Delação. A defesa do empresário admite que ele poderá recorrer ao instrumento da delação premiada caso seja instaurada uma nova investigação sobre fatos relacionados ao mensalão. Partidos de oposição anunciaram na semana passada que deverão pedir ao Ministério Público investigações sobre o suposto envolvimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no mensalão logo após a conclusão do julgamento no STF.

"Eventualmente pode acontecer, se houver novas investigações ou coisa parecida ou algum outro procedimento ele pode (recorrer à delação premiada)", disse Leonardo. Embora juízes criminais observem que não há previsão legal de um procedimento específico para a delação, podendo ela ocorrer até na fase de execução da pena, o advogado afirma que não acredita que seja possível fazê-la na ação em julgamento no Supremo.

23 de setembro de 2012
FERNANDO GALLO, ENVIADO ESPECIAL, BELO HORIZONTE - O Estado de S.Paulo
COLABOROU EDUARDO KATTAH

DEPOIS DO VENDAVAL

Para ter sucesso na política, é mais importante demonstrar força do que propriamente ter razão.
Posto em outras palavras, é esse o raciocínio que parece conduzir o PT na travessia do período mais difícil de sua existência.

Aos ouvidos mais ponderados, a gritaria do partido e companhia soa despropositada e algo amalucada. Tanto quando acusa o Supremo Tribunal Federal de golpista quanto quando convoca partidos aliados para assinar nota em defesa da "honra" e da "dignidade" do ex-presidente Luiz Inácio da Silva, comparando o exame de um processo na Justiça a episódios da História que resultaram na instituição de uma ditadura no Brasil.

Mas o fato de terem perdido a calma e de invocarem o suicídio de Getúlio Vargas e a deposição de João Goulart para se fazer de vítimas não quer dizer que os petistas perderam o juízo.

Deliram, mas com método e um objetivo preciso: salvar algum capital político para tocar a vida depois do vendaval do julgamento do mensalão.

E para isso, mais importante que enfrentar com racionalidade o fato de que as condenações se avizinham com base na confissão de que o partido deu mesmo dinheiro para outras legendas e o fez mediante expedientes ilegais, é demonstrar capacidade de reação.

Lula não precisa de quem o defenda. É absoluto, popularíssimo, imbatível, o mais habilidoso, intuitivo e espetacular político já surgido na face da terra. Pelo menos assim reza a mítica.

Ora, não seriam as assinaturas de presidentes de seis partidos em nota de protesto que lhe serviriam de muro de arrimo. Ainda mais tendo sido um deles (Carlos Lupi, do PDT) demitido do Ministério do Trabalho por suspeita de prevaricação, outro (Eduardo Campos, do PSB) acusado de "traidor" pelos petistas e um terceiro (Renato Rabelo, do PC do B) pessoa boa, mas de expressão política, digamos, limitada.

Assinaram também os presidentes do PT, Rui Falcão, o do PMDB, Valdir Raupp, e o do PRB, Marcos Pereira. A influência do primeiro na ordem das coisas públicas é nenhuma, o segundo enfrenta contestação interna por ter posto o pé em ambiente onde o partido preferia não ser visto e o terceiro vai levando do PT o sonho de ganhar a eleição em São Paulo.

Lula é maior que a tropa. Mas é com ela que conta. A outra parte do batalhão está também no banco dos réus, fora de combate e, pelo absoluto desinteresse do PT em defender seus aliados do PP, PTB e PR (antigo PL), está claro que lhes dispensa a companhia.
 
Foram úteis para formar a maioria lá atrás, mas agora o destino dos valdemares, jacintos, pedros e genus pouco importa. Usaram, foram usados e que se virem porque daqui em diante são páginas viradas.
 
O PT cuida no momento de preparar o terreno para prosseguir. Daí a preocupação de preservar a imagem de Lula e de renovar as parcerias mostrando que não é pólvora molhada, não está isolado e pode, como fez logo depois do escândalo em 2005, dar a virada. Na política, já que na Justiça a batalha está perdida.

Na ocasião, foi bem sucedido ao adotar como argumento de defesa a tese de que caixa dois é crime menor, porque "todo mundo faz". Não seria, assim, o pecador, mas uma vítima do sistema pecaminoso.
 
Como não quer, ou não pode, se penitenciar, resta ao PT dobrar a aposta e tentar de novo se fazer de mártir.
 
Desta vez, das arbitrariedades de uma Justiça inconformada com o sucesso de um partido de massas. Justiça comprometida com o preconceito elitista e movida pelo escuso propósito de desmoralizar um projeto de raiz popular.
 
