"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 10 de setembro de 2012

PT, ORGANIZAÇÕES CRIMINOSAS E A DEMOCRACIA BRASILEIRA

partidos políticos ou organzações criminosas - PT

Podemos dizer sem medo de errar que a democracia brasileira é jovem. Mesmo sem levar em conta os quase 390 anos de submissão a um império estrangeiro (Portugal) e de regime monárquico; a vivência do cidadão brasileiro com um regime republicano democrático teve ainda o azar de ser interrompida, por mais de vinte anos, por uma ditadura militar.

Combinados a esses fatores históricos, temos um caldo criado cuidadosamente pelos artífices da ditadura temperado com enormes doses de alienação, desinteresse e de conivência do eleitorado com as más práticas políticas.
Não menos importante, as lideranças políticas surgidas pós redemocratização, preferiram manter e aprofundar essa receita perniciosa; incrementando aquele caldo destruindo o sistema educacional e criando um arcabouço legal anacrônico, mal elaborado e totalmente feito sob medida para dificultar a vida dos bons; facilitando e protegendo os maus políticos.

Assim sendo, mesmo com o peso enorme que a ditadura teve nesse estado de coisas, a redemocratização trouxe muito pouco alento aos que esperavam melhores condições de exercitar a vida política e fomentar a presença de estadistas em nossos quadros partidários.

Como representantes de uma sociedade corrupta ou que tolera enormemente a corrupção, os partidos políticos brasileiros são a encarnação desse terrível mal que atravanca a evolução de nosso país e tem como responsabilidade maior o morticínio e a escravidão dos mais necessitados a toda sorte de práticas criminosas pelos organismos políticos.

O julgamento do Mensalão do PT e a condenação de alguns de seus principais atores expôs com clareza estarrecedora como os partidos políticos brasileiros se converteram em verdadeiras organizações criminosas montadas exclusivamente com o intuito de roubar o contribuinte e garantir aos seus membros a maior permanência possível no poder, como forma de perpetuar suas práticas quadrilheiras e assegurar o acesso de seus filiados as benesses do Tesouro Nacional.

Muitos clamam por uma reforma política que seja capaz de minimizar esse estado de coisas e organizar, de forma mais civilizada, a maneira como os partidos políticos são criados e exercem as suas funções em nossa democracia. Mas, como esperar que a tal reforma venha realmente mudar algo, quando sabemos que tais modificações deverão ser propostas pela mesma escória mafiosa que aí está?

A recente exposição do PT, apanhado de calças arriadas, enquanto montava seu esquema fraudulento (logo depois do PSDB e seguido pelo DEM) parecia trazer uma luz para a escuridão que cerca a vida política nacional e refrear a falta de vergonha na cara que se espalhou pela classe política nacional.

Mas, se imaginarmos que o mesmo partido apanhado e exposto em pleno ato criminoso, continua praticando exatamente as mesmas falcatruas e deslizes éticos Brasil a fora, sem se preocupar sequer em fazê-lo “embaixo dos panos” ou mudar o enredo do golpe, podemos perceber tristemente que nenhuma mudança (para a melhor) pode advir dos elementos que aí estão.

Em mais um escândalo bem semelhante ao do Mensalão e que prova, de uma vez por todas, que o PT vem agindo sistematicamente no país inteiro da mesma forma; o candidato a Prefeitura Municipal de São Caetano (SP) – Edgar Nóbrega – renunciou a sua candidatura ao ter um vídeo divulgado onde fazia uma proposta a um ex-Secretário de Governo do PTB. A proposta era bem simples e, nas próprias palavras de Edgar Nóbrega, consistia da seguinte pergunta: “Quanto custa para ter o PT?”

PT e a corrupção

A pergunta (e a proposta) se referiam a um esquema de pagamentos mensais (ou por proposta a ser votada), realizado pela prefeitura de São Caetano para vereadores petistas como forma de garantir apoio político ou uma oposição “mais construtiva” ao governo de José Aurichio Júnior (PTB). Ao mesmo tempo, o petista pede que viagens ao exterior e outras bondades, destinadas a sua filha e a sua família, sejam pagas pelos cofres da prefeitura como forma demostrar “boa vontade”.
(Veja o vídeo no Último Segundo)

Se mesmo diante dos holofotes e de toda a cobertura da imprensa, dispensada ao caso do Mensalão, a sanha dessa corja não foi detida; como imaginar que simples alterações nas leis (ainda mais propostas e implementadas por eles) poderão ter algum valor?

Mesmo aqui no Rio de Janeiro há inúmeros candidatos e políticos ligados diretamente ao crime organizado e as milícias. Sem condenação legal, as ligações dessas pessoas com o crime são conhecidas do público e das autoridades locais e apregoadas livremente em suas bases eleitorais ou pela imprensa. Portanto, é lícito perguntar como partidos políticos podem ceder sua legenda para que criminosos conhecidos se candidatem a cargos públicos que reforçarão o seu poder criminoso?

A resposta é muito simples: os partidos políticos brasileiros se converteram em verdadeiras organizações criminosas capazes de pensar apenas em si próprios.
Preocupam-se apenas em assegurar sua cota do Fundo Partidário, eleger candidatos de forma aleatória e sem qualquer controle ético, moral e criminal entregam suas legendas para qualquer crápula disposto a usufruir dela.
Preocupados apenas em garantir a permanência no poder ou garantir que isso seja convertido em arrecadação de fortunas, visando assegurar benefícios futuros aos seus dirigentes.

Uma verdadeira reforma política só poderia ser chamada assim se levasse em consideração a responsabilidade do partido na escolha daqueles para quem cede sua legenda.
Eliminando os partidos de aluguel; garantindo que o partido seja corresponsável pelos crimes cometidos por seus integrantes e assegurando que, em caso de improbidade administrativa ou qualquer uso lesivo do dinheiro público, o partido seja igualmente responsável em indenizar o erário e o povo brasileiro.

