"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

ESTUDANTES VENEZUELANOS SÃO SUPERIORES AOS BRASILEIROS

QUEIMAM BONECO DE FIDEL CASTRO E BANDEIRA DE CUBA EM PROTESTO CONTRA O GOLPE DE ESTADO CHAVISTA
Estudantes de Direito da Venezuela: protesto contra o golpe cubano-chavista. [Foto: El Nacional]
 
Os estudantes venezuelanos mostram notável superioridade aos brasileiros. Enquanto aqui a UNE e seus sequazes do PT costumam queimar a bandeira dos Estados Unidos, na Venezuela ocorre o extremo oposto: queimam a bandeira de Cuba e, junto em ela, um boneco de Fidel Castro.
Foi exatamente isso que os estudantes da prestigiosa Universidade de Los Andes (ULA) fizeram hoje durante um protesto contra o golpe de Estado levado a efeito pelo chavismo que se nega a convocar eleição presidencial, como preconiza a Constituição, sem virtude da impossibilidade do caudilho Hugo Chávez assumir seu novo mandato.
Entretanto, informações como esta são escamoteadas pela grande imprensa brasileira em sua maioria toda ela acumpliciada com o PT. Basta ver a capa da Folha de S. Paulo desta quinta-feira, que mais parece um órgão de comunicação oficial do PT.
Com toda brutalidade dos comuno-fascistas bolivarianos que partem para cima dos estudantes com inaudita violência, os estudantes não se amedrontam e denunciam a canalha golpista de Chávez.

No Brasil, os estudantes estão todos dopados ideologicamente e se submetem voluntariamente à lavagem cerebral comandada pelos asseclas do PT dentro das universidades.

Transcrevo na íntegra a matéria que está no site do jornal El Nacional, um dos principais veículos de comunicação da grande mídia venezuelana. Leiam:
EN ESPAÑOL - Estudiantes de la facultad de derecho de la Universidad de Los Andes realizaron una acción de protesta donde trancaron el paso de vehículos por la Avenida Las Américas en las inmediaciones del centro de estudio.
 
Los estudiantes se mantuvieron por más de dos horas en el lugar y concluyeron con la quema de la bandera de Cuba y un muñeco alegórico a Fidel Castro.
 
Vilca Fernández, dirigente estudiantil de la ULA, informó que esta fue una acción pacífica que se complementa con algunas asambleas en distintos sectores de la ciudad y que tienen como objetivó el rechazó a la manera como el Tribunal supremo de Justicia ha violado la Constitución Nacional.
 
Igualmente, expresó que el movimiento estudiantil a nivel nacional no reconoce al vicepresidente Nicolás Maduro como máxima autoridad del país, ya que sus funciones en el cargo ya cesaron el pasado 10 de enero y ahora lo ocupa de manera ilegal, aseguró.
 
Fernández rechazó la persecución y acusaciones contra dirigentes estudiantiles a nivel nacional y responsabilizó al Gobierno de cualquier situación que pudiera afectar la integridad física de los alumnos.
 Do site do jornal El Nacional.
 
17 de janeiro de 2013
in aluizio amorim

MENSALÃO, UMA CONVERSA SÉRIA COM O JORNALISTA RAUL JAFET




17 de janeiro de 2013

JUVENTUDE DO PT PROMOVE JANTAR PRÓ MENSALEIROS


E a juventude do PT, ou os herdeiros da trampolinagem. Irá oferecer no dia de hoje em Quadrilha...ops...Brasília, um jantar para arrecadar fundos para que sejam pagas as multas dos bandidos do partido que foram condenados pelo mensalão.

Ou seja, irão tirar dinheiro dos otários militontos para alisar a quebradeira nos bolsos dos ricos condenados.
Os convites serão à base de R$ 1.000,00 por otário.

É certo que a "juventude" do PT é formada basicamente por jovenzinhos alienados e babacas esfumaçados em geral para se perpetuarem no poder sem ter que trabalhar. Vejam o caso dos dirigentes da UNE, que certamente, em vez de estarem nas ruas lutando por melhores condições de ensino no país, ficam caladinhos nos bolsos dos Ratos Vermelhos.

E as 30 milhetas que o EX presidente Defuntus Trampolineirus deu à UNE para a reconstrução de sua sede no Hell de Janeiro, sumiu e a sede não saiu do papel.
Em um país minimamente sério, os vagabundos condenados seriam expulsos do partido e execrados publicamente, além, é claro, de terem os bens apreendidos e as perderem os direitos políticos.
Mas aqui na pocilga, eles não perdem os mandatos, não são apreendidos os bens e ainda recebem apoio dos quadrilheiros de seu partido que os colocam na condição de vítimas de um tribunal de excessão.

O que me deixa mais espantado nesse caso do Mensalão, é que o EX presidente jurou de pés juntos que não havia existido, e que ele iria provar que NÃO existiu. Além de não provar porra nenhuma, ele calou sua boca de vala e parou de vomitar asneiras sobre esse assunto, e acima de tudo, ele jamais abriu qualquer sindicância para apurar os fatos do mensalão enquanto esteve na presidência da pocilga.

Ou seja, além de existir, ele era o chefão da gang...
Ainda tenho remotas esperanças de que os quadrilheiros condenados percam os seus mandatos e cumpram suas penas na cana dura. Mas pelo andar da carruagem e pela inércia da população, vê-se que se não der em porra nenhuma essas condenações, ninguém vai estranhar.

No Brasil dos bunda-mole tudo é possível. Até tomar dinheiro de militonto para pagar multa de bandido condenado.
E como dizia meu saudoso avô:
"No Brasil nasce um otário à cada segundo"
 
17 de janeiro de 2013
omascate

CALHEIROS NO SENADO, ALVES NA CÂMARA E O CONGRESSO NO LIXO


Ezra Pound dizia que os poetas são as antenas da raça. Entendo que os, digamos, artistas do regime são, então, as antenas do regime. Não faz muito tempo, o músico Wagner Tiso, comentando o lulo-petismo, se disse preocupado com resultados, não com a ética. O ator Paulo Betti defendeu a necessidade de se "enfiar a mão na merda" para governar. A era lulo-petista viverá, em breve, dois capítulos que recendem à ética bettiana e reafirmam o realismo tisiano. Quando Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves, ambos do PMDB, se sagrarem, respectivamente, presidentes do Senado e da Câmara, Betti e Tiso terão motivos para comemorar. Antenas.

Abaixo, há uma sequência de posts com uma pequena amostra da obra recente desses dois patriotas, como se não bastasse a folha corrida de atos pregressos. Para funções tão importantes da República, o PMDB pode não ter escalado os seus melhores homens, mas certamente indicou os mais influentes, aqueles que representam, por assim dizer, o sumo e a súmula moral do partido.

