É possível que Dilma Rousseff tenha visitado a África do Sul só para certificar-se de que o Brasil vai mesmo produzir uma Copa do Mundo mais desorganizada que a de 2010. É provável que as escalas em Moçambique e Angola, nações de língua portuguesa, tenham sido programadas para que o intérprete convalescesse da exaustão que ataca quem passa dois dias lidando simultaneamente com o inglês e o dilmês. Mas nunca se sabe o que pode dar na telha do mundo. Mulher prevenida, a presidente viajou escoltada por cinco ministros que considera craques em urgências internacionais.
Éssa tropa de elite do primeiro escalão juntou ntonio Patriota (Relações Exteriores), Marco Aurélio Garcia (Complicações Cucarachas), Edison Lobão (Minas e Energia), Fernando Pimentel (Desenvolvimento, Indústria e Comércio) e Luiza Bairros (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial). A sorte é que o planeta não precisou recorrer à turma do safári financiado pelos pagadores de impostos. Um time desses é capaz de transformar em conflito armado até uma divergência fiscal entre dois cantões da Suiça. Como Kadhafi fez a gentileza de partir no dia da viagem de volta, a sucessora do amigo e irmão do ditador desembarcou em Brasília liberada para a liquidação de pendências domésticas. A lista começava pela crise decorrente da descoberta das bandalheiras no Ministério do Esporte.
Resolvida a descobrir ainda nesta quinta-feira a melhor maneira de livrar-se de Orlando Silva sem romper o contrato de aluguel com o PCdoB, Dilma convocou a equipe de especialistas em questões políticas internas. À noite, juntaram-se no Planalto os ministros Gilberto Carvalho (secretário-geral da Presidência), Gleisi Hoffmann (chefe da Casa Civil), Ideli Salvatti, (Relações Institucionais) e José Eduardo Cardozo (Justiça). Uma caixa-preta que não para de armazenar obscenidades desde o assassinato de Celso Daniel, uma governante aprendiz que não soube administrar sequer a indenização recebida da direção de Itaipu, um berreiro à procura de uma ideia e o amigo mais velho de Justin Bieber.
Governar é escolher, sabe-se desde que o primeiro chefe de tribo indicou quem poderia auxiliá-lo na missão de organizar minimamente o cotidiano nas cavernas. Releia os nomes dos escolhidos por Dilma, em parceria com Lula, para ajudá-la a optar pelo melhor caminho. Confira o currículo, a folha de serviços e o prontuário de cada um. E admita: se depender do Conselho de Sábios do Planalto, não há perigo de dar certo.
augusto nunes
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
CONDUTA UNIFORME
Ideal mesmo seria que a presidente Dilma Rousseff aproveitasse o ensejo de mais um escândalo para dar um jeito no festival de condutas desviantes que assola a Esplanada dos Ministérios.
Ao todo, até agora, aos dez meses incompletos de governo, foram seis: Antonio Palocci e o espetáculo do crescimento patrimonial; Alfredo Nascimento e as obras superfaturadas nos Transportes; Wagner Rossi e o direcionamento de licitações na Agricultura; Pedro Novais e o uso particular de dinheiro público; o Ministério do Turismo e a prisão de 35 servidores acusados de corrupção; Orlando Silva e os convênios fraudulentos no Esporte.
Se somados à lista os episódios temporariamente arquivados de favorecimento partidário na distribuição de verbas públicas no Ministério do Trabalho e da denúncia contra o ministro das Cidades de pagamento de mesada a deputados em troca de apoio, a conclusão é a de que os partidos que compõem a coalizão do governo se equivalem no quesito produção de escândalos.
São dois do PMDB, um do PC do B, um do PR, um do PP, um do PDT e um do PT. Como se vê, há uniformidade de conduta no primeiro escalão. Por enquanto, só ficou de fora o PSB, que ocupa a pasta da Integração Nacional.
E que não se diga que o “dedo podre” pertence ao ex-presidente Lula porque, não obstante a coincidência de os atingidos terem sido todos, direta ou indiretamente, apadrinhados por ele, nesse caso não há hipótese de se transferir responsabilidade: além de ter aceitado nomear cada um deles, Dilma Rousseff era, no dizer do próprio Lula, a “alma” da gestão anterior que, no dizer da propaganda eleitoral, seguiria em ritmo de continuidade.
O problema é a regra que precisa vir de cima. A presidente não impôs uma nova norma pela qual toda transgressão seria castigada. Tanto é que a “base” entrou em estado de prontidão ameaçando revolta quando houve o ensaio de “faxina” e de imediato se avisou aos navegantes que as trocas de ministros ficavam automaticamente adiadas para a reforma de janeiro.
A rigor, as demissões não podem ser consideradas uma punição em regra. Rendem a perda do emprego aos alvos principais, mas a engrenagem continua funcionando como antes de os fatos consumados terem sido postos à porta do gabinete presidencial pela imprensa.
Falou-se ontem o dia inteiro que Orlando Silva estava fora do ministério. Teria uma conversa com a presidente assim que ela chegasse do exterior e tudo se resolveria ali.
A questão é: tudo o quê, a demissão do ministro? Francamente, chega a ser irrelevante. Soa, antes, como o cumprimento de um ritual conhecido, cujo objetivo principal é tirar o foco da denúncia da vez.
Demitido o ministro, o assunto perde o interesse, protestos o sentido, todo mundo se dá mais ou menos por satisfeito e mais cedo ou mais tarde começa tudo outra vez.
A imprensa denuncia, o governo alega presunção de inocência, o acusado se defende, o acusador é desqualificado, os fatos atropelam o palácio, que, por sua vez, os coloca no escaninho do esquecimento com mais uma demissão que renderá à presidente Dilma dividendos públicos pela intransigência em relação a “malfeitorias”.
E assim a enganação vira regra geral: o governo finge que toma providências, o País finge que acredita e a farra continua.
Dora Kramer
PUBLICADO NO ESTADÃO, 21.10.2011
Ao todo, até agora, aos dez meses incompletos de governo, foram seis: Antonio Palocci e o espetáculo do crescimento patrimonial; Alfredo Nascimento e as obras superfaturadas nos Transportes; Wagner Rossi e o direcionamento de licitações na Agricultura; Pedro Novais e o uso particular de dinheiro público; o Ministério do Turismo e a prisão de 35 servidores acusados de corrupção; Orlando Silva e os convênios fraudulentos no Esporte.
Se somados à lista os episódios temporariamente arquivados de favorecimento partidário na distribuição de verbas públicas no Ministério do Trabalho e da denúncia contra o ministro das Cidades de pagamento de mesada a deputados em troca de apoio, a conclusão é a de que os partidos que compõem a coalizão do governo se equivalem no quesito produção de escândalos.
São dois do PMDB, um do PC do B, um do PR, um do PP, um do PDT e um do PT. Como se vê, há uniformidade de conduta no primeiro escalão. Por enquanto, só ficou de fora o PSB, que ocupa a pasta da Integração Nacional.
E que não se diga que o “dedo podre” pertence ao ex-presidente Lula porque, não obstante a coincidência de os atingidos terem sido todos, direta ou indiretamente, apadrinhados por ele, nesse caso não há hipótese de se transferir responsabilidade: além de ter aceitado nomear cada um deles, Dilma Rousseff era, no dizer do próprio Lula, a “alma” da gestão anterior que, no dizer da propaganda eleitoral, seguiria em ritmo de continuidade.
O problema é a regra que precisa vir de cima. A presidente não impôs uma nova norma pela qual toda transgressão seria castigada. Tanto é que a “base” entrou em estado de prontidão ameaçando revolta quando houve o ensaio de “faxina” e de imediato se avisou aos navegantes que as trocas de ministros ficavam automaticamente adiadas para a reforma de janeiro.
A rigor, as demissões não podem ser consideradas uma punição em regra. Rendem a perda do emprego aos alvos principais, mas a engrenagem continua funcionando como antes de os fatos consumados terem sido postos à porta do gabinete presidencial pela imprensa.
Falou-se ontem o dia inteiro que Orlando Silva estava fora do ministério. Teria uma conversa com a presidente assim que ela chegasse do exterior e tudo se resolveria ali.
A questão é: tudo o quê, a demissão do ministro? Francamente, chega a ser irrelevante. Soa, antes, como o cumprimento de um ritual conhecido, cujo objetivo principal é tirar o foco da denúncia da vez.
Demitido o ministro, o assunto perde o interesse, protestos o sentido, todo mundo se dá mais ou menos por satisfeito e mais cedo ou mais tarde começa tudo outra vez.
A imprensa denuncia, o governo alega presunção de inocência, o acusado se defende, o acusador é desqualificado, os fatos atropelam o palácio, que, por sua vez, os coloca no escaninho do esquecimento com mais uma demissão que renderá à presidente Dilma dividendos públicos pela intransigência em relação a “malfeitorias”.
E assim a enganação vira regra geral: o governo finge que toma providências, o País finge que acredita e a farra continua.
Dora Kramer
PUBLICADO NO ESTADÃO, 21.10.2011
CORRUPÇÃO NO BRASIL
E pensar que tudo começou com um hipócrita "Eu não sabia" lá em 2005...
.......................................
Não puniram ninguém pelo mensalão, e hoje a coisa descambou.
Mais um ministro vai ser despachado por ladroagem, e a grana como sempre vai ficar por isso mesmo.
Não adianta demitir o corrupto e não punir ou não tomar o dinheiro de volta.
A cada sinistro demitido, são milhões surrupiados dos cofres públicos que desaparecem e não retornam para o estado. Isso gera uma sensação de impunidade e de fraqueza safada no poder público.
Toda essa maracutaia de roubar, ser pego, demitido, dá a impressão de ser tudo de caso pensado, cada sinistro tem um tempo "X" para enriquecer, pois quando a bomba estoura ele tem que deixar o cargo para passar a idéia de "faxina" e com a ajuda da imprensa amestrada continuar a enganar eleitor otário que vota nas Ratazanas Vermelhas..
E o próximo que entrar vai dar um tempo nas falcatruas até que mais alguém caia em outra pasta e a roda viva da corrupção continua a girar e o dinheiro sumindo à cada volta.
Se foi pego por corrupção a PF tem que enfiar o vagabundo na cadeia e ir em busca da grana, pois perder o cargo parece prêmio de consolação e gratificação por bons desserviços prestados ao país.
Se não prenderem e tomarem os bens dos corruPTos nada vai mudar na pocilga.
mascate
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Não puniram ninguém pelo mensalão, e hoje a coisa descambou.
Mais um ministro vai ser despachado por ladroagem, e a grana como sempre vai ficar por isso mesmo.
Não adianta demitir o corrupto e não punir ou não tomar o dinheiro de volta.
A cada sinistro demitido, são milhões surrupiados dos cofres públicos que desaparecem e não retornam para o estado. Isso gera uma sensação de impunidade e de fraqueza safada no poder público.
Toda essa maracutaia de roubar, ser pego, demitido, dá a impressão de ser tudo de caso pensado, cada sinistro tem um tempo "X" para enriquecer, pois quando a bomba estoura ele tem que deixar o cargo para passar a idéia de "faxina" e com a ajuda da imprensa amestrada continuar a enganar eleitor otário que vota nas Ratazanas Vermelhas..
E o próximo que entrar vai dar um tempo nas falcatruas até que mais alguém caia em outra pasta e a roda viva da corrupção continua a girar e o dinheiro sumindo à cada volta.
Se foi pego por corrupção a PF tem que enfiar o vagabundo na cadeia e ir em busca da grana, pois perder o cargo parece prêmio de consolação e gratificação por bons desserviços prestados ao país.
Se não prenderem e tomarem os bens dos corruPTos nada vai mudar na pocilga.
mascate
MARIO COUTO: ESTÃO QUERENDO CALAR A OPOSIÇÃO
O senador Mário Couto (PSDB-PA) disse que a oposição tem sido cerceada nas discussões em Plenário. Como exemplo ele citou o fato de não ter podido falar em virtude da homenagem, realizada ontem, pelos 200 anos de criação da Biblioteca Nacional.
O senador pretendia comentar as denúncias envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva.
- Estão querendo calar a oposição. Nesta semana, não tivemos voz nesta Casa para falar ao Brasil de mais uma monstruosa corrupção que abala o País, neste momento, no Ministério dos Esportes.
É preciso que a Mesa Diretora tome uma providência e veja que a Oposição, por ser minoria, tem de ter o direito de falar. É o que resta à Oposição brasileira. Não queremos que a ditadura brasileira comece a se instalada exatamente onde deve existir a maior democracia, que é no Senado Federal - disse.
Leia o pronunciamento na íntegra aqui:
http://www.senado.gov.br/noticias/mario-couto-estao-querendo-calar-a-oposicao.aspx
O senador pretendia comentar as denúncias envolvendo o ministro do Esporte, Orlando Silva.
- Estão querendo calar a oposição. Nesta semana, não tivemos voz nesta Casa para falar ao Brasil de mais uma monstruosa corrupção que abala o País, neste momento, no Ministério dos Esportes.
É preciso que a Mesa Diretora tome uma providência e veja que a Oposição, por ser minoria, tem de ter o direito de falar. É o que resta à Oposição brasileira. Não queremos que a ditadura brasileira comece a se instalada exatamente onde deve existir a maior democracia, que é no Senado Federal - disse.
Leia o pronunciamento na íntegra aqui:
http://www.senado.gov.br/noticias/mario-couto-estao-querendo-calar-a-oposicao.aspx
DILMA, ORLANDO E AGNELO...
Dilma já rifou Orlando Dias, mas quer preservar Agnelo do PT. PCdoB avisa que vai levar o petista junto.
O Palácio do Planalto trabalha incessantemente para separar o PCdoB de Orlando Silva. O PCdoB, inclusive usando o programa partidário levado ao ar na noite de ontem, não abandona o ministro e atua em bloco para mantê-lo no cargo, transformando o escândalo em problema institucional.
A burrice é dos dois lados. Não há como dissociar o escândalo do partido, já que tanto os acusadores quanto os maiores beneficiários das falcatruas do Segundo Tempo são comunistas do mais alto escalão.
Não há como manter um ministro que, em pleno exercício do cargo, passa a ser investigado pela Procuradoria Geral da República, que julga os fatos extremamente graves.
No meio disto tudo, está a preocupação do PT em manter Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal, longe da lama. E a chantagem do PCdoB ameaçando arrastar junto o ex-camarada. Já começam a pipocar na imprensa as denúncias contra o governador que, justiça seja feita, foi o mentor do Segundo Tempo e está enrolado até o pescoço nas falcatruas do programa.
Clique e amplie, abaixo, matéria do Estadão. Ao lado da matéria, um anúncio do Ministério do Esporte, pedindo idéias para a promoção do Brasil na Copa do Mundo. Que tal acabar com a corrupção e passar ima imagem da gente decente deste país lá fora?
O Palácio do Planalto trabalha incessantemente para separar o PCdoB de Orlando Silva. O PCdoB, inclusive usando o programa partidário levado ao ar na noite de ontem, não abandona o ministro e atua em bloco para mantê-lo no cargo, transformando o escândalo em problema institucional.
A burrice é dos dois lados. Não há como dissociar o escândalo do partido, já que tanto os acusadores quanto os maiores beneficiários das falcatruas do Segundo Tempo são comunistas do mais alto escalão.
Não há como manter um ministro que, em pleno exercício do cargo, passa a ser investigado pela Procuradoria Geral da República, que julga os fatos extremamente graves.
No meio disto tudo, está a preocupação do PT em manter Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal, longe da lama. E a chantagem do PCdoB ameaçando arrastar junto o ex-camarada. Já começam a pipocar na imprensa as denúncias contra o governador que, justiça seja feita, foi o mentor do Segundo Tempo e está enrolado até o pescoço nas falcatruas do programa.
Clique e amplie, abaixo, matéria do Estadão. Ao lado da matéria, um anúncio do Ministério do Esporte, pedindo idéias para a promoção do Brasil na Copa do Mundo. Que tal acabar com a corrupção e passar ima imagem da gente decente deste país lá fora?
PROGRAMA SEGUNDO TEMPO: O TCU JÁ SABIA...
Em 2005, o TCU já havia flagrado os desvios do Programa Segundo Tempo. O que o TCU fez? Nada.
Entre fevereiro e junho de 2005, o Tribunal de Contas da União realizou "auditoria com o intuito de avaliar o Programa Segundo Tempo", levantando problemas e propondo melhorias. A metodologia foi visita direta aos núcleos com maior número de participantes e 2.429 questionários enviados para outros conveniados. O resultado está publicado na internet. Vejam, abaixo, trechos copiados do sumário executivo apresentado ao plenário da casa, em junho de 2006.
Havia fraudes escandalosas no número de atendimentos ...
As crianças eram entregues a "professores" e "monitores" sem a qualificação necessária ...
50% dos núcleos visitados não tinham recebido o material esportivo...
Já tinham sido constatados indícios de falcatruas na distribuição de merenda para as crianças, no que viria a transformar-se em uma das maiores fontes da roubalheira do Programa Segundo Tempo ...
Mais uma constatação do TCU: a precariedade das instalações esportivas, com crianças praticando esporte em terrenos baldios...