Mas, quem terá coragem de propor algo assim?

10 de setembro de 2012
Arthurius Maximus

ARMAS DE DESTRUIÇÃO EM MASSA


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EUA e Rússia respondem por dois terços da venda de armas para países em desenvolvimento (Reprodução/Intenet)

Veja quem está armando o mundo em desenvolvimento
As entregas de armas para países em desenvolvimento no ano passado atingiram o nível mais alto desde 2004, totalizando US$ 28 bilhões, ou cerca de 60% das vendas globais.

Os EUA e a Rússia, os principais fornecedores de armas do mundo, foram responsáveis por cerca de dois terços das entregas para os países em desenvolvimento. As exportações americanas em particular são incrementadas por uma clientela de longa data, a qual encomenda melhoramentos, peças individuais e serviços de suporte todos os anos.

As vendas de armas foram incrementadas no ano passado por uma demanda incomumente alta da Arábia Saudita. O país do Oriente Médio é o maior comprador de armas do mundo, tendo comprado um total de US$ 2,8 bilhões em 2011. A Índia, que é o comprador de armas de alto valor mais importante da Rússia, ficou logo atrás, com gastos de US$ 2,7 bilhões no ano passado.
 

10 de setembro de 2012
Fontes:The Economist-Weapons of mass distribution

MINISTRO INDICADO POR DILMA PARA O SUPREMO LIVROU ANTONIO PALOCCI

Catarinense de 64 anos foi o escolhido por Dilma para ocupar a vaga aberta por Cezar Peluso
 
Indicado há pouco pela presidente Dilma Rousseff para ocupar uma cadeira no Supremo Tribunal Federal (STF), ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Teori Zavascki foi o responsável pelo voto condutor que absolveu Antonio Palocci de um processo por improbidade administrativa que chegou ao tribunal.

Em novembro de 2010, todos os ministros da 1ª Turma do STJ seguiram a manifestação de Zavascki favorável a Palocci, então coordenador da vitoriosa campanha de Dilma.
A decisão pavimentou o caminho para que Palocci se tornasse ministro-chefe da Casa Civil da Presidência da República.
Teori Zavascki foi indicado por Dilma para a vaga no STF - Divulgação
Divulgação
 
Teori Zavascki foi indicado por Dilma para a vaga no STF

Palocci era acusado pelo Ministério Público de ter se envolvido em irregularidades em um milionário contrato firmado por dispensa de licitação quando era prefeito de Ribeirão Preto. O MP questionava o fato de ele ter contratado de maneira irregular e por dispensa de licitação um instituto de informática.

Numa sessão vazia, o STJ manteve as decisões de primeira e segunda instâncias favoráveis a Palocci. Na ocasião, Zavascki disse que o recurso não tinha "argumentos aptos a desfazer o juízo de legalidade" da contratação.
Palocci assumiu a chefia da Casa Civil em janeiro do ano passado e deixou o cargo em junho, na esteira de suspeitas envolvendo sua rápida evolução patrimonial e de que teria cometido tráfico de influência.

Ministro indicado.O catarinense Zavascki, 64 anos, foi indicado por Dilma para ocupar a vaga aberta por Cezar Peluso, que deixou o Supremo nos últimos dias após se aposentar compulsoriamente por ter completado 70 anos.

O indicado terá de passar por sabatina no Senado Federal. O ministro é de Santa Catarina, onde se formou em Direito. Em seguida, fez mestrado e doutorado em direito processual na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, onde também foi professor.

Atualmente, dá aulas na Universidade de Brasília. Zavascki foi juiz do Tribunal Federal da 4ª região (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná) entre 1989 a 2003 e presidente do Tribunal entre 2001 e 2003. Estava no STJ desde maio de 2003, onde foi presidente da primeira turma da Corte e depois presidente da 1ª seção entre 2009 e 2011.

10 de setembro de 2012
Lisandra Paraguassu, de O Estado de S.Paulo
 

MINISTRO DO STJ OCUPARÁ NO SUPREMO A VAGA DE PELUSO

A vaga de César Peluso no Supremo Tribunal Federal será ocupada por Teori Albino Zavascki, ministro do Superior Tribunal de Justiça.


A informação começou a circular, há pouco, no plenário do Supremo que julga os réus do processo do mensalão. Um ministro sacou do celular e dali mesmo avisou à mulher, que estava em casa.

Uma fonte do Palácio do Planalto acaba de confirmar a notícia.


Zvascki tem 64 anos de idade. Ou seja: se nomeado, só poderá ficar no Supremo até completar 70 anos quando será obrigado a se aposentar.

Nasceu em Faxinal dos Guedes (SC). Foi desembargador do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), com sede em Porto Alegre. É professor de Direito.

10 de setembro de 2012

QUEM É ALEKSANDR DUGIN?

    
          Artigos - Globalismo 
dugin"O que foi, isso é o que há-de ser; e o que se fez, isso se tornará a fazer: de modo que nada há novo debaixo do sol."
Eclesiastes 2, 9.

Na edição de inverno da revista "Azure Magazine" (2009, No. 35), Yigal Liverant faz uma análise penetrante da Rússia contemporânea ao mesmo tempo que traça a vida intelectual e a ascensão política Aleksandr Dugin - influente populista russo, autor de 16 livros de filosofia e política, proponente do autoritarismo, imperialismo russo, suspeição em torno da democracia liberal, e guerra ao Ocidente.