Pode dar certo? Depende de a sociedade compreender, ou não, que o Supremo está dizendo ao Brasil que as instituições são maiores e podem mais que qualquer um: homem, mulher, governo ou partido.
Nunca antes. Muito já se viu nesse Brasil, mas presidente da República responder a voto de ministro do Supremo, francamente, é a primeira vez.

23 de setembro de 2012
Dora Kramer, O Estado de São Paulo

UMA DAS CAIXAS-PRETAS DO PT: O ASSASSINATO DE CELSO DANIEL

Chefe dos mensaleiros, Lula diz que conservadores ligam PT a morte Daniel
 
Lula diz que 'conservadores' ligam PT a morte de ex-prefeito Celso Daniel

Em comício neste domingo (23) em Santo André, no ABC paulista, o ex-presidente Lula acusou "conservadores" de tentarem ligar o PT à morte do ex-prefeito Celso Daniel, assassinado em janeiro de 2002.

Ele citou o ex-prefeito no palanque ao pedir votos para o candidato do partido na cidade, Carlos Grana.

"Nessa cidade, os conservadores chegaram ao absurdo de achar que o PT tinha coisa a ver com a morte do Celso Daniel. Possivelmente para apagar a memória daquele que foi o melhor prefeito que essa cidade já conheceu em toda a sua história", afirmou.

Alfredo Estrella/France Presse
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva


Lula não citou as investigações do Ministério Público de São Paulo que ligam o crime ao PT.

Numa ação de improbidade administrativa que corre na Justiça, o Ministério Público vincula o assassinato a um suposto esquema de corrupção para desviar verbas do município para campanhas do partido.

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), que foi secretário de Governo da prefeitura na gestão de Daniel, é um dos réus do processo.

GRATIDÃO

O ex-presidente disse aos militantes que votar no candidato do PT a prefeito, Carlos Grana, seria um gesto de "gratidão" a Celso Daniel.

"Seria quase que um voto de gratidão, [para] agradecer aquilo que o Celso Daniel fez por Santo André, trazer de volta alguém que conhece o chão de fábrica para governar."

Também estava no palanque a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, ex-mulher de Celso Daniel.

À noite, Lula faz novo comício em Diadema com o candidato do PT a prefeito, Mário Reali.

23 de setembro de 2012
Folha Online

PETISTA ACUSA STF DE REALIZAR JULGAMENTO NUM RITMO DE 'BIG BROTHER'

 Dirigente do PT acusa Supremo de realizar um ‘julgamento político’, num ritmo de "Big Brother"

 

Em vídeo veiculado no site oficial do PT, o Secretário de Comunicação do partido, deputado federal André Vargas (PR), fez duríssimas críticas ao STF. Insinuou que a Corte suprema do país ignora provas com o deliberado propósito de prejudicar o PT.

“O julgamento está acontecendo num período eleitoral, num formato de Big Brother da Justiça, de transmissão online, sistemática, onde as questões técnicas são abandonadas. É um julgamento político e não um julgamento tecnicamente sustentável”, atacou.

Alheio às provas destrinchadas pelos ministros do Supremo ao fundamentar seus votos, André Vargas declarou que “as ilações de um réu confesso como Roberto Jefferson se transformaram em verdades que são contrariadas pelos fatos e pelas provas.”

As declarações de André Vargas foram divulgadas pelo PT a pretexto de reagir à notícia em que a revista ‘Veja’ atribuiu a Marcos Valério declarações segundo as quais Lula é o verdadeiro chefe do mensalão.

“Não podem condenar apenas os mequetrefes”, teria dito Valério num dos trechos reproduzidos por Veja. “Só não sobrou para o Lula porque eu, o Delúbio [Soares] e o Zé [Dirceu] não falamos.”
E o secretário de Comunicação do PT: “A Veja tem tido a prática de conspirar sistematicamnte contra os nossos governos.” Neste final de semana, a revista reiterou as informações que publicara em sua edição anterior.
André Vargas refere-se ao noticiário da revista como “manipulação” (repare no vídeo abaixo). De repente, ele vincula o “comportamento” de Veja ao que se passa no plenário do STF: “Isso está ligado muito ao formato com que tem sido conduzido o julgamento do chamado mensalão.”

Além de André Vargas, o PT levou à sua página na web os depoimentos de outros dois deputados petistas. Deblateraram contra Veja Carlos Zarattini (SP) e José Guimarães (CE) –os vídeos podem ser assistidos aqui.

A escolha de José Guimarães como um dos porta-vozes da contrariedade do PT não parece das mais adequadas. O deputado é irmão do réu José Genoino. Em 2005, quando as manchetes só falavam de mensalão, um assessor parlamentar de Guimarães, então deputado estadual no Ceará, foi preso no aeroporto de Congonhas (SP) com US$ 100 mil acondicionados na cueca.