Henrique Eduardo Alves, na sua campanha eleitoral, percorre o país a bordo de um jatinho emprestado por um colega de bancada, o deputado Newton Cardoso (PMDB-MG), o famoso Newtão, ex-governador de Minas que encontrou tempo para se tornar bilionário mesmo sendo político. "Ou por causa", intuirão os leitores mais desconfiados. Em tempo: Newtão não incluiu o avião entre os seus bens na declaração entregue ao TSE porque diz que o aparelho está arrendado. Certo. Ele tem dinheiro para comprar uma frota… O aparelho é só o seu pecado com asas.

A empreiteira para a qual Alves direcionou algumas de suas emendas é uma casa de periferia guardada por um bode. E isso, meus caros, não é metáfora nem trecho de alguma obra de realismo mágico, subgênero literário que encontrou na América Latina ambiente propício ao pleno florescimento. O surrealismo não precisa ser imaginado. Está nas coisas. Há mesmo um bode na tal casa. Só não está lá a empreiteira que recebeu a bufunfa. O dono da empresa era, até a semana passada, um seu assessor. O homem achou melhor se demitir.

Os Renans, o pai e o filho, que é deputado federal, não conseguem explicar a questão quântica que envolve a família e a propriedade de algumas rádios, que, a um só tempo, são e não são do clã. Tudo depende do modo como se olhe a coisa e dos documentos que são consultados.

Em 2007, Calheiros teve de renunciar à Presidência do Senado porque ficou claro que uma empreiteira pagava a pensão de um filho que ele teve fora do casamento. Homem ético, cuidadoso com as palavras, ao se referir ao episódio e ao período em que a amante estava grávida, ele dizia sempre "a gestante", deixando claro que é um político de sangue-frio e que consegue manter o devido distanciamento crítico entre a Presidência do Congresso e as folias de alcova… Seus pares se negaram a cassar seu mandato.

Menos de seis anos depois, eis Calheiros, mais uma vez, como o primeiro da fila na sucessão ao Senado, candidato a dar sequência à gestão de José Sarney, o Nosferatu que confere ao PMDB o senso muito aguçado de eternidade que tem o partido.

É evidente que essa gente não chegou agora à política. Alves já foi da base de apoio de FHC, e Renan chegou a ser ministro da Justiça na gestão tucana. Os fatalistas, quem sabe convencidos por Betti e Tiso, dizem que o "Presidencialismo de coalizão" obriga a essas coisas… É besteira. Já tratei desse assunto em outras oportunidades e não vou entrar no mérito agora. Volto ao ponto: os petistas não inventaram esses caras, mas permitiram que alcançassem altitudes inéditas. Encontram no pragmatismo à moda peemedebista o instrumento necessário à consolidação de sua hegemonia.

Também em nome do realismo, as oposições, em especial o PSDB, buscarão uma composição com esses valentes, porque a resistência poderia lhes custar não participar da mesa diretora das respectivas Casas. Seria esse um risco a correr? Seria, sim, desde que houvesse alguma interlocução com a sociedade e um discurso. Mas não há. Vai, uma vez mais, se enrolar no administrativismo e articular um de seus muitos silêncios.

Quando alguns vigaristas acusam uma parcela da imprensa de ser o verdadeiro partido de oposição do país, não deixa de haver certa verdade no que dizem. Oposição à safadeza, à sem-vergonhice e à sem-cerimônia com que a política brasileira enfia a mão naquela metáfora de Paulo Betti.

17 de janeiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

DENÚNCIAS SÃO 'NORMAIS' E NÃO AFETAM CANDIDATURA NA CÂMARA, DIZ ALVES


 
 Candidato favorito à presidência da Câmara, o deputado federal Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) disse nesta quarta-feira, 16, em Belo Horizonte, que "os questionamentos" sobre as denúncias que envolvem seu ex-assessor são "normais" e não devem afetar sua candidatura à presidência da Câmara. Ele se reuniu com o governador de Minas, Antonio Anastasia (PSDB), e lideranças mineiras em busca de votos da bancada do Estado, que tem 53 deputados federais.
"Não considero denúncias, mas questionamentos normais. Uma pessoa que tem o tempo de vida pública que eu tenho, eu considero questionamentos normais que nós temos o dever de explicar, que nos compete encarar com naturalidade, e as explicações eu já dei", disse Alves.
"Se eu for somar aqui o número de emendas dos últimos dez anos, de convênios, que eu já carreei para meu estado, daria umas 1.000. Quando eu somo o número de valores que eu consegui corretamente carrear para o meu estado, seriam milhões. Por isso eu acho que não é denúncia, é questionamento, que da minha parte eu esclareci. Portanto, esse assunto está resolvido".
Aluízio Dutra de Almeida, assessor de Alves até o último final de semana, é sócio de uma empresa, a construtora Bonacci, que recebeu dinheiro por meio de emendas parlamentares indicadas pelo próprio deputado.Segundo o deputado, o assessor deixou o cargo porque "sentiu-se como se fosse um elemento de embaraço e provocando distorções políticas". E voltou a dizer: "Eu não tenho 11 mandatos por mágica não, eu tenho 11 mandatos porque eu cumpro meus deveres com meu estado, e meu dever, ontem, hoje e amanhã, será sempre carrear recursos aos municípios e estados brasileiros, ao meu estado. Então isso eu faço. Então, a partir daí, como isso vai se desenvolver, os órgãos públicos que vão aplicar esses recursos, a licitação que será feita por esse ou por aquele órgão, quem vai fiscalizar, CGU (Controladoria Geral da União), Tribunal de Contas, não me compete. Me compete buscar recursos".
O deputado ainda rebateu o adversário Júlio Delgado (PSB-MG), que esteve em Minas na véspera também em busca de apoio da bancada mineira e disse que o PMDB ficaria hegemônico demais com a eleição de Alves. "Respeito muito o Júlio, mas ele não foi feliz. O PT e o PMDB têm uma aliança que não é de agora. Estou tento apoio de partidos da oposição e do governo".
 