A escolha de Liverant por Dugin como a imagem coletiva das tendências intelectuais e políticas da Rússia não foi acidental. Como afirma Liverant, Dugin e a sua filosofia não são "um episódio insignificante da história intelectual russa; pelo contrário, ela reflete a tendência dominante da cultura e política russa atual. Se nós queremos entender o zeitgeist que prevalece na Rússia de hoje, é essencial nós nos familiarizarmos com este pensador que expressa os sentimentos mais íntimos de muitos dos seus conterrâneos e dos líderes do país."
Liverant explica o aparecimento de Dugin na vida política e pública da Rússia como resultado do colapso da União Soviética. A euforia que se seguiu após a queda do comunismo, diz Liverant, foi rapidamente superada pelo decepção, insegurança e desespero. Para muitos russos, o alcance global e o poder da URSS eram uma fonte de orgulho que, durante uma década, transformou-se em desespero e humilhação. A Rússia dos anos 1990 nada mais foi que uma sombra do "Império do Mal" que havia sido.

Durante os anos 1990, e início do novo século, o sentimento de tragédia nacional e decadência mantido pelos russos foi adicionalmente agravado pelas ações militares dos americanos sobre os seus aliados - Sérvia e Iraque - que demonstraram uma profunda falta de respeito pelo Kremlin.

A humilhação, diz Liverant, resultou num nacionalismo feroz, direccionado não só às antigas repúblicas da extinta URSS - Ucrânia e Estados Bálticos - mas também às minorias étnicas, aos judeus e ao Ocidente.

nazbolgirl"Sobrepujados pela confusão, frustração e nostalgia pela sua antiga glória, a Rússia era um terreno fértil para a xenofobia e descontentamento nacionalista" escreve Liverant. Este ambiente causou o
aparecimento de movimentos radicais e de ativistas, sendo o mais talentoso e mais brilhante deles, segundo Liverant, Aleksandr Dugin.

Místico, fascista, nacionalista russo e imperialista, seguidor do filósofo francês René Guénon, Trubetskoy e Gumilev, Dugin encontrou terreno fértil para as suas ideias e aspirações políticas sob o regime de Vladimir Putin.

Combinando a teoria da "ethnoses" de Gumilev, segundo a qual a Rússia é um super-ethnos, criado a partir da síntese de eslavos, mongóis, tártaros, fino-húngaros, e outros pequeno
s grupos étnicos, com outras teorias geopolíticas, Dugin vê a Rússia como um poder euroasiático em ascensão. Os seus sonhos em torno do seu místico "nacional-bolchevismo” (nome que ele deu à sua ideologia) receberam popularidade que coincidiram com o renovado sentido de progresso na Rússia, atingido durante a liderança autoritária de Putin.

dugin-evrazia"Aleksandr Dugin tem todos os motivos para se sentir profundamente satisfeito", termina assim o ensaio de Yigal Liverant. Perante os seus olhos, a ideologia que ele desenvolveu sob o nome de "tradicionalismo", "nacional-bolchevismo" e "euroasianismo", está a tornar-se a linha oficial do governo russo. Ele [Yigal] está perfeitamente certo em afirmar que "Putin está a tornar-se cada vez mais como Dugin."

Este outrora obscuro intelectual é, agora, o filófoso-chefe do "centro radical." E embora a glorioso nação russa esteja a marchar segundo a sua música, nós seremos prudentes em recordar as palavras de Isaiah Berlin - pensador que se encontra virtualmente no lado oposto a Dugin em practicamente todos os pontos - que nos avisou afirmando que "ideias que foram nutridas na quietude dos estudos dum professor podem destruir uma civilização."

Da The Montreal Review – Leia o artigo de Yigal Ligerant na Azure Online.

Comentário do blog O Marxismo Cultural
:

eurasianistsNacionalismo, socialismo, ódio às minorias, autoritarismo, crença na superioridade racial, intenções imperialistas e busca duma glória perdida.

Onde é que vimos este filme antes?

“Nós somos socialistas e inimigos do sistema econômico capitalista atual, feito para a exploração dos economicamente frágeis – com seus salários injustos, com a sua indecorosa avaliação do ser humano de acordo com a riqueza e a propriedade, em vez da responsabilidade e desempenho. Estamos determinados a destruir este sistema a todo custo.”
(Discurso de Adolf Hitler em 1º de maio de 1927, citado por Toland, 1976, página 306.)

Pois é.

Apesar da imensidão de evidências que demonstram que o nacional-socialismo e o atual nacional-bolchevismo são ideologias esquerdistas, existe ainda um considerável número de pessoas que fica chocada quando apresentamos evidências históricas que demonstram o que já foi dito pelo Padre Paulo Ricardo: o fascismo é o filho bastardo do comunismo.

duginO próprio fato do ex-líder da KGB - Vladimir Putin - estar a promover o nacional-bolchevismo, da mesma forma que o auto-identificado socialista Hitler promoveu o nacional-socialismo, deveria ser evidência suficiente para nos apercebermos que, longe de serem movimentos distantes do esquerdismo, os mesmos são consequência do mesmo.
A alternativa é colocar a hipótese do ex-agente da KGB (N. do E.: aqui o blogueiro se equivoca. Segundo declarou o próprio Putin, não existe um “ex-KGB”.)pura e simplesmente ter abandonado o seu esquerdismo, o que não faz sentido nenhum.

Aquilo que os esquerdistas querem é o poder e para obtê-lo estão dispostos a defender duas posições totalmente contraditórias em dois países vizinhos (ou até no mesmo país). A Internacional Socialista e a "guerra de classes" não apelavam ao povo alemão, e como tal o esquerdista Hitler usou ao nacionalismo e a raça. Semelhantemente, Putin apercebeu-se que o nacionalismo é-lhe mais útil como manobra de união nacional.

Não deixa também de ser curioso o fato da ascensão de Hitler ao poder ter algumas semelhanças com a ascensão de Putin ao poder. Do mesmo modo que a geração alemã pós-Primeira Guerra ter sofrido a humilhação do "acordo" de paz que foi celebrado após o fim do conflito, a Rússia pós-URSS era uma nação humilhada, enfraquecida e uma sombra de si.

