"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 13 de abril de 2013

O BRASIL REAL!

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INFLAÇÃO SALGA ALIMENTOS BÁSICOS COMO FARINHA DE MANDIOCA E FEIJÃO

Na casa do aposentado Luiz Carlos da Fonseca, 58, só ele vai ao supermercado. A cada mês, diz, compra a mesma lista de produtos. Mas os gastos aumentam, e a culpa, na sua percepção, é dos preços dos alimentos.
"Há um ano, fazia a compra do mês com R$ 450. A despesa foi subindo cada vez mais, e, no mês passado, cheguei a gastar R$ 700."
O ex-garagista, pai de quatro filhos e morador do subúrbio carioca de Del Castilho, controla todo o orçamento da família.
"Minha mulher é muito gastona", justifica.

Fonseca sentiu no bolso a alta persistente dos alimentos desde o fim do ano passado, intensificada neste primeiro trimestre quando a alimentação no domicílio subiu 5,58%, quase o triplo da inflação média pelo IPCA no período (1,94%).

A Folha fez um levantamento com os 146 produtos alimentícios pesquisados pelo IBGE em 11 capitais e regiões metropolitanas do país e constatou que 117 deles, ou 80%, ficaram mais caros no trimestre passado.

E os reajustes não foram nada modestos:
5 produtos tiveram alta maior do que 50%,
13 tiveram reajuste maior que 20%
e 33 superaram 10%.
Só 29 ficaram mais baratos.

William Mur/Editoria de Arte/Folhapress

No topo da lista, aparecem hortaliças e frutas como
tomate (o campeão, com 60,9%),
repolho (58,15%),
açaí (55,66%), cebola (54,88%)
e cenoura(53,3%).

Outros aumentos de destaque são de produtos típicos e básicos do prato do brasileiro, como batata (38,11%), farinha de mandioca (35,18%), feijão-carioca (22,85%) e mandioca (22,18%).

SEM FARINHA
Fonseca, adepto do hábito de anotar todas as despesas, reparou nos preços mais altos. "Eu pagava menos de R$ 2 pelo quilo da farinha de mandioca, que não faltava lá em casa. No mês passado, estava a R$ 7. Simplesmente não comprei."

O aposentado diz ainda que, diante do preço salgado do tomate (R$ 9 o quilo), levou só três frutos.

Segundo Priscila Godoy, economista da Rosenberg & Associados, o clima desfavorável e as quebras de safra explicam os reajustes. Pesou ainda, afirma, o custo maior dos fretes com a nova lei que determina a troca de motoristas em viagens longas e os dois aumentos recentes do preço do diesel.

Um pequeno alívio veio de alguns produtos da cesta básica, que já vinham em queda e mantiveram a tendência após a desoneração promovida pelo governo no início de março. "Não sentimos ainda nenhum impacto da queda dos preços dos produtos desonerados."

Entre os itens que tiveram isenção tributária estão o arroz e as carnes, cujos preços caíram 2,28% e 0,62%, respectivamente, no primeiro trimestre. Ambos integram a refeição básica do brasileiro.

Angela Maria Ribeiro, dona de casa, diz que nos supermercados da zona oeste do Rio, onde mora com a família, os preços subiram antes da medida do governo de cortar tributos da cesta básica.
"Tudo ficou mais caro. O arroz, o açúcar e o óleo de soja. Quando veio o desconto, os preçosficaram na mesma."

A expectativa de analistas é que, a partir de maio, comece a haver redução do preço dos alimentos.

