"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 3 de maio de 2013

RECURSOS DO MENSALÃO PODEM TER NOVO RELATOR, DIZ LEWANDOWSKI


O revisor da Ação Penal 470 no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, disse que é possível a redistribuição de recursos do mensalão para outro relator. Desde 2005, o responsável pelo processo é o ministro Joaquim Barbosa, atual presidente da Corte. Segundo Lewandowski, a redistribuição pode ocorrer na próxima fase de recursos, os chamados embargos infringentes.

O Regimento Interno do STF admite embargos infringentes quando o placar teve quatro votos pela absolvição. Nesse caso, os réus pedem um novo julgamento. Para Lewandowski, a admissão desse recurso ainda não é unânime entre os ministros, pois houve mudança na legislação. "Mas superada essa questão do conhecimento desses embargos infringentes, aí haverá uma redistribuição dos autos ou uma distribuição originária dos autos. Será nomeado novo relator do caso".

Ontem foi o último dia do prazo para os réus apresentarem os primeiros recursos possíveis, os embargos declaratórios. Eles são usados para esclarecer pontos omissos, controversos ou obscuros do acórdão, documento de 8,4 mil páginas que reúne as decisões, votos e debates do julgamento do mensalão.
DEZ DIAS PARA GURGEL

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse que deve analisar esses recursos no prazo de dez dias, mas Lewandowski acredita que o Ministério Público só pode se manifestar se os embargos tentarem mudar o teor do julgamento. "Quem vai decidir isso é o relator. Que vai decidir e vai examinar se tem ou não caráter infringente [para alterar o resultado]".

Segundo Lewandowski, os 26 embargos apresentados até agora não precisam ser analisados em conjunto pelo plenário. "Tecnicamente é possível julgar separadamente, não há nenhuma razão técnica que obrigue a julgar todos os embargos de uma vez só", disse Lewandowski, lembrando que Barbosa decidirá sobre o formato do julgamento.

O ministro preferiu não se pronunciar sobre a necessidade de redistribuição dos embargos declaratórios para outro relator, conforme solicitado por alguns advogados dos réus. Ele admite, no entanto, que o plenário terá que analisar a questão se ela for suscitada nos recursos.

Lewandowski esclarece que, em tese, é possível que os advogados apresentem novos embargos declaratórios dentro dos primeiros recursos. A medida é possível caso alguma questão não seja elucidada pelo Tribunal. Ele explica que esses recursos raramente são aceitos, podendo motivar a aplicação de multa aos advogados pela tentativa de adiar o desfecho do processo.

03 de maio de 2013
Débora Zampier (Agência Brasil)

AO PEDIR REDUÇÃO DE PENA, DIRCEU ACEITA SER CONDENADO


O ex-ministro José Dirceu, através de seus advogados, recorreu ao Supremo Tribunal Federal – reportagem da Folha de São Paulo de 2 de maio – contra a sentença que, pelo processo do mensalão, o condenou por dois crimes: 7 anos e 11 meses por corrupção ativa e 2 anos e também 11 meses por formação de quadrilha. As duas penas, assim, somam 9 anos e 22 meses. Esse recurso tem como objetivo reduzir sua pena total para menos de 8 anos, o que o livraria de cumprir a sentença em regime fechado. O argumento é o que o Supremo o condenou duplamente pelo mesmo crime, quando, em tal caso, deveria levar em conta o delito mais grave, corrupção ativa, e não somá-lo a outro menor. Uma contradição.

Pois se ao longo do julgamento, que se estendeu por vários meses ma Corte Suprema, ele sustentou ser inocente, como admite tacitamente sofrer uma condenação menor? Buscar uma condenação menor é admitir culpa. Além do mais, lembra a matéria da Folha, no caso de formação de quadrilha, o ex-ministro chefe da Casa Civil foi condenado por 6 votos a 4, o que a ele permite, segundo sua equipe de advogados, recorrer utilizando a figura do embargo de infringência. Dessa forma, o recurso de infringência não poderia abranger a pena por corrupção ativa.

José Dirceu argumenta, acentua o repórter Felipe Seligman no contexto da Folha de São Paulo, que os ministros que o condenaram usaram a mesma circunstância para aumentar sua punição em duas etapas, o que a seu ver colide com a lei em vigor. O momento atual não é propício para tentar provar sua inocência. Por isso a defesa se concentra no segmento de que as penas foram calculadas de maneira errada. Se conseguir êxito nesta estratégia, José Dirceu se livraria do regime fechado. Ele, na petição, deseja paralelamente retirar das mãos do ministro Joaquim Barbosa a tarefa de relator de seu recurso. Sustenta que Barbosa, como presidente do STF, não pode acumular as duas funções. Mas, segundo a reportagem, não podem assumir novos processos. Mas podem continuar à frente daqueles nos quais já funcionavam. Marcos Valério ingressou com recurso junto ao Supremo. Condenado a 40 anos de prisão, sustenta inocência.

CAMPANHA NAS RUAS


Como O Globo destacou na edição de 2 de maio, os três principais candidatos às eleições presidenciais de 2014 colocaram suas campanhas na rua nas comemorações de primeiro de maio. A presidente Dilma Rousseff, o senador Aécio Neves, o governador Eduardo Campos. O tema abrangeu o confronto entre salários e inflação. A atual presidente da República colocando em relevo os avanços salariais dos últimos dez anos, espaço de tempo em que o PT, com Lula e com ela, assumiu o governo, Aécio e Eduardo Campos argumentando com os sinais de retomada inflacionária, afirmando-se dispostos e capazes de fazer mais e proporcionar avanço maior para os trabalhadores.

Politicamente, portanto, o quadro passou a ganhar definições mais concretas. Falta, entretanto, a ex-senadora Marina Silva se pronunciar. Ela está buscando assinaturas e tentando criar um partido próprio, Rede Sustentável. Criar o partido não é mais difícil do que fazê-lo funcionar se o Congresso transformar em lei o projeto que reduz ao mínimo seu campo de atuação.

03 de maio de 2013
Pedro do Coutto

O HUMOR DE DUKE





03 de maio de 2013

SEM NOÇÃO, NO SANATÓRIO GERAL CHAMADO BRASIL



* Aposentadoria compulsória é a pena máxima para o magistrado corrupto, com direito a receber seu gordo salário sem trabalhar. Todos os vencimentos e demais privilégios. Claro, a maioria dos brasileiros não sabe disso.