Longe de ser o Grande Urso, temido por todo o mundo, os seus grandes inimigos - os americanos - avançaram virtualmente sem oposição com a sua agenda política nas áreas que outrora eram de influência exclusiva dos russos.
dugin1A área cultural revela também a forma como a elite russa estrategicamente rejeita as ideologias ocidentais atuais.

As recentes legislações de São Petersburgo - e de outras partes da Rússia que visam limitar a propaganda homossexualista - não se prendem assim tanto com a "santidade" dos russos (este é um país onde 60% de todas as gestações terminam com um aborto, lembre-se) mas sim com o fato da cultura homossexual estar identificada com a elite do Ocidente atual. O mesmo se passa com o feminismo.

Não é que a elite russa seja contra estas ideologias (afinal, a KGB promoveu-as por todo o mundo, especialmente nos EUA); o que se passa é que, atualmente, a elite russa não precisa delas.

Devido a isso, e como estes movimentos foram criados única e exclusivamente para desestabilização social, os russos proíbem-nas como forma de manter a ordem.
Se daqui há 10 ou 20 anos a elite esquerdista russa conseguir retirar dividendos políticos com a promoção da agenda homossexual e da agenda feminista, sem dúvida que eles adotarão o mesmo tipo de legislação pro-homossexual e pró-feminista que está a ser forçada nos países da Europa Ocidental.

Escrito por Montreal Review e blog O Marxismo Cultural

*
Da Editoria MSM:
odecvsduginAdquira na biblioteca do Seminário de Filosofia o novo lançamento da Vide Editorial, Os EUA e a Nova Ordem Mundial, debate histórico entre o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, fundador e editor-chefe do Mídia Sem Máscara, com o cientista político russo Aleksandr Dugin.

Descrição:
Quais são os fatores e os atores históricos, políticos, ideológicos e econômicos que definem atualmente a dinâmica e a configuração do poder no mundo e qual a posição dos Estados Unidos da América no que é conhecido como Nova Ordem Mundial?


Essa é a pergunta que o cientista político russo Alexandre Dugin e o filósofo brasileiro Olavo de Carvalho procuram responder nesse debate, que atingiu momentos acalorados e polêmicos.
Partindo de posições radicalmente diversas, cada autor esclarece como vê o atual conflito de interesses no plano internacional, elucidando quem são seus principais atores e quais as forças e objetivos envolvidos.
No final, os dois debatedores não chegam a um acordo e o grande vencedor é o leitor, que sai do debate com uma visão mais abrangente da política internacional e da luta pelo poder que está sendo travada para a formação da Nova Ordem Mundial.

SANTOS FRACASSARÁ POR DESCONHECER PLANO DAS FARC


          Notícias Faltantes - Foro de São Paulo 
Os computadores de Raúl Reyes deixaram a descoberto os alcances do Plano Estratégico das FARC e o comprometimento cúmplice de Rafael Correa, Hugo Chávez, Lula da Silva, Evo Morales, assim como os vínculos dos terroristas com dirigentes políticos.

Em que pese as qualidades pessoais ou profissionais que possam ter os integrantes da equipe negociadora nomeada pelo presidente Santos, com a finalidade de procurar o fim da guerra contra o narco-terrorismo comunista na Colômbia, é evidente que este projeto nasceu abandonado, sem estratégia e sem planejamento, porque primeiro fez-se acordos pelas costas do povo colombiano e depois procurou-se os negociadores que, ao que tudo indica, desconheciam o assunto e foram nomeados para satisfazer o ego re-eleicionista do presidente colombiano.


Repetição da repetidora. Mais do mesmo. Tudo igual aos processos anteriores: guerrilhas encorajadas, agenda imposta pelos terroristas, mentiras ao país de parte a parte desde o começo, protagonismo internacional, nomeação de comissionados de paz sem haver planejado com antecedência uma estratégia integral para se opor ao Plano Estratégico das FARC, ausência de critérios de defesa nacional, populismo por todo lado e espaço para que os inimigos da Colômbia façam todo tipo de proselitismo a favor das FARC.

No mais recente livro de minha autoria, intitulado Operación Odiseo, que descreve a vida e morte de Alfonso Cano, analiso o percurso histórico da farsa da paz na Colômbia. Desde Gilberto Vieira, passando por Jacobo Arenas, Alfonso Cano até Timochenko

Todos, sem exceção, foram pacifistas da boca para fora, pois por doutrina os comunistas consideram as negociações de paz como um salto qualitativo ao objetivo da tomada do poder. E essa é a chave do atual barulho midiático das FARC e de seus comparsas.

Os computadores de Raúl Reyes deixaram a descoberto os alcances do Plano Estratégico das FARC e o comprometimento cúmplice de Rafael Correa, Hugo Chávez, Lula da Silva, Evo Morales, assim como os vínculos dos terroristas com dirigentes políticos que posam de supostos mediadores de paz mas na realidade estão confabulados com os terroristas e, em termos gerais, a realidade de uma agressão palpitante que os dirigentes políticos, a academia, os meios de comunicação e o grosso da população ignoram, como resultados da indiferença, apatia ou desconhecimento das intenções totalitárias do Plano Estratégico das FARC e seu braço político.

Os fatos atuais apontam em demonstrar que as FARC procurarão na mesa de conversações que os governos pró-terroristas do hemisfério em Cuba, Venezuela, Equador, Bolívia, Brasil, Argentina e Uruguai lhes confiram o direito a ter embaixadas, não entregarem as armas, procurarão re-editar a União Patriótica (UP) com um nome parecido e objetivos similares, como na experiência anterior, um grupo político de algibeira das FARC com sólidos cordões umbilicais com as milícias bolivarianas, o Partido Comunista Clandestino e o Movimento Bolivariano nacional e continental.

Por outro lado, dilataram as conversações, mudaram de temas, propuseram mudanças bruscas como o de Simón Trinidad e Sonia em Caracas, negaram os seqüestros que suas frentes cometem, intensificaram as ações terroristas contra a população civil, culparão o estabelecimento de descumprir os pactos, vociferarão, ameaçarão, manipularão e gerarão as condições para que depois da farsa o governo seja o responsável de romper os diálogos.

