"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 11 de dezembro de 2012

UMA MÃO SUJA A OUTRA...

Ninguém tem autoridade para falar sobre Lula, diz Sarney

                                  
Presidente do Senado disse que ex-presidente é patrimônio da história do país.

O presidente do Senado, José Sarney, saiu nesta terça-feira, 11, em defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que, segundo depoimento do publicitário Marcos Valério, teve despesas pessoais pagas pelo esquema do mensalão.
Reportagem com o conteúdo do depoimento de Valério foi publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
 
"Primeiro eu não li (a reportagem) e, se existiu (o depoimento de Valério), é uma profunda inverdade porque a pessoa que disse, não autoridade para falar sobre o presidente Lula, que é um patrimôno do País, da história do País, por sua vida e tudo que ele tem feito" - disse Sarney.

João Domingos - O Estado S. Paulo
11 de dezembro de 2012

NOTA AO PÉ DO TEXTO

Minha avó já dizia: "Dize-me com quem andas, que eu te direi quem és."
m.americo

UMA MÃO LAVA A OUTRA...

Sarney sai em defesa de Lula, desqualifica Marcos Valério e diz que petista é um “patrimônio”


Chumbo trocado – Como era de se esperar, começou a troca de favores para defender Lula, que caiu em desgraça com a revelação das denúncias feitas por Marcos Valério, em setembro passado, à Procuradoria-Geral da República.

Considerado o operador do Mensalão do PT e condenado a mais de quarenta anos de prisão na Ação Penal 470, Valério disse aos procuradores que Lula autorizou a contratação de empréstimos junto aos bancos Rural e BMG.

Em defesa do ex-metalúrgico saíram o presidente do Senado, José Sarney, e o presidente da Câmara dos Deputados, o petista gaúcho Marco Maia. Sarney afirmou que Lula é um “patrimônio” do país e que não crê nas declarações de Marcos Valério. “Se ela [declaração de Marcos Valério] existiu, é uma profunda inverdade porque, na realidade, o senhor que disse não tem autoridade para falar sobre o presidente Lula, que é um patrimônio do país, da história do país, por toda sua vida, por tudo que ele tem feito”, declarou o presidente do Senado.

Já o presidente da Câmara disse que a declaração de Marcos Valério é “desequilibrada” e se configura como uma “tentativa de confundir o processo”. “Não é uma opinião equilibrada nem uma opinião que mereça confiabilidade vinda da forma como veio, no momento que ela veio”, disse Maia.
“Informações desta natureza certamente não ficariam escondidas ou não ficariam descobertas num processo de investigação tão árduo, tão duro, tão profundo como foi feito durante inclusive a CPI do mensalão aqui na Câmara dos Deputados e no Senado”, completou o petista.

Analisemos por partes os defensores de Lula. Que José Sarney sairia em defesa de Lula já era algo esperado, pois os brasileiros não podem esquecer que por ocasião do escândalo dos malfadados atos secretos, em 2009, o então presidente defendeu o maranhense. À época, Lula disse que José Sarney, a quem ele tanto criticou no passado, não poderia ser tratado como “uma pessoa comum”. “Sarney tem história no Brasil suficiente para que não seja tratado como se fosse uma pessoa comum”, afirmou o então presidente da República.

Fora esse palavrório visguento e encomendado, é importante destacar que por ocasião da eclosão do escândalo do Mensalão do PT, foi Sarney quem atuou nos bastidores, não de graça, para impedir que a oposição pedisse o impeachment de Lula. E um discurso contraditório a essa altura seria suicídio político, apesar de que discurso de político não tem garantia alguma.

Em relação ao presidente da Câmara, Marco Maia, o discurso tem duas razões. A primeira delas é que a defesa de Lula se trata de uma ordem do partido, que não pode ser descumprida em qualquer hipótese. A segunda é que Maia deixa a presidência da Câmara em fevereiro próximo e sonha conseguir um espaço na Esplanada dos Ministérios, algo que espera há muito tempo.

11 de dezembro de 2012
ucho.info

BOSCO: "NOVO DEPOIMENTO DE VALÉRIO ENCAIXA PEÇAS QUE FALTARAM À CPI DO MENSALÃO".


O diretor da sucursal de Brasília, João Bosco Rabello, afirma que depoimento do operador do mensalão Marcos Valério prestado à Procuradoria-Geral da República chama a atenção por sua consistência
DEPOIMENTO DE VALÉRIO AO MP:

Lula recebeu grana do mensalão e negociou empréstimos dos bancos ao PT; o então presidente e Palocci cuidaram pessoalmente do dinheiro ilegal recebido da Portugal Telecom; Okamotto o ameaçou de morte. Surgem na história Humberto Costa e Luiz Marinho. E há detalhes novos do caso Celso Daniel

 
 
Enquanto Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente Dilma Rousseff traçavam o futuro da humanidade em Paris, depois de ela dar algumas lições a Angela Merkel de como crescer pouco culpando os outros, começavam a vir à luz no Brasil as revelações que Marcos Valério fez ao Ministério Público num depoimento de três horas prestado às procuradoras Cláudia Sampaio e Raquel Branquinho no dia 24 de setembro.
A coisa vai esquentar, e os petistas sabem disso.
 
Por isso o partido decidiu endurecer a sua retórica contra o Supremo, na esperança de intimidar o tribunal. Por isso também a escória da Internet que serve à causa, financiada por estatais, chega ao absurdo de incitar atos de violência contra os que considera desafetos. E quem são os desafetos?
Os que acham que lugar de ladrão de dinheiro público é na cadeia. Eles estão nervosos. Temem que a arquitetura do crime desabe sobre suas cabeças. Do que se trata afinal? Comecemos por uma curta memória.
 
A VEJA que chegava aos leitores na manhã do dia 15 de setembro, um sábado, trazia uma reportagem de capa com revelações que Marcos Valério andava fazendo a interlocutores seus. A questão mais importante: Lula não só sabia de tudo como era o chefe do mensalão. O post sobre a matéria da VEJA está aqui. Reproduzo (em azul) título e entretítulos para que tenhamos uma síntese do que lá ia:

“REVELADOS SEGREDOS EXPLOSIVOS DE VALÉRIO, QUE TEME SER ASSASSINADO:
 
1) Mensalão movimentou R$ 350 milhões;
2) Lula, com Dirceu de braço direito, era o chefe;
3) presidente recebia pessoalmente doadores clandestinos;
4) publicitário se encontrou no Palácio com Dirceu e Lula várias vezes;
5) Delúbio, o tesoureiro, dormia com frequência no Alvorada”
 
– “O CAIXA DO PT FOI DE R$ 350 MILHÕES”;
 
– LULA ERA O CHEFE DO ESQUEMA, COM JOSÉ DIRCEU;
 
–VALÉRIO SE ENCONTROU COM LULA NO PALÁCIO DO PLANALTO VÁRIAS VEZES;
 
– PAULO OKAMOTTO, ESCALADO PARA SILENCIAR VALÉRIO, TERIA AGREDIDO FISICAMENTE A MULHER DO PUBLICITÁRIO;
 
– O PT PROMETEU A VALÉRIO QUE RETARDARIA AO MÁXIMO O JULGAMENTO NO STF;
 
– “O DELÚBIO DORMIA NO PALÁCIO DA ALVORADA”;

–EMPRÉSTIMOS DO RURAL FORAM FEITOS COM AVAL DE LULA E DIRCEU
 
De voltaMuito bem! Os repórteres Felipe Recondo, Alana Rizzo e Fausto Macedo, do Estadão, tiveram acesso ao depoimento prestado por Marcos Valério ao Ministério Público. As coisas se complicam ainda mais para Lula e Paulo Okamotto e levam para o centro do imbróglio petistas graúdos como o ex-ministro Antônio Palocci e o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho. Também o caso Celso Daniel ganha detalhes novos. E volta à baila uma personagem conhecida do noticiário: Freud Godoy. Vamos lá.
 
