"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 11 de fevereiro de 2012

A REVOLUÇÃO DOS BICHOS (CAP. 2) - G.ORWELL

CAPÍTULO II

Daí a três noites faleceu o velho Major, tranqüilamente, durante o sono. Seu corpo foi enterrado no fundo do pomar.

Começava o mês de março. Durante os três meses seguintes houve uma intensa atividade secreta. As palavras do Major haviam dado uma perspectiva de vida inteiramente nova aos animais de maior inteligência da granja. Não sabiam quando teria lugar a Revolução prevista pelo Major, nem tinham razões para acreditar que fosse durante a existência deles próprios, mas percebiam claramente o dever de prepararem-se para ela. A tarefa de instruir e organizar os outros recaiu naturalmente sobre os porcos, reconhecidamente os mais inteligentes entre os animais. Salientavam-se, entre eles, dois jovens varrões, Bola-de-Neve e Napoleão, que o Sr. Jones criava para vender.

Napoleão era um cachaço Berkshire, de aparência ameaçadora, o único Berkshire da fazenda, pouco falante, mas com a reputação de possuir grande força de vontade. Bola-de-Neve era mais ativo do que Napoleão, de palavra mais fácil e mais imaginoso, porém não gozava da mesma reputação quanto à solidez do caráter. Todos os demais porcos da fazenda eram castrados. Dentre estes, o mais conhecido era porquinho gordo chamado Garganta, de bochechas redondas, olhos sempre piscando, movimentos lépidos e voz aguda. Manejava a palavra com brilho e, quando discutia algum ponto mais difícil, tinha o hábito de dar pulinhos de um lado para o outro e abanar o rabicho, o que era assaz persuasivo. Diziam que Garganta era capaz de convencer que o preto era branco.

Esses três haviam organizado os ensinamentos do Major num sistema de pensamento a que deram o nome de Animalismo. Várias noites por semana, depois que Jones dormia, realizavam reuniões secretas no celeiro e expunham aos outros os princípios do Animalismo. De início, encontraram certa apatia e muita estupidez. Alguns animais mencionaram o dever de lealdade para com Jones, a quem se referiam como o "Dono", ou fizeram comentários elementares do tipo: "Seu Jones nos alimenta. Se ele fosse embora, nós morreríamos de fome." Outros faziam perguntas como: "Que nos importa o que acontecerá depois da nossa morte?" ou: "Se essa Revolução vai ocorrer de qualquer maneira, que diferença faz trabalharmos por ela ou não?", e os porcos enfrentavam grandes dificuldades para fazê-los ver que isso era contrário ao espírito do Animalismo. As perguntas mais estúpidas eram sempre as de Mimosa a égua branca. A primeira pergunta que fez a Bola-de-Neve foi:

- Continuará havendo açúcar, depois da Revolução?

- Não - respondeu Bola-de-Neve, firmemente. - Não dispomos de meios para obter açúcar nesta fazenda. Além disso, você não necessita de açúcar. Mas terá a aveia e o feno que quiser.

- E eu ainda poderei usar laços de fita na crina? - perguntou Mimosa. - Camarada - explicou Bola-de-Neve -,essas fitas que você tanto estima são o distintivo da escravidão. Será que você não compreende que liberdade vale mais do que laços de fita?

Mimosa sempre concordava, mas não dava a impressão de estar lá muito convencida. Muito mais ainda lutaram os porcos para neutralizar as mentiras espalhadas por Moisés, o corvo doméstico. Moisés, bicho de estimação do Jones, era um espião linguarudo, mas também hábil na conversa. Afirmava a existência de uma região misteriosa, "Montanha de Açúcar", para onde iam os animais após a morte. Essa montanha estava situada em algum lugar do céu, pouco acima das nuvens, segundo dizia Moisés. Na Montanha de Açúcar, os sete dias da semana eram domingo, o campo floria o ano inteiro, e cresciam torrões de açúcar bolos de linhaça nas sebes. Os animais detestavam Moisés, porque vivia contando histórias e não trabalhava, porém alguns acreditavam na Montanha Açúcar e os porcos tiveram grande trabalho para convencê-los de que tal lugar não existia.

Os discípulos mais fiéis eram os dois cavalos de tração, Sansão e Quitéria. Ambos tinham enorme dificuldade em pensar qualquer coisa por si próprios todavia, aceitando os porcos como professores, absorviam tudo quanto lhes era dito e passavam adiante para os outros animais, por simples repetição. Nunca deixavam de comparecer aos encontros secretos no celeiro e davam o tom para o hino Bichos da Inglaterra, que sempre encerrava as reuniões.

Afinal, a Revolução ocorreu muito mais cedo e mais facilmente do que se esperava. Jones fora, no passado, um patrão duro, porém eficiente. Agora estava em decadência. Desestimulado com a perda de dinheiro numa ação judicial, dera para beber bastante além do conveniente. As vezes passava dias inteiros recostado em sua cadeira de braços, na cozinha, lendo os jornais, bebendo e dando a Moisés cascas de pão molhadas na cerveja. Seus peões eram vadios e desonestos, o campo estava coberto de erva daninha, os galpões necessitavam de telhas novas, as cercas estavam abandonadas e os animais andavam mal alimentados.

Junho chegou, e o feno estava quase pronto para o corte. No dia 23 de junho, um sábado, Jones foi a Willingdon e bebeu tanto no Leão Vermelho, que só regressou ao meio-dia de domingo. Os homens ordenharam as vacas de manhã cedo e saíram para caçar lebres, sem se preocuparem com a alimentação dos animais.

Ao voltar, Jones foi dormir no sofá da sala com o News of the World sobre o rosto; portanto, ao cair da tarde, os animais ainda não haviam comido. Aquilo foi insuportável. Uma das vacas rebentou a chifradas a porta do depósito e os bichos avançaram sobre o alimento. Nesse momento Jones acordou. Num instante, ele e seus homens estavam no depósito com os chicotes na mão, batendo a torto e a direito. Isso ultrapassou a tudo quanto os animais famintos podiam suportar.

De comum acordo, muito embora nada tivesse sido anteriormente planejado, lançaram-se sobre seus verdugos. Jones e os homens viram-se de repente amarrados e escoiceados por todos os lados. A situação lhes fugira ao controle. Jamais haviam visto os animais portarem-se daquela maneira, e a súbita revolta de criaturas a quem estavam acostumados a surrar e maltratar à vontade, apavorou-os. Em poucos instantes desistiram de defender-se e deram o fora. Um minuto depois, os cinco voavam pela trilha rumo à estrada principal, com os bichos a persegui-los triunfantes.

A mulher de Jones olhou pela janela do quarto, viu o que acontecia, reuniu às pressas alguns haveres dentro de uma bolsa de pano e escapuliu da granja por outro caminho. Moisés levantou vôo do poleiro e bateu asas atrás dela, grasnando ruidosamente. Enquanto isso, os bichos haviam posto Jones e os peões para fora da granja, fechando atrás deles a porteira das cinco barras. E assim, antes de perceberem o que sucedera, a Revolução estava feita. Jones fora expulso e a Granja do Solar era deles.
Durante os primeiros cinco minutos, os animais mal puderam acreditar na sorte. Seu primeiro ato foi galopar pelos limites da granja, como para verificar se nenhum ser humano ficara escondido; depois correram de volta às casas da granja, para varrer os últimos vestígios do odiado império de Jones. O galpão dos arreios, no fundo dos estábulos, foi arrombado; freios, argolas de nariz, correntes de cachorro, as cruéis facas com que Jones castrava os porcos e os cordeiros, foi tudo atirado ao fundo do poço. As rédeas, os cabrestos, os antolhos e os degradantes bornais foram jogados à fogueira que ardia no pátio.

Destino idêntico tiveram os relhos. Os bichos pulavam de contentamento ao verem os chicotes em chamas. Bola-de-Neve jogou também ao fogo as fitas que usualmente enfeitavam as crinas e caudas dos cavalos em dias de feira. Fitas - disse ele - devem ser consideradas roupas, que são o distintivo do ser humano. Todos os animais devem andar nus. Ao ouvir isso, Sansão foi buscar o chapeuzinho de palha que usava, no verão, para afastar as moscas de suas orelhas, e jogou-o também no fogo.

Em curto tempo, os bichos destruíram tudo quanto lhes recordava Jones. Napoleão conduziu-os de volta ao depósito de forragem e serviu uma ração dupla de cereais para todo mundo, com dois biscoitos para cada cachorro. Depois cantaram Bichos da Inglaterra de ponta a ponta, sete vezes, uma atrás da outra, deitaram-se e dormiram como nunca.

Acordaram, porém, de madrugada, como sempre, e, ao lembrarem-se do glorioso acontecimento da véspera, correram para a pastagem. A pequena distância havia uma colina que comandava a vista de quase toda a fazenda. Os animais subiram ao topo e olharam em volta, à luz clara da manhã. Sim, era deles - tudo quanto enxergavam era deles! No êxtase desse pensamento, viraram cambalhotas e saltaram, num arroubo de contentamento. Molharam-se no orvalho, morderam a deliciosa grama do verão, arrancaram torrões de terra e aspiraram aquele cheiro delicioso. Depois fizeram um circuito de inspeção em toda a granja, vistoriando, com muda admiração, a lavoura, o campo de feno, o pomar, a lagoa e o bosque. Era como se, anteriormente, nunca tivessem visto aquilo, e mal podiam acreditar: tudo era deles.

Voltaram, então, para as casas da granja e pararam silenciosos junto à porta da casa-grande. Era deles também, mas sentiram um certo receio de entrar. Depois de alguns instantes, porém, Bola-de-Neve e Napoleão forçaram a porta, e os animais entraram, em fila, caminhando com o maior cuidado para não desarrumar nada. Andaram na ponta dos pés, de um aposento para o outro, falando baixinho e olhando com certa reverência o luxo inacreditável, as camas, os colchões de penas, os espelhos, os sofás de crina, o tapete de Bruxelas, a litografia da Rainha Vitória sobre a lareira da sala. Quando desciam as escadas, deram pela falta de Mimosa. Voltando, descobriram-na no quarto principal. Havia apanhado no toucador da Sra. Jones um pedaço de fita azul e segurava-o contra a espádua, admirando-se no espelho, com trejeito
ridículos. Repreenderam(Trecho no local errado "-na acerbamente e saíram todos." - ?)

Alguns presuntos, pendurados na cozinha, foram levados para fora e enterrados; o barril de cerveja da copa foi rebentado com um coice de Sansão; além disso, nada mais foi tocado na casa. Ali mesmo foi aprovada por unanimidade a resolução de conservá-la como museu. Concordaram em que nenhum animal jamais deveria habitá-la.

Os bichos tomaram a refeição matinal e foram outra vez convocados por Bola-de-Neve e Napoleão. - Camaradas - disse Bola-de-Neve -, seis e quinze, e temos um longo dia pela frente. Iniciaremos hoje a colheita do feno. Mas antes há um outro assunto para tratarmos.