Sem ser pessimista mas sim realista, é fundamental advertir e fazer constar por escrito que, tal como está concebida a linha de conduta do governo nacional para enfrentar um grupo terrorista que leva 50 anos utilizando as mesmas trapaças, com negociadores despreparados e sem coerência estratégica, as conversações de paz da administração de Santos com as FARC fracassarão e, finalmente, serão sepultadas sem pena nem glória.

Para negociar a paz necessita-se de boa vontade e objetivos coincidentes das duas partes no conflito. Neste caso não se dão tais condições porque prima a vaidade do primeiro mandatário, os gostos pessoais de seu irmão Enrique, artífice dos encontros, o desejo das FARC de ressuscitar seu cadáver político, e de seus cúmplices em legitimá-los e criar a substituição da União Patriótica com um nome parecido, para continuar a busca do poder político por meio da combinação de todas as formas de luta.
 
Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido
Tradução: Graça Salgueiro

CLASSIFICADOS OS DOIS TIPOS DE PETISTAS...


10 de setembro de 2012
omascate

SERÁ QUE DILMA ANUNCIARÁ AUMENTO DO PREÇO DA GASOLINA EM REDE NACIONAL DE TELEVISÃO?


 
A equipe econômica da presidente Dilma Rousseff estuda aproveitar a oportunidade da queda do preço da energia elétrica em 2013, que deverá trazer alívio à inflação, para aprovar o primeiro reajuste nos preços da gasolina na bomba em quase oito anos.
A proposta, segundo reporta
gem do jornal O Estado de S. Paulo desta segunda-feira, está em estudo no Ministério da Fazenda.
A divulgação oficial de todas as medias arquitetadas pelo governo para o setor elétrico será nesta terça-feira, conforme adiantado pela própria presidente em seu pronunciamento na véspera do Dia da Independência.

Petrobras – O objetivo do governo por trás de um eventual reajuste da gasolina é conter as perdas crescentes da Petrobras com compras de combustível importado, cujo valor, mais caro, não tem sido repassado ao consumidor por determinação do Palácio do Planalto.
 
A desvalorização do real ante o dólar e o volume cada vez maior de aquisição de gasolina no exterior fizeram com que a estatal registrasse prejuízo de 1,3 bilhão de dólares no segundo trimestre – o primeiro para o período em 13 anos.
 
De janeiro a julho deste ano, a empresa importou mais de 6 bilhões de dólares em combustíveis, 417% a mais que em 2011. Diante deste quadro, a avaliação no governo é que a diminuição da defasagem (diferencial de preço) entre o produto importado e o nacional é urgente.
No fim de junho, o governo autorizou a Petrobras a aumentar o preço da gasolina em 7,4%, mas essa elevação não chegou ao cliente final porque o governo levou a alíquota da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) – um tributo sobre o combustível – a zero. Como não há mais como baixar a Cide, ou o governo reduz outro tributo ou o aumento vai parar na bomba, pressionando a inflação.
 
A decisão de cobrar do consumidor um aumento no custo da gasolina tem sido adiada pelo governo. Até agora, preferiu-se cortar a Cide para evitar que a elevação na refinaria contaminasse o valor cobrado nos postos.
O problema é que esse espaço acabou – e é nesse ponto que a redução da conta de luz poderia ajudar.
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10 de setembro de 2012
in aluizio amorim

A FACE MAIS INTELIGENTE, MAIS CLARA E MAIS BELA DA OPOSIÇÃO VENEZUELANA.

A ditadura de Chávez, apoiada pelo governo Dilma e por Lula, no detalhe

 Abaixo, publico um vídeo impressionante. Trata-se do depoimento da deputada venezuelana Maria Corina num seminário promovido pela Faes (Fundación para el análisis y los estudios sociales), uma ONG ligada ao Partido Popular, da Espanha.
 
Há muitos diagnósticos por aí sobre a ditadura venezuelana, mas creio que poucas pessoas foram tão claras e objetivas ao sintetizar os pilares em que se sustenta a ditadura chavista.
No dia 6 de novembro, a Venezuela realiza eleições presidenciais. Pela primeira vez, um candidato da oposição tem chances reais de vitória.
Em muitas pesquisas, Henrique Capriles, o nome da oposição, aparece na frente. Por isso mesmo, o chavismo vive a sua fase mais virulenta e mais violenta, e já se deita sobre o processo a sombra da possível fraude.
 
O depoimento de Corina é importante para destacar que, mesmo dentro das regras do jogo, a eleição não ocorre numa ambiente democrático. Segue o vídeo.
Na sequência, faço uma síntese da brilhante intervenção da parlamentar. E não se esqueçam: foi esse delinquente que Dilma resolveu levar para o Mercosul, desprezando o tratado de fundação do grupo e as regras internacionais.
 

VolteiAbaixo, a radiografia do poder chavista, segundo Corina:

1) Eleição para destruir o estado de direito – A deputada deixa claro que as eleições, na Venezuela, são um instrumento para solapar o próprio estado de direito. Usam-se as urnas para destruir as regras da convivência democrática e legitimar a violência. Corina lembra que, na era chavista, houve nada menos de 19 eleições, e as liberdades individuais e os direitos democráticos foram sendo continuamente solapados.
 
2) Uso do crime organizado pelo estado – O próprio estado estimula a formação de milícias e de grupos criminosos. Há nada menos de 12 mil deles operando na Venezuela, em conluio com homens do estado. A deputada denuncia que colegas seus da Assembleia Nacional são ligados a essas quadrilhas.
 
A Venezuela é hoje um dos países mais violentos do mundo. Em 1999, quando Chávez chegou ao poder, havia 4 mil homicídios por ano; em 2011, ocorreram mais de 20 mil. O país tem 29 milhões de habitantes. Isso significa 69 mortos por 100 mil habitantes.
 