Síntese do que disse Valério ao Ministério Público
 
1- O esquema do mensalão pagou as despesas pessoais de Lula em 2003:

2-dinheiro foi depositado na conta de seu carregador de malas, Freud Godoy (aquele do escândalo do aloprados);

3- Lula participou pessoalmente das operações de “empréstimos” dos Bancos Rural e BMG;

4- os“empréstimos foram acertados dentro do Palácio do Planalto;

5-Valério diz que é o PT quem paga seus advogados (R$ 4 milhões);
6-Paulo Okamotto, que hoje preside o Instituto Lula, o ameaçou pessoalmente de morte;

7- Lula e Palocci negociaram com o então presidente da Portugal Telecom a transferência de recursos ilegais para o PT;

8- Luiz Marinho, agora prefeito de São Bernardo, foi quem negociou as facilidades para o BMG nos empréstimos consignados;

9- o pecuarista José Carlos Bumlai arrumou dinheiro para pagar o empresário Ronan Maria Pinto, que chantageava Lula no caso Celso Daniel;

10 – o senador Humberto Costa também recebeu dinheiro do esquema.
 
Pois é…Se Valério estiver falando a verdade – e bastariam algumas verdades –, o diabo é bem mais feio do que se pinta no Supremo, como todo mundo já andava desconfiado. Seguem mais detalhes de seu depoimento. Os verbos não aparecem no modo da incerteza, mas é preciso que se deixe claro que essas são as acusações feitas por Valério. Precisam ser investigadas.
 
Dinheiro para Lula na conta de FreudSegundo Valério, foram feitos dois repasses a Lula em 2003 para cuidar de suas despesas pessoais – pessoais mesmo, sabem?, “a nível de Lula”, sem qualquer ligação com a política. Um deles foi no valor de R$ 100 mil. A grana era depositada na conta de Freud Godoy, que ocupou papel de destaque no escândalo dos aloprados. A CPI dos Correios encontrou, com efeito, uma transferência de R$ 98.500 de uma das agências de Valério para o Freud do Lula…
 
Banco Rural, empréstimos e reuniões no Palácio. Com Lula!As reuniões que decidiram os falsos empréstimos do Rural para o PT foram feitas dentro do Palácio do Planalto, com as presenças de José Dirceu (olhem ele aí, como sempre) e Delúbio Soares. Aconteceram, segundo o publicitário, numa sala grande, onde se faziam reuniões e, às vezes, algumas refeições. Tudo acordado, o grupo foi até Lula. Informado do combinado, o Apedeuta-chefe disse “ok”.Houve mais de um encontro. Numa primeira etapa, houve autorização para R$ 10 milhões; numa segunda, outros R$ 12 milhões. Dirceu disse, então, a Valério que Delúbio, quando negociava, o fazia em nome dele, Dirceu, e de Lula.
AdvogadoValério diz que é o PT que paga seus advogados. Esse depoimento, não custa lembrar, foi acompanhado por um deles, Marcelo Leonardo, que o defendeu no processo do mensalão no Supremo. Leonardo assina a transcrição escrita da fala de Valério. O partido já teria desembolsado até agora R$ 4 milhões nessa operação.
Ameaça de morte
VEJA já havia revelado que o interlocutor de Lula junto a Valério era Paulo Okamotto, aquele que, certa feita, afirmou ter pagado do próprio bolso um suposto empréstimo feito pelo chefe. É uma alma generosa. Okamotto é hoje presidente do Instituto Lula. Segundo Valério, o petista lhe disse essas duas frases sem ambiguidades: “Tem gente no PT que acha que a gente deveria matar você” e “Você se comporta ou morre”. Uma das reuniões em que se tratou desse assunto teria sido feita na casa de uma mulher chamada Adriana Cedrola, diretora de uma empresa de Okamotto.
Lula, Palocci e a Portugal TelecomLembram-se daquela ida de Marcos Valério a Portugal? Pois é… Já se sabe que foi àquele país em busca de dinheiro para alimentar o esquema. Segundo Valério, Lula negociou pessoalmente a dinheirama ilegal com Miguel Horta, então presidente da Portugal Telecom. O ex-presidente e o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, combinaram que uma fornecedora da Portugal Telecom de Macau enviaria os recursos. Eles chegaram ao PT por intermédio de outras agências de publicidade. A essa altura, pode ter muito publicitário nervoso por aí, além de Valério.
Luiz Marinho e o BMGLuiz Marinho, então chefão da CUT, intermediou as facilidades criadas para o banco BMG na concessão de empréstimos consignados. Durante 90 dias, foi o único banco privado a operar na modalidade. Em pouco tempo, o banco fez 1,4 milhão de operações, no valor total de R$ 3 bilhões. Virou líder nessa modalidade e teve a carteira comprada, depois, pela Caixa Econômica Federal. Segundo o STF, também seus empréstimos ao partido eram fraudulentos. O caso está da Justiça Federal de Minas, e Lula ainda pode ser convocado a depor. Se há lambança que traz ato de ofício assinadinho, é essa!
O caso Celso DanielValério afirma que o empresário Ronan Maria Pinto cobrava R$ 6 milhões para não implicar Lula e Gilberto Carvalho no caso do assassinato do prefeito Celso Daniel. Numa primeira reunião com Silvio Pereira, o publicitário disse que não se meteria no assunto. Mesmo assim, fez-se uma segunda, no hotel Pullman, com as presenças de Valério, Ronan, Pereira e Breno Altman. Não prosperou. Quem acabou conseguindo o dinheiro foi o pecuarista José Carlos Bumlai, único brasileiro que podia entrar no Palácio quando quisesse e na hora que quisesse. Bumlai teria acertado um empréstimo com o banco Schahin.
Humberto Costa
Valério diz que o esquema transferiu R$ 512.337,00 para a conta da campanha de Humberto Costa ao governo de Pernambuco, em 2002. O dinheiro foi repassado para tesoureira de Costa, Eristela Feitoza, que coordenou a campanha do petista também neste ano.
 
ConcluindoPois é…Está tudo lá com o Ministério Público. Okamotto não quis comentar. Os demais negam envolvimento por meio de seus advogados ou diretamente. A questão agora é apurar e cobrar mais detalhes. É evidente que é o caso de considerar a hipótese de incluir Valério no programa de proteção a testemunhas desde que apresente informações consistentes. Ao país, ele vale muito mais vivo do que morto. Mas há certamente os que o prefeririam morto. E esses, por óbvio, não pensam no país. Tentam promover uma guerra suja de propaganda para livrar a própria pele.
 
11 de dezembro de 2012
DO BLOG - Reinaldo Azevedo - Veja Online

'LE MONDE' REPERCUTE DENÚNCIA QUE IMPLICA LULA NO ESCÂNDALO DO MENSALÃO

 

FotoO JORNAL FRANCÊS CITA VALÉRIO COMO UM DOS PIVÔS DO ESCÂNDALO
As revelações do empresário Marcos Valério, envolvendo o ex-presidente Lula no escândalo do mensalão, repercurte intensamente na Europa. O site do importante jornal francês Le Monde, que sempre bajulou o ex-presidente, registra em manchete que "Corrupção: um dos condenados do processo do mensalão implica Lula".
O jornal cita o mensalão, sem til, e se refere a Marcos Valério como "um dos pivôs do sistema de corrupção política" envolvendo o "Partido dos Trabalhadores de Lula".
 
