"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 4 de maio de 2012

TENDÊNCIA PERIGOSA

 
Merval Pereira
A reunião administrativa da CPI do Cachoeira foi cheia de indícios que confirmam que o governo vai tentar manipulá-la para proteger os seus e atacar a oposição. Essa foi a primeira indicação de para que lado vão as investigações, mas não significa que a maioria vá conseguir levar até o final as investigações a seu bel prazer.

Usar o rolo compressor da maioria para utilizar a CPI para uma tentativa de aniquilamento político da oposição, colocando até mesmo o procurador-geral da República como suspeito no banco dos réus metafórico, como vingança pelas denúncias do mensalão, pode parecer a curto prazo vantajoso para o governo, mas será pernicioso para a atividade política a longo prazo.
Estaremos trilhando um caminho autoritário muito perigoso para a democracia brasileira.

A CPI começou mal ao misturar questões de diversos níveis. A convocação do procurador-geral da República foi um erro crasso do ponto de vista jurídico, mas é evidente que teve um objetivo político.

O depoimento de Gurgel seria um rascunho da futura acusação, verdadeiro banquete para a defesa, na definição de especialistas.
Os artigos 405, § 2º, inciso II, do Código de Processo Civil, que se aplica analogamente ao processo penal, e 207 do Código de Processo Penal não permitem ao membro do Ministério Público, entre outros profissionais, manifestar-se na qualidade de testemunha sobre os procedimentos de suas atribuições.

Estaremos trilhando um caminho autoritário muito perigoso para a democracia brasileira.
A insistência na sua convocação guarda uma intenção clara de fragilizar a atuação do procurador-geral, que fará a denúncia do mensalão no decorrer dos próximos meses.

O ex-ministro do Supremo Paulo Brossard, jurista que foi também importante senador, escreveu esta semana um artigo no qual relembra historicamente as origens das comissões parlamentares como instrumento das minorias parlamentares, que vêm da Constituição de Weimar, de 1919.
O que gerou essa iniciativa foi o entendimento de que seria “desairoso” impedir ou embaraçar a investigação parlamentar, inclusive para impedir que “a truculência da maioria” estrangulasse a minoria sob as mais versadas formas do abuso de poder.

Foi por isso, esclarece Brossard, que a Constituição de Weimar inscreveu como prerrogativa da minoria criar CPI independentemente da anuência ou da malquerença do governo, bastando que um terço da Casa assinasse o requerimento e o apresentasse à Mesa ou ao presidente, independentemente do plenário e de sua maioria.

A cláusula da Carta alemã logo encontrou seguidores, inclusive na Constituição brasileira de 1934, ressalta Brossard em seu artigo.
Restringir as investigações acerca da empreiteira Delta a suas atividade no Centro-Oeste, como inicialmente propôs o relator petista, Odair Cunha, parece mesmo uma afronta à opinião pública.
Da mesma maneira, não foi bem recebida a tentativa de restringir as investigações ao diretor regional da Delta, sem citação do presidente da empreiteira, Fernando Cavendish.

Fingir que os métodos da empreiteira, de aliciamento de políticos para vencer licitações, limitavam-se a uma região do país é o mesmo que querer dizer que a ação do bicheiro Carlinhos Cachoeira era a de um mafioso regional.
Tudo que se sabe até o momento indica, ao contrário, que os tentáculos criminosos de sua organização se espalhavam pelos três Poderes e também pelos diversos níveis de poder da Federação.

O homem tinha interesses em nomear, em demitir, em até comprar siglas partidárias em todo o país. E é esse âmbito nacional de sua atividade que justifica uma investigação ampla, pois esse parece ser o primeiro caso de uma máfia em atividade tão ampla.

Apanhado em sua tentativa de restringir as investigações, o relator Odair Cunha declarou que sua intenção era colocar um ponto inicial para os trabalhos na atuação da Delta na região Centro-Oeste, área original da atividade do bicheiro Cachoeira, sem impedir que eles avancem para outros estados da Federação.
O caso dos governadores, por exemplo, que não foram contemplados especificamente no relatório, será certamente retomado mais adiante se os depoimentos e a abertura dos inquéritos tornarem irreversíveis suas convocações.

O bom indício é que não houve a tentativa de blindar apenas os governadores da base aliada e incriminar o único da oposição, o tucano Marconi Perillo, de Goiás.
Essa “isenção”, no entanto, não pode ser um sinal de que os partidos farão acordos de bastidores para que nenhum dos governadores seja convocado.
Ainda temos bastante caminho pela frente antes de chegar à conclusão de que a CPI, incapaz de promover acordos razoáveis, será um instrumento político dos governistas para constranger a oposição.

Se esse prenúncio se realizar, ficará evidenciada uma tendência autoritária do governo, ou pelo menos da parcela do governo que atua diretamente na CPI sob a coordenação do ex-presidente Lula e do ex-ministro José Dirceu.
A questão a ser decifrada é se a CPI será um organismo de apuração suprapartidário ou se terá como objetivo servir aos interesses de grupos políticos.

Merval Pereira

Fonte: O Globo, 03/05/2012

ORA DEPUTADO! COM O DEVIDO RESPEITO...

O deputado João Paulo Cunha (PT-SP), tinha um promissor futuro político. Seu início foi o de fazer parte da fundação Executiva Municipal de Osasco do Partido dos Trabalhadores PT, a que filiou-se em 1981 e no ano seguinte foi eleito vereador dessa cidade.

Este foi seu primeiro degrau e ele foi gradativamente vencendo os outros. Em 1990 foi eleito deputado federal e 4 anos depois passou a exercer seu primeiro mandato de deputado federal. Em 2003, chegou à presidência da Câmara, durante esse período sua vaca foi para o brejo, pois foi flagrado no escândalo chamado “mensalão”, com a boca na botija.



Descobriu-se que sua mulher Maria Regina Milanésio Cunha havia feito um saque no Banco Rural de R$ R$ 50mil.
Cunha mentiu em seu depoimento na CPI dos Correios, ao dizer, ao dizer que sua mulher fora ao banco pagar uma prestação da TV a cabo.

Mas a diretora financeira da SMPB (empresa do corruptor Marcos Valério) disse à Polícia Federal, que João Paulo Cunha recebeu duzentos mil reais de ajuda do empresário. Em seguida, documentos enviados pelo Banco Rural mostraram que a esposa de Paulo Cunha sacou cinqüenta mil reais. Marcos Valério retificou a lista de Simone Vasconcelos e disse que Cunha recebeu só cinqüenta mil reais, porém não explicou onde foram parar os outros 150 mil reais.
Mesmo com isso, ele por cumplicidade, foi absolvido por seus colegas da Câmara, que rejeitaram o pedido do processo de cassação. Todavia ele é réu no Supremo Tribunal Federal, por corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
Valendo-se da memória curta do eleitor conseguiu eleger-se em 2006, repetindo a dose em 2010. Como se não bastasse o PT, só para sacanear os brasileiros, o indicou para presidir a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Esse vergonhoso ladrão, no dia 29/4, às vésperas do julgamento do “mensalão” pelo Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou descaradamente, que o maior escândalo do governo Luiz Inácio Lula da Silva foi um erro cometido e já corrigido pelo PT. Em entrevista ao site Consultor Jurídico (Conjur), o deputado nega a existência do “mensalão” e alega que o que houve foi “financiamento irregular de campanha” do PT e seus aliados.

E, no seu entender, o processo no qual é réu é uma questão para o Código Eleitoral, enquanto o esquema envolvendo o contraventor Carlos Augusto Ramos, Carlinhos Cachoeira se enquadra no Código Penal.
Ora deputado, com o devido respeito, vá se preocupar com os fundos de auxílio da casa de tolerância onde a senhora sua mãe batalhava.

(*) Fotomontagem Reação da entrevistadora ao ouvir o deputado afirmar que o “mensalão” não existiu.

04 de  maio de 2012
Giulio Sanmartini

O DONO DO BRASIL ESTÁ DE MALOTA PRONTA...

Inicialmente pensava-se que os destemperos de Lula tivessem como responsável a bebida alcoólica que jogava para baixo imoderadamente, mas agora que não bebe, constata-se que suas freqüentes saídas da realidade são típica dos clinicamente loucos, sendo mais simples: o ex-presidente despirocou geral.



