"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 4 de dezembro de 2011

LUPI VAI EMBORA, MAS O MODELO FICA!



A queda de Lupi é video tape. O Ministro percorreu o mesmo itinerário dos outros. As denuncias se sucederam e a Presidente como advogada de defesa perdeu a causa. Pressionado pelas denuncias o atrapalhado ministro sucumbiu e foi embora. E Dilma assina mais uma vez o atestado de cumplicidade.

Em mais uma oportunidade o modelo será preservado e a escolha do substituto não atenderá os critérios fundamentais da probidade, qualificação técnica e eficiência administrativa.


O Loteamento Planalto Central abre as portas da negociação nesta segunda feira. Logo o Brasil saberá quem é o novo proprietário desse lote, o do Trabalho.
E os brasileiros continuam a pagar a conta dos descalabros administrativos.
álvaro dias

E O PINTINHO PIU...

ESTE VÍDEO É PARA QUEM PADECE DE INSÔNIA...

COLECIONANDO LIXO

De tempos em tempos, geralmente em fim de ano, faço uma copidescagem em meus trastes. Algo que me dá muito prazer é jogar coisas fora. Ano passado, consegui jogar fora uns quarenta quilos de papéis.
O que me fez entrar em 2011 com uma extraordinária sensação de leveza. É uma faxina que me faz bem. Cá entre nós, há ainda muita coisa a jogar fora. Só que estas coisas são problemáticas. São livros. Ao longo da vida, juntei muita literatura inútil, particularmente nos anos em que fui professor de Letras. Como estava pesquisando a literatura comunista no Brasil, comprei o pior da literatura feita no país.

Jogar fora estes livros? Não consigo jogar livros fora. Queimá-los? Não tenho vocação para inquisidor. Doá-los? Lixo não é coisa que se doe. Então vão ficando aqui em casa. Por outro lado, esse lixo literário não deixa de ter sua função. Sempre é bom ter a mão as besteiras que Jorge Amado, Graciliano Ramos e Oswald de Andrade escreveram.

Em meus dias de Paris – e já lá vão mais de trinta anos – tomei contato com uma doença contemporânea. Conheci uma uruguaia que se pretendia refugiada política. Conversa daqui, conversa dali, ela convidou-me para ir até a sua casa. Casa? - perguntei. Em Paris não há casas. Ela insistiu que morava em uma casa. Paguei para ver.

De fato, era uma casa, mais precisamente um sobrado, situado no centro de uma cour. Mal entrei não acreditei no que via. O lixo infestava todo o térreo, empilhado até a altura dos ombros. Por um estreito corredor em meio à muralha de lixo, chegava-se até a cozinha, onde se abria um espaço de uns dois metros quadrados para uma mesa e duas cadeiras. Ao sentar-me, minha cabeça ficou um pouco abaixo do nível de lixo. Um outro corredor levava até o banheiro.

Por uma escadaria também atulhada de lixo, ela subiu ao primeiro piso para trocar-se. Pediu que eu não subisse: "Aqui está pior". Saí voando daquela casa. Saímos para a rua e ela me passou um objeto cilíndrico. "Segura isto aqui. Com cuidado. É uma bomba e eu me sinto perseguida". É claro que não voltei a revê-la. Se a casa era aquilo, fiquei me perguntando como seria a cabeça da moça.

Os franceses têm a fama de não serem muito higiênicos, o que não deixa de ter algum fundo de verdade, mas não tanto quanto se imagina. Mas eu nem podia atribuir aquela montanha de lixo às idiossincrasias dos franceses, afinal a moça era uruguaia.
O episódio me ficou na memória, naquele setor das coisas sem explicação, para as quais esperamos um dia alguma resposta. Alguns anos mais tarde, li nos jornais que uma aposentada fora soterrada pelo lixo de seu apartamento. Essa história, eu já conhecia.

Em 2006, li sobre uma milionária espanhola, Violeta de Carvalho Martinez, de 70 anos, que vivia em um sobrado no Itaim, bairro nobre de São Paulo, cercada por 250 toneladas de resíduos orgânicos e inorgânicos, laboriosamente juntados durante 20 anos. A casa tinha 350 metros quadrados.

Como não tinha mais espaço para viver, Violeta dormia em um carro na garagem. As 250 toneladas são certamente um equívoco de reportagem, não é fácil juntar tanto, mesmo em uma vida inteira. O fato é que foram retirados 16 caminhões de lixo. O curioso é que a milionária colecionava isso tudo com a conivência dos filhos.

A urbe produz estranhas doenças. Esta, pelo jeito, está se alastrando e até já ganhou nome, colecionismo. Leio na Veja de hoje que a estranha mania é tema de duas séries exibidas por canais pagos, Obsessivos Compulsivos, no A&E, e Acumuladores, no Discovery Home & Health. Quando uma doença merece duas séries televisivas, pelo jeito virou epidemia.

A revista cita o caso de um aposentado, João Ayres, que mantinha a edícula de três cômodos e todo o quintal de sua casa, em Botucatu, São Paulo, atulhado com restos de construção e móveis velhos. Dentro de casa, empilhava notas fiscais, manuais, contas, boletins escolares e papéis de toda natureza que passaram por suas mãos nas últimas décadas. “Não conseguia me desfazer de nada, pois achava que tudo aquilo seria um dia útil”.

Segundo o psiquiatra Aristides Cordioli, “a falta de autocrítica é muito comum entre os colecionadores. Eles acreditam que os objetos, mesmo os mais danificados, lhes serão necessários no futuro”.
Nas situações mais severas, o colecionista termina sozinho em meio às suas montanhas de bugigangas, a ponto de não sobrar-lhe para mais nada nem ninguém em sua vida.

Que se guarde livros inúteis, até que entendo. Livros são sempre testemunhos de uma época. Se não têm interesse literário, preservam o interesse histórico. Todas as bibliotecas estão repletas deste lixo. Mais difícil é entender o caso relatado em Veja pela psiquiatra Christina Hajaj Gonzalez. Uma de suas pacientes descobriu a doença em uma de suas tias, que morava sozinha. Um acidente levou a idosa ao hospital e a sobrinha foi buscar roupas e documentos da tia. O que encontrou era aterrorizante. Pilhas e mais pilhas de sacolas plásticas amontoadas pela casa explicavam a recusa da tia em receber visitas. Seu conteúdo ia de compras antigas, como cosméticos vencidos e ainda lacrados, a lixo orgânico deteriorado. Muitas continham dinheiro, o que obrigou os familiares à insalubre tarefa de remexer as sacolas uma a uma antes de descartá-las.

Entrar em um apartamento assim é de fato aterrorizante. Eu que o diga. Psiquiatras, como sempre, estão buscando predisposições genéticas ou lesões cerebrais para explicar a doença.
Pesquisadores da Universidade de Iowa descobriram uma relação entre o distúrbio e lesões em áreas específicas do córtex pré-frontal do cérebro. Segundo pesquisas, homens e mulheres teriam passado a entulhar suas casas após ter um aneurisma ou um tumor cerebral. Leigo no assunto, não consigo ver em uma lesão cerebral as causas de tal comportamento.

A reportagem concorda em parte comigo. A doença nasceria de uma mesma raiz, a dificuldade de tomar decisões. O colecionador não consegue decidir o que é lixo e o que é útil e acaba guardando tudo.

Estranhas doenças a vida urbana produz.

janer cristaldo

TOMBA MAIS UM HERÓI. UFA!!!


Em nota, Lupi ataca a mídia! Bem, só me resta, então, dizer:
“Meus parabéns, mídia!!!”


Como costuma acontecer nesses casos, Carlos Lupi, o sétimo ministro a deixar o governo Dilma e sexto sob a suspeita de corrupção, divulgou uma nota. Mais uma vez, a grande vilã é a “mídia”. Pois é… Não fosse, então, essa Dona Malvada, estariam no governo Antonio Palocci, Alfredo Nascimento, Pedro Novais, Wagner Rossi, Orlando Nascimento, além, claro!, de Lupi. Ô midiazinha cruel esta, não?

Segundo a gente lê, tomba mais um inocente! Seguindo a lógica, se a tal “mídia” só derrubou os bons até agora, está na hora de ela começar a se interessar pelos maus, né? Eu dou a maior força, hehe.

Ele não está feliz e acusa uma área do governo, não diz qual, de se deixar contaminar pelos “setores reacionários”. Huuummm…
Como ele mesmo lembrou certa feita, quem nomeia e demite é Dilma. Vai ver a contaminada é ela… Segue a nota de mais um “herói” que tomba, um “mártir” da causa feito pela “mídia”.
*
“Tendo em vista a perseguição política e pessoal da mídia que venho sofrendo há dois meses sem direito de defesa e sem provas; levando em conta a divulgação do parecer da Comissão de Ética da Presidência da República - que também me condenou sumariamente com base neste mesmo noticiário sem me dar direito de defesa - decidi pedir demissão do cargo que ocupo, em caráter irrevogável.

Faço isto para que o ódio das forças mais reacionárias e conservadoras deste país contra o Trabalhismo não contagie outros setores do Governo.

Foram praticamente cinco anos à frente do Ministério do Trabalho, milhões de empregos gerados, reconhecimento legal das centrais sindicais, qualificação de milhões de trabalhadores e regulamentação do ponto eletrônico para proteger o bom trabalhador e o bom empregador, entre outras realizações.

Saio com a consciência tranquila do dever cumprido, da minha honestidade pessoal e confiante por acreditar que a verdade sempre vence.

Carlos Lupi”


Reinaldo Azevedo

O DIA EM QUE DILMA COMEÇOU A CONSTRUIR O MAIOR AEROPORTO FANTASMA DO MUNDO


O terceiro aeroporto de São Paulo começou a tomar forma em 20 de julho de 2007, na entrevista coletiva em que Dilma Rousseff anunciou a descoberta da fórmula para acabar com apagões e desastres aéreos.


“Determinamos a construção de um novo aeroporto e a expansão dos já existentes”, acelerou a Mãe do PAC já na largada do falatório, depois de informar que as pistas de Congonhas voltariam a ser reservadas exclusivamente a voos domésticos.
Os estudos sobre o novo assombro do Brasil Maravilha seriam concluídos em 90 dias. Mas até o terreno já estava escolhido.

Onde seria construído esse colosso da aviação civil?, excitaram-se os jornalistas.
Caprichando na pose de superexecutiva nascida para tornar mais que perfeito o país que Lula registrou no cartório, Dilma avisou que se tratava de segredo de Estado.
“Não sabemos onde será e, se soubéssemos, não diríamos”, ensinou. “Jamais iríamos dizer isso para não sermos fontes de especulação imobiliária” (veja o vídeo abaixo). Passados quase quatro anos e meio, Congonhas e Guarulhos estão na ante-sala do colapso. O deslumbramento prometido Dilma é o maior aeroporto fantasma do mundo. Nunca existiu.