Variação de preços de todos os itens de alimentação no domicílio no acumulado do primeiro trimestre, em %

Tomate 60,9
Repolho 58,15
Açaí (emulsão) 55,66
Cebola 54,88
Cenoura 53,3
Batata-inglesa 38,11
Farinha de mandioca 35,18
Inhame 33,28
Anchova 27,74
Coentro 25,62
Feijão - carioca (rajado) 22,85
Mandioca (aipim) 22,18
Feijão - macassar (fradinho) 21,47
Laranja - pera 19,44
Banana - prata 18
Mandioquinha (batata-baroa) 17,98
Banana-da-terra 17,77
Alface 16,59
Abóbora 16,11
Couve 15,95
Goiaba 14,08
Maracujá 13,36
Brócolis 13
Ovo de galinha 12,13
Farinha de trigo 12,02
Morango 11,93
Frango em pedaços 11,48
Tilápia 11,44
Abacaxi 10,83
Manga 10,71
Ervilha em conserva 10,51
Couve-flor 10,24
Feijão - mulatinho 10,22
Cheiro-verde 9,97
Pão de forma 9,21
Cação 9,11
Patê 9,09
Corvina (peixe) 8,42
Dourada (peixe) 8,05
Presunto 7,62
Azeite de oliva 7,56
Atum em conserva 7,34
Vermelho (peixe) 7,31
Frango inteiro 7,07
Melancia 7,02
Manteiga 6,15
Macarrão 6,12
Cavalinha (peixe) 5,97
Doce de frutas em pasta 5,82
Merluza (peixe) 5,67
Tangerina 5,58
Leite de coco 5,58
Hambúrger 5,4
Farinha vitaminada 5,21
Milho-verde em conserva 5,17
Bolo 4,8
Coco ralado 4,79
Salame 4,74
Feijão - preto 4,72
Massa semipreparada 4,63
Sardinha em conserva 4,51
Biscoito 4,46
Café solúvel 4,41
Salsicha em conserva 4,38
Pão doce 4,29
Pescada 4,28
Atomatado (molho de tomate) 4,23
Quiabo 4,21
Salmão 4,21
Pão francês 3,87
Farinha de arroz 3,81
Salsicha 3,28
Chocolate e achocolatado em pó 3,26
Carne de porco salgada e defumada 3,21
Sal e condimentos 3,15
Margarina 3,11
Amido de milho 3,09
Leite condensado 3,06
Pão de queijo 3,03
Queijo 3,01
Tempero misto 2,91
Azeitona 2,86
Pepino em conserva 2,84
Leite em pó 2,78
Fermento 2,75
Balas 2,7
Palmito em conserva 2,67
Maionese 2,63
Iogurte e bebidas lácteas 2,59
Fubá de milho 2,58
Alho 2,5
Leite longa vida 2,49
Camarão 2,48
Chá 2,27
Carne de porco 2,07
Peito (corte de carne bovina) 2,05
Carne de carneiro 1,99
Mortadela 1,97
Refrigerante e água mineral 1,96
Caldo concentrado 1,83
Uva 1,83
Sopa desidratada 1,8
Laranja - baía 1,7
Sorvete 1,69
Carne em conserva 1,27
Vinagre 1,27
Linguiça 1,26
Outras bebidas alcoólicas 1,23
Suco de frutas 1,17
Banana - d'agua 1,15
Banana - maçã 0,49
Café moído 0,49
Cerveja 0,31
Caranguejo 0,26
Flocos de milho 0,25
Carne-seca e de sol 0,24
Mamão 0,03
Sal -0,03
Contrafilé -0,08
Maçã -0,12
Pá (corte de carne bovina) -0,26
Costela (corte de carne bovina) -0,54
Alcatra (corte de carne bovina) -0,68
Lagarto redondo (corte de carne bovina) -0,8
Chocolate em barra e bombom -0,86
Cavala (peixe) -0,87
Fígado -1,14
Chã de dentro (corte de carne bovina) -1,15
Acém -1,3
Lagarto comum (corte de carne bovina) -1,33
Patinho (corte de carne bovina) -1,48
Castanha -1,57
Creme de leite -1,89
Músculo -2,11
Arroz -2,28
Pera -2,36
Óleo de soja -2,66
Sardinha -2,83
Tucunaré (peixe) -2,97
Açúcar cristal -3,87
Açúcar refinado -4,77
Filé-mignon -4,81
Serra (peixe) -5,57
Limão -8,14
Pimentão -17,57
Abacate -21,31

