"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 18 de setembro de 2012

O DISCURSO QUE TEM TUDO PARA SER UMA ANEDOTA


PT quer censurar até a TV Justiça.
Secretário de Comunicação do PT, o deputado André Vargas (PR) fez um discurso inflamado. Classificou como "risco para a democracia" o julgamento ser transmitido ao vivo pela imprensa.
 
"Acho um risco para a democracia que nós tenhamos, envolvendo quem quer que seja, um julgamento criminal on-line, quase um Big Brother da Justiça, no qual as questões técnicas nem sempre são levadas em conta, no qual há tentativa de linchamento moral de pessoas e partidos". (Do Estadão)
O PT FALANDO EM DEMOCRACIA? SÓ FALTOU FALAR EM HONESTIDADE!!!
 
18 de setembro de 2012

RESTA-NOS A TAREFA DE FALAR MAL DE TODOS OS BANDIDOS

O senador Jorge Viana (PT-AC) disse há pouco lá no Senado que há neste momento uma ação das elites brasileiras para prejudicar o PT. Ora, ora, ora...


Será que ele se refere ao julgamento do mensalão? O Supremo Tribunal Federal teria aderido aos que se opõem ao PT?

É isso? Ou ele se refere à má situação do PT nas eleições para prefeitos de capital?

O PT foi que não apresentou bons candidatos. E cometeu graves erros, como no Recife.

Talvez o senador queira se referire à publicação pela VEJA das revelações de Marcos Valério sobre o mensalão.

Ora, essa pauta era óbvia. Uma vez já condenado por vários crimes, nada mais lógico que a imprensa corresse atrás de Valério. A VEJA foi mais rápida.

A elite brasileira se deu tão bem no governo passado, ganhou tanto, por que retribuiria perseguindo Lula? Quanto os bancos não lucraram com a política de juros altos, altíssimos, do primeiro mandato de Lula?

O senador Jorge Viana (PT-AC) observa que a história do mensalão está mal contada. Bem, estamos sendo apresentados à história contada pelo Supremo Tribunal Federal. Um Supremo cuja maioria dos ministros foi nomeada por Lula e Dilma.

Provoca o senador Jorge Viana (PT-AC): os que cometeram os mesmos erros do PT não têm moral para falar mal do PT. Pode ser.

Resta-nos então a tarefa de falar mal de todos os bandidos, de todos os partidos. E muito. E sempre. Se não agirmos assim eles prevalecerão.

18 de setembro de 2012
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PSDB: COMPROVADO O MENSALÃO

Agora não há mais como negar: o dinheiro desviado dos cofres públicos pelo PT foi usado para comprar o voto de parlamentares no Congresso. Está comprovado o ponto central do mensalão. A chegada de Lula, José Dirceu e seu partido ao poder representou a montagem de um balcão de negócios nunca antes visto na história deste país.


O Supremo Tribunal Federal (STF) começou ontem a julgar a destinação dada aos recursos surrupiados pelos mensaleiros, conforme já provado nas etapas iniciais do julgamento. Para o ministro relator, ministro Joaquim Barbosa, não há a menor sombra de dúvida: "Os réus receberam dinheiro em razão da função parlamentar e em troca da fidelidade do partido ao governo".


Barbosa ateve-se, na 24ª sessão do julgamento, ao caso mais emblemático: o do PP. O partido, que em 2002 apoiara o candidato tucano José Serra, bandeou-se para o governo logo no primeiro ano do mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Foi, literalmente, comprado pelo petismo para assegurar-lhe votos e apoio parlamentar. O relator cruzou o mapa de votações com o de pagamentos na boca do caixa e viu: a dinheiro no bolso equivalia apoio no Congresso.


Tivessem um projeto de país e não um mero projeto de perpetuação de poder, Lula e sua quadrilha de petistas talvez não tivessem tido que lançar mão de seu espúrio método de, digamos, "convencimento". Mas o governo do balcão ancorou-se mesmo foi no milhão, ou, para ser mais preciso, nos milhões.


Nos autos, está comprovado que as transferências aos mensaleiros comprados somaram R$ 55 milhões. Mas o esquema criminoso envolveu muito mais. Há, ainda, os R$ 74 milhões desviados da Visanet/Banco do Brasil, mas há, também, a suspeita, levantada por Marcos Valério, de que pelos dutos da corrupção tenham vazado pelo menos R$ 350 milhões. (Nunca se deve esquecer o que disse Silvio Pereira, o petista que se livrou do processo após acordo com a Justiça: a meta era desviar R$ 1 bilhão.)


O PT sentiu o golpe desferido ontem pelo ministro relator. Bastou o Supremo chegar ao coração do mensalão para que o petismo mostrasse suas garras. A reação veio na forma de uma nota oficial de sua Executiva Nacional, que conclama os partidários de Lula, Dilma, José Dirceu e sua quadrilha de mensaleiros a "uma batalha do tamanho do Brasil". A dimensão da guerra deve ser proporcional ao assalto que o partido perpetrou aos cofres públicos...


Não deixa de ser, também, uma forma de os petistas reagirem aos sinais enviados por Marcos Valério neste fim de semana - seja pelas declarações dele publicadas pela revista Veja, seja pela revelação, feita por Ricardo Noblat ontem, de que o publicitário gravou quatro cópias de um vídeo em que desnuda o funcionamento do esquema mafioso comandado pelo PT.


Marcos Valério ameaçou contatar tudo, se, de fato, afundar sob o peso das penas que o relator está disposto a lhe impor - até 28 anos de cadeia, conforme parte do relatório que a assessoria do ministro Barbosa, descuidadamente, fez publicar no site do STF. O PT parece ter entendido que é melhor tentar amansar o bicho, antes que seja tarde. Por isso, convocou suas tropas e mostrou os dentes. Não vai adiantar.


As conclusões a que os ministros do STF estão chegando desnudam, com riqueza de detalhes, a concepção que o PT e seus quadrilheiros fazem do aparato estatal. Trata-se, na visão do partido dos mensaleiros, de um butim trilionário a ser roído até a medula, no intuito de promover, viabilizar e financiar a prevalência de seu grupo político no poder. A qualquer preço, a qualquer pena.


Mas o julgamento do mensalão está servindo para dar um basta a este estado de coisas. "O Brasil não é tão arcaico, desorganizado, institucionalmente desqualificado nem tão apinhado de vendidos como supunha o PT ao assumir a Presidência da República", analisa Dora Kramer, com a acuidade que lhe é habitual, n'O Estado de S.Paulo.


A esta altura, já restam comprovados pelo STF o desvio de verbas públicas, as fraudes bancárias para encobrir as falcatruas e a existência de uma lavanderia de dinheiro montada em conluio entre banqueiros e petistas. Desde ontem, também tornou-se notório que os dutos da corrupção serviram à compra de votos no Parlamento. Se corrupção houve, corruptores também houvera. Agora falta só mais um pouquinho para o julgamento chegar até eles: aqueles que estiveram atrás do imenso balcão de negociatas montado no país nestes últimos dez anos.

18 de setembro de 2012
Insituto Teotônio Vilela

"A LÓGICA FÉRREA DO RELATOR"

A etapa crucial do julgamento do mensalão - que focaliza os 23 acusados de integrar o "núcleo político" do esquema - começou ontem no Supremo Tribunal Federal (STF) sob o impacto das declarações atribuídas ao publicitário Marcos Valério pela revista Veja sobre o envolvimento do ex-presidente Lula com o escândalo e a multiplicação de indícios de que, a começar dele e do seu ex-ministro José Dirceu, o PT está perdendo as esperanças de sair com ferimentos suportáveis do ordálio que enfrenta.