Sem saber atirar, Dilma Rousseff virou modelo de guerrilheira. Sem ter sido vereadora, virou secretária municipal. Sem ter sido deputada estadual, virou secretária de Estado.
Sem ter sido deputada federal ou senadora, virou ministra. Sem ter inaugurado nada de relevante, virou gerente de país.
Sem saber juntar sujeito e predicado, virou oradora de comício. Sem ter tido um só voto na vida, virou candidata à Presidência.
Há 11 meses, tenta enfiar-se na fantasia em frangalhos de superadministradora obcecada pela perfeição.

Como fez o padrinho durante oito anos, a afilhada esconde a indecorosa nudez administrativa com farsas forjadas por muita propaganda, muita discurseira e muito cinismo. O Brasil nunca foi um país sério. Pode virar piada.

Por Augusto nunes - Veja Online

O QUE A FOTO DE DILMA SUGERE, REVELA E ESCONDE


Como disse Voltaire, o segredo de aborrecer é dizer tudo. Então vamos lá.

A foto acima circulou bastante na Internet ontem. Vemos ali Dilma Rousseff, aos 22 anos, em novembro de 1970, quando depunha numa auditoria militar, no Rio. A imagem está no livro “A Vida quer coragem”, de Ricardo Amaral, que foi assessor da Casa Civil quando Dilma era ministra.

Ele trabalhou depois na campanha eleitoral da então candidata do PT à Presidência. A petezada está excitadíssima — uma estranha e mórbida excitação, acho eu. Já falo a respeito. Antes, algumas considerações.

A hagiografia lulística exalta o nordestino tangido pela seca, o menino pobre, depois operário e sindicalista, que venceu todas as vicissitudes do destino — sua mãe nasceu analfabeta; fosse rica, já viria à luz citando Schopenhauer — até se tornar presidente da República e inventar o Brasil. Antes dele, eram trevas. Em palanque, o homem já chegou a se comparar a Cristo. O analfabetismo de nascimento de Dona Lindu é, então, uma espécie de metáfora da virgindade de Maria. Dilma, cuja família era rica, tem de ser santificada por outro caminho. Em tempos de instalação de uma “Comissão da Verdade” — que será a verdade dos que perderam a luta, mas ganharam a guerra de versões —, é preciso ressuscitar a têmpera da heroína. Os grupos a que ela pertenceu praticavam, na verdade, ações terroristas. E daí? Isso não vai interessar à tal comissão.

Segundo se informa, Dilma havia sido torturada durante 22 dias antes de ser apresentada ao tribunal. Não vou pôr isso em dúvida. É coisa séria demais! Noto apenas que alguém que se deixa torturar pela lógica se vê obrigado a indagar por que os trogloditas que a seviciaram interromperam o serviço sujo para dar curso ao aspecto legal e formal da prisão. Adiante. O fato é que a imagem reúne um coquetel de clichês que serve à hagiografia dilmista.

Vemos ali uma mocinha magriça, bonita, cabelo meio à la garçonne, socialista por dentro (mas isso não se vê, só se sabe) e existencialista por fora. Embora, consta, ela desse aula de marxismo para a sua turma e cuidasse de parte das finanças da VAR-Palmares, há a sugestão de uma intensa vida interior, mais para “A Náusea”, de Sartre, do que para a literatura leninista. Olha para o vazio, com uma firmeza triste. Atrás dela, fora do foco, militares devidamente fardados consultam papéis. As mãos escondem o rosto. O contraste resta óbvio: na narrativa fantasiosa, a vítima, de cara limpa, estaria enfrentando seus algozes, que tentam se esconder da história. A justiça, firme e frágil, contra os brutamontes acovardados. Davi contra Golias. O Bem contra o Mal. A democracia contra a ditadura. O título do livro não deixa dúvida sobre o desfecho: “A Vida quer coragem”.

Em tempos de “Comissão da Verdade”, essa é a grande falácia alimentada por esse coquetel de clichês. Não eram democratas os militares que estavam no poder. Tampouco eram democratas aqueles que tentavam derrubar os militares do poder. Os poderosos de então tinham dado um golpe de estado. Os atentados terroristas não buscavam derrubá-los para instituir, então, um regime democrático no país. Os ditos “revolucionários” queriam também uma ditadura, só que a socialista.

Morreram 424 pessoas combatendo o regime militar — algumas delas com armas na mão, trocando tiros com as forças de segurança ou tentando articular as guerrilhas. Outras foram assassinadas depois de rendidas pelo Estado, o que é um absurdo. Os grupos de esquerda no Brasil, não obstante, embora com um contingente muito menor e muito menos armados do que o estado repressor, mataram 119! E, como é sabido, ninguém acende velas para esses cadáveres porque não têm o pedigree esquerdista. Contam-se nos dedos os “mortos pela ditadura” que não estavam efetivamente envolvidos com a “luta” para derrubar o regime. Não estou justificando nada. Apenas destaco, até em reconhecimento à sua própria coragem, que elas sabiam, a exemplo de Dilma, o risco que corriam. Já a esmagadora maioria dos indivíduos assassinados pelos grupos de esquerda — sim, também pelos grupos de Dilma — eram pessoas que nada tinham a ver com a “luta”, nem de um lado nem de outro: apenas estavam no lugar errado na hora errada: comerciantes, transeuntes, taxistas, correntistas de banco, guardas…

Apelando à pura lógica, isso é uma indicação do que teria acontecido se os movimentos ditos revolucionários tivessem realmente conseguido se armar para valer, atraindo milhares de brasileiros para a sua aventura. Teria sido uma carnificina, como é, ou foi, a história do comunismo. Dada a brutal diferença de aparato, fôssemos criar um “Índice de Letalidade” dos esquerdistas armadas e das forças do regime, aqueles ganhariam de muito longe. No campeonato na morte, as esquerdas são sempre invencíveis. É inútil competir.

Esses são fatos que a foto esconde. A luta dos democratas — não a dos partidários de ditaduras — nos restituiu um regime de liberdades públicas e respeito ao estado de direito. Felizmente, Dilma sobreviveu e é hoje umas das beneficiárias, em certa medida, de sua própria derrota, já que é a democracia que a conduziu ao posto máximo do país. Este garoto, no entanto, não teve igual sorte.


Trata-se de Mário Kozel Filho, que morreu num atentado praticado pela VPR no dia 28 de junho de 1968. A organização terrorista lançou um carro sem motorista contra o QG do II Exército, em São Paulo. Os soldados que estavam na guarda dispararam contra o veículo, que parou no muro. Kozel foi em sua direção para ver o que tinha acontecido. O carro estava carregado com presumíveis 50 quilos de dinamite. A explosão fez em pedaços o corpo do garoto, que tinha 18 anos. Treze meses depois, a VPR se fundiu com o Colina, o grupo a que pertencia Dilma, e surgiu a VAR-Palmares. Os assassinos de Kozel foram, pois, companheiros de utopia daquela moça que lembra uma musa existencialista na foto que agora serve à hagiografia.

Este homem também não teve a mesma sorte de Dilma.

Trata-se do capitão da PM Alberto Mendes Júnior, assassinado por Carlos Lamarca e seus comparsas da VPR no dia 10 de maio de 1970. Àquela altura, o grupo já havia se separado da VAR-Palmares. Mendes havia sido feito prisioneiro do grupo. Como julgassem que ele estava atrapalhando a fuga, um “tribunal revolucionário” decretou a sua morte. Teve o crânio esmagado com a coronha de um fuzil. Dia desses, vi um ator na televisão exaltando a “dimensão da figura histórica de Lamarca”. Entenderam???

Caminhando para a conclusão
Alguns bobalhões — os que me detestam, mas não vivem sem mim — enviaram-me vários links com a foto de Dilma, fazendo indagações mais ou menos como esta: “E aí? Quero ver o que você vai dizer agora”. Pois é… Já disse! Alguns preferem ficar com as ilusões que a imagem inspira. Eu prefiro revelar os fatos que ela esconde.

A presidente Dilma Rousseff — que se fez presidente justamente porque as utopias daquela mocinha frágil, felizmente, não se cumpriram — assinou anteontem a carta da tal Comunidade de Estados Latinoamericanos e Caribenhos (Celac). Trata-se apenas de uma iniciativa para dar voz a delinqüentes como Raúl Castro, Hugo Chávez, Rafael Correa, Daniel Ortega e Evo Morales. A carta democrática não toca em eleições e imprensa livre porque isso feriria as susceptibilidades desses “democratas diferenciados”. Na cerimônia, o orelhudo Daniel Ortega identificou um grande mal na América Latina: A IMPRENSA.


De certo modo, Dilma assinou aquela carta com os olhos voltados para o passado. E ela só é presidente porque os democratas lhe deram um futuro.

Por Reinaldo Azevedo

A FARSA DA APROVAÇÃO DE 80% DO "POPULISTA BARATO"


Caros amigos, aqui um vídeo e um artigo que vale a pena todos os minutos dedicados a eles, e digo mais, espalhem estas informações para que, conhecendo o passado recente, o povo não repita os erros no futuro.

Embora esse vídeo tenha sido produzido no final do mandado do “populista barato” que sequer construiu um hospital, uma estrada, um aeroporto, apenas inaugurou o que já havia sido inaugurado, bafo de bode alcoolizado, pedrinhas e bolinhas de sabão para dar espetáculo de mentiras em cima de tablados - fazendo futricas e auto-elogios a sua insuportável figura, o que é próprio de quem veio para o NADA.

Com os 87% de aprovação ao governo de Lula o Conversas Cruzadas analisa de onde vem tal aprovação, quais seriam os motivos, e porque a sociedade brasileira, enquanto rejeita a política nacional, aprova aquele que comandou e comanda a bandalheira....
Longo, mas muito interessante!


A pedido de um de nossos membros do MOVCC/Francisco - repasso sua mensagem do vídeo e artigo abaixo. Movcc/Gabriela



“Uma mãe mandou para a filha um e-mail sobre o passado negro da Dilma. A filha repassou o email para seus amigos que, por sua vez, o repassaram para amigos. Aí uma petista se achou no direito de dar uma lição de moral na mãe. Vale a pena ver as mensagens trocadas: A resposta da mãe não é um tapa com luva de pelica é uma “pancada” com tábua de ipê.”
Da Lígia (a petista) para a mãe, Sra. Maria Luisa Faro:

“Mamãe que feio!!!!…ensinando a sua filhinha a acreditar nos absurdos que escrevem na internet? Acho melhor incentivá-la a estudar a história do Brasil e deixar que ela mesma tire as suas próprias conclusões, afinal quem estudar a história do Brasil, entenderá que nunca o nosso país esteve tão bem como hoje, tão forte na economia mundial, tão evidente, tão em crescimento e desenvolvimento quanto esteve nesses 8 anos de governo Lula!!!!