Por fim, o TCU fazia recomendações para a melhoria do Programa Segundo Tempo. Na verdade, confirmava que nada está funcionando, basta olhar a lista de sugestões: mais uniformes, mais comida, mais professores, mais instalações esportivas...
É surpreendente que o TCU não tivesse, à época, interrompido o Programa Segundo Tempo, que desde 2003 já havia consumido R$ 100 milhões. Surpreendente nem tanto. A associação dos funcionários do tribunal é uma das entidades inadimplentes no convênio realizado com o programa, de quem a CGU tenta reaver dinheiro público, R$ 2,5 milhões desviados das suas finalidades.
Há 5 anos atrás, o TCU tão somente recomendou corrigir todas as distorções encontradas hoje. Nada mais foi feito. Nada mais foi cobrado. A farra continuou. Inclusive para a alegria dos membros da sua associação de funcionários.
Desde 2004 o próprio TCU recebia dinheiro público do Segundo Tempo, fraudando vergonhosamente os seus objetivos. Por que o TCU não fiscalizou a própria casa? A resposta é uma pergunta: um país destes tem jeito?
coroneLeaks
Entre fevereiro e junho de 2005, o Tribunal de Contas da União realizou "auditoria com o intuito de avaliar o Programa Segundo Tempo", levantando problemas e propondo melhorias. A metodologia foi visita direta aos núcleos com maior número de participantes e 2.429 questionários enviados para outros conveniados. O resultado está publicado na internet. Vejam, abaixo, trechos copiados do sumário executivo apresentado ao plenário da casa, em junho de 2006.
Havia fraudes escandalosas no número de atendimentos ...
As crianças eram entregues a "professores" e "monitores" sem a qualificação necessária ...
50% dos núcleos visitados não tinham recebido o material esportivo...
Já tinham sido constatados indícios de falcatruas na distribuição de merenda para as crianças, no que viria a transformar-se em uma das maiores fontes da roubalheira do Programa Segundo Tempo ...
Mais uma constatação do TCU: a precariedade das instalações esportivas, com crianças praticando esporte em terrenos baldios...
Por fim, o TCU fazia recomendações para a melhoria do Programa Segundo Tempo. Na verdade, confirmava que nada está funcionando, basta olhar a lista de sugestões: mais uniformes, mais comida, mais professores, mais instalações esportivas...
É surpreendente que o TCU não tivesse, à época, interrompido o Programa Segundo Tempo, que desde 2003 já havia consumido R$ 100 milhões. Surpreendente nem tanto. A associação dos funcionários do tribunal é uma das entidades inadimplentes no convênio realizado com o programa, de quem a CGU tenta reaver dinheiro público, R$ 2,5 milhões desviados das suas finalidades.
Há 5 anos atrás, o TCU tão somente recomendou corrigir todas as distorções encontradas hoje. Nada mais foi feito. Nada mais foi cobrado. A farra continuou. Inclusive para a alegria dos membros da sua associação de funcionários.
Desde 2004 o próprio TCU recebia dinheiro público do Segundo Tempo, fraudando vergonhosamente os seus objetivos. Por que o TCU não fiscalizou a própria casa? A resposta é uma pergunta: um país destes tem jeito?
coroneLeaks
FIFA NÃO QUER PAPO COM MINISTRO DO ESPORTE
O secretário-geral da Fifa, Jerôme Valcke, afirmou nesta quinta-feira na Suíça que a entidade terá um novo interlocutor no governo brasileiro, em substituição ao ministro do Esporte, Orlando Silva, alvo de acusações de corrupção nos últimos dias. Ele não disse quem será o novo representante.
Haverá um encontro em novembro entre a cúpula da Fifa e o governo brasileiro para lidar com a questão da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014, que gera atritos entre as duas partes por conta de questões de marketing, TV e ingressos.
"Novembro [visita da Fifa ao Brasil] é a ideia de quando vamos ver o novo representante da presidente Dilma [Rousseff] para a Copa. E representante do parlamentar.
Estou confiante que a presidente apontou uma equipe independentemente do que acontecer com Orlando [Silva]. É tempo de acabar com esse ideia [projeto de lei sobre a Copa] que não estamos adiantados", disse Valcke, deixando escapar uma crítica ao país. (Da Folha Poder)
Haverá um encontro em novembro entre a cúpula da Fifa e o governo brasileiro para lidar com a questão da Lei Geral da Copa do Mundo de 2014, que gera atritos entre as duas partes por conta de questões de marketing, TV e ingressos.
"Novembro [visita da Fifa ao Brasil] é a ideia de quando vamos ver o novo representante da presidente Dilma [Rousseff] para a Copa. E representante do parlamentar.
Estou confiante que a presidente apontou uma equipe independentemente do que acontecer com Orlando [Silva]. É tempo de acabar com esse ideia [projeto de lei sobre a Copa] que não estamos adiantados", disse Valcke, deixando escapar uma crítica ao país. (Da Folha Poder)
O MINISTRO DO ESPORTE CONTINUA. ATÉ QUANDO?!
REPORTAGEM MOSTROU EM FEVEREIRO EXISTÊNCIA EM TODO BRASIL DE ONGs FANTASMAS DIRIGIDAS POR GENTE DO PCdoB MAMANDO DINHEIRÃO
Pelo clima do Palácio do Planalto refletido no noticiário dos sites dos jornais tudo leva a crer que o escândalo no Ministério dos Esportes não foi estancado e muito menos esclarecido.
Na sua matéria noticiando a permanência de Orlando Silva no Ministério, o site do Estadão a manteve em segundo plano e o foco dirigido às novas denúncias que envolvem o recebimento por parte de sua mulher de verba de ONG dirigida pelos filiados do PCdoB.
Na parte final, o jornal observa que Orlando Silva está sob pressão desde a entrevista dada pelo policial militar João Dias Ferreira à revista Veja. O PM acusou Orlando de fazer parte e receber dinheiro do esquema de desvios de verba do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. O ministro nega as acusações.
Afirma que a entrevista somou-se à cobrança que ele já vem sofrendo por causa das irregularidades em sua pasta, que faz parte da organização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. As denúncias fragilizaram o ministro e sua permanência no cargo preocupa o Palácio do Planalto em relação ao futuro desses eventos.
Relembra que em fevereiro, uma série de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo revelou fraudes na execução do Segundo e o favorecimento a entidade e políticos do PC do B, partido do ministro.
O jornal viajou o País para visitar os núcleos do projeto e encontrou Organizações Não-Governamentais (ONGs) fantasmas, todas dirigidas por membros do PC do B, núcleos esportivos fictícios, ausências de merenda e uniformes, apesar dos recursos milionários liberados para essas entidades.
Somente em 2010, ano eleitoral, R$ 30 milhões foram entregues a ONGs vinculadas ao PC do B. Na época, o ministro prometeu apurar e punir os responsáveis pelas irregularidades. Mas nada fez.
Pelo clima do Palácio do Planalto refletido no noticiário dos sites dos jornais tudo leva a crer que o escândalo no Ministério dos Esportes não foi estancado e muito menos esclarecido.
Na sua matéria noticiando a permanência de Orlando Silva no Ministério, o site do Estadão a manteve em segundo plano e o foco dirigido às novas denúncias que envolvem o recebimento por parte de sua mulher de verba de ONG dirigida pelos filiados do PCdoB.
Na parte final, o jornal observa que Orlando Silva está sob pressão desde a entrevista dada pelo policial militar João Dias Ferreira à revista Veja. O PM acusou Orlando de fazer parte e receber dinheiro do esquema de desvios de verba do Programa Segundo Tempo, do Ministério do Esporte. O ministro nega as acusações.
Afirma que a entrevista somou-se à cobrança que ele já vem sofrendo por causa das irregularidades em sua pasta, que faz parte da organização da Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016. As denúncias fragilizaram o ministro e sua permanência no cargo preocupa o Palácio do Planalto em relação ao futuro desses eventos.
Relembra que em fevereiro, uma série de reportagens do jornal O Estado de S. Paulo revelou fraudes na execução do Segundo e o favorecimento a entidade e políticos do PC do B, partido do ministro.
O jornal viajou o País para visitar os núcleos do projeto e encontrou Organizações Não-Governamentais (ONGs) fantasmas, todas dirigidas por membros do PC do B, núcleos esportivos fictícios, ausências de merenda e uniformes, apesar dos recursos milionários liberados para essas entidades.
Somente em 2010, ano eleitoral, R$ 30 milhões foram entregues a ONGs vinculadas ao PC do B. Na época, o ministro prometeu apurar e punir os responsáveis pelas irregularidades. Mas nada fez.
PT - PONTE QUE O PAROVSKY!!!
No texto abaixo, da Folha de hoje, está exposta a clara intenção do PT patrulhar e aparelhar o espaço virtual, do Facebook, do Twiter e dos blogs todos.
Quem criticar o PT ou os governos petistas corre o risco de receber uma enxurrada de textos contrários à crítica. Só que não serão textos espontâneos, feitos por simpatizantes do modo petista de governar e sim palavras de ordens da esquerda e colocadas na rede por grupos treinados pelo PT.
Pior: não só críticas serão rebatidas, mas também denúncias, como deixa claro a reportagem, quando um dos encarregados de organizar a patrulha diz que houve demora da militância em rebater as críticas (ele diz “calúnias”) contra Dilma em relação ao aborto e à luta armada na campanha eleitoral.
Ora, a candidata havia dito que era a favor do aborto numa entrevista gravada com som e imagem, mas mostrar esse fato é considerado “calúnia” pelo organizador da patrulha. E quanto à luta armada, faz parte da biografia da presidente, afinal ela pertenceu a um grupo de esquerda, clandestino, que pegou em armas e foi responsável por atentados, sequestros e assassinatos. Mas falar disso é também “calúnia”.
Enfim, trata-se de mais um plano sinistro do PT para dominar e calar a sociedade que não se conforma com a roubalheira vigente no país. Cabe a quem é honesto resistir a mais esse golpe petista.
Publicado no Facebook em
BRASIL, ACABE COM O PT ANTES QUE ELE ACABE COM VOCÊ.
Rosely Rodrigues, 21 de Outubro de 2011
Quem criticar o PT ou os governos petistas corre o risco de receber uma enxurrada de textos contrários à crítica. Só que não serão textos espontâneos, feitos por simpatizantes do modo petista de governar e sim palavras de ordens da esquerda e colocadas na rede por grupos treinados pelo PT.
Pior: não só críticas serão rebatidas, mas também denúncias, como deixa claro a reportagem, quando um dos encarregados de organizar a patrulha diz que houve demora da militância em rebater as críticas (ele diz “calúnias”) contra Dilma em relação ao aborto e à luta armada na campanha eleitoral.
Ora, a candidata havia dito que era a favor do aborto numa entrevista gravada com som e imagem, mas mostrar esse fato é considerado “calúnia” pelo organizador da patrulha. E quanto à luta armada, faz parte da biografia da presidente, afinal ela pertenceu a um grupo de esquerda, clandestino, que pegou em armas e foi responsável por atentados, sequestros e assassinatos. Mas falar disso é também “calúnia”.
Enfim, trata-se de mais um plano sinistro do PT para dominar e calar a sociedade que não se conforma com a roubalheira vigente no país. Cabe a quem é honesto resistir a mais esse golpe petista.
Publicado no Facebook em
BRASIL, ACABE COM O PT ANTES QUE ELE ACABE COM VOCÊ.
Rosely Rodrigues, 21 de Outubro de 2011
É 1984 EM MASSACHUSETTS, E O GRANDE IRMÃO É GAY
Artigos - Educação
A doutrinação gayzista e até pró-pedofilia das escolas do Massachussets tornam tais instituições o sonho dos doutrinadores esquerdistas, quem desdenham de toda a autoridade dos pais, e veêm as crianças como propriedade do Estado.
Os filhos de Mary Clossey não veem bandeiras americanas na escola, as quais os fariam lembrar que é pela segurança deles que jovens soldados arriscam suas vidas. Em vez disso, sua filha, junto com outros alunos, é colocada em um auditório para ouvir um palestrante comparar militares americanos a terroristas.
Durante anos as escolas públicas na cidade de Newton, Massachusetts, vêm desrespeitando sem o menor pudor a lei estadual que determina a exibição de uma bandeira americana em toda sala de aula. Por outro lado, há muitas bandeiras expostas, se contarmos as de arco-íris, que simbolizam um ambiente “simpatizante”.
Quando Clossey matriculou seu filho no programa de leitura da Newton North High School, mal sabia ela que o professor havia se gabado, no jornal Boston Globe (em 8 de julho de 2001), de discretamente introduzir questões homossexuais e transexuais nas suas turmas. Michael Kozuch, o professor, distribuiu o romance As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky, instruindo os alunos a escreverem uma resenha. E quais seriam as “pérolas” literárias que o professor Kozuch considera mandatórias para os filhos dos outros? Sexo entre um garoto em um cão, sexo entre homens e garotos, sexo anal entre garotos e masturbação feminina com uma salsicha. Por acaso Clossey abriu o livro que seu filho trouxe para casa. Mas o choque que ela teve em seguida foi pior.
Clossey descobriu que as autoridades do governo veem a proteção dos pais como um obstáculo.
Ela tentou ligar para o prefeito, que nunca lhe retornou. E ao procurar a direção da escola, afirma que deparou com um “desrespeito arrogante com os pais dos alunos”.
Registrou ocorrência policial contra o professor por corrupção de menor. Nem mesmo os jornais e canais de TV mais radicalmente pró-homossexualismo de Boston poderiam manter segredo sobre isso. Mas a ocorrência não levou a nada. Acabou descobrindo que Kozuch não estava sozinho. O livro estava na lista de obras obrigatórias de todos os alunos do estado. Com o apoio de outros pais indignados, Clossey procurou o promotor da cidade, mas relatou que a secretária do promotor já havia sido avisada sobre ela. Depois de esperar durante horas, não a deixaram vê-lo.
Quando os pais descobriram a respeito do livro, os professores da escola o retiraram das discussões de sala, mas se recusaram a removê-lo da lista de obras. Pais alertados já sabiam que o departamento de línguas da escola, seja lá com que pretexto, havia mostrado Minha Vida em Cor-de-Rosa, um filme proibido para menores de 17 anos sobre uma criança “homossexual”. Os alunos aprenderam como “o pequeno Ludovic se divertia sendo uma garota, pegando emprestado os saltos vermelhos da mamãe, seu batom, seus brincos... hmmm!” O problema é que a criança de 7 anos é um garoto, mesmo que fique bem de rosa.
Alunos do primeiro ano aprendem sobre masturbação e sodomia em uma disciplina obrigatória que usa linguagem vulgar (como se o vocabulário adequado arruinasse a experiência educacional). Um grande mural no corredor ilustra duas garotas de mãos dadas lendo algo chamado “Romea e Julieta”.
Mas será Newton uma cidade condenada? Em Brookline, uma cidade próxima, um transexual contou a crianças do primeiro ano do ensino fundamental como seu pênis foi cortado e ele se tornou uma mulher. Sem ironia, o Boston Globe chamou isso de “orientação sobre mudança de sexo”. Os pais, que não haviam sido avisados, tiveram que consolar seus filhos.
As crianças da cidade de Ashland foram instruídas a atuar em papéis homossexuais em uma peça da escola. Conforme reportagem de um jornal do Condado de Middlesex de 1º de abril de 1994, uma das falas de um garoto era: “É natural sentir atração pelo mesmo sexo”. Garotas foram instruídas a dar as mãos e se fingir de lésbicas.
Como amplamente divulgado em Massachusetts em 1992, em uma assembleia escolar obrigatória na cidade de Chelmsford, um instrutor usou linguagem chula ao descrever as maravilhas do sexo anal e oral. Depois fizeram as crianças lamber camisinhas.
E os alunos de Framingham tiveram que responder a este questionário orwelliano:
1. O que você acha que causou sua heterossexualidade?
2. Quando você decidiu ser heterossexual?
3. É possível que a heterossexualidade seja uma fase passageira da vida?
4. É possível que você seja homossexual porque tem medo de pessoas do mesmo sexo?
5. Se você nunca dormiu com ninguém do mesmo sexo, como você sabe que não iria gostar? É possível que você só precise de uma boa experiência homossexual?
6. Para quem você revelou sua heterossexualidade? Como eles reagiram?
7. Porque os heterossexuais são tão espalhafatosos, sempre enfatizando sua heterossexualidade? Por que eles não podem simplesmente ser quem são, sem exibir sua sexualidade, beijando em público, usando alianças, etc.?
Em Lexington, uma mãe descobriu que sua filha de 13 anos podia pegar emprestado um livro que contava como os gays poderiam socializar na ópera com “com um furo discreto atrás das calças, para que pudessem sentir um prazer extra enquanto assistiam ao espetáculo”. A escola havia comprado o livro com o dinheiro de verbas que estavam destinadas à área de saúde.
Um eminente psiquiatra afirma que o currículo sexualizado nessas escolas pode rebaixar as crianças “ao nível de animais”, e causar danos para o resto da vida.
“A promoção sistemática da homossexualidade e promiscuidade nas escolas de Massachusetts estimula a confusão sexual e a experimentação”, afirma Nathaniel S. Lehrman, ex-diretor clínico do Kingsboro Psychiatric Center em Nova Iorque. “Eles diluem e trivializam [a capacidade para] a paixão sexual fiel, que seria [mais tarde] a base do casamento dessas crianças. Jovens instáveis podem se tornar especialmente vulneráveis aos homossexuais que recrutam ativamente”.