SERRA FALA EM FORTALECER A OPOSIÇÃO E ATACA DILMA

 
Tarja Eleições 2014
Em evento do PPS, o tucano José Serra afirmou nesta sexta-feira que trabalhará para fortalecer a oposição contra a candidatura à reeleição da presidente Dilma Rousseff no próximo ano. ”A nossa responsabilidade é muito grande, a responsabilidade de estarmos juntos aqui, porque juntos precisamos encontrar uma alternativa”, disse.
O ex-governador deixou no ar a possibilidade de a oposição lançar mais de um nome na disputa. “Não sei se unindo tudo em torno de uma candidatura ou se tendo várias candidaturas. Tendo até a achar que a segunda hipótese é a mais plausível, é a melhor”, afirmou.
Questionado diretamente por jornalistas se ele seria um dos candidatos da oposição, Serra desconversou: “Não significa que eu esteja me colocando [na disputa]“. Líderes do PPS, que negociam o fortalecimento do partido por meio de uma fusão com o PMN, já ofereceram legenda ao ex-governador e defendem que ele volte a concorrer ao Palácio do Planalto em 2014.
Nesta quinta, o também tucano Aécio Neves compareceu à convenção do PPS, fez um discursode pré-candidato à Presidência da República e anunciou que assumirá o comando do PSDB. Questionado sobre disputas internas no passado, Serra afirmou que “está zerado” com Aécio e que apoiará a escolha do senador mineiro para chefiar o partido.
Serra também disparou críticas à gestão de Dilma Rousseff e afirmou que o próximo presidente do Brasil “vai encontrar o país no chão”. “Nós vamos encontrar um país no chão, imagine ainda se tem reeleição. Vai ser abaixo do nível do chão”, disse. O tucano também atacou o PT: “É um grupo que capturou o poder do Brasil. Esse grupo não aceita a independência de poderes, não aceita a imprensa livre”.
Veja
(Marcela Mattos, de Brasília)
13 de abril de 2013

NÚMERO DE JOVENS QUE RESPONDEM POR CRIMES E CONTRAVENÇÕES AVANÇA 67% EM 10 ANOS

Só SP recebe 40 novos processos envolvendo menores por dia; em 2012, 3 de cada 4 unidades da Fundação Casa estavam superlotadas
 
Em dez anos, o número de adolescentes internados por atos infracionais cresceu 67% – passou de 5.385 no fim de 2002 para 9.016 no início deste mês. Por dia, chegam às Varas da Infância e Juventude 40 casos envolvendo menores, em média. Isso somente em São Paulo, onde já há falta de vagas na Fundação Casa – que tem capacidade para abrigar 8,7 mil jovens infratores.
 
O número de casos que passam pela Promotoria da Infância e Juventude – que não resultam, necessariamente, na adoção de medidas socioeducativas – subiu 78% nos últimos 12 anos, segundo o promotor Thales Cesar de Oliveira. Em 2012, 14.434 processos passaram pela Vara da Infância. Em 2000, eram 8.100. Os casos envolvem desde agressões verbais contra professores e furtos até tráfico e homicídios.

A discussão sobre o que fazer com os jovens infratores – juridicamente "em conflito com a lei" – avançou na última semana após a morte do universitário Victor Hugo Deppman, de 19 anos. O suspeito de matá-lo, um jovem que completou 18 anos na sexta-feira, já tinha passagem pela Fundação Casa.

Como reação, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), deve ir pessoalmente a Brasília nesta semana para entregar um projeto que pune com mais rigor jovens que cometerem delitos graves, alterando o Estatuto da Criança e do Adolescente. Alckmin sugere que o prazo de detenção seja maior – ele pretende aumentar o prazo de três anos para oito ou até dez anos (reincidentes). O governador também quer que, ao completar 18 anos, o adolescente seja encaminhado para o sistema prisional. 