E agora o que acontece? Acontece que a oposição está desesperada, porque está vendo o quanto o POVO está satisfeito (governo Lula tem 88% de aprovação da população, aprovação que nenhum governo nunca tinha tido antes na história e aí vem me dizer que é porque o povo é ignorante? Não não meus queridos, o povo está satisfeito porque nunca teve tanta oportunidade, nunca teve tanta comida na mesa , nunca teve tanto emprego, isso sim) o quanto o Brasil cresceu e aí a única alternativa que resta é APELAR….

Apelar para a ignorância, para a mentira e para a ingenuidade de pessoas inocentes e que acreditam em todos os absurdos que circulam por aí…….então fica a minha dica: pesquisem!!!! Vejam o que realmente é verdade!!!
Ligia Rodrigues”

Ao que a mãe respondeu:
“Cara Lígia:

Da educação da minha filha cuido eu e decididamente não preciso da sua ajuda, embora agradeça seu interesse. Se você imagina que eu seja alguma semi -alfabetizada , desconhecedora da história e que me socorra apenas da Internet, para compor a minha (in) formação, como lamentável e invariavelmente procede a maciça maioria dos jovens da sua geração, saiba que sou do tempo em que se liam livros e se redigia em bom português.

Tenho 58 anos, sou mestre e doutora em Direito Ambiental pela PUC –São Paulo, professora universitária e brasileira que lê. Porque leio, tenho a nítida compreensão do embuste que representam os tais 80% de popularidade disto que você chama de presidente e que eu prefiro chamar de populista barato, parte de uma corja que tomou de assalto este país, no maior estelionato eleitoral já visto na história brasileira.

Estelionato, porque esta malta petista se elegeu sob as vestes imaculadas da correção, da ética e da transparência na política. Vendeu produto podre, cara Lígia. e você, consumidora desavisada, está comprando. Todos que fomos formados na hostes da esquerda brasileira, da década de 60 e 70, os que lutaram contra a ditadura (você seguramente não viveu o período sinistro da ditadura) , dando a cara para a polícia militar bater, não raro comprometendo vidas profissionais em razão de envolvimentos políticos, em nome da restauração da democracia neste país, sentem-se ludibriados, enganados e feitos de palhaços pelo PT de hoje.

Eu, que já fui eleitora de José Dirceu, sou obrigada a assistir cenas explícitas de sua “competente” coordenação na montagem do mensalão, um deslavado programa de compra de apoio de parlamentares, cuja tarefa, em contrapartida ao dinheiro (seu e meu) que receberam mensalmente do PT, era invariavelmente votar a favor DE TUDO que se lhes fosse requisitado. Saiba que aí começam os 80% da “popularidade” do seu presidente.

E Lula, que sempre dormiu dentro do pijama de José Dirceu, nunca soube de nada… Eleitora de José Genoíno que também já fui, igualmente, sou também obrigada a assistir cenas explícitas de suas atividades como gerente do mensalão, como chefe dessa organização criminosa que se instalou no poder, sob a batuta beneplácito e complacência de Lula, PARA QUEM TUDO SE PASSA, COMO SE NADA SE PASSASSE (até porque ele já resolveu a situação econômica até da quinta geração de seus descendentes, através da fortuna amealhada por seu filho, um ex- vigia de um zoológico no interior São Paulo e hoje trilhardário,- dificilmente em razão de seu trabalho e sua competência….). Dólares na cueca , Waldomiros… a lista é infindável.

Mas, o mais monumental e ousado estelionato perpetrado contra a população deste país pela malta petista, está no “golpe de mestre” engendrado para viabilizar a reeleição de Lula: tomar dinheiro público, do erário, portanto, seu e meu, e distribuí-lo aos borbotões para a sofrida população carente do norte e nordeste, literalmente comprando o voto desses coitados (cada bolsa-alguma-coisa rende, por baixo, 6 votos, que é o tamanho de uma família média do norte e nordeste). Então, faça as contas e veja de onde vem a popularidade de seu presidente: maciçamente oriunda da adesão incondicional desses coitados, que não têm a menor idéia e nem sabem do que há embutido no dinheiro que recebem.

Se eu fosse eles, tampouco quereria saber. Como não sou, sei: o PT copiou o projeto original de redistribuição de renda, concebido e operacionalizado inicialmente em Brasília, mudou o nome do programa como se cria sua fosse e, em mais um de seus estelionatos, assumiu a paternidade do programa, sem nunca ter tido a decência de dar CRÉDITO AO GOVERNO ANTERIOR QUE O CONCEBEU E IMPLANTOU. Com a abissal diferença, porém.

O projeto original era vinculado a contrapartidas, como pré-requisito para a concessão da bolsa. Isto se chama investimento público e não aleluia com dinheiro público, distribuído obedecendo ao único e exclusivo critério de que cada bolsa-alguma-coisa, rende, como rendeu na reeleição de Lula, no mínimo, 6 votos.

Então, Lígia, saiba que a popularidade desse presidente que lhe representa (a você, porque a mim não representa) tem o MESMÍSSIMO LASTRO, ORIGEM , NATUREZA, PERFIL E FORMATAÇÃO DO APOIO INCONDICIONAL que Lula recebeu dos parlamentares da Câmara Federal, durante o mensalão.

E o dinheiro usado nessa mera transação comercial, aferível através de matemática simples, é seu, viu ? Lula passou sua vida fazendo bravatas, como ele próprio admitiu. Como parlamentar, teve atuação pífia. Nunca se ouviu falar de um projeto de lei de sua autoria. Claro, pouco afeito à leitura, como ele próprio afirma, dele não se esperaria nada diferente. Como presidente, sem a menor afinidade com a rotina e a disciplina inerentes ao expediente , gastou seu tempo – à guisa de entabular “negócios” com outros países- literalmente rodando mundo, fazendo propaganda de si próprio, como o “coitado” (!) que deu duro e venceu.

Saiba que Europeu e americano amam o “exotismo” dos países periféricos (candomblé, mulher pelada no carnaval, favela etc.). Digo isto porque morei um ano nos E.U.A. em intercâmbio quando jovem, estudei Direito Internacional Público na Universidade de Edimburgo na Escócia, durante minha época de graduação em Direito e lecionei, por 7 verões consecutivos Direito Ambiental Brasileiro na graduação e no Mestrado da Universidade de Louvain, na Bélgica.

Portanto, manjo bem o espírito com que europeus e americanos vêm o Brasil e a figura “exótica” de seu presidente. Pergunte se eles elegem populistas e políticos que mal sabem ler e escrever… Seu presidente, semi-alfabetizado que é (e isto é uma vergonha sim senhora! , para uma criatura que se dispôs a representar os brasileiros.

Não obstante, ele carrega sua falta de estudo como um troféu) . Nós merecíamos, no mínimo, que ele tivesse se dado ao trabalho de dominar as regras básicas da língua portuguesa, porque teve sim chance, teve sim, tempo e teve sim, condições de estudar, se tivesse aptidão que não tem, para a disciplina inerente a qualquer atividade de aprendizado.

Marina, por exemplo, alfabetizou-se aos 16 anos. Teve vida incomensuravelmente mais sofrida do que a de Lula e não envergonhou a ninguém como parlamentar e ministra que foi, e jamais vociferou discursos na base do “menas gente” e “entendo de que….” .
Palanqueiro, demagogo, populista admirador das pataquadas de Chaves, de Ahmadinejad et caterva, seu presidente semi-alfabetizado confunde “prisioneiro político” com “prisioneiro comum”, como o fez, para a imprensa internacional, no episódio de Cuba (você se lembra, do prisioneiro político cubano que morreu em greve de fome exatamente no dia em que Lula chegou a Cuba, episódio sobre o qual seu presidente, no melhor estilo Odorico Paraguaçu, declarou: “se a moda pega, as cadeias brasileiras ficariam vazias!!!!?).

Sem comentários. Enquanto o mundo se empenha para banir a ameaça nuclear, seu presidente cruza o planeta com sua troupe , às custas de dinheiro público, para passar a mão na cabeça de um ditador sanguinário (vide dados recentes acerca das eleições e repressão à oposição no Irã) e negociar, sem ter mandato da comunidade internacional para isto, exatamente no papel de “bobo da corte” (foi assim que a comunidade internacional interpretou sua atuação no episódio) em torno do enriquecimento do urânio no Irã.

No dia seguinte ao tal “acordo” , que Lula festejou para a imprensa internacional como um feito monumental, o ditador do Irã confirma para essa mesma imprensa, que “vai continuar enriquecendo urânio sim!!! como se Lula sequer lá tivesse estado. Bem feito! É isto que acontece quando se tem para conselheiro em política internacional “especialista” do calibre de um Marco Aurélio “top top” Garcia (lembra-se da comemoração furtivamente filmada no interior do Palácio do Planalto, assim que o jornal da Globo noticiou que o acidente da TAM se dera em razão de falha humana e não em razão das condições da pista de Congonhas?).

Melhor teria sido até que as famílias das vítimas não tivessem testemunhado essa cena no Palácio, por parte de um assessor tão próximo do presidente). Escárnio, em nome de ganho político a qualquer preço. Esta é a política do PT atual, eleito com as vestais imaculadas da correção e da ética que vendeu e você comprou.

Não satisfeito, obtuso por desconhecimento da história, seu presidente se arvora de “vírus da paz”, no conflito do Oriente Médio que é BIBLICO (sabe o que significa isto?). O mundo e a ONU se empenham HÁ DÉCADAS tentando compor este conflito de interesses que já produziu um número incalculável de mortes. Lula achou que ele era o cara!!

É ter-se em alta conta demais, para quem seguramente sequer se debruçou sobre um manual de história geral do segundo grau. Diz o ditado : dá-se mala para andante, já pensa que é viajante… Alguém precisa dizer-lhe, “se manca Lula!!! . Seu presidente tem muitas qualidades, Lígia, mas levar a sério a expressão do Obama “that´s the guy” (que, SEM A MENOR DÚVIDA, foi proferida em razão das graças e piadas que são a forma através da qual Lula se afirma, nesses reuniões políticas, nas quais depende inteiramente de alguém para traduzir o que se passa….), é muita pretensão.

Não acho que presidente brasileiro tenha por obrigação falar inglês, não.
Mas, convenhamos, é uma vergonha um sujeito que sempre quiz ser presidente, não ter se dado ao trabalho de estudar uma língua estrangeira, em deferência aos brasileiros, para bem representar seu país. Mas não, dá-lhe pinga, piada e futebol.

É assim a metáfora que faz, de nós brasileiros no exterior. A mim, me ofende como cidadã e me envergonha como brasileira.

Ah, mas ele é super popular no exterior! É a admiração de que não precisamos. Americanos e europeus gostariam , tenha certeza, ainda muito mais, se nosso presidente fosse o Raoni (com todo o respeito e reverência que devemos aos sobreviventes das nossas comunidades indígenas, estes sim, vítimas de uma política indigenista de extermínio perpetrada por nós brancos, ao longo de todos os governos anteriores, inclusive por este, do PT).

