"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A FORTUNA DO "OPERÁRIO COMUNISTA" LULLALAU, O CASCO DURO


A pobreza deste homem que não sabia e nem sabe de nada...


Sobre o novo mimo que Lula está adquirindo para seu lazer, Cláudio Humberto escreve o seguinte. 'A casa comprada por Lula junto à cooperativa habitacional Bancoop, no Guarujá (SP), fica no condomínio Iporanga, onde veraneiam o ex-ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça) e a viúva do ex-ministro de FHC Sérgio Motta.

Não custam menos de R$ 2 milhões, cada. O presidente e a mulher, d. Marisa passaram boa parte das férias do verão passado na casa de Bastos, nesse condomínio de classe alta, quando decidiram comprar o imóvel '.. Lula, vamos dizer assim, 'trabalhou' 22 anos e foi aposentado por ter estado um dia inteiro como preso político. Recebe do Instituto de Previdência o valor liquido MENSAL de R$ 6.956,40.

Um simples mortal HONESTO que como ele não foi funcionário público, terá que trabalhar 35 anos para aposentar-se e receberá o benefício máximo pago hoje pela Previdência de R$ 2.894,28.

Caso Lula recebesse esse teto levaria 57 anos para comprar seu apartamento , mas Lula não tem instrução nem habilitação para receber o teto do benefício, como disse Brizola (em um de seus raros momentos de lucidez) 'nem bom torneiro mecânico foi', haja vista sua mutilação profissional (alias, que se sabe de fonte segura... foi feita COM ANESTESIA... pois era moda naquela epoca ( entre os espertinhos...) se cortar o dedo na prensa para se aposentar no mole (varios colegas do lula e tambem o irmão dele, tem esse dedinho decepado... que gente esperta e honesta, não ????? outro PS: pessoas que trabalham nessa maquina AFIRMAM = é impossivel POR ACIDENTE se decepar o dedinho da mão esquerda, ele nada tem a ver com os dedos que se usam para trabalhar nessa maquina...

PORTANTO = FRAUDE PURA !!!

Se Lula recebesse mil reais por mês, o tempo para a compra dessa modesta casinha de 2 milhoes... seria de 165 anos, se fosse R$ 500,00 passaria a 330 anos pagando e finalmente se fosse o salário mínimo seriam 450 anos. Mas ele pagará a Vista !!!

E dizer que entre os anos de 1989 a 1998 Lula nem casa tinha, pois, como ele sempre declarou..... morava de graça na casa de seu compadre Roberto Teixeira sem pagar nada.
Portanto nesses quase 10 anos o presidente da República conseguiu comprar um apartamento de cobertura em São Bernardo.

Mas o salario na presidencia é baixo... QUE MILAGRE É ESSE ?
Pois É... ME ENGANA QUE EU GOSTO...

LULA ROUBA e o povo brasileiro paga a conta... Outro dia Lula queixava-se numa roda de amigos que tinha que arrumar outra aposentadoria para continuar mantendo o atual padrão de vida.

Sugiro que o presidente peça ajuda ao seu fenomenal filho, que num curto e magico período, depois que o pai chegou à presidência, passou de pequeno funcionário do Zoológico (estagiário com 600 reais de salario) a grande fazendeiro de gado..

Vocês sabiam que o filho do presidente Lula, o Lulinha, que há 05 anos era empregado do zoológico em São Paulo, acabou de comprar a fazenda Fortaleza (de porteira fechada) localizada às margens da rodovia Marechal Rondon, município de Valparaíso-SP, de propriedade do sr. José Carlos Prata Cunha, um dos maiores produtores de nelore do Brasil, pela simples bagatela de R$ 47.000.000,00 (quarenta e sete milhões de reais), e a imprensa, não divulgou!!!! como isso é possível???????

Nada contra o pecuarista que é muito conhecido no meio, mas onde o Lulinha arrumou esta grana toda?

Será verdade?

Se for como ele é inteligente, né? E viva a farra do BOI...

Tem também aquela conversa mole, mal contada, da Telemar, dos cinco milhões por mês.........

Pode até ser como Lula disse: 'que ninguém tem a autoridade ética e moral do PT ', acho que ele está certo = se isso é verdade, precisaremos reerguer o PRESIDIO CARANDIRU so para abrigar toda essa etica e moral petista pois ao que parece, ladroeira mudou de nome.......

Pobre Brasil... que por seus ignorantes, e pelos cegos intelectualoides,
elege e glorifica esse LULA SAFADO e sua quadrilha petista e cumplices!

Por Giulio Sanmartini
UPEC

A AZÊMOLA MAIS BEM PAGA DO MUNDO


Eu, cá com os meus botões, tenho sérias dúvidas sobre essas fortunas que se dizem pagar para um energúmeno como Lula dizer que “um operário sem um dedo fez mais que Steve Jobs e Bill Gates”, como foi dito por ele numa palestra supostamente patrocinada pelo Bank of America.

Banqueiros não são burros e sabem muito bem que essa azêmola não consegue balbuciar duas palavras sequer que lhes possam ser de alguma utilidade, portanto, não iriam gastar seu rico dinheirinho à toa, a não ser que essas tais palestras sejam com o intuito de divertir apenas: devem achar Lula bem mais engraçado que o Steve Martin ou Eddie Murphy.

Caso não seja isso, que tem lavagem de grana nas paradas, lá isso tem.

Ou então o mundo enlouqueceu de vez.

Por Ricardo Froes

ENQUANTO ISSO, NA CASA DO ESPANTO... UM ESPANTO!


A Casa do Espanto se supera: filho de Lobão aparteia Sarney para propor que a corrupção seja considerada crime hediondo

Emocionado com o discurso do senador José Sarney que qualificou de “uma chaga da nossa sociedade” a impunidade dos homicidas, o senador Lobão Filho aparteou o orador para avisar que apresentará até quinta-feira um projeto de lei que transforma a corrupção em crime hediondo.

Segundo a legislação, delitos enquadrados nessa categoria, como o homicídio qualificado e o tráfico de drogas, não admitem fiança, são punidos com mais severidade e obrigam os condenados a cumprirem a pena em presídios de segurança máxima.

Sim, parece piada. Mas é só o Brasil.


Quem subiu à tribuna para exigir que os pecadores sejam castigados foi Madre Superiora, animadíssimo com a estatização da Fundação José Sarney, penúltima delinquência cometida pela Famiglia (veja reportagem na seção O País quer Saber).

E quem promete jogar pesado em favor da moral e dos bons costumes é o filho e suplente do ministro Edison Lobão, vulgo Magro Velho.

“O crime de desvio de recurso público na área da saúde, da educação, tem um poder de homicídio em massa”, entusiasmou-se Lobinho ao anunciar “uma contribuição à ideia de Vossa Excelência”.

Sarney matou a bola no peito, baixou no gramado e devolveu de trivela. Depois de cumprimentar o colega do PMDB maranhense pela feliz iniciativa, jurou que se sentia “profundamente gratificado por ter sensibilizado o Senado para o problema da impunidade”.

Não, nenhum dos dois ficou maluco. É que a dupla está cansada de saber que, se uma coisa dessas for aprovada e a Justiça fizer o que deve, a Casa do Espanto será fechada por falta de quórum.

augusto nunes

GARIS ATROPELADOS E MORTOS POR BEBUM


Na madrugada de Sábado tres funcionários da limpeza urbana da prefeitura de SP, mais conhecidos como garis, faziam a limpeza no canteiro central da marginal Pinheiros quando subitamente um playboyzinho de merda com o fucinho cheio de cachaça e sabe-se-lá o que mais, atropelou os três trabalhadores, matou dois e mandou outro para o hospital com fraturas multiplas.
Após o acidente o motorista se negou a fazer o teste do bafômetro e foi avaliado clinicamente como embriagado.

Na minha opinião, a partir do momento em que uma pessoa se nega a fazer o bafômetro já é uma admissão de culpa, uma vez que quem não deve não teme.
A imprensa noticiou o ocorrido, alguns telejornais deram uma nota ou reportagem pequena outros simplesmente ignoraram o fato.

Mas o barulho que vimos quando dos outros acidentes onde os mortos eram pessoas de classe média/alta já não foi o mesmo. Será porque os mortos e ferido no acidente eram pessoas simples trabalhadores invisíveis na sociedade brasileira? Ou porque essa situação de cachaceiros irresponsáveis a bordo de seus supercarrões cometendo atrocidades no trânsito já virou lugar comum e ninguém mais dá a mínima para essas mortes?

O que sei é que mais vidas foram ceifadas por conta da irresponsabilidade de idiotas que bebem e saem dirigindo pela cidade acreditando na impunidade e pouco ligando para a vida humana. O assassino está em cana à espera de um Habeas Corpus que certamente sairá em mais algumas horas e vai passar os próximos quinze/vinte anos dirigindo e bebendo, empurrando o processo com a barriga contando com a já manjada ineficiência do judiciário e os buracos nas leis mal feitas de um país de bosta.

Todos os que mataram inocentes nos últimos meses por conta da soma entre direção é álcool estão livres, leves, soltos e dirigindo. E os punidos são sempre os que não tem culpa alguma pela irresponsabilidade de cretinos desse gabarito que acabam sendo vítimas deles. Os mortos e feridos não recebem indenizações, e na maioria dos casos nem a solidariedade das familias dos culpados, recebem um atendimento médico de péssima qualidade do estado que acaba se tornando co-responsável pela tragédia e é obrigado tratar por anos à fio as sequelas dos que sobreviveram no falido sistema público de saúde atravéz dos nossos impostos, e os vagabundos do volante não são responsabilizados a ressarcir o estado pelos custos que eles causaram .

Como eu já disse em outra postagem, vamos aguardar para ver a nova tragédia do trânsito que virá, com novos mortos e feridos, e mais um playboyzinho de merda e embriagado, livre por conta de leis fajutas e advogados extremamente rápidos em tirar seus clientes da cadeia.

E viva o Brasil o país do pão, circo e impunidade!!!!

mascate

HISTORINHAS DO ZÉ DIRCEU


O chefe da sofisticada organização criminosa do mensalão(*) sai em defesa do Ministro do Esporte.

O ex-ministro e deputado cassado José Dirceu afirmou hoje que, mesmo sem provas, a oposição ao governo da presidente Dilma Rousseff está fazendo uso político das denúncias contra o ministro dos Esportes, Orlando Silva, para tentar derrubar mais um integrante do primeiro escalão do governo federal.

Segundo Dirceu, partidos como PSDB, DEM e PPS montaram "mais uma operação política para tirar um ministro do governo". Para o ex-ministro, pode haver desvio de verbas em convênios do ministério, mas "prefeito é responsável, ONG é responsável". >"Não quer dizer que a presidente da República, o partido ou o ministro estão envolvidos".