Lotação

Seria uma forma também de reduzir a superlotação da Fundação Casa – um em cada cinco internos, incluindo o jovem apreendido nesta semana no Brás, tem 18 anos ou mais. Dados obtidos pelo Estado, por meio da Lei de Acesso à Informação, mostram que, em dezembro de 2012, três em cada quatro unidades da Fundação Casa abrigavam mais adolescentes do que sua capacidade original. Apenas 30 dos 143 equipamentos tinham lugares ociosos.
 
O principal motivo para a lotação é o grande aumento no número de internações de menores por tráfico de drogas, principalmente no interior paulista. "Isso já está bem claro. Há um excesso de condenação por tráfico no interior, mesmo com jurisprudência dos tribunais superiores de que a internação de menores por tráfico só deve ser feita em caso de reincidência, descumprimento de medida socioeducativa ou emprego de violência", afirma a presidente da fundação, Berenice Giannella.

Vagas

Apesar do aumento de quase 30% no número de vagas na Fundação Casa desde 2006, há unidades funcionando com até 50% mais adolescentes do que o previsto. É o caso de uma unidade de semiliberdade na zona leste da capital ou de uma de internação na região de Campinas – a regional com maior índice de lotação em todo o sistema, com 12% a mais de internos do que vagas, na média.

Mesmo assim o advogado Ariel de Castro Alves, vice-presidente da Comissão Nacional da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ressalta que houve um grande avanço nas condições de atendimento a adolescentes infratores após a criação da Fundação Casa, em 2006. "Mas existe a postura no Judiciário de que, quanto mais vaga houver, mais eles vão encaminhar menores."

Segundo ele, um dos aspectos negativos do excesso de internações é o aumento da insatisfação dos adolescentes. "Isso causa tumultos e até rebeliões", disse. O presidente do sindicato dos trabalhadores da Fundação Casa, Júlio Alves, concorda. "Há funcionários para atender só até a capacidade da unidade."

Já a presidente da Fundação Casa afirma que 600 novos funcionários deverão ser contratados em breve. "E a maioria das unidades tem algo como 60 adolescentes, e 15% a mais disso são só 9 menores a mais. Isso não faz diferença", ressaltou Berenice.

Veja a evolução das internações ano a ano:

2002 - 5.385
2003 - 6.246
2004 - 6.133
2005 - 5.944
2006 - 5.160
2007 - 5.404
2008 - 5.401
2009 - 6.506
2010 - 7.090
2011 - 7.892
2012 - 8.758
2013 (abril) - 9.016

13 de abril de 2013
Rodrigo Burgarelli e Tiago Dantas - O Estado de S.Paulo

O FUTURO DO PASSADO

 

Amanhã a Venezuela contrata um futuro difícil, qualquer que seja o resultado da eleição. O mais provável é a vitória de Nicolás Maduro para um novo período presidencial chavista. É o resultado da manipulação da emoção da morte do líder Hugo Chávez ao ponto do desatino. Ele foi apresentado como divindade. A oposição não teria, se ganhasse, a capacidade de suturar o tecido social do país.
A Venezuela vive uma divisão que só aumentou depois da morte de Hugo Chávez. Vem de erros políticos históricos, mas piorou pelo estilo de liderança escolhido por Chávez. Ele não fez a revolução que prometeu, mas aprofundou a clivagem entre os pobres, que são a clientela das suas políticas sociais paternalistas, e a classe média e elite do país.

O eleito terá que enfrentar um espantoso crescimento da criminalidade do país, que faz com que a Venezuela tenha se tornado um dos campeões na estatística de homicídios por 100 mil habitantes.
A leniência com que Chávez tratou essa questão foi apenas um dos sintomas da sua inabilidade para as ações administrativas. Chávez dedicava seu tempo às ações de mobilização, como se estivesse eternamente em campanha.

Além disso, terá de enfrentar uma conjuntura econômica de inflação crescente. Já era alta e ainda está sendo elevada como efeito da forte desvalorização cambial.
O desabastecimento que sempre houve no governo chavista, em alguns produtos, tem incomodado mais os consumidores.
Nem a inflação, nem o desabastecimento devem melhorar a curto prazo. O país perdeu o melhor do boom do preço do petróleo que ocorreu durante os 14 anos de governo Hugo Chávez.