11 de dezembro de 2012
claudio humberto

MUÇULMANOS DEVERIAM OBEDECER SEU ETERNO LÍDER SUPREMO, KHOMEINI, E BOICOTAR TUDO QUE TENHA ORIGEM JUDAICA

 

Pouco tempo atrás, o Irã e o líder supremo, aiatolá Ruhollah Khomeini, pouco antes de sua morte, pediu ao mundo muçulmano para boicotar tudo e qualquer coisa que tenha origem judaica.
Em resposta, Meyer M. Treinkman, um simples farmacêutico, fora da bondade de seu coração, se ofereceu para ajudá-los em seu boicote da seguinte forma:
“Qualquer muçulmano que tem sífilis não deve ser curado pelo teste de Wasserman que foi descoberto por um judeu, Dr. Ehrlich.
Muçulmanos que têm gonorréia, não deveriam procurar o diagnóstico, porque ele vai estar usando o método de um judeu chamado Neissner.
Um muçulmano que tem uma doença cardíaca não deve usar Digitalis, descoberta por um judeu, Ludwig Traube.
Numa dor de dente, não deve usar novocaína, uma descoberta dos judeus, Widal e Weil.
Se um muçulmano tem diabetes, não deve usar insulina, o resultado da pesquisa por Minkowsky, um judeu.
Se alguém tem uma dor de cabeça, ele deve evitar Pyramidon e Antipyrin, devido aos judeus, Spiro e Ellege.
Muçulmanos com convulsões devem ficar assim, porque foi um judeu, Oscar Leibreich, que propôs o uso de hidrato de cloral.
Árabes devem fazer o mesmo com seus males psíquicos, porque Freud, pai da psicanálise, era um judeu.
Se uma criança muçulmana pegar Difteria, ela deve abster-se do “Schick” (reação), que foi inventado pelo judeu, Bella Schick.
Os muçulmanos devem estar prontos para morrer em grande número e não deve permitir o tratamento da orelha e danos cerebrais, o trabalho de judeus ganhadores do Prêmio Nobel, Robert Baram.
Eles devem continuar a morrer ou ficar aleijados por Paralisia Infantil, porque o descobridor da vacina anti-pólio é judeu, Jonas Salk, aperfeiçoada por Albert Sabin, outro judeu.
Os muçulmanos devem se recusar a usar estreptomicina e continuar a morrer de tuberculose, porque um judeu, Zalman Waxman, inventou a droga milagrosa contra esta doença mortal.
Médicos muçulmanos devem descartar todas as descobertas e melhorias pelo dermatologista Judas Sehn Bento, ou o especialista em pulmão, Frawnkel, e de muitas outras de renome mundial, cientistas judeus e especialistas médicos.
Muçulmanos devem permanecer apropriadamente com sífilis, gonorréia, doença de coração, dores de cabeça, tifo, diabetes, transtornos mentais, convulsões poliomielite e tuberculose e ter orgulho de obedecer ao boicote islâmico.
Ah, e por falar nisso, não chame um médico pelo seu telefone celular porque o telefone celular foi inventado em Israel por um engenheiro judeu. Enquanto isso eu pergunto: Que contribuições médicas para o mundo os muçulmanos fizeram?”
11 de dezembro de 2012

QUEM É O CHEFE?

 

Quando o homem foi criado, os seus órgãos vitais começaram a discutir quem seria o chefe.
 
O cérebro expôs: “Devo ser o chefe, já que mando no funcionamento de todos vós.”
 
Os olhos argumentaram: “Nós devemos ser os chefes, porque guiamos todo o corpo.”
 
O coração disse: “Então eu deveria ser o chefe, porque levo o sangue para que todos funcionem.”
 
O estômago se manifestou: “Eu serei o chefe, pois que alimento a todos.”
 
As pernas disseram: “Devemos ser as chefes, porque transportamos todo o corpo.”
 
Mas todos se indignaram por não serem levados em conta.
 
Quando a merda pediu para ser chefe, riram- se às gargalhadas.
 
Exclamaram todos: “Você nem órgão é, quanto mais vital!...”
 
E a merda apenas disse:
 
Serei eu o chefe... E negou-se a sair durante cinco dias!!
 
O corpo estalava. O estômago rebentava. Os olhos nublavam-se. O coração agonizava. As pernas tremiam.
 
E então todos gritaram: “Que a merda seja a chefe!”

         Moral da história: Desde então, qualquer merda pode ser chefe.

11 de dezembro de 2012

UM NINHO DE TUCANOS PAPISTAS ENRUSTIDOS


Sobre minha crônica “Instituto Millenium, uma farsa liberal”, escreve Anselmo Heidrich:
- Janer, quem te censurou não foi a Cristina Camargo? Pois, esta administradora, ou melhor, ex-administradora, se não me engano é filiada ao PSDB e trabalha no Observatório Político, um site que concentra blogs de diferentes níveis. A época, ela me censurou em um artigo que eu discutia o ambientalismo e justificou claramente por terem mantenedores que não gostariam da minha opinião... "Anselmo, eu não posso publicar isto", um artigo chamado Vendaval de Bobagens, que a Mécia acabou publicando. E, mesmo durante sua gestão, ela relaxou. Relaxou porque não regulava com rigor segundo sua proposta e porque, se o fizesse, acho que acabaria perdendo bons articulistas. Aliás... O IMIL está bem fraco, parece que anda exagerando na quantidade de nomes, alguns dos quais publicaram um, dois ou nenhum artigo ou só pequenas notas. Parece que alguns dos nomes estão lá só porque são notáveis, que ocupam cargos de alguma influência por aí, mas não têm verve literária nenhuma. Alguns nomes são bons, como o Rosenfield, mas há uma grande heterogeneidade e parece que o negócio lá é fazer volume.

Acho que o objetivo deles é outro...

Concordo contigo em um ponto, é censura sim e se querem levantar a bandeira do liberalismo não podem se furtar a certos temas. NO ENTANTO, o que muitos entendem por "liberalismo" restringe-se a uma visão estritamente economicista, mais Adam Smith que John Locke... E, claro, há leitores de todas as estirpes, analise o que diz Rhyan Fortuna, nos comentários do teu post p.ex., que censura é só quando o estado a impõe(!!): o que está por trás disto nunca é o foco no substantivo, a censura no caso, mas em um adjetivo que é "ser estatal", "ser pró mercado" ou algo assim. Para transitar nestes grupos tem que se conhecer suas premissas inconfessas. Se tu faz parte de alguma "igrejinha" vais ser bajulado, agora se tu diverge parcial ou totalmente, será tratado como "gente esquisita", como eu já fui por um desses teus missivistas aí.

Agora, o que eu penso: eles têm direito de censurar sim, mas deveriam ser coerentes com o nome das coisas, como o de seu instituto e a proposta para a qual se orientam. Por isso que eu sempre me furto a esses rigores conceituais denominativos, quando me enchem o saco me acusando de ser isto ou aquilo ou de não ser, digo apenas que sou um mezzo liberal e estamos conversados.


Salve, Anselmo!

Totalmente de acordo. O que eles não podem é se pretender defensores da liberdade de expressão e censurar temas que não agradam aos católicos. Sim, quem me censurou foi a Cristina Camargo. Quer dizer que ela já tem currículo como censora? Sempre achei que o Imil fosse uma página para prestigiar tucanos e, pelo que me dizes, parece que não me enganei. É dessa espécie de pássaros que não ousa bicar e tenta ficar bem com todo mundo. No fundo, em muito se parecem com o astrólogo. Aliás, a alegação do Rodrigo Constantino

“Se os próprios liberais ficarem se digladiando no canal sobre tais temas, pode-se perder o foco daquilo que hoje parece mais urgente no Brasil: a defesa do estado de direito, da democracia e do livre mercado”,

em pouco ou nada difere do alerta do Aiatolavo no MSM:

POLÊMICAS INTER-RELIGIOSAS, EM ESPECIAL ENTRE DIFERENTES DENOMINAÇÕES CRISTÃS, SÃO EXPRESSAMENTE PROIBIDAS NESTE SITE. COM TANTOS INIMIGOS RONDANDO, VAMOS FICAR TROCANDO TAPAS EM FAMÍLIA?