Só para vocês terem uma ideia do que significa isso, basta lembrar que, no Brasil, que já vive uma carnificina, há 26 mortos por 100 mil habitantes — quase um terço do que se mata no paraíso chavista, apoiado por Lula e Dilma. Em Caracas, o número de mortos por 100 mil passa de cem!!! Na cidade de São Paulo, é pouco superior a… 10!
 
3) Controle dos meios de comunicação – Corina lembra que, à diferença das antigas ditaduras latino-americanas, o modelo chavista não opera a simples censura, que também existe. Os jornalistas independentes vivem sob um regime de terror. Há os veículos que servem ao governo, sob o controle de Chávez. O ditador fica no ar de quatro a cinco horas por dia.
 
4) Destruição sistemática da capacidade produtiva do país – Em nome do socialismo do século 21, a capacidade produtiva do país foi destruída. Depende basicamente do petróleo. E só. O governo expropriou mais de 4 milhões de hectares DE TERRAS PRODUTIVAS em seu programa de reforma agrária. Em nome do combate aos monopólios, as empresas privadas se tornam meras repartições do poder público, quando não são expropriadas.
 
5) Uso da globalização para consolidar a ditadura – Corina lembra, com acerto, que os neoditadores costumam ser os críticos mais ácidos da globalização e, ao mesmo tempo, seus maiores beneficiários.
Chávez usa a possibilidade de intercâmbio com outros países para fortalecer seu regime. Cita o caso explícito dos pactos com com o Irã e observa que causas até consideradas justas são instrumentalizadas pelos autoritários — e a ecologia é uma delas.
A propósito: vocês já viram os grandes líderes da economia verde a combater Chávez, o vermelho? Nunca!
 
Corina faz uma brilhante síntese: essas novas ditaduras dão ao povo o direito de votar, mas não o direito de eleger. E mostra como Chávez controlou o sistema eleitoral do país. Três dados merecem destaque.

Servidores – quando o tirano chegou ao poder, havia 900 mil servidores federais; hoje, eles são mais de três milhões — num pais de 29 milhões (10,3%). Imaginem se o Brasil tivesse mais de 20 milhões só de servidores federais!!!

Eleitores fantasmas – Em dez anos, a população venezuelana cresceu 14%, mas os registros eleitorais cresceram 58%;


Controle pelo medo – Em 2004, a oposição conseguiu o número de assinaturas necessário para que se fizesse uma consulta popular para saber se o mandato de Chávez podia ou não ser revogado. A consulta ocorreu em agosto de 2004.
Ele tinha só mais dois anos e meio de mandato, e 58,25% decidiram que ele poderia ficar até o fim.
 
Sabem o que fez o tirano? Obrigou que a lista dos venezuelanos que apoiaram a consulta fosse tornada pública. Seus signatários foram implacavelmente perseguidos, perderam seus respectivos empregos públicos, foram impedidos de fazer negócios etc.
 
É esse o governo que Dilma Rousseff decidiu receber de braços abertos no Mercosul. O marqueteiro do tirano é João Santana, que cuidou da reeleição de Lula, da eleição de Dilma e que faz agora a campanha de Fernando Haddad.
 
O Babalorixá de Banânia gravou um vídeo para o Foro de São Paulo apoiando, claro!, a reeleição do ditador. Já que vocês viram a cara mais bela da democracia, contrastem com a carranca em defesa da tirania.
 

 
10 de setembro de 2012
Por Reinaldo Azevedo

NO REINO DA PIRATARIA II

"É fácil ser Bill Gates ou Steve Jobs nos Estados Unidos; duro é ser Nélio Nicolai no Brasil". ENFIM, Justiça reconhece a patente brasileira do Bina

Criador do sistema que identifica quem faz ligações telefônicas relata os 20 anos de disputas judiciais que enfrentou

Depois de 20 anos de disputa judicial com as operadoras de telefonia,
o inventor mineiro Nélio Nicolai, 72 anos, começa a obter reconhecimento oficial por seu principal invento:
o Bina, aplicativo que permite identificar previamente as chamadas telefônicas, nos aparelhos fixos e celulares.


As operadoras Claro/Americel e Vivo são as primeiras a se manifestarem:
a primeira, em razão de composição judicial, que extinguiu o processo movido pela Lune (empresa de Nélio),
e a segunda por condenação judicial, determinando a indenização, o que deverá provocar medidas judiciais similares envolvendo operadoras que utilizam o Bina, o segundo invento brasileiro efetivamente universalizado.
O primeiro foi o avião, por Santos Dumont.
Somente no Brasil, o Bina custa mensalmente a cada assinante R$ 10 ou US$ 6.
E são 256 milhões de celulares com esse serviço no País, o que produz faturamento mensal de R$ 2,56 bilhões. Isso apenas no Brasil.


A decisão da 2.ª Vara Cível de Brasília determina que a Vivo pague em juízo "o correspondente a 25% do valor cobrado pela ré por conta do serviço de identificação de chamada para cada usuário e em cada aparelho".

Nélio é ainda autor de mais quatro inventos incorporados mundialmente à telefonia: o Salto (sinalização sonora que indica, durante uma ligação, que outra chamada está na linha),
o sistema de Mensagens de Instituições Financeiras para Celular, que permite o controle de operações bancárias via celular;
o Bina-Lo, que registra chamadas perdidas;
e o telefone fixo celular.


Não há hoje, em todo o planeta, quem fabrique um telefone, celular ou fixo, sem inserir a maioria desses recursos.
Como se trata de invento patenteado, esse uso, nos termos da Lei de Patentes, em todo o mundo, precisa ser remunerado, seja como transferência de tecnologia e/ou royalty.