* Menores infratores em medidas sócio-educativas (da antiga Febem) terão direito a visitas íntimas. Para isto não precisa maioridade. Nem para praticar crimes.

* O governador de Roraima prometeu qualificar policiais guianenses, exatamente os maiores traficantes de maconha e os piores perseguidores dos brasileiros que habitam a margem direita do Rio Tacutu, antes de ser tomada pela Inglaterra (na questão do Pirara). Alimentem as cobras. Depois verão os resultados.

* O Aecio apresentará projeto que acaba com a reeleição no País. Parece estranho. Será que quer a volta do Lula. É o que acontecerá se o projeto dele for aprovado.

* O Senado tem garçons com salários entre R$ 7,3 mil e R$ 14,6 mil. O trabalho de servir cafezinho aos senadores é uma das missões mais bem remuneradas do mundo.

* Os ecoxiitas continuam atrapalhando tudo. Como se não bastasse impedir a construção de barragens e a pavimentação de estradas, trancam até a abertura de uma rua em Brasília.

* Preconceito é seletivo – pode-se chamar uma pessoa alta de girafa, um gordo de baleia, mas não um negro de macaco. Agora como já houve para os negros, se pensa em leis especiais para os gays. Será difícil parar de chamá-los de veados, pois eles mesmos se tratam assim.

* Os portos são um dos gargalos que criam o "custo Brasil, e o que mais retarda novas construções é o Ibama. Desde que foi criado o empreendimento Porto Sul, que será construído no distrito de Aritaguá, em Ilhéus (BA), sofreu muitas resistências de entidades ambientais radicais Mesmo considerado como o mais bem feito estudo ambiental pelas burocracias do Ministério Público Federal e estadual e do próprio Ibama, lá se vão sete anos.

03 de maio de 2013
Gelio Fregapani

PÁTRIA E PATRÃO NA VISÃO DE LULA, O PATRIOTA


Já nos idos anos de 1848, Marx e Engels afirmavam: "O proletariado não tem pátria!". O antigo proletário, Lula da Silva, destacado militante sindicalista e figura maior do Partido dos Trabalhadores, tem se revelado um abnegado patriota. Porém, o patriotismo do sr. Lula tem um viés faccioso, na medida em que presta os seus serviços a uma facção da burguesia, particularmente das empreiteiras, levando os seus pleitos a vários países.

Entre outros casos, há de se destacar a participação do ex-proletário Lula, no seu afinco em proporcionar bons negócios à empreiteira OAS, em Costa Rica. Nesse episódio, parecem existir alguns lances nebulosos; e tanto é assim que a procuradoria costarriquense denunciou irregularidades nos contratos dessa empreiteira e, em função disso, foi aberta uma rigorosa investigação da qual Lula não será poupado.

Outro caso que merece ser visto deve-se às incursões do ex-metalúrgico no Panamá onde, dessa vez, os seus patrióticos serviços tiveram como "cliente" outra empreiteira, a Odebrecht.

Vários são os casos em que se tem feito presente a participação desse "viajante". Quando acontece de haver contestações a respeito dessas andanças e intervenções em favor de algumas empresas, tanto o Lula, quanto os petistas dizem: "estamos empenhados em proporcionar bons negócios para o Brasil".

Mas o Brasil dos petistas é o Brasil dos banqueiros, das empreiteiras, das indústrias, dos exportadores, dos importadores, do agronegócio… Em defesa desses segmentos do capitalismo, Lula tem se prestado a ser um ardoroso defensor. Não é a toa que o grande slogan do governo Lula foi "Brasil, um país de todos".

Trata-se de uma desavergonhada mentira, pois, como sabemos, as terras do Brasil são deles, dos capitalistas, assim como os bancos, as indústrias, as minas, o grande comércio, as grandes empresas. Ao povo restam migalhas, que, ao final de contas, terminam sendo bem recebidas, como é o caso patente do programa do Bolsa Família, quando há o empenho em promover uma política de assistência à miséria, quando a pretensão justa seria a abolição da miséria e da pobreza, e nunca administrá-las.

Do que foi dito, devemos concluir que pátria e patrão são coisas que se combinam e o que existe de fato, quando se fala em defesa da pátria, é a defesa dos interesses de uma classe, ou seja, os interesses da burguesia. (artigo enviado por Mário Assis)

03 de maio de 2013
Gilvan Rocha

JOAQUIM BARBOSA ANALISA OS 19 RECURSOS DO MENSALÃO NA SEMANA QUE VEM


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse hoje (3) que ainda não analisou os primeiros recursos dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Na Costa Rica, onde participa de evento da Unesco, Barbosa disse que só deve ter contato com os embargos de declaração apresentados pelas defesas a partir da próxima semana.

Segundo declarações confirmadas pela Assessoria de Comunicação do STF, Barbosa acredita que os embargos de declaração não podem ser usados para reverter condenações em ação penal. O ministro defende que esse tipo de recurso tem o objetivo de ajustar pequenas contradições.

O ministro também disse que ainda não há consenso no Tribunal sobre a admissão de um outro tipo de recurso, os embargos infringentes, que permitem novo julgamento. De acordo com o Regimento Interno do STF, eles são cabíveis quando há pelo menos quatro votos pela absolvição.

Barbosa lembrou que esse recurso não é mais previsto na legislação comum desde a década de 1990, quando foi aprovada nova norma sobre a atuação penal dos tribunais superiores.

Quinta-feira, o revisor da Ação Penal 470, ministro Ricardo Lewandowski, disse que se os embargos infringentes forem admitidos pelo Tribunal, haverá distribuição para novo relator. Barbosa ainda não se manifestou a respeito.

03 de maio de 2013
Débora Zampier (Agência Brasil)

JOAQUIM BARBOSA ANALISA OS 19 RECURSOS DO MENSALÃO NA SEMANA QUE VEM


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, disse hoje (3) que ainda não analisou os primeiros recursos dos condenados na Ação Penal 470, o processo do mensalão. Na Costa Rica, onde participa de evento da Unesco, Barbosa disse que só deve ter contato com os embargos de declaração apresentados pelas defesas a partir da próxima semana.

Segundo declarações confirmadas pela Assessoria de Comunicação do STF, Barbosa acredita que os embargos de declaração não podem ser usados para reverter condenações em ação penal. O ministro defende que esse tipo de recurso tem o objetivo de ajustar pequenas contradições.