Os porcos revelaram que durante os últimos três meses haviam aprendido a ler e escrever, num velho livro de ortografia dos filhos de Jones, que fora jogado no lixo. Napoleão mandou buscar latas de tinta preta e branca e conduziu-os até a porteira das cinco barras que dava para a estrada principal. Então, Bola-de-Neve (que era quem escrevia melhor) pegou o pincel entre as juntas da pata, apagou o nome GRANJA DO SOLAR do travessão superior e, em seu lugar escreveu GRANJA DOS BICHOS. Seria esse o nome da granja daquele momento em diante. Depois disso, voltaram para as casas da granja; Bola-de-Neve e Napoleão mandaram buscar uma escada e ordenaram que fosse encostada à parede do fundo do celeiro grande. Explicaram que, segundo os estudos que haviam feito nos últimos três meses, era possível resumir os princípios do Animalismo em Sete Mandamentos. Esses que seriam escritos na parede, constituiriam a lei inalterável pela qual a Granja dos Bichos deveria reger sua vida a partir daquele instante, para sempre
agora .
Com alguma dificuldade (pois não é fácil um porco equilibrar-se numa escada de mão), Bola-de-Neve subiu e começou a trabalhar, enquanto Garganta, alguns degraus abaixo, segurava a lata de tinta. Os Mandamentos foram escritos na parede alcatroada em grandes letras brancas que podiam ser lidas a muitos metros de distância.
Eis o que dizia o letreiro:

OS SETE MANDAMENTOS
1. Qualquer coisa que ande sobre duas pernas é inimigo.
2. Qualquer coisa que ande sobre quatro pernas, ou tenha asas, é amigo.
3. Nenhum animal usará roupas.
4. Nenhum animal dormirá em cama.
5. Nenhum animal beberá álcool.
6. Nenhum animal matará outro animal.
7. Todos os animais são iguais.

Estava tudo muito bem escrito, com exceção da palavra "álcool", que foi escrita "álcol", e de um dos esses, que foi desenhado ao contrário. O conjunto ficou bastante bom, e Bola-de-Neve leu-o em voz alta para os demais. Todos os animais balançaram a cabeça, de pleno acordo, e os mais vivos começaram imediatamente a decorar os Mandamentos.

- E agora, camaradas - disse Bola-de-Neve, deixando cair o pincel, ao campo de feno! É uma questão de honra realizar a colheita em menos tempo do que Jones e seus homens.

Nesse momento, porém, as vacas, que já vinham dando sinais de inquietação, começaram a mugir. Havia vinte e quatro horas que não eram ordenhadas e estavam com os úberes quase estourando. Depois de alguma reflexão, os porcos pediram baldes e ordenharam as vacas com relativo êxito, pois seus cascos adaptavam-se bem à tarefa. Em breve obtinham cinco baldes de um leite espumante e cremoso, que muitos bichos olharam com considerável interesse.

- Que vamos fazer com esse leite? - perguntou alguém.

- Jones às vezes misturava um pouco ao nosso farelo - disse uma galinha.

- Não se preocupem com o leite, camaradas! - gritou Napoleão, postando-se à frente dos baldes.

- Nós trataremos deste assunto. A colheita é importante. O camarada Bola-de-Neve os conduzirá.

Eu seguirei dentro de alguns minutos. Avante, camaradas! O feno está à espera.

Os animais marcharam rumo ao campo de feno, para o início da colheita, e quando voltaram, à tardinha, notaram que o leite havia desaparecido.

PAI PASTOR FACILITOU CONTATOS DE ADVOGADA

Submundo
Pai pastor facilitou contatos de advogada
Elói Ferreira ganhou fama como pregador e se aproximou de poderosos em Brasília - uma conexão que depois seria útil aos interesses da filha


A advogada Christiane Araújo de Oliveira, protagonista da capa da nova edição de VEJA, teve acesso ao mundo dos poderosos por intermédio de seu pai, o pastor Elói de Oliveira. Líder do Tabernáculo do Deus Vivo, em Maceió, ele ganhou fama de profeta e hoje leva suas pregações em igrejas de todo o país - o cachê não sai por menos de 2 mil reais.

Em Brasília, Elói de Oliveira costuma pregar em um templo da Igreja Evangélica Bíblica da Graça. O pastor responsável pelo local, André Salles, ajudou Elói a se aproximar do atual secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho.

Na mesma época, o pregador alagoano conheceu Durval Barbosa, o operador do chamado Mensalão do DEM em Brasília. Os poderes do pregador atraíram políticos de várias matizes. Entre eles o ex-presidente Fernando Collor, o ex-ministro Adir Jatene, o governador de Alagoas, Teotônio Vilela e a ex-ministra Marina Silva.
O pastor tem enfrentado percalços recentemente. Nos últimos dois anos, problemas de fígado o afastaram do altar.

Antes disso, havia sofrido uma misteriosa paralisia da qual se livrou repentinamente. Os fiéis, que no passado lotavam o templo, agora somam cerca de 60 em cada culto.

A decadência, porém, teria outra explicação: fanáticos próximos ao pastor dizem que ele perdeu parte de seus poderes depois de cair em pecado, ao cometer adultério. Ele chegou a ficar separado da mulher, Maria de Fátima, por alguns meses.

A esposa, aliás, coordena um grupo de oração às quartas-feiras em casa - um sobrado discreto. Já a sede da igreja fica em um bairro pobre de Maceió. O terreno foi doado nos anos 1990 por intermédio de um deputado estadual.
Enquanto o pai galgava degraus, Christiane não conseguia a aprovação no vestibular para odontologia em Maceió.

Por intermédio de uma pastora amiga da família, ela decidiu ir para Brasília. Ingressou em um curso particular de direito. Passou a morar em uma quitinete e, para pagar as contas, arranjou um emprego.

Foi quando o pai resolveu usar sua influência para ajudar Christiane. Ela ganhou um cargo no gabinete do deputado João Caldas. Ele garante que, enquanto esteve lá, ela teve um comportamento adequado.

Encarregado pelo pai de aproximar pastores evangélicos da campanha de Dilma Rousseff à Presidência, Christiane acabou conseguindo um cargo na equipe da petista. Mas não durou muito: perdeu o posto quando veio à tona seu envolvimento com outra máfia, a das sanguessugas.

Tramas - Na capital federal, Christiane se aproximou de Durval Barbosa, com quem, em 2007, passou a trabalhar no governo do Distrito Federal. Tempos depois, ela se envolveria com o então chefe da Advocacia-Geral da União, Antonio Dias Toffoli.

E tentou usar sua proximidade com o atual ministro do Supremo Tribunal Federal para influenciar as investigações que derrubariam o então governador José Roberto Arruda. A queda era do interesse de Durval.

A advogada também usou o contato com o ministro Gilberto Carvalho para defender que o então procurador-geral de Justiça do Distrito Federal, Leonardo Bandarra, fosse reconduzido ao cargo.

Bandarra, descobriu-se depois, era um integrante da máfia que tomara conta do governo local.

Veja
Gabriel Castro e Gustavo Ribeiro

O RELATÓRIO VAZOU. ENFIM, SABE-SE A AGENDA DA LIGA ÁRABE PARA A SÍRIA

Eis aqui, em ritmo de curso intensivo, uma síntese das maquinações ‘democráticas’ da Liga Árabe – de fato, Liga do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG), porque quem realmente manda nessa organização pan-árabe são duas das seis monarquias do Golfo Persa que integram o CCG, também conhecido como Clube Contrarrevolucionário do Golfo, a saber: o Qatar e a Casa de Saud.

O CCG criou um grupo na Liga Árabe para monitorar o que se passa na Síria. O Conselho Nacional Sírio – baseado na opinião de Turquia e França, países membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) – apoiou com entusiasmo a iniciativa. Não por acaso e muito significativamente, o Líbano, vizinho da Turquia, não aprovou a constituição do tal grupo de ‘monitores’.

Quando os mais de 160 monitores, depois de um mês de investigações, publicaram seu relatório… Surpresa! O relatório não repetia a versão do CCG – segundo a qual o governo de Bashar al-Assad-do-Mal estaria unilateralmente e indiscriminadamente, matando o próprio povo, o que tornaria absolutamente necessária e urgente uma ‘mudança de regime’.

O Comitê Ministerial da Liga Árabe já aprovara o relatório, por quatro votos a favor (Argélia, Egito, Sudão e Omã, membro do CCG) é só um voto contrário (adivinhem: claro, o Qatar – atualmente na presidência da Liga Árabe, porque o emirado comprou da Autoridade Palestina o turno, na presidência rotativa da instituição).

Então aconteceu que o relatório foi ou completamente ignorado (pela mídia-empresa ocidental) ou detonado sem piedade (pela mídia árabe que, praticamente toda ela, é financiada ou pela Casa de Saud ou pelo Qatar). O relatório não foi sequer discutido – porque o Conselho de Cooperação do Golfo impediu que, traduzido do árabe ao inglês, fosse publicado no website da Liga Árabe.

Até que, afinal, o relatório vazou. Pode ser lido em inglês, na íntegra, em http://www.columbia.edu/~hauben/Report_of_Arab_League_Observer_Mission.pdf.

O documento é absolutamente claro e assertivo: não há nenhum tipo de repressão letal organizada pelo governo sírio contra manifestantes pacíficos. Em vez disso, o relatório denuncia as muitas gangues armadas como responsáveis pela morte de centenas de civis e de mais de mil soldados do exército sírio, em atentados organizados e letais (explosões de ônibus de transporte de civis, ataques a bomba contra trens carregados de óleo diesel, ataques a bomba contra ônibus de transporte de policiais e ataques a bomba contra pontes e oleodutos).

O relatório não confirma a versão oficial distribuída pelo CCGOTAN para o caso sírio, de levante popular esmagado por tanques e balas. Na mesma direção do relatório, também Rússia e China, do grupo BRICs, e muitos países do mundo em desenvolvimento veem o governo sírio em luta de resistência contra grupos de mercenários estrangeiros pesadamente armados. O relatório caminha na direção de confirmar essas suspeitas.

O Conselho Nacional Sírio é constituído de ‘irmãos’ da Fraternidade Muçulmana aliados à Casa de Saud e ao Qatar –, que recebem também o discreto e incômodo apoio de Israel, nos bastidores. Legitimidade não é o forte do CNS.

Quanto ao Exército Sírio Livre (ESL), há desertores e há quem se oponha ao regime de Assad, mas, sobretudo, o ESL está infestado de mercenários estrangeiros armados pelo Conselho de Cooperação do Golfo, especialmente gangues salafistas.

Seja como for, o CCGOTAN, impedido de aplicar na Síria o modelão padrão de implantar ‘democracia’ à custa de bombardear até destruir o país, sendo isso necessário para livrar-se do ditador-do-mal proverbial, não se deixará paralisar.

A Casa de Saud e o Qatar, líderes do CCG, já desmentiram e desqualificaram o próprio relatório dos próprios monitores, e já partiram, desembestados, para decidir, de vez, a questão: trabalham hoje para impor mudança de regime na Síria, como interessa ao CCGOTAN, usando o Conselho de Segurança da ONU como seu instrumento.

Assim se vê claramente que o atual movimento “liderado pelos árabes para assegurar solução pacífica a dez meses de conflitos” na Síria, através da ONU, nada é além de evidente tentativa de derrubar o governo sírio, o que se chama hoje ‘mudança de regime’. A discussão prossegue.

Até aqui, os suspeitos de sempre – Washington, Londres e Paris – já foram obrigados a garantir à comunidade internacional que não se trata de obter autorização da ONU para que a OTAN destrua a Síria como destruiu a Líbia. A secretária de Estado Hillary Clinton defende o golpe como “uma via para transição política, que preservará a unidade e as instituições sírias”.

Mas Rússia e China, dois BRICSs estão vendo as coisas como as coisas são. Um terceiro BRICs – a Índia – além do Paquistão e da África do Sul, também já levantou sérias objeções ao projeto de resolução que o CCGOTAN tenta impor ao Conselho de Segurança da ONU.