Mas não foi, embora o Bina tenha conferido ao seu inventor duas comendas internacionais:
um Certificado e uma Medalha de Ouro do World Intellectual Property Organization (Wipo
), reconhecendo e recomendando a sua patente, além de um selo da série Invenções Brasileiras, concedido pelo Ministério das Comunicações.

A conquista ocorre, por ironia, exatamente quando acaba de cessar a vigência (20 anos) da patente de seu invento, em 7 de julho passado. A patente resistiu a todas as tentativas de anulação que lhe moveram na Justiça as operadoras e fabricantes multinacionais e os direitos gerados naquele período são agora irreversíveis.

Ao Estado, Nélio contou sua epopeia pessoal, sem apoio do Estado brasileiro. A seguir, os principais trechos da entrevista:


Como chegou ao acordo?
Graças a Deus e à minha determinação solitária de não ceder.
Lutei praticamente sozinho.
Não foram poucas as pessoas, que, nesse período, diante da indiferença dos sucessivos governos
brasileiros e das ameaças que recebi, me aconselharam a desistir.


Fui até mesmo ridicularizado por advogados, autoridades e jornalistas. Mas jamais perdi de vista esse direito, que não é só meu, mas do povo brasileiro, privado dos royalties milionários que os meus inventos proporcionam às multinacionais que o usam sem pagar.

Os advogados não acreditavam na causa?
Perdi a conta de quantos tive.
Muitos desistiram diante das dificuldades, deixando de acreditar na possibilidade de uma vitória. Houve inclusive traições.

Tive, porém, a sorte de encontrar um advogado experiente e competente, o dr. Luís Felipe Belmonte, que, após constatar a consistência do meu direito, desmontou, com argúcia e paciência, todas as manobras regimentais dos advogados oponentes.

Como e quando surgiu o Bina?
Inventei a primeira tecnologia Bina em 1977, quando trabalhava na Telebrasília.
Fui inicialmente parabenizado, mas a seguir hostilizado.
O Departamento Jurídico da empresa recusou-se a auxiliar no registro da patente, que
providenciei, por conta própria, em 1980.
Acabei demitido em 1984, por insistir na adoção do Bina e do Salto.Depois que saí, as duas invenções passaram a ser comercializadas por uma quantia mensal que, em reais, correspondiam respectivamente a R$ 10 e R$ 2,90.
Quando começaram as violações generalizadas?
Inventei e patenteei a segunda tecnologia Bina em 1992.
A Telebrás em 1993 padronizou o seu uso (Pratica 220-250-713).

Procurado por várias empresas, em 1997, optei por assinar contrato de transferência de tecnologia, em parceria com a Ericsson, à Intelbras (empresa brasileira e minha maior decepção) e à Telemar, por acreditar na seriedade aparente dessas empresas.


Em 1997, o novo sistema Bina foi mundialmente implantado, também em telefonia celular, sem respeito à patente. Em 1998, não tive outro recurso senão ir ao Judiciário. Acioneiprimeiramente a Americel, em Brasília, em março de 1998.
Fui vitorioso em primeira e segunda instâncias.
Em 2002, foi proferida a sentença confirmatória, pelo TJDFT (Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios).
E por que não lhe pagaram?
Não só não pagaram como me fizeram mergulhar num pesadelo judicial:
a Intelbras e todas as multinacionais (fabricantes e empresas operadoras) se uniram para anular a patente.


Cobraram, em 2003, da Ericsson, a venda de uma tecnologia que não lhe pertencia (os editais das multinacionais especificavam:
BINA=220-250-713).
E a Ericsson, mesmo tendo contrato comigo, tentou sumir com o cadáver, e foi ao Tribunal Federal Justiça, da 2.ª Região, no Rio de Janeiro, pedir nulidade da patente brasileira. De vítima, passei a réu.

O advogado da Ericsson, que, paradoxalmente, é também presidente da ABPI (Associação Brasileira Propriedade Intelectual) e integra o Conselho Antipirataria do Ministério da Justiça, conseguiu "suspender, à revelia" todos os direitos relativos ao meu próprio invento, até a decisão final da Justiça.
Me vi numa situação surreal:
não recebia, nem podia dispor do que me pertence.
A outra parte podia.
O dr. Belmonte fez ver o absurdo da situação:
ingressou com um embargo de declaração contra esse parecer, que legitimou o uso do Bina sem ônus, até que o litígio um dia se resolvesse.

Com esse acordo, acredito que tudo isso irá desmoronar.Por que não recorreu ao Conselho Antipirataria, do Ministério da Justiça?Claro que recorri, desde 2003, mas nunca fui recebido.
E gostaria que alguém me explicasse, por que nós, portadores de patentes brasileiras, somos tratados assim.


Em todas as vezes que tentei, fui apenas orientado verbalmente a procurar o Poder Judiciário, enquanto as empresas estrangeiras, que têm toda uma estrutura de defesa de seus alegados direitos, não.

Por que não recorreu a instituições internacionais de inventores?
Por idealismo, quero ser reconhecido no meu País.Mas o reconhecimento começou lá fora.
Em 1998, o U.S. Patent and Trademark Office, escritório federal americano que registra
marcas e patentes, se surpreendeu com a informação de que o Bina e o Salto haviam sido inventados por mim.

Sabe o que me disseram lá?
"Alguém deve estar ganhando muito dinheiro nas suas costas. Aqui, você seria uma celebridade e bilionário."

Nos Estados Unidos, já são 65 milhões de Binas fixos, com o usuário pagando US$ 4 por mês. O governo tem de defender este patrimônio do povo brasileiro.

Mas acredito que a Justiça começou, enfim, a ser feita.
10 de setembro de 2012
camuflados

CANALHA É CANALHA!

MENSALÃO DEIXOU A "TURMA" ASSUSTADA. POLÍTICOS AGORA QUEREM FUGIR DE FORO PRIVILEGIADO.
Parlamentares investigados sempre acharam que era mais fácil se livrar de condenações no STF. Hoje, há oito projetos para acabar com a regalia.