Continua o Anselmo:

- Como esse pessoal tem medo de discutir?! O Constantino agora diz isto, mas é porque quer defender aquela seara, pois no antigo orkut ou no facebook, já discutiu, divergiu e rompeu com a garotada liberal mais radical, seus pares do Liber, um projeto de partido.

O que estou vendo, Anselmo, é um monte de jovens desmiolados, órfãos do Kremlin, que querem formar grupos onde se sintam gregários. Uns seguem o Aiatolavo, outros o Constantino, outros o Verissimo, outros o tal de Mises. É preciso seguir alguém. Ninguém ousa pensar com a própria cabeça. Já fui expulso de várias comunidades, católicas ou não-católicas, por manter um pensamento independente. (Do MSM não fui expulso. Eu mesmo me retirei porque censuraram uma crônica minha).

Certa vez, eu estava discutindo na página do Percival Puggina, que não por acaso assina no MSM, e mostrei que tanto Tomás de Aquino como Santo Agostinho aceitavam o aborto. Nossa! Foi um deus-nos-acuda! “Expulsa esse cara. Bloqueia”. O Puggina, que se pretende defensor da democracia e da liberdade de imprensa, me detonou de sua página. Já fui expulso de uma página sobre Verissimo no Orkut, porque ousei mostrar certos errinhos históricos que o filho do Erico havia cometido. E por aí vai. A defesa dos coitados é eliminar qualquer crítica.

Me escreve André Amaro:
- Janer, sou leitor antigo de suas colunas, mas apenas agora resolvi entrar em contato com você.

Achei muito bom o seu debate com membros do Instituto Millenium. Como um liberal e ateu (definição um pouco simplista, mas tudo bem), acho muito grave essa mistura de liberalismo economico com conservadorismo religioso. Vejo isso como algo tão ruim quanto esses discursos de esquerda. Em alguns pontos é até mais perigoso (ou tão perigoso quanto), porque utiliza um discurso economicamente liberal mas no fundo tenta impor uma moral religiosa (MSM, Reinaldo Azevedo etc). O trabalho deles é facil, falar mal de esquerdista qualquer um fala. Porém na hora de argumentar eles começam com essa ladainha religiosa, ai já não consigo ler.

Esse discurso de que o Millenium é uma instituição privada e pode se negar a falar sobre certos assuntos é um absurdo, tendo em vista que o instituto deveria defender a liberdade. Parece que esse pessoal que discutiu com você não entende que a liberdade de expressão deveria estar incluída nisso. Querer fugir de temas polêmicos é uma piada.

Muitos dos meus amigos liberais se associam a esse tipo de pessoa ou instituto pois eles acreditam que o liberalismo economico esta acima de tudo, mas eu não consigo. Acredito que uma economia é fundamental, mas tão fundamental quanto liberdade de expressão etc. Acho que os gays devem ter os mesmos direitos, o aborto deveria ser legalizado em qualquer caso, sou a favor de celular troncos, eutanasia, legalização das drogas (quase todas) etc. Não consigo abdicar desses direitos em favor de uma liberdade somente econômica, com uma moral religiosa escondida (ou não tão escondida assim, como no caso do MSM).


Pois, André, antes que eu começasse a escrever, dona Cristina Camargo me advertiu que todos esses temas estavam proibidos. Os tucanos são uma esquerdinha temerosa de dizer não à Santa Madre. E o Instituto Millenium começa a dizer ao que vem: é um ninho de tucanos papistas que quer convencer jovens que se trata de uma instituição liberal.

Foi o mesmo que aconteceu com o Midiasemmascara. Anunciou-se como um site que pretendia desmascar a grande mídia, o que atraiu muita gente (eu, inclusive). E logo mostrou ao que vinha: a defesa de um catolicismo obscurantista liderada por um astrólogo que ninguém sabe do que vive.

Mas a palavra tucano já está virando palavrão. Outro dia, eu advertia um leitor sobre a desonestidade do recórter hidrófobo da Veja e ele me respondeu: sei disso, ele é tucano.


11 de dezembro de 2012
janer cristaldo

LULA DEU 'OK' A EMPRÉSTIMOS DO MENSALÃO E RECEBEU DE ESQUEMA, DIZ VALÉRIO

 

 


O empresário Marcos Valério Fernandes de Souza disse no depoimento prestado em setembro à Procuradoria-Geral da República que o esquema do mensalão ajudou a bancar "despesas pessoais" de Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio a uma série de acusações, também afirmou que o ex-presidente deu "ok", em reunião dentro do Palácio do Planalto, para os empréstimos bancários que viriam a irrigar os pagamentos de deputados da base aliada.

Veja também:
 
Valério ainda afirmou que Lula atuou a fim de obter dinheiro da Portugal Telecom para o PT. Disse que seus advogados são pagos pelo partido. Também deu detalhes de uma suposta ameaça de morte que teria recebido de Paulo Okamotto, ex-integrante do governo que hoje dirige o instituto do ex-presidente, além de ter relatado a montagem de uma suposta "blindagem" de petistas contra denúncias de corrupção em Santo André na gestão Celso Daniel. Por fim, acusou outros políticos de terem sido beneficiados pelo chamado valerioduto, entre eles o senador Humberto Costa (PT-PE).

A existência do depoimento com novas acusações do empresário mineiro foi revelada pelo Estado em 1º de novembro. Após ser condenado pelo Supremo como o "operador" do mensalão, Valério procurou voluntariamente a Procuradoria-Geral da República.
Queria, em troca do novo depoimento e de mais informações de que ainda afirma dispor , obter proteção e redução de sua pena. A oitiva ocorreu no dia 24 de setembro em Brasília – começou às 9h30 e terminou três horas e meia depois; 13 páginas foram preenchidas com as declarações do empresário, cujos detalhes eram mantidos em segredo até agora.

O Estado teve acesso à íntegra do depoimento, assinado pelo advogado do empresário, o criminalista Marcelo Leonardo, pela subprocuradora da República Cláudia Sampaio e pela procuradora da República Raquel Branquinho.

Freud Godoy e Lula na Granja do Torto no fim de 2002

Valério disse ter passado dinheiro para Lula arcar com "gastos pessoais" bem no início de 2003, quando o petista já havia assumido a Presidência. Os recursos foram depositados, segundo o empresário, na conta da empresa de segurança Caso, de propriedade do ex-assessor da Presidência Freud Godoy, uma espécie de "faz-tudo" de Lula.

O operador do mensalão afirmou ter havido dois repasses, mas só especificou um deles, de aproximadamente R$ 100 mil. Ao investigar o mensalão, a CPI dos Correios detectou, em 2005, um pagamento feito pela SMPB, agência de publicidade de Valério, à empresa de Freud. O depósito foi feito, segundo dados do sigilo quebrado pela comissão, em 21 e janeiro de 2003, no valor de R$ 98.500.

Segundo o depoimento de Valério, o dinheiro tinha Lula como destinatário. Não há detalhes sobre quais seriam os "gastos pessoais" do ex-presidente.

Ainda segundo o depoimento de setembro, Lula deu o "ok" para que as empresas de Valério pegassem empréstimos com os bancos BMG e Rural. Segundo concluiu o Supremo, as operações foram fraudulentas e o dinheiro, usado para comprar apoio político no Congresso no primeiro mandato do petista na Presidência.

No relato feito ao Ministério Público, Valério afirmou que no início de 2003 se reuniu com o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o tesoureiro do PT à época, Delúbio Soares, no segundo andar do Palácio do Planalto, numa sala que ele descreveu como "ampla" que servia para "reuniões" e, às vezes, "para refeições".

Ao longo dessa reunião, Dirceu teria afirmado que Delúbio, quando negociava com Valério, falava em seu nome e em nome de Lula. E acertaram, ainda segundo Valério, os empréstimos.