17 de janeiro de 2013
Aline Reskala - O Estado de São Paulo

UMA GRANDE E ASSUSTADORA INTERROGAÇÃO

O crescimento econômico do Brasil deve ganhar impulso, atingir 3,4% neste ano e cerca de 4% em 2014 e 2015, segundo as novas contas do Banco Mundial divulgadas ontem. A expansão no ano passado foi estimada em 0,9%, número muito próximo da maior parte dos cálculos correntes no País. A produção global também deve acelerar-se, puxada pelos emergentes, mas o ritmo ainda será muito contido: 2,4% em 2013 e pouco mais de 3% nos dois anos seguintes. Mesmo essas projeções, nada espetaculares, estão sujeitas a condições ainda incertas, como a continuidade da recuperação americana e a superação dos riscos mais graves na zona do euro. A evolução da China, com provável declínio da taxa de investimento nos próximos anos, poderá afetar principalmente os países emergentes e em desenvolvimento, fornecedores de matérias-primas para a indústria chinesa. Isso inclui o Brasil, hoje muito dependente do mercado chinês, e boa parte dos latino-americanos.
A nova edição de Perspectivas Econômicas Globais, com a atualização das estimativas do Banco Mundial, é parte de uma safra de projeções periodicamente publicadas por instituições multilaterais. Na próxima semana o Fundo Monetário Internacional (FMI) deverá divulgar mais uma revisão dos números de seu Panorama Econômico Mundial.
As projeções têm sido elaboradas com ressalvas muito importantes, principalmente por causa da insegurança na União Europeia e de riscos como o do abismo fiscal nos Estados Unidos. O perigo de um desastre na economia americana foi temporariamente afastado, mas o presidente Barack Obama ainda precisa negociar medidas importantes, como a elevação, mais uma vez, do teto da dívida federal.
As perspectivas do Banco Mundial indicam mais um ano de recessão na zona do euro, com redução de 0,1% do produto bruto regional. Para a economia americana foi previsto crescimento de 1,9%, pouco menor que o de 2012 (2,2%), mas com tendência de aceleração nos dois anos seguintes. A continuidade da recuperação dependerá, em todo o mundo, da consolidação das contas públicas e, em alguns casos, de reformas politicamente difíceis nas áreas trabalhista e previdenciária.
A recomendação de empenho nas reformas é dirigida também aos países emergentes e em desenvolvimento. De modo geral, esses países conseguiram sair rapidamente da crise de 2008-2009, mas agora precisam elevar seu potencial de crescimento. No caso do Brasil, a aceleração em 2013 deverá ser favorecida, segundo o Banco Mundial, pelos estímulos fiscais e monetários adotados nos últimos dois anos. Os efeitos dessas medidas, segundo a análise, se manifestaram apenas parcialmente até agora e continuarão a surgir nos próximos meses. Esse argumento tem sido usado especialmente por dirigentes do Banco Central (BC).
A médio prazo, no entanto, a continuidade do crescimento dependerá de ações de maior alcance, segundo reconhecem os autores do Panorama. "Esforços do governo para elevar a eficiência da economia por meio da redução do Custo Brasil (altos custos de insumos e de tributos, burocracia pesada e infraestrutura inadequada) devem sustentar o produto potencial no médio prazo, apesar do menor crescimento da força de trabalho", segundo o documento.
Os economistas do banco são bem informados sobre alguns dos grandes problemas estruturais do Brasil. Mas talvez sejam um tanto otimistas quanto à execução das políticas para aumento da produtividade nacional e do potencial de crescimento.
O governo apenas começou a tocar em alguns daqueles problemas. As concessões e parcerias para a execução de obras no setor de transportes ainda são uma promessa e um bom tempo ainda poderá decorrer até a assinatura dos contratos. A renovação de concessões no setor elétrico inclui a curto prazo a redução de tarifas, mas nada garante, por enquanto, a realização, num prazo razoável dos investimentos necessários. As mudanças tributárias continuam limitadas e as mais ambiciosas são ainda remendos.
No Brasil, o médio prazo permanece uma grande e assustadora interrogação.
17 de janeiro de 2013
Editorial do Estadão

LUPI MANTÉM RENDA LIGADA AO CARGO DO QUAL FOI DEMITIDO

Afastado da Esplanada no fim de 2011, ex-ministro continua no conselho do BNDES
 
Ministério do Trabalho solicitou substituição há sete meses, mas Presidência ainda não se manifestou
Exonerado pela presidente Dilma Rousseff no fim de 2011 após denúncias de irregularidades, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi permanece como conselheiro do BNDES na vaga destinada ao representante do ministério.
 
No cargo, ele recebe cerca de R$ 6.000 por mês, pagos trimestralmente. A nomeação foi feita pela própria presidente, quando ele ainda era ministro do Trabalho.
 
A assessoria do atual ministro, Brizola Neto, informou ontem que pediu à Presidência em junho de 2012 a substituição de Lupi. A Presidência ainda não se manifestou sobre o pedido.
 
"Olha, eu não sei [explicar a permanência no cargo]. Você tem que perguntar à direção que me manteve lá até agora. Como eu era indicado pela Presidência da República, enquanto não me tirar, eu estou lá", disse. "Se for da confiança dela [Dilma Rousseff], permaneço", disse à Folha o ex-ministro.
 
Lupi é presidente nacional do PDT, partido da base aliada ao governo. Como conselheiro do BNDES, tem participação na aprovação do orçamento do banco e acompanha a sua execução.
A estimativa é que o BNDES tenha movimentado R$ 150 bilhões em 2012.
 
A saída do ex-ministro do governo ocorreu após a Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendar sua exoneração. A comissão apurou suposto desvio ético de Lupi e também o advertiu sobre o caso.
 
ACÚMULO DE CARGOS
 
Reportagem da Folha à época mostrou que, antes de assumir o Ministério do Trabalho, em 2007, ele acumulou dois empregos públicos por quase cinco anos: o de assessor da liderança do PDT na Câmara dos Deputados, em Brasília, e o de assessor de um vereador do PDT na Câmara Municipal.
 
A investigação do caso cabe à Procuradoria da República do Distrito Federal.
Dois meses após deixar o Ministério do Trabalho, ele foi nomeado assessor especial pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), mas foi exonerado no dia seguinte à nomeação.
 
O Conselho de Administração do BNDES é presidido pelo ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), que também já foi alvo de investigação da Comissão de Ética por sua atuação como consultor em 2009 e 2010, antes do governo Dilma.
 
Tem ainda entre seus integrantes o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; a ministra do Planejamento, Miriam Belchior; o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Mauro Borges Lemos; e o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, o economista Márcio Holland de Brito.
 
17 de janeiro de 2013
VENCESLAU BORLINA FILHO - Folha de São Paulo

LUPI MANTÉM RENDA LIGADA AO CARGO DO QUAL FOI DEMITIDO

Afastado da Esplanada no fim de 2011, ex-ministro continua no conselho do BNDES
 
Ministério do Trabalho solicitou substituição há sete meses, mas Presidência ainda não se manifestou
Exonerado pela presidente Dilma Rousseff no fim de 2011 após denúncias de irregularidades, o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi permanece como conselheiro do BNDES na vaga destinada ao representante do ministério.
 
No cargo, ele recebe cerca de R$ 6.000 por mês, pagos trimestralmente. A nomeação foi feita pela própria presidente, quando ele ainda era ministro do Trabalho.
 
A assessoria do atual ministro, Brizola Neto, informou ontem que pediu à Presidência em junho de 2012 a substituição de Lupi. A Presidência ainda não se manifestou sobre o pedido.
 
"Olha, eu não sei [explicar a permanência no cargo]. Você tem que perguntar à direção que me manteve lá até agora. Como eu era indicado pela Presidência da República, enquanto não me tirar, eu estou lá", disse. "Se for da confiança dela [Dilma Rousseff], permaneço", disse à Folha o ex-ministro.
 
Lupi é presidente nacional do PDT, partido da base aliada ao governo. Como conselheiro do BNDES, tem participação na aprovação do orçamento do banco e acompanha a sua execução.
A estimativa é que o BNDES tenha movimentado R$ 150 bilhões em 2012.
 