O ministro também disse que ainda não há consenso no Tribunal sobre a admissão de um outro tipo de recurso, os embargos infringentes, que permitem novo julgamento. De acordo com o Regimento Interno do STF, eles são cabíveis quando há pelo menos quatro votos pela absolvição.

Barbosa lembrou que esse recurso não é mais previsto na legislação comum desde a década de 1990, quando foi aprovada nova norma sobre a atuação penal dos tribunais superiores.

Quinta-feira, o revisor da Ação Penal 470, ministro Ricardo Lewandowski, disse que se os embargos infringentes forem admitidos pelo Tribunal, haverá distribuição para novo relator. Barbosa ainda não se manifestou a respeito.

03 de maio de 2013
Débora Zampier (Agência Brasil)

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE





03 de maio de 2013

QUEM PODE MAIS, ROUBA MAIS, MAS TODOS ROUBAM...


roque abinDesde que o Partido dos Trabalhadores assumiu a governo do país, não se encontra repartição alguma onde não haja peculato.
 
Ficou-se sabendo das fortes suspeitas de um roubo antigo, mas foi divulgado somente agora. José Ribamar Reis Guimarães, coordenador-geral de Operações de Contra-inteligência da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) é acusado de usar verba sigilosa para contratar a empresa de sua própria família para aluguel de carros, emissão de passagens e deslocamentos de agentes nos jogos Pan-Americanos de 2007.
 
Trata-se da Razen Turismo e Locadora de Veículos Ltda, uma pequena loja na Asa Sul, na galeria Cine São Francisco, registrada em nome da sua esposa e do seu filho. Esta teria recebido R$ 134 mil sem comprovação de despesas entre 2006 e 2011, por meio de cartões corporativos da agência.

A contratação estava prevista no Plano de Operações 01/2006, que tinha como objetivo a Operação Milhagem, montada para “acompanhar e eventualmente neutralizar a ação de estrangeiros suspeitos de prática de ações adversas à segurança da sociedade e do Estado, inclusive espionagem”.
 
Contudo, os investigadores da Presidência rastrearam as notas fiscais emitidas por Ribamar e descobriram que a Abin aceitava como comprovante notas da Razen sem que fossem comprovadas as despesas.
 
Nessa lambança há algo pior que o dito acima O Gabinete de Segurança Institucional, a quem a Abin é vinculada, informou que o servidor continua exercendo suas atividades e não figura como acusado.
 
E viva o Brasil petista, paraíso dos ladrões e da impunidade. Até quando?
 
03 de maio de 2013
Giulio Sanmartini
(1) Texto de apoio: Alana Rizzo.

CONCEITO DE RIQUEZA

 

catonVou começar este texto com um anexim:
 
“rico não é aquele que mais tem e sim aquele que menos precisa”.
 
Partindo desse princípio, quão maravilhosa seria a vida, se todos pensassem como Armando Fuentes Aguirre (foto), conhecido como Catón, um jornalista mexicano, que escreveu um fabuloso, na minha opinião, texto, pelo menos porque eu tenho o mesmo tipo de pensamento que ele expressou tão bem, em Medindo as riquezas do ser humano:
 
“Tenho a intenção de processar a revista ‘Fortune’, porque fui vítima de uma omissão inexplicável. Ela publicou uma lista dos homens mais ricos do mundo, e nesta lista eu não apareço. E eu sou um homem rico, imensamente rico. Como não? Vou mostrar a vocês:
 
Eu tenho vida, que eu recebi não sei porquê, e saúde, que conservo não sei como. Eu tenho uma família, esposa adorável, que ao me entregar sua vida me deu o melhor para a minha; filhos maravilhosos, dos quais só recebi felicidades; e netos com os quais pratico uma nova e boa paternidade.
 
Eu tenho irmãos que são como meus amigos, e amigos que são como meus irmãos. Tenho pessoas que sinceramente me amam, apesar dos meus defeitos, e a quem amo apesar dos seus defeitos.
Tenho quatro leitores a cada dia para agradecer-lhes porque eles leem o que eu mal escrevo.
Eu tenho uma casa, e nela muitos livros (minha esposa iria dizer que tenho muitos livros e entre eles uma casa).

Eu tenho um pouco do mundo na forma de um jardim, que todo ano me dá maçãs e que iria reduzir ainda mais a presença de Adão e Eva no Paraíso.
Eu tenho um cachorro que não vai dormir até que eu chegue, e que me recebe como se eu fosse o dono dos céus e da terra.
Eu tenho olhos que vêem e ouvidos para ouvir, pés para andar e mãos que acariciam; cérebro que pensa coisas que já ocorreram a outros, mas que para mim não haviam ocorrido nunca.
E eu tenho fé em Deus, que vale para mim amor infinito.
Pode haver riquezas maiores do que a minha? Por que, então, a revista ‘Fortune’ não me colocou na lista dos homens mais ricos do planeta?”

E você, como se considera? Rico ou pobre? Há pessoas pobres, mas tão pobres, que a única coisa que possuem é … DINHEIRO.
 
03 de maio de 2013
Old Man

SANATÓRIO DA "POLÍTICA" BRASILEIRA

Djalma & Santos

“Queria também cumprimentar um grande jogador, o Djalma Santos – quem é que não se encantou ao ver Djalma Santos jogar e, sobretudo, ao ver os dois jogarem”.

Dilma Rousseff, na abertura da Expozebu 2013, em Uberaba, internada por Celso Arnaldo ao se dizer encantada com as tabelinhas entre Djalma e Santos.
 

Atividade inativa

“O grupo ficou de estudar se é possível. Se não for possível, não se paga”.

Sônia Alves, vice-presidente do Sindicato dos Servidores da Câmara dos Vereadores, ao tentar explicar quais serão os critérios utilizados pelo Legislativo municipal para pagar um bônus de produtividade a funcionários aposentados.

161 dias

“Não acho que seja definitiva a retirada do nome do Mercadante. O que eu estou convencido é de que o PT nunca esteve tão próximo de ganhar o Estado de São Paulo como agora”.

Lula, ao sair de um posto de saúde em São Bernardo, mostrando que continua disposto a falar de qualquer coisa – até da vitória inevitável de um candidato que não existe –, desde que não entre na conversa o caso de polícia em que se meteu ao lado da ex-segunda dama Rosemary Noronha.