Quando Dirceu, o primeiro entre os réus do processo, diz que não vai "sofrer por antecipação" e, mais ainda, que não há hipótese de ele "fugir do Brasil", como afirmou à colunista Mônica Bergamo, da Folha de S.Paulo, deixa claro que as suas manifestações sobre o que o aguarda na Corte finalmente se renderam ao realismo.

Isso guarda relação direta com os rumos tomados pelo julgamento, agora no seu 24.º dia, desde a decisão do relator do caso, ministro Joaquim Barbosa, de fatiar o exame da denúncia, criando um férreo encadeamento lógico entre o desvio de recursos públicos para bancar o mensalão, o complexo roteiro traçado por Valério para fazer o dinheiro chegar aos beneficiários e a condução política de Dirceu - sob a chefia e o aval de Lula, segundo as palavras atribuídas ao publicitário.

A estratégia adotada pelo relator desemaranhou os fatos, deles extraiu os delitos camuflados e tornou como que inexoráveis as condenações, até a semana passada, de 10 réus, entre eles o próprio Valério e o deputado petista João Paulo Cunha (ambos por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção), configurando uma tendência que só deverá se consolidar no julgamento dos 11 políticos até então na fila de espera.

Dois outros fatos devem ter ajudado a pulverizar as ilusões petistas. Um, atingindo Dirceu em especial, é a opinião predominante na Corte de que, em um processo dessa natureza, a massa crítica de indícios pode fazer as vezes de evidência cabal para a condenação dos réus que exerciam funções públicas à época - além de não ser necessária a comprovação do chamado "ato de ofício".

Outro, o entendimento, expresso desde o início pela ministra Rosa Weber, de que as razões alegadas para a oferta e o recebimento de "vantagem indevida", bem como o destino dado ao dinheiro ilícito pelos beneficiados, são irrelevantes em matéria de corrupção.

Pouco importa, nessa ordem de ideias, por que o então presidente da Câmara dos Deputados, João Paulo Cunha, recebeu R$ 50 mil do valerioduto e o que fez com o dinheiro. Do mesmo modo, pouco importa, a rigor, se o PT subornou parlamentares para que votassem com o governo em matérias de seu interesse direto ou se as somas distribuídas se destinavam a pagar por baixo dos panos dívidas de campanha dos aliados.

O essencial é a concatenação entre fins e meios. De um lado, o projeto petista de ocupação e permanência no poder. De outro, a decisão de recorrer à "tecnologia" de Marcos Valério que já servira ao PSDB em Minas Gerais. De um lado, o imperativo de proporcionar ao então recém-empossado presidente Lula maioria no Congresso.

De outro, o arrebanhamento de políticos de diversos partidos para o lado do Planalto mediante a mais elementar das formas de persuasão conhecidas no ramo. Esse enredo, como antecipou o Estado, é a substância do parecer que o relator Barbosa começou a ler ontem, para respaldar o seu veredicto, tido como certo, pela condenação de Dirceu, do tesoureiro petista Delúbio Soares e do também então presidente da sigla, José Genoino - os protagonistas centrais do "núcleo político" do mensalão.

Nesta fase, pesam contra o ex-ministro nove acusações de corrupção ativa, pela compra da fidelidade de deputados de cinco partidos. A pena prevista em cada caso varia de 2 a 12 anos de prisão. Ele ainda será julgado por formação de quadrilha.

Embora imateriais para o desfecho da ação penal, as revelações atribuídas a Valério - a quem o PT teria prometido adiar o julgamento - vão além do que consta nos autos. Teriam sido movimentados R$ 350 milhões, duas vezes e meia além do que apurou o Ministério Público - o que só teria sido possível porque "Lula era o chefe".

18 de setembro de 2012
Editorial do Estadão

"MATRIOSKA"

 
“Ninguém pode usar uma máscara por muito tempo: o fingimento retorna rápido à sua própria natureza.” (Sêneca)

Ganhei de presente uma daquelas bonecas russas que é a cara da presidente Dilma. Não seria minha escolha natural, mas não havia como trocar, então fui tentar apreciá-la. A impressão inicial que ela causou foi a de firmeza, alguém com bastante autoconfiança. Uma boa gestora, enfim.

Resolvi ver se tinha algo por trás daquela imagem, e qual não foi minha surpresa ao descobrir que era apenas uma camada superficial e oca! A presidente jamais tinha gerido coisa alguma com eficiência para colocar no currículo, só uma loja de produtos baratos que foi à falência. Mas nem tudo estava perdido.

A nova imagem que me saltava aos olhos era a de uma resoluta faxineira da ética. Agora sim, pensei, essa mulher corajosa vai bater de frente com todos os corruptos que circulam em volta do governo como moscas ao redor do mel.

Doce ilusão. Era apenas mais uma camada oca. Lembrei de que Erenice Guerra, ex-braço direito de Dilma e acusada de nepotismo, estava lá, bem ao lado da presidente, no dia de sua posse.

Todos os ministros (escolhidos por Dilma) que saíram no começo de seu mandato por escândalos de corrupção foram expostos pela imprensa. Não havia um combate ativo à corrupção por parte do governo.

Desiludido, arranquei mais esta camada fora, e consegui esboçar um sorriso. A nova figura tinha pinta de que, se não faria uma faxina ética, ao menos não iria compactuar com o fisiologismo de seu antecessor.

A empolgação durou pouco. Um bispo que só entende de fisgar crentes foi apontado como ministro da Pesca, e uma sexóloga “progressista”, ícone da tal esquerda caviar, foi brindada com o Ministério da Cultura em troca de apoio ao candidato a prefeito em São Paulo. Toma lá da cá, como sempre.

As camadas ocas iam sendo retiradas como uma cebola descascada, e lágrimas de desapontamento surgiam em meus olhos.

Mas pude vislumbrar na nova face uma ponta de esperança: aquela era a imagem de alguém disposta a enfrentar os grandes desafios para colocar nossa economia na rota do crescimento sustentável.

Esperei, em vão, pelas reformas estruturais, como a previdenciária, a trabalhista e a tributária. Nada. Parecia que o único instrumento conhecido pela presidente era o estímulo ao consumo por meio do crédito público. Trata-se de um modelo esgotado, pois o endividamento das famílias chegou ao seu limite. Resultado: crescimento medíocre, inflação elevada.

Triste, joguei fora esta camada, mas vi que talvez nem tudo estivesse perdido. Privatização! Era o que aquela nova imagem irradiava para a alegria de todos aqueles cansados da incompetência e da roubalheira nas estatais. Finalmente, comemorei. Antes tarde do que nunca! Mas o diabo está nos detalhes...

Dilma é do PT, e privatização não combina com o petismo. Fizeram tudo de forma acanhada, envergonhada e, portanto, repleta de equívocos.

O intervencionismo estatal ainda estaria presente em demasia, no financiamento, na regulação, na limitação do retorno ao investimento, na garantia de compras do que não tivesse demanda no setor privado. Enfim, uma onda de privatização com ares de estatização.

Com visível mau humor, tirei fora mais esta camada e me lembrei da caixa de Pandora: a esperança é a última que morre. Lá estava um rosto impávido, que passava a determinação de quem não teme enfrentar as máfias sindicais e os marajás do setor público.