Há professores em todas as partes dos Estados Unidos discretamente canonizando o comportamento homossexual para crianças de até 5 anos de idade. Também foi amplamente divulgado que nos dias escolares de comemoração aos gays aulas são canceladas e as crianças são obrigadas a participar de atividades em que homossexuais contam seus “estilos de vida”. As técnicas de controle mental vêm diretamente das escolas soviéticas.
As autoridades costumam confrontar os pais que demonstram insatisfação dizendo a eles: “Você foi o único que reclamou”.
A mensagem está implícita: “Seria inconstitucional ensinar a moralidade judaico-cristã. Então somos obrigados a ensinar o extremo oposto”.
Samuel Blumenfeld, autor com várias publicações sobre educação, afirma que muitos superintendentes de escolas entendem implicitamente que “crianças são propriedade do Estado”. Há provas bastante convincentes em Massachusetts:
* Um texto sobre saúde dado aos alunos do primeiro ano em Silver Lake dizia: “Testar sua capacidade de funcionar sexualmente e de dar prazer para outra pessoa pode ser menos assustador nos primeiros anos da adolescência com pessoas do mesmo sexo”. E, “Você pode chegar à conclusão de que crescer significa rejeitar os valores dos seus pais”. Os alunos foram ordenados a manter o livro na escola e nunca levá-lo para casa.
* A Needham High School violou uma lei de direitos dos pais ocultando uma assembleia geral em que uma garota descrevia seu primeiro beijo lésbico e exaltava o lesbianismo. Os professores continuaram a discussão de volta à sala de aula. Também desrespeitaram a lei ao omitir para os alunos seu direito de não estarem presentes. Mais tarde, o orientador do clube gay anunciou, em linguagem pobre, que a decisão dos pais de retirar seus filhos da escola no ano letivo seguinte não seria respeitada, uma vez que a “assembleia (não ensinou) crenças morais ou religiosas”.
* Após uma “Semana Anti-homofobia” com reuniões obrigatórias em Beverly, uma aluna de 14 anos acusou o próprio pai de “homofóbico”. Ela havia aprendido que os homossexuais têm o direito de se casar e adotar filhos. Os pais não foram avisados. Um garoto escreveu para um jornal local: “Me senti perturbado e enojado. Testemunhei depoimentos preconceituosos de gays e o público ridicularizando um padre no nosso auditório”.
* Um pai em Beverly tirou seu filho da escola após descobrir o conteúdo de um programa de 4 dias sobre “assédio sexual” que cancelou a aula de álgebra. O professor encorajou o aluno a voltar, dizendo: “Seus pais não precisam saber”.
* Em Manomet, um professor de educação física distribuiu um material que, conforme um aluno do oitavo ano, violava as crenças dos seus pais. “Se tiver algum problema com seus pais, me conte e eu vou lidar com eles”, respondeu o professor.
* Um diretor de uma escola em Newton se recusou a excluir crianças de um programa de distribuição de camisinhas, dizendo aos pais: “É importante demais”.
A mídia local reporta esse tipo de história com relutância, usando títulos como “Mãe de aluno local se irrita com aulas de educação sexual”. Eles desviam o foco da provocação para a reação. Imaginem a mesma fórmula usada para descrever o escândalo de Watergate: “Partidários democratas criticam Casa Branca”.
Em 8 de julho de 2001, em um artigo do Boston Globe intitulado “Mais escolas abordam assuntos gays”, Kozuch relatava seus esforços para usar as escolas para modelar a visão das crianças sobre a homossexualidade por trás da vigilância dos pais.
“É por baixo dos panos”, afirmava. “A ideia é que queremos tratar de assuntos (bissexuais, homossexuais e transexuais) como uma norma padrão".
Distribuir pornografia gay para os filhos dos outros não costumava ser chamado de “tratar de assuntos”, afirmam os críticos. E quem disse para as escolas abordarem o sexo anal?
“A comunidade precisa por fim à sabotagem ao desenvolvimento moral das crianças onde o movimento homossexual radical ganha controle do currículo escolar”, afirma Lehrman, ex-presidente da Força-Tarefa para Religião e Saúde Mental da New York Federation of Jewish Philanthropies.
Alguns militantes homossexuais se sentem cada vez mais “chamados” para a missão de angariar seguidores. Programas de “tolerância” pedindo ajuda a crianças gays (crianças gays?) servem para encobrir a distribuição de materiais obscenos e a orientação de alunos para a homossexualidade.
Comentários em tom de superioridade de alguns educadores sugerem que a inocência é algo que deve ser removido. Sentem que o fato de uma criança não saber sobre a sodomia é algo que deve ser corrigido. Acreditam que toda criança precisa e tem o direito de saber o que os homossexuais fazem uns com os outros, e que isso é equivalente ao casamento dos seus pais. “Não deixem nenhuma criança ficar de fora”.
Blumenfeld escreveu, a respeito da introdução da educação universal do Estado em Massachusetts no século XIX, que a resistência ferrenha de pais e eleitores só poderia ser superada por um juramento solene do estado de se limitar aos assuntos acadêmicos. O direito dos pais de guiar a educação moral dos seus filhos era garantida. Mas isso foi lá no passado, quando os filhos pertenciam aos seus pais.
Clossey recebeu uma carta do promotor local lhe informando que as escolas, livrarias e os museus de Massachusetts não estavam sujeitos às leis que proibiam a exposição de crianças à pornografia.
Está na hora de tornar esse atentado contra a inocência das nossas crianças um crime federal, com punições triplicadas para “educadores”.
Tradução: Luis Gustavo Gentil
Título original: It's 1984 in Massachusetts – And Big Brother Is Gay
John Haskins, 20 Outubro 2011
A doutrinação gayzista e até pró-pedofilia das escolas do Massachussets tornam tais instituições o sonho dos doutrinadores esquerdistas, quem desdenham de toda a autoridade dos pais, e veêm as crianças como propriedade do Estado.
Os filhos de Mary Clossey não veem bandeiras americanas na escola, as quais os fariam lembrar que é pela segurança deles que jovens soldados arriscam suas vidas. Em vez disso, sua filha, junto com outros alunos, é colocada em um auditório para ouvir um palestrante comparar militares americanos a terroristas.
Durante anos as escolas públicas na cidade de Newton, Massachusetts, vêm desrespeitando sem o menor pudor a lei estadual que determina a exibição de uma bandeira americana em toda sala de aula. Por outro lado, há muitas bandeiras expostas, se contarmos as de arco-íris, que simbolizam um ambiente “simpatizante”.
Quando Clossey matriculou seu filho no programa de leitura da Newton North High School, mal sabia ela que o professor havia se gabado, no jornal Boston Globe (em 8 de julho de 2001), de discretamente introduzir questões homossexuais e transexuais nas suas turmas. Michael Kozuch, o professor, distribuiu o romance As Vantagens de Ser Invisível, de Stephen Chbosky, instruindo os alunos a escreverem uma resenha. E quais seriam as “pérolas” literárias que o professor Kozuch considera mandatórias para os filhos dos outros? Sexo entre um garoto em um cão, sexo entre homens e garotos, sexo anal entre garotos e masturbação feminina com uma salsicha. Por acaso Clossey abriu o livro que seu filho trouxe para casa. Mas o choque que ela teve em seguida foi pior.
Clossey descobriu que as autoridades do governo veem a proteção dos pais como um obstáculo.
Ela tentou ligar para o prefeito, que nunca lhe retornou. E ao procurar a direção da escola, afirma que deparou com um “desrespeito arrogante com os pais dos alunos”.
Registrou ocorrência policial contra o professor por corrupção de menor. Nem mesmo os jornais e canais de TV mais radicalmente pró-homossexualismo de Boston poderiam manter segredo sobre isso. Mas a ocorrência não levou a nada. Acabou descobrindo que Kozuch não estava sozinho. O livro estava na lista de obras obrigatórias de todos os alunos do estado. Com o apoio de outros pais indignados, Clossey procurou o promotor da cidade, mas relatou que a secretária do promotor já havia sido avisada sobre ela. Depois de esperar durante horas, não a deixaram vê-lo.
Quando os pais descobriram a respeito do livro, os professores da escola o retiraram das discussões de sala, mas se recusaram a removê-lo da lista de obras. Pais alertados já sabiam que o departamento de línguas da escola, seja lá com que pretexto, havia mostrado Minha Vida em Cor-de-Rosa, um filme proibido para menores de 17 anos sobre uma criança “homossexual”. Os alunos aprenderam como “o pequeno Ludovic se divertia sendo uma garota, pegando emprestado os saltos vermelhos da mamãe, seu batom, seus brincos... hmmm!” O problema é que a criança de 7 anos é um garoto, mesmo que fique bem de rosa.
Alunos do primeiro ano aprendem sobre masturbação e sodomia em uma disciplina obrigatória que usa linguagem vulgar (como se o vocabulário adequado arruinasse a experiência educacional). Um grande mural no corredor ilustra duas garotas de mãos dadas lendo algo chamado “Romea e Julieta”.
Mas será Newton uma cidade condenada? Em Brookline, uma cidade próxima, um transexual contou a crianças do primeiro ano do ensino fundamental como seu pênis foi cortado e ele se tornou uma mulher. Sem ironia, o Boston Globe chamou isso de “orientação sobre mudança de sexo”. Os pais, que não haviam sido avisados, tiveram que consolar seus filhos.
As crianças da cidade de Ashland foram instruídas a atuar em papéis homossexuais em uma peça da escola. Conforme reportagem de um jornal do Condado de Middlesex de 1º de abril de 1994, uma das falas de um garoto era: “É natural sentir atração pelo mesmo sexo”. Garotas foram instruídas a dar as mãos e se fingir de lésbicas.
Como amplamente divulgado em Massachusetts em 1992, em uma assembleia escolar obrigatória na cidade de Chelmsford, um instrutor usou linguagem chula ao descrever as maravilhas do sexo anal e oral. Depois fizeram as crianças lamber camisinhas.
E os alunos de Framingham tiveram que responder a este questionário orwelliano:
1. O que você acha que causou sua heterossexualidade?
2. Quando você decidiu ser heterossexual?
3. É possível que a heterossexualidade seja uma fase passageira da vida?
4. É possível que você seja homossexual porque tem medo de pessoas do mesmo sexo?
5. Se você nunca dormiu com ninguém do mesmo sexo, como você sabe que não iria gostar? É possível que você só precise de uma boa experiência homossexual?
6. Para quem você revelou sua heterossexualidade? Como eles reagiram?
7. Porque os heterossexuais são tão espalhafatosos, sempre enfatizando sua heterossexualidade? Por que eles não podem simplesmente ser quem são, sem exibir sua sexualidade, beijando em público, usando alianças, etc.?
Em Lexington, uma mãe descobriu que sua filha de 13 anos podia pegar emprestado um livro que contava como os gays poderiam socializar na ópera com “com um furo discreto atrás das calças, para que pudessem sentir um prazer extra enquanto assistiam ao espetáculo”. A escola havia comprado o livro com o dinheiro de verbas que estavam destinadas à área de saúde.
Um eminente psiquiatra afirma que o currículo sexualizado nessas escolas pode rebaixar as crianças “ao nível de animais”, e causar danos para o resto da vida.
“A promoção sistemática da homossexualidade e promiscuidade nas escolas de Massachusetts estimula a confusão sexual e a experimentação”, afirma Nathaniel S. Lehrman, ex-diretor clínico do Kingsboro Psychiatric Center em Nova Iorque. “Eles diluem e trivializam [a capacidade para] a paixão sexual fiel, que seria [mais tarde] a base do casamento dessas crianças. Jovens instáveis podem se tornar especialmente vulneráveis aos homossexuais que recrutam ativamente”.
Há professores em todas as partes dos Estados Unidos discretamente canonizando o comportamento homossexual para crianças de até 5 anos de idade. Também foi amplamente divulgado que nos dias escolares de comemoração aos gays aulas são canceladas e as crianças são obrigadas a participar de atividades em que homossexuais contam seus “estilos de vida”. As técnicas de controle mental vêm diretamente das escolas soviéticas.
As autoridades costumam confrontar os pais que demonstram insatisfação dizendo a eles: “Você foi o único que reclamou”.
A mensagem está implícita: “Seria inconstitucional ensinar a moralidade judaico-cristã. Então somos obrigados a ensinar o extremo oposto”.
Samuel Blumenfeld, autor com várias publicações sobre educação, afirma que muitos superintendentes de escolas entendem implicitamente que “crianças são propriedade do Estado”. Há provas bastante convincentes em Massachusetts:
* Um texto sobre saúde dado aos alunos do primeiro ano em Silver Lake dizia: “Testar sua capacidade de funcionar sexualmente e de dar prazer para outra pessoa pode ser menos assustador nos primeiros anos da adolescência com pessoas do mesmo sexo”. E, “Você pode chegar à conclusão de que crescer significa rejeitar os valores dos seus pais”. Os alunos foram ordenados a manter o livro na escola e nunca levá-lo para casa.
* A Needham High School violou uma lei de direitos dos pais ocultando uma assembleia geral em que uma garota descrevia seu primeiro beijo lésbico e exaltava o lesbianismo. Os professores continuaram a discussão de volta à sala de aula. Também desrespeitaram a lei ao omitir para os alunos seu direito de não estarem presentes. Mais tarde, o orientador do clube gay anunciou, em linguagem pobre, que a decisão dos pais de retirar seus filhos da escola no ano letivo seguinte não seria respeitada, uma vez que a “assembleia (não ensinou) crenças morais ou religiosas”.
* Após uma “Semana Anti-homofobia” com reuniões obrigatórias em Beverly, uma aluna de 14 anos acusou o próprio pai de “homofóbico”. Ela havia aprendido que os homossexuais têm o direito de se casar e adotar filhos. Os pais não foram avisados. Um garoto escreveu para um jornal local: “Me senti perturbado e enojado. Testemunhei depoimentos preconceituosos de gays e o público ridicularizando um padre no nosso auditório”.
* Um pai em Beverly tirou seu filho da escola após descobrir o conteúdo de um programa de 4 dias sobre “assédio sexual” que cancelou a aula de álgebra. O professor encorajou o aluno a voltar, dizendo: “Seus pais não precisam saber”.
* Em Manomet, um professor de educação física distribuiu um material que, conforme um aluno do oitavo ano, violava as crenças dos seus pais. “Se tiver algum problema com seus pais, me conte e eu vou lidar com eles”, respondeu o professor.
* Um diretor de uma escola em Newton se recusou a excluir crianças de um programa de distribuição de camisinhas, dizendo aos pais: “É importante demais”.
A mídia local reporta esse tipo de história com relutância, usando títulos como “Mãe de aluno local se irrita com aulas de educação sexual”. Eles desviam o foco da provocação para a reação. Imaginem a mesma fórmula usada para descrever o escândalo de Watergate: “Partidários democratas criticam Casa Branca”.
Em 8 de julho de 2001, em um artigo do Boston Globe intitulado “Mais escolas abordam assuntos gays”, Kozuch relatava seus esforços para usar as escolas para modelar a visão das crianças sobre a homossexualidade por trás da vigilância dos pais.
“É por baixo dos panos”, afirmava. “A ideia é que queremos tratar de assuntos (bissexuais, homossexuais e transexuais) como uma norma padrão".
Distribuir pornografia gay para os filhos dos outros não costumava ser chamado de “tratar de assuntos”, afirmam os críticos. E quem disse para as escolas abordarem o sexo anal?
“A comunidade precisa por fim à sabotagem ao desenvolvimento moral das crianças onde o movimento homossexual radical ganha controle do currículo escolar”, afirma Lehrman, ex-presidente da Força-Tarefa para Religião e Saúde Mental da New York Federation of Jewish Philanthropies.
Alguns militantes homossexuais se sentem cada vez mais “chamados” para a missão de angariar seguidores. Programas de “tolerância” pedindo ajuda a crianças gays (crianças gays?) servem para encobrir a distribuição de materiais obscenos e a orientação de alunos para a homossexualidade.
Comentários em tom de superioridade de alguns educadores sugerem que a inocência é algo que deve ser removido. Sentem que o fato de uma criança não saber sobre a sodomia é algo que deve ser corrigido. Acreditam que toda criança precisa e tem o direito de saber o que os homossexuais fazem uns com os outros, e que isso é equivalente ao casamento dos seus pais. “Não deixem nenhuma criança ficar de fora”.
Blumenfeld escreveu, a respeito da introdução da educação universal do Estado em Massachusetts no século XIX, que a resistência ferrenha de pais e eleitores só poderia ser superada por um juramento solene do estado de se limitar aos assuntos acadêmicos. O direito dos pais de guiar a educação moral dos seus filhos era garantida. Mas isso foi lá no passado, quando os filhos pertenciam aos seus pais.
Clossey recebeu uma carta do promotor local lhe informando que as escolas, livrarias e os museus de Massachusetts não estavam sujeitos às leis que proibiam a exposição de crianças à pornografia.
Está na hora de tornar esse atentado contra a inocência das nossas crianças um crime federal, com punições triplicadas para “educadores”.