Maduro usou tudo o que pôde usar, ao arrepio das instituições, para se eleger. A Constituição estabelece que é o presidente da Assembleia que deve governar neste período até a eleição. Mas ele é que foi empossado. Assim, ficou no lugar privilegiado para a campanha, concedendo aumentos salariais e outras benesses no meio da disputa eleitoral. A institucionalização democrática é outro desafio que a Venezuela está longe de enfrentar. Lá, vale a máxima: se a regra não favorecer o grupo chavista é desrespeitada.

Se a oposição vencer —o que não é o mais provável — dificilmente terá resposta para tudo isso e para controlar as Forças Armadas, que hoje tutelam o governo chavista e querem mantê-lo no poder. Nos últimos dias, o candidato Henrique Capriles demonstrou força política e reduziu a diferença nas intenções de voto. Mas não o suficiente.

É muito difícil que o chavismo permaneça unido sem Chávez. Ficará nos primeiros tempos. Nos próximos anos vai se fracionar nas brigas internas para testar a liderança ainda incipiente de Nicolás Maduro. Nada será como antes, Maduro não é Chávez. Passado o período inicial, da força que vem das urnas, ele terá que acomodar os vários grupos de interesse no consórcio do poder para continuar governando.

A imprensa independente foi calada ou os grupos venderam as empresas, o que torna o debate político no país empobrecido para a dimensão dos desafios que o espera a partir de segunda-feira, quando um novo presidente estará oficialmente eleito.

Durante a campanha, Nicolás Maduro disse aos eleitores que se for para fazer “a vontade do nosso comandante”, os venezuelanos teriam que aprofundar as relações estratégicas com a China. O país tem emprestado muito dinheiro para a Venezuela, é natural que ele se volte para lá.

O que não é natural é o Brasil continuar acreditando que haverá um bloco chamado Mercosul no qual a Venezuela entra para fortalecer. O país vizinho tem emergências que o Mercosul não consegue atender.

13 de abril de 2013
Miriam Leitão, O Globo

A DESLAVADA MENTIRA DA PRESIDANTA


Dilma afirma que governo retirou 22 milhões de pessoas da extrema pobreza

A presidenta Dilma Rousseff disse nesta sexta (12) que o seu governo “'completou um ciclo” ao retirar 22 milhões de brasileiros da extrema pobreza.
 


Completamos o ciclo de superar a pobreza extrema, com a decisão de estender para todo o cadastro do Bolsa Família o pagamento do benefício de R$ 70 por pessoa”, disse.
 
Segundo ela, existem dois caminhos para superar a pobreza: renda e educação.A gente tem dois caminhos para superar a pobreza: um é a renda, dar acesso ao emprego, garantir um salário. O outro é educação, educação e mais educação”, explicou.
 
Fonte: Claudio Humberto
 
COMENTÁRIO:
transcrevo alguns comentários a respeito da matéria, colhidos na mesma fonte
 
1. Brasil atrás da Etiópia no ensino de matemática
 
É vergonhoso constatar o que segue. Um relatório do Fórum Econômico Mundial aponta o Brasil como um dos piores países no ensino de matemática e ciências. Estamos abaixo de Venezuela, Colômbia, Camboja e Etiópia. Entre 144 países avaliados ficamos em 132º. Nosso sistema educacional é um dos piores do mundo, nos deixando aquém de Etiópia, Gana, Índia e Cazaquistão, ficando com o 116º lugar. Descemos alguns patamares desde 2012 onde éramos classificados como 127ª e 115ª posições, respectivamente, nos indicadores acima. Isso graças aos "gênios" da vigarice e das mentiras oficiais, que assumiram o Brasil em 2003. Essas "conquistas" deveriam ser enaltecidas por eles em suas campanhas eleitorais cretinas e fajutas que faz com que imbecis tornem-se propagandistas dessa escória desgraçada. Viva o PT e seu dono!
 