Greves daqueles que já ganham bem mais que os trabalhadores da iniciativa privada e gozam de inúmeros privilégios, como estabilidade de emprego e auxílios até não poder mais? Nem pensar! Thatcher iria se incorporar em Dilma e desafiar essa gente que transformou o povo em refém.

A esperança pode ser a última que morre, mas ela também é mortal. O governo sucumbiu e os grevistas ganharam bons aumentos de salário, indexando sua renda à inflação que o próprio setor público produz com seus gastos excessivos.

Os gastos públicos sobem sem parar desde que o PT assumiu o poder. É a principal causa do tal Custo Brasil: falta dinheiro para investimento, impede redução dos impostos e pressiona a taxa de juros.

Melancólico, retirei feito um autômato aquela que parecia a última camada da minha matrioska. Que susto!

Confesso que tive até de pegar uma lupa para verificar se meus olhos não me traíam. Aquela pequena boneca não se parecia mais com a presidente Dilma. Olhei bem perto para confirmar: era a cara do ex-presidente Lula! Embaixo, em letras minúsculas, estava escrito: “Made in Russia.”

18 de setembro de 2012
Rodrigo Constantino

"LAMBUZADO NO MELADO"

 
Marcos Valério demorou anos para se revoltar. Só quebrou o código de silêncio firmado com José Dirceu e Delúbio Soares para proteger Lula quando se viu diante da evidência de que lhe havia sido feita uma promessa vã.

Confiou que as instituições seriam fiéis aos coronéis de turno e se renderiam às conveniências do poder.

Isso está dito na reportagem de capa da Veja: "Em troca do silêncio, (Marcos Valério) recebeu garantias. Primeiro, de impunidade. Depois, quando o esquema (do mensalão) teve suas entranhas expostas pela Procuradoria-Geral da República, de penas mais brandas".

E quais seriam essas garantias? Vamos pensar juntos. Não é difícil percebê-las, partindo do princípio de que o PT fez o que fez confiando que aquela concepção de Lula sobre os "300 picaretas" que faziam e aconteciam no Congresso era o retrato do Brasil.

Primeira presunção de garantia: controlada pela maioria governista, comandada por um presidente do PT (Delcídio Amaral) e um relator do PMDB (Osmar Serraglio), a CPI dos Correios não daria em nada que pudesse produzir maiores e concretas consequências.

Segunda: a Polícia Federal sob as ordens do dublê de ministro da Justiça e advogado do Palácio do Planalto, Márcio Thomaz Bastos, cuidaria de limitar as investigações sem levá-las a inconvenientes profundezas.

Terceira: indicado e reconduzido ao cargo pelo presidente da República, o procurador-geral se apresentasse denúncia não o faria de maneira consistente.

Quarta: de composição majoritária teoricamente "governista" e de inescapável apego a formalidades, o Supremo Tribunal Federal não abriria processo.

Quinta: complexa e ampla demais, a denúncia não se sustentaria na fase judicial e poderia se estender à eternidade em decorrência de manobras da defesa.

Sexta: o julgamento não ocorreria tão cedo e, quando acontecesse, crimes estariam prescritos.

Sétima: permeável à influência dos comandantes da banda, a Corte de "maioria governista" teria comportamento de poder subordinado. Seja para absolver os acusados ou para lhes abrandar as punições, conforme a promessa feita a Marcos Valério sobre o pior que lhe poderia acontecer se calado ficasse.

Como a realidade mostrou e ainda não se cansou de demonstrar, o Brasil não é tão arcaico, desorganizado, institucionalmente desqualificado nem tão apinhado de vendidos como supunha o PT ao assumir a Presidência da República.

Há juízes em Brasília, como se repete agora a toda hora. Mas também há deputados, há senadores, há delegados, há agentes de polícia, há procuradores, há, sobretudo, uma sociedade a quem todos eles respondem em grau de responsabilidade muito maior que a lealdade supostamente devida ao modelo do "coronelato" que o PT pretendeu copiar.

Cópia cuja matriz é uma visão equivocada do País. Talvez o erro crasso do PT tenha sido acreditar que o Brasil era pior do que de fato é.

Lambuzou-se no melado ao imaginar que a posse do Estado lhe conferia poderes ilimitados para tratar a tudo e a todos como devedores de obediência total e reverência absoluta a uma hierarquia que só existia na cabeça autoritária do PT.

Caldo de galinha. Nota-se pela cautela da reação às declarações de Marcos Valério para Veja, que Lula e companhia não sabem exatamente o quê, mas percebem com nitidez o que vem mais pela frente.

Assim como não compartilham da ilusão da militância de internet de que o mineiro não tenha falado à revista já que as frases foram alegadamente ditas a terceiros, um expediente comum na preservação do sigilo da fonte de informações.

Diante do imponderável e da óbvia existência de lastro (gravações), acham melhor não provocar.

O esperneio de Valério revela que a história real é mais feia que a ora narrada pelo Supremo Tribunal Federal.

18 de setembro de 2012
Dora Kramer, O Estado de São Paulo

OPOSIÇÃO DECIDE ESPERAR FIM DE JULGAMENTO PARA PROCESSAR LULA

 
A oposição recuou da decisão de ingressar com representação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Ministério Público por suspeita de chefiar o esquema do mensalão.
DEM, PSDB e PPS decidiram esperar o fim do julgamento do processo do mensalão pelo STF (Supremo Tribunal Federal) para cobrar investigações da Procuradoria Geral da República.

"A oposição fará a sua parte e encerrado o julgamento em curso no STF cobrará a investigação dos fatos ao Ministério Público", diz nota divulgada pelos presidentes dos três partidos, Sérgio Guerra (PSDB), José Agripino Maia (DEM) e Roberto Freire (PPS).

Eles justificaram o recuo ao afirmar que uma representação poderia paralisar ou atrasar o julgamento do mensalão --uma vez que abriria brechas para questionamentos das defesas dos réus.

"O Ministério Público não quer criar fato algum que possa ser utilizado durante o julgamento do mensalão no STF. Não quer criar impasse, não quer trazer a baila fatos que possam ser explorados juridicamente. Por isso a oposição decide que aguarda o julgamento do mensalão para que possa depois, então, protocolar a representação", disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).

O PSDB chegou a elaborar minuta de representação contra o ex-presidente com o objetivo de investigar sua participação no esquema do mensalão.

A decisão veio depois que a revista "Veja" publicou reportagem em que atribui ao publicitário Marcos Valério, operador do mensalão, a revelação de que Lula era o "chefe" do esquema e teria desviado, segundo a revista, R$ 350 milhões.

Na nota, os oposicionistas cobram que o ex-presidente se explique publicamente sobre denúncia publicada da revista "Veja" de que Lula era chefe do esquema de compra de votos no Congresso Nacional.

"Estranhamos o silêncio ensurdecedor do ex-presidente Lula, que deveria ser o maior interessado em prestar esclarecimentos sobre fatos que o envolvem diretamente. Já não surte mais efeito, especialmente depois que o Supremo Tribunal Federal comprovou a existência do mensalão e já condena mensaleiros, a tese defendida pelo PT, de que tudo não passava de uma farsa montada pela imprensa e pela oposição para derrubar o governo Lula", afirmam os presidentes dos partidos na nota.

Segundo os oposicionistas, mesmo fora do governo, Lula não pode se "eximir das responsabilidades" de atos cometidos durante a sua gestão na Presidência da República. "Ainda mais quando há suspeitas que pesam sobre o seu comportamento no maior escândalo de corrupção da história da República", diz a nota.