Tradução: Luis Gustavo Gentil
Título original: It's 1984 in Massachusetts – And Big Brother Is Gay
John Haskins, 20 Outubro 2011
LEGALIZAÇÃO DO HOMESCHOOLING: DOIS PROJETOS REJEITADOS
Artigos - Educação
A Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara dos Deputados reuniu-se ontem, 19/10/2011, e deliberou sobre os Projetos de Lei 3518/2008 e 4122/2008, que propunham a regulamentação legal (ou legalização explícita) do ensino domiciliar no Brasil.
A discussão baseou-se no relatório do Dep. Waldir Maranhão (PP/MA), que recomendou a rejeição dos dois projetos.
Por unanimidade, os deputados presentes aprovaram o parecer -- ou seja, os dois projetos de lei foram rejeitados. Dessa forma, por ora o ensino domiciliar no Brasil continuará ausente da legislação brasileira.
O histórico da tramitação está nesta página: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=398589
Segundo a ata oficial, disponível em http://www.camara.gov.br/internet/ordemdodia/integras/930948.htm,
Felipe Ortiz, 21 Outubro 2011
A Comissão de Educação e Cultura (CEC) da Câmara dos Deputados reuniu-se ontem, 19/10/2011, e deliberou sobre os Projetos de Lei 3518/2008 e 4122/2008, que propunham a regulamentação legal (ou legalização explícita) do ensino domiciliar no Brasil.
A discussão baseou-se no relatório do Dep. Waldir Maranhão (PP/MA), que recomendou a rejeição dos dois projetos.
Por unanimidade, os deputados presentes aprovaram o parecer -- ou seja, os dois projetos de lei foram rejeitados. Dessa forma, por ora o ensino domiciliar no Brasil continuará ausente da legislação brasileira.
O histórico da tramitação está nesta página: http://www.camara.gov.br/proposicoesWeb/fichadetramitacao?idProposicao=398589
Segundo a ata oficial, disponível em http://www.camara.gov.br/internet/ordemdodia/integras/930948.htm,
Felipe Ortiz, 21 Outubro 2011
TRÊS COMENTÁRIOS A TRÊS ABSURDOS
Artigos - Conservadorismo
Analisar a economia sem examinar os valores que se mantêm ou se perdem na sociedade é bobagem sem tamanho, bastante praticada por economistas esquerdistas e liberais, mais próximos um do outro do que se pensa.
Um:
A educação brasileira está no fundo do poço. Esse poço tem dois nomes compostos: Doutrinamento Esquerdista e Pornografia Explícita.
Veja o vídeo do senador Demóstenes Torres, do dia 21 de junho deste ano, que descreve (com citações) algumas obras aprovadas pelo MEC para as escolas públicas e trema de horror ao pensar no estado mental e emocional das crianças expostas àquilo.
Eu tremi. E nunca é demais enfatizar: LEGALIZAÇÃO DO HOMESCHOOLING JÁ! O governo não tem competência, nem sabedoria, nem lisura para educar nossos filhos!
Dois:
Leio aqui que a Europa está ficando vertiginosamente mais pobre. De três anos para cá, o desemprego e a queda na renda são males generalizados. Por trás dessa decadência, há causas que raramente são citadas nas análises. A mais decisiva é o banimento cada vez maior do substrato cristão na cultura.
Embora esse substrato em si não converta ninguém (pois a conversão é um fenômeno espiritual, não cultural), os países influenciados pelo cristianismo são abençoados pela graça comum de Deus, que se revela nas leis e em sua aplicação (freios para o pecado), na liberdade individual (pois o Deus cristão está acima dos consensos humanos e valoriza cada ser humano independentemente desses consensos), na proteção aos mais fracos (pobres, viúvas, órfãos) etc.
Não é à toa que o comunismo (que dá superpoderes aos governantes e esmaga o indivíduo) só floresce em meio ao materialismo ateu. (O comunismo não respeita indivíduo algum, nem o pobre, nem a viúva, nem o órfão.)
Quando esse substrato cristão é varrido para longe, o resultado é desastroso: sem os limites bíblicos na cultura, há o consequente relativismo; os homens se sentem livres para dar curso a tudo o que não presta (ganância, imoralidade, violência); as leis refletem essa falta de limites e se tornam frouxas e vazias, dando lugar à impunidade; sem um Supremo Juiz e um horizonte transcendente, não há estímulos para levar-se a vida de modo honesto e simples (e aqui entram em cena as drogas, a promiscuidade e todo modo de vida destrutivo).
Tudo isso tem seu peso sobre a economia, que se subordina à liberdade, à transparência nas relações humanas, à subjetividade. A economia (tal como muitas outras atividades humanas: a educação e a constituição da família, por exemplo) depende diretamente da disposição interior para o sacrifício do bem imediato pelo bem duradouro.
E nossa sociedade, sem Deus, tem se esfacelado em um hedonismo suicida. Um dos maiores exemplos - e que também se reflete na economia - é o aborto praticado à solta, que amputa as famílias, envelhece a população e perpetua uma extrema insensibilidade, um pessimismo abissal, diante da vida.
E, por fim, o esquerdismo generalizado falseia a realidade, desorienta a mente e promove, entre os líderes, as decisões erradas, quando não moralmente espúrias, desestabilizando as gerações seguintes.
Analisar a economia sem examinar os valores que se mantêm ou se perdem na sociedade é bobagem sem tamanho, bastante praticada por economistas esquerdistas e liberais, mais próximos um do outro do que se pensa. Precisamos clamar a Deus pelo Brasil. Aqui, a igreja, se santificar-se, ainda pode fazer a diferença para que não sigamos rumo ao mesmo buraco.
Três:
Alejandro Peña Esclusa, escritor conservador de oposição na Venezuela, foi preso sem julgamento sob ridículas e infundadas acusações de terrorismo. É o famoso método cubano adaptado para a Venezuela: quando o elemento perturbador do sistema é razoavelmente conhecido, não o matam, mas o prendem e o deixam morrer (como descrevi aqui).
Peña Esclusa está doente, com câncer na próstata. A doença estava sob controle até o momento em que, encarcerado, ele não pôde mais tomar os remédios. Está na prisão há um ano e o câncer, sem tratamento, continua evoluindo.
Leiam mais notícias sobre o caso no blog de minha amiga Graça Salgueiro, o Notalatina. O Paraguai já aprovou uma petição formal para que Peña Esclusa seja liberto. O que faz o Brasil, ainda enaltecendo os ditadores da América Latina e completamente surdo à injustiça da perseguição política sob regimes comunistas? O que faz a igreja, que não levanta a voz a favor dos oprimidos nesses regimes, sejam eles cristãos ou não? Vamos acordar!
O detalhe impressionante nessa história de Peña Esclusa é que o presidente Hugo Chávez, como agora se sabe, confirmou que está com câncer. Claro, ele está sendo tratado - em Cuba. Seu longo sumiço da vida pública dá a entender que a doença é grave. Talvez seja um pequeno aviso de Deus. Talvez.
Norma Braga, 11 Julho 2011
Analisar a economia sem examinar os valores que se mantêm ou se perdem na sociedade é bobagem sem tamanho, bastante praticada por economistas esquerdistas e liberais, mais próximos um do outro do que se pensa.
Um:
A educação brasileira está no fundo do poço. Esse poço tem dois nomes compostos: Doutrinamento Esquerdista e Pornografia Explícita.
Veja o vídeo do senador Demóstenes Torres, do dia 21 de junho deste ano, que descreve (com citações) algumas obras aprovadas pelo MEC para as escolas públicas e trema de horror ao pensar no estado mental e emocional das crianças expostas àquilo.
Eu tremi. E nunca é demais enfatizar: LEGALIZAÇÃO DO HOMESCHOOLING JÁ! O governo não tem competência, nem sabedoria, nem lisura para educar nossos filhos!
Dois:
Leio aqui que a Europa está ficando vertiginosamente mais pobre. De três anos para cá, o desemprego e a queda na renda são males generalizados. Por trás dessa decadência, há causas que raramente são citadas nas análises. A mais decisiva é o banimento cada vez maior do substrato cristão na cultura.
Embora esse substrato em si não converta ninguém (pois a conversão é um fenômeno espiritual, não cultural), os países influenciados pelo cristianismo são abençoados pela graça comum de Deus, que se revela nas leis e em sua aplicação (freios para o pecado), na liberdade individual (pois o Deus cristão está acima dos consensos humanos e valoriza cada ser humano independentemente desses consensos), na proteção aos mais fracos (pobres, viúvas, órfãos) etc.
Não é à toa que o comunismo (que dá superpoderes aos governantes e esmaga o indivíduo) só floresce em meio ao materialismo ateu. (O comunismo não respeita indivíduo algum, nem o pobre, nem a viúva, nem o órfão.)
Quando esse substrato cristão é varrido para longe, o resultado é desastroso: sem os limites bíblicos na cultura, há o consequente relativismo; os homens se sentem livres para dar curso a tudo o que não presta (ganância, imoralidade, violência); as leis refletem essa falta de limites e se tornam frouxas e vazias, dando lugar à impunidade; sem um Supremo Juiz e um horizonte transcendente, não há estímulos para levar-se a vida de modo honesto e simples (e aqui entram em cena as drogas, a promiscuidade e todo modo de vida destrutivo).
Tudo isso tem seu peso sobre a economia, que se subordina à liberdade, à transparência nas relações humanas, à subjetividade. A economia (tal como muitas outras atividades humanas: a educação e a constituição da família, por exemplo) depende diretamente da disposição interior para o sacrifício do bem imediato pelo bem duradouro.
E nossa sociedade, sem Deus, tem se esfacelado em um hedonismo suicida. Um dos maiores exemplos - e que também se reflete na economia - é o aborto praticado à solta, que amputa as famílias, envelhece a população e perpetua uma extrema insensibilidade, um pessimismo abissal, diante da vida.
E, por fim, o esquerdismo generalizado falseia a realidade, desorienta a mente e promove, entre os líderes, as decisões erradas, quando não moralmente espúrias, desestabilizando as gerações seguintes.
Analisar a economia sem examinar os valores que se mantêm ou se perdem na sociedade é bobagem sem tamanho, bastante praticada por economistas esquerdistas e liberais, mais próximos um do outro do que se pensa. Precisamos clamar a Deus pelo Brasil. Aqui, a igreja, se santificar-se, ainda pode fazer a diferença para que não sigamos rumo ao mesmo buraco.
Três:
Alejandro Peña Esclusa, escritor conservador de oposição na Venezuela, foi preso sem julgamento sob ridículas e infundadas acusações de terrorismo. É o famoso método cubano adaptado para a Venezuela: quando o elemento perturbador do sistema é razoavelmente conhecido, não o matam, mas o prendem e o deixam morrer (como descrevi aqui).
Peña Esclusa está doente, com câncer na próstata. A doença estava sob controle até o momento em que, encarcerado, ele não pôde mais tomar os remédios. Está na prisão há um ano e o câncer, sem tratamento, continua evoluindo.
Leiam mais notícias sobre o caso no blog de minha amiga Graça Salgueiro, o Notalatina. O Paraguai já aprovou uma petição formal para que Peña Esclusa seja liberto. O que faz o Brasil, ainda enaltecendo os ditadores da América Latina e completamente surdo à injustiça da perseguição política sob regimes comunistas? O que faz a igreja, que não levanta a voz a favor dos oprimidos nesses regimes, sejam eles cristãos ou não? Vamos acordar!
O detalhe impressionante nessa história de Peña Esclusa é que o presidente Hugo Chávez, como agora se sabe, confirmou que está com câncer. Claro, ele está sendo tratado - em Cuba. Seu longo sumiço da vida pública dá a entender que a doença é grave. Talvez seja um pequeno aviso de Deus. Talvez.
Norma Braga, 11 Julho 2011
PREMIO NOBEL RECUSA "NOVA RELIGIÃO" DE MITOS SOBRE O "AQUECIMENTO GLOGAL"
Artigos - Ambientalismo
Ivar Giaever, Prêmio Nobel de Física 1973 renunciou à famosa American Physical Society (APS) em 13 de setembro de 2011 como forma de condenar a posição oficial da associação sobre o aquecimento global.
Giaever é professor emérito do Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy, Nova York, e da Universidade de Oslo.
Em 2007, a APS adoptou uma declaração oficial segundo a qual as atividades humanas estão mudando o clima da Terra.
“As evidências são incontestáveis: O aquecimento global está ocorrendo”, afirmava o documento repelido pelo Prêmio Nobel.
“Se não forem empreendidas ações mitigadoras provavelmente acontecerão rupturas significativas nos sistemas físicos e ecológicos da Terra, nos sistemas sociais, atingindo a segurança e a aúde humana. Precisamos reduzir as emissões de gases de efeito estufa a partir de agora”, martelava o documento.
Giaever enviou um e-mail para Kate Kirby chefe da APS explicando que “ele não pode conviver com essa declaração” quando a temperatura global continua “surpreendentemente estável”.
Na APS, explicou o cientista, pode-se discutir todos os temas científicos, menos um que é tratado como tabu intocàvel: “o aquecimento global deve ser tratado como evidência indiscutível?”
“A alegação de que a temperatura da Terra passou de 288,0 para 288,8 graus Kelvin em cerca de 150 anos, se for verdade significa que a temperatura tem sido surpreendentemente estável, e a saúde humana e a felicidade melhoraram indiscutivelmente neste período de 'aquecimento'”, acrescentou o Prêmio Nobel.
Para Giaever “o aquecimento global tornou-se uma nova religião.”
“Ouvimos muitas advertências semelhantes sobre a chuva ácida, há 30 anos e o buraco de ozônio de 10 anos atrás ou o desmatamento”, defende ele apontando que as profecias catastrofistas não se verificaram.
“O aquecimento global tornou-se uma nova religião. Nós freqüentemente ouvimos falar do número de cientistas que o apoiam. Mas o número não é importante:... Só importa saber se os cientistas estão corretos. E, realmente nós não sabemos no que é que consiste o efeito real da atividade humana sobre o temperatura global”, acrescentou.
Giaever é um dos cientistas mais proeminentes citados no Minority Report 2007 da Comissão do Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado dos EUA (atualizado em 2009).
Ele figura entre os 400 “cientistas dissidentes” que denunciaram em nanifesto o mito do “aquecimento global” e que hoje aumentaram para 700.
Giaever também foi um dos mais de 100 co-signatários da carta de 30 de março de 2009 ao presidente Barack Obama, criticando sua postura sobre o aquecimento global.
Luis Dufaur, 21 Outubro 2011
Ivar Giaever, Prêmio Nobel de Física 1973 renunciou à famosa American Physical Society (APS) em 13 de setembro de 2011 como forma de condenar a posição oficial da associação sobre o aquecimento global.
Giaever é professor emérito do Rensselaer Polytechnic Institute, em Troy, Nova York, e da Universidade de Oslo.
Em 2007, a APS adoptou uma declaração oficial segundo a qual as atividades humanas estão mudando o clima da Terra.
“As evidências são incontestáveis: O aquecimento global está ocorrendo”, afirmava o documento repelido pelo Prêmio Nobel.
“Se não forem empreendidas ações mitigadoras provavelmente acontecerão rupturas significativas nos sistemas físicos e ecológicos da Terra, nos sistemas sociais, atingindo a segurança e a aúde humana. Precisamos reduzir as emissões de gases de efeito estufa a partir de agora”, martelava o documento.
Giaever enviou um e-mail para Kate Kirby chefe da APS explicando que “ele não pode conviver com essa declaração” quando a temperatura global continua “surpreendentemente estável”.
Na APS, explicou o cientista, pode-se discutir todos os temas científicos, menos um que é tratado como tabu intocàvel: “o aquecimento global deve ser tratado como evidência indiscutível?”
“A alegação de que a temperatura da Terra passou de 288,0 para 288,8 graus Kelvin em cerca de 150 anos, se for verdade significa que a temperatura tem sido surpreendentemente estável, e a saúde humana e a felicidade melhoraram indiscutivelmente neste período de 'aquecimento'”, acrescentou o Prêmio Nobel.
Para Giaever “o aquecimento global tornou-se uma nova religião.”
“Ouvimos muitas advertências semelhantes sobre a chuva ácida, há 30 anos e o buraco de ozônio de 10 anos atrás ou o desmatamento”, defende ele apontando que as profecias catastrofistas não se verificaram.
“O aquecimento global tornou-se uma nova religião. Nós freqüentemente ouvimos falar do número de cientistas que o apoiam. Mas o número não é importante:... Só importa saber se os cientistas estão corretos. E, realmente nós não sabemos no que é que consiste o efeito real da atividade humana sobre o temperatura global”, acrescentou.
Giaever é um dos cientistas mais proeminentes citados no Minority Report 2007 da Comissão do Meio Ambiente e Obras Públicas do Senado dos EUA (atualizado em 2009).
Ele figura entre os 400 “cientistas dissidentes” que denunciaram em nanifesto o mito do “aquecimento global” e que hoje aumentaram para 700.
Giaever também foi um dos mais de 100 co-signatários da carta de 30 de março de 2009 ao presidente Barack Obama, criticando sua postura sobre o aquecimento global.