Seus índices de popularidade de confiança suspeita, o faz com que seja temido pelos que o cercam, ele tem o objetivo de ser o candidato imbatível a suceder Dilma Rousseff nas próximas eleições. Ignora a grave situação de sua saúde que decai a olhos vistos.

Sobre esse fato escreve com muito acerto Cláudio Humberto: “Em menos de um ano da doença, Lula envelheceu mais que nos oito anos de mandato. É visível o abatimento, usando bengala, e o inchaço provocado por altas doses de remédios, e não excesso de comida”.
Nessa quinta feira (3/5) participou da abertura do Seminário “Investindo na África: Oportunidades, Desafios e Instrumentos para a Cooperação Econômica”, organizado pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e pelo BNDES, como parte das comemorações dos 60 anos do banco, no Centro do Rio.

Com muita dificuldade para falar, Lula deixou o tradicional improviso de lado e leu o seu discurso de aproximadamente 20 minutos.
“Faz sete meses que eu não falo. Espero que eu não tenha desaprendido” – brincou Lula antes de começar o discurso.

O ex-presidente chegou ao palco com a bengala e amparado pelo ministro Fernando Pimentel. Ele sentou ao lado do governador Sérgio Cabral e, em vários momentos, parou o discurso para beber água. A assessoria do ex-presidente explicou que o uso da bengala foi providencial por conta da longa duração do evento e que Lula, de fato, está fazendo fisioterapia para recuperar a musculatura das pernas, após perder 18 quilos durante o tratamento contra o câncer.

“Durante o tratamento, ele não fez exercícios físicos e isso colaborou para a perda de massa muscular – justificou um assessor.
Ele bloqueo na sua mente para esses fatos e continua se sentindo o dono do Brasil, pelo andar da carruagem, caso consegui chegar a 2014, certamente não terá condições físicas para disputar a presidência, o que será uma sorte para o País.

Charge de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini
04 de maio de 2012

DILMA E O FANTASMA DA DELTA


Dilma Rousseff pediu à sua assessoria um “pente fino” nos contratos da construtora Delta com o governo federal. A presidente da República quer saber se há irregularidade em alguma dessas obras.
O Brasil assiste embevecido a mais uma cartada moralizadora da gerente. Mas o ideal seria ela pedir à sua assessoria, antes do pente fino, uns óculos de grau.
Se Dilma não enxergou o que a Delta andou fazendo com seu governo, está correndo perigo: pode tropeçar a qualquer momento num desses sacos de dinheiro que atravessam o seu caminho, rumo às obras superfaturadas do PAC.

Como todos sabem, até porque Lula cansou de avisar, Dilma é a mãe do PAC. Por uma dessas coincidências da vida, a Delta é a empreiteira campeã do PAC. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), as irregularidades nas obras tocadas pela Delta vêm desde 2007. A mãe do PAC teve pelo menos cinco anos para enxergar com quem o seu filho estava se metendo.
E a Delta era a principal companhia do menino, andando com ele pelo Brasil afora num variado roteiro de traquinagens. Mas as mães de hoje em dia são muito ocupadas, não têm tempo para as crianças.



Felizmente, sempre tem uma babá, uma vizinha, uma amiga atenta para abrir os olhos dessas mães distraídas. Dilma teve essa sorte, em setembro de 2010. A CGU, que vive controlando a vida alheia – uma espécie de bisbilhoteira do bem –, deu o serviço completo: contou a Dilma e Lula (a mãe e o padrasto) que o PAC vinha sendo desencaminhado pela Delta. Superfaturamento, fraudes em licitações, pagamento de propinas e variadas modalidades de desvio de dinheiro público – inclusive com criminosa adulteração de materiais em obras de infra-estrutura – estavam entre as molecagens da empreiteira com o filho prodígio da então candidata a presidente.
De posse do relatório da CGU, expondo a farra da Delta nas obras do PAC, o que fez Dilma Rousseff? Eleita presidente, assinou mais 31 contratos com a Delta.
Talvez seja bom explicar de novo, para os leitores distraídos como a mãe do PAC: depois da comunicação à administração federal sobre as irregularidades da Delta, a empreiteira recebeu quase R$ 1 bilhão do governo Dilma. Agora a presidente anuncia publicamente que passará um pente fino nesses contratos, e a platéia aplaude a faxina. Não só aplaude, como dá novo recorde de aprovação a esse mesmo governo Dilma (64% no Datafolha), destacando o quesito moralização. Infelizmente, pente fino não pega conto-do-vigário.
Mas o show tem que continuar. E já que o público está gostando, a presidente se espalha no picadeiro. Depois da farra da Delta, que teve seu filé mignon no famigerado Dnit (Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes), Dilma diz que quer saber se a faxina no órgão favoreceu Carlinhos Cachoeira. Tradução: depois de ter que demitir apadrinhados de seus aliados porque a imprensa revelou suas negociatas, Dilma quer ver se ainda dá para convencer a platéia de que o escândalo foi plantado pelo bicheiro. É claro que dá: se Lula repete por aí que o mensalão não existiu (e não foi internado por causa disso), por que não buzinar a versão de que o caso Dnit foi uma criação de Cachoeira?
Pelo que indicam as escutas telefônicas da Polícia Federal, o bicheiro operava com a Delta na corrupção de agentes públicos. Dilma e o PT são candidatos a vítimas desse esquema – daí Lula ter forçado a CPI do Cachoeira. O problema na montagem dessa literatura é que a Delta, mesmo depois da revelação do esquema e da prisão do bicheiro, continua recebendo dinheiro do governo Dilma – R$ 133 milhões só em 2012, e através do Dnit…
A atribulada mãe do PAC não notou a Delta, não percebeu Cachoeira, engordou o milionário esquema deles no Dnit durante anos por pura distração, e agora vai moralizar tudo isso com o seu pente fino mágico. Na próxima rodada das pesquisas de opinião, o vigilante povo brasileiro saberá reconhecer mais essa faxina da mulher destemida, dando-lhe novo recorde de aprovação.
Nesse ritmo, a CPI do Cachoeira vai acabar concluindo que até o escândalo do mensalão foi provocado pelo bicheiro (essa tese já existe). E Dilma conquistará para o PT o monopólio da inocência.


Por Guilherme Fiuza - Revista Época
04 de maio de 2012

PRIMEIROS ACORDES

Embora seja impossível ainda dizer com precisão qual o rumo da CPI, nesse começo é possível identificar na atitude da maioria a disposição de firmar compromisso com a seriedade.
Ninguém quer ser responsável pelo enterro das investigações. Ou pelo menos não deseja assim parecer para a opinião pública.


Na reunião que aprovou o roteiro de trabalho prevaleceu o equilíbrio de forças e, noves fora um ou outro caçador de holofotes, o ambiente foi favorável ao exercício civilizado do contraditório.
O bom andamento dos trabalhos deveu-se em parte à condução desapaixonada e partidariamente isonômica do presidente Vital do Rêgo, mas também à atuação firme de parlamentares que conseguiram evitar equívocos que levariam a CPI a causar má impressão logo de início.


Basicamente três: a convocação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a restrição das investigações sobre os negócios da construtora Delta à Região Centro-Oeste e a limitação de depoimentos a servidores de governos estaduais.
Todos atendiam aos interesses explicitados pelo PT.


Quais sejam o de criar constrangimentos ao procurador e de transformar a comissão em uma CPI periférica, sem alcance nacional.
A tentativa de convocação não decorreu da falta de informação sobre o impedimento legal, mas do desejo de fazer uma figuração para não falar na possível má-fé para torná-lo impedido de exercer a titularidade da ação junto ao Supremo Tribunal Federal e enfraquecê-lo na mesma função no processo do mensalão.


No caso da Delta, o plenário da CPI deixou patente a correlação de forças favorável a que a empreiteira seja investigada em todo o País e conseguiu incluir servidores federais e municipais no rol de possíveis convocados. Ficou faltando acertar a convocação de Fernando Cavendish, o mandachuva, e de todos os governadores citados, mas o assunto não ficou fora da pauta como seria o ideal na visão radical do uso da CPI para fins de desforras políticas.


O bom começo garante um bom transcurso? Não necessariamente. Tudo vai depender do resguardo do equilíbrio de forças na CPI, do faro fino dos parlamentares interessados exclusivamente nas investigações e no olho vivo da opinião pública.