Para ele, o governo agiu certo ao não afastar Orlando Silva porque não pode "fazer pré-julgamento nem aceitar linchamento" sem a devida investigação.

Com relação aos outros ministros que saíram do governo - e à sua própria saída do governo do então presidente Luiz Inácio Lula da Silva -, de acordo com Dirceu, foram questões "políticas" ou decisão dos próprios acusados de irregularidades, como Antônio Palocci.(Do Estadão)
coroneLeaks

"A DEMOCRACIA PRECISA SER APRIMORADA A PARTIR DE UMA REFORMA POLÍTICA"

A procuradora do Distrito Federal, Roberta Fragoso Kaufmann, está convicta de que a Justiça poderá exercer o seu papel na plenitude, bastando apenas combater a ideia de impunidade, que é o sentimento geral do brasileiro. É preciso que a população volte a acreditar no Poder Judiciário, não sendo admissível “esperar vinte, quinze anos para que um réu confesso comece a executar a pena”.

Ela acrescenta que a lentidão é, em parte, causa desse sentimento de impunidade, que considera muito mais grave do que, “eventualmente, alguma lesão a um direito individual”. Na entrevista, também afirma que algumas leis no Brasil são simbólicas, representando apenas o interesse de transmitir para a população uma imagem positiva, citando como exemplo a implementação de cotas raciais no país, “que tem a função de passar para a população a imagem de que aquele governador é um governador politicamente correto, engajado com as minorias, mas que, na verdade, não se apercebe dos danos que essa norma pode ocasionar”.

Professora de Direito Constitucional e da Escola do Ministério Público, ela está sempre pronta para debater sobre a impunidade, um tema que a empolga.

Por Marcone Formiga

É possível julgar com a sobrecarga de trabalho a que os juízes estão expostos?

Roberta Fragoso Kaufmann: Sobrecarga de processo de juízes dificulta bastante, sem dúvida nenhuma. Hoje, o grande problema do Judiciário, em termos de morosidade e em termos de impunidade, é a sobrecarga que acontece no Supremo Tribunal Federal. Talvez, se houvesse uma diminuição nas competências originárias no STF, a situação judiciária, como um todo, ficasse melhor, no sentido de que a Corte teria que julgar grandes temas, e os temas de varejo, ou seja, os temas que não têm importância nacional, ficariam a cargo apenas dos juízes. O problema é que hoje o Supremo tem muitas competências originárias.

Por exemplo.

Kaufmann: Habeas-corpus, recursos extraordinários, ações diretas de inconstitucionalidade, reclamações, mandados de injunção… Isso termina inviabilizando todo o Judiciário, porque a pessoa só vai ser condenada depois que o último recurso for julgado, e isso significa, na prática, mais de uma década após o julgamento inicial. Inclusive se desprestigia o julgamento que um juiz de primeira instância realizou, e ele se sente um pouco intimidado, porque a decisão que ele teve, por mais primorosa que tenha sido, nem sequer é considerada, quando a questão chega ao Supremo.

Por que a Constituição de 1988 é alvo de tantas críticas?

Kaufmann: Porque é uma Constituição muito analítica, ela diz demais. E, nesse sentido, termina sendo uma Constituição apenas simbólica, passando uma imagem para a população, que foi feita muito mais “para inglês ver” do que efetivamente para ser cumprida. O que ela protege, protege de uma maneira excessiva, e não tem condições materiais de ser concretizada. Nesse sentido, lembro-me de uma frase do Roberto Campos, quando ele afirmou que a Constituição brasileira prometeu uma seguridade social da Suécia, com recursos de Moçambique. Não adianta apenas colocar a norma, sem ter condições de concretizar aquilo que a norma prevê. E isso é pernicioso para todo mundo, porque, no final, dá aquela sensação e sentimento que as normas existem, mas que elas são cumpridas ao sabor da ocasião.

Como assim?

Kaufmann: Para mim, isso revela, muitas vezes, uma falha de caráter da pessoa, dela não ser capaz de fazer uma escolha e assumir a responsabilidade que aquela escolha ocasionar. Nesse sentido, eu acho que a Constituição demonstra isso também, uma vontade de garantir sempre direitos e direitos, e ficam faltando os deveres. O cidadão acha que até a felicidade dele é um dever do Estado. Tudo é dever do Estado, como se nada ele pudesse conseguir. Se ele, infelizmente, nasceu pobre, se não consegue um bom emprego, a culpa é do Estado! Existe uma cultura de sempre atribuir a um terceiro a responsabilidade pelas suas escolhas malfeitas.

O que fazer, então?

Kaufmann: Por que não sai de frente da televisão e vai estudar e tentar um emprego melhor? Por que não batalha? Por que não consegue se esforçar para poder contar melhor as consequências dessa sua escolha e conseguir uma vida melhor? Existe uma cultura aqui de que todo mundo é responsável pela vida de todo mundo, essa diluição de responsabilidades individuais faz com que as pessoas se alienem e se acomodem. Esse é um problema sério no Brasil.

O que falta para a Justiça exercer o seu papel na sua plenitude?

Kaufmann: Inicialmente, o que falta é combater essa ideia de impunidade, que é o sentimento geral do brasileiro. As pessoas não acreditam mais na Justiça, acham que ela é lenta demais. Acredito particularmente na PEC que o ministro Cezar Peluso, presidente do STF, apresentou: que os recursos que cheguem, não possam impedir a execução do julgado, as condenações têm que ser realizadas e têm que ser executadas logo após a decisão do Tribunal de Justiça. Com isso, a gente prestigia a atuação do juiz de primeiro grau, que certamente é o que está mais perto do povo. Prestigia-se também o julgamento do Tribunal de Justiça. Na verdade, a gente faz com que a população volte a acreditar no Poder Judiciário, porque esperar vinte, quinze anos para que um réu confesso comece a executar a pena, como é agora, causa um sentimento de impunidade perante todos e, isso, do meu ponto de vista, é muito mais grave do que, eventualmente, alguma lesão a um direito individual.

Qual é a sua conclusão desse gesto?

Kaufmann: Essa postura do Supremo é muito garantista, prevalece hoje a ideia de que a pessoa tem a presunção de inocência até que o último recurso seja julgado. Entretanto, ao agir assim, o STF, de fato, protege ao máximo os direitos individuais, mas se esquece da própria ideia de interesse público, que é a ideia de diminuir e combater a impunidade no Brasil.

A senhora concorda que as leis brasileiras são malfeitas, como afirmou o ex-ministro Francisco Rezek?

Kaufmann: Concordo, porque as leis no Brasil são muito simbólicas, então não existe nenhuma preocupação com o cumprimento e com a resolução do problema efetivo. O que se quer, muitas vezes, é passar uma imagem para a população. Por exemplo, eu poderia citar a que implementa cotas raciais no Brasil, que tem a função de passar para a população a imagem de que aquele governador é um governador politicamente correto, engajado com as minorias, mas, na verdade, eles é que não se apercebem dos danos que essa norma pode ocasionar. E não só isso! Por exemplo, todos nós sabemos o caos que é a educação pública no Brasil.

Mas o que falta é ensino público eficiente no país…

Kaufmann: Então, em vez de se preocupar em realizar um ensino público de qualidade para poder dar condições iguais para que todos possam passar no vestibular, ou almejar um concurso público melhor, quando você faz uma norma simbólica, o que você diz, na verdade é: eu não estou nem um pouco preocupado com a resolução do problema, estou preocupado é com as próximas eleições. Esse é o grande problema do Brasil! Por exemplo, essa política de cotas em universidades, elas não ampliam o número de vagas existentes. O número de vagas vai continuar rigorosamente o mesmo. Vamos supor, se fossem 100 vagas, reservaríamos 20 vagas para negros e 80 vagas para os demais.

Mas qual é o grande problema?

Kaufmann: O problema que se coloca é o seguinte: por que você não amplia o número de vagas, se você quer um grupo minoritário? Ou então, por que não melhora as condições de um ensino público de qualidade, para que todos tenham condições de concorrer na mesma situação? Mas isso não é interessante, o que eu quero dizer é que a legislação, hoje, no Brasil, apenas quer passar uma imagem. Dou outro exemplo, o de um decreto da governadora do Pará, à época em que foi descoberto que uma menina ficou na cadeia junto com dezenas de homens. Na mesma hora em que a notícia veio a público, que essa menina tinha ficado na cadeia de uma maneira totalmente ofensiva à dignidade dela, obviamente, sendo estuprada diuturnamente, ela baixou um decreto dizendo que mulheres e homens não podem ficar juntos na mesma cela.

Ou seja, descobriram a roda?


Kaufmann:
Nada mais simbólico, porque é obvio que não podem ficar juntos. Já existe a lei de execução penal que diz a mesma coisa. Mas qual é a preocupação dela? A preocupação dela, quando fez o decreto, não foi de resolver o problema, mas de passar uma imagem para a população de que ela era uma pessoa que não tinha nada a ver com aquilo, que não estava nem sabendo o que estava acontecendo na sua delegacia, o que é totalmente falso!.

Qual é a sua visão de tudo isso?

Kaufmann: O que a gente vê é a lei sendo utilizada como massa de manobra para poder convencer a população ignorante de que alguma coisa está sendo feita em prol dos direitos dela, mas na prática não passa de um jogo de palavras, porque nada daquilo é implementado. Cada vez mais, existe uma nova emenda constitucional para inserir um novo direito ao salário mínimo. Mas se o salário mínimo não consegue sequer cuidar da alimentação e da moradia, então, como pode colocar inúmeros outros direitos dentro do salário, se nem o primeiro deles consegue ser implementado?

Faz sentido afirmar que no Brasil só vai para a cadeia preto, pobre e prostituta?


Kaufmann: O que eu concordo, é que no Brasil só vai para a cadeia pobre, mas, infelizmente, a maioria pobre do Brasil é negra, então, por isso, o negro se legitima dentro dessa frase, mas não por conta da cor da pele, e sim porque no Brasil, lamentavelmente, ainda existe uma correlação entre a pobreza e a cor da pele. A prostituta a que você se refere está relacionada à pobreza, e não à profissão mais antiga que se tem conhecimento no mundo.

Na sua opinião, o que é preciso para se aprimorar a democracia no Brasil?


Kaufmann: A democracia precisa ser aprimorada a partir de uma reforma política. Especialmente, eu sou super favorável à ideia do voto distrital – fazer com que a população consiga cobrar mais efetivamente dos seus representantes. O modelo atual é um modelo péssimo. É um modelo que faz com que a pessoa depois se esqueça em quem votou e não cobre de seus representantes. O próprio representante não se sente cobrado. Essas passeatas contra a corrupção, sem ter um ponto específico de combate, representam apenas grandes festas em que se protesta de uma maneira niilista, ou seja, contra tudo e contra o nada, visto que hoje em dia existe de fato uma indignação geral quanto à política no Brasil, quanto à esses resquícios de estado patrimonial que nós ainda temos.