Sinceridade cucaracha

“Não gosto de ler. Sou sincero”.

Evo Morales, presidente da Bolívia, revelando que, em matéria de leitura, a única diferença entre ele e companheiro Lula é que só o lhama-de-franja não mente.

Faltava essa

“Foram lá beber na fonte”.

Fernando Ferro, deputado do PT de Pernambuco, explicando por que os pagadores de impostos tiveram de bancar a viagem de sete parlamentares brasileiros que foram descobrir em Cuba como é que se junta gente nas comemorações do 1° de Maio sem recorrer a dupla sertaneja, tubaína e pão com mortadela.

03 de maio de 2013
in Augusto Nunes

CADA FRASE DE DILMA ROUSSEFF NO DISCURSO EM CAMPO GRANDE MERECERIA UMA VAIA DO BRASIL QUE PENSA

 

Pouco antes do ataque em dilmês-desabafo, disparado por sua bateria antivaias, Dilma Rousseff teve outro rompante, dirigido a um sujeito na plateia que, de repente, se transmutou numa senhorinha que simplesmente repetia seu nome:

“Eu vou voltar ao meu início. Tem um companheiro ali que gosta de falar o meu nome, vocês notaram? Oi. Você fala Dilma, eu falo oi para você. É uma senhora, por sinal. Outro. Agora parou, gente, peralá, deixa eu falar o fim. Tá”.

Por sorte, parou. Porque seria um interminável diálogo de loucos e moucos:
– Dilma
– Oi
– Dilma
– Oi
Peralá: o fato é que madame está muito mal acostumada — há três anos diz as maiores barbaridades, na forma e no conteúdo, um escandaloso tratado de mentiras insinceras que não interessam, e ouve “Dilmá, Dilmá, Dilmá” da plateia amestrada. Quando alguém, de outro tipo de plateia, diz seu nome sem o afetuoso acento agudo na última sílaba, a coisa fica grave.

Aliás, esse discurso de Campo Grande já nasce histórico, não só pelas primícias das vaias como por ter sido, até o momento, a mais longa manifestação em dilmês já registrada: 49min36s.
O Portal acaba de colocar no ar sua espantosa transcrição literal — e, como de costume, cada frase mereceria uma vaia do Brasil que pensa, a começar da primeira:

“Eu saúdo todos os estudantes, todas as crianças do nosso país que têm e que carregam consigo o nosso futuro”.

Nesse discurso, a cabeça aérea que prometera 800 aeroportos agora voa ainda mais alto para o território do nunca, a bordo de aeronaves que rasgarão essas pistas-fantasmas:

“Vamos subsidiar assentos nos aviões, para que eles se tornem competitivos, ou seja, nós pagamos a diferença entre a passagem de ônibus e o preço médio da passagem de aviação, para aviões regionais nós vamos bancar”.

E só faltava essa: Dilma Rousseff, tentando fazer embaixadinhas com a Copa do Mundo, ainda teve a audácia de citar Nelson Rodrigues, em dilmês. Foi exatamente assim, segundo o Portal do Planalto:
“E ele dizia uma coisa, e eu queria dizer isso para vocês. Ele dizia que se uma equipe entra… eu não vou citar literalmente, não, mas se uma equipe entra para jogar com o nome Brasil, se ela entra para jogar com o fundo musical do Hino Nacional, então ela é a pátria de chuteiras”.

Dilma faz Nelson Rodrigues soar muito pior que José Sarney em seus piores momentos. Justo Nelson Rodrigues, o genial escritor que colocou a vaia em seu devido lugar. Se Dilma soubesse ler, e lesse Nelson Rodrigues sem citá-lo de orelhada como se fosse uma pessoa ainda na fase da pré-aquisição da linguagem, ela talvez entendesse as vaias que recebeu em Campo Grande e com elas se consolasse, sem rodar a havaiana.

Além de decretar que a vaia é o aplauso dos descontentes, escreveu Nelson:

“A grande vaia é mil vezes mais forte, mais poderosa, mais nobre do que a grande apoteose. Os admiradores corrompem”.

Leia-se: o lulopetismo corrompe.

03 de maio de 2013
CELSO ARNALDO ARAÚJO

"THE LULA TIMES" E OUTRAS NOTAS POLÍTICAS

 



Agora que já fizeram todas as piadas, falemos sério: por que o ex-presidente Lula não pode escrever no grupo jornalístico The New York Times? Certo, não é ele que vai escrever; mas quando Barack Obama assina um artigo, também não é ele que escreve.

É sempre alguém de sua equipe, com tempo para pesquisar cada uma das informações e verificar a possibilidade de ser mal interpretado. Tanto Lula quanto Obama, ou Vladimir Putin, ou Nelson Mandela, dizem qual o tema e quais suas ideias; e o redator faz o texto, que depois será aprovado por quem o assina.

É assim que funciona – menos no caso da presidente Dilma, que faz seus textos de improviso ou o redator não entende o que ela disse, o que dá na mesma.

Lula tem histórias para contar. Pena que certamente evitará as mais interessantes, como aquela que o mantém longe de entrevistas há mais de cinco meses. Como Cartola não chegou a dizer, não são só as Rosas que não falam. Lula tem segredos que, se revelados, mudarão a História do Brasil – por exemplo, quando estourou o caso do Mensalão, disse que tinha sido traído

Nunca antes nesse país um presidente teve como contar, em inglês, quem o traiu. Será uma surpresa genuína, uma cunha no muro de silêncio dos mensaleiros e de seu boy. Imagine se contar como é que Eike Batista chegou ao fundo do poço e lá não havia petróleo?

Quem reclama da presença de Lula no NYT está é com dor de cotovelo. Todo mundo (este colunista também) adoraria ter recebido um convite como este.
Mas há um sério problema a resolver: como é que se diz “menas” em inglês?

Até ele viu

Até o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a Poliana da economia brasileira, descobriu que a situação está longe de ser cor de rosa: a receita do Governo caiu 0,5%, as despesas subiram 11,5%, os investimentos oficiais ficaram onde estão, pequeninos, o superávit primário, aquele dinheirinho que o Governo economiza para pagar os juros dos empréstimos que financiam sua gastança, caiu 41,5%.
Até Delfim Netto, que hoje consegue ser mais dilmista e lulista do que o companheiro Paulo Maluf, escreveu que a situação fiscal e o equilíbrio das contas externas “apresentam alguns sinais nebulosos cuja evolução exige cuidado”.