O fiscal. Por enquanto, pares de Fernando Collor na CPI veem com condescendência seus ataques de nervos. Acham que está em busca de destaque quando insiste na convocação do procurador-geral da República e investe no papel de bedel do sigilo dos dados em poder da comissão.


Mas, a depender do comportamento do ex-presidente da República, afastado do cargo em decorrência do trabalho de uma CPI que desvendou esquema de corrupção em seu governo, poderá sofrer constrangimentos nos embates entre parlamentares.


Embora seja impossível ainda dizer com precisão qual o rumo da CPI, nesse começo é possível identificar na atitude da maioria a disposição de firmar compromisso com a seriedade.

Ninguém quer ser responsável pelo enterro das investigações. Ou pelo menos não deseja assim parecer para a opinião pública.

Na reunião que aprovou o roteiro de trabalho prevaleceu o equilíbrio de forças e, noves fora um ou outro caçador de holofotes, o ambiente foi favorável ao exercício civilizado do contraditório.

O bom andamento dos trabalhos deveu-se em parte à condução desapaixonada e partidariamente isonômica do presidente Vital do Rêgo, mas também à atuação firme de parlamentares que conseguiram evitar equívocos que levariam a CPI a causar má impressão logo de início.

Basicamente três: a convocação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, a restrição das investigações sobre os negócios da construtora Delta à Região Centro-Oeste e a limitação de depoimentos a servidores de governos estaduais.

Todos atendiam aos interesses explicitados pelo PT.

Quais sejam o de criar constrangimentos ao procurador e de transformar a comissão em uma CPI periférica, sem alcance nacional.

A tentativa de convocação não decorreu da falta de informação sobre o impedimento legal, mas do desejo de fazer uma figuração para não falar na possível má-fé para torná-lo impedido de exercer a titularidade da ação junto ao Supremo Tribunal Federal e enfraquecê-lo na mesma função no processo do mensalão.

No caso da Delta, o plenário da CPI deixou patente a correlação de forças favorável a que a empreiteira seja investigada em todo o País e conseguiu incluir servidores federais e municipais no rol de possíveis convocados. Ficou faltando acertar a convocação de Fernando Cavendish, o mandachuva, e de todos os governadores citados, mas o assunto não ficou fora da pauta como seria o ideal na visão radical do uso da CPI para fins de desforras políticas.

O bom começo garante um bom transcurso? Não necessariamente. Tudo vai depender do resguardo do equilíbrio de forças na CPI, do faro fino dos parlamentares interessados exclusivamente nas investigações e no olho vivo da opinião pública.

O fiscal. Por enquanto, pares de Fernando Collor na CPI veem com condescendência seus ataques de nervos. Acham que está em busca de destaque quando insiste na convocação do procurador-geral da República e investe no papel de bedel do sigilo dos dados em poder da comissão.

Mas, a depender do comportamento do ex-presidente da República, afastado do cargo em decorrência do trabalho de uma CPI que desvendou esquema de corrupção em seu governo, poderá sofrer constrangimentos nos embates entre parlamentares.

Dora Kramer - O Estado de S.Paulo
04 de maio de 2012

SERÁ MARKETING ESSA BENGALA?


Cada dia esse senhor surpreende a todos nós brasileiros decentes. Há pouco tempo esse senhor andava livre e solto por aí, tentando se esgoelar e foi impedido de falar pela sua fraqueza de voz. Pois bem, todos se lembram das fotos do Apedeuta da Silva Castro na estréia do filme em Brasília dias atrás acompanhado de sua tropa de ocupação, defilando seu novo luck de chapéu ( A Cosa Nostra) lépido e fagueiro. E, hoje, está com o seu mais recente visual caminhado com ajuda da bengala e sendo apoiado por amigos que demonstram apiedar-se da sua suposta fraqueza física. Como estamos nos acostumando com o espetáculo dramático do câncer usado por esse senhor como Marketing político, quem sabe, a bengala servirá para comover mentes e corações ingênuos.
A VEJA publicou matéria sobre a discurseira de Lula. Disse tudo o que quis. A GOELA estava forte para dizer montes de bobagens repetidas mil vezes como se fosse um papagaio. Me desculpem, eu não sabia que esse senhor tinha fraqueza nas pernas. Se está assim, é melhor voltar ao Sírio Libanês para fortalecer seu físico, porque a VOZ está em pleno vigor.
Faz uma semana que fui visitar doentinhos ( crianças no ACD). Vi mães de toda parte do Brasil com seus filhotes adoecidos e nascidos com problemas de deficiência física.
Tive o privilégio de ver muitos deles lutando para dar os primeiros passos e alegria desses pequeninos em saber que poderiam alcançar seus brinquedos e dar alguns passos para receber o beijo da mãe. 
Nós vemos tantas desgraças acontecendo com a saúde no Brasil, a fome e miséria, espalhas por todos os cantos dessa grande Nação que arrecada o maior imposto do mundo para ser desviado e dividido entre os corruptos nunca visto antes na história desse país.
04 de maio de 2012
Movcc

CARTAS AOS PORCOS FEDERAIS

 
Hoje, 1/5/2012, o cocalero Evo Morales, seguindo a presidente da Argentina, Cristina Kirshner, resolveu nacionalizar uma companhia de transmissão de eletricidade espanhola. Em duas semanas os espanhóis foram assaltados duas vezes por ditaduras comunistas latino-americanas. Isso me fez recordar o incidente de 2007, quando o mesmo Evo Morales, por intermédio de José Dirceu, nos roubou a Petrobrás. Vejam o que escrevi na época.
 
19/12/2007
Charles London é um ING – Indivíduo não Governamental
Suas Excelências Parlamentares Suínas.
Estou em greve de fome, atentai bem. Eu sei que não tenho mais do que algumas poucas espigas de milho para Vossas Excelências. Muito menos disponho de cargos no segundo e no terceiro escalão para distribuir aí no Chiqueiro Federal. Mas mesmo assim eu gostaria da atenção de Vossas Excelências suínas para a minha greve de fome. Eu faço greve de fome não por causa da transposição das águas do R. São Francisco; o São Francisco que se exploda! Eu estarei em greve até Vossas Excelências denunciarem a transposição de um bilhão de dólares do Brasil para a Revolução Bolivariana, seção Bolívia, feita recentemente pelo presidente Lula em nome da Petrobrás. Como Vossas Excelências deixaram de reparar, Lula repassou essa grana para o companheiro Evo com o claro intuito de tê-la de volta, ou parte dela, para a campanha de 2010. Já fora assim em 2006.
É claro que eu tomo uma aguinha e como uma melancia de vez em quando, se não eu perigo morrer, como o bispo espertalhão aquele, mas eu prometo definhar à vista de todos aí no Chiqueiro Federal se Vossas Excelências nada fizerem contra a sangria desatada de dinheiro brasileiro para o exterior, especialmente sabendo que esse dinheiro retornará em 2010, como já retornou outras vezes, para a campanha de re-eleição de Lula. Ficará feio para Vossas Excelências quando a mídia internacional perguntar porque o Chiqueiro Federal, que tanto preza os Direitos Humanos, permitiram tal coisa, ali mesmo, diante de Vossas fuças!
 