Eleito pela primeira vez porque significava a mudança e a ética, fez um primeiro mandato durante o qual NÃO TEVE CULHÕES para implementar nada do que apregoou durante a campanha. Literalmente DEU CONTINUIDADE às iniciativas do governo Fernando Henrique, pelando-se de medo da inflação voltar e não ter a envergadura que teve Fernando Henrique, como estadista que foi, de aniquilar uma inflação que já estava no DNA dos brasileiros, de tão endêmica e embutida na psiquê do brasileiro.

Descobriu, depois da posse, que os rumos do governo não poderiam nem deveriam ser diferentes daqueles adotados no governo anterior. Mas achou forma de “faturar” em cima do mérito alheiro Até os índices positivos de safras de grãos recordes, oviamente fruto de políticas agrícolas do período anterior, foram colhidos e computados pela máquina publicitária do governo petista como se fossem fruto do governo que mal iniciara….

Saiba que o que a máquina de propaganda deste governo apelidou de “herança maldita”, foram os acertos dos governos anteriores que caíram no colo de Lula, ou alguém tem a ilusão de que implantação de políticas , de infra-estrutura etc… rendem respostas no dia seguinte em que são implantadas..

A crise internacional, que se festeja não ter chegado no Brasil, realmente não faz grandes marolas em um país que tem uma monumental parte da sua economia no plano informal, longe dos números oficiais.

Este país anda, Lígia, com Lula, sem Lula ou com cover de Lula. Não é ele o artífice de nenhuma proeza política. É, sim, o artífice de uma monumental máquina de propaganda governamental, isto sim, “sem precedentes na história deste país”.
Aliás, nem acredito que o mérito seja dele, porque ele é apenas a marionete à frente da cortina nesse teatro, por ser palanqueiro e empolgar a massa como Goebels fez no Alemanha nazista e menos votados como Jânio Quadros e Collor fizeram no Brasil.

Deu no que deu., se você conhece história. Na era da televisão, usando dinheiro público na manutenção do circo, vende o produto Lula deslavadamente na embalagem que quer (vide esse programa virtual , que é mera versão e não fato, chamada PAC) para uma população infelizmente consumidora de novelas na telinha.

A maciça maioria da nossa população não lê jornais.

Ou você acha que é mera coincidência que ele não se elegeu nos estados de sul e sudeste, onde os índices de analfabetismo não muito menos drásticos.

Lula é produto da desinformação e do analfabetismode um lado e, de outro, do oportunismo de segmentos que viram no governo Lula a chance de se candidatar a uma das tetas dentre as inumeráveis (vide o número de ministérios que criou, para manter com o seu dinheiro) para, na base do clientelismo, perpetuar-se nas benesses do poder e usufruir das mamatas que sobejamente conhecemos. A próxima mamata para os petistas é a nova estatal criada para cuidar do pré-sal.

Aguarde para ver o número de cabides de emprego para acomodar petistas que serão criados. Ah, sempre foi assim? Ah bom, pensei que o PT durante 20 anos pregando o contrário, fosse o partido da ética e de políticos honestos, porque foi isto que venderam a mim e à população brasileira… ?
Era bravata?
Ah bom. Então tá.
Em tempo: assine um jornal.
Se há alguém mal informado aqui, talvez não seja exatamente a minha pessoa.
Maria Luisa Faro.”

RETRATO PERVERSO, VERDADEIRO, DE UM GOVERNO DE TORPES E CONGRESSO MAMULENGO. PAÍS DE MENTIRA.


Os resultados de pesquisas publicadas recentemente pelo IBGE e pela UNICEF ─ a primeira dando conta que 70% dos domicílios em território brasileiro convivem com o esgoto a céu aberto e que a maioria não dispõe de água tratada; a segunda informando que cerca de 40% dos adolescentes com idade entre 12 e 17 anos vivem abaixo da linha da pobreza e 20% não sabem ler nem escrever ─ revelam a face perversa de uma nação injusta e desigual, desfigurada por uma de suas mais graves crises sociais.

Os desdobramentos poderão levar a conseqüências devastadoras num futuro não muito longínquo.

É a consagração do país de mentira, que insiste em esconder em espetaculosas propagandas oficiais, a degradação de milhões de brasileiros abandonados ao deus dará.

É a mentira na sua pior forma, que escancara as mazelas de um governo refém dos partidos que o sustentam politicamente e próximo de afogar-se no mar de corrupção que o está inviabilizando.

Dessa distorção decorre o inevitável relacionamento mais estreito com a prática nefasta de políticas paternalistas que exaltam a submissão e são diminuídas ainda mais pelo viés eleitoreiro que as caracteriza

Os números aterradores das duas pesquisas evidenciam as precárias condições de vida a que está confinada uma parcela significativa da população.

Pelo conteúdo da propaganda governista, que polui todos os meios de comunicação disponíveis, não há previsão de investimentos significativos nesse setor.

Não me lembro de ter visto nesses nove anos de desgoverno petista qualquer peça publicitária divulgando algum programa sério, principalmente voltado para o saneamento básico, preocupado em sequer amenizar os efeitos desse quadro desolador. Nego-me a levar em conta aqueles tendenciosamente assistencialistas.

Representantes autonomeados da sociedade mais desenvolvida do mundo zombam do sofrimento que flagela esses nossos irmãos ao festejarem um absurdo aporte financeiro solicitado pelo Fundo Monetário Internacional:
“De tomador de empréstimos agora emprestamos dinheiro ao FMI e a oposição ainda tem a coragem de afirmar que nada mudou”, exulta um dos orgulhosos arautos do país acima de qualquer suspeita.
Mudou, sim, e muito.


A malha de proteção social transformou-se em título de capitalização eleitoral.

No entanto, a política econômica concebida pela equipe do então ministro da Fazenda Fernando Henrique Cardoso, implantada pelo presidente Itamar Franco lá nos idos de 1994 e que é a única responsável pela ascensão do Brasil à condição de credor do FMI, ainda permanece a mesma. Intocável.

Só não se lembram dessa verdade que os tortura os cafajestes usurpadores do talento alheio.

Cada centavo destinado ao FMI significará um quilômetro a menos de rede de esgoto instalada, uma criança a mais que não completará um ano de vida, o sonho abreviado de um adolescente fadado a vegetar pela vastidão da ignorância e condenado a ser apenas outro número nas estatísticas policiais.

A soberba petista agüenta. Sinto uma vergonha que não deveria ser minha.

Outro fato preocupante é a visível indiferença da imprensa e dos congressistas que foram eleitos para atuarem, na oposição.

Mais preocupada em abocanhar um naco generoso da ufanista propaganda oficial, a mídia se limitou a transmitir informações meramente circunstanciais dessa tragédia humana que está negando a crianças e adolescentes as mais comezinhas expectativas de uma vida menos sofrida.

Também não é muito diferente a realidade entre os jovens e os adultos.

Nenhum órgão de informação se atreveu a investigar com maior rigor esse Brasil esquecido pelas autoridades. Sem exceção, a televisiva, pelo menos, presta-se às tarefas subalternas de, numa ponta glorificar a ocupação de favelas cariocas, tudo sem disparar um tiro e prender os chefões da bandidagem antes mesmo do início da operação cinematográfica com data e hora marcada e, na outra, dar vazão a uma sórdida campanha visando desacreditar os órgãos de segurança do Estado de São Paulo.

O som do silêncio vigarista avisa que na capital do Brasil Maravilha foram abolidos os assaltos, os roubos, os latrocínios, os homicídios, os seqüestros, a pedofilia. Desde a retomada da Rocinha, nenhuma mulher foi violentada, nenhum homem foi molestado.

A oposição também não vê, ou finge que não vê, a precária subsistência dessas dezenas de milhões de crianças e adolescentes e não se articula para exigir medidas drásticas e urgentes para combater a calamidade que salta aos olhos.

Pelo jeito, nem o interesse eleitoral a comove.
Perde um tempo precioso na tentativa vã de emplacar CPIs que sabe de antemão jamais se concretizarão. Ainda que por estradas distintas, senadores e deputados oposicionistas passeiam pelo mesmo caminho da covarde indiferença trilhado pelo governo e sua base aliada.

Com a dignidade dilacerada pela crueza desse cotidiano hostil e atroz, vários milhões de sub-brasileiros representados por crianças, jovens, idosos, homens e mulheres ainda estão à espera de que algum outro navegante português de competência duvidosa se perca pelos mares do sul e os descubra.

Desiludidos, perceberam tarde demais que o Brasil Maravilha inventado por Lula não foi capaz de descobrí-los.

Impermeável a manipulações, a realidade fria e insensível cobra o seu tributo e remete a sétima economia do planeta às mais sombrias profundezas dos grotões do atraso e do subdesenvolvimento.

Acuada, prevalece a servidão que elege.

Dezembro 04, 2011
Mauro Pereira

PARECE-ME QUE O BRASIL FICOU EM SEGUNDO LUGAR. PARECE?!


GRÉCIA: é difícil acreditar

Lê-se, por vezes, que os Gregos, coitadinhos, são um pobre povo periférico que está a sofrer as agruras de uma crise internacional aumentada às mãos da pérfida Merkel.

Já é tempo de sair desta superficialidade, de perceber que os Gregos têm culpas no cartório, que não foram sérios e que não o estão a ser.
Os Gregos levaram a lógica dos "direitos adquiridos" até à demência, até à falta de vergonha. Contam-se factos inauditos.
Os exemplos desta falta de seriedade são imensos, a saber :

1 - Em 1930, um lago na Grécia secou, mas o Estado Social grego mantem o Instituto para a Proteção do Lago Kopais, que, embora tenha secado em 1930, ainda tem, em 2011, dezenas de funcionários dedicados à sua conservação.

2 - Na Grécia, as filhas solteiras dos funcionários públicos têm direito a uma pensão vitalícia, após a morte do mãe/pai-funcionário público.
Recebem 1000 euros mensais - para toda a vida - só pelo facto de serem filhas de funcionários públicos falecidos.
Há 40 mil mulheres neste registo que custam ao erário publico 550 milhões de euros por ano.
Depois de um ano de caos, o governo grego ainda não acabou com isto completamente.
O que pretende é dar este subsidio só até fazerem 18 anos ...

3 - Num hospital público, existe um jardim com quatro (4) arbustos.
Ora, para cuidar desses arbustos o hospital contratou quarenta e cinco (45) jardineiros.


4 - Num ato de gestão muito "social" (para com o fornecedor), os hospitais gregos compram pace-makers quatrocentas vezes (400) mais caros do que aqueles que são adquiridos no SNS britânico.

5 - Existem seiscentas (600) profissões que podem pedir a reformaa os 50 anos (mulheres) e aos 55 (homens).
Por quê ?
Porque adquiriram estatuto de profissões de alto desgaste.
Dentro deste rol, temos cabeleireiras, apresentadores de TV, músicos de instrumentos de sopro ...

6 - Pagava-se 15º mês a toda a classe trabalhadora.

