"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 18 de abril de 2013

ÍNDIOS INVADEM PALÁCIO DO PLANALTO E CHAMAM DILMA DE ASSASSINA. SEM LEI, INDIADA FAKE ACHA QUE PODE TUDO.


 
A incrível transformação de Neguinho Truká, um dos líderes da invasão. Ele é índio, mas também é vereador pelo PSD de Cabrobó, Pernambuco. Foi reeleito em 2012, com mais de 1.000 votos. No mandato anterior, foi presidente da Câmara de Vereadores. Chegou a assumir como prefeito da cidade. Antes do PSD, era do PT. Truká é uma etnia kassábica, que antes foi lúlica.
Aos gritos de "Dilma assassina", representantes de 300 etnias tentaram nesta quinta-feira (18) invadir o Palácio do Planalto. De mãos dadas, eles cantam e cercam o local de trabalho da presidente Dilma Rousseff, que viajou para o Peru. m"A ideia é que Dilma atenda a gente. Ela nunca nos recebeu para conversar", disse Inácio Shanenawa, do Acre. Munidos de tambor e chocalho, os índios pedem a revisão e demarcação de terras. Protestam também contra as mortes de etnias.
"Não queremos invadir o palácio mas queremos ver a presidente ou que ela se manifeste a nosso respeito. Só vamos sair quando tivermos uma audiência marcada com Dilma", diz Neguinho Trucá, de Pernambuco, afirmando que representantes dos índios já se reuniram com 12 ministros que prometeram colocá-los em contato com a presidente, mas o encontro ainda não aconteceu. A Policía Militar estima que cerca de 400 manifestantes estejam na porta do Palácio do Planalto. Seguranças protegem a entrada principal.
São os mesmos índios que invadiram o plenário da Câmara dos Deputados na terça-feira (16). Depois de ocuparem o Congresso, eles aceitaram acordo para barrar a PEC 215, que propõe transferir da União para o Congresso a função de homologar as terras indígenas. Eles também concordaram com a criação de uma comissão, composta por índios e parlamentares, para negociar o tema. Seguranças fecharam a porta principal do Planalto, onde os índios se concentraram.
 
18 de abril de 2013
in coroneLeaks

DILMA REVELA: A INFLAÇÃO É UMA CONQUISTA DOS 10 ANOS DO PT


 
Dilma revela o grande feito dos 10 anos do PT: a conquista da volta da inflação.
 
18 de abril de 2013

PESQUISA REVELA: A MAIORIA DOS VENEZUELANOS EXIGE A RECONTAGEM DOS VOTOS DO PLEITO PRESIDENCIAL


Seguidores do oposicionista Henrique Capriles protestam em frente à representação regional do CNE , o orgão eleitoral da Venezuela, na cidade de Maracaibo. (Foto: El Nuevo Herald)
Sete de cada 10 venezuelanos desejam a recontagem dos votos emitidos nas eleições presidencias ocorridas no último domingo, dia 14, segundo pesquisa realizada pela empresa de consultores Hernández Hercon, segundo relata o jornalista Antonio Maria Delgado, do jornal El Nuevo Herald de Miami (EUA).
Transcrevo a matéria de Delgado no original em espanhol. Leiam:

EN ESPAÑOL - Siete de cada 10 venezolanos desea un recuento de los votos emitidos en las elecciones presidenciales del domingo, según una encuesta flash realizada por la firma de consultores Hernández Hercon.
 
La encuesta fue elaborada en base a un tamaño muestra de 1,200 personas que participaron en los comicios del 14 de abril, según la ficha técnica del sondeo de opinión.
 
“Esta respuesta […] se vincula directamente a las personas que quieren la Paz Social y que creen que el recuento resolvería el problema que afecta la dinámica económica y política del país,” resaltó el estudio de opinión.
 
El sondeo fue realizado en momentos en que el país petrolero atraviesa por una aguda crisis política enmarcada por la negativa del gobierno encabezado por el líder bolivariano Nicolás Maduro de permitir el recuento de los votos.
 
Maduro fue declarado ganador de los comicios por el Consejo Nacional Electoral con el 50.75 por ciento de los votos frente al 48.98 por ciento que habría obtenido el candidato de la oposición Henrique Capriles.
 
No obstante, la oposición dijo tener pruebas de que más de 3,000 irregularidades fueron cometidas durante los comicios, y que éstas podría haber cambiado el resultado.
 
Decenas de miles de opositores venezolanos han salido a las calles para exigir un recuento de los votos, pero éstas han sido enfrentados violentamente por agentes del orden público, dejando un saldo de al menos siete muertos, decenas de heridos y cientos de detenidos.
 
18 de abril de 2013
in aluizio amorim

JOVENS DELINQUENTES: JÁ PASSOU DA HORA DE BAIXAR A MAIORIDADE PENAL!


 
O psicanalista italiano radicado no Brasil, Contardo Caligaris, escreve um artigo na Folha de S. Paulo desta quinta-feira com o qual concordo do começo ao fim e por isso transcrevo na íntegra aqui no blog.

Caligaris desconstrói a falácia alimentada pelo pensamento politicamente correto que tem impedido que seja baixada a maioridade penal. Chegou-se ao ponto de proibir que seja noticiado que "menor de idade infrator foi preso". Não pode. Menor quando flagrado praticando um crime foi "apreendido". E vai por aí.
O pior de tudo é que a grande mídia é a correia de transmissão de qualquer idiotice preconizada pelo pensamento politicamente correto. Por isso é excelente o contraponto do artigo de Caligaris que dá uma boa canelada nos jornalistas metidos a intelectuais da Folha de S. Paulo que todos os dias abençoam, impunemente, a idiotia politicamente correta.
Transcrevo o artigo, cujo título original é "Jovens delinquentes".

Na noite de terça-feira passada (dia 9), em São Paulo, Victor Hugo Deppman, estudante de 19 anos, foi assassinado. As câmeras mostram que ele entregou seu celular, e o assaltante o matou sem razão, com um tiro na cabeça.
O criminoso se entregou à polícia declarando que faltavam dois dias para ele completar 18 anos. Com isso, pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), aos 20 anos e 11 meses no máximo, ele voltará a circular. A gente não pode nem deixar anotado o nome do assassino, para mantê-lo afastado de nossas vidas futuras: por ele ser menor, seu anonimato é preservado.
 
É assim que protegemos o futuro do criminoso, para que, uma vez regenerado pela mágica de três anos de internação (alguém acredita?), ele possa facilmente reintegrar a sociedade e ser um cidadão exemplar, nosso vizinho.
 