Desculpem o meu radicalismo e o meu ato não-cristão de dar cabo da minha vida in extremis. Juro que não faria tal coisa não fosse a causa muito justa: estou pesando quase 120 kg! Eu também não faria algo parecido como o companheiro de Lula, o Bruno Maranhão, que depredou o pigsty mais abaixo do Vosso. Eu sou da paz. Mas por que não alinhar uma causa pessoal a uma causa nacional, patriótica. Vossas Excelências suínas que recentemente deram um grande exemplo ao Brasil derrotando o governo Lula no caso da CPMF, fariam mais ainda se o impedissem de financiar a Revolução Bolivariana não lá fora, mas aqui mesmo! Investiguem com seus largos focinhos, treinados para cheirar dinheiro, para onde vai voltar o bilhão da Petrobrás entregue ao companheiro cocalero. Investiguem, se possível numa focinhada só, as relações do governo Lula com as FARC! Eu me comprometo antes de morrer, de ajudar Vossas Excelências com os documentos que provam as ligações criminosas de Lula com o Foro de São Paulo e seu ramo operacional, as FARC. Procurem farejar mais na fronteira da Venezuela com a Colômbia! Não tem erro! Não acreditem no companheiro suíno de Roraima, terra de ninguém e do Chàvez, que tem medo dos americanos. Não acreditem especialmente no Suíno maranhense que representa o Amapá. Muito menos no Suíno do Acre.
Se Vossas Excelências tiverem dificuldade especial com o faro, procurem assoar o focinho para tirar o pó que financia a Revolução, e depois dar uma busca no STF e no PSOL. Tentem achar ali porque o Oliverio Medina, um dos dirigentes das FARC e dono do cartel da cocaína no Brasil, foi libertado, e porque! Procurem saber porque somente narcotraficantes avulsos e concorrentes, portanto fora do cartel comunista das FARC, são presos no Brasil e aparecem na mídia. Procurem saber se há algum narcotraficante do cartel sócio do Lula em cana! Denunciem com Vossas patas que Hugo Chàvez mantém os reféns das FARC na Venezuela!
Excelentíssimos Senhores Porcos Federais. Eu seu que abusei da paciência de Vossas Excelências. Eu sei que a luta anti-FARC não re-elege Vossas Excelências. Eu sei que mexer com o narcotráfico das FARC desgosta muito o companheiro Lula, o chefão criador do Foro de São Paulo, e vários suínos no Chiqueiro Federal. Eu sei de tudo isso. Mas, a minha causa é muito pesada e patriótica. Posso morrer por causa dela. Vossas Excelências lembram do Governador Garotinho e sua greve de fome? Morreu politicamente! Eu não peço que Vossas Excelências façam a minha greve de fome, porque sei que Vossas Excelências jamais fariam isso. Suicídio de porco, ou seu espírito, só na Bíblia (Lucas 8;33), e com ordem expressa de Jesus. Peço apenas, aliás, imploro, pelo bem do país, que Vossas Excelências detenham Lula e sua troupe de aloprados. Investiguem as notícias da Venezuela que dão conta que Chàvez financiou a campanha petista, assim como a de todos os cocaleros e cucarachos da União das Repúblicas Socialistas da América Latina. Não custa nada! Bem, vá lá, só um pouquinho de Vossas Excelentíssimas Graxas...
Se Vossas Excelências atenderem ao meu apelo desesperado, dou como terminada a minha greve de fome e até lhes desejarei um Feliz Natal e um ainda mais Próspero Ano Novo. Vou até mais longe: recomendarei aos brasileiros e brasileiras que NÃO comam carne de porco neste fim de ano! Onde estaria o Brasil se não fosse o Chiqueiro Federal?
Lutamos nas praias, nos mares, nas planícies. Por que não lutaríamos nos lugares enlameados?
 
04 de maio de 2012

CARUNCHO NA POUPANÇA

 

A partir de hoje, o pequeno poupador passa a receber menos pelas parcas economias que guarda nos bancos. Ontem, o governo apresentou a redução dos ganhos das cadernetas como sendo necessária para a diminuição dos juros.

Caberá, agora, entregar o que prometeu:
taxas civilizadas.


Dilma Rousseff aproveitou a gordura que sua cruzada retórica contra os bancos está lhe rendendo para investir no bolso dos poupadores. Argumenta que, em troca, levará o país a ter juros reais na casa de 2% ao ano.

É bom que consiga cumprir a palavra.

A tunga na poupança foi vendida pelo governo como a retirada do último empecilho para a derrubada dos juros. Mas, de concreto, ainda somos os vice-campeões mundiais na modalidade usura.

Nossas taxas só perdem para as russas.
Nada mudou, ainda.


A partir de agora, os depósitos realizados pelos poupadores nas cadernetas passarão a ter rendimento menor do que o atual sempre que a Selic ficar igual ou abaixo de 8,5% ao ano. Quando isso ocorrer, a remuneração da poupança será de 70% da taxa básica de juros mais TR.

Ou seja, pela mudança anunciada ontem pela equipe econômica de Dilma, o pequeno investidor da caderneta será brindado sempre com o menor rendimento.

Como se vê, um baita negócio para o poupador, não?

Banqueiros, empresários e políticos aliados aplaudiram.
Obviamente porque nenhum deles, possivelmente, tem dinheiro guardado na poupança. Mas quem entende de finanças pessoais não tem dúvida:
o poupador perdeu, e muito.

Segundo
O Estado de S.Paulo
, o rendimento da poupança cairá dos atuais 6,53% para cerca de 5,95% ao ano.

"Caso o juro real chegue a 2%, como é o objetivo declarado de Dilma, o rendimento da poupança para os novos depósitos ficará cerca de 18% menor do que o previsto hoje", calculou a Folha de S.Paulo
.

Quanto mais a inflação se distanciar da meta fixada pelo governo, maior será a perda da poupança.

"O investidor da poupança saiu perdendo", atesta Rafael Paschoarelli, professor da FEA/USP.
"A medida, infelizmente, vem para piorar o rendimento da poupança", completa Fábio Colombo, administrador de investimentos - ambos ouvidos por O Globo..

O jornal fez simulações que quantificam as perdas em moeda sonante. Com as novas regras, um poupador que guardar R$ 10 mil na caderneta terá R$ 10.582,91 ao fim de um ano, considerando uma Selic de 8,5%. Pelas regras antigas, teria R$ 10.616,78.

Isso significa que ele perderá R$ 33,87.


À medida que a taxa básica cair, a diferença entre a rentabilidade antiga da poupança e a da nova se ampliará, sempre em prejuízo do pequeno poupador.
Com uma taxa de 8,25%, por exemplo, a perda de rendimento da caderneta, para a mesma aplicação de R$ 10 mil, sobe para R$ 50,81 ao fim de um ano.


Quem conhece de finanças também tem outra convicção:
o cenário mais provável é que os bancos lucrarão com a tunga na poupança. Isso porque, a partir de agora, terão dinheiro mais barato para emprestar na forma de crédito imobiliário - 65% dos depósitos em caderneta são direcionados, por lei, a financiamentos habitacionais.

E continuarão cobrando por isso tão caro quanto cobram hoje.

Haverá também, do lado de quem toma financiamento, o risco de descasamento entre o valor das parcelas e a capacidade de pagamento. A alteração na regra de remuneração das cadernetas também pode modificar a forma de definição dos juros da casa própria e as prestações podem até subir.

Os mutuários que se cuidem.

Tudo considerado, fica o recado de que o governo terá de tombar os juros de qualquer jeito. Primeiro, porque assumiu, implicitamente, este compromisso ontem, ao tentar justificar a redução da remuneração das cadernetas de poupança.

Segundo, porque, de fato, a economia está necessitando disso.

A debilidade do setor produtivo tem ficado cada vez mais evidente, como comprovado pela nova queda na indústria, divulgada ontem: 3% no trimestre. O comércio exterior também perde força:
teve em abril o pior resultado para o mês desde 2002, isto é, em dez anos. Como consequência, estão desabando as expectativas em torno do crescimento da economia brasileira.

Todos, sem exceção, somos a favor de juros mais baixos.
A bola da queda das taxas está com o governo, que começou cortando-a na cabeça do pequeno poupador.

Não é possível que os que sempre ganharam continuem com seus privilégios. Mas, por ora, eles permanecem intocados pela gestão petista.
04 de maio de 2012
Fonte: Instituto Teotônio Vilela

1933 -1945: OS (VERDADEIROS) ANOS DE CHUMBO

    Com que autoridade moral, pois, ainda erguem seu dedo acusador contra os “filhotes da ditadura”? Malgrado a força intrínseca desses fatos e números, a malícia esquerdista poderá tentar neutralizá-los alegando que saem da boca de um anticomunista. Mas seria inverter causa e efeito. Não penso essas coisas por ser anticomunista: tornei-me anticomunista porque me dei conta dessas coisas.
 
Olavo de Carvalho em 'Filhotes do genocídio' - Época, 02 de junho de 2001.