7 - As Pensões de Reforma de 4.500 funcionários, no montante de 16 milhões euros por ano, continuavam a ser depositadas, mesmo depois dos idosos falecerem, porque os familiares não davam baixa e não devia haver meios de se averiguar a inexatidão dessa atribuição.

8 - Chegava-se ao ponto de só se pagarem os prémios de alguns seguros quando fosse preciso usufruir deles !

9 - A Grécia é o País da União Europeia que mais gasta, em termos militares, em relação ao PIB (dados de 2009).
O triplo de Portugal !

10 - Há viaturas oficiais da administração do Estado que têm 50 condutores.
Cada novo nomeado para um cargo nomeia três ou quatro condutores da sua confiança, mas como não são permitidos despedimentos na função pública os anteriores vão mantendo o salário.


11 - Em, 27/06 último, o Prof.Marcelo, acrescentou mais uma à lista. Afirmou ele: " Na Grécia, cerca de 90% da terra não tem cadastro.
Agora digo eu: sabem o que significa isso ?
Significa que os proprietários não pagam impostos.


Eu já tinha ouvido dizer que os gregos não pagavam impostos. Ora, a grande receita do Estado provém dos impostos. Isto quer dizer que o erário publico do Estado grego esta vazio, totalmente vazio.

Quer dizer, os milhões da UE é que serviram, durante todos estes anos, para manter o nível de vida atingido dos gregos.
Não admira que já tenham estoirado 115 mil milhões e agora precisem de mais 108 mil milhões.


Qualquer semelhança com um Retirado do fórum do Jornal Económico...

(Portugal) - 29/06/2011 País que voce conhece, é mera especulação

A TRANSPOSIÇÃO DO SÃO CHICO PAROU

Parou por quê? Porque era mais uma mentira eleitoreira de Lula e de Dilma.



Cenário de propaganda eleitoral da presidente Dilma Rousseff e responsável por parte de sua expressiva votação recebida no Nordeste, a transposição do Rio São Francisco foi abandonada por construtoras e o trabalho feito começa a se perder.

O Estado percorreu alguns trechos da obra em Pernambuco na semana passada e encontrou estruturas de concreto estouradas e com rachaduras, vergalhões de aço abandonados e diversos trechos em que o concreto fica lado a lado com a terra seca do sertão nordestino.

O Ministério da Integração Nacional afirma que é de responsabilidade das empresas contratadas a conservação do que já foi feito e que caberá a elas refazer o que está se deteriorando.
Informa ainda que vai promover novas licitações em 2012 para as chamadas obras complementares, trechos em que a pasta e as empreiteiras não conseguiram chegar a um acordo sobre preço.
Segundo o ministério, as obras estão paralisadas em 6 dos 14 lotes e em um deles o serviço ainda será licitado.

Marcada por controvérsias, a obra da transposição começou a sair do papel em 2007 e, no ano seguinte, com os canteiros em pleno funcionamento, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sua então ministra-chefe da Casa Civil e mãe do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) fizeram uma vistoria pela região para fazer propaganda da ação.

Os dividendos eleitorais foram colhidos no ano passado por Dilma. Em Pernambuco, Estado onde começa o desvio das águas, ela obteve mais de 75% dos votos válidos no segundo turno da eleição.

Nas cidades visitadas pelo Estado, onde as obras estão agora abandonadas, o desempenho foi ainda melhor. Em Floresta, a presidente obteve 86,3%; em Cabrobó e Custódia, 90,7%; e em Betânia, 95,4%.

Prometida para o final do governo Lula, a obra tem seu prazo de entrega sucessivamente adiado. A nova previsão é concluir os 220 quilômetros do eixo leste, de Floresta a Monteiro (PB), até o fim de 2014 e terminar no ano seguinte os 402 quilômetros do eixo norte, que sai de Cabrobó para levar água ao Ceará, Paraíba e Rio Grande do Norte.

A obra está atualmente orçada em R$ 6,8 bilhões, 36% a mais do que a projeção inicial. Segundo o ministério, foram empenhados R$ 3,8 bilhões para a obra e pagos R$ 2,7 bilhões às construtoras.

Durante três dias, a reportagem percorreu cerca de 100 quilômetros da extensão dos canais da obra. O abandono foi a tônica da viagem, com canteiros completamente parados. As únicas exceções foram as partes da transposição sob responsabilidade do Exército.
Em um dos trechos visitados, na divisa das cidades pernambucanas de Betânia e Custódia, cerca de 500 metros de concreto estão totalmente quebrados, com pedaços se soltando do solo. Esse trecho terá de ser refeito para a água do São Francisco passar.
O padre Sebastião Gonçalves, da diocese de Floresta, foi quem encontrou o trecho destruído durante vistoria frequente que faz pelas obras. 'As empresas abandonaram as obras e já começou a se perder o trabalho feito. É um desperdício inexplicável.'

A parte que aparece com as maiores avarias está no lote 10 da obra, que teve as obras iniciadas pelas construtoras Emsa e Mendes Júnior.
Segundo moradores da região, as máquinas começaram a ser retiradas desde o início do ano passado. Há cerca de dois meses, os funcionários foram demitidos, deixando os alojamentos como aspecto de cidade fantasma, onde só restam vigias e alguns funcionários administrativos.

'É uma situação caótica, está tudo parado', reclama Manoel Joaquim da Silva, coordenador do sindicato dos agricultores familiares de Floresta e companhia constante do padre Sebastião Gonçalves no acompanhamento das obras.

A Mendes Júnior informou não participar mais do consórcio, enquanto a Emsa não enviou respostas aos questionamentos.
O Ministério da Integração disse já ter sido informado das rachaduras e notificado a Emsa por meio de ofício no dia 26 de outubro.
Segundo a pasta, as obras da empresa serão retomadas em janeiro de 2012. A reportagem encontrou início de deterioração em outro lote da obra, o de número 9, também no eixo leste. Paredes de concreto começam a rachar próximo ao local onde será construído o aqueduto sobre a BR-316, também em Floresta.
Em outra área, vergalhões de aço para a construção de uma ponte para o canal passar foram abandonados e parte do material já foi até roubado. O lote é de responsabilidade das construtoras Camter e Egesa. O Estado não recebeu resposta da Egesa e não conseguiu contato com a Camter.

No eixo norte, o contraste entre as obras do Exército e o abandono por parte das empreiteiras está bem próximo. Dez quilômetros à frente de onde homens fardados seguem seu trabalho, há um canteiro abandonado do Consórcio Águas do São Francisco ainda com máquinas para a fabricação de concreto que sequer foram retiradas.
Percorrendo mais dez quilômetros, encontra-se um grande vão onde as explosões foram feitas, mas o canal ainda não recebeu concreto. ( Do Estadão)

NADA COMO UM BOM "FOGO COMPANHEIRO" PARA MOSTRAR A SUJEIRA DO PT


Está em curso uma luta fratricida em que o PT mineiro tenta romper a aliança espúria montada pelo PT nacional com o PSDB do Aécio Neves, para manter o PSB na prefeitura de Belo Horizonte.

Fernando Pimentel, amigo, confidente e ministro da Dilma, que já se locupletou deste arreglo, tendo sido prefeito da cidade, agora é torpedeado pelo PT local, que não aceita mais engolir uma canditatura imposta para que Lula, Dilma ou quem vier, ganhem todas as eleições presidenciais no estado, não incomodando o reinado de Aécio nas montanhas de Minas.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel (PT), faturou pelo menos R$ 2 milhões com sua empresa de consultoria, a P-21 Consultoria e Projetos Ltda., em 2009 e 2010, entre sua saída da Prefeitura de Belo Horizonte e a chegada ao governo Dilma Rousseff.
Os dois principais clientes do então ex-prefeito foram a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e o grupo da construtora mineira Convap. A federação pagou R$ 1 milhão por nove meses de consultoria de Pimentel, em 2009, e a construtora, outros R$ 514 mil, no ano seguinte.

A consultoria de Pimentel à Fiemg foi contratada quando o presidente da entidade era Robson Andrade, atualmente à frente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), e se resumiu, de acordo com o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, a “consultoria econômica e em sustentabilidade”. No entanto, dirigentes da própria entidade desconhecem qualquer trabalho realizado pelo ministro.

O serviço à Convap durou de fevereiro a agosto de 2010, época em que Pimentel era um dos coordenadores da campanha de Dilma e viajava o Brasil com a candidata.
Após a consultoria, a Convap assinou com a prefeitura do aliado de primeira hora de Pimentel, Márcio Lacerda (PSB), dois contratos que somam R$ 95,3 milhões.

Em maio deste ano, ao ser questionado durante viagem a Ipatinga (MG) a respeito das atividades da P-21 Consultoria e Projetos Ltda., já na condição de ministro, o petista não quis dizer quem eram os seus clientes e classificou o rendimento da empresa como “compatível com a atividade dela” e “nada extraordinário”.

A Convap contratou Pimentel por meio de outra empresa do grupo que a controla, a Vitória Engenharia, atual Mineração Vitória Ltda., cujo endereço é o mesmo da construtora, em Vespasiano, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Menos de um ano após pagar a última parcela pela consultoria do petista, a Convap foi escolhida no governo Lacerda para tocar obras viárias de implantação do sistema de BRT (Bus Rapid Transit) na Avenida Cristiano Machado, para a Copa do Mundo de 2014 (R$ 36,3 milhões), e da Via 210, na região Oeste da capital mineira (R$ 59 milhões). As duas obras são em consórcio com a construtora Constran.

Fernando Pimentel deixou a prefeitura há três anos; ainda assim seu grupo permanece no controle da Secretaria municipal de Obras e Infraestrutura no governo Lacerda.
A pasta foi responsável pela contratação da Convap e continua nas mãos do engenheiro Murilo Valadares, petista que cuidava da secretaria no governo de Pimentel.

De 2000 a 2008, período em que o atual ministro foi prefeito de Belo Horizonte, não há registro de contrato do município com a Convap. Perguntado se via conflito de interesses na assinatura de contratos de quase R$ 100 milhões com uma empresa que tinha como consultor um de seus padrinhos políticos, Valadares disse que não. Ele alegou que os contratos foram assinados por meio de licitação e que, nos dois casos, o consórcio apresentou o menor preço.

“O secretário sempre pautou suas ações pela transparência e pela ética. As licitações seguem os parâmetros legais. Diante da suspeita de quaisquer irregularidades, cabe aos órgãos competentes realizarem suas fiscalizações, bem como à imprensa republicana registrar os fatos e evitar suposições”, disse a assessoria de Valadares, por meio de nota oficial.
Procurado por e-mail e pessoalmente para dizer que tipo de consultoria Pimentel prestou à sua empresa por mais de R$ 500 mil, o diretor-presidente da Convap, Flávio de Lima Vieira, não deu entrevista. Pelo telefone, repetiu quatro vezes a frase “nada a declarar” e desligou.