Nessa primeira etapa, Dirceu teria autorizado o empresário a pegar até R$ 10 milhões emprestados. Terminada a reunião, contou Valério, os três subiram por uma escada que levava ao gabinete de Lula. Lá, na presença do presidente, passaram três minutos. O empresário contou que o acerto firmado minutos antes foi relatado a Lula, que teria dito "ok".

Dias depois, Valério relatou ter procurado José Roberto Salgado, dirigente do Banco Rural, para falar do assunto. Disse nessa conversa que Dirceu, seguindo orientação de Lula, havia garantido que o empréstimo seria honrado. A operação foi feita. Valério conta no depoimento que, esgotado o limite de R$ 10 milhões, uma nova reunião foi marcada no Palácio do Planalto. Dirceu o teria autorizado a pegar mais R$ 12 milhões emprestados.

Portugal Telecom

Em outro episódio avaliado pelo STF, Lula foi novamente colocado como protagonista por Valério. Segundo o empresário, o ex-presidente negociou com Miguel Horta, então presidente da Portugal Telecom, o repasse de recursos para o PT. Segundo Valério, Lula e o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, reuniram-se com Miguel Horta no Planalto e combinaram que uma fornecedora da Portugal Telecom em Macau, na China, transferiria R$ 7 milhões para o PT.

O dinheiro, conforme Valério, entrou pelas contas de publicitários que prestaram serviços para campanhas petistas.

As negociações com a Portugal Telecom estariam por trás da viagem feita em 2005 a Portugal por Valério, seu ex-advogado Rogério Tolentino, e o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri.
Segundo o presidente do PTB, Roberto Jefferson, Dirceu havia incumbido Valério de ir a Portugal para negociar a doação de recursos da Portugal Telecom para o PT e o PTB.
Essa missão e os depoimentos de Jefferson e Palmieri foram usados para comprovar o envolvimento de José Dirceu no mensalão.

11 de dezembro de 2012
Estadão
 

DE CARA, ANAJURE TROCA PRINCÍPIOS UNIVERSAIS PELA OPINIÃO DAS MASSAS

            Não seguirás a multidão para fazeres o mal; nem numa demanda darás testemunho, acompanhando a maioria, para perverteres a justiça.
Êxodo 23: 2

Causa estranheza que o presidente da recém-fundada ANAJURE (Associação Nacional dos Juristas Evangélicos), Dr. Uziel Santana, de cara queira submeter à apreciação pública bens jurídicos inegociáveis, a exemplo da vida e da integridade física e mental das pessoas. Se a proposta do ilustre doutor prospera — aliás, uma proposta bem anticristã para um líder evangélico — por que não levar a ideia às últimas conseqüências, problematizando de um só golpe toda a nossa legislação penal?
Ora, se a capacidade de polemizar sobre assuntos sensíveis é a senha para submetê-los a um teste plebiscitário, havemos de reconhecer que não há limites para a “transvaloração de todos os valores”. Existem ideologias que se especializaram precisamente nisso: relativizar valores consagrados, mesmo quando o resultado social dessa brincadeira seja algo absolutamente imponderável, quando não destrutivo.
A despeito dessas obviedades, o Dr. Uziel prefere lavar as próprias mãos. Se o povo é quem decide, vida longa a Barrabás! Segundo o presidente da ANAJURE, toda legislação de ordem moral precisa ter legitimidade. Disso ninguém discorda. Contudo, ele conclui daí que “impor uma conduta moral do Parlamento para baixo, sem ouvir o povo, isso não representa bem o estado democrático”. Não sabemos ao certo o que Dr. Uziel entende por democracia, mas será que devemos também submeter ao crivo popular os direitos e garantias fundamentais? Não teriam os direitos do indivíduo origem numa ordem moral que é anterior à própria existência dos homens e das sociedades? Eis aí uma boa questão para o Dr. Uziel meditar.
E se ele porventura perdeu a confiança nos ensinamentos bíblicos, poderá ao menos consultar os sábios conselhos da filosofia clássica:
“A razão reta, conforme à natureza, gravada em todos os corações, imutável, eterna, cuja voz ensina e prescreve o bem, afasta do mal que proíbe e, ora com seus mandados, ora com suas proibições, jamais se dirige inutilmente aos bons, nem fica impotente ante os maus. Essa lei não pode ser contestada, nem derrogada em parte, nem anulada; não podemos ser isentos de seu cumprimento pelo povo nem pelo Senado; não há que procurar para ela outro comentador nem intérprete; não é uma lei em Roma e outra em Atenas, uma antes e outra depois, mas una, sempiterna e imutável, entre todos os povos e em todos os tempos; uno será sempre o seu imperador e mestre, que é Deus, seu inventor, sancionador e publicador, não podendo o homem desconhecê-la sem renegar-se a si mesmo, sem despojar-se do seu caráter humano e sem atrair sobre si a mais cruel expiação, embora tenha conseguido evitar todos os outros suplícios” (“De Republica”, Livro III, xvii).
Em toda a história humana, o livre mercado das ideias é pródigo em criar sofismas que respaldam moralmente as mais diversas condutas, desde que concorram para alcançar seus objetivos — afinal, “os fins justificam os meios”, não? Ideologias como o nazismo, o comunismo e o fascismo legitimaram — muitas vezes com apelos populares — práticas abomináveis como o genocídio, o terrorismo, a tortura e a eugenia. As trágicas lições deixadas pelo século passado deveriam sensibilizar até aquelas almas mais refratárias aos fundamentos divinos da ordem moral, que resiste intrépida às inovações bizarras de um “direito achado na rua”. Será que vamos repetir todo esse descalabro histórico? A experiência é uma escola muito cara — dizia Benjamin Franklin — mas é só nela que os tolos aprendem…
Vale destacar o quão grave é o pulo na armadilha que a ANAJURE armou, com o apoio de segmentos da bancada evangélica. Recorrer aos referendos, mas acolher seus resultados apenas quando convém, é uma tática usada de forma recorrente pela elite globalista, abertamente anticristã e politicamente correta, que agora leva a União Europeia à beira do abismo. Com tal posicionamento, a ANAJURE segue as trilhas da eco-paranoica Marina Silva, que, embora se declare evangélica, em questões sensíveis do direito natural, prefere flertar com os humores instáveis das massas.
A par da hegemonia cultural esquerdista em nosso país, financiada e dirigida por uma tecnocracia global que promove, entre outras coisas, o aborto e a eutanásia, fica ainda mais evidente o risco que se corre diante da proposta da ANAJURE, bem como se pressupõe a ingenuidade (se realmente é o caso) dos articuladores políticos da instituição.
A bem da verdade, a posição assumida pela ANAJURE é um ato de traição aos movimentos pró-vida, pró-família e de todos aqueles que defendem os valores judaico-cristãos nos espaços públicos, tendo-os como universais, irrevogáveis, inegociáveis, transcendentes e os únicos capazes de, quando adequadamente defendidos, proteger a civilização contra a barbárie e o democratismo barato.
Fazer com que princípios absolutos, auto-evidentes, se submetam à chancela das massas como primeira medida é relativizá-los de antemão. E nenhum cristão convicto pode dar apoio a uma instituição que, já em seus primeiros passos, assume um discurso demagógico para angariar a simpatia de poderosos globalistas e seus aliados brasileiros, especialmente políticos como Marina Silva.
Escrito por Editoria MSM
11 de dezembro de 2012
 
 

A NOVA COR DO DESARMAMENTO

       
          Artigos - Desarmamento 
No Brasil, apenas 8% dos crimes de homicídio são elucidados, e sem elucidação é simplesmente impossível afirmar a origem das armas que nele foram empregadas.