Enquanto a esquerda brasileira clama contra os terríveis “anos de chumbo da cruel ditadura militar brasileira” e ataca as reuniões comemorativas de 64 e o lançamento do livro sobre o Presidente Médici, seus próceres esquecem (?) de que os piores crimes contra a humanidade foram cometidos por seus admirados predecessores: Lênin, Stalin, Mao Zedong, Hitler, Castro e Che Guevara. Piores não apenas quantitativamente – o que já seria relevante – mas em crueldade, cinismo, hipocrisia e puro demonismo.

Ao limitar-me aos anos 1933-45 não estou de forma nenhuma deixando de lado os genocídios que ocorreram nos períodos anteriores ou posteriores, como o praticado pelo Império Otomano contra os armênios de 1915 a 1918. Um número estimado entre 500 e 600 mil pessoas foram queimados, fuzilados ou dizimados por torturas e morte pela fome. Muitos foram exilados, expulsos ou fugiram para tentar sobreviver.

Para dar um nome à matança foi cunhado por Raphael Lemkin o termo genocídio. Acredita-se que o total de mortos atingiu 1,5 milhão. No último dia 24 de abril a Igreja Armênia do Brasil lembrou o 97º aniversário do da matança. Nem desconsidero os massacres posteriores de Mao Zedong, Pol Tot, Fidel e outros comunistas. Também não desprezo os mais de 300 milhões de mortos pelo Islã nos últimos 1.400 anos.
A característica de todos foi a tentativa de destruição de qualquer resquício da civilização (sem adjetivo, pois só existe uma: a ocidental judaico-cristã).

Uma das acusações mais freqüentes a textos como este é que “os cristãos mataram milhões na maldita Inquisição” e não têm moral para falar. Pois as mais novas pesquisas históricas revelam que os números de mortes e torturas foram exagerados deliberadamente.

Os números usados por Juan Antonio Llorente para a Inquisição Católica Espanhola (350 mil processos e 32 mil condenados) têm sido contestados por pesquisadores independentes. Ricardo García Cárcel & Mario Moreno Martínez (Inquisición. Historia Crítica), Antonio Dominguez Ortiz (Estudios de la Inquisición Española) e Jaime Contreras admitem 150 mil processos, 5 mil vítimas mortais; 3.500 por judaísmo e o restante por diversas heresias. As torturas atingiram se tanto 2 a 3% do total. Para Henry Kamen, expert em história moderna, a Inquisição Católica espanhola foi muito inferior à da França ou as protestantes na Inglaterra, Escócia, Alemanha e Holanda. (Todos estes autores são citados na insuspeita revista esquerdista espanhola Historia Y Vida, nº 519).
Os anos de terror a que me refiro aqui vão de 1933 a 1945. Segundo Timothy Snyder (Bloodlands: Europe between Hitler and Stalin, Basic Books, NY, 2010) os anos de genocídio podem ser divididos em três períodos:

1) 1933-1938 – a União Soviética foi responsável por quase todas as matanças.

2) 1939-1941 – como resultado do Pacto Molotov-Ribbentropp houve um balanceamento das ações entre os dois aliados.

3) 1941-1945 – os alemães foram responsáveis por quase todas as matanças.
Desde 1944, ano em que foi publicado The Road to Serfdom, de Friedrich von Hayek, o mundo sabe que o fascismo jamais foi uma reação contra o socialismo, mas ambos têm raízes comuns no planejamento econômico centralizado no Estado e no poder deste sobre os indivíduos. Por mais que as esquerdas acusem os liberais e conservadores de fascistas, como os idiotas em frente ao Clube Militar, a história demonstra que o fascismo e sua versão nazista e o comunismo são gêmeos univitelinos, separados apenas por conveniência propagandística de Stalin após a traição de Hitler ao romper o pacto Molotov-Ribbentropp e invadir a URSS em 1941.

A história do terceiro período (41-45) é suficientemente conhecida, pois os judeus, com justa razão, não nos deixam esquecer o Holocausto. Mas a dos demais períodos são ocultadas com zelo pela esquerda, principalmente o Holodomor, o Holocausto Ucraniano.

Segundo Snyder:
“os stalinistas colonizaram seu próprio país, e os nazistas colonizaram a Ucrânia Soviética ocupada: e os habitantes da Ucrânia sofreram e sofreram. Durante os anos em que tanto Stalin quanto Hitler estiveram no poder, mais pessoas foram mortas na Ucrânia do que em qualquer outro lugar nas terras ensangüentadas(bloodlands) ou na Europa, ou mesmo no mundo”.

Nunca tantos mataram tantos em tão pouco tempo! Mais de 30 anos antes de Alexander Soljenitsin, em seu Arquipélago Gulag, Victor Andreievich Kravchenko, em I chose freedom, já denunciava as atrocidades dos campos de concentração na União Soviética. Mas o estudo de Snyder, embora não tão pungente, vai além: em 476 campos de trabalho forçado, 18 milhões de pessoas foram sentenciadas, das quais entre 1,5 e 3 milhões morreram.

Sem falar no pior: a fome! Os ucranianos foram condenados conscientemente a morrer de fome e os famintos ainda eram cinicamente acusados de ‘sabotadores do plano qüinqüenal’. O canibalismo instalou-se como norma: pais comiam o corpo de seus filhos mortos e vice-versa. Irmãos comiam os menores, que morriam antes.
Num próximo artigo aprofundarei estes dados.
Quem defende ou mesmo silencia sobre estes crimes, tem moral para acusar alguém, de quê?

Escrito por Heitor De Paola
04 Maio 2012

CLIMATOLOGISTA DETONA OS EMBUSTEIROS ECOCHATOS. NÃO DEIXE DE VER ESTE VÍDEO!



Vale a pena ver esta entrevista com o climatologista Ricardo Augusto. É um verdadeiro libelo contra os milenaristas ecochatos, ou melhor, detona o discurso dos embusteiros do aquecimento global e bobagens correlatas. Professor da USP e profundo conhecedor do assunto, sem a afetação comum dos comunistas verdes e demais idiotas que vivem enchendo o saco e se metendo na vida privada das pessoas, este professor contribui de forma extraordinária para demolir a vigarice dos ecochatos.

04 de maio de 2012
aluizio amorim

O TERROR ISLÂMICO UM ANOS APÓS A MORTE DE BIN LADEN


O chefe terrorista foi eliminado, porém sua organização continuou intacta.

Ao cabo de uma década de incessante procura dentro do hostil entorno islâmico extremista, unidades das Forças Especiais da Marinha dos Estados Unidos abateram Osama Bin Laden, cabeça principal da Al-Qaeda, responsável pelos ataques terroristas contra os Estados Unidos em 11 de setembro de 2001, e o delinqüente mais procurado do mundo.

A notícia captou a atenção dos meios de comunicação do mundo e produziu todo tipo de suposições a respeito da previsível reação dos terroristas contra interesses vitais dos Estados Unidos e, por extensão, das democracias ocidentais e Israel.


A maior parte das análises se enfocaram em eventuais retaliações e prováveis cursos de ação dos sucessores de Bin Laden. Poucos enfoques analíticos abordaram o tema de qual seria a conduta político-estratégica e suas conseqüências da linha operacional militar do Pentágono contra milhares de células adormecidas da rede terrorista dispersas pelo globo terrestre, empenhadas em criar o grande califado salafista, destinado a esmagar os infiéis ocidentais e os apóstatas muçulmanos, com a circunstância agravante que desde há anos eles tecem contatos com as FARC e com os governos pró-terroristas do hemisfério ocidental.


1. Cinematográfica incursão aero-terrestre


O ataque surpresa dos Navy Seals foi precedido por um minucioso e caro trabalho de inteligência militar que incluiu emprego de sofisticada tecnologia de ponta para interceptar comunicações, verificar movimentos migratórios de terroristas identificados, infiltração de agentes de inteligência nas células da Al-Qaeda incrustadas no território norte-americano, filmagens de alta resolução como mini-câmeras de vídeo, emprego de satélites e emprego de grupos humanos de reconhecimento, observação e análise em terra sobre objetivos de alto valor estratégico.