Nessa época, a Polícia Federal constatou que o dinheiro era proveniente de propina recebida por Kennedy Moura, um ex-mandachuva do PT cearense que ocupava a chefia de gabinete da presidência do Banco do Nordeste.

Curiosamente, Vasgas, Zarattini e Guimarães criticam Veja e defendem Lula sem levar aos lábios o nome de Marcos Valério, personagem central da notícia. É como se a tróica de petistas receasse melindrar o operador do mensalão.

De resto, ignoram três fatos: o mensalão foi investigado pela Polícia Federal de Lula, foi denunciado pelo procurador-geral indicado por Lula e está sendo julgado por um STF apinhado de ministros guindados ao tribunal por Lula - entre eles o relator Joaquim Barbosa.

O irmão de Genoino recorre em seu depoimento aos chavões preferidos do petismo. O lero-lero de Guimarães mistura “elite”, “judicilazação da política” e “mídia” num mesmo caldeirão. “A elite desse país não nos derrotou nas urnas e agora quer nos derrotar via Judiciário e via mídia. É disso que se trata”, diz ele.

Refere-se ao PT, cuja sigla está gravada no pano de fundo do STF, como bastião da democracia: “O PT se construiu como o principal sustentáculo da democracia política, social e econômica do Brasil. Eles já foram derrotados três vezes por nós. E agora, com a tese da judicialização da política, eles querem interditar o nosso projeto.”

Guimarães volta a sacudir o lençol de um fantasma cultivado com zelo pelo petismo: o controle da mídia. “Mexeu com o Lula, mexeu com o PT, mexe com o povo brasileiro. […] A mídia não pode ser partido político. Passadas as eleições, nós do PT vamos tomar uma medida, quer queiram, quer não queiram: é a regulamentação da questão da comunicação no país. Vamos ter que enfrentar esse debate, porque foi além do limite. […] Criminalizar o Lula é criminalizar a democracia brasileira.”

Como se vê, algo subiu à cabeça das lideranças do PT. Não se sabe ao certo o quê. Mas está claro que não é nada que se pareça com bom senso. A perspectiva de prisão de alguns de seus luminares tirou o partido do eixo.

23 de setembro de 2012
Josias de Souza - UOL

PT SE ENGANOU AO SUBESTIMAR A INTELIGÊNCIA DO POVO BRASILEIRO

Sponholz

Ao contrário de seus prognósticos, o desempenho dos candidatos do Partido dos Trabalhadores mostra a derrocada do partido. O efeito da economia cada vez mais fraca e a condenação de mensaleiros pode ser notado nos resultados das pesquisas, especialmente em cinco das principais capitais do país: São Paulo, Belo Horizonte, Salvador, Recife e Fortaleza - cidades de denso coeficiente eleitoral e de importante peso político.
O risco de derrotas petista nestes centros é grande. Aliás, é praticamente certa a vitória de seus adversários.
O PSB, além de Recife e BH, demonstra força em Cuiabá e Curitiba, enquanto o PSDB lidera o ranking das legendas à frente em sondagens nas capitais: Maceió, Manaus, Vitória, São Luís e Teresina.

Leia mais sobre esse assunto em
O Globo.

O encolhimento da imagem de Lula, agora distante da cadeira presidencial e da aura que o cargo lhe garantia, não foi compensado pela presidente Dilma, cuja índole indócil não atrai simpatias.
O que está evidente, sem sombra de dúvida, é que a má fase de Lula a cada dia piora a situação dos candidatos do PT.


O quadro da corrida ao governo paulistano deixa claro que as primeiras condenações no caso do Mensalão do PT surtiram efeito negativo na campanha do petista Fernando Haddad, que recuou três pontos percentuais em relação à pesquisa anterior.

Esse é o cenário recorrente, o que reflete o momento que o PT enfrenta em todo o território nacional por causa dos escândalos de corrupção.

A esperança do partido talvez fosse a possibilidade de enganar o eleitor, como aconteceu em 2006, quando Lula se reelegeu no auge do escândalo do Mensalão, e em 2010, com a eleição de Dilma, que também tinha um escândalo pra chamar de seu - o Caso Erenice.

Entretanto, sobre a comparação com as eleições de 2006 e 2010, a situação do PT era diferente, havia o benefício da dúvida.
Com brasileiro é assim, demora para cair a ficha.


Com as condenações no Supremo, entretanto, fica impossível fingir que o mensalão não aconteceu. Em outros tempos qualquer artimanha funcionava quando isso era colocado pelo PT como acusações da oposição.

Entretanto, diante das evidências, essa retórica não funciona mais.
Por essas e outras, as campanhas petistas vão de mal a pior.