Durante a CPI (2005-2006) que investigou o mensalão, a oposição não incluiu o então presidente Lula entre os alvos.

Quando o publicitário Duda Mendonça disse ter recebido R$ 25 milhões pela campanha do petista em conta no exterior se cogitou investigar Lula, o que poderia redundar num processo de impeachment se a participação dele no esquema fosse comprovada.

18 de setembro de 2012
GABRIELA GUERREIRO - Folha Online

RUSSOMANNO E A VULGARIDADE DO DESEJO

O “patrulheiro do consumidor” lidera em São Paulo porque, se a política é de mercado, ele pode convencer como mercadoria

 
Como se define um povo? De várias maneiras. A principal, me parece, é pela qualidade do seu desejo. É por este viés que também podemos compreender o fenômeno Celso Russomanno (PRB).

Como um homem que se tornou conhecido por bolinar mulheres na cobertura de bailes de carnaval e como “patrulheiro do consumidor” em programa da TV Record, apoiado pela Igreja Universal do Reino de Deus, torna-se líder de intenções de votos na maior cidade do Brasil?
 
Acredito que parte da resposta possa estar no desejo. Na vulgaridade do nosso desejo. No que consiste o desejo das diferentes camadas da população, seja o topo da pirâmide, a classe média tradicional, o que tem sido chamado de “nova classe média” ou classe C.

Para além das diferenças, que são muitas, há algo que tem igualado a socialite que faz compras no Shopping Cidade Jardim, um dos mais luxuosos de São Paulo, ao jovem das periferias paulistanas carentes de serviços públicos de qualidade. E o que é?
A identificação como consumidor, acima de todas as maneiras de olhar para si mesmo – e para o outro. É para consumir que boa parte da população não só de São Paulo quanto do Brasil urbano tem conduzido o movimento da vida – e se consumido neste movimento.
 
Dois textos recentes são especialmente reveladores para nos ajudar a compreender o Brasil atual.

Em sua coluna de 4/9, na Folha de S. Paulo, o filósofo Vladimir Safatle faz uma análise interessantíssima do caso Russomanno.
Ele parte do fato de que a ascensão econômica de larga parcela da população no lulismo se dá principalmente pela ampliação das possibilidades de consumo – e não pela ampliação do acesso a serviços sociais de qualidade. Logo, para essa camada da população, os direitos da cidadania são decodificados como direitos do consumidor.

Nada mais lógico para representá-la e defender seus interesses do que um prefeito que seja um pretenso “patrulheiro do consumidor”, bancado por uma das igrejas líderes da “teologia da prosperidade”.
Russomanno seria, na definição de Safatle, “o filho bastardo do lulismo com o populismo conservador”.
 
Na ótima reportagem intitulada “O Funk da Ostentação em São Paulo”, o repórter de Época Rafael de Pino conta como se dá a apropriação do funk carioca nas periferias de São Paulo. Preste atenção na abertura da matéria, que reproduzo aqui:
 
‘Vida é ter um Hyundai e uma Hornet/10 mil pra gastar, Rolex e Juliet’, canta o paulista MC Danado no funk ‘Top do momento’.
Para quem não entendeu, ele fala, na ordem, de um carro, uma moto, dinheiro, um relógio e um par de óculos – um refrão avaliado em R$ 400 mil. Na plateia do show na Zona Leste, região que concentra bairros populares de São Paulo, os versos são repetidos aos berros pelas quase 1.000 pessoas presentes, que pagaram ingressos a R$ 30. O público da sexta-feira é jovem, etnicamente diverso e poderia ser descrito em três palavras: ‘classe C emergente’.”
 
MC Danado, como nos conta Rafael de Pino, antes de se tornar um astro, trabalhou como office-boy e auxiliar de escritório. Ele diz o seguinte: “Gosto da ostentação, gosto de ostentar. Parte do que canto, eu tenho. Outra parte, desejo e vou conquistar com meu trabalho”.
Vale a pena conferir os refrões de outros funkeiros da ostentação, como MC Guimê: “Ta-pa-ta-pa tá patrão, ta-pa-ta-pa tá patrão/Tênis Nike Shox, Bermuda da Oakley, Olha a situação”.
Ou MCs BackDi e Bio-G3: “É classe A, é classe A/quando o bonde passa nas pistas geral, tá ligado que é ruim de aturar/É classe A, é classe A/Nós tem carro, tem moto e dinheiro”.
 
MC Menor, outra estrela ascendente, explica:
“Enxergo o mundo como meu público enxerga. Nasci na comunidade, sei que lá ninguém quer cantar pobreza e miséria”.

Não por acaso, é em São Paulo que o funk se torna uma expressão do desejo de consumo da juventude emergente das periferias.
Ao ascender economicamente, a “nova classe média” parece se apropriar da visão de mundo da classe média tradicional – talvez com mais pragmatismo e certamente com muito mais pressa.

Em vez de lutar coletivamente por escola pública de qualidade, saúde pública de qualidade, transporte público de qualidade, o caminho é individual, via consumo: escola privada e plano de saúde privado, mesmo que sem qualidade, e carro para se livrar do ônibus, mesmo que fique parado no trânsito. O núcleo a partir do qual são eleitas as prioridades não é a comunidade, mas a família.
  

Se no passado recente o rap arrastou multidões nas periferias de São Paulo com um discurso fortemente ideológico contra o mercado, hoje o espaço é parcialmente ocupado pelo “funk da ostentação” e seu discurso de que uma vida só ganha sentido no consumo.

As marcas de uma vida não se dão pela experiência, mas se adquirem pela compra: as marcas da vida são grifes de luxo, segundo nos informam as letras do funk paulista. Alguns dos grandes nomes do rap engajado do passado também podem ser vistos hoje anunciando produtos na TV com desembaraço – o que também quer dizer alguma coisa.
 
É importante observar, porém, que aquilo que eu tenho chamado aqui de vulgaridade do desejo não é uma novidade trazida pela “nova classe média”. Ao contrário, a influência tem sinal trocado. O que os emergentes da classe C tem feito é se apropriar da vulgaridade do desejo das elites. O funk da ostentação de MC Danado, ao recitar grifes e fazer uma ode ao consumo, pode estar na boca de qualquer socialite que possamos entrevistar agora no corredor de um dos shoppings de luxo.

Neste contexto, a vulgaridade do desejo tem em Russomanno sua expressão mais bem acabada na política. Assim como na religião encontra expressão em parte das igrejas evangélicas neopentecostais e sua teologia do compre agora para ganhar agora. Nesta eleição de São Paulo, testemunhamos uma aliança e uma síntese da nova configuração do Brasil – possivelmente menos transitória do que alguns acreditam ser.

 
Russomanno não inventou a vulgaridade do desejo – apenas a explicitou e tratou de encarná-la. Seus oponentes têm uma biografia muito mais relevante, assim como partidos mais sólidos. Mas parecem ter perdido essa vantagem junto a setores da população no momento em que se renderem à lógica do consumo e viraram também eles um produto eleitoral. Pela adesão à política de mercado, perderam a chance de representar uma alternativa, inclusive moral.

José Serra (PSDB) tem feito quase qualquer coisa para conquistar o apoio das igrejas na tentativa de vencer as disputas eleitorais. Basta lembrar como um dos exemplos mais contundentes o falso debate do aborto estimulado por ele na última eleição presidencial, na ânsia de ganhar o voto religioso. E Fernando Haddad (PT), que se pretende “novo”, antes do início oficial da campanha já tinha abraçado o velho Maluf. Para quê? Para ter mais tempo de TV – o lugar por excelência no qual os produtos são “vendidos” aos consumidores.