E vai rolar…

Para onde vai o dinheiro? Em Brasília, o governador Agnelo Queiroz, do PT, destinou pouco mais de R$ 5 milhões para capas de chuva, que serão usadas pelo pessoal de segurança da Copa das Confederações. Coisa meio esquisita:
1 – É quatro vezes mais do que se vai gastar com armas para a Polícia;
2 – A Copa se realiza entre 12 de junho e 13 de julho, bem na época da seca.

…a festa

A Câmara Municipal de Juazeiro do Norte, no Ceará, decidiu que os vereadores terão 90 dias de férias por ano – com salários integrais, que o contribuinte terá o prazer de pagar. É pouca vergonha, mas é muito dinheiro.
A justificativa é que Suas Excelências precisam de mais tempo para visitar as bases eleitorais.

O poeta da ciência

Quando a Rede Bandeirantes lançou, há muitos anos, o Encontro com a Imprensa, que viria a ser um de seus programas mais premiados, entrevistou o professor e sambista Paulo Vanzolini.
Este colunista saiu da conversa preliminar com o maxilar doendo, de tanto rir. Vanzolini, um dos grandes músicos do país (Ronda, Volta por Cima, Samba Erudito), foi também um dos nossos grandes zoólogos, responsável por centenas de descrições de animais ainda desconhecidos, uma das principais figuras do Museu da Zoologia da Universidade de São Paulo, um dos idealizadores da Fapesp, Fundação de Amparo à Pesquisa.
Só? Não: um de seus amigos, Sérgio Buarque de Holanda, tinha um filho que costumava assistir a suas conversas com o pai. Vanzolini era capaz de falar em rimas insistentes, que o garoto Chico adorava – e que adotou em seus sambas.

O crime na Internet

Diretores de duas grandes empresas de segurança na computação em nuvem, a Trustwave e a Trend Micro, debatem dos dias 7 a 9, com empresários e especialistas em Tecnologia de Informação, os pontos vulneráveis da Internet e as novas técnicas utilizadas pelos bandidos do setor – os cibercriminosos. Os encontros ocorrem em Florianópolis, no Floripa Tic’s Forum, promovido pela Dígitro.

Apreendendo e soltando

O “dimenó” que queimou viva uma dentista porque ela só tinha R$ 30,00 na conta já tinha sido detido cinco vezes, quatro delas por tráfico de drogas. Em todas foi liberado rapidamente, sem punição, pronto para cometer a atrocidade.

A casa caiu

As prisões atingiram gente graúda: por ordem do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, a Polícia Federal desfechou a Operação Concutare, nas cidades gaúchas de Caçapava do Sul, Canoas, Caxias, Pelotas, Porto Alegre, Santa Cruz do Sul, São Luís Gonzaga e Taquara, e em Florianópolis, SC. Foram presas, por irregularidades na concessão de licenças ambientais, 18 pessoas – como o secretário estadual e dois ex-secretários gaúchos do Meio-Ambiente, um secretário municipal de Porto Alegre, empresários.
É caso grande: a lista pode aumentar.

03 de maio de 2013
CARLOS BRICKMANN

E A FIFA PROIBIU AS CAXIROLAS


Caramba, desde que anunciaram a pocilga como sede da copa de 2014, esta é a primeira vez que eu concordo com uma atitude da toda poderosa FIFA.

Após a presepada na Bahia onde os torcedores atiraram em campo as Merdirolas que haviam sido distribuídas "di grátis" na entrada do estádio no jogo entre Bahia e Vitória, o pessoal da FIFA percebeu que aquela merda iria dar problemas durante a realização dos jogos na pocilga.

Brasileiro é meio idiota, e imaginem uma semi final ou final Brasil e ARGHentina. O time portenho enfia um gol na celessinha Brasuca...Merdirolas iriam chover em campo, assim como "chinelas", pilhas e radinhos.

A FIFA fez bem em proibir o uso daquelas merdas, e o bando de idiotas oficiais que se prestaram ao papel de garotos propaganda para a aventura oportunista do Carlinhos Brown, agora ficam todos com cara de paisagem como se nada tivesse acontecido.

Me parece que Brown recebeu uma milheta em investimento oficial para plagiar o "estrumento". Agora que foi proibida, será que a grana volta aos cofres do país com juros e correção?

E o pior é ver o populismo mambembe de governantes sem noção se prestando ao papel de promotores de venda chacoalhando com cara de abobalhados o plagiado "estrumento". Ministros de estado e a PresidANTA da república dando mais um espetáculo patético.
 
Só no Brasil mesmo.
E VIVA A FIFA. Por enquanto.

03 de maio de 2013
omascate

CUIDE DE SEUS FILHOS E DA SUA FAMÍLIA

 



03 de maio de 2013
movcc

 

O PT, SE FOSSE UM SER VIVO (NÃO FOSSILIZADO), SERIA A ENCARNAÇÃO DA INFELICIDADE. DA MESQUINHARIA. DA INVEJA. DA DOENÇA.

 