Confiram algumas agendas negativas das campanhas petistas.
Além do fracasso do comício do PT em SALVADOR, Bahia, vejam o estilo LULA NA VERSÃO CEARENSE.


Luizianne debocha dos eleitores e diz: "Vou eleger um poste com a luz quebrada!"


BRASIL, GUERRILHA E TERROR

Um vídeo que vale a pena assistir para poder entender o que queriam os "bravos" brasileiros que lutaram pela implantação da "democracia" CÚbana no Brasil.
 
23 de setembro de 2012
 

EM MANAUS, COORDENADOR DA CAMPANHA TUCANA DE ARTHUR VIRGÍLIO FOI ASSASSINADO COM TRÊS TIROS


Foi assassinado a tiros, neste sábado (22), Aldemir de Queiroz Feitoza. Vem a ser um dos coordenadores da campanha do ex-senador Arthur Virgílio, candidato do PSDB à prefeitura de Manaus.

Líder comunitário, Aldemir Feitoza foi passado nas armas num estádio de futebol. Estava acompando de amigos. Um motoqueiro não identificado efetuou os disparos. Embora socorrida com vida, a vítima chegou morta ao hospital.

Ouvido, Arthur Virgílio declarou: “Esperamos que a polícia investigue esse caso e dê uma resposta rápida não só a sociedade, mas principalmente uma satisfação à família e aos amigos do líder comunitário Feitoza.” O candidato absteve-se de especular sobre as razões do crime. “Seria precipitado”, disse.
 
23 de setembro de 2012
Por Josias de Souza - Notícias UOL

QUANDO CRISTO BEBE SEU PRÓPRIO ESPERMA

Maria Madalena, de aparição relativamente rápida nos Evangelhos, sem dúvida goza de boa mídia ao longo da História. Depois do Cristo, é certamente o personagem mais popular na indústria do cinema e no mundo editorial. Diz Bart Ehrman, em Pedro, Paulo e Maria Madalena:

“Entre Pedro, Paulo e Maria Madalena, não resta dúvida de quem é a estrela da mídia hoje em dia. Pedro pode ser um sentimental entre os fiéis leitores do Novo Testamento, que se identificam com seu comportamento inconstante, mas coração basicamente bondoso.


Paulo intriga e ocupa teólogos há séculos e ainda é amplamente reverenciado pelos leigos, que talvez leiam seus textos com mais freqüência do que os entendam. Mas nem Paulo nem Pedro foram notícia na Broadway, em Hollywood, ou em editoras.

Maria Madalena é totalmente diferente. Eis uma grande seguidora de Jesus sobre a qual sabemos pouquíssimo, mas que rouba a cena há muitos e muitos anos como estrela de peças, filmes e romances. Talvez seja mais fácil se encantar e venerar aqueles cujas vidas são misteriosas e vagas. Os roteiristas raramente gostam de ser limitados pelos fatos históricos”.

Uma historiadora dos primórdios do cristianismo da Universidade de Harvard ocupou a primeira página dos jornais nos últimos dias, ao anunciar ter identificado um pedaço de papiro escrito em copta do século IV no qual aparece uma frase nunca vista antes em nenhuma versão das Escrituras: "Jesus disse para eles. Minha esposa...".

A descoberta foi anunciada em Roma, no início desta semana, durante uma reunião de especialistas em copta, pela historiadora Karen L. King, autora de diversos livros sobre os Evangelhos e a primeira mulher a ocupar o mais prestigiado cargo da escola de Teologia de Harvard, a cadeira Hollis. Obviamente, a subida honra foi creditada a Maria de Magdala.

A suposta descoberta tem implicações na política da Igreja Católica, no que diz respeito ao ministério sacerdotal. A doutrina de Roma veta o sacerdócio a mulheres e homens casados, num modelo baseado na vida de Jesus. Fosse casado, estariam abertas as portas para o sacerdócio feminino.

Que não era a mulher de Cristo, por mais que o queiram cineastas e escritores, isto é óbvio. Tanto que é definida nos Evangelhos por sua cidade: madalena, isto é, de Magdala. Fosse a mulher de Cristo, obviamente seria definida como a mulher de Cristo.

Como era de esperar-se, choveram bobagens na imprensa, por parte de jornalistas mais preocupados em fazer uma manchete do que investigar o que possa existir de sério no fragmento descoberto. Por um lado, parece existir uma torcida para que Cristo tivesse tido uma companheira. Por outro – e neste lado se inclui a Igreja Católica - atribuir uma mulher a Cristo constitui uma heresia.