Confirmada e re-confirmada a informação do esconderijo de Bin Laden, as tropas que realizaram o assalto aero-tático sobre a mansão onde se refugiava o chefe terrorista foram transportadas em helicópteros de última geração, adequados para se esquivar da vigilância de radares, minimizar o ruído das pás durante a aproximação, além de estar recobertos com uma camada de pintura que os tornava quase imperceptíveis para a observação anti-aérea.
A ação no objetivo foi rápida, contundente e demolidora.
Em poucos minutos os comandos terrestres desceram por cordas sobre o objetivo, destruíram um dos helicópteros em que chegaram ao local, localizaram e deram baixa em Bin Laden, tiraram seu cadáver e saíram do Paquistão sem ser detectados nem interceptados pelas unidades de defesa anti-aérea e segurança nacional paquistanesas.


Realizada a confirmação científica do DNA de Bin Laden, comedido e direto Barack Obama notificou ao mundo inteiro de que tropas de seu país haviam abatido o terrorista mais procurado e mais perigoso do mundo.
Nesta incursão, os Navy Seals combinaram com absoluta precisão os princípios universais da guerra, com ênfase especial no Objetivo, na Unidade de Comando, na Surpresa e nas medidas de segurança.


Sem dúvida, a Operação Jerônimo é uma incursão aero-terrestre paradigmática na guerra contra o terrorismo islâmico e um referendário ao iniciado por Israel e Colômbia com métodos de defesa ativa ao traspassar fronteiras para golpear estruturas protegidas por governantes de dupla moral, que no futuro se repetirão estas e outras ações audazes contra os terroristas em qualquer lugar do globo terrestre.


2. Paquistão no olho do furacão


A ação militar de surpresa que culminou com a morte de Bin Laden em Abbutabad, teve como cenário os arredores de um complexo militar paquistanês exclusivo, dentro do qual os influentes serviços de inteligência desse país (ISI) exercem especial controle e influência, situação que demonstrou cumplicidade das elites das Forças Armadas paquistanesas com a rede Al-Qaeda, e confirmou as suspeitas que a CIA tinha deles quando decidiu infiltrá-los para chegar ao grande objetivo.


Embora por razões óbvias o governo paquistanês negou qualquer cordão umbilical com a rede extremista islâmica, com habilidoso engenho o alto comando militar norte-americano destacado no Afeganistão, a Agência Central de Inteligência (CIA) e a Casa Branca, fingiram acreditar na suposta inocência e boa-fé do governo do Paquistão.


Com base na importante documentação apreendida em Abbutabad, em vez de reduzir a pressão militar, as forças norte-americanas incrementaram os ataques com aviões não-tripulados conhecidos como “drones”, contra epicentros-chaves da Al-Qaeda localizados dentro do território paquistanês.


Para o efeito e sendo do conhecimento de todos que parte desses recursos podem chegar às células da Al-Qaeda, o governo Barack Obama manteve a vultosa ajuda militar ao Paquistão, a partir do compromisso do governo de Islamabad de combater o terrorismo e intercambiar com os Estados Unidos informação sensível relacionada com as células da Al-Qaeda.
No terreno dos acontecimentos, a situação foi tensa e de mútua desconfiança. Reflexo desta situação foi o confuso ataque da aviação norte-americana contra a unidade militar paquistanesa acantonada na zona fronteiriça com o Afeganistão, na qual morreram 23 soldados paquistaneses.


O escasso espaço de manobra que o Paquistão tem a respeito, lhe granjeou dificuldades de governabilidade com setores extremistas que acobertam a Al-Qaeda, fortes dissensões internas entre os que apóiam a política exterior paquistanesa encabeçada por extremistas incrustados no ISI que são seguidores de Bin Laden, e o amplo espaço de trânsito que têm os integrantes de Haggani para desenvolver o processo revolucionário de recrutamento, doutrinamento e envio de células terroristas a diversas partes do mundo.


3. Presença ativa da Al-Qaeda no Afeganistão, Iêmen, Somália e Iraque


Em que pese a morte de Osama Bin Laden e de outros cabeças, as células salafistas da Al-Qaeda multiplicaram-se no Afeganistão, Iêmen, Somália e Iraque, e inclusive conquistaram maior apoio de islâmicos filhos de muçulmanos nascidos no Reino Unido, Espanha, França, Alemanha, Canadá, Austrália e Estados Unidos.


Forçado pelas circunstâncias, o governo de Barack Obama tomou decisões militares transcendentais contra o terrorismo islâmico, em razão de que ele é financiado em boa parte pelo narcotráfico e a lavagem de dinheiro, que contrastam com a visão pacifista dos Estados Unidos ao resto do mundo, e com a politizada distinção de Prêmio Nobel da Paz quando nem sequer havia completado um ano na Casa Branca, e tampouco havia acumulado algum mérito excepcional para recebê-lo.


O emprego dos drones para bombardear santuários terroristas no Paquistão, Iêmen, Iraque, Somália e Afeganistão, produziram resultados militares positivos às Forças Militares dos Estados Unidos, porém não em todos os casos favorabilidade à política exterior de Washington, devido aos danos colaterais causados à população civil e às conseqüentes fricções com os governos dos países afetados.


A tolerância com o ditador iemene Alí Abdulah Saleh, devido a que era um aliado na guerra contra a Al-Qaeda, em que pese as atrocidades que ele cometeu contra seu povo em plena “primavera árabe”, deixou uma vez mais em dúvida a imagem do governo dos Estados Unidos ante a comunidade islâmica e ante o resto do mundo.


4. Conduta calculadora da Al-Qaeda junto com a “primavera árabe”


Devido à aproximação de alguns membros da Irmandade Muçulmana com a Al-Qaeda, algumas de suas células inseridas no Magreb, Egito, Síria e Yemen, trabalham intensamente para tirar vantagens políticas e religiosas da cascata de revoluções.
Seu projeto geopolítico, geoestratégico e de universalização do Islam extremista continua de pé. Por esta razão Nigéria, Somália, Quênia, Tanzânia, Argélia, Líbia, Marrocos, a “república Tuareg” e Mali estão na mira.


A incapacidade do governo democrático de Mali para combater as guerrilhas independentistas do norte do país, ligadas cultural e sentimentalmente à etnia tuareg e com amplos nexos com o derrocado regime líbio de Kadafi, que dotou-os com armas de alta importância para a guerra irregular, porém infiltradas até a medula pelas células salafistas da Al-Qaeda, ocasionou um golpe de Estado propiciado por jovens militares patriotas.


De imediato, a comunidade africana apoiada pela Europa e Estados Unidos bloqueou o regime golpista que limitado em seu espaço de manobra conduziu o país ao caos, e a imediata declaração de independência de Mali do Norte governado por elementos afins à Al-Qaeda.
Por sua parte, os piratas somalis e as células terroristas que assediam o Quênia são orientados e estimulados pela Al-Qaeda, junto com o trabalho proselitista permanente nos demais países muçulmanos.


5. Os Estados Unidos são o objetivo principal e o primeiro da lista


Embora os serviços de segurança nacional dos Estados Unidos tenham melhorado a capacidade de prevenir atentados terroristas ao detectar as células e impedir os ataques, isto não significa que o nível da ameaça tenha se reduzido nem muito menos que a Al-Qaeda tenha mudado de objetivos.


Nesse sentido, qualquer indício ou sinal que implique a possibilidade ou a atenção de um ataque terrorista, demanda reação imediata das autoridades norte-americanas e a imediata reação para defender seus interesses dentro e fora do país.


Os documentos apreendidos de Osama Bin Laden em Abbutabad indicam a intenção da Al-Qaeda de atacar com contundência similar ou superior à de 11 de setembro de 2001, o sistema de transporte ferroviário de pessoas e cargas, as linhas aéras comerciais, a sede do governo federal em Washington, o downtown de Manhattan em Nova Iorque, os principais aeroportos do país, e em geral tudo aquilo que implique danos de alta importância ao odiado império capitalista.


Por razões óbvias, o governo federal convida a conservar a calma e a aceitar que as situações estão controladas, porém os funcionários encarregados de verificar as medidas de segurança recebem elevadas cargas de pressão para cumprir seu trabalho e impedir que de uma ou outra forma os terroristas consigam seu intento.


6. O tenso ambiente geopolítico mundial facilita o terrorismo islâmico


São muitas e variadas as ocupações que a Casa Branca encara para enfrentar com êxito o terrorismo islâmico, o narcoterror comunista na América Latina, a crise econômica mundial, a “primavera árabe” e as dificuldades de seus aliados, as ameaças nucleares do Irã e da Coréia do Norte, a dupla moral da China e da Rússia, a sinuosidade das relações internacionais com a Europa Ocidental e a marcada dependência da África dos apoios econômicos que os Estados Unidos oferecem ao empobrecido continente.