A ira está na gênese do PT.
Se antes esta ira tinha aos olhos de muitos algo de santa, pelo inconformismo com a ditadura, hoje somente se mostra como fruto do sectarismo e inadequação a um ambiente de liberdade.
O PT nunca foi propositivo. Não se manifestava sobre o que pretendia fazer. Defendia ideias suficientemente amplas para nunca se comprometer com nenhuma.
Sempre se definiu como um partido “contra”. E ser contra algo é mais fácil do que ser a favor de ideias efetivas e possíveis.
O PT nunca soube construir. Especializou-se em destruir.
Quando copia, precisa destruir o passado para sentir-se dono do presente.
A formatação sem nenhum estofo intelectual, teórico ou político (na essência do termo) transformou o partido numa federação de grupelhos que disputam a hegemonia e uma espécie de campeonato de radicalismo. Assim, prescinde de oposição.
Só estão unidos quando precisam ser CONTRA os que lhes atravessam o caminho. Seja um partido político, um poder republicano ou o fato de a terra ser redonda…
O Poder Judiciário insiste em prender e condenar bandidos? O PT indica ministros! Os indicados não são cúmplices dos ladrões? Que se retire poder o Judiciário e que este seja controlado por companheiros, que são CONTRA o estado de direito.
As oposições querem criticar o governo? Que se criem condições para que o PT tenha 70% (isso mesmo!) do tempo de TV na próxima campanha presidencial (às oposições restam os outros 30%) para que todos aprendam que ser CONTRA é monopólio do petismo. O PT é contra tudo e todos que não se submetem.
No passado o PT não assinou a Constituição de 1988. Não apoiou Itamar Franco quando expulsamos Collor do Planalto. Não apoiou o Plano Real. Foi ao Supremo contra a Lei de Responsabilidade Fiscal.
Hoje, apesar de usar TODOS os avanços a que negou apoio, continua CONTRA o que foi feito. Precisa reescrever a história, colocando-se em um cenário inventado, para então ser CONTRA tudo, agora em nome do que nunca fez.
O PT de Tarso Genro, por exemplo, tem raiva do PT de Rui Falcão, também como exemplo. O PT vive e sobrevive amparado na raiva.Como o cego que, ao nascer do sol, amaldiçoa a luz e o calor, debitando a estes a própria infelicidade.
O PT, se fosse um ser vivo (não fossilizado), seria a encarnação da infelicidade. Da mesquinharia. Da inveja. Da doença.
A raiva está para o PT como a droga está para o viciado. Precisa dela na veia. Os momentos de alegria nunca são causados por vitórias. O que os alegra é a derrota de outro, mesmo que aliado. Jamais cumpre acordos, pois quem tem raiva não tem discernimento. Nem mantém a palavra empenhada.
O PT é um partido sem propostas. E acredita que o Estado (cofres incluídos) lhe pertence. Quando alguém se põe CONTRA este projeto imundo de poder, o PT sente-se diminuído. Ser CONTRA é o que o PT sabe ser.
Quem é CONTRA tudo acaba sendo somente a favor de si mesmo.
É desta matéria que são feitas as ditaduras.
REYNALDO ROCHA
03 de maio de 2013
 

RÉU NO STF REPRESENTA CÂMARA EM GRUPO SOBRE A PEC QUE PROÍBE OS PROCURADORES DE INVESTIGAR


 
A Câmara indicou dois deputados para participar do grupo de trabalho que irá rever a PEC 37 –aquela proposta de emenda constitucional que proíbe procuradores e promotores de realizar investigações criminais. Um deles, Bernardo de Vasconcellos Moreira (PR-MG), que adota o nome parlamentar de Bernardo Santana, é réu numa açãopenal que corre no STF. Leva o número 611. Envolve crimes ambientais, receptação, uso de documento falso e formação de quadrilha.
 
O deputado Bernardo tentou brecar a ação, originária do município mineiro de Várzea da Palma. Uma de suas alegações foi a de que as apurações realizadas pelo Ministério Público de Minas Gerais deveriam ser anuladas. Curiosamente, o réu frequenta os embates da Câmara na trincheira dos que defendem a tese de que apenas as polícias federal e civis podem fazer investigações.
Em decisão liminar (provisória) datada de 27 de dezembro de 2010, o Tribunal de Justiça de Minas Gerais determinara o trancamento do processo. O diabo é que, dez dias antes, Bernardo havia sido diplomado deputado federal. Além do mandato, ganhara o foro privilegiado. Seu processo subiu à Procuradoria-Geral da República, em Brasília. Dali, escalou os escaninhos do STF, que cassou a liminar e reabriu a encrenca. O relator do caso é o ministro Luiz Fux.
À espera de julgamento, o deputado-réu ainda não pode ser tachado de culpado. A propósito, ele nega as acusações. Porém, parece absurda a ideia de que um personagem que guerreia no STF contra o Ministério Público possa participar de um grupo de trabalho sobre uma emenda que proíbe o Ministério Público de investigar. Composto também de delegados e procuradores, o grupo reúne-se pela primeira vez na próxima terça (7). A participação do doutor Bernardo é a mais recente prova de que De Gaulle realmente deveria ter dito a frase que dizem que ele disse –mas que na verdade não disse– segundo a qual o Brasil não é um país sério.
03 de maio de 2013
Josias de Souza - Notícias UOL
 

UM BANDIDO PARA CHAMAR DE SEU


          Artigos - Movimento Revolucionário 
Acho realmente intrigante a idéia de que numa dada idade, decidida mais ou menos arbitrariamente, o infeliz não goza das capacidades todas para saber distinguir um ser humano morto de um ser humano vivo.

Há poucos dias, três homens de bem, inequívocas vítimas da Sociedade Neoliberal e da Lógica de Mercado, atearam fogo na dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 47, justamente contrafeitos com a pequena quantia em dinheiro encontrada no consultório da profissional. Isso não se faz, não senhor. As contas precisam ser pagas e o bolsa família não está para essas coisas.
 
Semanas antes, o estudante Victor Hugo Deppman, 19, imprudentemente demorou mais do que os regulamentares trinta segundos para entregar a um legítimo representante das parcelas menos favorecidas da população o celular a que este teria direito, não lhe houvesse sido negado por ser negro, por ser pobre, por ser menor; quiçá, por ser ciclista.
 
Contrariado com a situação, o adolescente em situação de risco achou por bem defender-se das incorrigíveis injustiças sociais fazendo uso do revólver que, tivesse a sociedade civil apoiado o estatuto do desarmamento, não estaria em suas puríssimas mãos. Sabedor desses e de outros fatos assemelhados, vou tomar minhas precauções se vir a Lógica de Mercado solta por aí.

O clamor social depois dos amenos fatos mencionados foi pela necessária redução da maioridade penal. Dezesseis anos – dizem os brancos, os católicos, os donos de automóveis, os felicianos – são suficientes anos para que o indivíduo saiba a diferença entre um 38 e uma 45 – e os efeitos respectivos que produzem. Para os progressistas, no entanto, isso é discurso de ódio.
É querer responsabilizar – vejam só que tamanhos absurdos a que chegamos! – o sujeito com dezessete anos, onze meses e vinte e nove dias pelos atos que pratica, como se não fosse óbvio e como se não soubessem as pedras e os cândidos Antônios que a responsável é a própria sociedade, indesculpável autora dos crimes dos quais se julga vítima, e o meliante em questão não passa de um boneco de ventríloquo das teses comumente ventiladas nos artigos do Vladmir Safatle.
 