Já o atual presidente da Fiemg, Olavo Machado, disse ter pago por “análise, avaliação e aconselhamento sobre aspectos da economia local e mundial”, “discussões socioeconômicas com base em experiência técnica, universitária e administrativa”, e “dimensionamento de mercados para empresas, aspectos de meio ambiente e sustentabilidade”.

Em 2009, a Fiemg pagou R$ 1 milhão por informações que, em linhas gerais, o ex-prefeito ofereceu de graça pelo menos 13 vezes em palestras para estudantes, políticos e comerciantes locais em viagens por Minas naquele mesmo ano, de acordo com o site “Amigos do Pimentel”.

O tema era “Perspectivas econômicas e sociais de Minas e do Brasil no atual cenário mundial”, e o ex-prefeito viajava para articular sua pré-candidatura ao governo de Minas para o ano seguinte, plano que não se concretizou. No site, há referência a um encontro promovido pela Fiemg, em agosto daquele ano. (De O Globo)

E NÃO COMUNICOU O NOVO ENDEREÇO...


Artigos - Governo do PT

Estabelecerão um tribunal de exceção. Arbitrariamente e à margem do ordenamento jurídico, submeterão pessoas a linchamento moral (pena de exposição pública, sem julgamento formal nem direito de defesa)

Desconfio até do nome. Comissão da Verdade? Que coisa mais incompatível com um governo recheado de mentirosos públicos.


Desde quando, senhores, a verdade se tornou instrumento da política? Talvez não exista nessa atividade algo tão seviciado e tão fracionado em metades e quartas partes. Eleitoralmente, a mentira funciona muito melhor do que a verdade.

A ideia de formar uma comissão de sete pessoas (essa conta só pode ser ato falho) designadas por uma oitava, diretamente interessada nos rumos do trabalho, contraria elementares princípios metodológicos.
Ademais, se para escolher seus ministros, supostamente um colegiado, sobre o qual incidem exigências superiores, a presidente andou na escuridão, quem lhe entregará uma boa lanterna para designar essa versão tupiniquim dos sete sábios da Grécia?
Pois é. Mas o Congresso Nacional julgou tudo muito bem pensado e aprovou sem pestanejar, com os votos do governo e muitos - valha-nos Deus! - da oposição.
De fato, a racionalidade foi embora e não comunicou o novo endereço.

Não estou dizendo que seja desnecessário, ou inconveniente, esclarecer a situação de mortos e desaparecidos. Há famílias interessadas em tais respostas e é justo buscá-las. Mas essa questão, profundamente humana, é apenas marginal nas motivações. O que queriam mesmo, desde que se tornaram hegemônicos, era acabar com a anistia e levar a julgamento seus inimigos de então.

Como o STF não deixou, criaram o próprio tribunal e, cautelosamente, reservaram a seus crimes solene indulgência plenária: "Nós fora! Lutávamos pela democracia!". Haverá quem acredite? Não só não eram democratas como escarneciam de quem fosse.
Por outro lado, as lições de pensadores como Aristóteles, Tomás de Aquino e Francisco de Vitória sobre o direito de resistência à tirania em nada os socorrem. Faltava-lhes condição essencial de legitimidade, representada pela luta por uma causa nobre.

A causa deles, financiados e treinados pelo comunismo internacional, não tinha nobreza alguma. Mundo afora, produzia vítimas aos milhões. Era radicalmente totalitária.
O povo, por isso, jamais os apoiou. É preciso ter perdido o senso de realidade para afirmar diferente. Moviam-se pelo mesmo ódio que inspirava Che Guevara, guerrilheiro modelo, quando discorria sobre o "ódio como fator de luta" para transformar o militante em "fria máquina de matar". O mesmo que ensinava Marighella, o venerado camarada, em seu manualzinho do guerrilheiro urbano.

A anistia, com seus efeitos jurídicos e políticos, seguiu um princípio ético e político superior - o princípio do perdão. E lhes franqueou o poder. Mas quem assume o ódio como categoria do seu ser político não consegue operar sem ele.

A comissão é filha desse sentimento. Longe de mim, que fique claro, proteger torturadores de direita ou guerrilheiros e terroristas de esquerda. Suas maldades os credenciam a cantos bem quentes do inferno.

O objetivo dessa comissão, já bem verbalizado, é um acerto unilateral de contas. Não reconheceriam a verdade nem se trombassem com ela, nua e crua, numa tarde ensolarada.
Mas a definirão em reunião caseira, tomando chimarrão. Estabelecerão um tribunal de exceção.

Arbitrariamente e à margem do ordenamento jurídico, submeterão pessoas a linchamento moral (pena de exposição pública, sem julgamento formal nem direito de defesa). O que fará o Poder Judiciário ante uma zorra dessas?

Para concluir. Merece pouco crédito o apreço por direitos humanos de quem, periodicamente, vai a Cuba soluçar nostalgias no cangote de Fidel Castro.
Aliás, se em vez de brasileiros fossem cubanos e criassem, por lá, uma comissão da verdade, iriam investigar sabem o quê? Os crimes de Fulgêncio Batista...

Percival Puggina, 03 Dezembro 2011
Publicado no jornal Zero Hora.

LIBERDADE DE IMPRENSA: BRASIL NA 89ª POSIÇÃO

Artigos - Governo do PT

Houve um acréscimo - para pior - de 12 pontos nos últimos 9 anos, exatamente os que incluem os dois mandatos de Luís Inácio Lula da Silva e a corrente gestão de Dilma Rousseff.

Uma importante instituição internacional, a Freedom House classificou o Brasil em seu Mapa da Liberdade de Imprensa de 2011, como apenas “parcialmente livre”, na preocupante 89º posição, entre 196 países.

Nosso país quedou-se atrás de nações outrora pertencentes ao bloco comunista, como Estônia (19º), República Tcheca (24º), Lituânia (35º), Hungria (42º), Eslováquia (43º), Polônia (49º), Eslovênia (53º), e Letônia (56º), países estes classificados todos eles como “livres”.

No Ocidente, o Brasil perde para nações pequenas e/ou pobres como a Jamaica (16º), Costa Rica (28º), Bahamas (30º), Belize (33º), República Dominicana (40º), Suriname (44º), Trinidad e Tobago (45º), Chile (67º) e Guyana (68º), também todos eles classificados como “livres”.

Em sua metodologia, a Freedom House atribui pontos em uma escala de 0 a 100, de modo que quanto menor a pontuação, mais livre é considerado o país pesquisado. O Brasil obteve um total de 44 pontos, dos quais 14 foram atribuídos ao seu sistema legal, 19 ao ambiente político e 11 à conjuntura econômica.

O que há de mais preocupante é a revelação de que a cada ano a liberdade de imprensa no Brasil se deteriora mais um pouco: no ano de 2002, justamente quando a imprensa divulgou de forma eloquente que o Brasil havia experimentado “a maior festa da democracia de todos os tempos”, nosso país havia atingido 32 pontos, o que significa que houve um acréscimo - para pior - de 12 pontos nos últimos 9 anos, exatamente os que incluem os dois mandatos de Luís Inácio Lula da Silva e a corrente gestão de Dilma Rousseff.

Com larga evidência, surgem como principais protagonistas da censura o ativismo judicial mancomunado com políticos ou com os interesses partidários.

O relatório anual de 2010 destaca as tentativas de implementação de leis de “controle social” da mídia e de criação de um conselho federal de jornalismo; a censura ao jornal O Estado de São Paulo sobre o escândalo de corrupção envolvendo Fernando Sarney, filho do presidente do Senado, José Sarney; também citou o caso do jornal Debate, de Santa Cruz do Rio Pardo, que foi obrigado a pagar o equivalente a trezentos mil dólares a um juiz local por ter denunciado que o mesmo vivia em uma casa paga pelo Município e que mantinha um telefone de uso oficial ilegalmente dentro dela; e outros casos envolvendo ameaças, surras e até mesmo assassinatos de jornalistas ou de seus entes queridos.

Em sua versão de 2011, relata o caso do jornal Diário do Grande ABC, que foi impedido pela justiça local de publicar denúncias de má gestão das escolas públicas de São Bernardo do Campo depois que Luís Marinho, o atual prefeito e ex-ministro do Trabalho do presidente Luís Inácio Lula da Silva, ter reclamado que o jornal estava procurando arranhar a sua reputação.

Além disso, o relatório frisa enfaticamente que as decisões judiciais que barravam a publicação de notícias em jornais, revistas, blogs, sites e na TV aumentaram dramaticamente durante as semanas que antecederam a eleição presidencial em outubro de 2010, sendo que houve um total de 21 atos de censura como resultado de representações impetradas por políticos, impondo multas a vários veículos de comunicação, bem como forçando-os a remover o conteúdo ou impedidos de publicá-los.

A Freedom House também tem prestado atenção à importância crescente da internet, pelo que publicou a seguinte nota neste ano de 2011:

A internet representa uma nova fronteira para o público brasileiro, com cerca de 40,65 por cento de acesso pela população em 2010. Embora a internet seja aparentemente um fórum aberto para que todos possam se expressar por si próprios, o poder judiciário tem se tornado progressivamente agressivo em seus esforços de regular o conteúdo.

Considerando somente o Google, este reportou que em 398 diferentes ocasiões nos primeiros seis meses de 2010 as autoridades brasileiras ordenaram que o conteúdo fosse removido dos servidores da companhia. Adicionalmente, uma proposta de lei de criação de marcos regulatórios para a internet está sendo preparada no Congresso.

Em sua versão original, previa uma grande restrição da liberdade de expressão na internet, com pesadas cláusulas contra calúnias e difamação contra provedores e sites. Ainda embora muitos dos artigos mais fortes sobre difamação tenham sido removidos após severas críticas, a sua redação final pode ainda conter possibilitar a censura de conteúdo.

Claro está que a instituição se vale de informações formais, de modo que passa oculta a auto-censura promovida pelo aparelhamento político-ideológico de matriz socialista que se faz atualmente hegemônico nos meios de comunicação. Ainda assim, pode-se confiar como respeitáveis as suas avaliações, a revelar que a situação da liberdade de imprensa no Brasil vem seguindo incontestavelmente por um mau caminho.

Klauber Cristofen Pires, 03/Dezembro/2011

A CONSPIRAÇÃO, OS RATOS E UMA NAÇÃO QUE SOFRE


A situação política do Brasil de hoje mostra muito bem que toda essa celeuma de direita versus esquerda é apenas isso: conversa fiada.

Em qualquer país com uma oposição minimamente ativa, as revelações de toda a podridão que vem sendo acobertada pelo atual governo serviriam como combustível para uma campanha ativa e constante visando seu impedimento ou, pelo menos, o seu descrédito junto à opinião pública.


Mas, aqui o que ocorre é uma apatia inexplicável da oposição e até declarações de amor e de apoio dos políticos dessa “suposta oposição” a presidente no poder e eleita pela coligação “rival”.

Para minha modesta percepção e ainda levando-se em conta o desempenho dos políticos ligados aos partidos da oposição e da situação; pode ser notado o fato de que há uma verdadeira conspiração sendo tramada contra o povo brasileiro e contra nossa nação nos bastidores da política federal.