Lourinaldo Teles Bezerra
 
2. A cantilena do bolsa família
 
Afirma mais uma vez a presidente Dilma que retirou 22 milhões de brasileiros da extrema pobreza. E que só existem dois caminhos para isso: primeiro, dar acesso ao emprego e garantir um salário; segundo, dar educação e mais educação. O problema é que ela não fez nem uma coisa nem outra. Tem alguém saindo do bolsa miséria porque arranjou emprego? Essa esmola, que vicia, melhora a vida de alguém? Quanto à educação, tudo como dantes no quartel de Abrantes. Falta de professores, falta de estrutura, falta de merenda. Ou seja, é uma verdadeira fartura, farta tudo.
 
Alberto de Sousa Bezerril
 
3. R$ 70,00 tiram realmente alguém da miséria?
 
O ventríloquo e vendedor de ilusões João Santana, Ministro das Eleições, voltou a falar besteira usando sua boneca. Segundo a Senhora, duas coisas tiram as pessoas da pobreza: Renda e Educação. A boneca do ventríloquo, quer que acreditemos na tese de que, retirou 22 milhões de pessoas da extrema pobreza, simplesmente doando a cada cidadão, o valor mensal de R$70,00. Com relação a Educação, seu governo é uma tragédia, nossos estudantes continuam na ignorância extrema. Não sei por que razão, esta Senhora, insiste em chamar o bolsa miséria de renda, quando esta, não é fruto do trabalho, isso é esmola. Senhores petistas, o que faz um ser humano mudar de estratificação social, é desenvolvimento econômico. Façam o país se desenvolver, sem roubalheira. Chega, vocês já estão ricos.
 
Adson Sena
 
13 de abril de 2013
 

TJ-SP NEGA INDENIZAÇÃO A COLLOR EM AÇÃO CONTRA A VEJA




Eu não sou maluco!

 
 
Consultor Jurídico
 
Por unanimidade, a 5ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmousentença que negou ao senador Fernando Collor (PTB-AL) indenização em ação contra a revistaVeja. O senador e ex-presidente da República reclamou de textos escritos por Augusto Nunes, colunista da revista, em seu blog. Collor alegava dano moral, mas o TJ entendeu que a revista, representada pelos advogados Alexandre Fidalgo e Ana Fuliaro, do EGSF Advogados, agiu dentro do seu direito de liberdade de expressão e crítica.
O senador, defendido pelo advogado José Domingos Teixeira Neto, reclamou de textos que o acusam de ter gastado R$ 70 milhões, em um mês, em verbas indenizatórias distribuídas pelo Senado como ressarcimento de custos e que argumentaram que o país piorou por causa dele. Um trecho de um deles diz que Collor faz parte da “bancada do cangaço” no Senado.
Outro texto fala que o senador “torrou” R$ 30,8 mil em alimentação e combustível, e completa: “Os que conhecem a biografia do ex-presidente não enxergam nada de novo. O que andou fazendo o parlamentar do PTB só comprova que Collor continua o mesmo”.
Ambos os lados fizeram sustentação oral no caso. Por Collor, José Domingos Teixeira Neto foi quem falou. A sustentação oral em defesa da Veja e de Augusto Nunes ficou por conta de Alexandre Fidalgo.
Mas o TJ entendeu que “foram divulgados fatos de interesse público, não restando configurado dolo ou culpa em ofensa à honra do autor”. “Ressalte-se que a liberdade de comunicação, independente de censura ou licença, é direito constitucional limitado apenas pelo respeito à intimidade, à vida privada, à honra e à imagem das pessoas, sendo certo que o conteúdo das matérias veiculadas não diz respeito à vida privada do autor, tendo ocorrido divulgação segundo o interesse comum. Assim, é de se afastar a pretensão do autor por ausente ânimo difamatório ou caluniador”, diz o acórdão.
A decisão, unânime, e de relatoria do desembargador Moreira Viegas, pondera que Collor é um político e, portanto, uma pessoa pública. Fazer comentários ao seu trabalho, no entendimento de Viegas, não fere sua honra ou esfera particular.“Não há dúvida de que o político, em geral, tem seu espaço à intimidade mais reduzido, bem como é maior a sua resistência a críticas e conceitos desfavoráveis.”
“É cediço que o direito de crítica a fato determinado é a princípio lícito e constitui atividade dos órgãos de imprensa, sendo evidente que devem ser observados limites para tais críticas, os quais devem englobar a veracidade das imputações e o interesse público. No caso dos autos, as matérias veiculadas no blog do apelado não podem ser tidas como fonte de abusos ante a existência de nítido interesse social, permeado pelo interesse público, sem interferir na esfera de direitos de terceiros”, discorre o acórdão.
Confirmação
 