A saída do ex-ministro do governo ocorreu após a Comissão de Ética Pública da Presidência da República recomendar sua exoneração. A comissão apurou suposto desvio ético de Lupi e também o advertiu sobre o caso.
 
ACÚMULO DE CARGOS
 
Reportagem da Folha à época mostrou que, antes de assumir o Ministério do Trabalho, em 2007, ele acumulou dois empregos públicos por quase cinco anos: o de assessor da liderança do PDT na Câmara dos Deputados, em Brasília, e o de assessor de um vereador do PDT na Câmara Municipal.
 
A investigação do caso cabe à Procuradoria da República do Distrito Federal.
Dois meses após deixar o Ministério do Trabalho, ele foi nomeado assessor especial pelo prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), mas foi exonerado no dia seguinte à nomeação.
 
O Conselho de Administração do BNDES é presidido pelo ministro Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), que também já foi alvo de investigação da Comissão de Ética por sua atuação como consultor em 2009 e 2010, antes do governo Dilma.
 
Tem ainda entre seus integrantes o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; a ministra do Planejamento, Miriam Belchior; o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, Mauro Borges Lemos; e o secretário de política econômica do Ministério da Fazenda, o economista Márcio Holland de Brito.
 
17 de janeiro de 2013
VENCESLAU BORLINA FILHO - Folha de São Paulo

BLINDAGEM A CAVENDISH APROXIMOU CABRAL E CUNHA

Deputado ajudou a proteger amigo do governador em CPI; Palácio Guanabara diz que informação não procede


 Afastados desde 2006, o que teria reaproximado o governador Sérgio Cabral do deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) — a ponto de o primeiro estar em campanha para eleger o parlamentar líder do PMDB na Câmara contra a vontade do Planalto — teria sido a operação política para blindar Fernando Cavendish, ex-presidente da construtora Delta, na CPI do Cachoeira. Cavendish é amigo dos dois. Desde 2007, a Delta possuía cerca de R$ 1,5 bilhão em contratos com o governo do Rio.
 
Integrantes da bancada do Rio também ressaltam o pragmatismo político na reconciliação, uma vez que, para Cabral, é interessante ter um deputado carioca no comando do PMDB da Câmara. O partido tem a segunda maior bancada da Casa, com 78 deputados. O Congresso ainda terá que decidir o veto à redistribuição dos royalties do petróleo.
Eduardo Cunha não era integrante da CPI do Cachoeira, mas agiu nos bastidores para impedir o pedido de indiciamento do ex-presidente da Delta. Relator da comissão parlamentar de inquérito, o deputado Odair Cunha (PT-MG) chegou a pedir o indiciamento de Cavendish, mas seu relatório foi derrubado.
 
A assessoria de imprensa de Cabral afirmou que o governador não tem falado sobre a candidatura de Eduardo Cunha à liderança do PMDB porque esse seria um assunto da bancada. Quanto à reaproximação dos dois, supostamente por causa da blindagem a Cavendish, a assessoria de Cabral disse que a afirmação é “leviana” e não procede.
 
Na semana passada, Cunha comemorou e agradeceu, no Twitter, o apoio de Cabral e do prefeito Eduardo Paes. Na ocasião, o prefeito confirmou, por meio de sua assessoria, que apoia a candidatura de Cunha. Ele disputa com os deputados Sandro Mabel (GO) e Osmar Terra (RS) a liderança da bancada. E Cabral telefonou recentemente para o governador do Mato Grosso do Sul, André Puccinelli (PMDB), de acordo com a coluna Panorama Político, pedindo que ele convença os deputados de seu estado a votarem em Cunha.
 
Cunha apoiou eleição de Cabral em 2006
Um dos parlamentares mais influentes nos governos de Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, Cunha trabalhou com o casal para a eleição de Cabral em 2006. Após o pleito, porém, Cabral rompeu com o casal e, assim que assumiu o mandato, pôs fim à influência de Cunha no governo do estado, especialmente nas estruturas da Cedae e da Cehab.
 
Cunha nega que tenha participado de operação de blindagem de Cavendish e afirma que nunca foi rompido com Cabral. Diz que, na verdade, os dois não eram próximos politicamente. Como exemplo da relação sempre cordial entre os dois, o deputado afirmou que Cabral foi ao enterro de sua mãe, em 2007.
 
— A palavra não é reaproximação, eu nunca estive brigado com ele. Eu nunca fui próximo politicamente, mas ele sempre foi correto comigo. E, do ponto de vista de espaço político, é importante para o governador ter o líder da bancada — afirmou Cunha.
 
A candidatura de Cunha para líder do PMDB da Câmara preocupa a presidente Dilma Rousseff. O peemedebista é um aliado controverso. Relator da prorrogação da CPMF, o chamado imposto do cheque, em 2007, Cunha travou a votação na Câmara até conseguir a indicação do ex-prefeito do Rio Luiz Paulo Conde para a presidência de Furnas. A continuidade da cobrança da contribuição era considerada fundamental pelo governo Lula.
 
17 de janeiro de 2013
FERNANDA KRAKOVICS - O Globo

O BODE GALEGUINHO


Vamos ver se a gente está entendendo tudo direitinho. O favorito à presidência da Câmara, Henrique Alves, apresenta emendas parlamentares, o dinheiro é liberado pelo governo, chega à prefeitura e volta feito bumerangue para o gabinete do próprio Henrique, via empreiteira de um assessor?
 
E a tal "empreiteira" tem contratos de R$ 6 milhões com 20 municípios do Estado do deputado, o Rio Grande do Norte, mas funciona numa casinha praticamente vazia, protegida pelo simpático bode Galeguinho?
 
Essas reportagens de Leandro Colon, aqui na Folha, não são sobre a disputa pelas presidências de um Poder, um pilar da democracia. São, sim, sobre uma realidade tipicamente brasileira, em que público e privado se embolam num palco mais policial do que político. Isso é Brasil!
 
O curioso é que tanto Henrique Alves quanto o favorito à presidência no Senado, Renan Calheiros (AL), sabiam perfeitamente que entrar em campanha seria sair do conforto para a guerra. Uma coisa é ser mais um no meio da multidão de 513 deputados ou de 81 senadores. Outra, bem diferente, é disputar a presidência e virar alvo. Era óbvio que os, digamos, "podres" iriam aparecer.
 
Isso anima candidatos alternativos, como Júlio Delgado (PSB-MG) na Câmara e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) no Senado. As chances são muito pequenas, mas eles se oferecem como voto de repúdio. Será que não há uma parcela de indignados e independentes no Congresso?
 
Renan e Henrique têm o seu partido, o PMDB, e mais o PT, o Planalto, a base aliada e parte da oposição, a começar do PSDB. É uma folgada maioria, mas minorias também têm seu valor. Precisam ser quantificadas nas eleições de fevereiro.
 