24 de outubro de 2011
Roberta Kaufmann
Fonte: Brasília em Dia

NOTAS POLÍTICAS

A NECESSIDADE DA REFORMA

Estaria a presidente Dilma Rousseff disposta a antecipar para novembro a reforma ministerial antes prevista para janeiro? No Congresso, há quem acredite na hipótese. Afinal, dois meses perdidos podem fazer falta. O fim do ano aproxima-se com o governo desgastado. Claro que existem ministérios funcionando, e bem. Mas há ministros que até hoje não mostraram competência. Nem probidade, referência àqueles lambuzados por malfeitos. Parece claro que, com as exceções de sempre, fracassaram aqueles impostos pelos partidos ou pelo Lula. Cinco já se foram. Existem outros.

Depois de quase um ano de exercício do poder, a presidente Dilma estará suficientemente forte para substituir aqueles que não indicou. Terá tido grata surpresa com um ou outro, mas deixa a desejar a média dos que recebeu como herança ou dos que foram pendurados no seu governo sem sua participação.

De qualquer forma, antecipada ou não a mudança, a expectativa é de que 2012 exprima nova fase na administração federal. Sem descuidar da contenção de gastos e sempre de olho no combate à inflação, seria hora da retomada de projetos de desenvolvimento econômico e social. Tempo para demonstrar a falência do modelo que o FMI tenta impor na Europa, combatendo crises com aumento de impostos, reduções salariais, demissões em massa e cortes nos investimentos sociais.

LIÇÃO OPORTUNA

“O objetivo supremo do Estado não é dominar os homens, nem contê-los pelo medo. É, sim, livrar cada um deles do medo, permitindo-lhe viver e agir em plena segurança e sem prejuízo para si e seu vizinho. O objetivo do Estado não é transformar seres racionais em feras e máquinas. É fazer com que seus corpos e suas mentes funcionem em segurança. É levar os homens a viver segundo uma razão livre, e exercitá-la, para que não desperdicem suas forças com o ódio, a raiva e a perfídia, nem atuem uns com os outros de maneira injusta. Assim, o objetivo do Estado é, realmente, a liberdade.”

Quem assim se expressou foi Baruch Spinoza, em 1660. Pena que sua lição até hoje não prevaleça.

ORDEM NO NINHO

Começa a germinar no ninho dos tucanos uma proposta sensata: do jeito que as coisas vão, o PSDB continuará no fundo do poço. Por que não aproveitar, então, a campanha paras eleições municipais, para uma reordenada completa em suas estruturas e lideranças? Não se trata de substituir ninguém, mas, apenas, de encontrar uma linguagem única. Mais do que tudo, porém, torna-se urgente reunir Aécio Neves, José Serra, Sergio Guerra, Geraldo Alckmin, Fernando Henrique, Aloisio Nunes Ferreira e outros, de preferência numa capela sem teto e com portas e janelas muradas. Algo parecido com o que um rei francês fez com os cardeais em Avignon, deixando-os ao sol e ao sereno até que escolhessem o novo Papa.

Carlos Chagas

LULA USA ORLANDO SILVA PARA AFIRMAR QUE SERÁ CANDIDATO EM 2014


Ao interferir de forma ilegítima para tentar manter o ministro Orlando Silva no cargo , afinal ele não é o chefe do executivo, e sim a presidente Dilma Rousseff, Lula aproveitou o episódio para anunciar que será candidato em 2014. Conclamou o PCdoB a resistir para que o titular do esporte no fique no cargo. Incrível.

Reportagem excelente de Luiza Damé, Chico de Gois, Gerson Camarotti e Maria Lima, manchete principal de O Globo de sábado, 22, focalizou tanto a investida e a concordância (temporária) de Dilma. Acompanha a matéria foto de Gustavo Miranda focalizando o momento em que, no Planalto, em entrevista, Orlando Silva anunciava ter passado do segundo tempo para a prorrogação.

Não sei por que, se a entrevista foi coletiva, só O Globo publicou o fato. Acontece. O imprevisto, que deu força à reportagem, realçando sobretudo sua importância política, não foi somente Orlando Silva não submergir no lago de Brasília, mas Lula emergir no cenário e, praticamente, antecipar que será ele, e não Dilma, o candidato do PT à sucessão presidencial de 2014. Sem dúvida. Não fosse isso, ele não teria incentivado abertamente o Partido Comunista do Brasil – que de comunista não tem nada – a resistir. Resistir a quem? Resistir a quê? Neste segundo caso à tempestade de denúncias. No primeiro, evidentemente à própria presidente da República.

Não se entende a atitude. A maior figura do PT incentivando um dos partidos da coligação a enfrentar uma decisão da governante do próprio Partido dos Trabalhadores. A contradição é indiscutível.Lula, com seu posicionamento abriu uma dissidência, um divisor de águas. Passou a existir um PT de Lula e outro PT de Dilma? Não dá. Não tem o menor cabimento.

A explicação só pode ser encontrada no caminho das urnas de 2014. Isso de um lado. Mas de outro causa o enfraquecimento do atual governo. Pois se alguém, afastado do palco central, entra em cena e consegue inverter uma decisão já sinalizada na tarde de sexta-feira, quando a presidente deixava escapar que convidada Orlando Silva a pedir demissão, é porque politicamente se configura uma situação de dependência entre o eleitor e a eleita.

Pelo que conheço de política, não deve ter sido fácil o diálogo entre Lula e Dilma. Tampouco será fácil, ninguém pense o contrário, a permanência efetiva de Orlando Silva. Uma questão de autoridade encontra-se em jogo. Porque será eternamente um desempenho solitário de quem está com a caneta na mão. Os exemplos ao longo da história são múltiplos. O mais recente o do ministro Golbery do Couto e Silva. O presidente Ernesto Geisel, depois de escolher João Figueiredo para sucedê-lo no crepúsculo da ditadura, conseguiu sua permanência na chefia da Casa Civil, certo de que controlaria o Palácio do Planalto. Ledo engano, como costuma dizer Carlos Heitor Cony: pouco mais de um ano depois, era afastado do cargo.

Assim, Lula erra o cálculo de forçar uma divisão das decisões presidenciais. Dilma errará se aceitá-la. Por essas e outras, é de se pensar que a prorrogação da permanência de Orlando Silva nas reuniões ministeriais será curta.
Não há clima para sua participação, inclusive com a notícia, divulgada pela Folha de São Paulo também a 22, de que a FIFA o afastou do diálogo em torno da realização da Copa das Confederações de 2013, e da Copa do Mundo, 2014.
Por uma coincidência do destino, ano das próximas eleições presidenciais no Brasil.

A manutenção de Orlando Silva, por sinal, dá ânimo à oposições se o candidato for Aécio Neves. E isso nem Dilma nem Lula desejam.

Pedro do Coutto

BLINDAGEM DO MINISTRO ORLANDO SILVA REPRESENTA MAIS UMA DESMORALIZAÇÃO PARA O BRASIL NA IMPRENSA INTERNACIONAL


A preservação do ministro do Esporte, Orlando Silva, no cargo, em meio a gravíssimas acusações de corrupção que envolvem também seu antecessor, Agnelo Queiroz, hoje governador do Distrito Federal, representam mais um vexame internacional para os brasileiros.

Sem ter como responder, somos obrigados a aturar importantes jornais estrangeiros, como o espanhol “El Paíz” e o inglês “Financial Times”, a publicarem matérias que nos desmoralizam, dizendo que o governo do Brasil precisa combater a corrupção, o que significa afirmar que atualmente não o faz.

O pior é que, como dizia o genial cineasta Orson Welles quando esteve no Brasil, “it’s all true”, ou seja, é tudo verdade. Não há dúvida de que Lula fez um bom governo, superando inclusive uma grave crise internacional, e a sucessora Dilma Rousseff também está indo bem, administrativamente, se não levarmos em conta o problema da corrupção sistemática. E é tudo verdade.

A desmoralização do país se agrava em função da Copa do Mundo de 2014, que torna ainda mais escandalosas as notícias sobre gravíssimas irregularidades justamente no setor que cuida dos preparativos do campeonato esportivo mais importante do mundo.
A imprensa britânica, ainda mordida porque a Fifa não aceitou fazer as próximas Copas na Inglaterra, vai deitar e rolar. Sexta-feira, o jornal “The Guardian” já repercutia as más notícias sobre o Brasil.

Os britânicos, que deveriam se contentar em difamar o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, nos últimos tempos vivem a acusar também João Havelange, o dirigente esportivo internacional mais importante da História, como se ele fosse tão corrupto quanto seu ex-genro. Não sabem (ou não querem saber) que Havelange sempre foi um empresário de sucesso, um homem rico, dono da Viação Cometa, uma das maiores transportadoras do país, e de várias outras empresas. Jamais precisou se corromper para ganhar dinheiro, o maior erro de sua vida foi colocar o genro na CBF, e hoje paga caro por essa falha.

Na sexta-feira, o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, já considerava decidida a demissão do ministro Orlando Silva. Em coletiva para jornalistas de vários países, na sede da entidade em Zurique, Valcke disse que está pronto para conversar com um novo interlocutor da presidente Dilma, em novembro, quando virá ao Brasil para discutir a organização da Copa do Mundo de 2014.

“Terei um encontro com a nova pessoa indicada pela presidente para conduzir a Copa no plano governamental. Tenho a confiança de que a presidente tomará a decisão correta, independentemente do que acontecer com o ministro Orlando Silva”,
anunciou.

O maior escândalo esportivo do Brasil, na verdade, não são as fraudes com as ONGs no Ministério do Esporte. O que mais nos desmoraliza são os inacreditáveis gastos com a construção e reforma dos estádios de futebol, que sairão quatro ou cinco vezes mais caros do que obras semelhantes que acabam de ser realizadas na Itália e na Alemanha.

Quase todas as reformas estão sendo feitas sem projeto previamente detalhados. Consequentemente, sem licitações sérias e disputadas com lisura. Os aditivos aos contratos se multiplicam, impunemente, enquanto os órgãos responsáveis pela fiscalização (os Tribunais de Contas da União e dos Estados) fazem seguidas denúncias que não adiantarão nada.

Em matéria de corrupção, ninguém tirará do Brasil o título de campeão mundial.
Neste particular, a Copa de 2014 realmente está destinada a ficar na História. E repetindo Orson Welles, é tudo verdade.