A decisão do TJ, desta quarta-feira (10/4), confirmou o que já havia sido decidido pela primeira instância. O juiz Eduardo Palma Pellegrinelli, da 5ª Vara Cível de São Paulo, afirmou, em novembro de 2012, que se as informações divulgadas pela imprensa retratam fatos verídicos, a intimidade, honra e imagem não são violados.
 

De acordo com o juiz, “as três matérias jornalísticas veiculadas pelos réus são decorrência do exercício regular da liberdade de imprensa, sem que tenha havido violação à intimidade, à privacidade, à honra e à imagem”. Pellegrini concluiu observando que “o autor foi presidente da República e atualmente é Senador da República. Assim, seu comportamento é de especial interesse público, principalmente quando diretamente relacionado com o exercício da função pública, como ocorre no caso”. Consultor Jurídico
Clique aqui para ler o acórdão.
13 de abril de 2013
Pedro Canário

AS OSSADAS DO CEMITÉRIO DE PERUS

 
          Artigos - Movimento Revolucionário 
Todos os anos, a grande mídia serve de caixa de ressonância ao embuste e à desinformação esquerdista, requentando matéria antiga sobre ossadas de terroristas que teriam se perdido no Araguaia e em Perus.

As ossadas e as valas comuns de nossos amigos são mais caras aos nossos sentimentos do que a de nossos inimigos, e por isso devem ser pranteadas com rios de lágrimas.

Um exemplo desse maniqueísmo pode ser exemplificado por Dom Paulo Evaristo Arns, que, todos os anos, no dia de Finados, reza uma missa pelas “ossadas de Perus”, em São Paulo, um cemitério que conteria restos mortais clandestinos de terroristas e militantes de esquerda que infernizaram o Brasil nas décadas de 1960 e 70.

Não consta que o distinto cardeal, que é barriga-verde como eu, tenha rezado missa pela alma do soldado Mário Kozel Filho, explodido pelo grupo terrorista de Dilma Rousseff (VAR-Palmares) numa guarita de um quartel do Exército, em São Paulo, em 1968. Nem que tenha rezado pelo tenente da PM paulista, Alberto Mendes Júnior, torturado até a morte, em 1970, com coronhadas de fuzil na cabeça, a mando de Carlos Lamarca.

“A palavra ossadas tem algo de aterrador e foi muito utilizada, embora não signifique mais do que vala comum. (...) O que é importante é que basta mostrar na televisão um pedaço de terra revolvida de fresco e anunciar que talvez ali haja um número arbitrário X de cadáveres para que na cabeça do telespectador fique, em vez do ‘talvez’, o número X, que ele, aliás, tenderá a aumentar quando falar da emissão televisiva com os amigos” (VOLKOFF, 2004: 168). (*)

Durante o II Fórum Social Mundial, em 2002, em Porto Alegre, foi proibida a apresentação de fotos e vídeo das famosas ossadas dos cambojanos assassinados pelo líder do Khmer Vermelho, Pol Pot. Enquanto isso, “procuradores de ossos”, capitaneados pelo advogado petista Eduardo Greenhalgh (que ficou milionário defendendo “perseguidos políticos”), tentam localizar as ossadas de guerrilheiros do PC do B mortos na Guerrilha do Araguaia, não para dar um enterro digno às vítimas, mas apenas para praticar mais um ato de revanchismo contra as Forças Armadas que derrotaram a Peste Vermelha e, assim, manter o assunto ad aeternum na imprensa, pois as "ossadas de ouro" dificilmente poderão ser encontradas na selva, mesmo revolvendo todo o terreno do Pará e do Tocantins.