Luis Dufaur, 21 Outubro 2011
PRODURADOR-GERAL DA REPÚBLICA ACORDOU!
Procurador-geral da República desperta da letargia e diz que vai abrir inquérito contra Orlando Silva e Agnelo Queiroz.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, anuncia que deverá pedir nesta sexta-feira a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o ministro do Esporte, Orlando Silva, e seu antecessor no cargo, o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
Com se sabe, ambos são suspeitos de envolvimento no desvio de vultosos recursos do Programa Segundo Tempo, destinado ao incentivo da prática esportiva entre crianças e adolescentes.
Antes disso, segundo a repórter Carolina Brigido, de O Globo, o procurador quer avaliar o depoimento prestado pelo policial militar João Dias Ferreira à Polícia Federal. Nesse depoimento, Dias confirmou todas as acusações de participação do ministro nas irregularidades e deu novas informações.
“Ainda não vi o inquérito do STJ. De qualquer forma, a ideia é pedir que ele seja transferido para o STF provavelmente até amanhã (sexta-feira). Estava só querendo dar uma olhada antes no depoimento do João Dias à Polícia Federal. Vamos exatamente avaliar a parte que ele já prestou” – disse ontem o procurador, que ainda não cogita em fazer acordo para eventual delação premiada: “Ainda está cedo para a gente avaliar”.
Com a devida vênia, devemos registrar que o procurador-geral está funcionando em ritmo de Martinho da Vila – devagar, devagarzinho. Já existe um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) investigando Agnelo pelas supostas práticas de corrupção. Portanto, caso Gurgel realmente se manifeste, então essa investigação será automaticamente transferida para o STF e juntada com as apurações contra o ministro Orlando Silva, juntando no mesmo inquérito os dois ex-correligionários do PCdoB.
Gurgel esclareceu que, no primeiro momento das investigações, pedirá apenas diligências iniciais: “Nesse momento, provavelmente não haverá quebra de sigilos, apenas coleta de informações administrativas, sobre o programa”.
Como recordar é viver, é sempre bom lembrar que em junho, no primeiro escândalo do governo, Gurgel considerou “inocente” o então ministro Antonio Palocci e não abriu inquérito contra ele. Mas logo em seguida teve o dissabor de presenciar seus subordinados da seção da Procuradoria no Distrito Federal desrespeitarem sua autoridade e abrirem, eles próprios, um inquérito contra Palocci, que está em franco andamento. Como se sabe, autoridade que não se dá ao respeito, não pode mesmo ser respeitada.
Carlos Newton
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, anuncia que deverá pedir nesta sexta-feira a abertura de inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF) para investigar o ministro do Esporte, Orlando Silva, e seu antecessor no cargo, o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz.
Com se sabe, ambos são suspeitos de envolvimento no desvio de vultosos recursos do Programa Segundo Tempo, destinado ao incentivo da prática esportiva entre crianças e adolescentes.
Antes disso, segundo a repórter Carolina Brigido, de O Globo, o procurador quer avaliar o depoimento prestado pelo policial militar João Dias Ferreira à Polícia Federal. Nesse depoimento, Dias confirmou todas as acusações de participação do ministro nas irregularidades e deu novas informações.
“Ainda não vi o inquérito do STJ. De qualquer forma, a ideia é pedir que ele seja transferido para o STF provavelmente até amanhã (sexta-feira). Estava só querendo dar uma olhada antes no depoimento do João Dias à Polícia Federal. Vamos exatamente avaliar a parte que ele já prestou” – disse ontem o procurador, que ainda não cogita em fazer acordo para eventual delação premiada: “Ainda está cedo para a gente avaliar”.
Com a devida vênia, devemos registrar que o procurador-geral está funcionando em ritmo de Martinho da Vila – devagar, devagarzinho. Já existe um inquérito no Superior Tribunal de Justiça (STJ) investigando Agnelo pelas supostas práticas de corrupção. Portanto, caso Gurgel realmente se manifeste, então essa investigação será automaticamente transferida para o STF e juntada com as apurações contra o ministro Orlando Silva, juntando no mesmo inquérito os dois ex-correligionários do PCdoB.
Gurgel esclareceu que, no primeiro momento das investigações, pedirá apenas diligências iniciais: “Nesse momento, provavelmente não haverá quebra de sigilos, apenas coleta de informações administrativas, sobre o programa”.
Como recordar é viver, é sempre bom lembrar que em junho, no primeiro escândalo do governo, Gurgel considerou “inocente” o então ministro Antonio Palocci e não abriu inquérito contra ele. Mas logo em seguida teve o dissabor de presenciar seus subordinados da seção da Procuradoria no Distrito Federal desrespeitarem sua autoridade e abrirem, eles próprios, um inquérito contra Palocci, que está em franco andamento. Como se sabe, autoridade que não se dá ao respeito, não pode mesmo ser respeitada.
Carlos Newton
MAIS UMA HISTÓRIA DE PETISTA...
O ator José de Abreu diz que “Civita (editora Abril) avisou ao PT que derrubará Dilma”
Eduardo Guimarães
No último domingo, o ator José de Abreu, esse simpaticíssimo sessentão paulista de Santa Rita do Passa Quatro, soltou uma nota no Twitter que, desde então, vem sendo objeto de curiosidade e de intensos debates na internet, devido ao teor explosivo que encerra.
Diante da enormidade que é haver dado concreto sobre uma premissa que todos os que se interessam por política já intuíam diante do comportamento da revista Veja nos últimos tempos, sobretudo após o caso escabroso em que um repórter desse veículo tentou invadir o apartamento do ex-ministro José Dirceu em um hotel de Brasília, decidi entrevistar o autor de tão interessante informação.
Conversei com Abreu por telefone durante cerca de 40 minutos. Foi mais um bate-papo informal. Girou, basicamente, em torno da informação que o ator obteve, mas enveredou por sua visão sobre como e por que um empresário do setor de comunicação ousa mandar ao governo do país um recado dessa magnitude, em termos de arrogância.
Segundo Abreu, a informação lhe foi passada por um petista graúdo que procurou a direção da Veja logo após a tentativa de invasão do apartamento de Dirceu. O emissário não teria procurado a revista em nome do governo, mas, sim, em nome do PT. Ainda segundo o entrevistado, essas conversas de petistas e até do governo com a mídia ocorrem institucionalmente e com frequência.
A tal “raposa felpuda” do PT teria ponderado com a direção da Veja que precisaria haver limites, que a revista estaria passando da conta. Enfim, teria sido a tentativa de um pacto de convivência mínimo. Aliás, informação relevante do entrevistado foi a de que esse pacto até já existe e é por isso que Dilma vem sendo poupada pela mídia, apesar dos ataques ao seu governo.
A resposta veio de cima, do próprio Roberto Civita, e foi a de que não haveria acordo: a Veja pretende derrubar o governo Dilma. As razões para isso não foram explicadas, apesar de que o interlocutor de Abreu diz que o dono da Veja está enfurecido com os sucessivos governos do PT que, nos últimos 9 anos, tiraram da grande mídia montanhas de dinheiro público.
Sempre segundo o entrevistado, apesar de muitos acharem que o governo “dá dinheiro” à mídia (via publicidade oficial) apesar de ser fustigado por ela, nos últimos 9 anos a publicidade do governo federal, enfim, tudo que o governo gasta com comunicação passou a pingar nos cofres midiáticos em proporção infinitamente menor do que jorrava até 2002.
De fato, de 2003 para cá esse bilhão de reais que o governo gasta oficialmente em comunicação, que até aquele ano era dividido entre 500 veículos, hoje irriga cerca de oito mil veículos, muitos deles com linha editorial totalmente inversa à dos grandes meios de comunicação que até o advento da eleição de Lula, em 2002, mamavam tranquilamente. E sozinhos.
Abreu também diz que essa coexistência de bastidores entre adversários políticos (imprensa tucana, de um lado, e PT e governos petistas de outro) se deve a um fato inegável: os políticos precisam da mídia e isso fica claro quando a gente se surpreende ao ver petistas, os mais alvejados por esses veículos, concedendo cordiais entrevistas aos seus algozes.
Particularmente, este blog (Blog da Cidadania) não se surpreendeu com as revelações de José de Abreu. As marchas contra a corrupção, o objetivo claro de impedir o funcionamento do governo lançando matérias incessantes só contra o governo federal enquanto escândalos enormes como o das emendas dos deputados estaduais paulistas recebem espaço quase zero, mostram que a mídia pretende inviabilizar o governo Dilma Rousseff.
Mais uma vez, digo a quem não acredita: se o cavalo do golpe passar selado, a mídia monta sem pensar. E, agora, tenho até evidências concretas para fundamentar meu ponto de vista. Será, então, que o PT e o governo Dilma vão ficar sentados esperando o golpe? Querem a minha opinião? Acho que vão. Eles ainda acreditam que podem se entender.
***
NOTA DO EDITOR
O jornalista Sergio Caldieri nos enviou este artigo, que repercute a denúncia do ator Jose de Abreu, conhecido militante petista, muito ligado à direção do partido.
Publicamos o artigo, em respeito a Caldieri e em nome da liberdade de expressão, mas na condição de editor do Blog da Tribuna, pessoalmente digo que é muito difícil acreditar que um experiente empresário da comunicação como Roberto Civita tenha feito uma afirmação peremptória como essa a um dirigente do PT.
É mais fácil acreditar que Civita tenha declarado que não pode impedir que a Redação da Veja faça denúncias de irregularidades, desde que sejam comprovadas.
E o tal dirigente do PT pode ter exagerado na versão e até esteja usando a amizade com José de Abreu para atacar a Veja.
Como ensinava Machado de Assis, “quem conta um conto sempre aumenta um ponto”.
Carlos Newton
MINISTRO ORLANDO SILVA ESTÁ SENDO DEMITIDO AGORA
O ministro do Esporte Orlando Silva acaba de chegar ao Palácio do Planalto para se reunir com a presidente Dilma Rousseff. Traduzindo: está sendo demitido agora, segundo o colunista Jorge Bastos Moreno, de O Globo, que publicou hoje no twiter a informação de que a presidente considera a situação do ministro insustentável e sugeriu a ele que peça logo demissão
Assegurando que o Ministério do Esporte permanecerá com o PCdoB, Dilma disse ao ministro para entregar o cargo antes que as revistas do fim de semana cheguem às bancas, com novas denúncias contra ele.
Carlos Newton
.....................................................................
Dilma diz que Orlando Silva é honesto e confirma o ministro no cargo.
O Jornal Nacional, Rede Globo, anunciou as 21h desta sexta-feira que a presidente Dilma Roussef decidiu manter o ministro Orlando Silva no cargo. Ela aceitou as explicações do ministro e mandou-o seguir em frente.
. O ministro do Esporte, Orlando SIlva, permanecerá no comando da pasta. Pelo menos por enquanto. Após reunião com a presidente Dilma Rousseff, na noite desta sexta-feira, no Palácio do Planalto, o ministro comunicou à imprensa que não deixará o posto.
"A presidente Dilma demonstrou confiança em mim e recomendou que eu continuasse meu trabalho", disse, em breve entrevista coletiva à imprensa, após a reunião com a presidente.
. "Na gestão pública pode haver erro. O papel do gestor público é corrigir esses erros", declarou Orlando SIlva.
O ministro chamou o policial militar João Dias Ferreira, que o acusou de participar de um esquema de corrupção na pasta, de "caluniador". E repetiu que não há provas contra ele. "Os caluniadores que me atacam o fazem por que combatemos os males praticados por eles".
Assegurando que o Ministério do Esporte permanecerá com o PCdoB, Dilma disse ao ministro para entregar o cargo antes que as revistas do fim de semana cheguem às bancas, com novas denúncias contra ele.
Carlos Newton
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Dilma diz que Orlando Silva é honesto e confirma o ministro no cargo.
O Jornal Nacional, Rede Globo, anunciou as 21h desta sexta-feira que a presidente Dilma Roussef decidiu manter o ministro Orlando Silva no cargo. Ela aceitou as explicações do ministro e mandou-o seguir em frente.
. O ministro do Esporte, Orlando SIlva, permanecerá no comando da pasta. Pelo menos por enquanto. Após reunião com a presidente Dilma Rousseff, na noite desta sexta-feira, no Palácio do Planalto, o ministro comunicou à imprensa que não deixará o posto.
"A presidente Dilma demonstrou confiança em mim e recomendou que eu continuasse meu trabalho", disse, em breve entrevista coletiva à imprensa, após a reunião com a presidente.
. "Na gestão pública pode haver erro. O papel do gestor público é corrigir esses erros", declarou Orlando SIlva.
O ministro chamou o policial militar João Dias Ferreira, que o acusou de participar de um esquema de corrupção na pasta, de "caluniador". E repetiu que não há provas contra ele. "Os caluniadores que me atacam o fazem por que combatemos os males praticados por eles".
EPÍLOGO PARA UM ESCÂNDALO
CENÁRIO POLÍTICO EFERVESCENTE JÁ ANTECIPA O EPÍLOGO PARA O ESCÂNDALO DA CORRUPÇÃO NO MINISTÉRIO DO ESPORTE. ORLANDO CAI.
Os leitores que prestigiam o blog notaram que foram poucas as atualizações e nada de novo durante o decorrer o dia. É que tive que tirar um tempo para tratar de coisas impostergáveis e depois emendei a programação para ouvir três excelentes palestras do projeto Liberdade na Estrada, promovido pela OrdemLivre.org, assunto que abordarei depois.
Assim, enquanto perambulava por aí Kadafi se foi. Deverei também mais adiante me reportar ao fato quando a poeira já tiver baixado e os fatos ficarem mais claros. Antecipo que não vejo qualquer qualquer sinal de "primavera líbia".
Me socorri de cara, logo que fiz o poderoso iMAC brilhar há poucos minutos, com uma leitura dinâmica no site de Veja e no blog do incansável Reinaldo Azevedo, disparado o melhor blog alojado em portal da grande Imprensa brasileira. Leiam.
Aluizio Amorim
Está previsto um encontro hoje entre o ministro Orlando Silva, do Esporte, e a presidente Dilma Rousseff. O entorno de Silva já jogou a toalha. Acha que não há mais nada a fazer. No próprio governo, considera-se que o assunto ganhou aquela dinâmica que não tem retorno: as denúncias não vão parar porque os fatos, antes mesmo do depoimento do PM João Dias Ferreira à VEJA, já eram bastante graves. É muito provável que Silva tenha, como dizer?, herdado uma forma de fazer as coisas de seu antecessor, Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal, hoje no PT. Mas foi na sua gestão que o caldo entornou.
Dois nomes correm nos corredores de Brasília para substituir Orlando Silva: Franklin Martins (acreditem!) e Henrique Meirelles, que se filiou há poucos dias ao PSD. O primeiro, a despeito de dificuldades, faz sentido. O outro seria Dilma procurando sarna pra se coçar, como a gente diz lá na valente Dois Córregos. O ex-presidente do BC está na presidência do Conselho Público Olímpico (CPO), e já houve sondagens para que assumisse o Conselho da Copa do Mundo de 2014. As relações entre o governo brasileiro e a Fifa, no momento, são as piores possíveis. Ele poderia facilitar essa conversa.
Até há duas semanas, seria algo mais tranqüilo. Agora é filiado ao PSD e peça no xadrez da sucessão na cidade de São Paulo. Caso não se consiga costurar um acordo entre PSDB e PSD, Gilberto Kassab gostaria de tê-lo como candidato. Mas também não é mau negócio para o partido um Meirelles no Esporte. “Mas e aquela promessa de Kassab de que o partido não aceita ministério?” Bem, não seria difícil explicar que as relações do ex-presidente do BC com o governo são anteriores à sua filiação e que seria uma escolha da presidente, sem qualquer compromisso com a legenda.
A base aliada anda cheia de desassossegos, como sabemos: há descontentamentos para todos os lados. Um PSD ainda que não governista, mas próximo, não seria ruim para Dilma. Quanto a Franklin Martins, ex-ministro da Supressão da Verdade, dizer o quê? Governantes fazem coisas idiotas às vezes, não é? Dilma não está livre desse risco. Não encontro uma só justificativa razoável para isso. A Copa do Mundo está precisando de gente para a negociação, não para o confronto.
Não estou fazendo aposta nenhuma! Só estou informando o que circula em Brasília.
Reinaldo Azevedo
Os leitores que prestigiam o blog notaram que foram poucas as atualizações e nada de novo durante o decorrer o dia. É que tive que tirar um tempo para tratar de coisas impostergáveis e depois emendei a programação para ouvir três excelentes palestras do projeto Liberdade na Estrada, promovido pela OrdemLivre.org, assunto que abordarei depois.
Assim, enquanto perambulava por aí Kadafi se foi. Deverei também mais adiante me reportar ao fato quando a poeira já tiver baixado e os fatos ficarem mais claros. Antecipo que não vejo qualquer qualquer sinal de "primavera líbia".
Me socorri de cara, logo que fiz o poderoso iMAC brilhar há poucos minutos, com uma leitura dinâmica no site de Veja e no blog do incansável Reinaldo Azevedo, disparado o melhor blog alojado em portal da grande Imprensa brasileira. Leiam.