A maior bobagem surgiu mais para o fim de semana, quando os jornais disseram ser a descoberta mais uma fraude elaborada por teólogos liberais militantes. Grande novidade! Boa parte dos livros pertencentes ao cânone de Roma constitui fraude e nem por isso são desconsiderados. Por exemplo, as cartas de Paulo. Das treze epístolas, pelo menos seis são postas em dúvida: 2 Tessalonicenses, Efésios, Colossenses, 1 e 2 Timóteo e Tito. Ainda segundo Ehrman,

“os padres da Igreja que decidiram qual seria o conteúdo e a forma do Novo Testamento viveram séculos depois de os livros terem sido escritos e não tinham tanto conhecimento a ponto de saber quem realmente os escreveu.

A única questão passa a ser se essa epístola especial foi ou não escrita por Paulo, e isto precisa ser decidido na base da coerências ou não em relação às outras que se tem certeza de que foram escritas por ele”.

Nos albores do cristianismo, muitos foram os depoimentos sobre a vida de Cristo e dos patriarcas do livro antigo, cada um puxando brasa para seu assado. Além dos aceitos pelos cânones das diversas igrejas, há os chamados apócrifos, cujo número é maior que o da Bíblia Canônica.

Seriam 113 em relação ao Antigo Testamento e 61 em relação ao Novo. Nestes últimos, há cristos para todos os gostos. Entre os apócrifos mais conhecidos, estão o Evangelho de Tomás, o Evangelho de Filipe, o Evangelho da Verdade, o Evangelho dos Egípcios, o Livro Secreto de Jaime, o Apocalipse de Paulo, a Carta de Pedro a Felipe e o Apocalipse de Pedro.

Há inclusive um Evangelho de Maria Madalena, segundo o qual Maria foi uma discípula de suma importância à qual Jesus teria confidenciado informações que não teria passado aos outros discípulos, sendo por isso questionada por Pedro e André.

Ela surge ali como confidente de Jesus, alguém, portanto, mais próxima de Jesus do que os demais. Cada autor a vê de forma diferente. No Evangelho de Tomé, ela dá oportunidade a uma curiosa consideração do Cristo:

Simão Pedro disse a eles: “Que Maria nos deixe, pois as mulheres não são dignas de viver”. Jesus disse: “Eu mesmo a guiarei no sentido de tornar-se masculinizada, para que ela também se torne um espírito vivo que se assemelhe a vós homens. Pois toda mulher que masculinizar-se entrará no reino dos céus”.

Em um outro texto apócrifo, Panarion, de Epifânio, é narrado um surpreendente episódio ocorrido na vida da madalena, extraído de um livro perdido, As Maiores Perguntas de Maria Madalena. Quem nos conta é Bart Ehrman.

Jesus leva Maria até o cume de uma montanha e, miraculosamente, tira de seu lado uma mulher, algo semelhante ao nascimento de Eva da costela de Adão. Depois passa a ter relações com ela. Quando atinge o clímax, Jesus retira o pênis do corpo da mulher, recolhe seu sêmen e bebe-o, dizendo à Maria Madalena: “Assim devemos fazer, para podermos ter vida”.

Mesmo nos Evangelhos canônicos, há muita contradição em torno à mulher de Magdala. Em João, ela é a primeira a ver o Cristo e ele não lhe permite tocá-lo. Com sua perquirição implacável, pergunta-se Ehrman:

“É a famosa cena do noli me tangere: ‘Não me toqueis, pois ainda não subi aos céus'. Curiosamente, Jesus aparece aos discípulos e muda suas instruções, dizendo ao duvidoso Tomé para lhe tocar as mãos e o lado (João 20:24-28). Teria ele subido aos céus entre esta cena e a anterior, e descido para uma rápida visita depois?”

Ou seja, cada escriba tem sua visão dos acontecimentos. Qual Evangelho é o mais verossímil? Aquele em que Cristo retira uma mulher da costela de Madalena e bebe o próprio esperma ou aqueles em que ressuscita? Ou um outro texto que situa Maria como mulher de Cristo? Antes de serem fraudes, são diferentes versões de uma lenda, criadas para a defesa de sabe-se lá quais interesses da época.

No caso de Epifânio, parece haver uma motivação evidente. Epifânio abominava os cristãos fibionitas que, segundo ele comemoravam a Ceia do Senhor com uma orgia sexual não-procriadora, que envolvia o coito interrompido. Conta-nos ainda Bart Erhman:

“Depois do jantar, integrantes da comunidade escolhiam um par (alguém que não fosse sua própria esposa nem esposo, afirma Epifânio mais que depressa), e tinham relações sexuais com essa pessoa.

Mesmo quando o homem atingia o clímax, retirava o pênis da vagina da mulher e juntos captavam o sêmen e o consumiam, dizendo: “Este é o Corpo de Cristo”. Se a mulher estivesse menstruada na época, eles também recolhiam um pouco de seu sangue e o consumiam, dizendo: “Este é o sangue de Cristo”.