O risco dos favoritos é assumir as presidências enfraquecidos, acossados pelos aliados e com a imprensa nos calcanhares, exibindo os bodes, galeguinhos ou não, que enxovalham a imagem do Congresso.
 
17 de janeiro de 2013
Eliane Cantanhêde, Folha de São Paulo

O PRESIDENTE FANTASMA

 
Já se disse, mas é apropriado repetir: a situação criada com o autogolpe chavista, referendado por um Judiciário submisso ao regime, que prorrogou indefinidamente o mandato do caudilho venezuelano, que terminou no último dia 10, transpôs para o mundo dos fatos o realismo mágico que projetou a literatura latino-americana desde o lançamento, em 1967, de Cem Anos de Solidão, de Gabriel García Márquez.

Em algum lugar na ilha de Cuba, o dirigente supremo de outro país também banhado pelo Mar do Caribe se recupera - ou não - da quarta cirurgia a que se submeteu ali para extirpar o câncer que o acometeu há um ano e meio em uma porção não revelada de sua anatomia pélvica. Hugo Chávez, o paciente, deixou Caracas em 8 de dezembro para se operar três dias depois. Ao se despedir, pediu aos venezuelanos que votassem no seu vice, Nicolás Maduro, "se se apresentar alguma circunstância inesperada que requeira novas eleições presidenciais".
 
Nos 40 dias que se seguiram, ele foi visto - e quem sabe ouvido - por muito poucos: além dos médicos, atendentes e familiares, apenas os hierarcas do chavismo e a cúpula castrista hão de ter tido esse peculiar privilégio.

Ao mundo se informou, sucessivamente, que a cirurgia tinha sido bem-sucedida, que o enfermo teve uma hemorragia, depois uma infecção pulmonar, alegadamente superada, e problemas respiratórios dos quais estaria se recuperando. "Nosso comandante está subindo a montanha", rejubilou-se Maduro em seguida a mais um bate-volta entre Caracas e Havana.

"Provas" disso seriam a minirreunião de gabinete que teria conduzido na terça-feira e o suposto ato de nomeação, no mesmo dia, do novo chanceler do país, o linha-dura Elías Jaua, seu vice até outubro passado, quando saiu para disputar (e perder) a eleição para o governo do Estado de Miranda. Na Venezuela, o vice-presidente no exercício da presidência, como é o caso de Maduro, tem apenas uma parte dos poderes do titular. Ele não pode, por exemplo, nomear e demitir ministros.

O substituto de Chávez fez o anúncio na Assembleia Nacional, sem exibir o documento da designação, com a imprescindível assinatura do Comandante. Devem se esperar novos capítulos dessa farsa que só acabará na improvável hipótese de sua alta médica, ou quando ele falecer - mais precisamente, quando os chavistas, em acordo com seus mentores cubanos, acharem oportuno dar a notícia.

Em tese, o regime poderia esperar180 dias a contar do início do mandato do qual o líder não tomou posse para declarar a sua "ausência absoluta", como prevê a Constituição (para presidentes efetivamente empossados), com a convocação de novas eleições.

Mas a sobrevida do presidente fantasma, que promove reuniões de trabalho e nomeia ministros em circunstâncias igualmente fantasmagóricas, parece convir - por ora - ao aparato chavista. De outro modo não se explica por que, impedido o chefe de assumir, não se marcaram novas eleições no prazo constitucional de 30 dias. No país em transe, a oposição teria escassas chances contra Maduro, o herdeiro ungido.

Ungido, mas não necessariamente a salvo de rivalidades e conflitos de interesses nas entranhas do sistema. Por exemplo, entre nacionalistas próximos às Forças Armadas, como o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e a ala "cubana" que detém amplo espaço no partido oficial, o PSUV. Num prognóstico otimista, a interinidade prolongada de Maduro criaria as condições para a afirmação de sua liderança - embora ele tenha de afirmar e reafirmar que o seu patrono é quem governa -, estabilizando o chavismo sem Chávez.

Mas está para nascer a autocracia que não sofra fraturas, menos ou mais expostas, quando o autocrata se vai. A virtual certeza de que a Revolução Bolivariana seria legitimada pelo voto, na pessoa de Maduro, se a eleição fosse hoje, tem prazo incerto de validade.

Os chavistas, se pudessem, aplicariam a fórmula cubana que permitiu a Raúl Castro suceder a Fidel mediante a formalidade de sua sagração pelo Parlamento de partido único. Devem estar se perguntando a que artes de realismo mágico poderiam recorrer para chegar ao mesmo resultado, exorcizando o "risco urna".

17 de janeiro de 2013
Editorial do Estadão

O PT NÃO TOMA JEITO


PT não faz autocrítica e continua apoiando condenados no mensalão. Mesmo que grupos dentro do partido defendam sua refundação, como o governador do Rio Grande do Sul Tarso Genro, integrantes do PT organizam jantar para arrecadar fundos para pagar multas dos condenados no julgamento do mensalão, endossando assim os crimes praticados.

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17 de janeiro de 2013
Merval Pereira - CBN

VOLTA DA INFLAÇÃO DEIXA PETISTAS NERVOSOS


Enquanto Guido Mantega, ministro da Fazenda, em processo de fritura pelo PT, liga para pefeitos e governadores para impedir aumento de passagens de ônibus e jogar a inflação para debaixo do tapete, figuras calmas do Governo, como o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, saem do sério diante dos movimentos da oposição e das críticas à política econômica. É a campanha eleitoral para 2014 nas ruas, mal 2013 começa.
 
Em entrevista à Folha de São Paulo, Bernardo partiu para o ataque contra a oposição e disse que o tucano Aécio Neves torce pelo "apagão" no fornecimento de energia e pelo "pibinho" -baixo crescimento da economia. Em férias, o ministro disparou uma série de críticas contra o senador do PSDB -um dos principais nomes cotados para disputar a Presidência contra Dilma Rousseff em 2014. "Não dá para ele e a oposição ficarem torcendo a favor do 'pibinho' e do apagão. Frente do contra é frente fria", afirmou Bernardo. "Há vários banqueiros na equipe dele, é o partido do juro alto. Ele reúne a velha guarda de economistas com uma receita velha: imposto alto, juros altos e corte de gasto, com os programas sociais indo para o vinagre."
 
As declarações vêm em meio a críticas à administração de Dilma devido, entre outras coisas, ao crescimento baixo da economia em 2012. Ocorrem, ainda, após reuniões de Aécio com nomes de peso da gestão Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), como Pedro Malan (ex-ministro da Fazenda), Armínio Fraga (Banco Central) e Edmar Bacha, um dos inventores do Plano Real. Com eles, o senador tem alinhavado discurso contra a gestão Dilma na economia.
 
"Esse programa do Estado mínimo do Aécio deixaria a [ex-primeira-ministra britânica] Margaret Thatcher com inveja", ironizou o ministro, em referência ao ícone da doutrina neoliberal. Ele afirmou que, se Marina Silva conseguir montar um partido, será ela, e não o tucano, o principal nome da oposição na disputa de 2014.
 