Obviamente, nos últimos dias, multiplicaram-se os pedidos de revisão do próprio ECA. Marcos Augusto Gonçalves (na Folha de segunda) observou que, na boca dos políticos, esses pedidos escondem décadas de descaso em matéria de segurança pública. Concordo. Mas, como não sou político, não vou deixar de discutir, mais uma vez, o estatuto do menor.
 
Por exemplo, sou a favor de baixar a maioridade penal, drasticamente, como acontece no Reino Unido, no Canadá, na Austrália, na Índia, nos Estados Unidos etc. --sendo que, na maioria desses lugares, o juiz tem a autonomia para decidir por qual crime um menor de 12 ou dez anos será, eventualmente, julgado como adulto.
 
Hélio Schwartsman (na página 2 da Folha de sexta passada) aconselhou prudência: seria melhor não "legislar sob forte impacto emocional" e, sobretudo agora, confiar apenas nas "considerações racionais". Ele quase me convenceu, mas...
 
1) Penso isso há muito tempo.
 
2) Se deixássemos de agir sob impacto emocional, nunca nada mudaria. Por exemplo, o conselho de esperar para que as emoções esfriem é o argumento dos fabricantes de armas a cada vez que, nos EUA, um exterminador invade uma escola e o Congresso propõe leis de controle das armas. Os fabricantes de armas querem que esperemos para quê? Pois é, para que a gente se esqueça e se desmobilize.
 
3) Conheço só uma consideração racional a favor da maioridade penal aos 18 anos, e ela não é boa: o córtex pré-frontal (zona do cérebro que controla os impulsos) não está totalmente desenvolvido na infância e na adolescência.
Tudo bem, se aceitarmos essa consideração, deveríamos aumentar seriamente a maioridade penal, pois o córtex pré-frontal se desenvolve até os 25 anos ou além. Além disso, deveríamos julgar como menores todos os adultos impulsivos, que nunca desenvolveram um córtex pré-frontal "satisfatório".
 
4) As outras "considerações racionais" (que deveriam prevalecer sobre o impacto das emoções) são apenas disfarces de emoções especificamente modernas que, à força de serem compartilhadas, se tornaram chavões ideológicos.
 
Três deles são corolários de nossa "infantolatria", ou seja, da paixão narcisista que nos faz venerar crianças e jovens porque, graças a eles, esperamos continuar presentes no mundo depois de nossa morte.
 
Primeiro, queremos que as crianças nos apareçam como querubins felizes como nós nunca fomos e nunca seremos. Por isso, preferimos imaginar que os jovens sejam naturalmente bons. Quando eles forem maus, atribuímos a culpa à sociedade e a nós mesmos. Portanto, não podemos puni-los, mas devemos, isso sim, nos punir.
 
Tendo a pensar o contrário: as crianças podem ser simpáticas, mas são más (briguentas, possessivas, invejosas, mentirosas, ingratas etc.); às vezes, elas melhoram crescendo, ou seja, a cultura pode civilizá-las (ou piorá-las, claro).
 
Segundo, adoramos acreditar que sempre podemos mudar (para melhor, claro): apostamos que a liberdade do indivíduo permita qualquer reviravolta --até a salvação eterna pelo arrependimento na hora da morte. A possibilidade de os criminosos (ainda mais jovens) se redimirem confirma nossa crença querida.
 
Terceiro, acreditamos também na fábula da reciprocidade amorosa: quem ama será amado. Se forem bem tratados e se sentirem amados e respeitados, os jovens se emendarão. É só confiar neles, deixá-los impunes e lhes oferecer castiçais de prata, como o padre que presenteia Jean Valjean.
 
Meus amigos, "Les Misérables" é lindo e comovedor, mas é um romance, ok? Na outra noite, no bairro do Belém, teria sido melhor que aparecesse Javert.
 
18 de abril de 2013

TAMBÉM QUERO SER DISCRIMINADO

    
Quem quiser direitos, faça o seguinte: afirme-se um fraco, um inútil, alguém sem força para defender-se, que não produz, que não cresce, que não pode trabalhar. Com isso, se encaixará perfeitamente no perfil do excluído e, assim, receberá os olhares benevolentes do Estado.

Todo mundo agora quer direitos. Não são suficientes aqueles - e não poucos - já previstos no arcabouço jurídico nacional; exigem direitos específicos. Basta haver algum traço distintivo em algum grupo qualquer, que este grupo acredita que merece proteção especial. São leis para os gays, para religiosos, para os negros e tantas mais diferenciações possíveis nesta diversidade infinita que é a natureza humana.
Ocorre que uma lei com direitos especiais, para ser eficaz, precisa conceder privilégios. Os beneficiados de leis especiais devem ter direitos que as pessoas, em geral, não têm. E isso por um reconhecimento de suas fragilidades. Se não fizer isso, é inócua; será apenas uma repetição do que já existe. Assim, uma lei com direitos especiais é a afirmação de que determinados tipos de pessoas merecem ser vistas de uma maneira diferente pela sociedade, com mais compaixão, mais piedade.

Por isso, uma lei com direitos especiais já é um tipo de discriminação. Ela já pressupõe que o tipo de pessoa protegida é diferente da coletividade. Não necessariamente uma distinção negativa, mas é, sim, uma distinção. É um reconhecimento, no mínimo, de que ela merece cuidado diferenciado.
O problema é definir quem são essas pessoas, quem merece tratamento distinto que corrobore a feitura de leis protetivas especiais.

E, claramente, está havendo um abuso na busca desses direitos. Qualquer distinção, ainda que não torne o indivíduo mais fragilizado que as outras pessoas, tem servido de pretexto para o requerimento de lei especial. Somos todos, assim, potenciais discriminados, que clamam por uma justiça feita aos berros.

Você é negro, clame por seus direitos! É mulher, grite mais alto! Gay, solte a franga e mostre ao mundo o quanto você merece proteção. Por que não, vocês, gordos, discriminados ininterruptamente? Loiras, tidas como uma espécie intelectualmente inferior? Crentes, sempre vistos como ignorantes? Baixinhos, relegados como menos aptos? Não há limites para quem pode reclamar pelo aconchego do colo estatal.

Apenas não esqueçam de um detalhe: enquanto a lei lhes protege, ao mesmo tempo afirma a inferioridade de vocês. Quando defende uma raça, pressupõe sua inferioridade social; quando protege a mulher, reconhece sua inferioridade física; ao criar mecanismos em favor dos deficientes físicos, sua óbvia inferioridade motora é realçada; quando toma a defesa dos doentes mentais, o faz por causa de sua inferioridade intelectual mesma.
Dessa forma, parece óbvio que se alguém deseja privilégios discrimina-se a si mesmo.

Proclama que necessita de cuidados. Reconhece que, de alguma forma, por alguma circunstância, encontra dificuldades que precisam ser compensadas. Em suma, os grupos que buscam as benesses especiais da lei, consciente ou inconscientemente, declaram-se fragilizados.