E dizem mais: dizem que punir menores de dezoito anos não vai resolver o problema da violência, e que o verdadeiro problema é mesmo a falta de oportunidades, de educação pública-e-de-qualidade, de espaços para o menino chutar uma bola ou empinar uma pipa.
Punir o peralta que nada mais fez que emprestar seu fura-bolo para a sociedade de classes apertar o gatilho é apenas perpetuar o estado de coisas e abarrotar os presídios de marginalizados que não terão meios de se readaptar à sociedade, coitadinhos.
 
Pois eu digo: às favas com a readaptação do meliante e a retórica dos bem-intencionados de sempre, entre os quais sociólogos e juristas munidos dos tais estudos e documentos a dizer que até os dezoito anos completos o cidadão não goza de plena autodeterminação moral e psicológica e patotas tais.
Acho realmente intrigante a idéia de que numa dada idade, decidida mais ou menos arbitrariamente, o infeliz não goza das capacidades todas para saber distinguir um ser humano morto de um ser humano vivo.
Dada a mesma idade mais um dia, o pobre-diabo passa da condição de inimputável para a de cidadão inteiramente responsável, deixando agora de ser protegido pelo ECA para ser defendido pelos artigos da Declaração Universal dos Direitos do Homem.
 
Esse tipo de argumento ignora que a pena é um dispositivo essencialmente punitivo – é responsabilizar o sujeito pelas ações praticou. Pouco importa, em princípio, sua ressocialização – seja imediata ou futura.
O que se quer é punir o crime e tirar o malfeitor de circulação. A ideia é precisamente que o criminoso fique um tempo bastante razoável sem tomar conhecimento da tal sociedade, e não o contrário. Bandido, muito obrigado, mas sua participação acabou por aqui.
 
Eu não sei se prender garotos antes dos dezoitos anos diminui a criminalidade, muito embora eu tenha a vaga impressão de que cadeias existem porque existem criminosos, e não o contrário. Mas ficaremos muito mais satisfeitos, ainda que não suficientemente satisfeitos, se soubermos que um desgraçado que tem como desporto incendiar mulheres ou executar estudantes por uns trocados vai perder a chance de adicionar novos amigos no Facebook por algumas décadas.
 
Grato pelos conselhos, psicólogos queridos; devida vênia aos senhores, criminólogos tão graves das suas obrigações, mas entre o incendiário e a incendiada, se me permitem a ousadia, fico com a última.

03 de maio de 2013
Gustavo Nogy

O APOIO AO NARCOTERROR NA UNIVERSIDADE: INSULTOS E AMEAÇAS DE MORTE

       
          Artigos - Terrorismo 
Assiste-se assim, por meio das intervenções da energúmena Piedad Córdoba, a um novo processo de Moscou.

Os diretores da Universidade Nacional da Colômbia poderiam ser processados um dia por patrocinar um evento tão obscuro como o chamado “Foro de Participação Política” (1), no qual os porta-vozes das FARC se arrogam o direito de lançar ameaças de morte, sem ser inquietados no mais mínimo pelo Ministério Público, contra altas personalidades do Estado colombiano.

 
As frases lançadas nesse cenário pela ex-senadora destituída, Piedad Córdoba, contra o Procurador Geral da Nação, Alejandro Ordóñez Maldonado, não são “críticas fortes”, como escreveu algum jornalista desinformado. Dizer que o Procurador Ordóñez “é um homicida político, um assassino político [que] mata a oposição e a desvertebra” e que “com suas declarações põe uma pistola no peito” dos “opositores”, é, juridicamente, cometer, em forma agravada, os delitos penais de calúnia e injúria, e fazer um convite explícito a que algum exaltado cometa um atentado contra o citado funcionário do Estado.
 
Assiste-se assim, por meio das intervenções da energúmena Piedad Córdoba, a um novo processo de Moscou, onde o acusado é o Procurador Geral colombiano. Com o apoio do ex-terrorista Antonio Navarro Wolf, Piedad Córdoba ameaçou o Procurador Geral e o reprovou por este ter cumprido com suas funções constitucionais, como são, entre outras, declarar e reiterar ante seus funcionários e de maneira pública que não pode haver processo de paz na Colômbia montado sobre um monstruoso palanque de impunidade para os criminosos.
 
Quem faça respeitar as normas do Direito e da Constituição colombiana deve ser objeto, segundo esse ativistas, dignos de Stalin e Pol Pot, de uma condenação à morte desde uma tribuna montada no coração mesmo da Universidade Nacional. Vergonha também deveriam ter esses diretores acadêmicos de se prestar a semelhante baderna.
 
A ex-senadora Córdoba, destituída e inabilitada em 2010 pela Procuradoria por ter vínculos com as FARC, participou nesse “foro” como cabeça do movimento político esquerdista Marcha Patriótica. Mais desequilibrada do que nunca, Piedad Córdoba não entendeu ainda que ela mesma é a única culpada de ter perdido seu assento no Senado colombiano, por ter entrado em uma relação de serviços com um movimento terrorista, as FARC.
Todo o mundo recorda que Piedad Córdoba teve o cinismo de pedir a Raúl Reyes que a catividade de Ingrid Betancur fosse prolongada um pouco mais porque não era o momento para deixá-la livre. Tal atuação abjeta, que estremeceu a Colômbia e o mundo, foi descoberta pois havia ficado registrada em um dos correios que transitaram pelo computador do número dois das FARC.
 
A violenta incursão verbal de Piedad Córdoba contra o Procurador Geral não é senão a ponta do iceberg: faz parte de uma ofensiva geral mais vasta que procura legitimidade e pôr uma mordaça nos responsáveis políticos, jurídicos, midiáticos, religiosos e intelectuais do país, que se atrevem a questionar o plano de impunidade total que as FARC estão impulsionando para elas mediante os contatos em Havana.
Córdoba acusou o próprio presidente Juan Manuel Santos e o ministro da Defesa, Juan Carlos Pinzón, de lançar “mensagens contraditórias com o processo de paz”.
 
Ela assegurou que atualmente existe na Colômbia um processo de “aniquilamento político” da oposição “arbitrado desde o alto Governo”. Porém, este é o mesmo que aceita, precisamente, suspender as ordens de captura internacional contra os chefes do terrorismo mais bestial do continente americano, o mesmo que ordena a Universidade Nacional a emprestar suas instalações para que grupelhos extremistas gesticulem e ameacem a torto e a direito, e em total impunidade.
 