Não haverá outra zona aérea de exclusão à moda líbia; afinal, o regime de Assad não está usando aviões Migs contra civis. Qualquer resolução para mudança de regime na Síria será vetada por Rússia e China. O próprio bloco CCGOTAN está desarranjado, porque os diferentes subgrupos – Washington, Ancara e o duo Casa de Saud/Doha – têm diferentes agendas geopolíticas de longo prazo. Isso, para nem falar de um parceiro comercial e vizinho crucialmente importante da Síria, o Iraque, que também se opõe a qualquer esquema para mudança de regime.

Tudo isso considerado… Por que a Casa de Saud e o Qatar, tão interessados em ‘democracia’ na Síria?… Por que não usam todo o seu imponente arsenal de armas norte-americanas para, na calada da noite – como fizeram no Bahrain – invadir a Síria e executar a tal ‘mudança de regime’, eles mesmos?

11 de fevereiro de 2012
Pepe Escobar (Asia Times Online)

FIO DESENCAPADO

Michel Temer convidou alguns senadores para um jantar ontem no Palácio do Jaburu com um objetivo claro: acalmar o líder na Câmara, Henrique Eduardo Alves, que continua chateado com o governo ainda por conta da troca de comando no DNOCs e também o senador Vital do Rego, que ficou aborrecido por não ter sido o padrinho de um desembargador escolhido em seu Estado, a Paraíba.

Na chegada, Henrique Alves contou uma história, segundo um dos presentes: a da reação brusca de Marco Maia para encerrar uma conversa telefônica com a ministra -chefe da Casa Civil, Geisi Hoffmann. Segundo o relato de Henrique, Maia reclamava que um diretor do Banco do Brasil por ele indicado fora transferido para Angola – e ele gostaria de ficar no Brasil onde está a família. Marco Maia teria se exasperado e a ministro reclamou do tom da conversa. Maia teria, então, encerrado bruscamente a conversa. Foi quando o presidente da Câmara decidiu, então, não colocar em votação o projeto que cria o Fundo de Previdência do Setor Público, o Funpresp, uma das prioridades do governo na Câmara.

Henrique Alves consultou os colegas sobre a possibilidade de o PMDB apoiar a entrada na pauta da chamada PEC 300, a que cria piso salarial nacional para os policiais militares e bombeiros. Todos assustados com a proposta, Henrique ainda perguntou a Temer como ele avaliava que o governo receberia tal pauta na Câmara.

– Receberia muito mal … – teria dito Temer, segundo um dos presentes. E os peemedebistas passaram a dissuadir Henrique Alves da idéia, a mesma de Vital do Rego.

O tom da conversa entre peemedebistas e o gesto de Marco Maia em telefonema com Gleisi Hoffmann dão uma noção da dificuldade da presidente Dilma Rousseff no Congresso. Ela tem uma base de sustentação bastante confortável, mas sujeita à grande ebulição.

09/02/12
G1
Cristiana Lôbo

NOTA AO PÉ DO TEXTO

É assim que se faz política nesse país. É desse jeitinho maroto, malandro, safado... Penso que esse é o tal do "jeitinho brasileiro". Penso ainda que tal jeitinho é a raiz daquele provérbio "quem não tem padrinho, morre pagão".
Não interessa servir às causas importantes do país, ou votar projetos que digam respeito aos interesses do governo. O que realmente pesa é jogar o interesse pessoal acima de qualquer 'res publica'. E cada apadrinhado, suponho eu, deve render frutos doces ao apadrinhador, pois caso contrário, não se justificaria tanto rancor e mal-estar. Tanta desordem e puxasaquismo.
Uma política de faz-de-conta, mas o que conta mesmo é o "quanto eu vou levar nisso aí..."
Política de interesses pessoais, muito bem enraizada lá no planalto. Daí aquela perguntinha indiscreta da jornalista Patrícia Poeta a Dona Dilma, quanto a política do "toma lá, dá cá".
m.americo

DIÁRIO DE UM MARIMBONDO

ou “O dia em que Genivânia dos Santos Silva virou best-seller”

Acabei de passar por uma experiência que vinha protelando há muito tempo: ler um livro do Paulo Coelho. Não é por nada, mas todo estigma que ouvi durante anos de ilustrados escritores e críticos, me fez temer essa possibilidade. Além do que sempre tive dúvidas da autoria das músicas que ele, Paulo Coelho, diz ter feito em parceria com Raul Seixas. Mas apesar de estar municiado com todo esse arsenal de restrições, dispus-me a ler O Diário de um Mago, best-seller do autor, em que ele descreve sua aventura pelo Estranho Caminho de São Thiago de Compostela, França/Espanha. Devo dizer, sem sombra de dúvida, que ele possui um texto dos mais medíocres que eu já li. Ruim mesmo. A história é fraca, fraca. Parece que foi escrita por um imbecil para o entendimento de outros imbecis. Não entro no mérito da magia do assunto ou da exaustiva Tradição e seus dogmas secretos. Isso é lá com a crença de cada um. Mas Paulo Coelho revelou-se de verdade, para mim, um péssimo escritor. Lamento, eu tentei.

Mas dessa história eu tiro uma lição. Pois toda história nos mostra uma moral. Acho que mesmo que ele próprio não tenha escrito seus livros, talvez sua empregada, acho que ele merece estar na Academia Brasileira de Letras. E dou fundo à minha tese. Se José Ribamar, mais conhecido pela alcunha de Sarney, participa dessa com seu Marimbondos de Fogo, por que não Genivânia dos Santos Silva ou seu alterego Paulo Coelho? Eu defendo Geni…, digo Paulo Coelho na ABL, sim. Quer coisa pior que estar no Rio de Janeiro, numa tarde quente para cacete, usando um fardão ridículo e tomando chá quente com um bando de velhos caquéticos que na maioria das vezes esquecem onde estão? O muito bom disso é a “ajuda de custo” que o governo federal dá, hoje me torno de uns 25 paus por mês. Tá Bom? Eu também acho. Participe também da campanha “Genivânia dos Santos Silva na ABL” Pois todos nós temos algo importante a dizer.
p.s.: quando não lê os gibis da Mõnica e do Cebolinha, o ex-presidente lulla dedica-se a evoluir sua metamorfose ambulante nos livros de Paulo Coelho, seu guro esbiritual…
sabordigital

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Temos de admitir que será sempre uma grande surpresa, ver o sr. Lula da Silva com um objeto semelhante a um livro. Semelhante porque sempre considerei que o sr. Paulo Coelho jamais escreveu um livro, pelo menos no sentido de que um livro deve guardar algum conteúdo, algum significado que o justifique. O que parece não ser o caso dos objetos atribuídos ao sr. Paulo Coelho, ainda que o seu sucesso seja universal- sabe-se lá em quantas línguas...54? Contudo, a imbecilidade também é universal...
Mas a ocasião é insólita! Lula com um estranho objeto - semelhante a um livro, entre as mãos?
No caso particular do sr. Lula, que afirmava que o ato de ler provocava-lhe azia, imagino que o tenha feito nessa ocasião - ainda que duvidosamente tenha praticado o ato da leitura - em que é flagrado bisbilhotando a orelha do sr. Paulo Coelho, ele o esteja tratando como algum antiácido. Ou, o que também é possível, se trate de uma fotografia para a posteridade. Que posteridade eu não sei...
m.americo

O MINGAU DESANDOU...

Líder do PR dispara contra Carvalho: “Não são os evangélicos que compram e vendem cocaína no Brasil!”

Com algum tempo de atraso, começam a surgir as primeiras reações contrárias à pregação de Gilberto Carvalho no último Fórum Social Temático, realizado em Porto Alegre (RS). Em discurso dirigido aos “movimentos sociais”, Carvalho defendeu uma disputa ideológica com líderes evangélicos pelos setores emergentes que deixaram o programa Bolsa Família, mas que continuam sob influência religiosa.

Irritado com as declarações de Carvalho, o líder do PR, senador Magno Malta, atacou Carvalho chamando-o de “safado”, “mentiroso” e “cara de pau”. No momento mais crítico do discurso, o senador foi além e mandou Carvalho “procurar sua turma”, e arrematou: “Não são os evangélicos que compram e vendem cocaína no Brasil!”

Abaixo as informações do jornal Extra:

BRASÍLIA – Nervoso e muito agitado, o senador Magno Malta (ES), líder do PR, atacou duramente o ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, em discurso feito na tribuna do Senado na noite desta quarta-feira .
Irritado com uma declaração que teria sido dada por Carvalho durante o Fórum Social Mundial em Porto Alegre, sobre a necessidade de travar uma disputa ideológica com os evangélicos, Magno Malta passou a chamá-lo de “safado”, “mentiroso”, “cara de pau” “camaleão” e “ministro meia-boca”. — Ora! Vá procurar sua turma seu Gilberto Carvalho! Está brincando com o quê? Não são os evangélicos que compram e vendem cocaína no Brasil!

Depois do discurso, o senador evangélico disse que vai sugerir aos líderes evangélicos entrar com uma ação contra Gilberto Carvalho. Malta ainda disse que coube a ele atravessar o país, na primeira eleição do ex-presidente Lula, para “desdemonizá-lo” junto aos evangélicos. O mesmo acontecendo com a presidente Dilma Rousseff, disse, que quase perdeu a eleição por ser “considerada abortista”.

— Barriga não dói só uma vez não, seu cara de pau! — atacou Magno Malta.

— Lave sua boca com álcool! — atacou Malta, dizendo que Carvalho se sente “um Deus do Olimpo”, mas é um “camaleão”.

No Fórum Social, Gilberto Carvalho dissera que os evangélicos têm uma visão de mundo controlada por pastores de TV. Sobre isso, em tom irônico, Magno Malta afirmou:

Ora! Vá procurar sua turma seu Gilberto Carvalho! Está brincando com o quê? Não são os evangélicos que compram e vendem cocaína no Brasil! — esbravejou Magno Malta se dirigindo ao senador Paulo Paim (PT-RS), que presidia a sessão e não se manifestou em defesa do ministro. — Temos que reagir a essa fala irresponsável desse ministro meia-boca. Vou falar uma coisa agora porque depois vou ser processado: safado! Acho bom respeitar as pessoas!

Magno disse ainda que Gilberto Carvalho é um ex-seminarista cristão que não respeita ninguém, então deve pedir à presidente Dilma para destituir o senador Walter Pinheiro da liderança do PT, pois o baiano chegou ao Senado com 70% dos votos dos evangélicos.

implicante
11 de fevereiro de 2012

ESCABROSO...

“Amiga íntima” liga Gilberto Carvalho e Dias Toffoli a máfia de Brasília
As revelações publicadas na edição de Veja que chega às bancas neste fim de semana prometem animar o carnaval de Brasília. De acordo com a reportagem de oito páginas, a advogada Christiane Araújo de Oliveira teria se infiltrado no governo federal para negociar material contra adversários do PT. Christiane pertencia à quadrilha de Durval Barbosa, o policial aposentado responsável pelas gravações que derrubaram o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda.

As “relações íntimas” de Christiane com autoridades de Brasília teriam permitido que a advogada transitasse livremente pelos corredores do Planalto. Entre os “amigos” mais chegados da advogada estariam os ministros Gilberto Carvalho, Secretário-Geral da Presidência da República do Brasil, e o ministro do STF José Antonio Dias Toffoli.

Abaixo um trecho das informações publicadas na edição online da revista Veja:

Nascida em Maceió, em uma família humilde, Christiane Araújo de Oliveira mudou-se para Brasília há pouco mais de dez anos com o objetivo de se formar em Direito. Em 2007, aceitou o convite para trabalhar no governo do Distrito Federal de um certo Durval Barbosa, delegado aposentado e corrupto contumaz que ficaria famoso, pouco depois, ao dar publicidade às cenas degradantes de recebimento de propina que levaram à cadeia o governador José Roberto Arruda e arrasaram com seu círculo de apoiadores. Sob as ordens de Durval, Christiane se transformou num instrumento de traficâncias políticas. No ano passado, depois de VEJA mostrar a relação promíscua entre o petismo e o delegado, Christiane foi orientada a sumir da capital federal. Relatos detalhados de suas aventuras com poderosos, no entanto, já estavam em poder do Ministério Público e da Polícia Federal. Na edição que chega às bancas neste sábado, VEJA revela o teor de dois depoimentos feitos pela jovem advogada no final de 2010.