Por tudo isso, quem quiser direitos, faça o seguinte: afirme-se um fraco, um inútil, alguém sem força para defender-se, que não produz, que não cresce, que não pode trabalhar. Com isso, se encaixará perfeitamente no perfil do excluído e, assim, receberá os olhares benevolentes do Estado.
Ainda que, na prática, seus pares estejam colocados nos melhores postos da nação, dominando os meios de comunicação, as artes, a literatura, envolvidos em todas as atividades relevantes da sociedade.
Ainda que, para defender esses mesmos direitos dos mais fracos, agridam, gritem e recebam milhões e milhões de reais, as mãos públicas sempre estarão estendidas para eles.

Por outro lado, se você for independente, auto-suficiente, alguém que produz, que emprega, que gera renda, que não onera o país, que não reclama por proteção aí, sim, aquele mesmo Estado lhe terá como uma potencial ameaça para a segurança da nação.

18 de abril de 2013
Fabio Blanco
é advogado e teólogo
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GOVERNO CONDENA AO DESEMPREGO MESTRES E DOUTORES QUE PRODUZ


Em 2005, a Capes previa investir R$ 3,26 bilhões para aumentar o número de doutores por ano no Brasil. O Plano Nacional de Pós-Graduação apresentado ao então ministro da Educação, Tarso Genro, propunha a aplicação nos seis anos seguintes de R$ 1,66 bilhão a mais em bolsas e fomento de pós-graduação, o que permitiria passar dos 8.000 doutores titulados por ano para 16 mil em 2010. O plano “será acolhido integralmente", disse Genro na ocasião.

Se foi acolhido integralmente, não sei. Na época, falei da desmoralização do título de Doutor que, entre nós, se deve à universidade brasileira, ao distribuir doutorados a torto e a direito, como quem joga milho aos porcos.

Há horas venho afirmando que os doutorados são uma solene inutilidade. Ou melhor, uma armadilha acadêmica. Você faz um curso universitário e desemboca no desemprego. Para capear a adversidade, você se inscreve em mestrado. Mais quatro anos afastado do mercado de trabalho. Conclui o mestrado e de novo vê o breu pela frente. Seu professor, que precisa de doutorandos para cumprir sua carga horária enquanto folga em casa ou no Exterior, o convida para um doutorado. Você aceita, afinal está desempregado e a bolsa não é de se jogar fora. Mais quatro ou cinco anos fora do mercado.

Quando você vai ver, tem mais de trinta anos e nunca teve carteira de trabalho assinada. Em um país onde se tende a considerar que uma pessoa com 35 anos já é idosa, ou você tem pistolão na guilda e entra no magistério – para que a poleia sem fim dos doutorados continue rodando – ou vai talvez dirigir um táxi ou ser corretor de imóveis. Afinal, comer é preciso.

Já comentei artigo de Mark C. Taylor, presidente do departamento de religião da Universidade de Columbia em Nova York e autor de Crise no Campus: um plano arrojado para reforma das nossas Faculdades e Universidades (Knopf, 2010). Em seu ensaio, o professor considerava que o sistema de doutorado nos Estados Unidos e em muitos outros países é insustentável e precisa de ser remodelado. Em muitos campos, ele cria apenas uma fantasia cruel de um futuro emprego, que promove o auto-interesse dos membros do corpo docente, em detrimento dos estudantes. A realidade é que existem poucos empregos para as pessoas que gastaram até doze anos em sua formação.

“A maioria dos programas de educação-doutoramento está em conformidade com um modelo definido nas universidades européias durante a Idade Média, em que a educação era um processo de clonagem, que treinava os estudantes para fazer o que os seus mentores faziam. Os clones já ultrapassam o número de seus mentores. O mercado de trabalho acadêmico entrou em colapso em 1970 e as universidades ainda não se ajustaram as suas políticas de admissão, porque precisam de estudantes de pós-graduação para trabalhar nos laboratórios e como assistentes de ensino. Mas uma vez que os alunos terminam o ensino, não existem trabalhos acadêmicos para eles.

Para o professor Taylor, só havia duas saídas: reformar radicalmente os programas de doutoramento ou fechá-los. “A especialização levou a áreas de investigação tão estreitas que são de interesse apenas para outras pessoas que trabalham nos mesmos domínios, subcampos ou sub-subcampos. Muitos pesquisadores lutam para conversar com colegas do mesmo departamento, e comunicação entre departamentos e disciplinas podem ser impossíveis".

A bicicleta precisa continuar rodando. Milhões de teses no mundo todo, que já não cabem nas bibliotecas oficiais, precisam de anexos para serem guardadas. Guardadas para quê? Para juntar pó. Uma tese é algo que sai caro ao Estado. É preciso subsidiar os graduandos e os professores que os orientam. Deveria ter retorno aos contribuintes que, no fundo, são quem as financiam. Você já viu alguma tese publicada? Às vezes encontramos alguma, mas precisamos pagar por ela. O doutor recebe para redigi-la e depois cobra de novo para que seja lida.

Se o Brasil eliminasse hoje seus cursos de doutorado, não me parece que perderíamos grande coisa. (Vou mais longe: cursos de Letras, Filosofia ou Sociologia não fazem falta alguma). Os professores americanos parecem estar despertando para o problema. Como o Brasil adora importar modas ianques, seria salutar que esta postura chegasse até nós.

Enfim, os cursos de mestrado e doutorado no Brasil continuam alimentando ilusões e jogando jovens em uma vida sem trabalho nem sentido. Hoje, a notícia surpreendente. Uma lei de iniciativa do governo federal que entrou em vigor no mês passado determinou que as universidades federais não podem mais exigir nos concursos para professor os títulos de mestre ou doutor dos candidatos.

Logo agora que as bundas de silicone entraram no universo acadêmico, com o projeto “My pussy é poder – A representação feminina através do funk no Rio de Janeiro: Identidade, feminismo e indústria cultural”, de Mariana Gomes, que passou em segundo lugar na Pós-graduação em Cultura e Territorialidades da Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói. Entre os objetivos do projeto está a desconstrução da idéia de que o funk seria o último grito do feminismo através das músicas de Valesca Popozuda, Tati Quebra-Barraco, entre outras.

Recentemente, Valesca foi escolhida como patronesse pelos formandos do curso de Estudos de Mídia da Universidade Federal Fluminense. Enfim, quando Fidel Castro recebe o título de Dr. Honoris Causa pela Universidade Federal de Santa Catarina, as federais não mais surpreendem.

O governo federal, em sua política tatibitate, parece não saber mais o que quer. Aumenta o número de vagas para mestrados e doutorados inúteis e depois fecha a porta natural de escoamento desses profissionais inúteis.