Carlos Newton

VEREADOR QUER PROCESSAR E PRENDER EDUARDO PAES POR IMPROBIDADE

O vereador Eliomar Coelho (Psol-RJ) quer a prisão do prefeito por improbidade administrativa. Eliomar que, recentemente, tentou instaurar a CPI das Remoções para investigar as denúncias de irregularidades no reassentamento de famílias desalojadas pelas obras de infra-estrutura para a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, vai entrar com uma queixa-crime contra o prefeito por conta da compra de um terreno que pertencia a empresas doadoras para a campanha de Paes, em negócio feito por valores questionáveis.

O vereador investiga o contrato de compra, sem licitação, entre a prefeitura e a empresa Tibouchina Empreendimentos, que pertence às imobiliárias Rossi Residencial e PDG Realty. “O projeto vitorioso no concurso que foi realizado entre os escritórios de arquitetura tem a Vila Autódromo mantida. O Rio vai gastar R$ 80 milhões para remover a comunidade, mas esse valor transformaria aquela área em um verdadeiro paraíso,” explica Eliomar Coelho e ao mesmo tempo questiona: “Por que isso, então? Negociar sem licitação com empresas que contribuiram com a própria campanha?”.

E acrescenta, “se essa casa (a Câmara Municipal) fosse minimamente séria, já teria pedido o impeachment do Paes”.

A denúncia deve ser oficializada logo que alguns pareceres técnicos sejam entregues. Entre os documentos, está uma avaliação do real valor do terreno, que valeria menos do que os R$ 19,9 milhões pagos.

Segundo o vereador, “esse valor é absurdo. O terreno era usado para extração de saibro, o que inutiliza boa parte dele. Além disso, há uma pedra perto de uma área de encosta. A prefeitura pagou um valor para poder usar apenas dois terços da extensão do terreno”.

Paulo Peres

NEM TUDO ESTÁ PERDIDO...


Nem tudo está perdido. Câmara vai investigar Ricardo Teixeira, a CBF e os preparativos da Copa.

Enquanto se aguarda a demissão do ministro do Esporte, Orlando Silva, surge uma boa notícia. O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, além dos dirigentes do COL (Comitê Organizador Local da Copa-2014), também chefiado pelo dirigente, serão investigados por uma comissão instalada pela Câmara dos Deputados, em Brasília.

Serão apuradas as denúncias de irregularidades, como o critério de divisão dos lucros do Mundial, os acordos firmados entre a CBF e as redes de TV e patrocinadores e os excessivos gastos com a construção e reformas de estádios.

Formulada pelo deputado Anthony Garotinho (PR-RJ), que em março tentou reunir assinaturas para criar uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) contra o cartola, mas não conseguiu, a proposta foi aprovada pela Comissão de Fiscalização Financeira e Controle.

“Em sua defesa, Ricardo Teixeira afirma que esta Casa não tem poder de investigá-lo, já que não há recursos federais envolvidos na organização da Copa. Entretanto, somente de renúncia fiscal há mais de R$ 1,1 bilhão envolvido, e com certeza renúncia fiscal é recurso federal”, argumenta Garotinho, acrescentando que a as renúncias englobam estádios e sistemas de infraestruturas de cidades-sede.

O deputado também propõe que a comissão investigue o recebimento de salários pelos membros da diretoria da CBF, o que seria proibido, além de possível prática de lavagem de dinheiro pela Confederação e o financiamento de campanhas eleitorais. Garotinho diz ainda que Teixeira paga advogados com recursos da entidade, que é privada, para se defender das múltiplas e sucessivas denúncias.

Carlos Newton

UM SUPOSTO "ROAD MOVIE" PARAGUAIO COM POLICIAIS DE BRASÍLIA

Aproveitando a safra de roteiros com muita ação e corrupção, tramita na ouvidoria da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal uma denúncia que, se pesquisada, daria um filme policial de estrada, de grafite, de política, teatro, esportes, manipulações, negligências e pedofilia. Decerto uma película tão empolgante quanto “Tropa de Elite2”.

Nela, 40 policiais militares do Distrito Federal embarcam em um ônibus especialmente fretado que os levará até a bela e turística Foz do Iguaçu, no sul do Brasil, região da Tríplice Fronteira. Estão em missão. São os 40 motoristas escalados para conduzir de Foz do Iguaçú até Brasília o primeiro lote dos 70 carros doados pela Receita Federal para a Subsecretaria de Programas Comunitários da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal.

Mas antes de chegar a Brasília, o comboio de 40 carros “dá um pulinho” em Ciudad del Este no Paraguai. Dali os 40 automóveis guiados por policiais militares voltam ao Brasil abarrotados de contrabando. Ao fim da viagem de 1.600 kms, a mercadoria é receptada por comerciantes da chamada Feira dos Importados.

Não é ficção. As denúncias são graves e atingem pessoas que comandavam a Subsecretaria de Programas Comunitários nos governos passados.

Eis a questão. Se de um lado temos sob acusação personagens poderosas que ocupam atualmente o primeiro escalão do governo Agnelo Queiroz, do outro lado são quatro mulheres do povo (Benelízia, Vanessa, Thayse e Bruna) e um oficial da reserva (major Bento), todos gravitando em situações onde constataram irregularidades na Subsecretaria de Programas Comunitários.

As denúncias vão desde manipulação da lista de casa própria da CODHAB, com cobrança de propina, a questões trabalhistas, contrabando, e o mais grave, relacionamento sexual com menor de idade. Logo a SUPROC, que divulga matéria contra a pedofilia em seu site.

A narrativa são declarações do major Jorge Bento da Silveira – secretário do Conselho Comunitário de Segurança do Jardim Botânico-DF. Refere-se a denúncias de abril de 2010 relatadas no processo n°: 0480.000726/2010 da Corregedoria-Geral do Distrito Federal.

O depoimento na ouvidoria da Secretaria de Segurança, base desta reportagem, foi tomado a 2 de dezembro de 2010 perante Dra. Ritalice de Fátima Porto, a titular, e Terezinha Amorim de Oliveira Kramer, escrivã de polícia.

O declarante lamenta por que até o momento, outubro de 2011, nada aconteceu. Nenhuma providência foi tomada. E ao contrário do que esperava, o principal alvo das denúncias, Francisco Normando Feitosa de Melo – ex-subsecretário da SUPROC -, tem privilégios também no atual governo: é o presidente do Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente – CDCA/DF – nomeado pelo governador Agnelo Queiroz.

Sem pré-julgamentos, a sociedade brasiliense merece respostas de condenação ou absolvição quando autoridades são acusadas. O que não cabe aqui é o silêncio e a indiferença compartilhados, ambos alimentados pelo medo. Aparentemente blindados também no “Novo Caminho”, Francisco Normando Feitosa de Melo e seus 40 comandados, contudo, ainda reivindicam defender o bem-estar de menores. E pelo visto, sequer serão investigados.

Pedro Artur Cortez

JUSTIÇA ZANGADA


Nos últimos dias, notadamente nos noticiários e em artigos publicados nas diversas folhas, alguns eméritos próceres do Judiciário e também articulistas desfilaram o seu mau humor de forma contundente.

A impressão é de que tudo, ou quase tudo, se resume no debate relativo à preservação das prerrogativas do Conselho Nacional de Justiça. Os magistrados interpuseram ação de inconstitucionalidade arguindo preceito da Carta Magna que, presumidamente, veda o julgamento de juízes denunciados por corrupção pelo Conselho, sem que antes as Corregedorias das diversas Regiões se manifestem sobre as denúncias. Em suma, esta primeira etapa jurisdicional não poderia ser afastada.

A sociedade esperneou e o Supremo achou por bem adiar o julgamento.

Os argumentos da magistratura sempre se mostram pertinentes: o devido processo legal, os imaculados preceitos da Constituição, o caráter republicano brasileiro etc.

Os juízes defendem a sua tese relembrando as enormes dificuldades para alcançar o Estado de Direito no país, inclusive se pondo contra as urgências reclamadas pelo povo, mas sempre em benefício do povo, embora este não o reconheça porque é povo.

O litígio não é tolo, mas pontual. A sociedade rejeita o compadrio e a leniência das Corregedorias, e a magistratura se contrapõe lançando mão do devido processo legal. A primeira quer falar diretamente com Deus, a segunda insiste na intermediação dos santos. O paralelo parece legítimo. A Igreja fez o mesmo. As denúncias contra clérigos pedófilos eram sufocadas ou encobertas pelos seus superiores, que permaneciam deliberadamente omissos na aplicação de punição adequada para o crime hediondo. As vítimas foram obrigadas a apresentar seus agravos ao Sumo Pontífice, o qual, supostamente constrangido, revirou os armários imundos dos sacerdotes sacrílegos e impôs ações severas, preventivas e repressoras, contra a infâmia perpetrada por esses canalhas e seus coiteiros.

O desvairado protesto dos fiéis, o grito de socorro, a indignação sem controle e a exposição dos patifes não mais deram chance para o silêncio da Igreja e fizeram cessar a perpetuação do escândalo. Nesse caso, não foi cumprido o devido processo legal.

Não é verdade, como sustentam alguns, que o Poder Judiciário seja o pior dos três, mas não é mentira que a onipotência, a arrogância e a vaidade constituem especificidades próprias dos seus agentes, notadamente entre os mais jovens.

Entretanto, a menos virtuosa característica dos juízes é a indolência de muitos. As justificativas se sucedem aos atropelos: o excesso de processos, a burocracia dos cartórios, a falta de meios mínimos para acelerar o trâmite dos autos, a legislação processual entulhada de recursos inócuos e expedientes protelatórios, a exiguidade de tempo para a leitura de petições bíblicas, a necessidade de atender a advogados mais ansiosos, o calor etc.

Há cabimento satisfatório, mas não suficiente, em todas essas ponderações.

Em passado não muito distante, o querido amigo Candido de Oliveira Bisneto, naquela época presidente da OAB do Rio, foi abordado nos corredores do fórum pelo seu colega, Raul Celso Lins e Silva, o qual lhe pediu que o acompanhasse numa visita de congratulações ao juiz carinhosamente conhecido pelo apelido de Tonico Siqueira, então titular da 14ª vara Cível.

O juiz, surpreendentemente, dera andamento e limpara as prateleiras, no período de quatro meses, de todos os processos pendentes da 4ª vara de Família, cuja titular era um desastre nos cumprimentos mais elementares das suas obrigações. Lá chegando, depois dos elogios e abraços, ambos os advogados, ávidos por respostas, perguntaram ao juiz, hoje desembargador, qual o segredo para aquele desempenho incomum de presteza.