Em oito horas de gravações em áudio e vídeo, Christiane revelou que mantinha relações íntimas com políticos e figuras-chave da República. Ela participava de festas de embalo, viajava em aviões oficiais, aproveitava-se dos amigos e amantes influentes para obter favores em benefício da quadrilha chefiada por Durval, que desviou mais de 1 bilhão de reais dos cofres públicos. Ela também contou como o governo federal usou de sua proximidade com essa máfia para conseguir material que incriminaria adversários políticos.

A advogada relatou que manteve um relacionamento com o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli, quando ele ocupava cargo de advogado-geral da União no governo Lula. Os encontros, segundo ela, ocorriam em um apartamento onde Durval armazenava caixas de dinheiro usado para comprar políticos – e onde ele eventualmente registrava imagens dessas (e de outras) transações.

Christiane afirma que em um dos encontros entregou a Toffoli gravações do acervo de Durval Barbosa. A amostra, que Durval queria fazer chegar ao governo do PT, era uma forma de demonstrar sua capacidade de deflagrar um escândalo capaz de varrer a oposição em Brasília nas eleições de 2010. Ela também teria voado a bordo de um jato oficial do governo, por cortesia do atual ministro do STF, que na época era chefe da Advocacia Geral da União (AGU).

(…)

Nas gravações, Christiane relatou ainda que tem uma amizade íntima com Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República. No governo passado, quando Carvalho ocupava o cargo de chefe de gabinete de Lula, ela pediu a interferência do ministro para nomear o procurador Leonardo Bandarra como chefe do Ministério Público do Distrito Federal. O pedido foi atendido. Bandarra, descobriu-se depois, era também um ativo membro da máfia brasiliense – e hoje responde a cinco ações na Justiça, depois de ter sido exonerado.

Gilberto Carvalho também teria tentado obter do grupo de Durval material para alvejar os adversários políticos do PT. Ele nega todas as acusações, e disse a VEJA: “Eu não estava nesse circuito do submundo. Estou impressionado com a criatividade dessa moça.”

11 de fevereiro de 2012
implicante

CASO TOFFOLI - GILBERTO CARVALHO - MÁFIA DO DF

Advogada liga Toffoli e Gilberto Carvalho à máfia do DF, em cenas de sexo, poder e corrupção

A Veja revela, em oito horas de gravações em áudio e vídeo, as confissões de Christiane Araújo de Oliveira, que mantinha relações íntimas com políticos e figuras-chave da República, mostrando que o governo federal usou de sua proximidade com a quadrilha de Durval Barbosa para conseguir material contra adversários políticos.

Nascida em Maceió, em uma família humilde, Christiane Araújo de Oliveira mudou-se para Brasília há pouco mais de dez anos com o objetivo de se formar em Direito. Em 2007, aceitou o convite para trabalhar no governo do Distrito Federal de um certo Durval Barbosa, delegado aposentado e corrupto contumaz que ficaria famoso, pouco depois, ao dar publicidade às cenas degradantes de recebimento de propina que levaram à cadeia o governador José Roberto Arruda e arrasaram com seu círculo de apoiadores.

Sob as ordens de Durval, Christiane se transformou num instrumento de traficâncias políticas. No ano passado, depois de VEJA mostrar a relação promíscua entre o petismo e o delegado, Christiane foi orientada a sumir da capital federal. Relatos detalhados de suas aventuras com poderosos, no entanto, já estavam em poder do Ministério Público e da Polícia Federal.

Na edição que chegou às bancas neste sábado, VEJA revela o teor de dois depoimentos feitos pela jovem advogada no final de 2010. Christiane revelou que mantinha relações íntimas com políticos e figuras-chave da República. Ela participava de festas de embalo, viajava em aviões oficiais, aproveitava-se dos amigos e amantes influentes para obter favores em benefício da quadrilha chefiada por Durval, que desviou mais de 1 bilhão de reais dos cofres públicos. Ela também contou como o governo federal usou de sua proximidade com essa máfia para conseguir material que incriminaria adversários políticos.

###
ROMANCE COM TOFFOLI

A advogada relatou que manteve um relacionamento com o hoje ministro do Supremo Tribunal Federal José Antonio Dias Toffoli, quando ele ocupava cargo de advogado-geral da União no governo Lula. Os encontros, segundo ela, ocorriam em um apartamento onde Durval armazenava caixas de dinheiro usado para comprar políticos – e onde ele eventualmente registrava imagens dessas (e de outras) transações.

Christiane afirma que em um dos encontros entregou a Toffoli gravações do acervo de Durval Barbosa. A amostra, que Durval queria fazer chegar ao governo do PT, era uma forma de demonstrar sua capacidade de deflagrar um escândalo capaz de varrer a oposição em Brasília nas eleições de 2010. Ela também teria voado a bordo de um jato oficial do governo, por cortesia do atual ministro do STF, que na época era chefe da Advocacia Geral da União (AGU).

Por escrito, Dias Toffoli negou todas as acusações. “Nunca recebi da Dra. Christiane Araújo fitas gravadas relativas ao escândalo ocorrido no governo do Distrito Federal.” O ministro disse ainda que nunca frequentou o apartamento citado por ela ou solicitou avião oficial para servi-la. Como chefe da AGU, só a teria recebido uma única vez em seu gabinete, em audiência formal.

Nas gravações, Christiane relatou ainda que tem uma amizade íntima com Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência da República. No governo passado, quando Carvalho ocupava o cargo de chefe de gabinete de Lula, ela pediu a interferência do ministro para nomear o procurador Leonardo Bandarra como chefe do Ministério Público do Distrito Federal. O pedido foi atendido. Bandarra, descobriu-se depois, era também um ativo membro da máfia brasiliense – e hoje responde a cinco ações na Justiça, depois de ter sido exonerado.

Gilberto Carvalho também teria tentado obter do grupo de Durval material para alvejar os adversários políticos do PT. Ele nega todas as acusações, e disse a VEJA: “Eu não estava nesse circuito do submundo. Estou impressionado com a criatividade dessa moça.”

###
NA CAMPANHA DE DILMA

Há uma terceira ligação de Christiane com o petismo. Ela trabalhou no comitê central da campanha de Dilma Rousseff. Foi encarregada da relação com as igrejas evangélicas – porque é, ela mesma, evangélica e filha de Elói Freire de Oliveira, fundador da igreja Tabernáculo do Deus Vivo e figura que circula com desenvoltura entre os políticos de Brasília, sendo chamado de “profeta”. Com Dilma eleita, a advogada foi nomeada para integrar a equipe de transição. Mas foi exonerada quando veio à tona que ela teve participação na Máfia das Sanguessugas.

Segundo o procurador que tomou um dos depoimentos de Christiane, o material que ele coletou foi enviado à Polícia Federal para ser anexado aos autos da Operação Caixa de Pandora. Um segundo depoimento foi tomado pela própria PF. Mas nenhuma das revelações da advogada faz parte oficial dos autos da investigação.

A reportagem de VEJA, que reproduz imagens das gravações em vídeo, conclui com uma indagação: “Por que será?”

11 de fevereiro de 2012
Revista VEJA

CONFISSÃO DE KISSINGER SOBRE A NOVA ORDEM MUNDIAL

Entrevista a Alfred Heinz 27/11/2011

"Se você não está ouvindo os tambores da guerra, então você deve estar surdo"

NOVA YORK - EUA - Em uma admissão (confissão) notável do ex Secretário de Estado da era Nixon, Henry Kissinger revela o que está acontecendo no momento no mundo e particularmente no Oriente Médio.

Falando de seu apartamento luxuoso de Manhattan, o estadista, que fará 89 anos em maio, se posiciona muito à frente com sua análise da situação atual no fórum mundial da geopolítica e da economia.

"Os Estados Unidos estão lançando a isca para a China e a Rússia, e estão cravando o último prego no caixão que será o Irã, que é, é óbvio, o principal alvo de Israel. Nós permitimos que a China aumentasse a sua força militar e que a Rússia se recuperasse da sovietização, para lhes dar uma falsa sensação de poderio e bravata, o que criará o fim rápido de todos. Somos como um exímio atirador que se atreve a fazer que o novato saque o revólver e que, quando fizer, bang bang! A guerra que se aproxima será tão grave que só uma superpotência pode ganhar, a qual somos nós, gente. É por isso que os Estados Unidos está com tanta pressa para formar um super-estado completo, porque eles sabem o que está por vir, e que para sobreviver, a Europa terá que se tornar um único estado coeso. Sua urgência me diz que eles sabem muito bem que o grande confronto é conosco. Oh, como eu sonhei com esse momento delicioso. "

"Quem controla o petróleo controla as nações; quem controla a comida controla as pessoas”

Kissinger, em seguida, acrescentou:

"Se você é uma pessoa comum, então você pode se preparar para a guerra se mudando para o interior e construir uma fazenda, mas você deve levar algumas armas, porque hordas de famintos estarão rondando você. Também, até a elite terá seus refúgios e abrigos especializados, embora ela deva ser tão cuidadosa durante a guerra como os cidadãos comuns, porque os seus abrigos já podem estar comprometidos. "

Depois de uma pausa de minutos a fim de organizar os pensamentos, Kissinger continuou:

“Nós dissemos aos militares que eles deveriam tomar mais de sete países do Oriente Médio por causa de seus recursos, e eles quase completaram o trabalho. Nós todos sabemos qual o meu pensamento sobre os militares, mas eu tenho que dizer que eles obedeceram ordens supérfluas desta vez. É apenas a última pedra, isto é, o Irã, que é o fiel da balança. Por quanto tempo a China e a Rússia ficarão olhando os Estados Unidos fazerem sua limpeza? O grande Urso russo, e a Foice chinesa se erguerão do seu deslumbramento e isso acontecerá quando Israel tiver que lutar com todas as suas armas e seu poderio para matar tantos árabes quanto puder. Esperançosamente, se tudo correr bem, metade do Oriente Médio será israelense'.

Nossos jovens têm sido bem treinados nas últimas décadas, ou assim combatem bem nos consoles de games de guerra. Foi interessante ver o novo Chamamento à Terceira Guerra Moderna, o qual espelha exatamente o que está por vir em um futuro próximo, com sua programação previsível.

Nossos jovens, nos Estados Unidos e no Ocidente, estão preparados porque eles foram treinados para serem bons soldados, buchas de canhão, para que quando forem chamados para sair às ruas e lutar contra esses chinas e russos malucos, obedeçam suas ordens.

Das cinzas construiremos uma nova sociedade quando sobrar uma única superpotência, aquele governo mundial que vencer. Não esqueçam, os Estados Unidos têm as melhores armas, e o melhor pessoal que nenhuma nação tem, e que apresentará suas armas ao mundo na hora certa.”


Tradução de Charles London

Uma observação

Esta entrevista é de 27 de novembro de 2011. Ela repercutiu no mundo todo, isto é, naquele mundo que lê o que a mídia controlada esconde. Eu, entretanto, somente tomei conhecimento dessa entrevista-confissão esses dias quando consultava o site alternativo de Jeff Rense.