Se os mestres e doutores já se sentiam ludibriados com a política anterior das autoridades educacionais, agora descobriram definitivamente que foram roubados mesmo.


18 de abril de 2013
janer cristaldo

VENEZUELA COMEÇA A CONHECER O TERROR CASTRO-COMUNISTA

      
          Notícias Faltantes - Foro de São Paulo 
Fiaram-se no silêncio e aceitação passiva de Capriles em 7 de outubro e acreditaram que poderiam elevar à estratosfera o resultado final. Deram-se mal! Por isso a repressão violenta e criminosa está tão exacerbada.
Temo por uma guerra civil e mais derramamento de sangue, pois isto parece inevitável.

A Venezuela está começando a conhecer o que é o terrorismo castro-comunista desde a segunda-feira passada (15), quando Henrique Capriles, anunciando que NÃO aceitaria o resultado apresentado pelo CNE por ter mais de 3.200 provas da mais desavergonhada fraude que aquele país já tenha visto, deu entrada numa petição para que se realizasse uma auditoria e propôs um panelaço em todo o país. O que se viu desde então foi a mais brutal e desumana perseguição e violência promovida pela Guarda Nacional, a mando do próprio usurpador Nicolás Maduro.

Tenho lido as “opiniões” da mídia escrita e tevisada de que, com a morte de Chávez o chavismo morreu junto com ele. Discordo frontalmente desta bobagem, uma vez que o “chavismo” nunca foi uma ideologia ou um fim em si mesmo, mas a máscara que os ditadores Castro encontraram para dar curso ao seu projeto de implantação do comunismo no continente.
E Chávez lhes caiu como uma luva - malgrado não fosse o “ungido” -, pois tinha vencido as eleições de 1998 com um apoio extraordinário, sofria de um narcisismo patológico e iria manejar uma fortuna incalculável com o dinheiro do petróleo, vital para a sobrevivência de Cuba. A aceitação de Chávez foi por puro oportunismo.

agressão
Assim ficou o corpo deste rapaz, agredido por ordens do ditador Maduro

Tendo compreendido isto, os Castro deram asas à imaginação de Chávez, inflaram seu já gigantesco ego e foram cercando-o como se faz para caçar porcos selvagens. Por sua vez, Chávez, que não via nada além dele mesmo, acreditou que era o novo messias, a re-encarnação de Simón Bolívar e cedeu ao canto de sereia de Fidel Castro. Isto não quer dizer que ele, Chávez, fosse ingênuo mas estava cego pela vaidade e bajulações, e acabou entregando o país inteiro aos velhos abutres cubanos.

Enquanto isso, Nicolás Maduro, o verdadeiro “ungido” de Havana desde a década dos 80, aguardava tão paciente quanto Jacó, servindo a Chávez (Labão) enquanto sonhava com Raquel (a Venezuela). Com a morte de Chávez anunciada oficialmente, Maduro e seus mentores cubanos apressaram-se e fraudaram todas as etapas para a escolha de um novo presidente. Só que ele não contava que desta vez Capriles não iria trair seus eleitores como fez em 7 de outubro do ano passado e iria reagir.
No discurso que proferiu logo após Tibisay Lucena anunciar sua vitória, Maduro disse que o CNE “deveria realizar uma auditoria” para “calar a boca da oposição” que reclamava de fraude. No dia seguinte, entretanto, ele foi juramentado, negou que queria uma auditoria e seu comportamento de ditador, treinado em Cuba, começou a se revelar. No vídeo abaixo pode-se comprovar que ele próprio solicitou uma auditoria que agora rejeita e persegue os que exigem a recontagem dos votos.

Até ontem à noite tinha-se conhecimento de sete assassinatos pela repressão. As vítimas, pessoas absolutamente pacíficas, apenas batiam panelas exigindo uma auditoria. Nas fotos que ilustram esta edição pode-se ver o tamanho da brutalidade empregada pela Guarda Nacional contra estudantes que protestavam em frente às sedes do CNE em várias cidades do país. Até ontem, também, tinha-se a informação de 73 oficiais detidos por não acatar ordens do COMANDO ESTRATÉGICO CUBANO. Motorizados armados passam pelas ruas atirando em pessoas que estão concentradas em frente ao CNE. Dois jornais opositores foram vítimas de pedradas nessa madrugada mas, enquanto isso, Maduro acusa Capriles de ser o “instigador” dos atos de violência e pelas mortes ocorridas desde então.
agredido
Isto não é montagem. Esse rapaz foi agredido pelos brutamontes da Guarda Nacional Venezuelana

Ontem à noite o Ministério Público processou solicitação da “privação de liberdade” a Henrique Capriles, Leopoldo López e outros membros da Mesa de Unidade, na qual a promotora Luisa Ortega acusa-os dos delitos “concerto para delinqüir, formação de quadrilha ou associação ilícita, instigação para causar perturbação à população e obstrução da via pública, assim como a responsabilidade pelos assassinatos ocorridos na segunda-feira durante os vários protestos.

De acordo com o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), o presidente Nicolás Maduro ordenou à Luisa Ortega e à presidente do TSJ, María Estella Morales, a processar Capriles, sua equipe de campanha de outros dirigentes da oposição.

Segundo um ex-magistrado que conhece os métodos empregados desde Chávez, a coisa funciona assim: “O Ministério Público faz a imputação ante um tribunal e este recebe um telefonema do TSJ dando instruções de como tem que agir”. Quem não lembra de Chávez berrando em cadeia de rádio e televisão que o TSJ processasse a juíza María Lourdes Afiune e que lhe dessem a pena máxima de 30 anos, como de fato ocorreu? E quem não lembra das infâmias e calúnias imputadas a Alejandro Peña Esclusa?
Esse é o método do castro-comunismo desde há 54 anos, onde a única prova que compõe o processo é a vontade soberana dos ditadores.

Mas as arbitrariedades não param por aí. Numa sessão na Assembléia Legislativa ontem, o deputado opositor Williams Dávila foi agredido fisicamente em plena sessão no plenário, quando lhe arremessaram algo contra a cabeça, resultando em um corte que necessitou suturar com 8 pontos (ver a foto).
Segundo informa o deputado, a agressão foi totalmente gratuita, uma vez que ele ouvia o pronunciamento de outro parlamentar quando foi agredido.
Disse ainda que sentiu a pancada de um objeto preto que lançaram do lado esquerdo do salão, enquanto os chavistas, que são maioria, davam gargalhadas com a cena. Além de intrinsecamente maus, estes elementos são verdadeiros vândalos, pessoas vulgares acostumadas a baixarias e crimes de toda espécie.