Exagero?

Analise alguns poucos fatos e tire, você mesmo, a sua conclusão:

A questão da qualidade da educação no Brasil está muito mais do que colocada em pratos limpos. Ela foi radiografada e exposta com uma clareza tal que não sobram mais quaisquer dúvidas a respeito dos problemas encontrados e das soluções possíveis.

Mas, o que fazem governo e oposição? O primeiro retira o Brasil das competições internacionais e foca apenas em olimpíadas locais onde a mediocridade é comparada à mediocridade. Com isso, forjam-se resultados “animadores”, enquanto a verdadeira face de nossa educação é cada vez mais terrível e excludente. Avaliação após avaliação, desconsiderando-se os critérios da aprovação automática (criado para elevar os índices de aprendizado e mascarar os péssimos resultados alcançados) o resultado efetivo das escolas é a formação de uma legião de analfabetos funcionais e adultos incapazes de compreender e executar operações básicas da matemática.

Sabedores disso, políticos da oposição ao contrário de primarem pela excelência acadêmica; favorecer o mérito dos estudantes ou criar meios de refletir brilhantes resultados sobre o obscurantismo da ignorância ofertado pelo governo; atuam exatamente da mesma forma. Alguns políticos “opositores” anunciam que reduzirão a carga horária das aulas de português e matemática nas escolas públicas. Sem sombra de dúvidas, o quadro que hoje é dantesco tenderá apenas a piorar ainda mais.


Qual o objetivo desse raciocínio? Por que, ao invés de atuar de forma diametralmente oposta, os políticos de oposição praticam as mesmas barbaridades e cometem os mesmos erros?

A chave desse mistério está na fala da secretária do MEC (Ministério da Educação e Cultura) em resposta a pergunta: “Por que não se volta a ensinar Ética, Moral e Cívica ou Organização Política nas escolas”? – Sua resposta – “Porque isso é coisa de ditadura”.

Essa resposta encerra o pensamento de todos os políticos de hoje: ensinar ao povo (em especial aos menos favorecidos) as formas de funcionamento dos diversos agentes políticos, as necessidades de cada poder republicano, as formas de exercer a cidadania, o comportamento ético adequado, os instrumentos disponíveis para o cidadão fazer valer a sua voz e fiscalizar os políticos, a ponderação necessária ao escolher um candidato a um cargo eletivo e tido mais que gira em torno da organização social e política de uma nação é coisa “dispensável” por ser “maldita”.

Assim, desde a tenra idade escolar, o cidadão brasileiro é mantido no obscurantismo e na ignorância. Tratado como débil mental, eterno carente e um ser incapaz de elevar-se social e economicamente sem o auxílio paternalista do Estado.

Quanto mais ignorante e incapaz de detectar as oportunidades que o mundo oferece, mais dependente das esmolas criadas pelo Estado e mais suscetível aos ”salvadores da pátria” ávidos por enganá-los enquanto engorda as próprias contas secretas.

Sem uma formação de qualidade e sem escolas capazes de criar mentes inquisitivas e dotadas da capacidade de interpretar as entrelinhas dos discursos mirabolantes e cheios de promessas vazias ou sem sentido; o brasileiro jamais amadurecerá como nação e continuará sendo um refém nas mãos de espertalhões e malandros de ocasião.

Oposição e situação se unem como ratos para devorar os cérebros e as almas dos brasileiros desde a mais tenra idade e para transformar nossa nação num lugar de sofredores e patéticos reféns da “caridade” das elites partidárias.

Infelizmente, a única forma de libertar-se dessa conspiração é rebelar-se contra ela através da compreensão de sua existência e da revelação de seus objetivos. Isso reside no cerne de nosso próprio povo e de alguns elementos que consigam mobilizar as massas e anular os ensinamentos de décadas que nos condenaram ao imobilismo ao conformismo e a apatia.

Somente o brasileiro pode libertar o brasileiro.

E é aí que está o problema.

Pense nisso.

Arthurius Maximus, 27/setembro/2011

DIRETO DO CLUBE MILITAR - COMISSÃO DA VERDADE E PROLEGÔMENOS

Os guerrilheiros vencidos na luta armada do Araguaia jamais aceitaram a Lei da Anistia, votada por um Congresso pluripartidário em 1979 e aprovada por maioria, numa sessão fortemente tumultuada pela esquerda radical. Desde então, seus componentes têm feito da revogação da Lei de Anistia uma obsessão que dura 32 anos.

O precedente se deve à Emenda Constitucional nº 11, de outubro de 1978, que restabeleceu as liberdades democráticas fundamentais.

Em eleições gerais sucessivas, não tendo vencido, os radicais associaram-se ao PT, o estandarte que os recebeu como minoria útil nas eleições presidenciais, quando reiteradas vezes só têm eleito cinco ou seis deputados, sua cota de aceitação popular.

Vitorioso, Lula deu à ala mais resistente, o PCdoB, por oito anos, a presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Primeiro recorreram ao parlamento, na tentativa de anular a lei. Não obtendo apoio dos pares, recorreram ao Supremo Tribunal Federal, obcecados por obter a revogação da discutida lei cujo objetivo, para o governo João Figueiredo, não pressupunha perdoar os vencidos na luta armada do Araguaia, mas conciliar a família brasileira. O Supremo negou provimento à ação esdrúxula. Manteve a vigência da lei.

Indo além no cadinho que manipula o ódio, misturado certamente com calúnias, a Organização dos Estados Americanos (OEA) perfilhou o absurdo. Não lhe bastando submeter o Brasil ao vexame de explicar-se por crimes resultantes de ofensa aos direitos humanos ao violar a Convenção de Genebra, insinuam apelar para o Tribunal Penal Internacional de Haia (TPH), que processa responsáveis por barbaridade na guerra da Bósnia contra a população civil muçulmana, inclusive estupros de mulheres muçulmanas "para purificação genética". Entre eles o ex-presidente sérvio Slobodan Milosevic, morto por ataque cardíaco; o general Perisic, comandante do Exército iugoslavo, subordinado a Milosevic, condenado a 27 anos de prisão; e outro general herói da guerra da Bósnia e mais dois coronéis, todos responsáveis por massacres de civis.

A comparação com torturas chega a ser torpe. Por esses abusos, as ações dos exércitos alemão (Gestapo), francês (paraquedistas na luta de descolonização da Argélia) e americano, no Iraque, seriam consideradas crimes hediondos. No Brasil, os queixosos esquecem que praticaram crimes piores, como atentados terroristas e assassinatos seletivos, crimes contra a humanidade, o que a OEA não viu ao conceder apoio solidário aos reclamantes. A última tentativa na mais recente reunião com o então ministro da Defesa, Nelson Jobim, parecia dar uma solução de comum acordo, reconhecendo equivalentes os dois tipos de crimes, que a Constituição assim escreve como incapazes de ser anistiados. A ministra do PCdoB, presente à reunião, segundo a mídia, concordou que a Comissão da Verdade averiguasse também os abusos dos guerrilheiros, selecionando o atentado terrorista no Aeroporto do Recife e os assassinatos seletivos de vítimas civis e militares até por engano de pessoa.

José Genoíno, ex-deputado federal pelo PT, hoje assessor do ministro da Defesa, é encarregado de coordenar o texto do projeto, que dormia na Câmara havia dois anos. Não prosseguia segundo o processo legislativo, respeitando a pública declaração da presidente da República, à mídia, do desinteresse da maioria pela votação de matéria traumática.

A presidente Dilma, por motivo que só a ela cabe julgar, mudou recentemente de posição e o projeto transformou-se em urgente. Pela primeira vez, a tramitação do projeto conta com o beneplácito dos três comandantes da Forças singulares, que aprovaram o esforço do seu assessor, no sentido de dar urgência à composição da comissão prevista de sete notáveis para o estudo preliminar do texto do projeto que "investigará torturas na ditadura militar".

A mais recente reunião de que fez parte o ex-ministro Nelson Jobim, presente e concordante a ministra Maria do Rosário, incluía a investigação dos atos terroristas na luta, citando nominalmente o atentado no Aeroporto dos Guararapes, no Recife, e assassínios seletivos. A escolha do assessor com tanta autoridade é oportunidade rara de julgar a tortura, que teria sofrido, e conhecer o bárbaro assassinato de um adolescente, para servir de escarmento, pelo seu próprio grupo de guerrilheiros. A pequena tropa de combate aos guerrilheiros comandada pelo capitão Lício Maciel (livro Guerrilha do Araguaia, páginas 40 e seguintes) prendeu José Genoíno, de codinome Geraldo, que foi retirado da frente de combate sem sofrer qualquer violência. O capitão Lício, gravemente ferido, num encontro com o grupo militar da guerrilha, em que houve mortes, foi também evacuado. Recuada a tropa, após o ferimento do comandante, os guerrilheiros camaradas de Genoíno foram informados de que João Pereira, adolescente de 17 anos, filho de um pequeno fazendeiro, fora o guia dos poucos militares até localizá-los na mata. Na frente dos pais, fatiaram o corpo do rapaz em partes e concluíram por facadas no coração. Deixaram claro que era uma represália para servir de escarmento a quem auxiliasse a tropa que os perseguiam.

Jarbas Passarinho – Correio Braziliense – 19/09/2011
Arthurius Maximus, 26/setembro/2011

DIRETO DO CLUBE MILITAR - OS MITOS DA PROPAGANDA

A esquerda parece estar, pela primeira vez, convencida de que a anistia votada em 1979 abrange também o terrorismo. O projeto da Comissão da Verdade, que dormita na Câmara dos Deputados há mais de um ano sem tramitação, pode chegar a ser votado logo após o recesso de julho do Congresso.
A resistência deriva dos debates da Constituinte, em que a esquerda foi vencida depois de tenaz oposição a considerar tortura e terrorismo igualmente crimes hediondos.
O texto original trai essa posição ao escrever que se destina a avaliar casos de violação de direitos humanos ocorridos "no período da ditadura militar" e não "ocorridos no período da luta armada, de 1966 a 1975".

Dos conceitos que conheço sobre a verdade, usei no meu livro de memórias, como emblemático, o que colhi de Leão XIII: "A primeira lei da história é de não ousar mentir; a segunda, de não temer exprimir toda a verdade".
A literatura da esquerda, no que toca à luta armada por ela desencadeada, sofre dessa cegueira. Desfigura a verdade como nos mitos a seguir.

Restrinjo-me às mais comuns afirmações utilizadas, pela esquerda, visando a tornar justificada a sua responsabilidade na luta armada.

a) Não havia a ameaça comunista em 1964.
Havia. Sirvo-me preferentemente de fontes de autores da esquerda, a começar pelo livro O combate nas trevas, do comunista histórico Jacob Gorender, que fez parte do Comitê Central do PCB. Intelectual renomado, narra a história com isenção. Rompido com Prestes, que discordava da luta armada, fez parte dela, no Partido Comunista Brasileiro Revolucionário, o que lhe valeu a prisão e a condenação. A honestidade com que narra os acontecimentos revela-a a objetividade de pesquisador à busca da verdade.