Desde a época da Guerra Fria, o governo dos Estados Unidos têm enfrentado uma onda de propaganda e desprestígio, às vezes com razão outras sem ela, contra o que significa a poderosa nação americana no fluxo de interações com os demais países, em especial os muçulmanos e o terceiro mundo, onde tem florescido o ódio e a violência contra o capitalismo.
Nesse entorno é lógico deduzir que em amplos cenários do delito permeados por narcotráfico, tráfico de armas e lavagem de dinheiro, o terrorismo islâmico da Al-Qaeda, Hizbolah e Hamas, ou o terrorismo comunista das FARC, os inimigos declarados dos Estados Unidos, auspiciados ou respaldados por governos anti-yankees como Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Irã, Coréia do Norte e outros, sigam imersos nos conteúdos de seus planos estratégicos de guerra revolucionária comunista ou de revolução extremista religiosa, para destruir a civilização ocidental que os Estados Unidos encabeçam.


Os atentados terroristas ocorridos depois da morte de Osama Bin Laden em países como Afeganistão, Paquistão, França, Indonésia, Egito, Iêmen, Somália, Quênia, Iraque, o Cáucaso e outros pontos, assim como o imparável tráfico de armas de combate tipo infantaria e a crescente indústria do narcotráfico, inferem que a guerra contra o terrorismo até agora está em uma etapa primária, que a luta contra as drogas é a primeira prioridade internacional, e que por se tratar de sérias agressões contra o destino da humanidade, a resposta contra o terrorismo internacional deve ser articulada e conjunta.


Eis aí a mais crua conclusão um ano depois da morte de Osama Bin Laden. O chefe terrorista foi eliminado, porém sua organização continuou intacta, sem que os governos do Paquistão, Afeganistão, Síria, Egito, Líbia e os demais afetados tenham tomado as medidas de fundo para combater e neutralizar milhares de células clandestinas da Al-Qaeda.
No momento a guerra contra o terrorismo continua e deve ser combatida com maior veemência do que o feito até agora. Do contrário, o problema persistirá.

Escrito por Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido
Tradução: Graça Salgueiro

CPI ZZA DO CACHOEIRA E A DESFAÇATEZ DE SEUS MEMTROS

O Senador Fernando Eunãosoumaluco Collor de Mello, ou o primeiro presidente da história do Brasil a ser escorraçado do cargo a pontapés no rabo.
Hoje é senador pelo pujante estado de Alagoas.
Passados alguns anos desde a perda dos direitos políticos do defenestramento desse"equilibrado" presidente,
a legislação eleitoral caolha e safada da pocilga permite que o cidadão volte a cena política, e com a ajuda de um batalhão de idiotas eleitores consegue ser alçado a condição de Senador da República.
 
Collor diz que seu caso foi julgado e que a justiça não provou nada contra ele e que seu direito político é legitimo.
Até aí nada demais quando se trata de Brasil, uma vez que além de ter um povo sem vergonha e de memória alguma, as leis são feitas de maneira tão ridícula, que um presidente é cassado por corrupção, mas a punição não vem porque a justiça entendeu que ele é inocente... Pobrezinho, foi injustiçado.
E de inocentes nossa justiça entende, vejam o caso do Deputado Paólo Malóff, que é inocente na pocilga, mas se colocar um só pata para fora do país cai em cana na hora. Ele é procurado nada menos que pela INTERPOL.
Em um país minimamente sério, tanto Malóf quanto Collor poderiam ter seus direitos civis respeitados dentro da pocilga, mas jamais os direitos políticos. Um foi chutado para fora por corrupção, e o outro é "foragido" internacional.
Malóf ao menos teve o bom senso de nem assinar essa CPMI do Cachoeira, pois que moral ele teria para tanto?
Agora, no caso do Collor, além de assinar a CPMI, ele ainda faz parte da comissão e se acha no direito de julgar e investigar os outros por crimes que o levaram a perder seu mandato como Presidente da República. Eu bem que queria saber quem foi que disse que ele tem MORAL para tanto. Pode até ter "legítimos" direitos, mas moral é querer forçar um pouco demais.
Só por esses pequenos detalhes da para perceber que essa CPMI será "sui generis", um circo daqueles bem mambembes, onde os que tem vários pecados serão os primeiros a atirar pedras.
E assim caminha o país da bizarrice e da libertinagem.
E em breve os direitos políticos do Zé Dirceu serão restaurados, uma vez que o julgamento do mensalão não anda... Não digo nada se ele não consiga se eleger novamente pela quadrilha das Ratazanas Vermelhas.
E a CPMI da blindagem dos amigos "Del Rey" será inesquecível.
Sem esquecermos que o número de Fichas Sujas atuando nessa comissão será patético.

CPMI dos rotos falando dos rasgados...
Viva a pocilga, a terra da piada pronta!!!
04 de maio dde 2012
omascate

O INÍCIO DA NOSSA ARRANCADA ECONÔMICA

Dilma Rousseff não rompeu com Lula ao enfrentar os bancos. Não é nada disso. Ela está rompendo com o modelo econômico agiota de até agora, de insaciáveis banqueiros, que nas últimas décadas faturaram bilhões enquanto a nossa indústria e nosso comércio passavam por grandes apertos e falências. Com milhares de desempregados por todos os lados.

Todo mundo numa grande penúria, mas os banqueiros faturando bilhões a custas dos cofres públicos, a custas da indústria, do comércio, do consumidor, impedindo a criação de milhares de empregos e de oportunidades. Tudo isso, por conta do maldito modelo econômico adotado, implantado por FHC/PSDB.

Os juros no Brasil, por todos esses anos, sabidamente os mais altos do mundo, decorrente desse perverso modelo, são os responsáveis por travar o crescimento econômico do Brasil. Não fossem os extorsivos juros, a gente já estaria com crescimento econômico a níveis da China, interruptamente a mais de 10% ao ano, com o Brasil a caminho do primeiro mundo.

Basta perceber que no pólo consumidor brasileiro existem 200 milhões de consumidores, precisando comprar de tudo. Na outra ponta do sistema, encontra-se o nosso pólo produtor de riquezas, composto das indústrias, do comércio e dos serviços, ávidos para contratar trabalhadores, ávidos para produzir e vender mercadorias e serviços.

Mas esse estupendo e feliz casamento, tão desejado, só não acontece, unicamente por conta dos escorchantes juros, os maiores do Planeta. Dilma é economista e tem grande coragem, além disso, nacionalista. É chegado o tempo de um Brasil progressista e forte. Estou acreditando.

GRAVAÇÃO SUGERE CAIXA 2 DE EX-ASSESSORES DE AGNELO

O gigantesco volume de informações divulgado sobre o bando do contraventor Carlinhos Cachoeira revela que a quadrilha montou uma poderosa rede de cooptação de agentes públicos. Ao que tudo indica, o grau de infiltração do grupo era maior em Goiás do que no Distrito Federal. Talvez por isso, distorcendo as informações, petistas passaram a alardear a inocência do petista Agnelo Queiroz e sua equipe. Mas a verdade não é bem assim: em um dos trechos interceptados pela Polícia Federal, Cachoeira e alguns de seus auxiliares comentam um episódio que pode revelar a existência de caixa dois na campanha da coligação petista na capital do país, em 2010.

Os diálogos são de 11 de janeiro de 2011, dez dias depois da posse de Agnelo. Idalberto Matias Araújo, o Dadá, braço direito do contraventor, conta a Carlinhos Cachoeira que Cláudio Monteiro, então chefe de gabinete do governador, estaria irritado com João Carlos Feitoza, o Zunga - ocupante de cargos de segundo escalão no governo distrital. O motivo: Zunga teria desviado recursos de empresários que doaram para “a campanha”. Agora, eles estariam cobrando uma contrapartida, mas foram informados de que o dinheiro havia sumido.