18 de abril de 2013
Graça Salgueiro

BOMBA! BOMBA! ABANDONADA POR LULA E PELO PT, ROSEMARY É UMA BOMBA-RELÓGIO PRONTA PARA EXPLODIR!


Como dizia meu amigo Maneco Muller (Jacinto de Thormes), o criador da coluna social no Brasil, "em sociedade tudo se sabe". E como dizia o sucessor Ibrahim Sued, "bomba, bomba!": Rosemary Nóvoa Noronha, a ex-chefe do gabinete da Presidência da República em São Paulo, está perto de explodir.

Abandonada pelo ex-presidente Lula, com quem manteve um romance proibido que durou cerca de 20 anos, e abandonada também pelo PT, Rosemary viu sua vida de repente desabar, quando a Polícia Federal desfechou a Operação Porto Seguro, trazendo a público as investigações de uma rede de corrupção em que a companheira de Lula era uma das figuras principais.

Agora, ela resolveu colocar as coisas em seus devidos lugares, e o PT e o Instituto Lula estão em pânico, enquanto o Palácio do Planalto solta foguetes e abre champagne para comemorar, porque a presidente Dilma Rousseff quer ser reeleger e não confia em Lula – acha que a qualquer momento ele pode mudar de idéia e sair candidato.

Se você não acredita, aguarde que a Veja deste sábado vai confirmar o que digo aqui.
A Veja tem exclusividade no assunto, mas até as paredes da Editora Abril sabem que nenhum órgão de imprensa cobre o caso Rosemary melhor do que a Tribuna da Imprensa.

Amanhã a gente volta ao tema, que é apaixonante (em todos os sentidos).

18 de abril de 2013
Carlos Newton

COM QUANTO DINHEIRO MORREU MARGARET THATCHER?


"Margaret Thatcher morreu pobre" – assim terminou Reinaldo Azevedo seu panegírico da ex-primeira-ministra. Não vou entrar no mérito dos elogios: só lembro que estão sendo feitas festas aqui no Reino Unido para comemorar a morte de Thatcher.

Só a casa dela vale RS 25 milhões

Só lembro também que ela chamou Mandela de terrorista e, no depoimento de um antigo ministro do exterior australiano, fez observações a ele "chocantemente racistas" contra indianos, paquistaneses etc etc.

Lembro também que no próprio dia da morte não houve sequer minuto de silêncio no grande derby de Manchester entre o United e o City, por decisão dos clubes.

Lembro que em Liverpool a torcida local cantou para festejar a morte de Thatcher. E que na Escócia multidões saíram às ruas como se fosse o carnaval baiano.

Lembro também que numa enquete do Guardian sobre se devia ser erguida uma estátua a Thatcher em Trafalgar Square 87% das pessoas disseram que não.

E lembro, enfim, que já se instalou um debate furioso aqui em torno do que muitos consideram os gastos absurdos do funeral extravagante que será dado a ela — ainda que lhe tenham sido negadas honras de Estado, como as concedidas a Churchill.

A POBREZA
Mas não são estas lembranças o propósito do meu texto. É a pobreza alardeada por Reinaldo Azevedo. De onde ele tirou esse disparate?

Como tudo é relativo, a pobreza de Thatcher só seria admissível se você cotejasse o legado dela com o de Bill Gates. Ou então Azevedo tem uma fortuna que torna a de Thatcher uma pobreza.

Thatcher deixa aos herdeiros uma propriedade em Belgravia, o bairro mais caro de Londres, calculada em 25 milhões de reais. Ali ela morou até se transferir, no fim da vida, para o hotel Ritz, onde era mais fácil cuidar dela no estágio avançado de demência.

O patrimônio de Thatcher gira em torno de 16 milhões de dólares. É uma cifra razoável para quem chegou à política sem nada: até sua carreira realmente decolar, Thatcher foi sustentada pelo marido, Dennis.

Na família, dinheiro mesmo quem tem é Mark, filho de Thatcher. Em 1984, no auge do poder e influência da mãe, Mark foi acusado pela mídia de ter levado uma comissão de uma empreiteira numa obra de 300 milhões de libras em Omã. Segundo a mídia, Thatcher recomendara a empreiteira ao sultão de Omã.

Mark Thatcher, considerado amplamente entre os britânicos um imprestável, tem hoje uma fortuna avaliada em 100 milhões de dólares.

Reinaldo Azevedo tem que rever suas fontes – ou seu conceito de pobreza.
Ao escrever sua previsível hagiogragia de Thatcher na Veja, Ricardo Setti – que com artigos certeiros, povoados de maiúsculas e exclamações perplexas, vai firmando lugar nas preferências jornalísticas do PIB – perguntou de saída:
que dizer depois do artigo de um craque como Reinaldo Azevedo?

Minha sugestão: corrigir, simplesmente, a besteira.

18 de abril de 2013
Paulo Nogueira
(Diário do Centro do Mundo)

ROSEANA SARNEY NÃO DÁ EXPLICAÇÕES SOBRE ESTRADA-FANTASMA CONSIDERADA CONCLUÍDA E JÁ PAGA PELO BNDES

 

Ocultismo oficial – Filha do ex-presidente e senador José Sarney, segundo caudilho maranhense (o primeiro foi Vitorino Freire), a governadora Roseana Sarney continua sem saber como explicar a inoperância de uma administração que não consegue tirar do Maranhão o triste status de mais miserável estado da federação.

Em visita à Coroatá, cidade do interior maranhense que há décadas era conhecida pela fogosidade de Dona Mocinha (dona de um hotel local) e pelas fanfarrices financeiro-gastronômicas de Vitor Trovão, a atual inquilina do Palácio dos Leões passou por constrangimentos diante de um repórter.

De acordo com o jornalista John Cutrim, um repórter da Rede Vida questionou a governadora sobre a estrada fantasma que liga Coroatá a Vargem Grande, mas acabou sem uma resposta convincente.
Roseana Sarney cambaleou diante da indesejável pergunta, colocou a culpa nas precipitações celestiais, mas não conseguiu estabelecer uma data, mesmo que aproximada, para a entrega da obra que consta como conclusa e foi paga com recursos do BNDES.

Que Roseana Sarney faz promessas e depois enfrenta problemas para cumpri-las todos sabem, como é o caso dos hospitais prometidos no mandato anterior, mas o imbróglio atual já estaria nas mãos da polícia fosse o Brasil um país minimamente sério.

Em tempos outros, Lula, o lobista fugitivo, já teria subido no palanque e ofendido todos os integrantes do clã comandado pelo “imortal” José Sarney.
Como garante o dito popular, o tempo é o senhor da razão.

18 de abril de 2013
ucho.info

O VÍDEO EM QUE FELICIANO ATACA A IGREJA CATÓLICA E AINDA A LIBERDADE DE EXPRESSÃO

Mais um vídeo com uma performance do Pastor Marco Feliciano num culto está causando rebuliço. Antes que entre no mérito, algumas considerações prévias.