Aécio, como sempre, encontra-se em lugar incetrto e não sabido, não foi encontrado para comentar as declarações. Rodrigo de Castro, secretário-geral do PSDB, afirmou que "surpreende que uma simples reunião com economistas possa ter causado tanto incômodo" e que em um momento difícil da economia "um ministro das Comunicações tenha tempo para tratar de uma reunião do senador Aécio". Castro afirmou que foi desse time que saíram "os avanços nos quais o PT vem surfando há dez anos".
 
17 de janeiro de 2013
in coroneLeaks
 

PT COMEÇA A FRITAR MANTEGA

O ministro Guido Mantega (Fazenda) está sob pressão do governo e do PT, mas não corre risco de demissão do cargo. Ano passado, Guido chegou a pedir para sair, em virtude de problemas de saúde na família, mas a presidente Dilma Rousseff não deixou. Era oportunidade rara para se desfazer de um ministro da Fazenda, pois o motivo seria facilmente compreendido no mercado. Agora, a saída do ministro seria atribuída às pressões, inclusive externas.
 
"Algumas [pressões] reais", reconheceram dirigentes do PT em conversa ontem com o Valor, e outras da oposição - categoria em que os petistas colocam não só PSDB e DEM, mas também partes do Ministério Público, do Judiciário e do "capital financeiro associado com a mídia". A pressão do governo e do PT não é para Guido Mantega sair. É na realidade uma cobrança pelas metas para 2012 prometidas mas não cumpridas.
 
Segundo o PT, se o ministro da Fazenda falasse que a economia continuaria crescendo e que o nível de emprego seria mantido, não teria agora que explicar por que os índices ficaram muito abaixo do prometido. "O problema é que ele fixou meta para o PIB, "vai crescer 3,5%, 4%". e no fim dá 1%". A oposição vai se aproveitar, evidentemente". Ainda em janeiro Dilma tem novo encontro previsto com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas ao contrário das reuniões anteriores, segundo apurou o Valor PRO, serviço em tempo real do Valor, este será um "encontro especial".
 
O PT entende que a campanha eleitoral já começou e pretende sincronizar as agendas - a do partido, que começa agora com a comemoração dos 10 anos de governo petista, e a da presidente. Mas Dilma pode considerar que em 2013 a prioridade do governo seja "destravar" os gargalos do desenvolvimento e só em 2014 entrar na campanha. A visita que ela fará ao Piauí, amanhã, pode ser um indicativo.
 
"Ela está vasculhando o funcionamento geral do governo para localizar e desmontar essas coisas", disse o dirigente petista. "Neste ano [2013] ela tem que fazer isso [destravar o desenvolvimento]. Este é o ano da decisão. Ela está todo esse período fazendo isso. Mas o ideal seria que conseguíssemos sincronizar as agendas do PT, do Lula e da Dilma".
 
Na avaliação de conjuntura feita pelo PT, há no momento "questões reais" e muita conversa da oposição e de "insatisfeitos" que têm um discurso em público e outro em particular. Isso estaria ocorrendo especialmente no setor elétrico. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e as federações, por exemplo, defenderam as mudanças determinadas por Dilma no setor. Mas nas duas entidades haveria empresários que se sentiram prejudicados com as medidas. Nos bancos também: parte do setor financeiro estaria contando que as regras continuariam as mesmas com o vencimento das concessões. Como isso não ocorreu, eles foram engrossar o discurso das oposições.
 
Para o PT não existe "descontentamento geral" nem fuga de capitais, como noticiado. Há gargalos "que não são necessariamente decorrentes de má gestão". Exageros na questão ambiental são citados como exemplo entre os dirigentes que participam ativamente do esforço para consolidar o terceiro e decisivo ano do governo Dilma.
 
Outro gargalo localizado, e não apenas na esfera federal: a "intimidação" do Ministério Público. Hoje os burocratas pensariam dez vezes antes de assinar um documento, abrir uma licitação ou fazer um pregão. Se o Ministério Público abre um processo, a ação demorará anos. "Aí você já não é da máquina e passa a pagar advogados para se defender de coisas que às vezes são absurdas. Você responde por atos pretéritos sem ter mais o direito de a instituição te defender. O pessoal do segundo escalão bota na gaveta. "Por que eu vou assinar essa proposta que depois vai me dar processo?" Esse é um fenômeno generalizado. Paralisa", resumiu o dirigente.
 
O que o PT não conta é o que Dilma pretende fazer para "destravar" esse gargalo: se modifica atribuições do Ministério Público ou vira de ponta cabeça a Lei das Licitações, mais conhecida por 8666.Na avaliação do PT, a oposição já está em campanha por 2014. Como o mensalão não deu votos, em geral, o discurso mudou para a má gestão, a volta da inflação e para a desconstrução da imagem de Dilma como gestora. "Essa é a pauta que está sendo antecipada pela oposição. Nós não vamos botar ela na rua fazendo campanha, nem o Lula. Mas nós temos que cuidar de alguns assuntos, sabendo que a campanha está em curso", conta a fonte petista.
 
A começar de agora. Ainda sem uma data definida, mas breve, o PT dá a largada na comemoração dos dez anos de governo petista. Aliás, a Fundação Perseu Abramo, ligada ao partido, já tem o esboço do projeto. A ideia é comparar indicadores de como era antes, nos governos do PSDB, e como está agora; lançamento de livros e viagens de Lula pelo país, que não devem ser confundidas com as caravanas da cidadania que o petista fez no passado. "Vamos vender o nosso peixe. Não vamos vender fumaça, vamos vender coisa real".
 
Duas as vertentes influem hoje no pensamento petista pós-mensalão. A primeira dá mais "importância para o protocolo, para as conversas, para a política". A outra acha que isso " pode ser feito, mas o fundamental é manter o nível de emprego, o povo satisfeito, o consumo correndo, isso é que define". O dirigente ouvido pelo Valor acha que o ideal seria ter as duas coisas. Esse será o pano de fundo da conversa entre Lula e Dilma.
(Valor Econômico)
 
17 de janeiro de 2013
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ORFANDADE POLÍTICA

 

É cada vez maior a parcela da população inconformada com a corrupção e com as ameaças à democracia. Mas é gente que vive na orfandade política: não se sente representada por líderes, partidos e mesmo organizações tradicionais da sociedade.



O Brasil colecionou importantes vitórias para a democracia no ano passado. Houve o reconhecimento dos poderes do Conselho Nacional de Justiça para fiscalizar o Judiciário, a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, a vigência da Lei do Acesso à Informação e o julgamento do Mensalão.
Houve também frustrações como a pizza do Cachoeira, a desmontagem da Comissão de Ética da Presidência da República e a crescente submissão do Congresso Nacional ao Executivo.