Há pouco mais de um ano, escrevi um artigo intitulado “Os Camaleões do Desarmamento”, discorrendo sobre a sucessiva metamorfose das justificativas para o desarmamento civil, ou voluntário, seguindo uma cansativa insistência no reavivamento de algo já completamente fracassado. No derradeiro parágrafo daquele texto, assim indagava:

“Fica a pergunta: Se desamamento não combate o crime, não diminuiu os homicídios, não desarma os criminosos e não garante que acidentes deixem de acontecer, qual será a próxima cor usada pelos camaleões do desarmamento? Que tal a verdade?”

Minha sugestão não foi acolhida. Assistindo aos vídeos da mais recente reedição da campanha, já podemos dizer que a sua nova cor, como temíamos, não é a da verdade. Dados e fatos são jogados ao longe, varridos para baixo do tapete, e entram em cena atores devidamente pagos com o dinheiro do contribuinte, inclusive dos mais de 60 milhões de brasileiros que já disseram não ao desarmamento em 2005, para vender (e o verbo é este) a ideia de que o cidadão que queira proteger sua família deve entregar sua arma. Uma distorção mentirosa.

Em material distribuído para a imprensa, a campanha tenta assim ser justificada pela secretária nacional de Segurança Pública, Regina Miki, “a temática da campanha adotada este ano pretende desconstruir a ideia equivocada de que arma trás [sic] proteção e de que é legítimo possuí-la para se defender”. Parece incrível, mas o que se quer desconstituir é a verdade.

Não é demais lembrar que foi essa secretária que, durante audiência pública na Câmara dos Deputados, afirmou ser incapaz de diferenciar um bandido de um cidadão de bem. Deve ser isto, diante de sua reconhecida inaptidão para saber quem são os bandidos e os cidadãos honestos, ela, confusa, se propõe a desarmar apenas estes últimos, colocando sua campanha a favor dos primeiros.

A gravidade do tema, contudo, suplanta a falta de capacidade de uma secretária de governo para distinguir o básico. Algumas informações usadas no site oficial da campanha são preocupantes e mostram que ela, como também já afirmamos em outras oportunidades, deveria se chamar “Campanha do Enganamento”.

Um exemplo gritantemente estarrecedor está nesta afirmação: “dados oficiais mostram que 80% dos crimes ocorridos no Brasil são realizados com armas adquiridas legalmente”. Dupla mentira!

Primeiramente, não há dado oficial sobre isso, e sim uma única, velha e já desacreditada pesquisa, desprovida do mais elementar critério científico, realizada por uma ONG patrocinada com verba estrangeira e que convenientemente o governo assume como oficial.


Segundo, e mais grave, é que essa afirmação induz a erro os incautos que imaginarão que 80% dos crimes são cometidos por pessoas que compraram legalmente uma arma de fogo. Inaceitável.
No Brasil, apenas 8% dos crimes de homicídio são elucidados, e sem elucidação é simplesmente impossível afirmar a origem das armas que nele foram empregadas, o que, sem nenhum esforço, deixa evidente o puro “achismo” ideológico em que se embasa tão grave – e falsa – afirmação.

O fato, contra o qual a mentira oficial vem se mostrando cada vez mais impotente, é que, ano após ano, o Governo Federal insiste em uma política que já se mostrou um fiasco absoluto. Investe milhões de reais dos contribuintes em algo que simplesmente não tem qualquer embasamento técnico.

Pura ideologia. E sabe o que é mais aviltante? É você, um dos 60 milhões de brasileiros que disse não ao desarmamento, também financiar esse discurso.

A nova cor do desarmamento é o vermelho. Vermelho da ideologia governamental e do sangue dos cidadãos honestos que, indefesos, são abatidos como ovelhas pelo lobo que o dono da fazenda insiste em poupar.

Deveria ser o vermelho estampado no rosto daqueles que desavergonhadamente querem enganar a população.

11 de dezembro de 2012

Bene Barbosa é bacharel em direito, especialista em segurança e presidente do Movimento Viva Brasil.

QUEDA LIVRE

       
          Internacional - Estados Unidos 
Enquanto a Rússia e a China continuam a reforçar seus respectivos arsenais militares, o Ocidente continua a diminuir o seu.
Nos aproximamos de um penhasco fiscal. Queremos dar dinheiro e prover salvação para todos. Mas no fim não vamos sequer salvar nós mesmos.

Conforme nos aproximamos do 'penhasco fiscal', também nos aproximamos de outro penhasco. Nos tempos mais recentes os Estados Unidos assumiram a responsabilidade de defender e libertar milhões de pessoas em terras distantes. Combatemos o terrorismo, o que é compreensível; mas também nos interessamos na libertação dos povos árabes dos governos tirânicos do Egito, Líbia e Síria. Enquanto isso, pagamos uma enorme soma monetária para adaptarmos o Iraque ao regime democrático — embora essa democracia esteja sempre a beira de entrar em colapso. Também tentamos formar uma democracia no Afeganistão. Derramamos bilhões de dólares nesses países. Nossa generosidade não tem fim.

Talvez você tenha notado esse nosso novo princípio: proclamar que todos merecem um lanche grátis, educação pública grátis, um emprego e plano de saúde. Pois bem, esse princípio tem um aspecto internacional; nomeadamente que todos no planeta merecem ser resgatados pelo exército americano e levados à democracia. Como nós pagamos isso, fica a cargo de qualquer um supor. É claro que não podemos deixar de pagar por isso, tampouco não podemos deixar de ir à falência por isso. Parece que temos de salvar o planeta, mesmo que isso signifique que nós mesmos iremos à falência junto com o planeta.

Vejamos o caso da Síria, onde a rebelião contra o regime de Bashar Assad tem se intensificado. Na manhã do dia 10 de dezembro, a
DEBKAFile relatou que os rebeldes capturaram o maior depósito de armas químicas a leste de Aleppo. Na semana passada, o Secretário de Relações Exteriores da Grã-Bretanha, William Hague, disse ao Parlamento ter evidências de que o regime de Assad estava se preparando para usar armas químicas contra os rebeldes. Essa afirmação foi corroborada pelo Secretário de Defesa dos EUA Leon Panetta, que disse: "A inteligência que temos em mãos nos causa sérias preocupações [...] O Presidente dos Estados Unidos deixou bem claro que haverá consequências [...] se o regime de Assad cometer o terrível erro de usar essas armas químicas contra seu próprio povo."

Com a economia mundial à beira do abismo e o penhasco fiscal se aproximando, por que os Estados Unidos e seus aliados se preocupam com o uso de armas químicas no decorrer de uma guerra civil que nada tem haver com os Estados Unidos e não representa qualquer ameaça direta a qualquer um fora da Síria? O leitor deve perceber que a lógica do humanitarismo recente abraça o intervencionismo. Onde quer que intervenhamos, seja para salvar a indústria automotiva, os bancos ou a Grécia, estamos assumindo que sempre somos os responsáveis encarregados de salvar a tudo e a todos. Não é permitido que nada de ruim aconteça.

No último ano revelou-se no primeiro balanço do Federal Reserve que ele emprestou 16 trilhões dólares para salvar bancos e outras instituições. Grande demais para falir é só mais uma sujeira nas mandíbulas do destino. Isso certamente significa que não podemos permitir que Assad use armas químicas contra os rebeldes na Síria. Mas há uma estranha contradição nisso: O aviso do Presidente Obama ao regime de Assad contradiz a solução preferida por ele para o problema do "penhasco fiscal", pois o presidente quer comer seu próprio bolo e continuar a tê-lo. Ele quer cortar o orçamento de defesa e quer que as forças americanas impeçam um ditador de intoxicar seu próprio povo. Mas alguém pode me explicar quando Obama perceberá que ele não pode ter as duas coisas por muito tempo?