 
O Brasil, a começar da própria imprensa, o que é espantoso, lida mal com a liberdade de expressão e com a liberdade religiosa. Estepaiz, como diz o Apedeuta, precisa fazer um estágio na democracia americana e refletir profundamente sobre o sentido da Primeira Emenda, aquela que garante a liberdade de imprensa, a liberdade religiosa, a liberdade de expressão, o direito de apresentar petições contra o Estado e de livre associação para fins pacíficos.
 
O Congresso está impedido de criar legislação que restrinja esses direitos. No original: “Congress shall make no law respecting an establishment of religion, or prohibiting the free exercise thereof; or abridging the freedom of speech, or of the press; or the right of the people peaceably to assemble, and to petition the Government for a redress of grievances.”
 
É a mais sintética e abrangente definição que conheço do que é um regime democrático. Adiante.
 
O vídeo abaixo está circulando na rede. O pastor — não o deputado — Marco Feliciano, num culto, diz uma porção de asneiras sobre a Igreja Católica. Depois de afirmar que conhece “o Deus de Paulo” — numa referência ao apóstolo —, chama o catolicismo de “religião morta e fajuta”. Supõe-se, claro, que a “sua” igreja — que não é sinônimo de toda a Assembleia de Deus, seja “viva e verdadeira”… Então tá. O vídeo circula freneticamente por aí e provoca indignação.
 

 
É claro que ele diz um monte de absurdos, embora seja exagero afirmar que esteja acusando os católicos de cultores de satanás ou de prostituição, como está circulando por aí. E noto: ele não entendeu Paulo, como se atrapalhou também com a geografia da Bíblia…
 
Marcha dos idiotas

Alguns idiotas resolveram torrar a minha paciência. Um dos mais agressivos pergunta: “E agora, papa-hóstia (o “papa-hóstia” sou eu…), vai continuar a defender o pastor Feliciano?” Resposta: Não! Porque, de fato, NUNCA defendi Feliciano politicamente, teologicamente, moralmente — escolham aí o advérbio. Meus textos estão em arquivo. No primeiro que escrevi a respeito deste senhor, afirmei que:

– discordava dele em tudo;
– jamais votaria em alguém com seu perfil (poderia votar em evangélico, sim; nele, não!);
– jamais votaria nele para presidir comissão nenhuma;
– ele, como político e com essa projeção, era uma criação do PT, que abandonou a Comissão de Direitos Humanos em favor de outras mais, como dizer?, rentáveis.
 
E tenho dito também, desde o primeiro dia, que as opiniões políticas ou religiosas de Feliciano, enquanto estiverem protegidas pelos direitos garantidos pela Constituição, não autorizam ninguém a ir lá meter o pé na porta da Comissão de Direitos Humanos e Minorias para arrancá-lo à força. Aliás, noto: ainda que houvesse motivos para tanto, não caberia a hordas fazê-lo. O Brasil tem leis.
Sou católico, sim, e daí?

Sou católico, sim! É evidente que essas opiniões estúpidas de Feliciano, tomadas isoladamente, me ofendem. Mas reconheço o direito que ele tem de considerar a minha religião “morta e fajuta”, tanto quanto asseguro que o entendimento que ele tem de Deus é primitivo, desinformado, cretino, oportunista, circense. Pessoas como Feliciano, entre os evangélicos, são a absoluta minoria. Não vou usar a sua pregação irresponsável para generalizar: “Vejam como eles são!” Isso é mentira! Quando a marcha do orgulho gay fez chacota dos santos da Igreja Católica, foi o pastor Silas Malafaia o primeiro a reagir em defesa da instituição. E o fez com mais energia do que boa parte dos católicos que conheço.
 
Aliás, eis aí um caso interessante. A Constituição assegura a liberdade religiosa, como todos sabem. Será que os católicos, que são a maioria no Brasil, devem agora lutar por um PLC que puna particularmente as opiniões desairosas sobre os… católicos? Quantas leis teremos de fazer para, em tese, coibir a opinião dos idiotas?
Ao escolher esse caminho, também estaremos colocando em risco a liberdade dos sensatos, uma vez que se vão criar tribunais para arbitrar sobre a palavra.
 
Acho as opiniões de Feliciano detestáveis também nesse particular. E daí? Se me fosse dado fazer uma sugestão, creio que as próprias lideranças evangélicas deveriam lhe recomendar que contivesse a logolatria e a egolatria. Mas isso é problema deles, não meu.
 
Reproduzo, uma vez mais, as palavras do economista Walter Williams em entrevista à VEJA:“É fácil defender a liberdade de expressão quando as pessoas estão dizendo coisas que julgamos positivas e sensatas, mas nosso compromisso com a liberdade de expressão só é realmente posto à prova quando diante de pessoas que dizem coisas que consideramos absolutamente repulsivas”.
 
É nisso que acredito. “E se o sujeito sair por aí pregando a violência?” Aí não pode! Tem de ser severamente punido pela lei — e já existem leis para tanto.
 
Assim, os bobinhos podem tirar o cavalo da chuva. Não mudei uma vírgula do que penso sobre o caso Feliciano, agora que veio à luz esse novo vídeo e que ele considera a minha religião “morta e fajuta”.
Não! Eu não acho que líderes religiosos devam se manifestar dessa forma. Acho ética e moralmente detestável. Não! Eu não acho que católicos, agora, devam devolver na mesma moeda.
 
Eu não vou entrar nessa brincadeira perigosa de promover guerra de gays contra evangélicos, de evangélicos contra católicos, de católicos contra muçulmanos… E considero irresponsável a imprensa que compra essa pauta.
 
18 de abril de 2013
Reinaldo Azevedo

CONTARDO CALIGARIS: SÓ HÁ UM ARGUMENTO RACIONAL EM FAVOR DA MAIORIDADE PENAL AOS 18 ANOS. E NÃO É BOM!


O psicanalista Contardo Calligaris não é de direita.

O psicanalista Contardo Calligaris não é burro.

O psicanalista Contardo Calligaris não é reacionário.

O psicanalista Contardo Calligaris não é neoliberal.

O psicanalista Contardo Calligaris não é político.

O psicanalista Contardo Calligaris não gosta de masmorras.

O psicanalista Contardo Calligaris não quer fuzilar ninguém.
 