O ilustre magistrado, com muita simplicidade, desvendou o que se pressupunha sortilégio. Contou que no tempo em que militava na advocacia chegava todos os dias ao escritório às nove horas e lá permanecia trabalhando até as dezenove horas. Ele, meramente, manteve essa mesma rotina no exercício da magistratura. Nada, além disso. Por fim, sem ocultar o legítimo orgulho, confidenciou aos dois amigos que jamais levara para casa um único processo.

Outro exemplo, mais recente, foi revelado pelo noticiário dos telejornais: o juiz da 7ª vara Federal de São Paulo utilizou métodos criativos de agilidade processual e a sua iniciativa se tornou motivo de regozijo para os serventuários e para os advogados que tiveram a fortuna de ver processos seus serem distribuídos para o cartório em apreço. Não pode o exemplo ser copiado? Não pode uma andorinha só fazer verão?

Apesar de todas as justificativas atribuídas pelos juízes para a morosidade dos processos, talvez a verdade possa ser desnudada alhures, sem muito esforço.

Releve-se, inicialmente, que a vocação para o exercício da magistratura sequer é considerada para o candidato ao cargo. A maioria apenas almeja um emprego seguro e bem pago, sem as vicissitudes da submissão hierárquica, as exigências do trabalho sem descanso, como também a permanente e irremediável busca por clientes em universo repleto de bravos advogados militantes.

Depois de assumirem as suas funções, aliás, como resultado de uma expressiva, vitoriosa e árdua batalha travada nos concursos públicos, os magistrados recém-empossados adormecem em berços esplêndidos. Nada lhes é cobrado. A sua avaliação profissional, de curto período, é realizada de forma perfunctória. O juiz se torna dono do seu nariz, agora, então, enorme nariz.

Mas o grande estímulo para drástica redução do seu entusiasmo consiste na certeza da condição vitalícia de sua ocupação em cargo público. Essa convicção lhe conduz para o entorpecimento do ânimo e do empenho. Não é para menos, pouco é exigido e tudo lhe é garantido, inclusive a sua aposentadoria com vencimento integral.

Os privilégios da classe propiciam a distorção democrática, talvez a merecer reformulação na vitaliciedade do posto. Mas esse é um tema sujeito a inúmeras discussões em âmbito nacional.

A toga faz bem para a sociedade. Dá a sensação de segurança e alimenta a esperança de justiça no Brasil. A toga torna solene o ato praticado pelo homem que a veste e solene deve ser para a importância do ato que pratica. Mas a toga, mesmo rota e embranquecida pelo tempo, não pode ser usada em ombros sujos e venais. Graças a Deus, são escassos, ínfimos no país, juízes de letra minúscula, enxovalhados e desgraçados por ações criminosas.

O Judiciário brasileiro é limpo, mas os seus distintos delegados poderiam afastar a adoção de algumas atitudes menores no exercício de suas atribuições: a postura aristocrática; o voto prolixo que apenas atende à vaidade do seu prolator; a arrogância e a onipotência perante o mundo jurídico e até fora dele; a exigência de palácios para o abrigo de uma justiça ainda maltrapilha; o cumprimento de prazos; a falta de gestos de compaixão com trôpegos advogados de ternos puídos que trafegam pelos corredores dos tribunais e apenas reivindicam justiça breve para os clientes mais carentes; a clava forte para os aproveitadores e lobistas; a resistência injustificada, a não ser em virtude de inamovível obstáculo, para o empenho na prestação jurisdicional.

A sociedade tomou partido na questão do Conselho Nacional de Justiça em confronto com a Associação dos Magistrados, mas, seguramente, pouca atenção daria a esse irrelevante conflito interno do Poder Judiciário acaso se fizesse justiça eficiente no Brasil.

Francisco de Assis Chagas de Mello e Silva

SOBRE ÍDOLOS, HIPOCRISIA, FALSIDADE, PATIFARIA E CONGÊNERES

Em fevereiro, publiquei aqui um texto do Janer Cristaldo, tratando sobre como "a estória se repete" na forma de tragédia ou palhaçada, parodiando o trabalhador aquele que sempre viveu pendurado nas burras de algum amigo rico enquanto se dedicava a criticar a riqueza alheia.

Voto a publicar o texto, ilustrando-o com imagens colhidas na rede mundial.
Presidente Francês apela a recursos da Era de Stalin
por Janer Cristaldo



Pois... isso de chefes de Estado do Ocidente ficarem se roçando junto a dirigentes árabes acaba caindo mal. Agora que Kadaffi mandou bombardear os manifestantes em cidades líbias e promete publicamente matar quem lhe faça oposição, como ficam na fotografia os líderes ocidentais?

Tony Blair recebeu afavelmente o ditador e o qualificou como parceiro na guerra contra o terror.
Logo Kadaffi, que deu apoio aos terroristas que explodiram um avião sobre Lockerbie, matando 270 pessoas.
Silvio Berlusconi encontrou em Kadaffi uma alma gêmea.

Condoleeza Rice foi homenageada pelo assassino com jantar de gala.
Kadaffi acaba de declarar que não irá deixar a Líbia, que é "a nação de seus ancestrais", e irá morrer no "honrado solo de seu país".


Traduzindo: vai matar mais gente, até que não possa matar mais ninguém. Ditador nenhum gosta de morrer no honrado solo de seu país. Ditador sempre prefere morrer em exílio dourado.
Lula o considerava “amigo e irmão”. Ao longo de seus oito anos de mandato, teve quatro encontros com o ditador. Em um deles posa com Kadaffi, ornado com um de seus berrantes parangolés, de um amarelo de doer os olhos. Justifica:

- Quando o primeiro-ministro britânico se reúne com o Kadaffi, todo mundo acha o máximo, mas quando eu me reúno com ele, todos criticam - rebateu Lula à época do segundo encontro.
Ou seja: se o premiê britânico abraça um tirano, eu também posso abraçar. Curiosa lógica.

Mas o melhor está acontecendo na França. Em 2007, o coronel Muamar Kadaffi visitou um de seus congêneres, o presidente Nikolas Sarkozy. Em tais encontros, a praxe é que o evento seja registrado com uma fotografia oficial. Nesta foto, um Sarkozy sorridente, em gesto afável, aperta a mão do ditador, que por sua vez ergue o braço esquerdo em sinal de plena adesão.

Segundo leio no Nouvel Obs, a França aderiu à prática soviética de eliminar da história companhias inconvenientes. Stalin era mestre nisto.
É célebre a foto de um discurso de Lênin, em 1920, na qual a foto de Trotsky foi apagada. E isso quase um século antes do photoshop.

Pois bem. No atual site da Presidência da República, que faz a cobertura completa do governo Sarkozy, com mais de dez mil fotografias, a foto do ditador líbio apertando a mão de Sarkozy sumiu. Nem precisa mais retoques, nem photoshop. Basta detonar a foto.

Espantoso ver, em 2011, um presidente francês usando recursos stalinistas dos anos 20 do século passado.
Fonte: Janer Cristaldo

COMENTO

Não chega a causar tanto espanto, agora que o ex-lider e atual ex-ditador está comprovadamente morto, verificarmos o quanto esse pessoal ama a democracia e a paz mundial.

O terrorista dos anos 80, líder do mundo árabe nos 20 anos seguintes, rebaixado a tirano nos últimos dez meses, teve seu reino bombardeado por forças militares da OTAN, com o apoio histérico das líderanças políticas francêsa, italiana e alemã e um suporte moral mais discreto das demais "potências", sob o argumento de defesa da população civil.

Certamente, os mortos em tais bombardeios não faziam parte da população civil. Interessante ninguém se preocupar com a população civil da Somália.
Como no Iraque, as grandes multinacionais dedicadas ao ramo da construção já se organizam para a "reconstrução" do país, em troca, é claro dos petrodólares líbios.

Nada a favor de Muammar Kadafi (ou Ghadhafi na melhor aproximação da pronúncia oficial), mas se a "nova direção" líbia tentar pensar em estabelecer condições para essa "reconstrução", não vai se sustentar por muito tempo.

Mas ao vermos as fotos mostrando, em um momento, sua recepção com cordialidade pelos dirigentes mundiais e sabendo-se que no momento seguinte essas mesmas pessoas incentivaram sua destruição como autoridade e como ser humano, dá um certo mal estar e descrença geral na honestidade do bicho gente.

É certo que alguém já afirmou com precisão que no jogo diplomático não existe amizade entre países, mas somente interesses nacionais, todavia assistir tanta falsidade e hipocrisia em "líderes" mundiais é muito desconfortável. É claro que não é novidade. Saddan Hussein, Osama Bin Laden, o próprio Bachar Al Assad (aparente "bola da vez") já serviram de exemplo de como o vento muda ao soprar sobre os tais interesses nacionais, mas que é nojento é!

O jornalista Carlos Chagas, ainda hoje, escreveu:

"O espetáculo medieval do assassinato e mutilação do cadáver de Muamar Kadaffi nos leva à suposição de no futuro o falecido passar de ditador a vítima, depois mártir e finalmente a herói em seu país. Será sempre bom lembrar que Napoleão, depois de Waterloo, era mostrado na imprensa européia como o monstro sanguinário isolado em Santa Helena até a morte. Com os Bourbon outra vez no trono, a Santa Aliança e a volta das monarquias absolutas, ficou sufocado o sentimento majoritário francês, a ponto de divulgarem que o “filho da Revolução” tornara-se o “genro da Reação. Passadas poucas décadas, no reinado de Luis Felipe, com o corpo de Napoleão transladado a Paris, atravessando a cidade em cortejo monumental, milhões de cidadãos ficaram nas ruas para pranteá-lo. Cada país tem o Napoleão que merece. Kadaffi foi um déspota cruel, impôs sua vontade por 42 anos, mas criou uma nova Líbia, com maciços investimentos em educação e saúde públicas. Melhor aguardar o pronunciamento da História."
De tudo, nos resta que a vaidade humana é uma grande imbecilidade. E temos tanta gente "se achando o máximo"!


CORDA DE ENFORCADO

A energia atômica caminha para ser usada apenas como arma de dissuasão. Como geradora de energia está com os dias contados.
Chernobyl, cidade-fantasma localizada no norte da Ucrânia e, recentemente, a usina nuclear de Fukushima, no Japão, vieram mostrar que essa forma de produção de energia elétrica é ‘limpa’ no linguajar politicamente correto, mas perigosa para a segurança humana. E aí entra a corrida às fontes de energias tradicionais. O petróleo está no topo da lista.