Aluizio Amorim
Está previsto um encontro hoje entre o ministro Orlando Silva, do Esporte, e a presidente Dilma Rousseff. O entorno de Silva já jogou a toalha. Acha que não há mais nada a fazer. No próprio governo, considera-se que o assunto ganhou aquela dinâmica que não tem retorno: as denúncias não vão parar porque os fatos, antes mesmo do depoimento do PM João Dias Ferreira à VEJA, já eram bastante graves. É muito provável que Silva tenha, como dizer?, herdado uma forma de fazer as coisas de seu antecessor, Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal, hoje no PT. Mas foi na sua gestão que o caldo entornou.
Dois nomes correm nos corredores de Brasília para substituir Orlando Silva: Franklin Martins (acreditem!) e Henrique Meirelles, que se filiou há poucos dias ao PSD. O primeiro, a despeito de dificuldades, faz sentido. O outro seria Dilma procurando sarna pra se coçar, como a gente diz lá na valente Dois Córregos. O ex-presidente do BC está na presidência do Conselho Público Olímpico (CPO), e já houve sondagens para que assumisse o Conselho da Copa do Mundo de 2014. As relações entre o governo brasileiro e a Fifa, no momento, são as piores possíveis. Ele poderia facilitar essa conversa.
Até há duas semanas, seria algo mais tranqüilo. Agora é filiado ao PSD e peça no xadrez da sucessão na cidade de São Paulo. Caso não se consiga costurar um acordo entre PSDB e PSD, Gilberto Kassab gostaria de tê-lo como candidato. Mas também não é mau negócio para o partido um Meirelles no Esporte. “Mas e aquela promessa de Kassab de que o partido não aceita ministério?” Bem, não seria difícil explicar que as relações do ex-presidente do BC com o governo são anteriores à sua filiação e que seria uma escolha da presidente, sem qualquer compromisso com a legenda.
A base aliada anda cheia de desassossegos, como sabemos: há descontentamentos para todos os lados. Um PSD ainda que não governista, mas próximo, não seria ruim para Dilma. Quanto a Franklin Martins, ex-ministro da Supressão da Verdade, dizer o quê? Governantes fazem coisas idiotas às vezes, não é? Dilma não está livre desse risco. Não encontro uma só justificativa razoável para isso. A Copa do Mundo está precisando de gente para a negociação, não para o confronto.
Não estou fazendo aposta nenhuma! Só estou informando o que circula em Brasília.
Reinaldo Azevedo
MULHER DE ORLANDO SILVA RECEBEU DINHEIRO POR MEIO DE ONG COMANDADA POR FILIADOS DO PCdoB, PARTIDO DO MINISTRO
Documentos obtidos pelo Grupo Estado mostram que Anna Cristina Lemos Petta, mulher do ministro do Esporte, Orlando Silva, recebeu dinheiro da União por meio de uma ONG comandada por filiados ao PCdoB, partido do marido e ministro. É a própria Anna Petta quem assina o contrato entre a Hermana e a ONG Via BR, que recebeu R$ 278,9 mil em novembro do ano passado.
A Hermana é uma empresa de produção cultural criada pela mulher do ministro e sua irmã, Helena, e prestou serviços de assistente de pesquisa para documentário sobre a Comissão da Anistia. A empresa foi criada menos de 7 meses antes da assinatura do contrato com a entidade. Pelo trabalho, recebeu R$ 43,5 mil.
A ONG Via BR tem em seus quadros Adecir Mendes Fonseca e Delman Barreto da Silva, ambos filiados ao PC do B. A entidade também foi contratada em maio do ano passado pelo Ministério do Esporte, para promover a participação social na 3ª Conferência Nacional do Esporte. No negócio, recebeu mais R$ 272 mil.
Documentos obtidos pela reportagem do Grupo Estado mostram o curto espaço de tempo transcorrido entre a criação da empresa de Anna Petta e a celebração de convênio da ONG Via BR com o Ministério da Justiça. A Hermana foi criada apenas três meses antes da assinatura do convênio para a produção de documentário sobre a Comissão da Anistia e no mesmo mês em que a Via BR foi contratada pelo Ministério do Esporte.
A informação sobre negócios da União com a empresa de um familiar de Orlando Silva teria preocupado a presidente Dilma Rousseff, que deve se reunir ainda hoje com o ministro. Silva poderá deixar o Palácio do Planalto na condição de ex-ministro do Esporte.
Do portal RBS/Diário Catarinense
OS NOVOS TEMPOS E AS INOVAÇÕES
Uma de cada três paróquias episcopalianas desaparecerá antes de cinco anos, prevê um relatório
Clero casado, anticoncepção, divórcio, aborto, homossexualidade... os episcopalianos aceitam tudo. E, entretanto, não deixam de perder fiéis. O mesmo acontece com outros protestantes "progressistas": luteranos, presbiterianos e unitaristas.
A teologia "progressista" esvazia as paróquias. E a prova mais evidente é a Igreja Episcopal, os anglicanos do EUA, antigamente uma comunidade em crescimento, e agora em um declive tão grave que um terço de suas paróquias fecharão nos próximos cinco anos, segundo um recente relatório do portal anglicano conservador VirtueOnline que analisa os dados oficiais desta igreja.
A deriva "progressista”
Os episcopalianos aprovaram tudo o que os "progressistas" exigiam e mais. Mas isso não atraiu fiéis. No século XVI, o anglicanismo aceitou o clero casado. Em 1930, aceitaram a anticoncepção. Em 1976, os episcopalianos aprovaram o clero feminino. Em 1989, ordenou-se a primeira bispa episcopaliana. Em 1994, proibiu toda terapia para deixar a homossexualidade. Em 2000, aceitou-se o sexo fora do matrimônio. Em 2003 ordenaram como bispo a Gene Robinson, um senhor divorciado, com dois filhos, que vivia «maritalmente» com outro homem (este ano 2011 deixou o cargo). Em 2006 o episcopalianismo admitia o matrimônio homossexual. Em 2010 presumia ordenar em Los Anjos uma bispa lésbica. Em 1 de janeiro de 2011 um bispo episcopaliano casava com pompa midiático a duas sacerdotisas lésbicas episcopalianas, uma delas a famosa militante pro-aborto, Katherine Ragsdale.
Nada disso atraiu gente à sua igreja. Nesta deriva liberal, o episcopalianismo perdeu mais de 30 por cento de seus fiéis. Se em 2001 tinham 3,4 milhões de fiéis autodeclarados, em 2009 só eram 2 milhões. Trata-se, sobretudo, de que os velhos morrem e ninguém os substitui, e de que muitos outros deixam de ir à Igreja. Alguns vão para igrejas conservadoras.
As cifras que analisa o relatório do VirtueOnline são ainda mais terminantes. Mede a "assistência média dominical" (o número de fiéis que se podem contar um domingo dado nos serviços religiosos desse dia em cada templo). É um dado muito concreto. Pois bem, em 2010 eram apenas 683.000 os episcopalianos que podiam ser encontrados um domingo em suas igrejas. Em 2009 eram 705.000 e em 2008 eram 727.000. Perdem 20.000 paroquianos praticantes, reais, cada ano.
O relatório mostra, por exemplo, que há sete diocese com menos de mil fiéis praticantes reais, e outras sete que não chegam aos 2.000. Não dá para manter a cúria nem o bispo.
Uma de cada três paróquias (sobre um total de 6.800) não chega nem aos 40 assistentes dominicais, o qual faz que seja insustentável demográfica e economicamente e fechará antes de cinco anos, segundo o relatório. Além disso há 2.380 paróquias que têm entre 40 e 100 paroquianos dominicais... e terão que fechar devido ao envelhecimento: sua idade média é de sessenta anos. E há outras 1.450 paróquias, com entre 100 e 200 paroquianos de assistência dominical real, que poderiam manter-se se houvesse uma geração jovem de fiéis para sustentá-la, mas isso não se dá. Inclusive há 36 catedrais episcopalianas que não conseguem ver nem duzentos fiéis no domingo.
Os episcopalianos tentam dissimular suas cifras com suas missões no estrangeiro. Por exemplo, no muito pobre Haiti mantêm 99 paróquias com 16.000 fiéis praticantes, que provavelmente não sabem nada de bispas lésbicas. Isso significa que no Haiti há mais "episcopalianos" que somando 14 diocese do EUA (mais que somando Dakota do Norte, Alaska, Montana, Idaho, Utah, Kansas Ocidental, etc...). Em Honduras mantêm 140 comunidades (11.500 fiéis), 58 na República Dominicana (3.000 fiéis), 48 em Porto Rico (2.400 fiéis), etc... Num total, 40.000 fora dos Estados Unidos.
Cresce o anglicanismo conservador
As pessoas de tradição anglicana e moral conservadora fartas da deriva liberal do episcopalianismo têm várias opções. Por um lado, em 2008 se criou a Igreja Anglicana da América do Norte (ACNA), com uns cem mil fiéis e quase 700 paróquias. São conservadores em moral, pró-vida e pró-família, de estilo evangélico, fartos da perseguição ao que lhes submetiam desde 1997 as autoridades episcopalianas "progressistas".
Outra opção para os episcopalianos e anglicanos conservadores é somar-se aos "ordinariatos" católicos que o Papa tem proposto e que vão se criar a partir de grupos anglocatólicos, mantendo parte de sua liturgia e costumes.
"Progressistas" luteranos, presbiterianos e unitaristas... igual
A aliança de luteranos liberais dos Estados Unidos (a ELCA) permite oficialmente o aborto desde 1991. 50% de seus clérigos acreditam que o aborto deve ser legal na maior parte dos casos, 14% pensam que deve ser legal sempre e só 3% acreditam que deve ser ilegal. Nas suas paróquias ia o especialista em abortar casos de seis meses George Tiller, assassinado faz um par de anos. Em 1991 a ELCA tinha 5,2 milhões de paroquianos; em 2009 só ficavam 4,5 milhões de "batizados" e deles apenas 2,5 milhões de "membros ativos".
Os presbiterianos (PCUSA), que no ano 2000 contavam com 2,5 milhões de membros, em 2010 já só tinham 2 milhões. De 2006 a 2009 60 de suas paróquias partiram a outras denominações, enquanto que só 5 comunidades se uniram à PCUSA atraídas por sua deriva liberal. Hoje outras 200 paróquias e comunidades conservadoras pretendem criar a sua própria igreja, desde que este mesmo ano o sínodo presbiteriano decidisse que "as pessoas em relações do mesmo sexo podem ser candidatas à ordenação ou designação como diáconos, anciões ou ministros", sem lhes pedir nenhum compromisso, nem monogamia, nem heterossexualidade nem exclusividade.
A igreja mais liberal dos Estados Unidos é a unitarista (UCC, United Church of Christ), a que assistia Barack Obama até mudar-se a Washington. Segundo o relatório «Clergy Voices 2008», 79 por cento dos clérigos unitaristas acreditam que o aborto deve ser legal sempre ou quase sempre, 83 por cento está a favor de entregar meninos em adoção a casais homossexuais e 74 por cento destes eclesiásticos se define como «politicamente liberal» (nos EUA se chama «liberal» ao que na Europa chamamos «progressista»). A UCC, nascida em 1957, conta em Dallas com uma «catedral» dirigida especialmente a homossexuais com 3.500 fiéis. Em 2001, os unitaristas eram 1,3 milhões de norte-americanos; em 2008 só eram 736.000.
E na Inglaterra, o mesmo
No Reino Unido, de 50 milhões de habitantes, apenas 13,4 milhões se declaram anglicanos, e só 1 milhão vai ao serviço dominical. Segundo o relatório «Cost of Conscience» de 2002 que entrevistou a 2.000 clérigos anglicanos só uma de cada três sacerdotisas acredita na maternidade virginal da María, quase a metade nega que Jesus ressuscitou, 30% nega a Trindade e uma de cada quatro não acredita em «Deus Pai Todo-poderoso» nem em «Deus Espírito Santo».
Postado por Pedro Ravazzano
Clero casado, anticoncepção, divórcio, aborto, homossexualidade... os episcopalianos aceitam tudo. E, entretanto, não deixam de perder fiéis. O mesmo acontece com outros protestantes "progressistas": luteranos, presbiterianos e unitaristas.
A teologia "progressista" esvazia as paróquias. E a prova mais evidente é a Igreja Episcopal, os anglicanos do EUA, antigamente uma comunidade em crescimento, e agora em um declive tão grave que um terço de suas paróquias fecharão nos próximos cinco anos, segundo um recente relatório do portal anglicano conservador VirtueOnline que analisa os dados oficiais desta igreja.
A deriva "progressista”
Os episcopalianos aprovaram tudo o que os "progressistas" exigiam e mais. Mas isso não atraiu fiéis. No século XVI, o anglicanismo aceitou o clero casado. Em 1930, aceitaram a anticoncepção. Em 1976, os episcopalianos aprovaram o clero feminino. Em 1989, ordenou-se a primeira bispa episcopaliana. Em 1994, proibiu toda terapia para deixar a homossexualidade. Em 2000, aceitou-se o sexo fora do matrimônio. Em 2003 ordenaram como bispo a Gene Robinson, um senhor divorciado, com dois filhos, que vivia «maritalmente» com outro homem (este ano 2011 deixou o cargo). Em 2006 o episcopalianismo admitia o matrimônio homossexual. Em 2010 presumia ordenar em Los Anjos uma bispa lésbica. Em 1 de janeiro de 2011 um bispo episcopaliano casava com pompa midiático a duas sacerdotisas lésbicas episcopalianas, uma delas a famosa militante pro-aborto, Katherine Ragsdale.
Nada disso atraiu gente à sua igreja. Nesta deriva liberal, o episcopalianismo perdeu mais de 30 por cento de seus fiéis. Se em 2001 tinham 3,4 milhões de fiéis autodeclarados, em 2009 só eram 2 milhões. Trata-se, sobretudo, de que os velhos morrem e ninguém os substitui, e de que muitos outros deixam de ir à Igreja. Alguns vão para igrejas conservadoras.
As cifras que analisa o relatório do VirtueOnline são ainda mais terminantes. Mede a "assistência média dominical" (o número de fiéis que se podem contar um domingo dado nos serviços religiosos desse dia em cada templo). É um dado muito concreto. Pois bem, em 2010 eram apenas 683.000 os episcopalianos que podiam ser encontrados um domingo em suas igrejas. Em 2009 eram 705.000 e em 2008 eram 727.000. Perdem 20.000 paroquianos praticantes, reais, cada ano.
O relatório mostra, por exemplo, que há sete diocese com menos de mil fiéis praticantes reais, e outras sete que não chegam aos 2.000. Não dá para manter a cúria nem o bispo.
Uma de cada três paróquias (sobre um total de 6.800) não chega nem aos 40 assistentes dominicais, o qual faz que seja insustentável demográfica e economicamente e fechará antes de cinco anos, segundo o relatório. Além disso há 2.380 paróquias que têm entre 40 e 100 paroquianos dominicais... e terão que fechar devido ao envelhecimento: sua idade média é de sessenta anos. E há outras 1.450 paróquias, com entre 100 e 200 paroquianos de assistência dominical real, que poderiam manter-se se houvesse uma geração jovem de fiéis para sustentá-la, mas isso não se dá. Inclusive há 36 catedrais episcopalianas que não conseguem ver nem duzentos fiéis no domingo.
Os episcopalianos tentam dissimular suas cifras com suas missões no estrangeiro. Por exemplo, no muito pobre Haiti mantêm 99 paróquias com 16.000 fiéis praticantes, que provavelmente não sabem nada de bispas lésbicas. Isso significa que no Haiti há mais "episcopalianos" que somando 14 diocese do EUA (mais que somando Dakota do Norte, Alaska, Montana, Idaho, Utah, Kansas Ocidental, etc...). Em Honduras mantêm 140 comunidades (11.500 fiéis), 58 na República Dominicana (3.000 fiéis), 48 em Porto Rico (2.400 fiéis), etc... Num total, 40.000 fora dos Estados Unidos.
Cresce o anglicanismo conservador
As pessoas de tradição anglicana e moral conservadora fartas da deriva liberal do episcopalianismo têm várias opções. Por um lado, em 2008 se criou a Igreja Anglicana da América do Norte (ACNA), com uns cem mil fiéis e quase 700 paróquias. São conservadores em moral, pró-vida e pró-família, de estilo evangélico, fartos da perseguição ao que lhes submetiam desde 1997 as autoridades episcopalianas "progressistas".
Outra opção para os episcopalianos e anglicanos conservadores é somar-se aos "ordinariatos" católicos que o Papa tem proposto e que vão se criar a partir de grupos anglocatólicos, mantendo parte de sua liturgia e costumes.
"Progressistas" luteranos, presbiterianos e unitaristas... igual
A aliança de luteranos liberais dos Estados Unidos (a ELCA) permite oficialmente o aborto desde 1991. 50% de seus clérigos acreditam que o aborto deve ser legal na maior parte dos casos, 14% pensam que deve ser legal sempre e só 3% acreditam que deve ser ilegal. Nas suas paróquias ia o especialista em abortar casos de seis meses George Tiller, assassinado faz um par de anos. Em 1991 a ELCA tinha 5,2 milhões de paroquianos; em 2009 só ficavam 4,5 milhões de "batizados" e deles apenas 2,5 milhões de "membros ativos".