O discurso de Córdoba é uma amostra a mais da dialética de guerra civil que as FARC destilam através de seus companheiros de viagem, em meio do pseudo “processo de paz” em Havana.
 
03 de maio de 2013
Eduardo Mackenzie
Nota da tradutora:
[1] A respeito desse foro, ler Instalan en Bogotá foro sobre participación política de la subversión”.

Tradução: Graça Salgueiro

AUTORIDADES


          Artigos - Cultura 
Basta você questionar de leve algum item do Credo ginasiano, e as reações indignadas mostram o escândalo, o horror que você despertou nas almas virgens, jamais tocadas antes pelas dúvidas que, em outros países, pululam por toda parte e alimentam discussões sem fim.

Quanto mais tempo fico nos EUA, mais nítida se torna, aos meus olhos, uma diferença crucial entre o Brasil de hoje e as nações civilizadas: é a completa ausência, no nosso país, de qualquer debate científico ou filosófico, pelo menos audível em público, ou mesmo de qualquer consciência, entre as classes alfabetizadas, de que esses debates existem em algum lugar do planeta. Só esse fenômeno, por si, já basta para mostrar que algo aí deu muito errado, que a vida dos brasileiros está indo numa direção francamente regressiva, incompatível com o estado da nossa economia e com a pretensão nacional de representar algum papel significativo no cenário do mundo.


Nos EUA e na Europa, não há idéia, não há doutrina, não há crença estabelecida, por mais oficial e majoritária que seja, que não sofra contestações e desafios o tempo todo, que não se veja obrigada a buscar argumentos cada vez mais elaborados para defender um prestígio que assim não arrisca jamais congelar-se em ídolo tribal, em tabu sacrossanto.

Qualquer professor universitário ou intelectual público que, desafiado, se feche em copas e fuja à discussão sob o pretexto de que suas crenças são lindas demais para rebaixar-se a um confronto com a idéia adversária, cai imediatamente para o segundo escalão, quando não se torna objeto de chacota. Os próprios correligionários do prof. Richard Dawkins arrancaram-lhe o couro quando ele, afetando inatingível superioridade olímpica, se esquivou a um debate com o filósofo William Lane Craig.

Nem mesmo a classe jornalística, tão burra e presunçosa em Nova York como em toda parte, confunde o consenso escolar – aquele corpo de teorias e crenças que o apoio majoritário consagrou como aptas para ser transmitidas às crianças – com a vida nas altas esferas intelectuais onde tudo, mesmo o aparentemente óbvio, pode e deve ser desafiado, contestado, forçado a buscar novos e cada vez mais sólidos fundamentos.

No Brasil só existe o consenso escolar. Ele impera sobre as cabeças dos intelectuais com a mesma autoridade indiscutível com que se impõe, nas salas de aula, aos trêmulos e indefesos corações infantis.
Basta você questionar de leve algum item do Credo ginasiano, e as reações indignadas mostram o escândalo, o horror que você despertou nas almas virgens, jamais tocadas antes pelas dúvidas que, em outros países, pululam por toda parte e alimentam discussões sem fim.

Especialmente os ídolos da ciência popular, Newton, Galileu, Darwin ou Einstein, adquiriram no Brasil o estatuto de divindades intocáveis, e não só entre meninos de ginásio, mas entre professores universitários, cientistas e formadores de opinião. Critique um desses habitantes do Olimpo, e o tom das respostas lhe mostrará, por a + b, que neste país até mesmo banalidades arqui-sabidas dos historiadores por toda parte são novidades escandalosas e provas incontestáveis de que você é um louco.

Quando mencionei, por exemplo, as conseqüências nefastas que o mecanicismo newtoniano espalhou na cultura européia – fato que já é de domínio público pelo menos desde o século XIX –, só não me xingaram a mãe porque não acreditavam que alguém capaz de atentar contra a memória do autor dos Princípios Matemáticos da Filosofia Natural pudesse jamais ter tido mãe.

Quando escrevi que o próprio Charles Darwin fôra o inventor do design inteligente hoje tão abominado pelos evolucionistas – coisa que não pode ser ignorada por ninguém que tenha lido algo mais que as orelhas de A Origem das Espécies --, fui imediatamente rotulado como fanático religioso indigno de ocupar um espaço na mídia.

Quando expliquei que sem o conhecimento do simbolismo astrológico é impossível compreender direito as concepções cosmológicas de Sto. Tomás de Aquino ou a estética das catedrais góticas – o que é a obviedade das obviedades para quem haja estudado o assunto --, passei a ser chamado pejorativamente de “astrólogo” pelos srs. Rodrigo Constantino e Janer Cristaldo, que, como ninguém ignora, são autoridades insignes em História medieval.

A distância, em suma, entre o que se discute desses assuntos na Europa e nos EUA e o que se sabe a respeito no Brasil já se ampliou de tal modo, que ter algum conhecimento nessas áreas se tornou realmente perigoso: a ignorância completa e radical é hoje a única fonte de credibilidade, o único depósito de premissas onde o opinador pode buscar argumentos com a certeza de que soarão razoáveis ante uma platéia ainda mais ignorante que ele.

Tendo violado essa regra, tornei-me o único comentarista brasileiro de mídia ao qual incumbe, sempre e sistematicamente, o ônus da prova -- com o detalhe de que, quando termino de provar tudo direitinho, os fulanos mudam de assunto e encontram outro motivo qualquer para continuar achando ruim.
Às vezes chegam, nisso, a requintes de imbecilidade jamais alcançados antes no universo. Indignados de que, num artigo aliás excelente sobre Otto Maria Carpeaux, o prof. Maurício Tuffani citasse de passagem o meu nome, alguns leitores ofereceram a singela sugestão de que eu fosse excluído para sempre de toda mídia.
O autor do artigo, então, com a maior paciência, explicou que no caso isso não era possível, por ter sido eu mesmo o editor de um dos livros de Carpeaux ali mencionados.
Com toda a evidência, os remetentes prescindiam de ter lido o livro para decidir quem podia ou não podia ser citado num comentário a respeito. Era o argumentum ad ignorantiam elevado às alturas de um mandamento divino: quanto menos você sabe, maior a sua autoridade na matéria.

03 de maio de 2013
Olavo de Carvalho
Publicado no Diário do Comércio.