 
Quem transformou eleitores em consumidores de produtos eleitorais não foi Celso Russomanno. Ele apenas aproveitou-se da conjuntura propícia – e não perdeu a oportunidade ao perceber que os outros reduziram-se a ponto de jogar no seu campo. Afinal, de mercadoria Russomanno entende.
É bastante interessante que entre os mais perplexos diante deste novo Brasil, representado pelo fenômeno Russomanno, estejam o PT e a Igreja Católica. Ambos, porém, estão no cerne da mudança que agora se desenha com maior clareza.
 
A “era” Lula marcou e segue marcando sua atuação também pelo esvaziamento dos movimentos sociais – e da saída coletiva, construída e conquistada que foi decisiva para a formação do PT.
Também estimulou sem qualquer prurido o personalismo populista na figura do líder/pai. Assim como na campanha que elegeu Dilma Rousseff, a sucessora de Lula no governo foi apresentada como filha do pai/mãe do povo. Em nenhum momento, nem o PT nem Lula pareceram se importar de verdade com o fato de que os numerosos militantes que no passado ocupavam os espaços públicos com suas bandeiras e seu idealismo foram gradualmente sendo substituídos por cabos eleitorais pagos, em mais uma adesão à lógica de mercado.
 
A cúpula da Igreja Católica no Brasil, por sua vez, atendendo às diretrizes do Vaticano, esforçou-se nas últimas décadas para esvaziar movimentos como a Teologia da Libertação, que representavam uma inserção do evangelho na política pelo caminho coletivo e pela formação de base.
Esforçou-se com tanto afinco que perseguiu alguns de seus representantes mais importantes – e marginalizou outros. Mas parece que nem o PT de Lula nem a CNBB têm compreendido que o fenômeno Russomanno também foi gerado no ventre de suas guinadas conservadoras – e, no caso do PT, de suas alianças pragmáticas e da sua atuação para transformar a política num balcão de negócios. Sem esquecer, claro, que o PRB de Russomanno é da base de apoio do governo Dilma.
 
Quando a presidente do país dá o Ministério da Cultura para Marta Suplicy, para que ela suba no palanque do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, por mais que os protagonistas aleguem apenas coincidência, é só política de mercado que enxergamos. E tudo piora quando Marta invoca uma trindade político-religiosa no palanque de Haddad: “O trio é capaz de alavancar (a candidatura de Haddad): a presidente Dilma, o Lula e eu. Eu, porque tenho o apelo de quem fez; eu sou a pessoa que faz. O Lula porque é um ‘deus’ e a presidente Dilma porque é bem avaliada. Então, com a entrada desse trio, vai dar certo”.
 
Diante do que está aí, feito e dito, por que o eleitor vai achar que Russomanno é pior? Ou que as alternativas a ele são de fato diferentes?
 
O mais importante não é atacar Celso Russomanno, mas compreender o que ele revela do Brasil atual. O fenômeno Russomanno pode ter algo a nos ensinar. Quem sabe sua liderança nas pesquisas eleitorais possa mostrar aos futuros candidatos que ética e coerência na política valem a pena se quiserem se tornar alternativas reais para uma parcela do eleitorado.
Ou que se nivelar por baixo em nome dos fins pode ser um tiro no pé – tanto quanto se aliar com qualquer um.
E talvez o fenômeno Russomanno possa ensinar aos futuros governantes que um povo se define pela qualidade do seu desejo. E desejo só se qualifica com educação.
 
Sempre se pode lamentar que o eleitor deseje o que deseja, mas o eleitor – em geral subestimado – sabe o que quer.
Se a maioria acredita que tudo o que dá sentido a uma vida humana pode ser comprado num shopping, então São Paulo – e o Brasil – merecem Celso Russomanno.

18 de setembro de 2012
Eliane Brum, Revista Época

Eliane Brum, jornalista, escritora e documentarista. Ganhou mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem. É autora de um romance - Uma Duas (LeYa) - e de três livros de reportagem: Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios), A Vida Que Ninguém Vê (Arquipélago Editorial, Prêmio Jabuti 2007) e O Olho da Rua (Globo). E codiretora de dois documentários: Uma História Severina e Gretchen Filme Estrada.

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL RESPONSABILIZA LULA POR PREJUÍZO DE R$ 10 MILHÕES E AUTOPROMOÇÃOÍ

 
Em defesa de Lula, AGU nega favorecimento a banco e fala em prescrição
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é acusado de ser responsável por um prejuízo de R$ 10 milhões aos cofres públicos, buscar autopromoção, fazer publicidade pessoal e favorecer o Banco BMG, ao enviar a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) uma carta com informações sobre o programa de crédito consignado do governo federal. As acusações foram listadas pelo Ministério Público Federal em documento anexado ao processo que investiga atos de improbidade administrativa atribuídos a Lula.
A denúncia pede que o ex-ministro da Previdência Social Amir Lando devolva os R$ 10 milhões ao Erário. Lula e Lando são réus no processo, que começou a tramitar na Justiça Federal no Distrito Federal em janeiro de 2011. O documento do MPF, de agosto deste ano e ao qual O GLOBO teve acesso, é uma réplica da procuradora da República Luciana Loureiro à defesa preliminar apresentada por Lula, por meio da Advocacia Geral da União (AGU). O juiz Paulo César Lopes, diz que decidirá até o fim deste mês se dá prosseguimento à ação.
Lula e Lando assinaram as cartas enviadas a aposentados e pensionistas em 2004. O MPF ofereceu a denúncia à Justiça sete anos depois; o processo está prestes a ter uma primeira decisão judicial. Na réplica anexada, a procuradora rebate os argumentos da AGU. Segundo Luciana, ele não tem direito a foro privilegiado no caso da ação de improbidade nem pode ser beneficiado pela prescrição da pena, ao contrário do que requereu a AGU.
Segundo a procuradora, Lula e Lando tiveram responsabilidade na ordem dada à Dataprev (empresa pública responsável pelos dados da Previdência Social) para a execução do serviço. Para o MPF, os serviços foram feitos sem contrato.
A AGU, que fez a defesa de Lula, afirma que a ação civil pública não pode se somar à acusação de improbidade e que a lei de improbidade administrativa não se aplica a agentes políticos, caso de Lula. Os advogados dizem que ele, por ser ex-presidente, deve ter foro privilegiado e só ser processado no Supremo Tribunal Federal. O caso, diz a defesa, estaria prescrito. Para a AGU, a carta dirigida a pensionistas "tem caráter informativo. O texto não enaltece a figura do governante".
A ação de improbidade sobre o envio das cartas tem conteúdo semelhante a um inquérito sigiloso em tramitação no Supremo, aberto a partir da denúncia principal do mensalão. O inquérito apura "fatos relacionados às irregularidades no convênio firmado entre o Banco BMG e o INSS/Dataprev para a operacionalização de crédito consignado a beneficiários e pensionistas". O procurador-geral da República ainda não apresentou denúncia nem revela os investigados.
Para o MPF, o prazo para prescrição (cinco anos após o fim do mandato) deve ser contado a partir do fim do segundo mandato de Lula, e não do primeiro, como quer a AGU. A Lei de Improbidade Administrativa prevê perda dos direitos políticos por até dez anos e ressarcimento. Lando não foi localizado.