Os presbiterianos (PCUSA), que no ano 2000 contavam com 2,5 milhões de membros, em 2010 já só tinham 2 milhões. De 2006 a 2009 60 de suas paróquias partiram a outras denominações, enquanto que só 5 comunidades se uniram à PCUSA atraídas por sua deriva liberal. Hoje outras 200 paróquias e comunidades conservadoras pretendem criar a sua própria igreja, desde que este mesmo ano o sínodo presbiteriano decidisse que "as pessoas em relações do mesmo sexo podem ser candidatas à ordenação ou designação como diáconos, anciões ou ministros", sem lhes pedir nenhum compromisso, nem monogamia, nem heterossexualidade nem exclusividade.
A igreja mais liberal dos Estados Unidos é a unitarista (UCC, United Church of Christ), a que assistia Barack Obama até mudar-se a Washington. Segundo o relatório «Clergy Voices 2008», 79 por cento dos clérigos unitaristas acreditam que o aborto deve ser legal sempre ou quase sempre, 83 por cento está a favor de entregar meninos em adoção a casais homossexuais e 74 por cento destes eclesiásticos se define como «politicamente liberal» (nos EUA se chama «liberal» ao que na Europa chamamos «progressista»). A UCC, nascida em 1957, conta em Dallas com uma «catedral» dirigida especialmente a homossexuais com 3.500 fiéis. Em 2001, os unitaristas eram 1,3 milhões de norte-americanos; em 2008 só eram 736.000.
E na Inglaterra, o mesmo
No Reino Unido, de 50 milhões de habitantes, apenas 13,4 milhões se declaram anglicanos, e só 1 milhão vai ao serviço dominical. Segundo o relatório «Cost of Conscience» de 2002 que entrevistou a 2.000 clérigos anglicanos só uma de cada três sacerdotisas acredita na maternidade virginal da María, quase a metade nega que Jesus ressuscitou, 30% nega a Trindade e uma de cada quatro não acredita em «Deus Pai Todo-poderoso» nem em «Deus Espírito Santo».
Postado por Pedro Ravazzano
FUNDAÇÃO JOSÉ SARNEY MANTÉM PRIVILÉGIOS DO FUNDADOR APÓS ESTATIZAÇÃO
Apesar de ter passado para administração do Estado, a Fundação José Sarney manterá o presidente do Senado como seu patrono. Um dos 11 artigos da lei de estatização da entidade, proposta pela governadora do Maranhão, Roseana Sarney (PMDB), garante a José Sarney o poder para indicar dois dos oito membros de seu conselho, com transmissão hereditária. A lei Nº 259/11 foi aprovada pelos deputados maranhenses na última quarta-feira, 19 de outubro.
Além da manutenção da hereditariedade de indicação de conselheiros, outros pontos polêmicos do projeto são o destino dos 15 mil itens da época em que Sarney foi presidente da República – como uma limousine Ford Landau – e a possibilidade de doação e extinção da entidade sem necessidade de consulta ao governo.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) alega que a estatização fere os princípios da impessoalidade. A ordem aguarda a aprovação da Assembléia Legislativa para entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.
O presidente da comissão de estudos constitucionais da OAB, Rodrigo Lago, condenou o patronato hereditário. ” O direito hereditário de nomear membros do conselho é imcompatível com os princípios republicanos”.
O projeto cria a Fundação da Memória Republicana Brasileira, de “direito público e duração ilimitada”. A lei prevê a Fundação vinculada à Secretaria de Educação e com despesas no orçamento do governo do estado.
Fontes: O Estado de S. Paulo e O Globo, 21/10/2011.
Além da manutenção da hereditariedade de indicação de conselheiros, outros pontos polêmicos do projeto são o destino dos 15 mil itens da época em que Sarney foi presidente da República – como uma limousine Ford Landau – e a possibilidade de doação e extinção da entidade sem necessidade de consulta ao governo.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) alega que a estatização fere os princípios da impessoalidade. A ordem aguarda a aprovação da Assembléia Legislativa para entrar com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal.
O presidente da comissão de estudos constitucionais da OAB, Rodrigo Lago, condenou o patronato hereditário. ” O direito hereditário de nomear membros do conselho é imcompatível com os princípios republicanos”.
O projeto cria a Fundação da Memória Republicana Brasileira, de “direito público e duração ilimitada”. A lei prevê a Fundação vinculada à Secretaria de Educação e com despesas no orçamento do governo do estado.
Fontes: O Estado de S. Paulo e O Globo, 21/10/2011.
JORNAL, QUALIDADE E RIGOR
Televisão e internet são, frequentemente, os bodes expiatórios para justificar a crise dos jornais. Os jovens estão “plugados” horas sem-fim. Já nascem de costas para a palavra impressa. Será? É evidente que a juventude de hoje lê muito menos. Mas não é só a moçada que foge dos jornais. Os representantes das classes A e B também têm aumentado a fileira dos navegantes do espaço virtual.
Os diários de sucesso são aqueles que sabem que o seu público, independentemente da faixa etária, é constituído por uma elite numerosa, mas cada vez mais órfã de jornais de qualidade. Num momento de ênfase no didatismo, na infografia e na prestação de serviços – estratégias convenientes e necessárias -, defendo a urgente necessidade de complicar as pautas. O leitor que devemos conquistar não quer, como é lógico, o que pode conseguir na TV ou na internet. Ele quer informação de qualidade: a matéria aprofundada, a reportagem interessante, a análise que o ajude, de fato, a tomar decisões.
Para sobreviverem os grandes jornais precisam fazer que seja interessante o que é relevante. “O jornalismo impresso deve ser feito para um público de paladar fino e ser importante pelo que conta e pela forma como conta. A narração é cada vez mais importante.” É a correta percepção do professor Alfonso Sánchez-Tabernero, vice-reitor da Universidade de Navarra, na Espanha.
Quem tem menos de 30 anos gosta de sensações, mensagens instantâneas. Para isso a internet é imbatível. Mas há quem queira entender o mundo. Para estes deve existir leitura reflexiva, a grande reportagem. Será que estamos dando respostas competentes às demandas do leitor qualificado? A pergunta deve fazer parte do nosso exame de consciência diário.
Antes, os periódicos cumpriam muitas funções. Hoje, não cumprem algumas delas. Não servem mais para nos contar o imediato, o que vimos na TV ou acabamos de acessar na internet. E as empresas jornalísticas precisam assimilar isso e se converter em marcas multiplataformas, com produtos adequados a cada uma delas. Não há outra saída!
Nas experiências que acompanho, no Master em Jornalismo e nos trabalhos de consultoria, ninguém alcançou a perfeição e ninguém se equivocou totalmente. O que se nota é que os jornais estão lentos para entender que o papel é um suporte que permite trabalhar em algo que a internet e a rede social não podem: a seleção de notícias, o jornalismo de alta qualidade narrativa e literária. É isso que o público está disposto a pagar. A fortaleza do jornal não é dar notícia, é se adiantar e investir em análise, interpretação e se valer de sua credibilidade.
Estamos numa época em que informação gráfica é muito valiosa. Mas um diário sem texto é um diário que vai morrer. O suporte melhor para fotos e gráficos não é o papel. Há assuntos que não é possível resumir em poucas linhas. Assistimos a um processo de superficialização dos jornais. Queremos ser light, leves, coloridos, enxutos. O risco é investir na forma, mas perder no conteúdo. Olhemos para o sucesso da revista britânica The Economist. Algo nos deveria dizer. Não é verdade que o público não goste de ler. O público não lê o que não lhe interessa, o que não tem substância, não agrega, não tem qualidade. Um bom texto, para um público que compra a imprensa de qualidade, sempre vai ter interessados.
Daí a premente necessidade de um sólido investimento em treinamento e qualificação dos profissionais. Para mim, o grande desafio do jornalismo é a formação dos jornalistas. Se você for a um médico e ele disser que não estuda há 20 anos, você sai correndo. Mas há jornalistas que não estudam há 20 anos. É preciso criar oportunidades de treinamento. O jornalismo não é rotativa. O valor dele se chama informação de alta qualidade, talento, critério, ética, inovação. Por isso são necessários jornalistas com excelente formação cultural, intelectual e humanística. Gente que leia literatura, seja criativa e motivada.
O conteúdo precisa fugir do previsível. O noticiário de política, por exemplo, tradicionalmente forte nos segmentos qualificados do leitorado, perdeu vigor. Está, frequentemente, dominado pela fofoca e pelo declaratório. Fazemos denúncias (e é importante que as façamos), mas, muitas vezes, faltam consistência, apuração sólida. O resultado é a pauta superada por um novo escândalo. Fica no leitor a sensação de que não aprofundamos, não conseguimos ir até o fim. O marketing político avançou além da conta. Estamos assistindo à morte da política e ao advento da era do declaratório e da inconsistência.
Políticos e partidos vendem uma bela embalagem, mas fogem da discussão das ideias e das políticas públicas. Nós, jornalistas, somos – ou deveríamos ser – o contraponto a essa tendência. Cabe-nos a missão de rasgar a embalagem e mostrar a realidade. Só nós, estou certo, podemos minorar os efeitos perniciosos do espetáculo audiovisual que, certamente, não contribui para o fortalecimento de uma democracia sólida e amadurecida.
Uma cobertura de qualidade é, antes de mais nada, uma questão de foco. É preciso declarar guerra ao jornalismo declaratório e assumir, efetivamente, a agenda do cidadão. O nosso papel é ouvir as pessoas, conhecer suas queixas, identificar suas carências e cobrar soluções dos governantes. O jornalismo de registro, pobre e simplificador, repercute o Brasil oficial, mas oculta a verdadeira dimensão do País real. Precisamos fugir do espetáculo e fazer a opção pela informação. Só assim, com equilíbrio e didatismo, conseguiremos separar a notícia do lixo declaratório.
Só um sério investimento em qualidade e rigor garantirá o futuro dos jornais.
18 de outubro de 2011
Carlos Alberto Di Franco
Fonte: O Estado de S. Paulo, 17/10/2011
Os diários de sucesso são aqueles que sabem que o seu público, independentemente da faixa etária, é constituído por uma elite numerosa, mas cada vez mais órfã de jornais de qualidade. Num momento de ênfase no didatismo, na infografia e na prestação de serviços – estratégias convenientes e necessárias -, defendo a urgente necessidade de complicar as pautas. O leitor que devemos conquistar não quer, como é lógico, o que pode conseguir na TV ou na internet. Ele quer informação de qualidade: a matéria aprofundada, a reportagem interessante, a análise que o ajude, de fato, a tomar decisões.
Para sobreviverem os grandes jornais precisam fazer que seja interessante o que é relevante. “O jornalismo impresso deve ser feito para um público de paladar fino e ser importante pelo que conta e pela forma como conta. A narração é cada vez mais importante.” É a correta percepção do professor Alfonso Sánchez-Tabernero, vice-reitor da Universidade de Navarra, na Espanha.
Quem tem menos de 30 anos gosta de sensações, mensagens instantâneas. Para isso a internet é imbatível. Mas há quem queira entender o mundo. Para estes deve existir leitura reflexiva, a grande reportagem. Será que estamos dando respostas competentes às demandas do leitor qualificado? A pergunta deve fazer parte do nosso exame de consciência diário.
Antes, os periódicos cumpriam muitas funções. Hoje, não cumprem algumas delas. Não servem mais para nos contar o imediato, o que vimos na TV ou acabamos de acessar na internet. E as empresas jornalísticas precisam assimilar isso e se converter em marcas multiplataformas, com produtos adequados a cada uma delas. Não há outra saída!
Nas experiências que acompanho, no Master em Jornalismo e nos trabalhos de consultoria, ninguém alcançou a perfeição e ninguém se equivocou totalmente. O que se nota é que os jornais estão lentos para entender que o papel é um suporte que permite trabalhar em algo que a internet e a rede social não podem: a seleção de notícias, o jornalismo de alta qualidade narrativa e literária. É isso que o público está disposto a pagar. A fortaleza do jornal não é dar notícia, é se adiantar e investir em análise, interpretação e se valer de sua credibilidade.
Estamos numa época em que informação gráfica é muito valiosa. Mas um diário sem texto é um diário que vai morrer. O suporte melhor para fotos e gráficos não é o papel. Há assuntos que não é possível resumir em poucas linhas. Assistimos a um processo de superficialização dos jornais. Queremos ser light, leves, coloridos, enxutos. O risco é investir na forma, mas perder no conteúdo. Olhemos para o sucesso da revista britânica The Economist. Algo nos deveria dizer. Não é verdade que o público não goste de ler. O público não lê o que não lhe interessa, o que não tem substância, não agrega, não tem qualidade. Um bom texto, para um público que compra a imprensa de qualidade, sempre vai ter interessados.
Daí a premente necessidade de um sólido investimento em treinamento e qualificação dos profissionais. Para mim, o grande desafio do jornalismo é a formação dos jornalistas. Se você for a um médico e ele disser que não estuda há 20 anos, você sai correndo. Mas há jornalistas que não estudam há 20 anos. É preciso criar oportunidades de treinamento. O jornalismo não é rotativa. O valor dele se chama informação de alta qualidade, talento, critério, ética, inovação. Por isso são necessários jornalistas com excelente formação cultural, intelectual e humanística. Gente que leia literatura, seja criativa e motivada.
O conteúdo precisa fugir do previsível. O noticiário de política, por exemplo, tradicionalmente forte nos segmentos qualificados do leitorado, perdeu vigor. Está, frequentemente, dominado pela fofoca e pelo declaratório. Fazemos denúncias (e é importante que as façamos), mas, muitas vezes, faltam consistência, apuração sólida. O resultado é a pauta superada por um novo escândalo. Fica no leitor a sensação de que não aprofundamos, não conseguimos ir até o fim. O marketing político avançou além da conta. Estamos assistindo à morte da política e ao advento da era do declaratório e da inconsistência.
Políticos e partidos vendem uma bela embalagem, mas fogem da discussão das ideias e das políticas públicas. Nós, jornalistas, somos – ou deveríamos ser – o contraponto a essa tendência. Cabe-nos a missão de rasgar a embalagem e mostrar a realidade. Só nós, estou certo, podemos minorar os efeitos perniciosos do espetáculo audiovisual que, certamente, não contribui para o fortalecimento de uma democracia sólida e amadurecida.
Uma cobertura de qualidade é, antes de mais nada, uma questão de foco. É preciso declarar guerra ao jornalismo declaratório e assumir, efetivamente, a agenda do cidadão. O nosso papel é ouvir as pessoas, conhecer suas queixas, identificar suas carências e cobrar soluções dos governantes. O jornalismo de registro, pobre e simplificador, repercute o Brasil oficial, mas oculta a verdadeira dimensão do País real. Precisamos fugir do espetáculo e fazer a opção pela informação. Só assim, com equilíbrio e didatismo, conseguiremos separar a notícia do lixo declaratório.
Só um sério investimento em qualidade e rigor garantirá o futuro dos jornais.
18 de outubro de 2011
Carlos Alberto Di Franco
Fonte: O Estado de S. Paulo, 17/10/2011
A DESTRUIÇÃO CRIATIVA, A MOLA MESTRA
Desde o estrepitoso fim da União Soviética em 1991, muitos esperam que o imenso poder dos Estados Unidos também desmorone. E, ainda por cima, acredita-se que a crise americana e a crise europeia terminarão por levar o sistema capitalista a nafragar. Sem dúvida, como disse Armínio Fraga na conclusão de uma recente entrevista à “Veja”: “Os grandes blocos econômicos vivem dias dificílimos. É um quadro assustador, há muito risco no ar.” Mas as previsões catastróficas estão destinadas a falhar.
Em várias décadas na cena internacional, nunca vi os representantes dos Estados Unidos tão discretos e quase diria tão modestos em suas posturas.O país atravessa um mau momento. O número de pobres aumentou significativamente, especialmente engrossado por aqueles que perderam suas casas com a crise do mercado subprime de hipotecas e hoje moram em campings ou mesmo nos seus próprios carros. O mercado de trabalho, especialmente no setor público, demite mais do que contrata. A atividade econômica patina. O sonho americano está abalado, e a autoconfiança nacional caiu muito.
Na área política, creio que nunca houve um divórcio partidário tão agudo. Ilustrou-o o espetáculo do verão passado em Washigton, com a luta dos políticos em torno do orçamento federal e dos cortes nas despesas governamentais. O sistema político revelou-se disfuncional e, com isso, as principais instituições americanas (com exceção da Suprema Corte, mas incluindo o Congresso, a Casa Branca, os bancos) perderam credibilidade. Multiplicam-se os protestos contra as injustiças do capitalismo e contra os bancos. Em seis anos de vida nos Estados Unidos só uma vez vi um contestação tão vigorosa ao sistema como a que vai crescendo nas cidades americanas hoje com o movimento Occupy Wall Street. Foi num comício contra a Guerra do Vietnam em frente à ONU, em Nova York, quando até a bandeira vietcong tremulava, um inimigo contra o qual mais de quinhentos mil jovens americanos lutavam na Indochina.
Há igualmente uma deterioração surpreendente e profunda da União Europeia. Há apenas dois anos, quem pusesse em dúvida o futuro da instituição seria considerado um herético em Bruxelas. O fato é que, com 27 países, a União perdeu a consistência que tinha no início com apenas seis. Hoje, a maioria dos analistas acha que a União Europeia vai ter que passar por uma revisão ampla.