O psicanalista Contardo Calligaris, em suma, não integra a lista negra elaborada pela imprensa politicamente correta e moralmente fascistoide, que pretende interditar qualquer debate metendo um selo nas pessoas e nas ideias.
Contardo escreve hoje na Folhja um excelente artigo sobre a maioridade penal. Afirma:

“Por exemplo, sou a favor de baixar a maioridade penal, drasticamente, como acontece no Reino Unido, no Canadá, na Austrália, na Índia, nos Estados Unidos etc. — sendo que, na maioria desses lugares, o juiz tem a autonomia para decidir por qual crime um menor de 12 ou dez anos será, eventualmente, julgado como adulto.”
No dia 12 deste mês, escrevi aqui (em azul):

“(…) eu sou contra o estabelecimento de uma idade para a inimputabilidade; creio que se deve avaliar a consciência que o criminoso tem do seu ato (…)”
 
E tive de ouvir os ai-ai-ais e ui-ui-uis de uma gente que nem mesmo se ocupou de saber como as democracias mundo afora tratam essa questão. No primeiro texto que escrevi a respeito, citei justamente o caso da Inglaterra, lembrado por Contardo, e o tratamento dado por aquele país a dois indivíduos de 11 anos que sequestraram um bebê de dois num shopping, torturaram-no e depois o amarraram à linha do trem só para saber, disseram, como era corpo explodindo. No Brasil, com menos de 12 anos, nem mesmo ficariam internados na Fundação Casa.
 
Alguns tontos, que adoram simplificar o que os outros pensam porque assim podem se dispensar de pensar, imaginam que as críticas que faço a certo tipo de esquerda é principalmente conteudista — eu não gostaria do seu discurso em favor da justiça social. Que bobagem! A minha crítica se dirige principalmente à forma como essa gente interdita qualquer debate com uma mera etiqueta: “Isso é reacionário”. E pronto! A partir daí, parte-se para a desqualificação de “quem” fala e se ignora o “que” está sendo falado.
Seguem trechos do artigo de Contardo:
 
Na noite de terça-feira passada (dia 9), em São Paulo, Victor Hugo Deppman, estudante de 19 anos, foi assassinado. As câmeras mostram que ele entregou seu celular, e o assaltante o matou sem razão, com um tiro na cabeça.
 
O criminoso se entregou à polícia declarando que faltavam dois dias para ele completar 18 anos. Com isso, pelo ECA (Estatuto da Criança e do Adolescente), aos 20 anos e 11 meses no máximo, ele voltará a circular. A gente não pode nem deixar anotado o nome do assassino, para mantê-lo afastado de nossas vidas futuras: por ele ser menor, seu anonimato é preservado.
É assim que protegemos o futuro do criminoso, para que, uma vez regenerado pela mágica de três anos de internação (alguém acredita?), ele possa facilmente reintegrar a sociedade e ser um cidadão exemplar, nosso vizinho.
(…)

 Por exemplo, sou a favor de baixar a maioridade penal, drasticamente, como acontece no Reino Unido, no Canadá, na Austrália, na Índia, nos Estados Unidos etc. — sendo que, na maioria desses lugares, o juiz tem a autonomia para decidir por qual crime um menor de 12 ou dez anos será, eventualmente, julgado como adulto.
(…)

 3) Conheço só uma consideração racional a favor da maioridade penal aos 18 anos, e ela não é boa: o córtex pré-frontal (zona do cérebro que controla os impulsos) não está totalmente desenvolvido na infância e na adolescência.
Tudo bem, se aceitarmos essa consideração, deveríamos aumentar seriamente a maioridade penal, pois o córtex pré-frontal se desenvolve até os 25 anos ou além. Além disso, deveríamos julgar como menores todos os adultos impulsivos, que nunca desenvolveram um córtex pré-frontal “satisfatório”.
 
4) As outras “considerações racionais” (que deveriam prevalecer sobre o impacto das emoções) são apenas disfarces de emoções especificamente modernas que, à força de serem compartilhadas, se tornaram chavões ideológicos.
 
Três deles são corolários de nossa “infantolatria”, ou seja, da paixão narcisista que nos faz venerar crianças e jovens porque, graças a eles, esperamos continuar presentes no mundo depois de nossa morte.
 
Primeiro, queremos que as crianças nos apareçam como querubins felizes como nós nunca fomos e nunca seremos. Por isso, preferimos imaginar que os jovens sejam naturalmente bons. Quando eles forem maus, atribuímos a culpa à sociedade e a nós mesmos. Portanto, não podemos puni-los, mas devemos, isso sim, nos punir.
 
Tendo a pensar o contrário: as crianças podem ser simpáticas, mas são más (briguentas, possessivas, invejosas, mentirosas, ingratas etc.); às vezes, elas melhoram crescendo, ou seja, a cultura pode civilizá-las (ou piorá-las, claro).
 
Segundo, adoramos acreditar que sempre podemos mudar (para melhor, claro): apostamos que a liberdade do indivíduo permita qualquer reviravolta –até a salvação eterna pelo arrependimento na hora da morte. A possibilidade de os criminosos (ainda mais jovens) se redimirem confirma nossa crença querida.
(…)

 Meus amigos, “Les Misérables” é lindo e comovedor, mas é um romance, ok? Na outra noite, no bairro do Belém, teria sido melhor que aparecesse Javert.
 
18 de abril de 2013
Por Reinaldo Azevedo

MENSALÃO: DE COMPANHEIROS, A AMIGOS DO ALHEIO PÚBLICO...