O Globo (RJ) - 18/09/2012
Vinicius Sassine

PEDIDO PARA BLOQUEAR BENS DE QUADRILHA SAI AMANHÃ


Bloqueio estendido a laranjas
CPI que investiga o bicheiro vai encaminhar o requerimento ao Ministério Público ou diretamente à Justiça Federal. Decisão foi tomada após o Correio revelar que integrantes do esquema estão vendendo terras para fugir do país.
CPI do Cachoeira anuncia que pedido para sequestrar os bens de pessoas ligadas à quadrilha do bicheiro será encaminhado até amanhã ao MPF ou à Justiça Federal
O relator da CPI do Cachoeira, deputado Odair Cunha (PT-MG), assegurou, na tarde de ontem, que a comissão vai entrar até amanhã com um pedido de sequestro dos bens que pertencem ao bicheiro, mas estão registrados em nomes de laranjas. Os parlamentares não decidiram ainda se o requerimento será encaminhado ao Ministério Público Federal (MPF) ou diretamente à Justiça Federal. O parlamentar afirmou que a reportagem publicada pelo Correio, domingo, revelando que os integrantes da organização criminosa tentam se desfazer de propriedades no DF e no Entorno por metade do preço de mercado é bastante grave e suficiente para a Justiça agir.
"Claro que faremos esse movimento. É urgente que a Justiça determine o sequestro dos bens, nem que seja em caráter liminar neste primeiro momento. Estamos convencidos de que José Olímpio de Queiroga Neto é mais do que um funcionário de Cachoeira. Ele funcionava como uma micro organização criminosa dentro da quadrilha comanda pelo bicheiro. Verificamos um grupo de empresas ligadas ao esquema, todas em nome de parentes de Queiroga", explicou Odair Cunha.
Queiroga Neto é o homem forte do contraventor no Distrito Federal. De acordo com as investigações da Operação Monte Carlo, ele era o responsável pela operacionalização das casas de jogos de azar e também cuidava dos investimentos do patrão.
Assim como o relator, outro integrante da CPI, deputado Miro Teixeira (PDT-RJ), voltou a cobrar ação por parte do MPF. Ambos alertaram para o risco de se comprar terrenos que pertencem à quadrilha. "Quem adquire essas terras pode ficar sem o terreno e sem o dinheiro pago", lembrou Miro Teixeira. Odair Cunha complementou: "Fazer uma transação como esta, sem checar a origem e o real proprietário do bem, é tão seguro quanto aceitar comprar um terreno na lua".
Queiroga é suspeito de arrecadar recursos com o intuito de fugir do país
Corretores
José Olímpio de Queiroga Neto acionou uma rede de corretores para vender propriedades em regiões administrativas do DF e no Entorno que, segundo a polícia, foram compradas com dinheiro sujo do crime. Ele ganhou a liberdade, por força de habeas corpus, em 14 de junho, e estaria juntando recursos para fugir para os Estados Unidos.
Na tarde de ontem, o Ministério Público Federal comunicou oficialmente que não iria se pronunciar sobre procedimentos adotados no âmbito da Operação Monte Carlo. Os procuradores da República que atuam no caso têm uma lista de bens da quadrilha registrados, em sua grande parte, em nome de laranjas. A instituição já pediu à Justiça o sequestro de vários imóveis. Caso os endereços patrimoniais mostrados na reportagem do Correio não constem nessa relação, o MPF vai solicitar a inclusão das áreas para que seja adotado o mesmo procedimento.
A Polícia Federal comunicou, ontem à tarde, que "qualquer medida assecuratória com vista a impedir a dilapidação do patrimônio dos denunciados somente é possível por determinação judicial, que será prontamente atendida por esta instituição caso ocorra."

Correio Braziliense (DF) - 18/09/2012
João Valadares e Gabriel Mascarenhas

A VIDA E OS AUTOS


A parte mais sensível do julgamento do mensalão, justamente a que cuida do envolvimento dos políticos na trama criminosa, começou ontem cercada de fatos que não estão nos autos, mas na vida real: as denúncias atribuídas ao lobista Marcos Valério publicadas na revista Veja, a entrevista do ex-ministro José Dirceu, réu no processo, afirmando que não pretende fugir do país mesmo condenado, e o Procurador-Geral da República, Roberto Gurgel, dando declarações cuidadosas sobre o envolvimento do ex-presidente Lula no mensalão. Fatos da maior relevância que demonstram a etapa delicada da história política que vivemos atualmente.

O relator Joaquim Barbosa escolheu a dedo começar essa etapa do julgamento pelo PP, pois é o caso exemplar da compra de apoio político em troca de dinheiro. Partido que estava na oposição, o PP passou-se para o governo sem que houvesse nenhum motivo político relevante naquele momento para a adesão.

Até ali, nosso presidencialismo de coalizão não estava tão desmoralizado quanto hoje, quando todos cabem no barco governista a troco de cargos e salários.

No início do primeiro governo Lula, ainda havia uma divisão de partidos mais claramente definida, e era preciso fazer a maioria à custa de pagamentos.

Além disso, o PP montou um esquema de lavagem de dinheiro muito sofisticado, usando a corretora Bonus Banval, o que serve como exemplo da acusação de lavagem de dinheiro que para Joaquim Barbosa vem junto com a de corrupção passiva.

Esta, aliás, promete ser a discussão mais acalorada no plenário do Supremo. Se até agora as condenações e as absolvições foram definidas por um placar elástico, sem dar margem a controvérsias, a acusação de lavagem de dinheiro contra João Paulo Cunha foi aceita por um placar bastante apertado de 6 a 5.

Nessa conta entram não apenas os votos dos ministros Lewandowski e Toffoli, que absolveram João Paulo até mesmo da acusação de corrupção passiva, até os que, como a ministra Rosa Weber, o fizeram por questões de entendimento jurídico.

Para ela, a ocultação do dinheiro recebido por ato de corrupção faz parte desse crime, não significando um crime separado passível de nova punição.

Isso quer dizer que os que votaram pela condenação de João Paulo Cunha pelos dois crimes podem repetir a dose nessa rodada, ou se um deles mudar de posição pode até mesmo influir na sentença do ex-presidente da Câmara, já que os ministros podem mudar de voto até o acórdão com a decisão final do julgamento.

Retirar a acusação de lavagem de dinheiro pode reduzir a pena de um condenado entre 3 a 10 anos, o que pode significar no final a garantia de uma condenação mais branda.

O relator deve ocupar pelo menos mais uma sessão, se não a totalidade das sessões desta semana para ler o seu voto, pois estão em jogo nada menos que 23 réus e dezenas de acusações.

Isso quer dizer que o revisor Ricardo Lewandowski provavelmente usará igual tempo para ler o seu voto de contraponto, o que levará o julgamento para um tempo bem além do previsto, quem sabe entrando mesmo por novembro.

Apesar disso, os ministros não entram em acordo para fazer sessões extras, uns porque, como o ministro Marco Aurélio Mello, acham que o julgamento não deve ter um tratamento especial além do que consideram razoável, outros porque têm compromissos já assumidos ou trabalham também do Tribunal Superior Eleitoral.

Mas até mesmo os que, como o presidente Ayres Britto, gostariam de fazer mais sessões para apressar o julgamento, já veem no prolongamento dele alguns fatores positivos.

Como, por exemplo, o detalhamento da acusação e da defesa, assim como o debate entre os ministros vogais, para dar uma demonstração de que o julgamento obedece aos melhores ritos do estado de direito.