Quem tem reservas de petróleo, e não possui exércitos para garantir, está caindo nas mãos dos lobos. Estados Unidos, França, Itália, e outros países ditos do primeiro mundo, atacam os países, desestabilizando os governos e colocando outros figurantes para lhes representar no jogo da hegemonia planetária dos mais fortes. O Oriente Médio está caindo como fruto podre. Idem o norte da África. A maioria de seus lideres, que antes foram alçados e protegidos no poder por essas mesmas forças que hoje lhes tiram do governo, caem um a um, abrindo as torneiras do óleo negro, que um dia após a queda, jorra pelo ‘ladrão’, derramando combustível até pelas torneiras da cozinha. Óleo barato e farto, sem pressões de aumentos determinados pela OPEP (Organização dos Países Exportadores de Petróleo).
O mundo assiste ao saque que as nações ricas fazem contra os países indefesos, e nada reclama. Não entra na divisão do bute, não se beneficia com o assalto; e cala temeroso.

Aí eu pergunto: Por que os países que possuem armas atômicas, como a Turquia, Índia, Korea do Norte, Rússia e China, não são molestados? Estes são santuários onde os poderosos não se atreveriam colocar os pés. O Iran, que inicia uma corrida em busca de um artefato nuclear, está na mira dos potentados. Virou a bola da vez. O problema é saber se o ditador Mahmud Ahmadinejad balançará enforcado em uma corda, ou levará uma meia dúzia de tiros na cabeça, refugiado, como de sempre, em seu torrão natal. “- É doce morrer em casa!” Dirão alguns. Se ele vencer a corrida da construção de sua primeira bomba atômica, estará salvo da ganância dos poderosos.

Essa corrida assassina em busca do petróleo, começa a me preocupar. O ex presidente Lula já está na mira da ganância dos potentados. Encheram-lhe o ego, chamando-o de ‘o cara’! Ele acreditou. Imagina ser o brasileiro mais ‘ético e moral!’ Para ele roubar faz parte do processo de tomada do poder. “- Se fui eleito, logo passei a ser dono do país!”

Para o ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil deixou de ser uma nação e se transformou numa propriedade particular. Seus amigos mobíliam todas as repartições públicas. Inchou o número de ministérios e criou dezenas de secretarias especiais para abrigar os expoentes do partido e das agremiações políticas que o apóiam. Nesse processo são dispensadas as qualificações. Vale a servidão ao todo poderoso governante, que mesmo tendo uma mulher à frente da presidência da república, continua mandando no país. É o Presidente do Conselho de Governo da Federação Russa, Vladimir Putin, à moda brasileira.

Aos auxiliares que extrapolam o avanço ao pote, deixando rastro do assalto aos cofres públicos, ele recomenda que devem ter ‘cascos duros’, e não entregarem os cargos.
“- Firmeza, camaradas!” Ordena. “Vocês não cometeram nenhum crime, apenas praticaram pequenos deslizes!”

O Ministro dos Esportes, Orlando Silva, com todas as denúncias de malversação do dinheiro público, continua no cargo. O ex presidente ordenou que fosse mantido no cargo, e ele continua absoluto, ainda que descredenciado pela FIFA. Eu imaginava que ao ser comunista, o máximo da transgressão seria comer ‘criancinhas’ - o que já é bastante preocupante, pois não se sabe se agem como pedófilos, ou canibalizam as pequenas vítimas -, mas roubar descaradamente e pousar na televisão de vítima, é esculhambar demais a legenda do PCdoB.

O partido comunista brasileiro vive infernizando o país a cerca de 90 anos. Em todos os conflitos políticos que marcaram a história do país nesse período, sempre estavam lá as mãos desses criminosos. São uns genocidas natos! Só não sabia que eram também mãos-leves. Ratazanas pestilentas como os comuno-petistas que tomaram de assalto o poder.
Vejo na minha bola de cristal uma corda sendo lançada no pescoço de um marginal. De um ex presidente da república, sem nunca ter sido. A dúvida é se antes da corda, uma rajada de tiros não imita o fim trágico do ex ditador da Líbia, Muamar Kadafi.
“- Deus, não permita isto!” Suplicou Kadafi diante da fúria dos seus beneficiados com a bolsa família oriental.

Por que os ditadores quando se vêem perseguidos, correm todos para suas terras natais; e são capturados em quarto de sua residência, em buraco cavado no fundo do quintal ou em tubulação de esgoto? Nesse ponto os ditadores imitam os nossos traficantes. Eles se refugiam nos altos dos morros, escondem-se debaixo da cama de suas residências, e são capturados pela polícia. Depois acontece a cena que se assiste pela televisão. O bandido é morto a tiros e desce o morro transportado num carrinho de mão, deitado de bruços, com a cabeça balançando na frente. Chocante a cena!

Ser bandido não é sinal de esperteza. O cara é burro, mesmo! Só tem pompa e circunstância. Se é endeusado pelos canalhas, aí gruda um microfone em uma das mãos e banca o pop star, correndo de um lado para o outro em cima de um palco, aplaudido por uma multidão de famintos, alçados à condição de ‘classe média’, pelo fato de serem assistidos com uma Bolsa Família que não cobre o valor de um quinto do salário mínimo! Esses enganados serão os carrascos que gritarão em seus ouvidos, quando apelar por misericórdia. “- Cala boca, seu cão!”

Aqui cabe uma observação. Esta semana a revista Carta Capital, edição n.º 668, trás um artigo assinado pelo jornalista Leandro Fortes com o título: ‘Nós, os inimigos’. Inverte o conteúdo de um documento produzido pelo Exército que orienta o pessoal de informação como proceder diante dos acontecimentos nacionais. É um texto com 162 páginas que se chama ‘Manual de Campanha - Contra-Inteligência’. Todos os exércitos do mundo, independente dos órgãos especialmente criados para exercer este trabalho, têm esta seção de coleta de dados.
O ministro da Defesa, Celso Amorim, inflado pelos comunistas, ‘quer saber se a Marinha e a Aeronáutica produziram manuais semelhantes’. ‘Elementar, meu caro Watson!’

Essas Forças também criaram e exercem esta tarefa que é inerente à segurança das FFAA. A instituição militar não pode ficar refém das informações produzidas por órgão ligado diretamente à presidência da república, como o Gabinete de Segurança Institucional.

No bojo dos revoltados pela criação do manual de informação do Exército, está um certo capitão, comunista por opção - que vive aos abraços com o ex presidente Lula, o ex ministro da Justiça (hoje governador do Rio Grande do Sul), Tarso Genro, e é só elogios para os canalhas petistas, como o ‘mensaleiro’ José Dirceu. Aparece na matéria como entrevistado, fazendo-se de vítima. No seu imaginário de desocupado pouco criativo, acha que é reformador da doutrina militar.

Este cidadão peca duas vezes: não tem capacitação cultural para se envolver num obra de tamanha magnitude, e é um limitado moralmente, pois se tivesse um mínimo de auto respeito, já teria solicitado exclusão das FFAA, mas vive por aí, implorando uma reforma como inválido para o serviço militar. Uma pena! Jogar uma carreira às traças, só por que ouviu o galo cantar e não sabe aonde!

Nossas jazidas de petróleo - principalmente as descobertas em áreas de pré-sal, que por se encontrarem localizadas fora dos limites de nosso mar territorial (12 milhas náuticas, 22 quilômetros), causam sérias preocupações -; as jazidas minerais; a biodiversidade das florestas da Amazônia; os reservatórios subterrâneos de água doce, um dos maiores do planeta; nossas imensas faixas de terras cultiváveis, etc., são alvos constantes da cobiça internacional. E ainda se entrega parte do nosso território - extensas faixas de terras transformadas em reservas indígenas autônomas - a tribos que são manipuladas pela presença de colonizadores estrangeiros. Terras localizadas em áreas de fronteiras, onde não é permitida a entrada de brasileiros; até as FFAA precisam de autorização do cacique (porta voz dos diretores de ONGs estrangeiras), para entrar. A IV Frota Naval dos Estados Unidos esteve fazendo uma inspeção em nossas reservas de petróleo, descobertas em áreas de pré-sal. O poder de fogo dessa frota - apenas ela - é capaz de colocar os nossos exércitos de joelhos. - Bandeira branca! Responderão os nossos generais, ante a ordem de rendição dos invasores.
- Disciplina! Ordem se cumpre! E entregam o país.
A nação precisa acordar para o aparelhamento das FFAA. Não podemos levar adiante este mundo de picuinhas em que meia dúzia de lesas-pátria, quer transformar os nossos soldados em pasto de uma vingança descabida. Urge que a nação construa urgentemente a sua bomba atômica e seus lançadores de artefatos nucleares. O país precisa de segurança para sobreviver como nação. Acorda Brasil!

José Geraldo Pimentel
Cap Ref EB
Rio de Janeiro, 23 de outubro de 2011

A DOCE PRIMAVERA NA LÍBIA: 53 CORPOS DE PESSOAS EXECUTADAS

Encontram-se mais 53 corpos de pessoas executadas pela doce “Primavera” na Líbia… Governo de Transição suspende exposição turística dos corpos de Kadafi e de seu filho

Pois é… Pedem agora uma investigação sobre a as circunstâncias das mortes de Muamar Kadafi e de Mutassin, seu filho, a Comissão de Direitos Humanos da ONU, a Anistia Internacional e a Human Rights Watch. Demorou um pouquinho para cair a ficha, né? Quando a imprensa mundial — e também a brasileira, com as exceções de praxe — batiam palmas e soltavam rojões, este blog reagiu de imediato: “Assim não!”

A morte dos Kadafis é apenas um emblema. A questão de fundo é outra. Os ditos “rebeldes” da Líbia também massacraram, cometeram assassinatos em massa, estupraram, fizeram o diabo. Nesta segunda, encontraram-se 53 corpos em decomposição, com sinais de execução, de prováveis simpatizantes de Kadafi. Segundo a perícia, devem ter sido mortos entre os dias 15 e 19, já com o novo poder instalado e reconhecido.

Kadafi era um assassino asqueroso e matava sem que o Ocidente sujasse as suas mãos de sangue, não com ele ao menos. Os “rebeldes” praticaram suas atrocidades com o patrocínio de Barack Obama, Nicolas Sakozy, David Cameron, Otan e ONU. E essa diferença faz toda a diferença. O governo de transição tenta afetar agora alguma civilidade. Pôs um fim à indecorosa exposição dos corpos de pai e filho num açougue, como atração turística. Os visitantes se colocavam ao lado dos cadáveres para tirar foto em celular. Como achar isso normal?

O suspeitíssimo Mustafa Abdel Jalil, aquele que declarou sem efeito qualquer lei que não tenha como base a sharia, deve achar que o vilipêndio de cadáver honra o Islã, não é mesmo?

Mas por quê?
Por que insisto tanto nesse tema? Porque há uma espécie de delírio coletivo, que junta, curiosamente, pessoas das mais diversas correntes (de ideologias às vezes adversárias), a endossar a barbárie, como se todos os métodos fossem válidos para depor as ditaduras árabes. E eu estou entre aqueles que acham que não são. Há certas coisas inadmissíveis, especialmente quando contam com a chance da ONU.