Todos os anos, a grande mídia serve de caixa de ressonância ao embuste e à desinformação esquerdista, requentando matéria antiga sobre ossadas de terroristas que teriam se perdido no Araguaia e em Perus. Na verdade, muitas das ossadas de Perus pertencem a indigentes, ainda não identificados.

Em tese, pode até ocorrer a identificação de algum terrorista enterrado em Perus, não clandestinamente, como mente a esquerda, mas com o nome falso que portava em sua identidade quando foi morto em confronto com a polícia ou simplesmente “justiçado” pelos próprios companheiros.

A repetida “terra revolvida de fresco”, tanto no Araguaia, quanto em Perus, faz esquecer as ossadas de Pol Pot (veja Museu do Genocídio Tuol Sleng - http://pt.wikipedia.org/wiki/Tuol_Sleng), o Massacre de Katyn

(http://www.usinadeletras.com.br/exibelotexto.php?cod=12532&cat=Ensaios) e a Estrada de Ossos da antiga União Soviética (http://textozon.com/conteudo/artigo-4872.html).

“O número de enterrados tem variado de milhares ou de centenas até a umas poucas dezenas de ‘assassinados’. O Correio Braziliense, de 20/12/02, publicou em seu caderno Coisas da vida, que pesquisadores brasileiros e ingleses começarão a examinar os ‘corpos de 1.200 desaparecidos durante a ditadura militar’ que estão sepultados no cemitério de Perus. O Grupo Tortura Nunca Mais diz que são 184 os mortos e 136 os desaparecidos na ‘luta contra a ditadura’. Desses 136 desaparecidos, 53 teriam sido durante a guerrilha do Araguaia, em plena floresta amazônica. Portanto, restariam 83 corpos de desaparecidos para o restante do Brasil, inclusive para o cemitério de Perus que, por sinal, nunca foi clandestino. (...) Quando Luiza Erundina era prefeita de São Paulo iniciou a campanha para encontrar os ‘desaparecidos da ditadura no cemitério clandestino de Perus’. Os jornais da época noticiavam em primeira página e as TV em seus noticiários, o encontro de milhares de ossadas de desaparecidos e mostravam ossadas e mais ossadas sendo desenterradas para serem entregues aos legistas da Unicamp, que iriam identificá-las. Ninguém foi identificado, mas os desmentidos nunca foram feitos. (...) A mídia e os escribas de aluguel, porém, nunca se preocuparam em dizer que o famoso ‘cemitério clandestino’ não passava de valas comuns, onde eram enterrados os indigentes e, também, os corpos daqueles para quem as famílias não renovavam o aluguel das covas ou dos jazigos onde foram sepultados. Essas ossadas, na realidade, são muitas e com o acúmulo dos anos podem ter chegado aos milhares”

(General-de-Divisão Raymundo Maximiano Negrão Torres - História Oral do Exército, 1964, Tomo 14, pg. 84-5). (**)


Maiores informações sobre o assunto podem ser obtidas acessando o ORVIL (http://www.averdadesufocada.com/images/orvil/orvil_completo.pdf) e o texto de Joseita Ustra, A vala do Cemitério de Perus (http://www.averdadesufocada.com/index.php/revanchismo-especial-98/8380-110413-a-vala-do-cemiterio-de-perus).
 
13 de abril de 2013
Félix Maier

Referências:

(*) VOLKOFF, Vladimir. Pequena História da Desinformação - do Cavalo de Troia à Internet. Editora Vila do Príncipe Ltda., Curitiba, 2004

(**) MOTTA, Aricildes de Moraes (Coordenador Geral). História Oral do Exército - 1964 - 31 de Março - O Movimento Revolucionário e sua História. Tomos 1 a 15. Bibliex, Rio, 2003.