As vitórias de 2012 tiveram o empurrão dos brasileiros que fizeram a diferença atuando nas redes sociais e nas ruas, denunciando a relação direta da corrupção com a injustiça social, a degradação dos serviços públicos e a ameaça à democracia. Mas o bom resultado para a cidadania acuou personagens poderosos.
A aliança de oligarquias conservadoras, políticos corruptos, empresários desonestos e mentes totalitárias não tem interesse na justiça e na democracia. É uma máquina gigantesca apoiada pela propaganda, pelo silêncio e cumplicidade de beneficiários de verbas, patrocínios e bolsas.

Com exceção de setores da imprensa, da justiça e do ministério público, tudo parece dominado por esse sistema de poder. Ao longo do tempo, a visão crítica na sociedade foi enfraquecida e aumentou a desconfiança pela política.
A corrupção tem esse efeito devastador: quanto mais cresce, mais desencanta o eleitor e enfraquece a cidadania, ajudando a reprodução do poder pelos que já o exercem.

RETROCESSO

Este ano começa com José Genoino, condenado pelo Supremo, assumindo vaga de deputado e xingando jornalistas de “torturadores modernos”. Ora, se o ex-presidente do PT está sendo torturado é por sua própria consciência, se é que lhe resta alguma. Chega também a notícia de que Renan Calheiros volta à presidência do Senado. Escárnio.
Há a ameaça de condenados do Mensalão e acusados do Rosegate de desmoralizar o STF e impor o controle da mídia, que em bom português quer dizer censura à imprensa. E está na agenda do Congresso Nacional a PEC 37, ou Lei da Impunidade, que retira do Ministério Público o poder de investigar.

É preciso consolidar as vitórias de 2012 e evitar retrocessos. Hoje predomina no país um forte sentimento de repulsa à corrupção e à impunidade, mas ainda é grande o ceticismo quanto a mudanças nessa realidade. Mesmo o cumprimento das sentenças do Mensalão parece quimera.

No ano de 2013 dos nossos sonhos, Genoíno e os outros deputados mensaleiros terão vergonha na cara e renunciarão aos mandatos. O Senado não aceitará a volta de Calheiros. As penas do Mensalão serão cumpridas.
A presidente Dilma fará faxina de auxiliares corruptos antes dos escândalos serem publicados na imprensa. E indicará um novo ministro para o Supremo tão independente como Joaquim Barbosa. O PT fará autocrítica e abandonará projetos totalitários, como o controle da mídia. E o Congresso derrubará a Lei da Impunidade.

Queremos acreditar que parlamentares, governadores e prefeitos não se submeterão à União em troca de cargos, verbas e emendas. Queremos confiar na atuação independente de sindicatos, entidades estudantis e movimentos sociais hoje anestesiados por subsídios do governo.

Mas o mundo real do poder não se comove com sonhos e desejos. É cada vez maior a parcela da população inconformada com a corrupção e com as ameaças à democracia. Mas é gente que vive na orfandade política: não se sente representada por líderes, partidos e mesmo organizações tradicionais da sociedade. O jogo ficou mais pesado.
Campanhas na Internet e ações nas ruas ajudam mas não bastam. Vemos, neste começo de 2013, apostas da oposição no enfraquecimento da economia e na divisão do campo político no poder, com vistas à eleição de 2014. Mas não vemos políticos e entidades importantes mobilizando a população para a defesa da democracia. Sem isso, corremos o risco de ter saudade de 2012.

17 de janeiro de 2013
Ana Luiza Archer, engenheira, e Altamir Tojal, jornalista, são coordenadores
do Movimento 31 de Julho Contra a Corrupção e a Impunidade.

JUIZ MANDA RECOLHER LIVROS ERÓTICOS NO RIO DE JANEIRO

Para ele, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, obras com conteúdo impróprio para menores de 18 anos devem estar em embalagens lacradas

Livros da trilogia 50 Tons, que popularizaram literatura erótica no ano passado
Livros da trilogia 50 Tons, que popularizaram literatura erótica no ano passado (Divulgação)
A livraria Nobel de Macaé, a 182 quilômetros do Rio de Janeiro, recebeu na segunda-feira a visita de dois policiais e de dois comissários da Segunda Vara de Família, da Infância, da Juventude e do Idoso do município.

A ordem era recolher livros com conteúdo impróprio para menores de 18 anos que não estivessem em embalagens lacradas. "Foi um constrangimento horroroso.
Em momento algum houve um interesse em nos orientar", disse o proprietário Carlos Eduardo Coelho.

A ordem de serviço do juiz Raphael Baddini de Queiroz Campos, assinada dia 11, apóia-se no artigo 78 do Estatuto da Criança e do Adolescente, de 1990. "O ECA determina a forma de comercialização desse material, que deve ser lacrado", comenta o juiz. Ele não espera que sua iniciativa de fiscalização seja tomada como exemplo.
"Não temos intenções outras quando cumprimos a lei. Estamos protegendo as crianças e adolescentes de Macaé."

Obras com conteúdo pornográfico sempre foram vendidas, mas ficavam em seções especiais. Agora, com o fenômeno da trilogia 50 Tons de Cinza, de E. L. James, citada pelo juiz no documento, esses livros são folheados na entrada das livrarias do mundo todo.

Curiosamente, não havia um único exemplar de James na loja no dia da ação, conta o proprietário, e levaram obras de outras casas. Coelho disse que tem dez dias para se defender e pediu assessoria jurídica à Nobel.
"Ele está cumprindo a lei, mas punindo uma livraria.
Os livros não são meus; são consignados pela editora. Não posso lacrá-los ou colocar etiqueta. Isso deve vir da editora."

A Intrínseca, que publica o best-seller de James, e a Câmara Brasileira do Livro informaram que só se pronunciarão quando forem informadas oficialmente da questão.

17 de janeiro de 2013
Veja
(Com Estadão Conteúdo)

"DUPLA DISTORÇÃO"

 


Tem pessoas assim: dizem uma coisa, fazem outra. Mentirosas ─ é a interpretação que ocorre imediatamente. E, se solicitados exemplos, quase todo mundo dirá: governantes, políticos, deputados e senadores em especial etc.

Mas isso é senso comum. Podemos complicar a história. E quando as pessoas acreditam mesmo que fazem o que dizem, embora haja notória diferença entre discurso e atos?

Por exemplo: a pessoa jura que está fazendo regime, mas só engorda. A tendência imediata é desqualificá-la: quem pensa que está enganando?

Pois pode acontecer diferente: a pessoa acredita genuinamente que faz regime e que só não emagrece por algum outro fator, criado na sua imaginação: “Dieta não funciona comigo.”

Esse tipo de pessoa vê o mundo através de suas ideias exclusivas ou suas fobias. Ressalva: sim, todos vemos o mundo através de nossa subjetividade, mas é preciso admitir que conseguimos perceber (ou construir, vá lá) alguma objetividade. Dito de outro modo: temos nossos desentendimentos e mal-entendidos ─ e disso, por exemplo, se alimenta a literatura ─, mas vemos, vivemos e transitamos numa mesma realidade fundamental.