A crer-se em Epifânio, o swing é mais antigo do que imaginávamos. Em suma, a intenção do escriba era denegrir a seita dos fibionitas. Daí o episódio com a Maria.

O fragmento ora descoberto é tão autêntico – ou não-autêntico – quanto os demais Evangelhos. A menos que você acredite em ressurreição e milagres.


23 de setembro de 2012
janer cristaldo

NERVOSO, ANSIEDADE E PAVOR. A HORA DO CHEFE No. 2 EST[A CHEGANDO!


Conhecido ansiolítico não teve tanta procura!
 
O julgamento do processo do mensalão está perto de encerrar o seu segundo mês. À medida em que o Supremo Tribunal Federal (STF) se aproxima do núcleo central da denúncia, ficam cada vez mais claras as digitais do homem que o Ministério Público Federal aponta como chefe da engrenagem de corrupção: José Dirceu.
O petista passou os últimos sete anos dizendo que não há provas do seu envolvimento com o mensalão. Alega que só foi denunciado por razões políticas, repisando a fastidiosa fábula de que o mensalão foi uma tentativa de golpe contra o governo Lula. Mas o discurso, macaqueado por petistas Brasil afora, se desmancha a cada sessão do julgamento no Supremo. E a hora de Dirceu se aproxima no tribunal.

Na derradeira tentativa de escapar da cassação, Dirceu usou a tribuna da Câmara para alardear que não tinha influência na máquina petista: "Não participei das decisões da direção nacional do PT, da Executiva, não era membro. A sede do PT nacional em Brasília e em São Paulo têm paredes, telefones, assessores, funcionários, seguranças, motoristas. Vossas Excelências me conhecem e sabem que, se tivesse participado de tais atos, teria decidido, teria deliberado, todos saberiam da minha participação. Não vou assumir o que não fiz! Não vou".

Mas a verdade é que o todo-poderoso ministro da Casa Civil de Lula era, sim, a figura mais influente dentro da máquina partidária - inclusive porque era o homem mais importante da corrente que dominava o partido, o Campo Majoritário. Centralizador, não ignorava as operações financeiras temerárias realizadas com o esforço da dupla Delúbio Soares e Marcos Valério. Também exercia um rigoroso controle das atividades do governo. Encarregava-se da articulação política com o Congresso, a razão para o advento do esquema de compra de votos.
Além disso, o aval de Dirceu às instituições financeiras envolvidas na denúncia foi essencial para a montagem do mensalão - Delúbio Soares, sozinho, não tinha garantias a oferecer. É o que diz a Procuradoria-Geral da República: "A atuação voluntária e consciente do ex ministro José Dirceu no esquema garantiu às instituições financeiras, empresas privadas e terceiros envolvidos que nada lhes aconteceria, como de fato não aconteceu até a eclosão do escândalo, e também que seriam beneficiados pelo governo federal em assuntos de seu interesse econômico, como de fato ocorreu".

 Mas não é só a influência de Dirceu e a chamada teoria do domínio do fato que apontam para a culpa do petista. Há outros elementos concretos ligando o petista à quadrilha - a despeito do que brada o réu. LEIA MAIS
 
23 de janeiro de 2012
in aluizio amorim

LULA LELÉ SE REFERE À MORTE DE CELSO DANIEL, EM SANTO ANDRÉ, E INVENTA UMA NOVA TEORIA DA CONSPIRAÇÃO PARA ESCONDER O ÓBVIO. POR QUE ELE NÃO CONTA TUDO?

Luiz Inácio Malucão da Silva está perdendo o juízo a olhos vistos. Fez neste domingo um comício em Santo André é contou uma de suas mentiras convictas: afirmou que “os conservadores” ligam o PT à morte do prefeito Celso Daniel e pediu o voto para o candidato do partido, Carlos Grana, afirmando que seria uma forma de gratidão ao prefeito assassinado em janeiro de 2002. Lula inventou o voto no morto para entregar o poder aos muito vivos — como ele próprio.
 
Conservadores??? Seriam os conservadores a ligar a morte do prefeito, em janeiro de 2001, às tramoias financeiras do partido na cidade? Não! Quem o faz é o Ministério Público, que colheu uma série de evidências de que Celso havia montado na cidade, sob o comando do PT, um sistema de desvio de recursos para os “companheiros”.
O prefeito teria sido assassinado ao descobrir que havia desvio do desvio: haveria gente se aproveitando da lambança também para o enriquecimento pessoal.
 
Conservadores??? Não! Quem não engoliu a versão do crime comum e afirma que a morte está ligada a uma tramoia do partido é a família de Celso Daniel, muito especialmente um dos irmãos, Bruno, que era militante do PT. Ele, filhos e a mulher, Marilena Nakano, tiveram de se exilar na França — isto mesmo: exílio.
 