A Alemanha é única na Europa, tanto por seu tamanho quanto por seus valores. Um operário alemão é quatro vezes mais produtivo do que os demais todos. O país é, com a França, a força que resiste à desintegração do sonho de Adenauer e de Gaulle. Mas até quando os eleitores alemães deixarão Merkel e seu governo acudir aos desmandos da Grécia? Os esforços para resolver a atual crise esbarram em obstáculos formidáveis como, por exemplo, o despreparo dos bancos europeus que adquiriram papéis de países falidos e agora pedem para ser salvos, a imprecisão das estatísticas de muitos países europeus, o tamanho do setor informal das economias periféricas da Europa. Em outras palavras, mesmo soluções precisas (e já foram apresentadas diversas) têm que enfrentar situações imprecisas e, portanto, resultados duvidosos.
O risco maior no Velho Continente é que o processo de integração seja percebido como esgotado e ressurja o velho nacionalismo. Isto pode ocorrer, com os gregos por exemplo, pelo sentimento de que estão sendo obrigados a seguir regras que não podem cumprir e vêem seus modelos de vida serem varridos com o cortejo de desemprego e empobrecimento. Pode também acontecer, na Alemanha, se os eleitores chegarem à conclusão que estão sendo obrigados a fazer sacrifícios por países menores que não observam as normas comunitárias e tornam-se parasitas dos grandes. Seja como for, uma recaída nacionalista reabriria perigos que pareciam definitivamente exorcizados da Europa, até porque no nacionalismo está embutida uma visão menos favorável do vizinho.
O horizonte é sombrio neste momento. Mas não creio que haja base para decretar o fim do capitalismo, seja na sua vertente americana, ou pelo colapso da União Europeia. Parafraseando Mark Twain, os rumores sobre a morte do capitalismo são muito exagerados. Este sistema econômico tem uma imensa capacidade de recuperação. Ao longo da história, o capitalismo sofreu crises piores e revelou uma capacidade de superação enorme. O grande economista austríaco Joseph Schumpeter falava da destruição criativa como a mola mestra do capitalismo. É verdade que assistimos a uma reestruturação mundial do poder relativo, mas não à derrocada do capitalismo.
Mesmo porque não há no horizonte, nem em termos teóricos, uma alternativa que se sustente.
21 de outubro de 2011
Luiz Felipe Lampreia
Fonte: O Globo, 20/10/2011
Em várias décadas na cena internacional, nunca vi os representantes dos Estados Unidos tão discretos e quase diria tão modestos em suas posturas.O país atravessa um mau momento. O número de pobres aumentou significativamente, especialmente engrossado por aqueles que perderam suas casas com a crise do mercado subprime de hipotecas e hoje moram em campings ou mesmo nos seus próprios carros. O mercado de trabalho, especialmente no setor público, demite mais do que contrata. A atividade econômica patina. O sonho americano está abalado, e a autoconfiança nacional caiu muito.
Na área política, creio que nunca houve um divórcio partidário tão agudo. Ilustrou-o o espetáculo do verão passado em Washigton, com a luta dos políticos em torno do orçamento federal e dos cortes nas despesas governamentais. O sistema político revelou-se disfuncional e, com isso, as principais instituições americanas (com exceção da Suprema Corte, mas incluindo o Congresso, a Casa Branca, os bancos) perderam credibilidade. Multiplicam-se os protestos contra as injustiças do capitalismo e contra os bancos. Em seis anos de vida nos Estados Unidos só uma vez vi um contestação tão vigorosa ao sistema como a que vai crescendo nas cidades americanas hoje com o movimento Occupy Wall Street. Foi num comício contra a Guerra do Vietnam em frente à ONU, em Nova York, quando até a bandeira vietcong tremulava, um inimigo contra o qual mais de quinhentos mil jovens americanos lutavam na Indochina.
Há igualmente uma deterioração surpreendente e profunda da União Europeia. Há apenas dois anos, quem pusesse em dúvida o futuro da instituição seria considerado um herético em Bruxelas. O fato é que, com 27 países, a União perdeu a consistência que tinha no início com apenas seis. Hoje, a maioria dos analistas acha que a União Europeia vai ter que passar por uma revisão ampla.
A Alemanha é única na Europa, tanto por seu tamanho quanto por seus valores. Um operário alemão é quatro vezes mais produtivo do que os demais todos. O país é, com a França, a força que resiste à desintegração do sonho de Adenauer e de Gaulle. Mas até quando os eleitores alemães deixarão Merkel e seu governo acudir aos desmandos da Grécia? Os esforços para resolver a atual crise esbarram em obstáculos formidáveis como, por exemplo, o despreparo dos bancos europeus que adquiriram papéis de países falidos e agora pedem para ser salvos, a imprecisão das estatísticas de muitos países europeus, o tamanho do setor informal das economias periféricas da Europa. Em outras palavras, mesmo soluções precisas (e já foram apresentadas diversas) têm que enfrentar situações imprecisas e, portanto, resultados duvidosos.
O risco maior no Velho Continente é que o processo de integração seja percebido como esgotado e ressurja o velho nacionalismo. Isto pode ocorrer, com os gregos por exemplo, pelo sentimento de que estão sendo obrigados a seguir regras que não podem cumprir e vêem seus modelos de vida serem varridos com o cortejo de desemprego e empobrecimento. Pode também acontecer, na Alemanha, se os eleitores chegarem à conclusão que estão sendo obrigados a fazer sacrifícios por países menores que não observam as normas comunitárias e tornam-se parasitas dos grandes. Seja como for, uma recaída nacionalista reabriria perigos que pareciam definitivamente exorcizados da Europa, até porque no nacionalismo está embutida uma visão menos favorável do vizinho.
O horizonte é sombrio neste momento. Mas não creio que haja base para decretar o fim do capitalismo, seja na sua vertente americana, ou pelo colapso da União Europeia. Parafraseando Mark Twain, os rumores sobre a morte do capitalismo são muito exagerados. Este sistema econômico tem uma imensa capacidade de recuperação. Ao longo da história, o capitalismo sofreu crises piores e revelou uma capacidade de superação enorme. O grande economista austríaco Joseph Schumpeter falava da destruição criativa como a mola mestra do capitalismo. É verdade que assistimos a uma reestruturação mundial do poder relativo, mas não à derrocada do capitalismo.
Mesmo porque não há no horizonte, nem em termos teóricos, uma alternativa que se sustente.
21 de outubro de 2011
Luiz Felipe Lampreia
Fonte: O Globo, 20/10/2011
A CRISE E O INVERNO DA POLÍTICA
Estamos a viver um tempo de dúvidas e incertezas; o imponderável parece ser um dos traços marcantes dos dias atuais. O fato é que a crise americana de 2008 encerrou um ciclo de crescimento e prosperidade de quase uma década; foi um tempo de ouro; as economias como um todo avançaram, surfando na gorda onda de crédito e confiança. Os surfistas antenados saíram antes do estouro e remaram para terra firme; os desavisados e neófitos tomaram a espuma na cabeça e estão, até agora, a buscar ar no revolto do mar. Enfim, os ciclos econômicos são ondas que, quanto mais avançam, mais repuxo entornam. A questão, portanto, está em antever o equilíbrio, não se vender aos apelos da ganância e se mover rápido quando o castelo de cartas começa a ruir. Simples no papel, difícil na realidade…
Bem, e o mundo? Entrará em recessão ou voltaremos a surfar em um mar de euforia? Só profetas são capazes de fazer previsões, cabendo à razão pensante o papel de elaborar análises. Nesse contexto, é possível afirmar que o início de tudo foi o fim do padrão ouro; com independência do dinheiro-papel, foi possível desenvolver instrumentos de créditos desapegados do lastro dourado; dessa forma, a alavancagem financeira produziu uma explosão creditícia que levou o mundo a um inimaginável desenvolvimento material, científico, tecnológico e também social. Sim, não existe melhoria de vida sem crédito. Ou será que a China passou a alimentar e dar dignidade a milhões de chineses por obra divina? O famigerado Bolsa Família será também obra do Messias? Ou tudo não será obra de um amplo processo de expansão creditícia?
Pois bem, agora está chegada a hora de corrigir os excessos e alguns desatinos. O FED já fez sua parte, garantindo a liquidez do sistema bancário americano. Está certo que o aspecto moral segue em aberto. Afinal, não é crível nem aceitável que lunáticos que quase levaram o mundo à bancarrota saiam livres, leves e soltos. O problema de tudo é que ciranda financeira servia claramente aos interesses de uma sociedade de consumo doentio que, durante 10 anos não poupou um centavo, e ainda se esbaldou em empréstimos bancários que hoje comprometem parte substancial da renda familiar. Com a crise, veio o desemprego, a queda da renda e a paralisia do circuito comercial. Quem tem dinheiro não gasta, pois não sabe onde o mundo vai parar. E o governo americano não pode investir em gasto público produtivo, pois o déficit já está nas alturas. O problema, portanto, no caso americano, aparentemente deixou de ser exclusivamente financeiro e se transformou em uma paralisia da economia real. O presidente Obama, todavia, está imobilizado por uma oposição republicana que apenas pensa em si e esquece de pensar na nação. Pelo visto, o tradicional imediatismo político brasileiro, fruto do parasitismo partidário e de homens públicos sem brio ou prumo, começa a fazer escola em outros pagos, antes tidos e havidos por modelares.
Já no Velho Mundo, o BCE anda inerte; de duas, uma: ou a autoridade monetária europeia vem e injeta os euros necessários à solvência soberana e privada, ou veremos uma quebradeira generalizada dos PIGS. Na verdade, a Alemanha terá que decidir se vai ou não segurar essa bronca, cabendo à classe política alemã arcar com o custo interno dessa decisão. Ao fim e ao cabo, os germanos não têm saída: serão eles que suportarão os prejuízos independentemente do caminho a ser escolhido. Mas é bom lembrar que a exuberância irracional dos recentes anos dourados foi amplamente vantajosa para o norte rico europeu; está certo que os irmãos pobres do sul não fizeram sua parte no quesito austeridade orçamentária e, por assim ser, merecem um puxão de orelhas. No entanto, o menos doloroso será a continuidade da comunidade europeia com pautas de convergência fiscal; eventual default será o estopim de novo risco sistêmico, volatilidade nos mercados e salve-se quem puder.
Ainda, e não menos importante, o bloco europeu terá que debater o alto custo de pautas sociais que são ótimas no papel, mas que podem ser trágicas na realidade da política econômica. O fato é que o mundo mudou rápido e radicalmente; a longevidade atingida força uma correlata extensão da vida útil laboral com um consequente incremento do período contributivo; o que adianta protestar contra o aumento da idade mínima de aposentadoria, se o governo não terá dinheiro para pagar os benefícios? Qual a valia de um direito social perante um Estado insolvente? Será que, ao invés do protesto cego, não devemos abrir os olhos para a realidade pulsante que nos toca?
Enfim, no atual momento, a crise, mais do que financeira, é política. E por quê? Ora, porque nos faltam lideranças e estadistas capazes de superar diferenças e construir consensos. Vivemos um preocupante processo de aviltamento da arte política para um calculado jogo de poder. Ocorre que, quando o poder passa a ser um jogo, a política vira um cassino de interesses imediatistas. Para piorar, os governos estão sendo absolutamente falhos e defectivos na tarefa de dialogar com o povo. Medidas drásticas estão sendo impostas de forma vertical, de cima para baixo, como se o poder fosse majestático e autoritário. Esse tempo terminou; a política, que se quer democrática, deve ter na eficiência comunicativa uma ferramenta de persuasão. O povo tem o direito de entender o que está acontecendo; se quisermos quebrar paradigmas, teremos que ser extremamente hábeis na tarefa de comunicação com as massas. Aliás, a história recente do Brasil está a mostrar o exemplo de um político que, antes de ser intelectualmente brilhante, era um “expert” do diálogo popular. Para a intranquilidade dos espíritos elevados, a decrepitude política instalada entre as nações pode ser tudo, menos alvissareira.
O preocupante é que o ruim pode ficar ainda pior. O horizonte é crítico; a paisagem é fria. Quando chegará o fim desse inverno?
21 de outubro de 2011
Sebastião Ventura Pereira da Paixão Jr
Bem, e o mundo? Entrará em recessão ou voltaremos a surfar em um mar de euforia? Só profetas são capazes de fazer previsões, cabendo à razão pensante o papel de elaborar análises. Nesse contexto, é possível afirmar que o início de tudo foi o fim do padrão ouro; com independência do dinheiro-papel, foi possível desenvolver instrumentos de créditos desapegados do lastro dourado; dessa forma, a alavancagem financeira produziu uma explosão creditícia que levou o mundo a um inimaginável desenvolvimento material, científico, tecnológico e também social. Sim, não existe melhoria de vida sem crédito. Ou será que a China passou a alimentar e dar dignidade a milhões de chineses por obra divina? O famigerado Bolsa Família será também obra do Messias? Ou tudo não será obra de um amplo processo de expansão creditícia?
Pois bem, agora está chegada a hora de corrigir os excessos e alguns desatinos. O FED já fez sua parte, garantindo a liquidez do sistema bancário americano. Está certo que o aspecto moral segue em aberto. Afinal, não é crível nem aceitável que lunáticos que quase levaram o mundo à bancarrota saiam livres, leves e soltos. O problema de tudo é que ciranda financeira servia claramente aos interesses de uma sociedade de consumo doentio que, durante 10 anos não poupou um centavo, e ainda se esbaldou em empréstimos bancários que hoje comprometem parte substancial da renda familiar. Com a crise, veio o desemprego, a queda da renda e a paralisia do circuito comercial. Quem tem dinheiro não gasta, pois não sabe onde o mundo vai parar. E o governo americano não pode investir em gasto público produtivo, pois o déficit já está nas alturas. O problema, portanto, no caso americano, aparentemente deixou de ser exclusivamente financeiro e se transformou em uma paralisia da economia real. O presidente Obama, todavia, está imobilizado por uma oposição republicana que apenas pensa em si e esquece de pensar na nação. Pelo visto, o tradicional imediatismo político brasileiro, fruto do parasitismo partidário e de homens públicos sem brio ou prumo, começa a fazer escola em outros pagos, antes tidos e havidos por modelares.
Já no Velho Mundo, o BCE anda inerte; de duas, uma: ou a autoridade monetária europeia vem e injeta os euros necessários à solvência soberana e privada, ou veremos uma quebradeira generalizada dos PIGS. Na verdade, a Alemanha terá que decidir se vai ou não segurar essa bronca, cabendo à classe política alemã arcar com o custo interno dessa decisão. Ao fim e ao cabo, os germanos não têm saída: serão eles que suportarão os prejuízos independentemente do caminho a ser escolhido. Mas é bom lembrar que a exuberância irracional dos recentes anos dourados foi amplamente vantajosa para o norte rico europeu; está certo que os irmãos pobres do sul não fizeram sua parte no quesito austeridade orçamentária e, por assim ser, merecem um puxão de orelhas. No entanto, o menos doloroso será a continuidade da comunidade europeia com pautas de convergência fiscal; eventual default será o estopim de novo risco sistêmico, volatilidade nos mercados e salve-se quem puder.
Ainda, e não menos importante, o bloco europeu terá que debater o alto custo de pautas sociais que são ótimas no papel, mas que podem ser trágicas na realidade da política econômica. O fato é que o mundo mudou rápido e radicalmente; a longevidade atingida força uma correlata extensão da vida útil laboral com um consequente incremento do período contributivo; o que adianta protestar contra o aumento da idade mínima de aposentadoria, se o governo não terá dinheiro para pagar os benefícios? Qual a valia de um direito social perante um Estado insolvente? Será que, ao invés do protesto cego, não devemos abrir os olhos para a realidade pulsante que nos toca?
Enfim, no atual momento, a crise, mais do que financeira, é política. E por quê? Ora, porque nos faltam lideranças e estadistas capazes de superar diferenças e construir consensos. Vivemos um preocupante processo de aviltamento da arte política para um calculado jogo de poder. Ocorre que, quando o poder passa a ser um jogo, a política vira um cassino de interesses imediatistas. Para piorar, os governos estão sendo absolutamente falhos e defectivos na tarefa de dialogar com o povo. Medidas drásticas estão sendo impostas de forma vertical, de cima para baixo, como se o poder fosse majestático e autoritário. Esse tempo terminou; a política, que se quer democrática, deve ter na eficiência comunicativa uma ferramenta de persuasão. O povo tem o direito de entender o que está acontecendo; se quisermos quebrar paradigmas, teremos que ser extremamente hábeis na tarefa de comunicação com as massas. Aliás, a história recente do Brasil está a mostrar o exemplo de um político que, antes de ser intelectualmente brilhante, era um “expert” do diálogo popular. Para a intranquilidade dos espíritos elevados, a decrepitude política instalada entre as nações pode ser tudo, menos alvissareira.
O preocupante é que o ruim pode ficar ainda pior. O horizonte é crítico; a paisagem é fria. Quando chegará o fim desse inverno?
21 de outubro de 2011
Sebastião Ventura Pereira da Paixão Jr
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