Considerem, por outro lado, um caso patológico clássico: a menina de 1,70 metro, 40 quilos, olha-se no espelho e vê uma gorda. Ela não está mentindo. Sofre de distorção da imagem corporal. É o extremo, mas muita gente normal tem dificuldade na adequada visão e interpretação dos fatos.

Será que o pessoal da equipe econômica do governo Dilma sofre de coisas parecidas? Claro, não estamos chamando ninguém de louco, mas tem havido muitos episódios de distorção de imagem.

Caso do superávit primário, por exemplo. Todo mundo sabe de que se trata: o resultado das receitas do governo menos as despesas não financeiras. Em termos mais comuns: “A economia que o governo faz para pagar juros da dívida.”

Claro, há divergências razoáveis na realização da conta. Receitas e despesas podem ser classificadas de diferentes maneiras, isso logicamente alterando o resultado final.

Mas as operações feitas pelo governo Dilma para alcançar a meta do superávit do ano passado são tão distorcidas que mesmo aliados próximos ficaram envergonhados. E não esconderam isso.
Eis o quadro, portanto: o governo diz que alcançou uma determinada meta de superávit, mas todo mundo sério sabe que não é verdade. O número real saiu menor.

Mais complicado ainda: todos os aliados e muitos não aliados, inclusive de instituições internacionais, observavam já há tempos que o governo tinha bons motivos para reduzir a meta daquele superávit. Diziam: gastando menos com juros, já que as taxas caíram, a economia necessária para reduzir a dívida pública é menor.

Logo, pode não ser, mas parece coisa de louco: o governo Dilma poderia ter aplicado uma redução do tal primário — ou “adequação”, se o marqueteiro fizesse questão ─ que a coisa passaria. Em vez disso, rouba nas contas para anunciar um resultado que todos sabem ser falso. O governo mentiu por nada, disse um aliado.

Questões: será que a presidente e seu pessoal acreditam mesmo nas suas contas? Ou acharam que ninguém perceberia a fraude? Ou acharam que as pessoas poderiam perceber, mas e daí?

Acontece a mesma coisa com a taxa de câmbio. Em um determinado momento do ano passado, ficou óbvio: toda vez que a cotação do dólar ameaçava passar dos R$ 2,10, o governo vendia moeda americana e derrubava a taxa; toda vez que a taxa, inversamente, ameaçava cair abaixo de R$ 2,00, o governo comprava dólar e puxava cotação para cima.

Com ficou assim por um bom tempo, estava na cara: acabou o regime de câmbio flutuante, temos uma banda de variação cambial.

Negativo, responderam os representantes do governo, o dólar flutua como antes. Já escolados, operadores e analistas simplesmente deixaram pra lá. OK, diziam, não tem banda, mas, se você não quer perder dinheiro, aja como se tivesse.

Lá pelas tantas, porém, final do ano passado, a presidente Dilma disse que seu governo queria um real mais desvalorizado. O ministro Mantega chegou a sugerir cotação perto dos R$ 2,40.
Como, de fato, o dólar se aproximava dos R$ 2,10 e o governo parecia quieto, o pessoal concluiu: vai furar o teto da banda ou a banda vai para um patamar acima. Nesse momento, o BC entra vendendo dólar e a cotação volta a cair.

Questões: o governo acredita mesmo que não tem a banda cambial? Ou simplesmente acha que é melhor ter e dizer que não tem? Ou existe um teto, de fato, de R$ 2,10, mas o governo preferia que não tivesse?

A presidente Dilma e seus assessores foram historicamente contra o famoso tripé da era FHC, superávit primário, câmbio flutuante e metas de inflação. Pelos atos atuais, estão desarmando o tripé. No discurso, porém, juram que são fiéis praticantes do sistema.
Resulta em dupla distorção: da política real e das ideias.

17 de janeiro de 2013
CARLOS ALBERTO SARDENBERG
 

ENQUANTO LULA FOGE DE ROSE, A COLUNA MONTA O QUESTIONÁRIO QUE O TUTOT DE MAIORES ABANDONADOS ESTÁ OBRIGADO A RESPONDER

 
Depois de alguns dias enfurnado em Angra dos Reis para descansar sabe-se lá do quê, Lula ressurgiu em São Paulo nesta quarta-feira para nomear-se tutor do maior abandonado que instalou na prefeitura.

Conversou a sós com Fernando Haddad durante 20 minutos e gastou outros 40 ensinando ao tutelado e seus secretários o que deve fazer um prefeito para tornar-se um bom candidato à reeleição.
Os fotógrafos tiveram alguns segundos para registrar a cerimônia de posse que virou aula de esperteza. Os jornalistas foram driblados na entrada e na saída pelo homem que foge há quase dois meses de perguntas sobre o escândalo protagonizado pela primeira amiga Rosemary Noronha.

O silêncio que completou 56 dias nesta quinta-feira não vai durar para sempre. Mais cedo ou mais tarde, Lula será interceptado por algum jornalista disposto a cumprir seu dever.

Então, o fugitivo da imprensa será confrontado com perguntas cujas respostas só ele conhece. Envolvido até o pescoço na história muito mal contada, sabe que desta vez está proibido de fingir que não sabe de nada. E estará exposto a gargalhadas nacionais se recorrer a mentiras para livrar-se de interrogações encampadas por milhões de brasileiros.

Enquanto Lula foge do caso, a coluna convoca o timaço de comentaristas para a montagem da lista de perguntas à espera de respostas convincentes (ou da confissão de culpa). Seguem-se 15 exemplos:


1. Onde e quando conheceu Rosemary Noronha?

2. Como qualifica a relação que mantém com Rose há 17 anos?

3. Quais foram os critérios que usou para promover Rose a chefe do gabinete presidencial em São Paulo?

4. Por que decidiu criar o cargo que Dilma Rousseff extinguiu depois da descoberta do escândalo que envolve Rose?

5. Quais eram as atribuições de Rose?

6. Por que pediu a Dilma Rousseff que mantivesse Rose no cargo?

7. Por que Rose participou de pelo menos 20 viagens internacionais?

8. Por que seu nome não foi incluído na lista oficial de passageiros divulgados pelo Diário Oficial da União?

9. Por que nomeou os irmãos Paulo e Rubens Vieira, a pedido de Rose, para cargos de direção em agências reguladoras?

10. Conhecia o currículo dos nomeados?

11. Por que disse em Berlim que não se surpreendeu com a Operação Porto Seguro?

12. Por que Rose foi contemplada com um passaporte diplomático?

13. Por que comunicou à imprensa, por meio de um diretor do Instituto Lula, que não comentaria o episódio porque envolvia questões pessoais?

14. Por que Rose se apresentava como “namorada do presidente”?

15. Acha que Rose é culpada ou inocente?

Se Lula não fugir dessas respostas, não custa perguntar-lhe também se Marisa Letícia acreditou no que disse.

17 de janeiro de 2013
Augusto Nunes