Mas, leiam o post do ano passado, de 30/12/2011: "Retrospectiva (nada usual) de 2011". - (NO BLOG, ARQUIVO DE 15 DE JANEIRO DE 2012)
Ali estavam expressas idéias e fatos que confirmam o que se sabe (por alguns) há anos. Eu, pelo menos, sabia o que o velho genocida totalitário sionista acaba de confirmar.

10 de fevereiro de 2012
Postado por charles london

E DEPOIS? ...

PESQUISA INDICA QUE GAYS REJEITAM ATITUDE DE LAERTE

Nossa enquete fechou: Nem os leitores gays aceitaram a atitude de Laerte Coutinho!

Prezados leitores,


Nossa enquete fechou ontem, com 95 opinantes. Eis o resultado:

Um travesti pode usar o banheiro feminino de um local aberto ao público?


- Sou mulher e não admito - 18%
I- Sou homem e não admito - 57%
- Sou gay e não admito - 4%
- Sou mulher e admito - 4%
- Sou homem e admito - 3%
- Sou gay e admito - 0%
- Sou mulher e admito se ele for operado - 7%
- Sou gomem e admito se ele for operado - 4%
- Sou gay e admito se ele for operado - 0%

Por grupo de opinião, 79% não admitem de jeito nenhum e 11% admitem se o travesti for operado.

A enquete acima não possui a qualidade de uma pesquisa estatística, mas dá uma ideia geral sobre os leitores do blog. Do resultado, deu pra perceber que os homens são mais rígidos que as mulheres, e que os gays, que também são leitores do blog e sempre serão respeitados com toda a dignidade, não admitem de forma alguma.

Como tenho dito: eu mantenho a concepção de pecado para o homossexualismo mas jamais vou tratar mal ou com injustiça um gay. Pecado é problema pessoal dele com Deus. Eu também cometo os meus, todos os dias.

Minha denúncia é contra a ideologia gaysista, que quer impor valores inaceitáveis para a sociedade, o que é muito diferente.

Muito obrigado aos opinantes e aos leitores! Bom fim de semana!

11 de fevereiro de 2012
Publicado por Klauber Pires

REALIDADE DO COTIDIANO...

REPETECO: O ESTADO IDIOTIZADOR

REVOLTADOS, PARLAMENTARES EVANGÉLICOS PEDEM DEMISSÃO DE MINISTRA "ABORTISTA" ELEONORA MENICUCCI

Eleonora assume Secretaria de Mulheres acossada pelos evangélicos
A ministra de Eleonora Menicucci que tomou posse nesta sexta-feira na Secretaria de Políticas para as Mulheres debaixo de ataques da bancada evangélica no Congresso, quase toda abrigada na base aliada.
As posições públicas da ministra a favor do aborto junto com declarações do ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, no Fórum Social, no fim do mês passado, acenderam a revolta nos parlamentares evangélicos. Na tentativa de acalmar a bancada, uma nota do ministro foi lida no plenário da Câmara. Além disso, Carvalho, católico militante, propôs uma reunião com os parlamentares evangélicos.

De forma contundente, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) convocou os evangélicos a combaterem a nova ministra. "Não se iludam, a bancada de evangélicos se unirá não só para expressar a repulsa por essas declarações (de Gilberto Carvalho), assim como para combater a abortista que nomearam ministra", escreveu Cunha no twitter.
"Essa posse da abortista amanhã (hoje) é sintomática para todos nós e devemos mostrar de forma contundente a nossa revolta. Aborto não. Aliás, quando a gente lê várias declarações dessa nova ministra, ela está no lugar e na época errada, devia estar em Sodoma e Gomorra", completou o deputado.

Entrevistas

Professora e socióloga, Eleonora Menicucci declarou em entrevistas, assim que foi escolhida para o cargo pela presidente Dilma Rousseff, que considera a discussão do aborto no Brasil como uma questão de saúde pública, como o crack e outras drogas, a dengue o HIV e todas as doenças infectocontagiosas.

Para ela, aborto não é uma questão ideológica.
Há dois dias, os evangélicos estão em pé de guerra com o ministro Gilberto Carvalho. "Esse governo fala tanto em discriminação, e vem agora um ministro tomar uma posição de discriminação em relação aos evangélicos, chamando-os de retrógrados e dizendo que a lei do aborto não é aprovada por causa dos evangélicos. Não é a lei do aborto, é a lei do assassinato de crianças indefesas", protestou o líder do PR, Lincoln Portela (MG). O deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) também cobrou explicações do ministro e o acusou de discriminar os evangélicos.

Em nota lida pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), evangélica, o ministro afirma que suas declarações foram, divulgadas na internet de forma "distorcida e equivocada" e acabaram por motivar críticas agressivas a ele. "De maneira alguma ataquei os companheiros evangélicos. Quem conhece a minha trajetória sabe do carinho que eu tenho, do reconhecimento que eu tenho ao trabalho das Igrejas Evangélicas no país. O que eu fiz lá foi uma constatação política que, de fato, quem tem presença na periferia do Brasil, quem fala para as classes sobretudo C, D e E são as Igrejas Evangélicas e, portanto, essa presença tem que ser reconhecida, é real e efetiva", argumentou o ministro.

O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) atuou como bombeiro. Ele procurou evangélicos para explicar a posição do ministro e disse que houve um mal-entendido.
10 de fevereiro de 2012
Do site da revista Veja

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Chega a ser engraçado, senão ridículo, afirmar como fez a ministra Eleonora Menicucci, que o aborto "não é uma questão ideológica", mas "uma questão de saúde pública, como o crack e outras drogas, a dengue o HIV e todas as doenças infectocontagiosas."
Claro que é uma questão ideológica, como todas as propostas do PT, já que seus propósitos, indicados por todas as suas ações, representam propostas transformadoras da sociedade, focando sempre o processo de "bolivarizar", de destruir o 'status quo' tradicional e democrático vigente no país.
Claro que o aborto, como as demais questões polêmicas levantadas pelo PT em seu projeto de poder, visa sempre o ideológico, a transformação do imaginário social brasileiro.
O que estamos assistindo nesse momento político lulopetista, fere todos os princípios que até então organizavam a sociedade. Fere mesmo os principios constitucionais, como por exemplo, a decisão do STF com os seus arrazoados, quanto a questão da instituição do casamento, ao reconhecê-lo fora do heterossexualismo. E outras tantas questões, que por economia, e por saber ser de domínio público, dispensa apresentação.
m.americo

O CUSTO DO USO POLÍTICO DA PETROBRAS

A Petrobras divulgou seu resultado do quarto trimestre de 2011 hoje. Suas ações caíram quase 8% na Bovespa. Ou seja, a empresa perdeu, em um só dia, mais de R$ 20 bilhões em valor de mercado. O que foi tão ruim assim no resultado para justificar esta queda abrupta? Eis o grande culpado: o setor de abastecimento.

Em 2010, a empresa tinha obtido um resultado líquido de R$ 3,7 bilhões nesta área. Em 2011, isso virou um prejuízo de R$ 10 bilhões! Por quê? Porque o preço do barril de petróleo subiu no mundo (uns 40% para o tipo Brent), enquanto a Petrobras decidiu não repassar este aumento para os preços finais dos derivados.

Em português ainda mais claro: a Petrobras foi usada como veículo político pelo governo, para segurar o índice de inflação. E isso custou aos acionistas da empresa bilhões de reais.

Existem outros fatores que explicam o mau humor dos investidores com a empresa, cujo programa de investimentos gigantescos assusta, pois dificilmente será criador de valor para o acionista. Mas este recorrente uso da estatal como veículo político tem custado caro aos seus sócios minoritários.

Nos últimos 24 meses, a Petrobras se desvalorizou quase 30% em relação ao Ibovespa (enquanto o petróleo subiu de preço). É a Petrossauro maltratando seus acionistas para colaborar com o “desenvolvimentismo” do governo petista.
February 10, 2012
Rodrigo Constantino

UMA VIDA VALE R$ 2 MIL POR MÊS?

A culpa é da lentidão na Justiça, da omissão do Executivo e da incompetência no Congresso

Palmas para a Justiça em São Paulo, pela agilidade e pelo rigor. Será? A nutricionista Gabriella Guerrero, de 28 anos, que perdeu o controle de um Land Rover blindado e matou o administrador Vitor Gurman, de 24, na Vila Madalena, bairro paulistano com bares lotados à noite, terá de pagar R$ 2 mil mensais de indenização à avó do rapaz.

Ida Gurman, de 76 anos, era dependente do neto, que arcava com seu aluguel de R$ 1.600. Será que dona Ida ficou feliz? Além de não trazer o neto de volta, a pífia indenização não está garantida. “Cabe recurso”, na linguagem dos labirintos da Justiça. Gabriella pode se recusar a pagar e o processo pode rolar, rolar, rolar. Até prescrever. É a rotina.

Esse crime de trânsito aconteceu numa madrugada em julho do ano passado. Gabriella voltava de uma casa noturna com o namorado, Roberto Lima, dono do Land Rover blindado. Com o namorado sem condições etílicas de dirigir, ela assumiu o volante. Numa rua estreita, que só permitia 30 quilômetros por hora, Gabriella disse que perdeu o controle e capotou na calçada. Ela se negou a fazer o teste do bafômetro. Vitor morreu dias depois. Gabriella foi indiciada por homicídio doloso. Para a Justiça, ela estava consciente do risco de matar.

“A Justiça brasileira continua mais preocupada em defender os direitos do ofensor que os dos ofendidos. As indenizações são miseráveis”, afirmou o advogado Elias Mattar Assad. Desde 2009, ele tenta dar um desfecho digno a um homicídio bárbaro e duplo, cometido numa avenida de Curitiba pelo ex-deputado Carli Filho. A família tem influência política e é uma das grandes fortunas do Paraná.

Com 130 pontos na carteira e 23 multas por excesso de velocidade, Carli Filho tinha 26 anos e voltava de uma casa noturna, de madrugada, quando seu carro blindado, a cerca de 190 quilômetros por hora, cortou outro carro ao meio. Havia duas vidas ali, Gilmar Yared, de 26 anos, e Carlos Murilo de Almeida, de 20. Testemunhas confirmaram que o deputado estava bêbado. Carli Filho deverá ir neste ano a júri popular, mas até hoje não entregou sua carteira ao Detran.

“O ex-deputado continua nas praias de milionários”, me disse por telefone Cris Yared, a mãe de Gilmar. “Passa o verão no Jurerê Internacional, resort sofisticado em Florianópolis. No dia de um de seus julgamentos, ele estava no show da Beyoncé. É um deboche. Ele cortou a cabeça de meu filho, que foi encontrada a 40 metros, como num filme de terror.”

Pastora evangélica e empresária, Cris recebeu o caixão lacrado do filho três dias antes do Dia das Mães. Nunca viu o que restou dele. Gilmar cursava duas faculdades, de psicologia e jornalismo, e ia estudar na Austrália. Cris relutou em pedir indenização. Mas se convenceu de que, “infelizmente, só dói para essas pessoas quando dói no bolso”. O pedido de indenização não será de R$ 2 mil mensais: “Esse valor até ofende”.


A culpa é da lentidão na Justiça, da omissão do Executivo e da incompetência no Congresso

Nenhuma indenização a viúva de Rudolf Lessak tem esperança de receber no Rio de Janeiro. Rosany perdeu o marido quando caminhava com ele numa manhã de domingo em outubro do ano passado. Rudolf foi morto por Juliana Ferreira Villela Lustosa, de 26 anos. Juliana subiu a calçada com sua picape Nissan Frontier 4x4 de R$ 80 mil e capotou. Ela não tinha habilitação. Rudolf morreu na hora. Juliana correu em casa, na mesma rua, para trocar a sainha da noite e o salto alto por um shortinho com chinelo e voltar à cena do crime, onde não fez teste de bafômetro. Muito menos exame de sangue.