Vira e mexe e lá vêm eles com a lengalenga de sempre, querendo a qualquer custo mostrar suas verdades sobre a nossa ainda recente história. Tanto é verdade, que desta vez criaram uma banca denominada de “Comissão da Verdade”, que coincidentemente é formada por companheiros afinadíssimos ideologicamente com suas causas. E foi criada com a clara intenção de investigar e expor tão somente as ações dos agentes da Lei na época dos governos militares e propositalmente deixar de fora, as ações de guerrilha praticadas por seus companheiros contra o Estado brasileiro, naquele mesmo episódio.
Doce ilusão, pois uma história que mostra apenas um dos lados, não merece crédito algum, já que impossibilita comparativos para um juízo equitativo sobre a realidade dos fatos. Mas pra quem acompanha mais atentamente suas ações sabe e muito bem, que o objetivo maior é mesmo desfazer e desacreditar quem lutou realmente pelo País e por seu povo. Ainda mais que as Forças Armadas lideram a lista das instituições mais confiáveis da população brasileira, segundo pesquisas, o que deve realmente incomodar e atrapalhar por demais seus planos.
Pois bem, estes abnegados companheiros, que se insurgiram à época contra o País através da guerrilha armada, que foram banidos daqui pelos militares, que viveram “exilados” noutros países (estudando nas melhores Universidades), agora estão de volta só que com outras estratégias, mas com os objetivos de sempre, ou seja, se tornarem os donos da verdade, do Poder, de nossas riquezas e ainda manipular conforme seus próprios interesses, o pobre povo brasileiro. E por sinal, fazem isso muito bem e diria até, com maestria.
E isto minha gente, é uma verdade que não necessita de “comissão” pra investigar e trazer a público, pois está explícito e a todo o momento surgem companheiros aqui e outros ali, envolvidos em algum tipo de falcatrua com o erário público. E a cada fato destes, logo brotam na mídia pesquisas demonstrado índices favoráveis de aprovação popular do governo em questão, assim como uma cortina de fumaça, visando sempre encobrir a realidade dos fatos e desviar a atenção dos menos esclarecidos. Surgem igualmente em suas defesas, belas palavras de companheiros que estão sempre afinadíssimos em seus discursos para que as tramoias jamais alcancem o “Cara” que nunca sabe de nada e que nada vê.
Mas tal e qual a raposa que de tanto ir ao ninho, um dia tinha que deixar o focinho, aconteceu! Foram vários e vários escândalos sempre terminados em pizzas e muitos resíduos destas, sendo jogados pra debaixo do tapete corporativo da companheirada e nada acontecia. Mas como diz o ditado: O que é do homem, o bicho não come, pois desta feita os fatos finalmente vieram à tona e deu no que deu.
O escândalo do "mensalão" chegou escancarando as entranhas lamacentas da corrupção que havia se instalado no seio do "Poder" em Brasília e como uma bomba, explodiu! E aí minha gente, não teve mais jeito! Foi companheiro saltando pra tudo quanto é lado. Foi como jogar sujidade no ventilador, um furdunço só!
Já o STF foi mais uma vez implacável em sua missão constitucional de julgar a todos os denunciados e assim absolveu alguns, mas acertadamente condenou a maioria dos envolvidos no maior esquema de corrupção, antes nunca visto na história deste País.
Este episódio, portanto serviu para deixar bem mais cristalina suas intenções aos olhos da população brasileira e do mundo, mostrando de fato a que vieram os velhos companheiros de sempre. Companheiros estes que, sem pestanejar, se achando os intocáveis amigos do "rei" e até mesmo os próprios donos da situação, sorrateiramente formaram suas quadrilhas, não estas de festas juninas, mas organizações prontas pra dar o bote no alheio público. Só que os companheiros que nunca haviam comido melado, foram com tanta sede ao pote, que se lambuzaram tudo... Jefferson felizmente deu com a língua nos dentes, pra azar deles e sorte dos demais brasileiros.
No entanto, como não se pode tirar leite de pedras, quem esperava algo diferente da companheirada, ficou mais uma vez só na esperança e incrédulos assistiram algumas de suas figurinhas carimbadas passarem de companheiros, a amigos do alheio público…
Mas que barbaridade!

18 de abril de 2013
Walter Luiz Ferreira – Técnico em Segurança Pública

O BOLÍVAR-DE-HOSPÍCIO

Como todos os chefes de seita que infestam o subcontinente, o bolívar-de-hospício logo será apenas uma má lembrança


Ditador da Argentina no começo dos anos 80, o general Leopoldo Galtieri apreciava uísque e cinema. Viu o filme que conta a história do general George Patton e, embalado por algumas doses de bom tamanho, achou-se muito parecido com o impetuoso militar americano. Meio litro depois, resolveu retomar da Inglaterra, à bala, as Ilhas que os ingleses chamam de Falkland e os argentinos de Malvinas. Galtieri descobriu tarde demais que não tinha nada em comum com Patton. Era fisicamente parecido com o ator George C. Scott, que encarnou no cinema o general de verdade.

Quem acreditou que venceria os exércitos ingleses, portanto, não foi um sargentão argentino. Foi um herói da Segunda Guerra. Essa divertida teoria do jornalista Elio Gaspari é a melhor explicação para a Guerra das Malvinas. Pode ser útil aos interessados em decifrar outras maluquices sul-americanas. O venezuelano Hugo Chávez, por exemplo, nomeou-se “herdeiro político de Simón Bolívar” tão logo chegou ao poder em 1999. Mais um pouco e pôs na cabeça que era uma cópia melhorada do original.

Bolívar, ao menos em tese, prezava a liberdade e a democracia. Chávez foi mais um tiranete obcecado pelo mando ilimitado e perpétuo. El Libertador exibia um refinamento cultural que contrasta penosamente com a indigência intelectual do coronel com alma de sargentão.
Bolivar liderou guerras de libertação que expulsaram os colonizadores de boa parte do subcontinente. Chávez passou a vida travando combates imaginários com o imperialismo ianque. Na segunda década do século 21, continuava alistado na Guerra Fria.

Recorrendo a chuvas de petrodólares, domesticou milhões de eleitores sempre dispostos a reverenciar gigolôs da miséria, e transformou em parceiros obedientes o Brasil de Lula e Dilma, a Argentina de Cristina Kirchner, a Bolívia de Evo Morales, o Equador de Rafael Correa, a Cuba dos Irmãos Castro e outras esquisitices cucarachas.
Foi por ordem de Chávez, como registra o post de agosto de 2009 reproduzido na seção Vale Reprise, que as Farc acabaram promovidas a “organização beligerante” por um Lincoln de galinheiro, uma doutora em nada, uma viúva-de-tango, um lhama-de-franja e um ditador-de-adidas.

Coerentemente, o personagem de Garcia Márquez que se materializou num mundo surreal morreu jurando implantar ─ primeiro na América do Sul, depois no restante do planeta ─ o “socialismo do século 21″.
Nem o criador soube explicar que criatura era essa. “O socialismo do século 21 é a grande arma para evitar a contaminação do imperialismo e do neoliberalismo”, recitava. Algum parentesco com o pesadelo soterrado pelos escombros do Muro de Berlim? “Não tem nada a ver com o socialismo adotado pela antiga União Soviética”, despistava.

A expressão grandiloquente, vista de perto, é apenas um codinome do chavismo. E o chavismo é só mais uma entre as incontáveis seitas populistas que infestam a América Latina desde a chegada dos navegantes europeus. Como todos os fenômenos do gênero, o chavismo nunca se apoiou num conjunto de ideias, mas nos interesses do chefe. Como todos os rebanhos, não sobreviverá ao sumiço do único pastor. Como todas as outras, a seita talvez agonize alguns anos, mas começou a morrer com a morte do chefe supremo.

Como tantos demagogos populistas, Hugo Chávez se julgava imortal. Logo será apenas uma má lembrança. Merecidamente ou não, Simón Bolívar segue vivo no imaginário popular sul-americano desde o século 19. Daqui a alguns anos, o bolívar-de-hospício estará reduzido a um asterisco nos livros que contam a história da Venezuela. Ou nem isso.   (05 de março de 2013)

18 de abril de 2013
Augusto Nunes