Corriam o risco de ser mortos no Brasil. Marilena era militante do PT dos primeiríssimos tempos. A exemplo de Celso, pertenceu, nos anos 70, ao grupo de esquerda “Movimento de Emancipação do Proletariado” (MEP) e foi secretária de Cultura de Santo André na primeira gestão do cunhado.
 
Ao contrário do que diz Lula, Marilena (e Bruno também) tem sólidas credenciais “progressistas” (como os esquerdistas chamam a si mesmos). É irmã, por exemplo, de Maria Nakano, ninguém menos do que a viúva do sociólogo Betinho. Maria confirma que a irmã, o cunhado e os três sobrinhos estavam recebendo ameaças de morte no Brasil simplesmente porque não acreditavam na tese do crime comum.
 
Depois de Celso, sete outras pessoas ligadas ao caso morreram, inclusive o legista que atestara que ele fora barbaramente torturado antes de ser assassinado (veja a lista aqui), ao contrário do que Luiz Eduardo Greenhalgh havia assegurado à família. Quem matou Celso queria arrancar dele alguma informação. Esse é o propósito da tortura.
 
Mais: a cúpula do PT rompeu com a família Daniel quando esta não se conformou com as primeiras conclusões da polícia. Mesmo com as ameaças de morte, nunca mereceram proteção especial — ao contrário. O movimento sempre foi de hostilidade. Não é por acaso.
 
Outro irmão de Celso assegura que o então prefeito lhe dissera que era Gilberto Carvalho — ex-chefe de gabinete de Lula e hoje secretário-geral da Presidência — quem levava pessoalmente malas de dinheiro vivo da Prefeitura para o então chefão do PT, José Dirceu. Os dois negam.
 
Carvalho, que era braço direito de Celso na Prefeitura, movimentou-se freneticamente logo após a morte do “amigo” para que prevalecesse a versão do partido. O esforço deixou um rastro de conversas gravadas que vieram a público. Tudo muito impressionante.
 
Leiam, por exemplo, este diálogo em que Sérgio Sombra, acusado de ser ao assassino de Celso, entra em pânico e pede para falar com Carvalho. Alguém garante que está sendo montado “um esquema”. Sombra, no diálogo abaixo, é o “personagem A”.
 
A – Ô Dias!
B – Oi chefe!
A – Onde é que você está cara?
B – Tô na avenida (…). Eu tô saindo, to indo praí.
A – (…) Fala prá ligá nesse instante (…) Pará de fazer o que está fazendo.
B – Peraí, Peraí, Perai. Ei! Oi! Escuta o (…) Já está aí onde está todo mundo (…) Alô!
A – Ô meu irmão!
B – Cara cê está no sétimo?
A – Ô meu! O cara da Rede TV está me escrachando, meu chapa! Tá falando que… Tá falando que é tudo mentira, que o carro tá pegando, que não destrava a porta, que sou o principal suspeito.
B – Ô cara! Deixa eu te falar. O que hoje tá pegando contra você é esse negócio do carro. Nós temos que fazer é armar um esquema aí: “porque as empresas de (…) junto com a Mitsubishi, por razões óbvias de mercado, se juntaram para dizer que você está mentindo, que o câmbio está funcionando”…Entendeu? Então é o seguinte…
A – Peraí. Perai, péra um pouquinho.
B – (…) Pô! Pegá o que Porra?
A – Chama o Gilberto aí! Chama o Gilberto! Tem que armar alguma coisa!
B – Calma!
A- Eu tô calmo. Quero é que as coisas sejam resolvidas.
 
Outro diálogo: “Puta! Tá dez!”

Há outro diálogo bastante interessante.
Alguém liga para Ivone, a “viúva oficial” de Celso — consta que era sua “namorada” à época. E lhe dá nota dez por sua performance como “viúva” numa entrevista. Vocês entenderam direito. Leiam. Ivone é a personagem B
 
A – Oi!
B – Oi meu amor. O Xande quer falar com você. Tá bom?
A – Ok.
B – Tchau.
C – Como vai minha querida?
A – Vou assim. Arrastando.
C – Ótima a sua entrevista! Viu?
A – Você gostou Xande?
C – Eu gostei muito mesmo.
A – É importante a sua opinião pra mim porque estou totalmente sem referência. Né?
C – Eu achei muita boa. Entendeu. Tá super. Tem coisas… tá perfeito!
(…)
B – Hoje tem uma coisa. Programa pra ir na Hebe.
A – É. Porque vai a mulher… a viúva do Toninho.
B – Sabe que o Genoino quer. E é uma merda né. Uma merda.
A – Olha. Se você falar o que falou ai está 10. Puta! Tá 10, não parece estrela, a dor de uma viúva. Tá dez!
 