Não era preciso ser simpatizante do desprezível Kadafi — como nunca fui; quem o chamava de “irmão” era o Apedeuta — para reagir de pronto àquelas barbaridades. Investigar mortes? Investigar o quê? As imagens falam por si mesmas; são bastante eloqüentes. É claro que a sua divulgação busca intimidar eventuais opositores — não necessariamente ex-partidários do tirano morto. Fica claro a toda gente que o novo poder sabe ser brutal e cínico, a exemplo daquele que foi deposto. Não fosse assim, esse tal Jalil não insistiria na tese ridícula de que Kadafi e seu filho foram mortos numa troca de tiros. Troca de tiros com quem?

Insisto nessa questão porque outras coisas estúpidas podem acontecer decorrentes do não-reconhecimento da realidade como ela é. Trata-se de uma mentira deslavada a história de que o carniceiro Bashar Al Assad enfrenta anjos desarmados do pacifismo na Síria. Não! Enfrenta milícias armadas, composta por outros carniceiros. Já relatei aqui que tenho algumas informações que vêm da Síria que passam por poucos filtros. Assad é um ditador, sim, mas está enfrentando uma luta armada de outros que tendem a ser menos tolerantes do que ele próprio.

Essa é a realidade. Não será o meu ódio à ditadura que vai me impedir de ver o óbvio e que vai me levar a dar corda a esbirros de eventuais ditaduras ainda piores. É preciso ter uma grande cara-de-pau para não reconhecer que o Egito de hoje JÁ É MENOS TOLERANTE com as mulheres e com as minorias religiosas, por exemplo, do que era a ditadura de Hosni Mubarak. Eu me pergunto: o que fazem os países ocidentais ao meter o bedelho nesse vespeiro? Dão combustível ao radicalismo islâmico?

É evidente que o governo Líbio não vai reconhecer oficialmente as causas da morte de Kadafi e de deu filho. Nem é necessário. Os fatos falam por si mesmos. Também os crimes já cometidos pelo novo regime irão para debaixo do tapete. A “Primavera” brota de uma poça de sangue, e suas flores vão aparecer daqui a alguns anos, quando tivermos ditaduras islâmicas referendadas por eleições. “Olhem o que diz o Reinaldo! Ditadura com eleições?” Sim, como existe no Irã. O regime democrático não é só um formalismo técnico para escolher o governante. Ele é também, e acima de tudo, um conjunto de valores.

Por Reinaldo Azevedo

"A CORRUPÇÃO AUMENTOU MONUMENTALMENTE"


Para cientista político, problema sempre ocorreu, mas foi intensificado no governo Lula, que "perdeu o controle"

SÃO PAULO. Mesmo desfocado e com pouco impacto nas ruas, o movimento anticorrupção no Brasil tem dado um recado claro aos políticos sobre a insatisfação da sociedade com os malfeitos do Legislativo e do Executivo.

Esta é a opinião do cientista político e sociólogo Bolívar Lamounier, que critica os que veem um viés de direita no movimento afirmando que, desde os anos 50, os protestos contra a corrupção são chamados de "direitistas", "udenistas", "lacerdistas". "Estão defendendo a Constituição", diz Bolívar, citando o artigo que trata da probidade do poder público.

Como vê o movimento anticorrupção?

BOLÍVAR LAMOUNIER: Há intensidade no protesto, principalmente na internet. O problema é o que você faz com ele, para onde canaliza o protesto. Se vai à rua contra o ministro que superfaturou, é um protesto contra a Dilma ou a favor? Ninguém sabe. Ela toma providências, então o protesto pode ser interpretado como apoio ao que ela está fazendo. Outros pensam protestar contra o governo. Não há foco.

Acredita que o movimento seja mais contra a política que contra a corrupção?

BOLÍVAR: Exatamente. E este é o lado ruim da história. Política virou um nome feio, no mundo inteiro, e o Legislativo é o nome mais feio. É muito mais transparente, é mais fácil saber o que aconteceu. O Legislativo é o Judas da História. Esse é o mecanismo pelo qual a corrupção enfraquece a democracia. Por infeliz coincidência, estamos tendo no Brasil um Congresso muito medíocre. Nunca vi nada igual. A corrupção aumentou monumentalmente.

Quando? No governo Dilma, Lula, Fernando Henrique?

BOLÍVAR: A afirmação é contundente, mas aumentou no governo Lula. Chegou um número grande de pessoas, não digo que todas mal-intencionadas, mas com pouca experiência política, experiência da máquina, muitas mal-intencionadas. Começou um processo de relaxamento das normas de licitação, contratação e superfaturamento. Lula, que tem 80 qualidades, a meu ver tem uns 60 defeitos. Se tivesse tomado providências no início, logo no caso Waldomiro Diniz (CPI dos Correios), teria controlado 50% do problema.

O governo Fernando Henrique também é criticado no caso das privatizações.

BOLÍVAR: Nada foi provado. Fizeram uma bateria de fuzilamento contra o Eduardo Jorge (Caldas) e não tem acusação contra ele. A mesma coisa contra o Luiz Carlos Mendonça de Barros. O PT, que fazia fiscalização 24 horas por dia no governo FH, não conseguiu provar nada. Não estou dizendo que o Brasil nunca teve corrupção. Isso seria uma bobagem. Estou dizendo que agora saiu de controle. O governo Lula perdeu o controle.

Cidadão está preocupado com gastos públicos

E o governo Dilma?

BOLÍVAR:
Vejo a Dilma galopando em dois cavalos. Com um pé ela faz a faxina, e, com outro, agrada à base aliada. Do jeito que está indo, todo mês tem acusação contra alguém. Ela vai lá e faz faxina. O dia em que bater em alguém graúdo do PMDB ou do PT, vai fazer o quê? É capaz de se desmoralizar. O governo tem de mandar para a rua o sujeito com acusações graves e criar mecanismos de reduzir o problema.

Há viés de direita nesses movimentos, como dizem setores de esquerda?

BOLÍVAR: No Brasil existe tradição de rotular todo protesto contra a corrupção como de "direita". Vem dos anos 50, quando o Partido Comunista e todo o grupo nacionalista, quando começava uma crítica à administração do Getúlio, que era do PSD, diziam: "isso é lacerdismo", "é udenismo", "é protesto da classe média moralista". Eu achava que já tinham esquecido isso, mas não. Eles se esquecem de ler o artigo 37 da Constituição. Ali está escrito que a administração pública se pautará pela probidade, pela impessoalidade e pela eficiência. Protestar a favor da Constituição é ser de direita? Não dá pé, né?

Esta é uma manifestação moralista?

BOLÍVAR: Não tem ninguém propondo ou protestando contra um programa de governo. O problema é a corrupção, que é suficientemente importante. É uma questão moral, é uma questão do uso do seu dinheiro, a carga tributária é muito pesada. É também um protesto de auto-interesse e de cumprimento da Constituição, pela reforma do gasto público. É um protesto moral, mas moralista, não.

O movimento vai evoluir?

BOLÍVAR: Acho que vai permanecer, mas não sei se vai evoluir no sentido de trazer novas bandeiras. Para mim, é irreversível. Está ligado com a consciência tributária do cidadão. Agora, acho que vai crescer e se transformar. Mas precisa achar uma espinha dorsal. Sem bandeiras mais concretas, ele se perde.

A nova classe C está engajada nesse protesto?

BOLÍVAR: O que chamamos de classe C, estatisticamente, corresponde a algo mais que 40% da população. Então, é muito diferenciada internamente. Tenho certeza de que grande parte dela está protestando. Acho que no início foi uma boa ideia dizerem que não querem partidos. Querem caracterizar que é um protesto de cidadãos, de gente que paga imposto. É um movimento predominantemente preocupado com a tributação e o gasto público. A válvula pela qual vem essa ira é a corrupção.

Muitos políticos acham que é um movimento menor.

BOLÍVAR: A mensagem anti-política eles já estão recebendo. A indignação e o ressentimento contra a classe política estão à vista de todos. Basta abrir os olhos. Os políticos demorarem muito a enxergar também não me surpreende. É comum no Brasil.

Tatiana Farah
O GLOBO - 23/10/2011

OS 5 GENERAIS DA DITADURA

OS GENERAIS PRESIDENTES. COMPARAÇÕES DO JORNALISTA CARLOS CHAGAS

"Erros foram praticados durante o regime militar, eram tempos difíceis. Claro que no reverso da medalha foi promovida ampla modernização de nossas estruturas materiais. Fica para o historiador do futuro emitir a sentença para aqueles tempos bicudos."

Mas uma evidência salta aos olhos.
Quando Castelo Branco morreu num desastre de avião, verificaram os herdeiros que seu patrimônio limitava-se a um apartamento em Ipanema e umas poucas ações de empresas públicas e privadas.

Costa e Silva, acometido por um derrame cerebral, recebeu de favor o privilégio de permanecer até o desenlace no palácio das Laranjeiras, deixando para a viúva a pensão de marechal e um apartamento em construção, em Copacabana.

Garrastazu Médici dispunha como herança de família, de uma fazenda de gado em Bagé, mas quando adoeceu, precisou ser tratado no Hospital da Aeronáutica, no Galeão.

Ernesto Geisel, antes de assumir a presidência da República, comprou o Sítio dos Cinamonos, em Teresópolis, que a filha vendeu para poder manter-se no apartamento de três quartos e sala, no Rio.

João Figueiredo, depois de deixar o poder, não aguentou as despesas do Sítio do Dragão, em Petrópolis, vendendo primeiro os cavalos e depois a propriedade. Sua viúva, recentemente falecida, deixou um apartamento em São Conrado que os filhos agora colocaram à venda, ao que parece em estado lamentável de conservação.

Não é nada, não é nada, mas os cinco generais-presidentes até podem ter cometido erros, mas não se meteram em negócios, não enriqueceram nem receberam benesses de empreiteiras beneficiadas durante seus governos.

Sequer criaram institutos destinados a preservar seus documentos ou agenciar contratos para consultorias e palestras regiamente remuneradas.


Bem diferente dos tempos atuais, não é?

Por exemplo, o Lulinha filho do Lula era até pouco tempo atrás funcionário do Butantã/SP, com um salário (já na peixada politica) de R$ 1200,00 e hoje é proprietário de uma fazenda em Araraquara, adquirida por 47 milhões de reais, e detalhe, comprada a vista.

Centenas de outros políticos, também trilharam e trilham o mesmo caminho.

Se fosse aberto um processo generalizado de avaliação dos bens de todos os políticos, garanto que 95% não passariam, até, seria comprovado destes o enriquecimento ilícito.
Como diria Boris Casoy: "Isto é uma vergonha" e pior, ninguém faz nada.