Dadá afirma: “Três empresários que doou para a campanha (…) botou o dinheiro na mão do Zunga, mas o dinheiro não chegou na mão do Cláudio. Aí que é que o cara falou: ‘Eu vou juntar vocês e vou chamar quem pegou o dinheiro, quer ver pra fazer essa acareação, porque o dinheiro não foi para a minha mão’”. Cachoeira responde, referindo-se a Zunga: “É, mala não tem jeito não, né?”
Além de apontar para a existência de caixa dois, o diálogo revela que os doadores estavam cobrando de Cláudio Monteiro uma contrapartida pelas doações. Dadá diz que os três empresários foram “arrochar o Cláudio, querendo as coisas”. A eles, segundo Dadá, Cláudio Monteiro afirmou: “Você vai ser atendido através de quem você entregou o dinheiro”.

Em uma segunda conversa, com outro integrante da quadrilha, Dadá afirma que Zunga poderia ter evitado o constrangimento se negociasse com Monteiro “Não precisa disso, né? Cara, se ele assina com o cara… ‘ó, Cláudio, o cara tá dando tanto, tem jeito de tirar uma ponta para mim?’, o cara vai autorizar, bicho, são tudo amigo, né, cara?”. A afirmação foi feita a Lenine Araújo de Souza. O parceiro de Dadá concorda: “Exatamente, porque tirar escondido é feio demais, né, Chico?”
Outro diálogo entre Dadá e Cachoeira revela ainda que, depois de saber das acusações contra Zunga, o chefe da quadrilha se preocupou com o destino de doações intermediadas pelo bando ao grupo de Zunga: “Aqueles que o Lenine passava e o Zunga pegava lá, será que ele entregou?” Dadá responde afirmativamente.

Baixas
Zunga e Monteiro deixaram o governo após o surgimento das primeiras denúncias mostrando a relação deles com o grupo de Cachoeira. Marcelo Lopes, o “Marcelão”, também perdeu o cargo de assessor da Casa Militar do governo do Distrito Federal. Ele é outro personagem citado nas conversas do bando.
Zunga e Monteiro não foram encontrados, mas em ocasiões anteriores sempre negaram ter atuado em conluio com a quadrilha. A Secretaria de Comunicação do governo do Distrito Federal alega que o diálogo não diz respeito à campanha do governador Agnelo Queiroz. O porta-voz do governo, Ugo Braga, afirmou ao site de VEJA que Cláudio Monteiro foi candidato a deputado distrital e que o diálogo diz respeito a essa campanha. Monteiro ficou em 98º lugar na disputa pelas 24 vagas na Câmara Legislativa.

Leia a transcrição dos diálogos, feita pela Polícia Federal:
11/0112011 18:15:07
DADA: o CHlCÃO, MARCELÃO te contou o negócio do ZUNGA?
CARLINHOS: não, o que é que é?
DADA: três empresários foram atrás do CLAUDIO. Falou que deu “as quantia” na mão do ZUNGA e o dinheiro não apareceu na mão do CLAUDIO. O bicho tá indignado velho.
CARLINHOS: como é que é? Me fala ai de novo.
DADA: três empresários, que doou para a campanha, mas botou o dinheiro na mão do ZUNGA, mas o dinheiro não chegou na mão do CLAUDIO. Aí que é que o cara falou: “eu vou juntar vocês e vou chamar quem pegou o dinheiro, quer ver pra fazer essa acareação, porque o dinheiro não foi para a minha mão”. Falou para os empresários.
CARLINHOS: é, mala não tem jeito não, né?
DADA: rapaz, como é que o cara se suja desse jeito, né bicho? Diz que vai deixar ele lá na Secretaria de … de .. Ele me ligou agora, diz que a … (incompreensível) não está atendendo ele, aí o CLAUDIO falou para o MARCELÃO que vai botar ele na SECRETARIA DE ESPORTES, botar ele lá na assessoria lá. Quer ele bem longe dele. O cara se suja por causa de besteira, nê rapaz? varalzeiro .. não tem jeito não.

11/01/2011 18:16:50
LENINE:LENINE: oi CHICO
DADA: deixa eu te falar, vou te contar aqui uma do ZUNGA cara. O eLADIO está indignado com ele cara (incompreensível) três empresários foram arroxar o CLAUDIO, querendo as coisas: “meu innão, você não me ajudou .. não.” eu entreguei tanto, tanto na mão do ZUNGA ué”. Ai diz que ele vai fazer uma acareação com os empresários e com o ZUNGA. Porque ele disse “ó … não chegou na minha mão não … você vai ser atendido através de quem você entregou o dinheiro”.
LENINE: é mesmo Chico? Você contou isso para o HOMEM?
DADA: contei, contei para o HOMEM, falei. Rapaz não é possível um trem desse … o cara (incompreensivel) não tem jeito não … pois é.” falou isso para o MARCELÃO. Falou “MARCELÃO, não quero ele perto de mim, tá me enchendo o saco para ser o meu segundo. Não vai ser nunca meu segundo, vou botar ele lá na Secretaria de Esportes, lá na assessoria lá … numa chinelagem para ele ficar lá … não quero ele nem passando na minha porta. Desse jeito CHICO … rapaz como é que um cara se suja num negócio por causa de um negócio desse … os caras, bicho, são tudo louco, né?
LENINE: pois é, como é que faz um trem desse, não é não, cara? rapaz .. é foda … ai queimou, vai ficar queimado agora … mais oito anos.
DADA:pois é rapaz, ele me ligou .. eu to sabendo disso desde ontem à noite, ai ele me ligou agora, né, perguntando pelo HOMEM, né, e tal… ele falou assim “E O CLAUDIO?”" “não .. ele tá muito ocupado, não to nem indo lá para não perturbar ele, tô em casa aguardando ele me chamar”, Aí eu falei: “c…, como é que pode um cara ser cara de pau desse jeito?”
LENINE: como é que queima né rapaz? é f…
DADA: Não precisa disso né … cara se ele assina com o cara .. “ó CLAUDIO, o cara tá dando tanto, tem jeito de tirar uma ponta para mim?”, o cara vai autorizar, bicho, são tudo amigo, né cara?
LENINE: exatamente, exatamente, PORQUE TIRAR ESCONDIDO É FEIO DEMAIS, NÉ CHICO!

11/01/2011 18:33:55
DADA: Fala CHICÃO.
CARLINHOS: até o ZUNGA mexe no que não é dele?
DADA: pois é rapaz, fiquei “de cara” com o negócio, rapaz, fiquei “de cara”, entendeu? Aí hoje ele me liga, né e aí eu falei assim:”po bicho, e o CLAUDIO”? … : “não … ele tá muito ocupado, to ficando em casa, eu to esperando ele me chamar”, “mas e aí? você vai ser o que lá no GABINETE?”… “não não sei, acho que não vou ficar lá não. Acho que vou ficar em outro lugar” .. “ah .. então tá bom”. Mas ele desabafou ontem com O MARCELÃO, assim que o CLAUDIO saiu da sala, ele desabafou, bicho … falou pra caramba, falou tudo, bicho, falou até o nome,dos empresários que procurou lá…
CARLINHOS: aqueles que o LENINE passava e o ZUNGA pegava lá, será que ele entregou? Entregou né, porque … ele sabia né … ?
DADA: não … aquele entregou … porque, por três vezes, eu fui lá com o LENINE e o LENINE falou na frente do CLÁUDIO: ”deixei lá pro ZUNGA”. E a última vez, a última parcela, fui eu que entreguei. Aí eu fui lá, o CLÁUDIO tava lá, entendeu? aí, entreguei para ele para o ZUNGA e falei para o CLÁUDIO: “ó CLAUDIO, a última lá lá com o ZUNGA … agora não, lá beleza … e o ZUNGA junto, entendeu? Aí, essa aí ele não deu chapéu não, mas essas outras ele deu.
CARLINHOS: Ah… então lá bom. Excelente.
DADA: Não … ele sabe … o CLAUDIO sabe que aquela lá tá tranquilo … o problema é (incompreensível) … aquela ali foi f…, bicho, po .. como é que faz um negócio desses, cara? O cara é varalzeiro mesmo, se sujar por causa de bobagem,cara. Na realidade o cara não tem que se sujar por p… nenhuma, nem com pouco nem por muito, mas p… o cara é foda … e amigo, se ele chega pro cara e pede pra tirar a ponta pra ele, o cara ia deixar .. como é que faz um negócio desse.

Por Gabriel Castro, na VEJA Online
04 de maio de 2012
Reinaldo Azevedo