No condomínio da atropeladora, o porteiro, seu Jânio, afirmou que “a família toda foi embora depois do desastre”. A mãe de Juliana também disse, por telefone, que eles mudaram de endereço. Como se isso bastasse para fugir da realidade. Nada mudou na vida de Juliana. Mesmo depois de matar sem habilitação, ela continua dirigindo.

“A única informação que recebo do Ministério Público é que Juliana vai ser indiciada por homicídio culposo, sem intenção de matar”, me contou Rosany, a viúva, ainda sem advogado, à espera da defensoria pública. “O advogado da Juliana disse que ela está sob tratamento psicológico. Mas a Juliana continua nas baladas. Todo mundo vê, todo mundo sabe. Agora, o que me admira é isto: como uma pessoa mata a outra e a preocupação maior na hora é trocar de roupa para descaracterizar o figurino da noitada?”

Gabriella, Carli Filho, Juliana. Todos com carros potentes, blindados. Todos com menos de 30 anos e já com mortes nas costas. Os maiores culpados dessa guerra no trânsito são a lentidão da Justiça, a incompetência do Congresso e a omissão do Executivo. Sem educação nem punição, não há solução. Ou a vida de um inocente não vale nada e fica tudo bem por R$ 2 mil ao mês?
RUTH DE AQUINO

COMO CHEGAMOS A ESTE PONTO?

É inaceitável que policiais militares transformem os cidadãos em reféns. A anarquia nos quartéis deve ser combatida com firmeza pelas autoridades


Às vésperas do Carnaval, estabeleceu-se um ambiente de anarquia nos quartéis das polícias militares, mais adequado a blocos que invadem as ruas do que a corporações onde o respeito à lei, à ordem e à hierarquia deve ser a norma. Até o fechamento desta edição, greves de policiais militares estavam em curso na Bahia e no Rio de Janeiro. Também havia sinais de que o movimento poderia se alastrar para Alagoas, Distrito Federal e Espírito Santo. Em 2010 e no começo do ano, já houvera paralisações de PMs no Maranhão, no Ceará, em Rondônia e no Piauí. Agora, foi necessário chamar o Exército porque a baderna transbordou dos quartéis. Em Salvador, o número de homicídios triplicou em uma semana.

Repete-se, assim, um cenário que tem ocorrido desde, pelo menos, 1997. Naquele ano, uma greve selvagem começou em Minas Gerais, cuja polícia era vista como modelo, e espraiou-se por vários Estados. O texto da Constituição é cristalino na proibição à “sindicalização” e à “greve” entre os militares. Por que então esse tipo de movimento – que só pode ser qualificado como motim – vem se repetindo com frequência preocupante?

Há três motivos centrais para isso. O primeiro é o comportamento delinquente de alguns policiais, constatado agora na Bahia. Palavras de incitação ao vandalismo foram flagradas na boca do líder do movimento da PM baiana, Marco Prisco (leia mais sobre ele). Policiais sequestraram e incendiaram ônibus, interromperam o trânsito e aterrorizaram a população. A Polícia Federal descobriu a articulação de vários grevistas para estender o movimento ao Estado do Rio de Janeiro e, felizmente, líderes foram presos antes que o terror se espalhasse mais.

TERRORISMO

Policiais militares exibem armas em salvador depois de sequestrar ônibus e fechar avenida. A delinquência dos PMs não pode ficar impune (Foto: Almiro Lopes/Correio-BA)

O segundo motivo é a politicagem em torno da questão. A presidente Dilma Rousseff acertou ao dizer que não deve haver anistia para “crimes contra a pessoa e a ordem pública”. Mas o governo Lula, de que ela fez parte, sancionou uma anistia a policiais militares e bombeiros insubordinados. O próprio ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou a declarar, nas greves de 2001: “A Polícia Militar pode fazer greve. Todas as categorias de trabalhadores consideradas atividades essenciais só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário essencial”. Trata-se de um absurdo evidente – e Lula está longe de ter sido o único a explorar politicamente as greves policiais (leia mais sobre isso). A principal consequência do desleixo dos políticos é a falta de uma lei para regular as greves no setor público, quase 24 anos depois da promulgação da Constituição.

O terceiro motivo, que se soma à delinquência policial e à irresponsabilidade eleitoreira, é a leniência e a negligência com que os políticos brasileiros têm tratado a questão da segurança pública. Sucessivos governos foram incapazes de formular uma política nacional de segurança, que articulasse a ação da União e dos Estados – da qual as PMs e as polícias civis seriam importantes braços operacionais. No vácuo de uma política nacional, vicejam as propostas populistas e irrealistas, como a Proposta de Emenda Constitucional 300, a PEC, que tem galvanizado os grevistas por propor um piso salarial único para as PMs em todos os Estados (leia mais sobre isso). Todos estão de acordo que oficiais, sargentos, cabos e soldados devem ter uma remuneração adequada a uma profissão que implica cotidianamente riscos à vida. Mas a PEC 300, se aprovada, não seria a solução. Ela trata desiguais como iguais e arrebentaria as finanças estaduais.

As PMs são instituições com raízes na história do Brasil. Para funcionar bem, devem estar submetidas ao controle democrático da sociedade civil. Elas estão por trás de avanços recentes importantes na área de segurança pública, como as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), no Rio de Janeiro, cujo sucesso se tornou motivo de celebração. Seria uma pena que tais iniciativas fossem contaminadas por policiais que apelam para a
deliquência para que suas reivindicações sejam ouvidas. Para isolar esses maus policiais, é preciso que as autoridades ajam com severidade. Assim, não haverá espaço nos quartéis para a anarquia. Nos dias de Carnaval, a algazarra deve se limitar apenas ao ambiente alegre das escolas de samba e dos blocos de rua.
Nelito Fernandes e Luciana Vicária
Revista Época, 10 de fevereiro de 2012

LOS BANDOS DEL ALCALDE

Em 1986, por acaso estive no enterro de Enrique Tierno Galván, político, sociólogo, ensaísta e prefeito de Madri. Um milhão de pessoas chorava sua morte, inundando o espaço todo em torno à fonte de Cibeles. Marxista mas não fanático, homem de grande cultura, governava sua cidade através de “bandos”, que foram reunidos em livros. Suas posturas municipais eram extremamente poéticas e muitas vezes o prefeito começava citando Platão para tratar da organização da cidade. Um milhão de madrilenhos erguia os punhos e gritava: “Alcalde, presente!”

Era pessoa unanimemente querida e aquela multidão toda me provocou um nó na garganta, logo em mim que nada tinha a ver com o homem.

Enrique Tierno Galván é nome desconhecido no Brasil. Dele tomei conhecimento no dia de seu enterro. Autor de vários ensaios, o que mais me fascina no prefeito adorado pelos madrilenhos são seus bandos. A palavra existe em português, mas caiu em desuso. Significa anúncio público, proclamação. Daí contrabando, o que é contra o bando. Tierno Galván, ao anunciar suas portarias municipais, em vez de um texto jurídico fazia um poema em prosa.

Uma das mais ternas lembranças que tenho de Madri é um livrinho de 120 páginas, Bandos del Alcalde, onde Tierno Galván fala aos vecinos de Madrid. Por vecinos não se entenda vizinhos, mas habitantes. Com erudição e extrema elegância, el alcalde admoesta e dá recomendações a sus vecinos para bem tratar “esta hermosa Corte y Villa”. Por sua importância literária, foram reunidos em livro. No prólogo à 2ª edição, escreve Fernándo Lázaro Carreter, da Real Academia Española:

Por que o êxito? Há um motivo básico: estes textos, além de cumprirem com seu objetivo fundamental de comunicar o Alcaide com a Vila, constituem uma invenção nada fácil, que surpreendeu a muitos ainda capazes de admirar as invenções delicadas. Enrique Tierno criou um minúsculo porém grato gênero de discurso: o do bando didático-lúdico. Quem não está habituado a transitar pelos recônditos da escritura, mal dará valor ao que isto supõe.

Literatura, estes bandos? Claro que sim. Também circula hoje como convicção comum que é literário todo texto que atrai para sua leitura fora do tempo e da ocasião em que foi escrito. (...) Não é nada falso que a literatura é fundada pelo leitor, quando estima valioso para si, para seu gozo desinteressado, um determinado escrito.

Claro que um prefeito assim só pode conversar e ser entendido por uma cidade culta. Madri mereceu seu Alcalde e Tierno Galván mereceu sua Villa. Felices vecinos os que o tiveram como administrador.

Leio no El País que acabam de ser publicadas suas Obras Completas, com nada menos de 8000 páginas. Que incluem o ensaio ¿Qué es ser agnóstico?, seu único trabalho literário, Relato de una muerte barroca, prólogos, conferências, artigos e bandos, o livro póstumo El miedo a la razón e mais três textos inéditos. É um feito e tanto para um homem que não se pretendia escritor.

Transcrevo um de seus bandos, em que el Viejo Profesor – como era conhecido - recomenda a vecinas y turistas maior recato no vestir-se durante o verão manchego. Transcrevo em espanhol, para não estropiar o saboroso estilo do autor.
09 de fevereiro de 2012
janer cristaldo

EL ALCALDE PRESIDENTE
DEL EXCELENTISIMO
AYUNTAMIENTO DE MADRID


Madrileños:

Es viejo decir poético, con varia fortuna repetido, que con la llegada de la primavera, la naturaleza se viste con sus mejores galas, encubriendo la magra y seca desnudez del invierno con brillantes y copiosos adornos. Pero la humana especie que a veces contraría y repele lo que natura hace, lejos de cubrir, descubre, y lo que tapado había, destapa, en obsequio del más alegre, descuidado y gozoso vivir al que el bonancible tiempo invita.

Nada tendrá el Alcalde que advertir, respecto de lo dicho,si entre los que tal hacen no hubiera algunos y también algunas que caen en desquiciada y peligrosa confusión, pues hacen de esta Villa lo que esta Villa no es, tomando los ábregos vientos que de la Mancha vienen o los cálidos Aires que del africano Sur nos llegan por suaves y marinas brisas y el recio sol de Castilla, que más quebranta que alivia, por el suave y reparador que los altos montes luce.

De tan quimérica visión de la verdad nacen extrañas y peligrosas costumbres, pues desprovistos los hombres de jubón y calzas, pavonéanse en lienzos o lienzuelos, en extremo contentos de si, aunque hayan las carnes flacas, desdichadas las proporciones y mal encajados los huesos, como si lo hubieron sido dibujados por un torpe algebrista.

Algo semejante, aunque no igual, ocurre con buena copia de nuestras feminiles visitantes que por esta ciudad vagan y peregrinan y con numerosas vecinas que arrastradas por la antigua y legítima inclinación al discreteo, más la quimérica confusión que ya dijimos, dan en despojarse, como con particular y escrupulosa atención ha observado el Alcalde de esta Villa, de corpiños, basquiñas, briales y otras prendas, que por respecto no se nombran, faltando poco, en algunos casos, para que tanto mozas como menos mozas en carnes queden.

Ocasionánse de este modo graves y supérfluos daños, pues quienes desde el pescante los coches guían, alejan la atención de su principal menester, arrastrados por el invencible deseo de mirar, con menoscabo de haciendas, peligro para la vida y aumento de la común confusión.

Sucede además que el grande polvo que la ciudad produce, particularmente en el estio, la quemazón del sol, el rebullir las simientes y otras vegetales materias en la urbana atmósfera, amén de los humores a cuya expulsión la desnudez promueve, ocasionan salpullidos, llagas, postemas, abscesos y hasta lamparones, males que, según los físicos del Concejo, empodrecen los suaves miembros e gentiles cuerpos de las vecinas de esta Corte.