Ao mesmo tempo, com o interesse crescente da população pelo julgamento, alguns ministros estão convencidos de que as sessões do STF se transformaram em um exemplo de democracia e devem ter um efeito exemplar para os hábitos e costumes políticos do país.

O desfile de conchavos, mutretas, encontros em quartos de hotéis, acordos políticos às escondidas em troca de dinheiro, serve para demonizar essas práticas.

Ao mesmo tempo, os comentários paralelos, ora chamando a atenção para aspectos do rito do devido processo legal, ora para criticar atitudes heterodoxas na negociação política, além do teor dos próprios votos dos ministros, serviriam como uma lição de democracia.

18 de setembro de 2012
Merval Pereira

BICHINHOS DE ESTIMAÇÃO


Levei-as para um banho, exame de sangue para ver se não tinham doenças, e mandei castrá-las. Agora elas contam para os amigos que são donas de um casal de aposentados.
Mas eu acabei falando do que não queria.

A intenção era contar a história do meu vizinho de chácara, que vivia sozinho. Decidiu que sua vida seria melhor se ele tivesse um animalzinho de estimação como companhia. Assim, ele foi até a loja de pets e falou ao dono que queria um bichinho que fosse incomum

.
Depois de um tempo conversando, chegaram à conclusão que meu vizinho deveria levar uma centopéia. Seria mesmo um bichinho incomum, um bichinho tão pequeno, com cem pés. Realmente, um bichinho muito incomum.

A centopéia veio dentro de uma caixinha branca, que seria também usada para ser sua casinha.
Levou a caixinha com o bichinho para casa, achou um bom lugar para colocar tão pequenina caixa e decidiu que o melhor começo para sua companhia seria levá-la até o bar para tomar uma cervejinha.
Então, perguntou à centopéia, que estava dentro da caixa ainda fechada:

– Gostaria de ir comigo até o bar do Mané tomar uma cervejinha? Mas não houve resposta de sua nova amiguinha. Esperou um pouco e tentou de novo:

– Que tal ir comigo até o bar tomar uma cervejinha?

De novo, nada de resposta. Isso o deixou meio chateado. Esperou mais um pouco, pensando e pensando sobre o que estava acontecendo.

Decidiu perguntar de novo mas, desta vez, chegou bem perto da caixinha e gritou:

– ÊI, VOCÊ AÍ! QUER IR COMIGO ATÉ O BAR TOMAR UMA CERVEJA?

Como estava bem perto da caixinha, ouviu uma vozinha baixinha:

– Puta que pariu! Eu já ouvi desde a primeira vez, porra. Estou calçando os sapatos!

18 de setembro de 2012
magu

DÁ-LHE JOAQUIM!

 



Ele deixou bem claro que o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva comprou votos de deputados e apoio de partidos para aprovar leis na Câmara dos Deputados.

Foram pagos (subornados) deputados do PP, PMDB, PTB e PR (na época PL), sob a orientação de Jose Dirceu, para garantir votos favoráveis à aprovação das reformas da Previdência, Tributária e Lei de Falências na Câmara, projetos de interesse do governo Lula.

Barbosa garantiu que condenará por corrupção passiva e lavagem de dinheiro todos os parlamentares e ex-deputados acusados de receberem recursos do esquema.
Também indicou que vai considerar culpados os acusados de serem os corruptores da Câmara dos Deputados: o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, esses dois últimos eram os pagadores. O esquema só cessou depois de vir à tona em 2005.

Finalizando afirmou que o governo Lula comprou o ingresso do PP na base aliada em 2003. O partido apoiou o adversário de Lula na eleição de 2002, José Serra (PSDB). “Independentemente da destinação dada aos recursos, as provas conduzem à conclusão de que os réus receberam o dinheiro em razão da função parlamentar e em troca da fidelidade do partido ao governo”.

A situação dos bandidos que continuam a formar cúpula petista a cada dia piora. O ministro relator, que sempre foi um homem discreto e avesso aos holofotes, surge, por sua seriedade e retidão, como o herói dos patriotas de bem, que estão cansados de ver a corrupção triunfar.

18 de setembro de 2012
giulio sanmartini
(1) Texto de apoio: Felipe Recondo “et alii”
 

PETISTAS TENTAM DESACREDITAR MARCOS VALÉRIO, MAS PUBLICITÁRIO VISITOU EMPRESÁRIOS A MANDO DO PLANALTO

 



Arquivo ambulante – Sacramentadas as primeiras consequências das acusações feitas por Marcos Valério Fernandes de Souza, que afirmou ter sido o então presidente Luiz Inácio da Silva o comandante maior do escândalo do Mensalão do PT, o petista Paulo Okamotto, uma espécie de trem-pagador da família Lula da Silva, disse que o publicitário mineiro está “maluco”.

Marcos Valério, já condenado pelo Supremo Tribunal Federal e candidato a alguns longos anos de prisão, pode estar se sentindo traído, mas não “maluco” como sugeriu Okamotto. A tentativa de desqualificar a reportagem de capa da mais recente edição da revista Veja foi o máximo que o PT conseguiu fazer até o momento, pois verdadeiras são as afirmações de Valério.

Querer impor ao operador financeiro do Mensalão do PT o rótulo de “maluco” é o que pode ser considerado como um tipo no pé da cúpula do partido, pois Marcos Valério viajou a São Paulo algumas vezes a pedido de palacianos importantes.
Certa feita, ao solicitar ajuda a um conhecido político que tinha lugar de destaque na corte de Lula, um empresário paulistano recebeu em seu escritório a inesperada visita de Marcos Valério, que se apresentou como alguém escalado pelo Palácio do Planalto para solucionar o problema. Temeroso com o possível desfecho da nada desinteressada visita, o empresário, mesmo necessitado, dispensou a ajuda. E hoje comemora aliviado.

A essa altura dos fatos não como negar que o staff do governo do ex-metalúrgico mantinha relação umbilical com Marcos Valério, que, como noticiamos anteriormente, tem todas as operações devidamente registradas.
Fora isso, uma gravação com detalhes do escândalo do Mensalão do PT pode ser divulgada a qualquer instante, desde que Marcos Valério se depare com a gluma situação de extrema dificuldade ou de perigo. Resumindo para o bom e velho idioma do nosso território verde-louro, de “maluco” o publicitário mineiro nada tem.

18 de setembro de 2012
ucho.info

A ÓPERA BUFA: O TRIUNVIRATO PETISTA

José Dirceu, Delúbio e Genoino apelam a lances teatrais pífios na tentativa de escapar da condenação

 


Palco vermelho – Avança a passos largos a farsa que o Partido dos Trabalhadores tenta despejar sobre a população para salvar os companheiros que são réus no escândalo do mensalão, caso que está sendo julgado pelo Supremo Tribunal Federal (Ação Penal 470) e que deve terminar com dúzias de condenações.

O primeiro capítulo dessa ópera bufa ficou por conta de Delúbio Soares, que recentemente anunciou que fora o responsável pelo esquema de compra de votos de parlamentares por meio de mesadas. E Delúbio, que tem guardado um livro com a milionária contabilidade do esquema criminoso, não assumiu a culpa por diletantismo, companheirismo ou ideologia. Alguma troca aconteceu nos bastidores para que ex-tesoureiro do PT assumisse a culpa.