Voltei

Convenham: quando alguém está sofrendo pela morte do marido, tudo o que espera é levar uma “nota dez” pela performance numa entrevista, não é mesmo? Aí, como diria Lula, os “conservadores” ficam inventando coisas…
 
Se Lula quer levar um cadáver para o palanque, tem de ser confrontado com as evidências. Nos comentários, evitem acusações. Vocês sabem que dá perfeitamente bem para comentar o caso sem dar aos oportunistas pretexto para chicanas jurídicas.
 
23 de setembro de 2012 
Por Reinaldo Azevedo

SENADORES DO PDT ENVIAM CARTA A PRESIDENTE DO PARTIDO CONTRA APOIO A LULA NO MENSALÃO

 

 

Os senadores do PDT Pedro Taques (MT), líder do partido no Senado, e Cristovam Buarque (DF) encaminharam carta ao presidente da legenda, Carlos Lupi, na qual se posicionam contra a defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva feita pelos partidos da base aliada, em nota divulgada na última quinta-feira.

Lupi assina a nota em nome do PDT, bem como Rui Falcão pelo PT, Valdir Raupp pelo PMDB, Eduardo Campos pelo PSB, Renato Rabelo pelo PCdoB e Marcos Pereira pelo PRB. Os aliados se manifestaram contra o pedido da oposição para que Lula fosse investigado em função de denúncias publicadas pela revista Veja no fim de semana passado que o vincularam ao esquema de compra de votos conhecido como mensalão.

Taques e Buarque disseram não concordar com a assinatura de Lupi em nome do partido, bem como com o teor do documento. “Gostaríamos de ter sido consultados antes desta nota ter sido assinada em nosso nome, porque se tivéssemos sido consultados seríamos contra”, dizem os senadores na carta a Lupi.

Os parlamentares declararam não enxergar comportamento golpista por parte dos partidos de oposição, quando citam a matéria, por não haver qualquer crítica à presidenta Dilma Rousseff. Além disso, os dois ressaltaram a importância do trabalho do Supremo Tribunal Federal (STF) no julgamento da Ação Penal 470, conhecida como o processo do mensalão, e consideraram que a carta dos partidos da base desrespeita o Poder Judiciário ao sugerir que os ministros do STF estejam sofrendo pressões durante o julgamento.

“As referências às pressōes sobre os ministros do STF passam imagem de desrespeito ao Poder Judiciário, que, neste momento, vem desempenhando um importante trabalho, reconhecido pela opinião pública como decisivo na luta pela ética na política.”

23 de setembro de 2012
Mariana Jungmann (Agência Brasil)

REFLEXÕES SOBRE A NOTÍCIA DE QUE CRISTO PODERIA TER SE CASADO

 
Três escritores chamados Michael Baigent, Richard Leigh e Henry Lincoln, escreveram o livro intitulado “O Santo Graal e a Linhagem Sagrada”, e Dan Brown se aproveitou das pesquisas feitas por esses autores, plagiando-as e compondo o “Código Da Vinci” que, justamente, abordava a questão de Jesus ter sido casado, e com Maria Madalena.


O “Santo Graal” é um livro interessante, recheado de fotos onde as pesquisas aconteceram, e as razões pelas quais concluíram que Jesus havia de fato sido casado mediante deduções e costumes da época.

A meu ver, o fato de Cristo ter contraído matrimônio não muda nada a respeito do que disse através das suas fantásticas parábolas, mas corrobora o que eu havia comentado anteriormente aqui no Blog sobre o celibato, ao afirmar que não se pode fugir à natureza humana. Ela é poderosa porque intrínseca à vida.

Portanto, sexo é vida, a perpetuação da espécie de forma instintiva, o sentimento de amor e desejo sendo concretizado através do ato sexual, certamente o momento mais importante em termos fisiológicos e psicológicos de um casal.

Ora, repudiar esta função é contrariar o próprio organismo, reprimir a sua mente, contestar a sua existência!

Caso se confirme a dedução – não se pode ainda dizer que Jesus tenha sido mesmo casado, mas há fortes indícios com a descoberta deste pedaço de papiro –, a Igreja precisará rever o celibato. E ao abolir esta medida milenar, certamente atrairá as mulheres para dentro da Igreja, aproximará o homem da mulher e, quem sabe, até mesmo diminuirá esta violência hoje existente contra elas. Além de reduzir ao mínimo os casos de pedofilia.

Recomendo a leitura deste livro para quem estiver querendo saber um pouco mais sobre os acontecimentos depois que Cristo deixou este mundo. O texto está disponível na internet.

23 de setembro de 2012
Francisco Bendl