O capítulo 8º do livro, Gorender intitulou-o "Pré-revolução e o golpe preventivo". A pré-revolução, ele a descreve detalhadamente: as centenas de greves, de cunho leninista, não mais de reivindicação econômica, mas políticas e preparatórias da insurreição; as passeatas do movimento estudantil no auge da agitação; e a sublevação de sargentos, em Brasília, e dos marinheiros, no Rio.
Em entrevista à TV Tupi de São Paulo em 3 de janeiro de 1964, Prestes declarou seu apoio à prorrogação do mandato de Jango e, para isso, uma reforma constitucional, o que, para Gorender, é prova da participação: "Açodamento que não escondia o quanto o poder parecia próximo ao secretário-geral. Não poderia estar mais próximo e seguro, uma vez que o PCB tinha um aliado no próprio presidente da República". E mais: no dia 27, afirmou no auditório da ABI, comemorando aniversário do PCB, que não havia condições favoráveis a um golpe reacionário, mas, se esse viesse, "os golpistas teriam as cabeças cortadas", o que repetiu no dia 29, a milhares de pessoas, no Estádio do Pacaembu.

A ligação íntima de Prestes e seu partido ainda ilegal mostrava o perigo no campo interno. No externo, viria a dizer Prestes, em seu livro Prestes: lutas e autocríticas: "Jango é o melhor dos políticos importantes com quem estive, chegando inclusive a compreender o papel que a União Soviética desempenhava". A ameaça confirma Gorender: "Houve a possibilidade de vencer, mas foi perdida".

b) A luta armada foi consequência do AI-5.
Falso. Prova o livro A esquerda armada de 1965 a 1973, premiado em Cuba em 1973, composto de depoimentos dos exilados comunistas. Em 1965 cobre "o começo da crise das organizações da esquerda brasileira". Nas páginas finais há um cronograma das intervenções revolucionárias e terroristas, no qual consta: "Em outubro de 1967 começam as primeiras ações armadas da guerrilha urbana em São Paulo, onde operam a ALN e a VPR". Iniciava-se a luta armada, mais de um ano antes do AI-5, desencadeada pelas duas facções mais expressivas em desdobramento do atentado terrorista em 1966, no Aeroporto de Guararapes, em Recife, usando bomba-relógio. Graças ao esvaziamento do aeroporto, pouco antes da explosão, que seria uma tragédia, ainda assim mutilou vários civis não combatentes e matou cinco inocentes. Um ato terrorista, pois, em 1966, e a atuação das guerrilhas a partir de outubro de 1967 são anteriores a dezembro de 1968, data da edição do AI-5.

c) A guerrilha lutava pela democracia contra uma ditadura.
Mentira. Os guerrilheiros diziam lutar contra a ditadura, mas eram partidários de outra ditadura, a do proletariado. A democracia, como definida por Marx, seria uma consequência futura da ditadura do proletariado, "uma classe dominante temporária". O que as guerrilhas prescreviam, desde logo, era a ditadura. Testemunha-o o insuspeito Daniel Aarão Reis, do MR-8, guerrilheiro preso e exilado, hoje professor universitário: "Não compartilho da lenda de que fomos o braço armado de uma resistência democrática, mito surgido na campanha pela anistia. O projeto das organizações de esquerda armada era revolucionário, ofensivo e ditatorial. Não existe um só documento em que elas se apresentassem como instrumento de resistência democrática. (O Globo,23/9/2001). "Mito e lenda", para ajudar na anistia de 1979. Fernando Gabeira afirma o mesmo.

(¹) Jarbas Passarinho – Coronel reformado, foi governador, senador e ministro de Estado. (Publicado no jornal “CORREIO BRAZILIENSE”, em 26 de julho de 2011, inserido na Resenha do CComSEx) .
Arthurius Maximus, 01/agosto/2011

DIRETO DO CLUBE MILITAR - O NOVO IMPÉRIO BRASILEIRO

“A depravação do Poder Legislativo e a dependência do Judiciário, de um lado, a exorbitân-cia do Executivo, por outro, paralisaram, entre nós, o governo representativo. A atonia do povo e sua rudez política, a par do espantoso desenvolvimento e corrupção do elemento bu-rocrático, dão ao mal uma enormidade assustadora”.
JOSÉ DE ALENCAR – “CARTAS DE ERASMO” – 07 JAN 1866

Ao contrário de seus vizinhos, o Brasil tornou-se independente sob um Imperador. D. Pedro I e seu filho D. Pedro II cumpriram um enorme trabalho histórico de criação e afirmação de um país gigantesco, entregando-o unido, indiviso, falando um mesmo idioma, sem enclaves estrangeiros, com suas fronteiras praticamente definidas, livre da escravidão e aceitando uma transição para a república democrática feita sem derramamento de sangue.

Como imperadores, personificavam um poder do Estado – o Poder Moderador – que dirimia dúvidas e dava a última palavra nos mais graves assuntos nacionais. Seus atos políticos não eram sujeitos a julgamento, pois eram inimputáveis.

Segundo João Camillo Torres, a razão da existência do Poder Moderador era devido ao fato de que o "monarca, pela continuidade dinástica, não fazendo parte de grupos, classes, nem possuindo ligações regionais, não devendo seu poder a partidos, grupos econômicos, não tendo promessas eleitorais a cumprir, não precisando de ‘pensar no futuro’ – o futuro de sua família estará garantido se a paz e a grandeza nacional estiverem preservadas – que não está sujeito à tentação de valer-se de uma rápida passagem pelo seu governo para tirar benefícios e vantagens particulares à custa da nação, deixando o ônus a seus sucessores".

O Art. 99 da Constituição de 1824 declarava que a "pessoa do Imperador é inviolável e sagrada; ele não está sujeito à responsabilidade alguma". Tal dispositivo não era uma característica única do regime constitucional brasileiro do século XIX. Pelo contrário, a irresponsabilidade do monarca ainda existe nas atuais monarquias parlamentaristas, que estão entre os países mais democráticos, menos corruptos e com melhor qualidade de vida para seus habitantes (¹).

D. Pedro II, em especial, adotando a Monarquia Parlamentarista constitucional, conseguiu evitar o agravamento das crises políticas internas e externas, manobrando com competência e equilíbrio no rodízio dos ministérios entre conservadores e liberais. Permitiu – e não combateu – as ideias liberais e republicanas que surgiam no final do século XIX, em especial após a Guerra da Tríplice Aliança, garantindo a liberdade de imprensa mesmo quando essa imprensa atacava o regime monárquico e procurava ridicularizá-lo em caricaturas impiedosas e, muitas vezes, injustas.

Os imperadores brasileiros distribuíram, como era próprio dos impérios, glebas e títulos nobiliárquicos aos que os serviam com mais eficiência, mas procuraram separar os bens da Coroa dos cofres do Império. D. Pedro II, por exemplo, fazia empréstimos bancários para financiar suas viagens à Europa. Este mesmo Imperador era respeitado como cientista e estudioso, falava vários idiomas e surpreendia seus interlocutores na cena internacional por seu saber e cultura, falando-lhes sem intérpretes.


Passados mais de cem anos, o Brasil ensaia uma volta ao passado, como sempre mais um arremedo do mesmo, evitando o que deu certo e insistindo no que se revelou errado.

Nossos novos imperadores – que escolhem seus sucessores e os elegem pelo emprego desavergonhado da máquina pública e da compra de votos – não aprenderam nada com a história que não leram. Afinal, “nasceram analfabetos”…

Assim, dão a última palavra nos mais graves assuntos nacionais, mesmo sem terem mais mandato para tal. Como um novo Poder Moderador, são inimputáveis e estão acima das leis e dos demais poderes.

Ao contrário dos monarcas, fazem parte de grupos, classes e sindicatos; possuem ligações regionais e devem seu poder a partidos e grupos econômicos; têm promessas eleitorais que deveriam cumprir, mas nada sofrem por não fazê-lo; contam apenas com sua rápida passagem pelo governo para tirarem vantagens e benefícios particulares, às custas dos cofres públicos, para sua família, seus amigos e asseclas.

Embora não haja amparo legal, na prática cometem seus malfeitos sem nenhum pejo ou temor de responder criminalmente pelos mesmos, pois creem ter imunidade real para dispor dos bens públicos como se fossem particulares, pelo simples fato de terem sido eleitos.

Foram eleitos, sim, mas para cumprir seus deveres dentro dos limites legais e não para se locupletarem impunemente, o que acontece por incompetência e inoperância, quando não por conivência, dos demais poderes e pela indiferença abúlica dos eleitores, comprados por miçangas e colares e apitos, como os nativos antigos por seus colonizadores.

Demonstram ojeriza pelo rodízio no poder, acreditando-se predestinados para exercê-lo ad aeternum, como se fossem iluminados pela onisciência e pela onipotência divinas.

Assim, tudo fazem para se perpetuarem no poder, comprando com sesmarias, postos, comissões, mensalões, contratos e nomeações para cargos em infindáveis ministérios e secretarias o apoio dos vendilhões que deveriam ser seus opositores políticos e fiscais.

Temem e pretendem controlar qualquer divulgação de notícias negativas ou denúncias de irregularidades no seio da Corte, tentando por diversas vezes e de vários modos adotar medidas de controle da mídia e de cerceamento da liberdade de imprensa, atribuindo as más notícias difundidas aos mensageiros que as propagam, e não a seus reais autores.

Vagueiam pelo mundo em viagens inúteis e caríssimas, acompanhados por vasto séquito de nobres, hospedados nos hotéis mais exclusivos, utilizando aviões privativos dos modelos mais modernos, reformados para se transformarem em tapetes mágicos das mil e uma noites, com todos os luxos imagináveis – tudo às custas dos cofres públicos.

As viagens, alegadamente de interesse nacional, resultam em nada ou quase nada para o país, em termos de aumento do comércio internacional ou do prestígio brasileiro junto às demais nações.

E o mais grave e doloroso: tudo acontece às claras, sob o olhar complacente das autoridades que deviam coibir esses abusos e dos súditos que poderiam puni-los nas urnas, negando-lhes novos mandatos.
Como nada disso ocorre, “nós merece”, como ensina e autoriza recente livro escolar distribuído pelo MEC.

Gen Div Clovis Purper Bandeira
1º Vice-Presidente do Clube Militar

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(¹) Entre eles, citam-se a Grã Bretanha, Noruega, Espanha, Países Baixos, Dinamarca e Luxemburgo. Dos 10 países mais democráticos, 7 são monarquias parlamentaristas; dos 10 países menos corruptos, 7 são monarquias parlamentaristas; dos 15 países de melhor IDH, 10 são monarquias parlamentaristas.
Arthurius Maximus, 11/junho/2011