Enquanto o julgamento do Mensalão do PT cumpria suas etapas na Suprema Corte, o deputado cassado José Dirceu, acusado de ser o comandante do esquema, se preparava para uma entrevista de insossa e com cara de coisa encomendada.
À jornalista Monica Bergamo, o ex-comissário palaciano e mensaleiro José Dirceu começou dizendo, em tom irônico, que a burguesia acorda tarde. Tentativa frustrada de cutucar a oposição, que na opinião de Dirceu configura a elite golpista. À jornalista da “Folha de S. Paulo” o ex-chefe da Casa Civil garantiu que, caso condenado, não fugirá do País.

A mais recente e desesperada incursão petista na seara do mensalão coube ao ex-deputado José Genoino, presidente do PT à época do maior escândalo de corrupção da história nacional. Genoino, que de acordo com interlocutores está abatido e deprimido, já admite a hipótese de ser preso. Quadro que tem sido noticiado com insistência na tentativa de sensibilizar os ministros do Supremo, que parecem estar decididos por uma condenação em massa.

A farsa petista é tamanha, que Genoino deixou vazar sua decisão de preparar uma procuração para que sua esposa, Rioco Kayano, possa movimentar suas contas bancárias caso seja condenado à prisão. Um dramalhão tão desnecessário quanto fora de hora, que serve apenas para transformar Genoino em vítima de um golpe tramado pelo STF, setores da imprensa e partidos de oposição.

A desfaçatez dessa turma que está no poder é tão descomunal, que às custas do suado dinheiro do contribuinte a presidente Dilma Rousseff promoveu um jantar, em Brasília, para prestigiar o companheiro que está a um passo de contemplar o nascer do sol de forma geometricamente distinta. Em um país minimamente sério, o que não é o caso do Brasil, um presidente jamais realizaria um jantar festivo para alguém acusado de participar de rumoroso e milionário esquema de corrupção e desvio de dinheiro público.

O pior de tudo é que esses mensaleiros, se presos, retomarão a liberdade depois de alguns anos como verdadeiros heróis, sem contar que faturarão rios de dinheiros com suas memórias do cárcere. Há quem diga que o Brasil é o país do futuro, mas a anestesiada consciência da maioria da população impede qualquer avanço na direção do amanhã. Triste Brasil!

18 de setembro de 2012
ucho.info

A VERGONHOSA COMISSÃO DA VERDADE


Com a instalação dessa vergonhosa Comissão da Verdade, ontem, 17/09, foi publicado no diário oficial da união que a comissão da verdade só irá investigar "crimes" cometidos pelos agentes do estado.

Ou seja, se um rato vermelho matou, violentou, torturou, roubou, agrediu, assaltou bancos, ele não pode ser investigado porque não é agente do estado.
Em outras palavras, o crime só é crime se for cometido por agente do estado. Terrorista não comete crime.

Deveriam tentar ensinar esse absurdo para Uzamericanus. Lá terrorista é terrorista e será tratado como tal.

Certo que os tempos da ditadura militar foram duros para quem não estava lá muito a fim de ter uma vida correta. Vejam, aqui na minha família, nos anos de chumbo NENHUM membro foi preso ou perseguido pelo regime, sabem por que? Porque todos estavam em busca de uma vida melhor e trabalhavam para sustentar suas famílias.

Agora, os baderneiros e vagabundos vermelhos queriam combater uma "ditadura" com sonhos de implantar outra "ditadura".
Hoje vemos que eles chegaram ao poder e querem apenas vingança. Continuam em busca de revanche por terem perdido a batalha, o mundo evoluiu, as cabeças de bagre desses trastes continuam sonhando com Chequérvara, e com la revolución.

A Amérdica Latrina está basicamente nas mãos desses trastes, que entre outras coisas, querem apenas enriquecer às custas da população bovina que aceita passivamente desmandos e autoritarismo em troca de dentaduras, e bolsa miséria.

Essa comissão da verdade é uma afronta à democracia, não sou contra que se investiguem os crimes cometidos. Mas tem que investigar TODOS os crimes, dos dois lados. Investigar apenas um lado é revanchismo e vagabundagem barata.
Muitos dos criminosos da esquerda se fizeram de coitadinhos e hoje recebem aposentadorias do estado por terem lutado pela implantação de um regime totalitário como o de CÚba, que eles tanto amam.

Essa turma da esquerda e os membros da comissão tendenciosa não querem a verdade absoluta, querem a verdade relativa e revanchista como forma de perpetuação no poder pelas Ratazanas Vermelhas.

Esse comissão não passa de um puta estelionato ideológico que ainda mantém o sonho dos que ainda insistem ganhar uma luta que começou nos anos 60 e terminou nos anos 80 do século passado. Só eles não viram.
Isso é uma vergonha. Mas quem disse que existe algo próximo a vergonha e ética entre os Brasucas?

Estamos vivendo um momento difícil nas instituições do país, perigamos cair em uma ditadura do proletariado, com o fim das liberdades civis, e muita perseguição ideológica. O estado está nas mãos de gente da pior espécie que aparelhou as instituições, e patrulham a tudo e todos, roubam sem parar e ainda se fazem de vítimas.

Com um congresso de vagabundos e ladrões, com um governo de ideologia atrasada, e com gente querendo viver nos anos 60. O Brasil corre um sério risco constitucional.

E para a restauração da moralidade e a manutenção da constituição e pela liberdade de todos, é preciso que se feche esse congresso o quanto antes e se derrube esse governo sem vergonha atrelado ao que há de pior no planeta em matéria de ideologia política.

Enquanto uma parcela da população se dá bem porque "lutou" contra os militares, a outra parte está totalmente ajoelhada e alienada pelo pão e circo que está comandando o país.
 
ESTAMOS PH...!!!
 
18 de setembro de 2012
omascate

GURGEL ANALISARÁ DECLARAÇÕES DE VALÉRIO SOBRE ENVOLVIMENTO DE LULA APÓS JULGAMENTO DO STF


O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, disse meia dúvida de palavras sobre as declarações atribuídas a Marcos Valério. Afirmações que empurram Lula para dentro do escândalo do mensalão.

Gurgel informou que tratará da novidade apenas depois da conclusão do julgamento do STF. Segundo Valério, Lula não só sabia do mensalão como tomou parte de reuniões em que o esquema foi debatido.

O procurador-geral afirmou que tais declarações não interferem no julgamento em curso. “Mas, a partir daí, pode surgir material, eventualmente, para a instauração de outro inquérito.”

Gurgel avalia que, “nesse momento, não seria adequado” abrir nova frente de apuração.” Leva o pé atrás. Diz que declaracões de Valério “têm de ser sempre tomadas com muita cautela.”

Por quê? “Não se sabe exatamente que tipo de jogo está sendo feito neste momento. Marcos Valério deixou muito claro que é um jogador. É preciso ver, então, que tipo de jogo ele está tramando.”

A despeito da reserva, o procurador-geral disse que, concluído o julgamento do mensalão, vai “examinar os outros aspectos.” Acha que “não é bom misturar as duas coisas. As declarações dele não podem interferir nesse julgamento.”

Acrescentou que Valério pode firmar com o Ministério Público um acordo de delação premiada (confissão de crimes em troca de proteção e reução de penas). Algo que só seria possível num novo inquérito.

Explicou que eventual investigação contra Lula não correrá no Supremo. Como ex-presidente, ele já não dispõe da chamada prerrogativa de foro. “Já temos diversos procedimentos no primeiro grau (primeira instância do Judiciário) e isso pode ser examinado lá.” Gurgel repisou: “Mas, nesse momento, o fundamental é a conclusão do julgamento.”
 
18 de setembro de 2012
Por Josias de Souza- Uol Notícias