Conviene, por último, añadir a lo ya dicho que las buenas costumbres piden comedimiento y mesura en cuanto al destaparse toca, pues en esos lugares de común recreación y roce que son las públicas piscinas, como natura huye lo triste y apetece lo deleitable, exagéranse los destapamientos sin haber cuenta del decoro que cada uno a si próprio debe y del respeto que la tranquilidad de los demás merece.

También a veces acaece, cuando los estivales calores son muy grandes, que alguno de nuestros visitantes, para alivio, descanso y alegre algazarra y regodeo, se meten en cueros vivos en el agua que llena las tazas de las fuentes públicas monumentales. De cundir este ejemplo, faltarían tazas o sobrarían visitantes, con perjuicio notório para el bueno y equilibrado proceso de la vida en esta Corte. Amén de que con esos médios, según esta Alcaldía se alcanza, los ardores, lejos de bajar, aumentan, por lo que conmina a moradores y visitantes a que no practiquen tan dañosos y censurables usos.

Confia, pues, el Alcalde, que durante el presente estio, visitantes, andantes en Corte y las vecinas y vecinos de esta Villa, de cualesquiera edad y condición que sean, salvo los ancianos de cansada y molida senectud, tengan el debido cuidado en cuanto a lo que este Bando se aconseja, sin caer en impropias mojigaterías, exageraciones ni afectación de virtud.

Madrid, 25 de mayo de 1984.

DILMA, ANISTIAS, ACERTO TARDIO E A MESMA MOEDA

Quem costuma ler os artigos do Visão Panorâmica sabe que não morro de amores pelo governo Dilma. Em minha opinião, a presidente é uma mera marionete e verdadeiro joguete nas mãos do PMDB, de Lula, de José Dirceu e de toda corja que infestou o PT desde o primeiro mandato do ex-presidente Lula.

Mas, as ações corretas devem ser apontadas por uma mera questão de justiça. Em sua visita as obras de transposição das águas do Rio São Francisco; Dilma declarou o óbvio, mas diante da imbecilidade de vários petistas ao se manifestarem sobre o mesmo assunto – a greve na polícia baiana – suas palavras sensatas devem ser elogiadas.

Ao dizer, com todas as palavras, que não se podia anistiar os amotinados baianos; Dilma deu mostra de que nem tudo está perdido. E que, mesmo sem qualquer autonomia para decidir qualquer coisa sobre os rumos do país, ainda tem sensatez suficiente para emitir uma opinião equilibrada.

Enquanto isso assistimos ao verdadeiro festival de sandices vomitadas por lideranças e políticos sem expressão de vários partidos de esquerda. Mesmo diante da violação constitucional de um motim declarado em uma força militar auxiliar como a PM e com a revelação da articulação para que tal motim se espalhe pela federação, imbecis despreparados e que só pensam em se promover com o caos, incentivam e orientam os amotinados a espalhar a revolta pelo país.

Ninguém, mais do que eu, é solidário com as reivindicações dos PM’s, bombeiros e policiais civis. No entanto, o que foi feito na Bahia – e se pretendia propagar pelo país – se constituiu numa prática inaceitável de terrorismo. Bandos armados de bandidos travestidos de policiais atirando a esmo, formando “bondes” para aterrorizar a população civil indefesa não podem ser chamados de grevistas. São meros terroristas que desejam impor sua vontade pela violência e pela instalação do caos na sociedade.

Exatamente por isso e independente da validade de seus apelos, os líderes do movimento devem ser severamente punidos e quantos forem apanhados devem ser expulsos da corporação e penalizados gravemente como exemplo.

Ao afirmar que não deveria haver anistia aos amotinados, Dilma se posta como verdadeira Chefe de Estado e cumpre o seu papel maior de defesa da Constituição. Ao mesmo tempo, mostra que o Estado não pode ser posto em xeque por nenhuma organização – armada ou não – e, muito menos, por seus próprios integrantes.

Infelizmente, sabemos que o quadro político nacional é extremamente fraco e que correm a boca pequena os acertos para que os amotinados sejam anistiados. Afinal, o próprio Ministro da Justiça deu uma declaração completamente equivocada e que demonstrou total desconhecimento da Constituição Brasileira ao afirmar ser favorável a greve das polícias, desde que efetuada sem violência. Também, por parte dele, não se poderia esperar outra posição. Pois, como um dos líderes do PT, sabe que seu partido usou o mesmo expediente de incentivar greves para desestabilizar governos opositores onde desejava governar (como delatado pela própria liderança dos grevistas baianos em vídeo já mostrado aqui). Assim, ao experimentar a mesma moeda, não pode se mostrar profundamente indignado e nem “bater de frente” com os amotinados sob pena de ser igualmente desmascarado como foi Jaques Wagner.

Polícia NÃO pode fazer greve. Pois, pela constituição, a Polícia Militar, o Corpo de Bombeiros e a Polícia Civil são Forças Auxiliares às Forças Armadas. Já imaginaram se o Exército, a Marinha ou a Aeronáutica entram em greve e utilizam seus meios de trabalho (canhões, navios de guerra e aviões de combate), para exigir o cumprimento de suas exigências? Teríamos o caos total. O que não se falou ainda é que ninguém vai de porta em porta e aponta uma arma para a cabeça de alguém dizendo: “Você vai ser policial ou bombeiro”. Quem assim escolhe viver, sabe das dificuldades que enfrentará em matéria de salários e conhece a rigidez do regime jurídico a que estará submetido.

É exatamente por isso que essas forças obedecem a uma hierarquia rígida e a um código disciplinar especialmente elaborado e rígido. Qualquer reivindicação que por ventura houver deve ser levada às esferas superiores, sempre dentro da mais alta disciplina, e com total observância aos preceitos que regem os estatutos de cada força. “Elevar” os integrantes dessas unidades a qualidade de “trabalhadores comuns” e dar-lhes o direito de greve é uma temeridade e um erro que pode ter consequências desastrosas para a sociedade, como o caos experimentado na Bahia já provou.

Por outro lado, é preciso também valorizar os homens e mulheres que se preparam para cometer até o sacrifício supremo de dar a vida para garantir nossa integridade e assegurar que gozem de uma vida digna e honrada.
Não é com politicagem e com manipulações mesquinhas que isso será garantido; mas sim com políticas sérias de valorização profissional e de remuneração adequada ao alto risco a que se submetem.

Portanto, fica o recado: Dilma acertou no que disse. Mas, deve acertar no que fará daqui para frente.

Pense nisso.

11 de fevereiro de 2012
visão panorâmica

MARTA CONFESSA POR ESCRITO


Para o PT o Brasil só não é um mar de rosas porque elas têm espinhos. Mas comemora o aniversáriodo partido só pra não dizer que não fala de flores.

O governo se afoga em um mar de lama de tanta corrupção ministerial; troca mais de ministro do que de cueca e Marta Suplicy não vai perder a chance de ver a vaia em Gilberto Kassab, mas manda um bilhete para a festa de aniversário do PT dizendo entre outras coisas lindas de morrer:

"... Parabenizo meu partido, o Partido dos Trabalhadores, pelos seus 32 anos de história, em especial o ex-presidente Lula e a presidente Dilma Rousseff por em seus mandatos terem mostrado o modo petista de governar...".

Orra, meu! Isso não é um bilhete é uma confissão por escrito.

11/02/2012
sanatório da notícia

URGENTE! VEJA TRAZ NOVA REPORTAGEM-BOMBA!!!

Quando o Augusto Nunes antecipa na sua coluna no site da Veja que a edição da revista será quente podem apostar que vai chegar ao grande público neste final de semana mais uma reportagem-bomba. O título da nota é sugestivo: O mais cruel dos dias vai estragar o carnaval do cordão dos pecadores!
Augusto Nunes antecipa que a Veja deste sábado vai tirar o sono de muita gente boa que habita os luxuosos palácios de Brasília. Aqui um aperitivo do explosivo conteúdo da reportagem de capa da Veja que, a esta altura da madrugada, já está sendo desovada nas bancas:
Forçado a desfilar por oito páginas da edição de VEJA, um animado cordão de pecadores vai reafirmar, uma semana antes do Carnaval, que para figurões com culpa no cartório é sábado o mais cruel dos dias. O título da reportagem de capa ─ PODER, SEXO E CORRUPÇÃO ─ reúne os três ingredientes de outro escândalo federal. “As revelações explosivas da advogada que a máfia infiltrou no governo”, resume o subtítulo. Um juiz do Supremo Tribunal Federal será instado a falar fora dos autos. E um ministro acampado no Planalto há nove anos terá de buscar álibis menos bisonhos para livrar-se da mais recente enrascada em que se meteu.
Os brasileiros decentes vão gostar do fim de semana.
Fevereiro 11, 2012
aluizio amorim

PARA O BRASIL SEGUIR MUDANDO... PARA PIOR!

Petrobrás perde R$ 28 bilhões em valor de mercado após balanço

As justificativas apresentadas pela Petrobrás para a surpreendente queda do lucro no ano passado não convenceram as instituições financeiras e os analistas do setor petrolífero.

No dia seguinte à divulgação dos resultados, a companhia perdeu R$ 28,2 bilhões em valor de mercado, segundo cálculos da consultoria financeira Economática.

No pregão desta sexta-feira, as ações ON da estatal caíram 8,28%. As PN, 7,84%. O resultado dos papéis da Petrobrás levou o índice Bovespa a cair 2,34%, para 63.997,86 pontos.

O BTG Pactual chegou a qualificar os resultados da estatal em 2011 como "intrigantes". Em relatório, o BTG Pactual manifestou dúvidas em relação ao aumento dos encargos de depreciação no setor de exploração e produção e à deterioração dos resultados do refino.

Os analistas Gustavo Gattass, Luiz Felipe Carvalho e Dario Valdizan, mesmo debruçados sobre os resultados anunciados pela petroleira, não conseguiram decifrar como a Petrobrás chegou aos resultados financeiros divulgados.

Tamanha derrocada, segundo o BTG, pode ter origem atípica. "Ainda assim, a diminuição nos resultados foi tão grande que não podemos descartá-los como irrelevantes", diz o texto do BTG, que pretende revisar as estimativas para a Petrobrás.

O Bank of America Merrill Lynch (BofA) apontou o custo da importação de derivados de petróleo como o principal responsável pelo desempenho ruim no quarto trimestre. Nos três últimos meses de 2011, houve prejuízo de R$ 4,412 bilhões na área de abastecimento, responsável pelas importações.

O relatório do Credit Suisse, assinado pelos analistas Emerson Leite e André Sobreira, diz que as perdas no setor de abastecimento da Petrobrás dobraram em seis meses.

"Quanto mais o negócio cresce, maiores são as perdas, mesmo tendo em vista preços da gasolina 10% mais altos e do diesel, 2% maiores, que contribuíram para os resultados a partir de novembro."

Para o Credit Suisse, o trimestre poderia ter sido bom, com o aumento da produção e dos preços dos derivados.

"Com ações que subiram 30% no ano até agora, estimativas de ganhos que podem ser reduzidas depois desses resultados e um cenário de produção que verá um crescimento significativo apenas depois de 2014, continuamos a ver um caso de investimento pouco convincente", dizem os analistas.

Para o Deutsche Bank, a principal causa da queda no lucro foi o aumento da importação, uma vez que a empresa chegou ao limite de capacidade de refino.

Relatório dos analistas Marcus Sequeira e Luiz Fonseca diz que "a magnitude de perdas foi claramente subestimada" pelo mercado.