Se os Estados Unidos quer manter-se como polícia do mundo, primeiramente temos que colocar nossa casa fiscal em ordem sem partir para grandes cortes no orçamento militar. Mas colocar nossa casa em ordem implicaria uma atitude negativa em relação ao intervencionismo governamental e, consequentemente, isso se aplicaria também à política externa; Vemos então que nosso problema é intrínseco, assim como a solução. Parece que não podemos nos salvar, pois não podemos subverter nosso recente princípio que rege nossas ações.

De modo resumido, considere a seguinte situação: (1) ao tentar salvar todo mundo nós vamos à falência; (2) deste modo, não podemos sequer salvar a nós próprios; (3) e tudo está perdido. Assim, em uma tentativa utópica de fazer com que tudo acabe bem, tudo deverá acabar mal.

Nesta coluna eu já escrevi sobre a lei sociológica da "intenção reversa" e dos "efeitos opostos". Todos lembramos da "guerra para acabar com todas as guerras" (que não acabou), guerra à pobreza, guerra às drogas, etc. Para toda ação governamental há uma reação diametralmente oposta. Sem duvida aprenderemos que a luta do governo contra o aquecimento global coincide com o início da próxima Era do Gelo; também saberemos em breve que os resgates financeiros de 2008 significarão a falência de todos em 2013. Então por que não deveríamos bombardear a Síria e derrubar Assad hoje, mesmo que seja apenas para garantir o surgimento de um regime muito mais perigoso amanhã? Isso é o que o governo faz no final das contas.

Você pode perguntar novamente sobre as armas químicas de Assad. Deus nos livre de alguém usar aquelas armas contra os civis; mas armas químicas não foram feitas para ser usada contra os civis. Levada pela artilharia ou por mísseis, as ogivas químicas são mais eficazes quando usadas em soldados em um campo aberto do que contra civis em uma cidade. Como logo fica evidente, os civis poderiam se esconder em abrigos e porões onde o agente químico não conseguiria, na maioria dos casos, penetrar eficientemente. É evidente que as armas químicas foram feitas para uso no campo de batalha e não para cidades.

Ainda assim, falar em guerra química é levantar um tópico que evoca fortes reações que deixam os políticos ocidentais alarmados ao ponto deles trazerem a tona suas preocupações humanitárias. Ironicamente são essas preocupações humanitárias que levaram os EUA e/ou a OTAN a ameaçar atacar a Síria, o que por outro lado provoca a reação da Rússia, que é aliada da Síria.

Assim perguntamos: até onde os Estados Unidos pretende ir? A maior razão pela qual não demos início à Terceira Guerra Mundial contra a Rússia durante a Guerra Fria foi pela simples razão de que destruir o mundo não era um modo bom de salvá-lo. E agora que a América tem mísseis inferiores aos dos russos nós estamos subitamente prontos a levar a cabo um confronto com a Rússia no leste do Mediterrâneo?

Enquanto a Rússia e a China continuam a reforçar seus respectivos arsenais militares, o Ocidente continua a diminuir o seu. Não é somente os Estados Unidos que estão cortando os custos militares. Conforme noticiou a NBC News no último mês de outubro, "
Cortes orçamentários na defesa dos países do ocidente podem ser irrefreáveis". Mas está tudo bem, certo? Como nos disseram, os gastos militares dos EUA faz com que "o resto do mundo seja um anão".

Essas cifras são certamente distorcidas, pois a China não conta todas suas armas ou dá o número certo de soldados que tem, tampouco a Rússia. Deste modo nós parecemos tão devassos quando se trata em gastos militares, que o Pentágono acaba por ser o maior provedor do bem-estar. Nossos soldados e marinheiros são bem melhor remunerados que os soldados e marinheiros dos outros países; considerando apenas seus pacotes de benefícios!

É uma situação difícil para se estar. Nos aproximamos de um penhasco fiscal. Queremos dar dinheiro e prover salvação para todos. Mas no fim não vamos sequer salvar nós mesmos. Parece não haver qualquer passagem ou abertura pela qual podemos escapar das consequências da nossa decadência.


Como Gustave Le Bon explicou há mais de 100 anos que "(Uma pessoa de inteligência superior sabe) que aquelas nações que estão à beira do abismo continuarão em frente até cair. Essa pessoa sabe que as instituições não podem ser modificadas pela vontade dos legisladores; e vendo que os socialistas desejam avidamente derrubar as instituições as quais nossas civilizações se apoiam, ele pode prontamente predizer a catástrofe que se seguirá após tais eventos”.
 
11 de dezembro de 2012
Jeffrey Nyquist
Publicado no Financial Sense.
Tradução: Leonildo Trombela Júnior

NIEMEYER: GIGANTE DA ARQUITETURA, ANÃO POLÍTICO

    
          Artigos - Movimento Revolucionário 
Os socialistas brasileiros são todos burgueses, a exemplo do falecido Niemeyer, que correu uma lista de apoio a Fidel Castro quando este mandou fuzilar três fugitivos e prender 72 intelectuais, em 2003.
Olimpicamente, Niemeyer fazia-se de cego, surdo e mudo frente às atrocidades genocidas dos comunistas.

Na noite do dia 5 de dezembro de 2012, morreu no Rio de Janeiro Oscar Niemeyer, aos 104 anos de idade.

Oscar Niemeyer é, inegavelmente, um gigante da arquitetura mundial. Obras suas estão eternizadas no mundo inteiro, como a sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, projeto realizado com a colaboração de Le Corbusier.
 
No Brasil, destacam-se obras no Rio de Janeiro (Edifício Gustavo Capanema - com a colaboração de Lúcio Costa, Corbusier e outros), São Paulo (Memorial da América Latina, Edifício Copan, Auditório Ibirapuera), Belo Horizonte (Complexo da Pampulha), Niterói (Museu de Arte Contemporânea), Curitiba (Museu Oscar Niemeyer) e, principalmente, em Brasília, uma cidade-museu a céu aberto, onde se destacam o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada, a Catedral de Brasília, o Congresso Nacional, o Palácio do Itamaraty, o Memorial JK (onde há uma estilização da foice e do martelo), a Biblioteca Nacional Leonel Brizola, o Museu Nacional Honestino Guimarães.
 
Há, ainda projetos de Niemeyer que não saíram do papel, que deverão completar sua obra em Brasília: Monumento à Paz (em forma de pomba), Museu das Águas (que ficará no Parque da Cidade), Escolinha do Choro (que ficará junto ao Centro de Convenções Ulysses Guimarães, próximo ao Estádio Nacional de Brasília Mané Garrincha).
 
No entanto, o gigante da arquitetura universal provou ser um anão político, ao defender incondicionalmente o comunismo e ser um dos mais famosos lambe-botas do ditador Fidel Castro.
 
Obras menores comprovam essa sua inclinação pelo regime totalitário que deixou mais de 110 milhões de mortos ao redor do mundo: Monumento a Carlos Fonseca Amador (fundador da Frente Sandinista de Libertação Nacional - Nicarágua), Monumento Tortura Nunca Mais (Rio), Monumento Nove de Novembro (Volta Redonda, em memória a três operários mortos em 1988), Escultura Mão (Praça Cívica do Memorial da América Latina), Marco à Coluna Prestes (Santo Ângelo), Escultura para Cuba (Havana) - além de desenhar mobiliário para a sede do Partido Comunista Francês.
 
Estátua para o soldado Mário Kozel Filho, que foi explodido numa guarita do QG do então II Exército pelo grupo terrorista VPR de Carlos Lamarca e Dilminha Bang Bang, nem pensar! Estátua para eternizar a memória do tenente da PM/SP, Alberto Mendes Júnior, que trocou sua vida pela libertação de soldados sob seu comando e foi torturado até a morte com coronhadas de fuzil na cabeça pela gangue de Lamarca, nunca, jamais! Para Niemayer, o sangue só é valioso se for derramado pelas veias dos comunistas, como sugere o Monumento da América Latina, em que um mapa do subcontinente tem a cor vermelha do sangue saindo da mão do "crucificado" terrorista de esquerda.
 