Enviado por Aderval Gomes

DILMA AINDA AVALIA SE MINISTRO FICA...

O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse que não há decisão definitiva sobre a permanência do ministro do Esporte, Orlando Silva

"Não temos posição definitiva"

Gilberto Carvalho diz que Dilma ainda avalia situação para decidir se mantém Orlando Silva

A anunciada manutenção do ministro do Esporte, Orlando Silva, não é garantia de sua permanência na pasta. A permanência no governo vai depender de sua capacidade de estancar as denúncias e de enfrentar o bombardeio de depoimentos dos seus acusadores na Polícia Federal e na Câmara dos Deputados esta semana.
O ministro da Secretaria Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse ontem que a presidente Dilma Rousseff não cedeu ao "clima de histeria" instalado na mídia, mas frisou que ela aguardará os próximos dias para ver o rumo dos acontecimentos:

- A presidente vai avaliar, aguardar os próximos dias. Ela tomou uma decisão (na sexta-feira), mas não dá para dizer que temos uma posição definitiva. Ela se recusa a entrar na onda sem fim. A presidente quer ter o direito de fazer a avaliação com calma, atendendo aos princípios da defesa. O governo não quis entrar no clima de histeria. A presidente teve uma atitude de cuidado, de não se prejulgarem os fatos.
Transformar a acusação em confirmação não dá. A presidente já disse: "Assim não dá, não vou embarcar" - disse Carvalho ao GLOBO.

Dilma deve conversar hoje, em Manaus, com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre a situação de Orlando, ainda na berlinda.
A oposição, por sua vez, quer a saída imediata do ministro e acusa Dilma de estar sendo leniente e comprometendo sua imagem positiva de quem quer fazer "faxina" contra a corrupção.

Por iniciativa de Dilma, Lula foi convidado para participar hoje, em Manaus, de inauguração de ponte sobre o Rio Negro. Nos últimos dias, Lula articulou nos bastidores a campanha pela permanência de Orlando. A assessoria de Lula confirmou que ele irá ao evento.

Segundo Carvalho, o governo adotou uma postura de serenidade. Ele negou que haja receio diante de uma reação do PCdoB, em caso de demissão de Orlando. Para o ministro, o partido apenas agiu firmemente na defesa do companheiro.
Ele também rebateu argumentos de que a presidente estaria agindo de forma diferente desta vez, se comparado aos episódios de demissões de ministros do PMDB, do PT e do PR:

- Não difere (a atitude dela). Das outras vezes, ela também agiu com calma. É que as pessoas (os ministros) resistiram menos - disse Carvalho, lembrando que ministros como Wagner Rossi (Agricultura), por exemplo, tomaram a iniciativa de sair para interromper a crise e as denúncias.

No entendimento de Carvalho, o policial militar João Dias Ferreira - delator do suposto esquema de desvios no programa Segundo Tempo - vem perdendo a credibilidade.

"É muita injustiça", diz presidente do PCdoB

O PCdoB, partido de Orlando, também adotou postura de cautela sobre a capacidade de resistência do ministro. O presidente da legenda, Renato Rabelo, disse que a "campanha" contra Orlando continuará nesta semana, "apesar de o ministro ser inocente". Perguntado se a crise já acabou, respondeu:

- Não temos essa ilusão. Há toda uma campanha que persiste em atingir o ministro, para que seja deslocado do governo. É para atingir o ministro e o partido. Não acreditamos que vá arrefecer assim, mas onde estão as provas?! É muita injustiça - disse Rabelo.

Mas a oposição não dará trégua esta semana. Hoje, o PM João Dias deve prestar depoimento na Polícia Federal e, quarta-feira, na Câmara, onde o motorista Célio Soares Pereira, que declarou ter entregue a Orlando uma caixa de dinheiro na garagem do ministério, também falará.

- Se o governo acha que o assunto Orlando Silva está esgotado, parece-me estar equivocado. Há um festival de provas. O governo subestima a inteligência das pessoas, como se o fato fosse uma briga entre um ministro e um policial - disse o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR).

O líder do DEM na Câmara, deputado ACM Neto (BA), vai na mesma linha.

- Vamos dar toda a importância aos depoimentos de João Dias e do Célio. Com a riqueza de detalhes que eles vão expor à Câmara, aí ficará muito claro o nível de envolvimento do ministro. Se a Dilma não tomar uma providência imediata, ela estará institucionalizando a corrupção e jogando por terra toda essa atitude de faxina - disse ACM Neto.

A oposição tentará levar Fábio Hansen e Charles Rocha, antigos servidores do ministério. Eles foram flagrados numa gravação, divulgada na edição desta semana da revista "Veja", elaborando uma estratégia para livrar João Dias de uma investigação por desvio de verbas do Segundo Tempo para uma ONG dirigida pelo PM.

Cristiane Jungblut
Catarina Alencastro
O GLOBO - 24/10/2011

A ÉTICA DO GOVERNO PETISTA TEM A CARA DO GILBERTINHO

"Não difere (a atitude dela). Das outras vezes, ela (Dilma) também agiu com calma. É que as pessoas (os ministros) resistiram menos".


Gilberto Carvalho, secretário da Presidente da República, fez esta declaração para justificar que Dilma também agiria "com calma" e não demitiria quatro ministros por corrupção, se eles tivessem "resistido" como Orlando Silva, ministro do Esporte.

Lembrou em especial o caso de Wagner Rossi, ministro da Agricultura. Rossi e o lobista Júlio Fróes estão sendo acusados de montar uma organização criminosa para desviar dinheiro público.

O ministro e nove auxiliares acabam de ser indiciados pela PF nos crimes de peculato, formação de quadrilha e fraude em licitação.
Se tivessem "resistido mais", continuariam no ministério. É isso aí.

O negócio é negar até o fim, mesmo que o Procurador Geral da República diga que o caso do ministério do Esporte é escabroso e que as fraudes se multiplicam por todo o país.

coroneLeaks

RIO: ÍNDICES DE CRIMINALIDADE SÃO MANIPULADOS PELO GOVERNO DO RJ, AFIRMA PESQUISA

Número de mortes de causa desconhecida cresceu 116%, enquanto o de assassinatos caiu 28,7% , no governo Cabral. Estão escondendo assassinatos.

Uma pesquisa do economista Daniel Cerqueira, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), apontou indícios de manipulação nas estatísticas oficiais de criminalidade do Rio de Janeiro que mostraram suposta queda no número de homicídios no Estado desde o início do primeiro governo Sérgio Cabral (PMDB).

Os números oficiais apontam a diminuição de 28,7% nos assassinatos, no período entre 2007 a 2009, mas o estudo de Cerqueira, doutor em Economia pela Pontifícia Universidade Católica do Rio, mostra que o Estado pode ter ocultado essas mortes na taxa de mortes com causa externa indeterminada, nas quais o motivo não é definido entre homicídio, suicídio e acidente.

Os óbitos externos sem motivação determinada passaram de 1.857, no período de 2000 a 2006, para 4.021 entre 2007 e 2009.

coroneLeaks

QUEM DERRUBOU KADAFI

Artigos - Globalismo

Não é possível ser condescendente com essas ações, pois tornam a diplomacia inútil e a lei do mais forte o fator de decisão entes as nações, como foi a regra na primeira metade do século XX, de triste memória.

Em resposta aos meus vídeos sobre os acontecimentos na Líbia, gravados no calor da hora, recebi várias manifestações de incompreensões do meu ponto de vista, como se a mensagem não estivesse contida no próprio meio em que foi soprada. Dois tipos de pessoas me criticaram. De um lado, os jacobinos de alma, aqueles que estão sempre prontos para a subversão se o governante não passou pelos ritos da democracia de massa, como se só o voto universal legitimasse o exercício do poder. Essa tese é de uma cegueira atroz e não tem respaldo na ciência política séria. Fosse assim a China não seria um Estado legítimo, ditadura comunista de partido único fechada que é, um exemplar acabado do marxismo-leninismo. Não obstante meu nojo pelo comunismo, digo e repito que a China tem um sistema governante legítimo, pois é internamente aceito, assim como externamente. Nenhum governante se mantém contra a vontade de seu povo.

Esses jacobinos tomam aquilo que se consolidou no Ocidente para servir de diktat de comportamento a toda gente. Obviamente que isso é loucura. Nesse grupo encontram-se proeminentes liberais, mas também a esquerda festiva de toda ordem, provando o parentesco próximo dessas duas correntes iluministas.

Outro grupo de pessoas que me criticou foram os que simplesmente abominam o poder autocrático e tem náuseas de sua violência. Tem bons sentimentos, mas carece de acuidade analítica. Bom mocismo não torna ninguém bom analista da política, que precisa ser vista como ela é. Se Kadafi fazia o mal, também fazia o bem e o principal deles foi ter dado à Líbia uma longeva estabilidade, ímpar naquela região. Sob seu governo a Líbia enriqueceu e prosperou e todos os indicadores apontam para o contínuo aumento do bem estar social.

Aproveito a informada coluna de Giles Lapouge, no Estadão (Sarkozy senhor da guerra), na qual descreve com crueza cínica como a França tornou-se autora do golpe que derrubou Kadafi, num gesto imperialista sem paralelo nos tempos atuais.
Bom que se diga que com a bênção de Barack Obama, de olho na contenção da expansão chinesa no continente africano. Viu-se aqui como vidas de inocentes foram sacrificadas aos milhares para satisfação da vaidade e da sede de poder de tiranetes supostamente “democráticos”, como esse vil Sarkozy.

Se a moda pega, nem mesmo a América do Sul estará livre de excursões predatórias imperialistas dessa natureza. Não é possível ser condescendente com essas ações, pois tornam a diplomacia inútil e a lei do mais forte o fator de decisão entes as nações, como foi a regra na primeira metade do século XX, de triste memória. Eu sou mais intolerante com atos imperialistas do que com tiranos eventuais, pois estes podem estar contribuindo com seu próprio povo e com a estabilidade política. Ações imperialistas são sempre nefastas e contrárias ao direito natural.

Adendo:
Lamentáveis os comentários no Manhattan Connection sobre Kadafi e a Líbia. Ignoraram o imperialismo que pôs no poder a Irmandade Muçulmana. Especialmente Diogo Mainardi foi infeliz. Regozijou com a intervenção direta da Otan para "salvar" os líbios de Kadafi. Milhares de mortos. Diogo Mainardi não se lembrou de dizer que está em vigor a lei da Sharia na Líbia. O pesadelo dos líbios será imenso. E o número de mortes irá aumentar.

Nivaldo Cordeiro, 24 Outubro 2011