O banco destacou a alta dos custos operacionais, que se persistir em 2012 poderá gerar "uma onda de redução dos ganhos".

Fevereiro 11, 2012
Luciana Collet, Vanessa Stecanella e Sergio Torres, de O Estado de S. Paulo

PARODIANDO LULA: "JAMAIS NA HISTÓRIA DESTE PAÍS, OS MILITARES FORAM TÃO MALTRATADOS."

A presidente Dilma Roussef disse que “atos ilícitos, crimes contra o patrimônio, contra as pessoas e contra a ordem pública, eles não podem ser anistiados”. Ah, bom!

Qualquer cidadão sensato, ordeiro, que defenda a legalidade deve pensar assim também. No entanto, eu faria uma pergunta à presidente:
Sua Excelência tem o mesmo pensamento em relação as organizações terroristas que no passado infernizaram a vida dos brasileiros, assaltando bancos, praticando atentados à bomba e matando civis inocentes?
Será que V.Exa. admite que os militares erraram ao concederem anistia aos militantes dessas organizações?


A imprensa está omitindo esse fato, mas o responsável por toda essa situação das PMs foi o Sr. Luiz Inácio Lula da Silva. Você pergunta por quê? Porque no dia 8 de maio de 2008, ele assinou a MP 426, que concedeu reajuste de 14,2% aos 28 mil policiais militares e bombeiros do Distrito Federal, extensivo aos da reserva. O aumento foi retroativo a fevereiro daquele ano. O atrasado foi pago de uma só vez. O piso dos coronéis passou para R$ 15.224,00 e o dos soldados para R$ 4.117,00.

Você perguntaria: por que foi Lula quem assinou e foi por MP? Porque os gastos com segurança, saúde e educação do Distrito Federal são bancados por um Fundo Constitucional, conforme informa Reinaldo Azevedo em seu blog.

Por acaso, Sr. Lula, não sabia que isso geraria um efeito dominó em todo o Brasil? Os policiais de Brasília são melhores do que os dos outros estados? Quero deixar bem claro que não sou policial nem tenho parentes policiais.
Chamem agora o “Doutor” Honoris Causa – aquele que não gosta de ler, mas recebeu o título dos bajuladores universitários -, certamente ele terá uma resposta na ponta da língua como “nunca antes na história deste país…”. E eu completo: “…os militares foram tão maltratados”.

Charles Carwal
11 de fevereiro de 2012

NÃO É PORQUE TEM POUCO A DIZER, MAS POR TER MUITO A OCULTAR...

Gilberto Carvalho fugiu da entrevista sobre o caso Celso Daniel não por ter pouco a dizer, mas porque há muito a ocultar

“O ministro Gilberto Carvalho não lhe concederá entrevista”, capitula o secretário-geral da Presidência da República na primeira das três frases do email (endereçado “Ao Senhor Augusto Nunes“) que ditou ao “assessor de comunicação” Sérgio Alli. “Ele já prestou todos os esclarecimentos pertinentes em relação ao assassinato do ex-prefeito Celso Daniel”, mente na segunda. “As gravações, cujos trechos foram divulgados pelo senhor fora de contexto e como se fossem novidades, foram apresentadas à CPI dos Bingos e os questionamentos sobre elas foram todos devidamente respondidos”, repete a mentira na última frase o poltrão vocacional que recorre a estafetas até para informar que bateu em retirada.

Esclareceu coisa nenhuma, ouviria se ousasse recitar tais espertezas diante de um jornalista independente. Desde a descoberta das repulsivas gravações feitas pela polícia em janeiro e fevereiro de 2002, parcialmente destruídas por ordem de um juiz que vendia sentenças e favores, Gilberto Carvalho faz o que pode para escapulir do fantasma que o assombra há dez anos. Foi o que fez na sessão da CPI dos Bingos realizada em 15 de setembro de 2005 ─ e fechada à imprensa por solicitação do depoente. Já no palavrório de abertura, o ex-secretário de Governo da prefeitura de Santo André disse que não responderia a perguntas que envolvessem os diálogos telefônicos reunidos nas fitas que comprovam a trama forjada para assassinar também a verdade.

O senador Álvaro Dias, do PSDB paranaense, quis saber se o então secretário particular de Lula pelo menos admitia que era o dono de uma das vozes capturadas pela escuta. “Eu não falarei nada”, esquivou-se o chefe do bando que, quando nem fora marcada a missa de 30° dia, esqueceu o companheiro massacrado para impedir o avanço das investigações. Nesta segunda-feira, ao recusar o convite para tratar do assassinato do prefeito de Santo André numa entrevista ao site de VEJA, Gilberto confirmou o que sabem milhões de brasileiros decentes: ele guarda distância do caso não por ter pouco a dizer, mas porque há muito a ocultar.

“Todos os questionamentos foram respondidos”, reincide no email o ex-seminarista sem chances no Juízo Final. Está convidado a informar em quais entrevistas, depoimentos, declarações avulsas ou conversas de botequim em que esclareceu as dúvidas expostas nos 11 tópicos seguintes:

1. Por que o grupo formado por dirigentes do PT, amigos e assessores de Celso Daniel, além da viúva, resolveu interferir tão acintosamente e com tanta afoiteza no rumo das investigações, mantendo sob estreita vigilância o comportamento de testemunhas e suspeitos?

2. Por que Gilberto Carvalho e seus parceiros descartaram a hipótese do crime político quando as investigações mal haviam começado?

3. Por que dirigentes e militantes do PT demonstraram tanto interesse por um crime que, segundo eles próprios, não teve motivações políticas nem quaisquer ligações com o partido?

4. Numa conversa com Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, Gilberto Carvalho se esforça para acalmar o suspeito de ser o mandante do crime. “Marcamos às três horas na casa do Zé Dirceu”, diz Carvalho. “Vamos conversar um pouco sobre nossa tática da semana, né? Porque nós temos que ir para a contra-ofensiva”. Sombra parece mais tranquilo ao saber da operação de socorro. “Vou falar com meus advogados amanhã, nossa ideia é colocar essa investigação sob suspeição”. Gilberto Carvalho aprova a manobra: “Acho que é um bom caminho”. O intrigante diálogo exige esclarecimentos. Qual foi a “tática da semana”? Depoimentos à polícia não devem ser apenas verdadeiros? Por que os interlocutores resolveram “colocar a investigação sob suspeita”? O objetivo de um inquérito não é apurar a verdade?

5. Por que convidar para a reunião o presidente nacional do PT, José Dirceu? O que tem a ver um dirigente partidário com a apuração de um crime comum?

6. Numa conversa com Klinger Luiz de Oliveira, Sombra faz uma exigência: “Fala com o Gilberto aí! Tem que armar alguma coisa, meu chapa!”. Também esse diálogo merece ser esclarecido. O que foi (ou deveria ter sido) armado? Em quais trunfos se amparava o possível mandante do crime para fazer tais exigências? Se era inocente, a que atribuir o evidente descontrole emocional?

7. Em outra conversa, Luiz Eduardo Greenhalgh manifesta a Gilberto Carvalho sua preocupação com o que um dos irmãos de Celso Daniel vai dizer à polícia. “Está chegando a hora do João Francisco ir depor”, avisa Greenhalgh. “Antes do depoimento preciso falar com você para ele não destilar ressentimentos lá”. Gilberto Carvalho se alarma: “Pelo amor de Deus, isso vai ser fundamental. Tem que preparar bem isso aí, cara, porque esse cara vai… “. O que viria depois das reticências? O que poderia dizer João Francisco? O que havia de “fundamental” a silenciar? Caso o depoente mentisse, não cumpriria exclusivamente à polícia restabelecer a verdade?

8. Por que Gilberto Carvalho se dispôs a contratar um criminalista para cuidar da defesa de Sombra, como informa Klinger Luiz de Oliveira numa conversa com o principal suspeito? Por que, na mesma conversa, Klinger diz que “o Dirceu está louco pra vir até aqui conversar com a gente”?

9. Por que Gilberto Carvalho e seus parceiros endossaram de imediato a versão de Sombra? Se o absolveram liminarmente, como explicam o estranho comportamento de Sombra na noite do sequestro? Por que assumiu a direção do carro blindado? Por que afirmou que houve um defeito mecânico que, como comprovaram os peritos, não existiu? Por que destravou as portas do veículo? Por que os participantes das conversas grampeadas, alheios às evidências em contrário, acreditaram desde o começo que os problemas mecânicos foram reais?

10. Por que Sombra não buscou socorro assim que os bandidos se afastaram? Por que os sequestradores pouparam a única testemunha que poderia reconhecê-los? Por que não levaram dinheiro ou objetos valiosos? Por que não pediram resgate?

11. Os defensores da tese do crime comum afirmam que os bandidos não sabiam quem era o sequestrado e que, ao identificá-lo, acharam melhor matá-lo e livrar-se do corpo. Como acreditar que uma quadrilha de bandidos experientes ignore o alvo do crime? Se isso tivesse ocorrido, saber quem era o sequestrado não serviria apenas para elevar o preço de resgate? Se quiseram apenas livrar-se do sequestrado, porque torturaram Celso Daniel antes da morte? O que procuravam? O que desejavam saber?

As interrogações contidas nesses 11 tópicos consumiriam a primeira metade da entrevista. A segunda parte fica para o próximo post. As perguntas restantes conduzem à solução do caso. A conspiração do silêncio não conseguiu matar a verdade.
(VEJA)

APLAUSOS VEEMENTES

#CorruPTosDay: chefe da sofisticada organização criminosa do Mensalão é aplaudido de pé na festa do PT.

José Dirceu foi recebido como herói na festa do PT. Muitos ali devem as suas eleições ao mensalão. São agradecidos ao chefe da quadrilha.

AREISTON...

TUMULTOS REFLETEM A DESMORALIZAÇÃO DO PODER PÚBLICO

O tumulto no sistema de trens do Rio de Janeiro e a greve dos policiais na Bahia e no Rio de Janeiro, que, possivelmente, será decretada em outros estados, são reflexos da atual desmoralização do poder público brasileiro, visto que, a cada dia, aumenta a falta de confiança da população em seus governantes.

Segundo o cientista político João Trajano Santo-Sé, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), o grande problema é a falta de exemplo: “Quando a sociedade percebe que seus próprios representantes não agem de acordo com as normas e leis estabelecidas, ela apreende esse comportamento, e as autoridades, por sua vez, acabam se desmoralizando”.

“Historicamente, há no Brasil certo desconforto no que diz respeito a seguir as normas legais e regras, como se isso fosse uma coisa que apenas os fracos e desvalidos seriam obrigados a fazer”, explica João Trajano. “Quando, além disso, as autoridades não têm muito apreço pelas regras e cometem desvios de conduta de qualquer natureza, isso também reforça certo desprezo geral pela lei”.

De acordo com o cientista político Antônio Carlos Alckmin, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-RJ), a situação se agrava quando a população vê que seus governantes não estão fazendo o trabalhado para o qual foram eleitos.

Para o cientista político, “a falta de solução para a precariedade dos serviços, como é o caso do sistema de transportes do Rio de Janeiro, assim como a sequência de denúncias que acabou ocasionando a queda de ministros do governo Dilma, são apenas um entre os muitos problemas que deixam o cidadão desacreditado nas autoridades”.

Antônio Alckmim acrescenta que “se as autoridades públicas não tomam atitudes para solucionar os problemas da população, ela se revolta. Sempre foi assim, em todo lugar do mundo e em qualquer tempo – a responsabilidade da autoridade é de cumprir com a sua função”.

Paulo Peres
10 de fevereiro de 2012