É fácil ser comunista no Brasil, como era Oscar Niemeyer, com apartamento de cobertura na Zona Sul do Rio e Mercedes Benz (com motorista) na garagem, e cobrar de 800 mil a 1 milhão de reais por alguns rabiscos que iriam se tornar um novo monumento nas mãos de engenheiros estruturais. Difícil é ser comunista em Cuba, onde o cidadão médio, hoje, ingere menos calorias do que os antigos escravos negros da Ilha.
 
Os socialistas brasileiros são todos burgueses, a exemplo do falecido Niemeyer, que correu uma lista de apoio a Fidel Castro quando este mandou fuzilar três fugitivos e prender 72 intelectuais, em 2003.
Para Niemeyer, assim como para a totalidade dos comunistas brasileiros, incluindo Dilma Rousseff, a tortura só existiu nos governos militares de países sul-americanos, nunca em Cuba ou na União Soviética. Olimpicamente, Niemeyer fazia-se de cego, surdo e mudo frente às atrocidades genocidas dos comunistas.
Para ele, não existiu a cela-gaveta cubana ou a "leoneira", uma gaiola de ferro onde os presos não podiam sequer ficar de pé, nem a prática tenebrosa dos "vampiros revolucionários", em que condenados ao paredón cubano eram sangrados antes de receber o tiro fatal, para comercialização do sangue durante a Guerra do Vietnã.
 
Por que a doutrina comunista se mostra tão atual e tão poderosa no Brasil, onde tremulam bandeiras vermelhas totalitárias nas manifestações de rua, se ela foi varrida de extensas áreas do planeta, como na antiga União Soviética, e está em baixa na própria China "comunista"? O que ocorreu com a terra de Macunaíma e a roça de Jeca Tatu?
 
Uma das explicações é que nunca houve um regime comunista em nosso País, assim a população não conhece o perigo que isso significa. Outra explicação é que o Brasil não conseguiu, nas últimas décadas, "decolar" junto com outros países capitalistas, como a Coreia do Sul.
 
“O comunismo, mesmo para os que o condenam, não é mais do que um mal relativo quando comparado com o mal integral, absoluto, que é o nazismo. (...) Os comunistas conseguiram fazer esquecer: que o comunismo custou a vida a pelo menos cem milhões de seres humanos; que inventou os campos de concentração; que deportou populações inteiras; que reintroduziu oficialmente a tortura nos interrogatórios; que levou à falência econômica todos os países onde foi implantado; que esterilizou intelectualmente povos inteiros; que afetou irremediavelmente os seus dados genéticos; que violou a independência de vários países; que recorreu sistematicamente ao terror e à mentira como formas de governo.
O nazismo, que fez aproximadamente dez vezes menos vítimas do que o comunismo, foi definitivamente, e com justiça, marcado pelo processo de Nüremberg e submetido à erradicação total através de uma política de desnazificação conduzida de forma particularmente eficaz. O comunismo não foi alvo de qualquer sanção em qualquer país e passa ainda para muita gente como um grupo tão respeitável como qualquer outro. Sim, há toda a legitimidade para nos questionarmos sobre quem ganhou a guerra fria” (VOLKOFF, 2004: 99-100).
 
“Já no século XX, intelectuais socialistas, grandes admiradores da União Soviética, como H. G. Wells e Bernard Shaw, alegam o direito que teria o socialismo de liquidar física e maciçamente classes sociais que representassem um obstáculo à Revolução ou que a retardassem.
Em 1933, no jornal The Listener, Bernard Shaw, demonstrando dons de visionário, pressiona os químicos para que ajudem a acelerar a depuração dos inimigos do socialismo, ‘descobrindo um gás humanitário que cause morte instantânea e indolor, em suma, um gás civilizado - mortal evidentemente -, mas humano, destituído de crueldade’. Devemos lembrar que, em seu julgamento em Jerusalém, em 1962, o carrasco nazista Adolf Eichmann invocou em sua defesa o caráter ‘humanitário’ do Ziklon B, que eliminou os judeus nas câmaras de gás do holocausto” (REVEL, 2001: 97).
 
“É a desculpa de sempre: todos os atos abomináveis do socialismo real são apresentados como desvios, traições, perversões do ‘verdadeiro’ comunismo, que só ressurge mais fortalecido da enxurrada de calúnias com as quais é atacado” (REVEL, 2001: 95-6). “O autor de um recente livro da coleção ‘Que sais-je? [Que sei eu?] sobre Le Goulag [O Gulag] encontra um meio de poupar Lênin, dizendo que Stálin lhe havia ‘traído’ o legado. Velho refrão mil vezes refutado, miragem falsamente salvadora, que a pesquisa realizada nos últimos anos dissipou sem deixar vestígios. No entanto, para o nosso humorista, Stálin seria na realidade o herdeiro... do czarismo, e não do leninismo” (REVEL, 2001: 153).
 
O nazismo é o mais forte álibi do comunismo. “Relembrar, a cada dia, as atrocidades nazistas - prática tornada sagrada, desde então, sob a alcunha de ‘dever de memória’ - mantém um ruído permanente que não deixa espaço para se dar atenção à memória das atrocidades comunistas. Nas palavras de Alain Besançon, a ‘hipermnésia do nazismo’ desvia a atenção da ‘amnésia do comunismo’. Por isso é fácil entender por que toda análise, todo trabalho de historiadores minoritários, que ponha em foco a semelhança essencial entre os dois regimes, provoca tempestades que precedem uma fúria vingativa” (REVEL, 2001: 109).
 
Nesse mesmo livro de Revel, A Grande Parada, há um capítulo com o sugestivo nome de “Cláusula do totalitarismo preferido”. Nesse capítulo, uma passagem chama a atenção para descrever a diabolização dos totalitarismos ditos de direita e a santificação dos totalitarismos comunistas:
“Alguns diques se romperam, a linha fortificada da ideologia nem sempre conseguiu se manter intacta, mas o essencial, ou seja, o princípio da desigualdade de tratamento entre o totalitarismo dito de esquerda e o dito de direita permaneceu.
A década de 1980-1990 foi marcada pelo reconhecido desmoronamento do socialismo democrático. A década de 1990-2000 foi marcada pelos esforços desenvolvidos, com grande sucesso, para obliterar os ensinamentos advindos dessas experiências históricas” (REVEL, 2001: 147).
 
No Brasil, o objetivo maior da Comissão Nacional da Verdade não é outro senão o de demonizar as Forças Armadas e enaltecer os terroristas de esquerda que infernizaram o País nas décadas de 1960 e 70. Ou seja, ao apresentar apenas um lado da História, os comissários (do povo) tupiniquins estão promovendo um genocídio da memória recente do Brasil.
 
Voltando ao início do texto, repito: Niemeyer foi um gigante da arquitetura mundial, porém se tornou um anão político em seus 104 anos de "cochilo dogmático" de que falava Immanuel Kant, ao apoiar com orgulho um regime totalitário, o Comunismo. Como está sendo aplicada a Lei Gayssot na França, Niemeyer viu os crimes contra a humanidade com um olho só, o olho esquerdo. Foi sua “cláusula do totalitarismo preferido”. Reinaldo Azevedo está correto: Oscar Niemeyer foi metade gênio e metade idiota.

11 de dezembro de 2012
Félix Maier

 Notas:
VOLKOFF, Vladimir. Pequena História da Desinformação - do Cavalo de Troia à Internet. Editora Vila do Príncipe Ltda., Curitiba, 2004.

REVEL, Jean-François. A Grande Parada - Ensaio acerca da sobrevivência da utopia socialista. Bibliex, Rio, 2001 (Tradução de Lais Andrade).