Condenações do mensalão deixam políticos investigados em dúvida sobre direito de serem julgados no Supremo. Projetos prevendo fim da prerrogativa ganham força no Congresso
O foro privilegiado, mecanismo que restringe o julgamento de processos contra parlamentares ao Supremo Tribunal Federal (STF), sempre foi considerado pelo imaginário popular e pela classe política sinônimo de impunidade.

A percepção era reforçada pelo fato de apenas cinco parlamentares terem sido condenados pela Corte desde 1988 — e nenhum estar preso. O julgamento do mensalão, em especial a condenação do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), porém, inverteu a compreensão sobre o assunto.

Com a análise da ação penal em prazo razoável, quem corre o risco de ser julgado no STF agora quer fugir dele. E quem temia ver os casos de corrupção continuarem impunes trabalha para fortalecer o foro especial, que já não parece um privilégio.
A compreensão que circula no Congresso é de que a rigidez com que João Paulo foi julgado pelos ministros — e sete anos após a denúncia — dissolveu possível unanimidade sobre o tema.

Ao mesmo tempo em que a existência do foro restringe as possibilidades de recurso, permite um julgamento mais rápido dos réus e inibe o uso de vias protelatórias nas diversas instâncias da Justiça comum.
O deputado federal e presidente do PPS, Roberto Freire (SP), foi relator de uma das propostas que tenta extinguir o benefício e apresentou parecer favorável, mas admite estar dividido.

"O mensalão está colocando uma interrogação na ideia de acabar ou não com o foro, com argumentos em pé de igualdade", pondera.

"O direito à ampla defesa é necessário, mas não há como manter a tese de privilégio, já que, mesmo um pouco demorado, o julgamento de fato está acontecendo." O líder do PSDB na Câmara, Bruno Araújo (PE), também acredita que o debate precisa ser revisto.

"O mensalão cria uma referência prática de que não existe benefício a favor de ninguém com o foro", comenta.
Um exemplo frequentemente usado por quem quer manter a regra atual é o do ex-senador Ronaldo Cunha Lima, morto em julho deste ano. Em 2009, o político estava prestes a ser julgado pelo STF sob a acusação de tentativa de homicídio.

Ciente de que as chances de condenação eram reais, o então senador renunciou ao cargo para que seu processo caísse para instâncias inferiores da Justiça comum.

"Naquela época, já se começava a perceber que o foro havia deixado de ser vantajoso desde que o Congresso definiu, em 2002, que o Supremo poderia processar políticos sem consultar antes os parlamentares, mas os efeitos ainda não eram sentidos", ressalta o analista político e diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap), Antonio Augusto Queiroz.
Diante da discussão, políticos que são alvo de investigações no STF ouvidos pelo Correio coincidentemente estão na ala dos que lutam para acabar com o benefício.

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), filho de Ronaldo Cunha Lima, é autor de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que pretende extinguir a prerrogativa do foro privilegiado para crimes comuns cometidos por políticos e demais autoridades.

Ele responde no Supremo a dois inquéritos por crimes eleitorais e da Lei de Licitações. Lima argumenta que o privilégio é contrário ao princípio constitucional da igualdade de todos perante a lei.

"Temos que preservar esse princípio e torná-lo permanente e blindado às alterações emocionais", sustenta.

A justificativa se assemelha à do deputado federal Silvio Costa (PTB-PE), que responde a ação penal por crime contra a honra, em um processo relativamente simples que, caso não houvesse o foro, poderia ser resolvido até no juizado de pequenas causas.
Costa destaca, portanto, que o fim da regra poderia destravar o acúmulo de ações no Supremo. "Política não é profissão, é representação, então, na medida em que os representados não têm foro, os representantes também não devem ter.

O único privilégio que um parlamentar deve ter é a prerrogativa da voz, a tribuna, onde a palavra dele tem que ser uma coisa protegida, mas, se ele comete um crime, tem que ser julgado como cidadão comum", defende.
Alvo de cinco investigações por crimes contra a Lei de Licitações — quatro inquéritos e uma ação penal —, o senador Cícero Lucena (PSDB-PB), candidato a prefeito de João Pessoa, assinou a favor da PEC e também é defensor fervoroso da abolição da regalia.

Assim como o senador Jayme Campos (DEM-MT), réu em ação penal por crimes contra a fé pública, para quem o foro privilegiado está ultrapassado. "A extinção do foro é uma tendência natural da democracia e exige dos mandatários um maior compromisso com a seriedade e a justiça", diz.
Representantes da sociedade, no entanto, discordam e afirmam que julgamentos mais céleres nas altas Cortes revelam um amadurecimento do país.

O integrante do comitê nacional do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) Marlon Reis afirma que o foro especial foi utilizado como instrumento de impunidade, mas essa crença tem diminuído.

"A sociedade cobra cada vez mais uma posição do Judiciário e percebe que o privilegiado não é o político e, sim, o tratamento conferido a processos sobre crimes de colarinho branco, que não são priorizados e acabam prescrevendo", revela.
Marlon argumenta que, num processo comum, a chance de haver erros no caminho que o anulem é alta, o que facilita ainda mais a prescrição. Logo, a solução seria aumentar a vigilância sobre os tribunais superiores.

Antonio Augusto Queiroz emenda:
"As pessoas precisam perceber que os processos em instâncias inferiores demoram mais de 10 anos. E o julgamento do mensalão vai ser muito pedagógico ao dar o exemplo concreto de que não agir corretamente pode resultar em condenação independentementemente de quem esteja envolvido".

A ideia (de acabar com o foro privilegiado) tinha apoio da opinião pública na época em que a Justiça não funcionava, mas as coisas estão mudando e quem defende o fim da regra é que pode ser visto como lguém que quer impunidade"
Antonio Augusto de Queiroz, diretor do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (DIAP)
"Rede de intrigas"
Em março deste ano, o ministro do Supremo Gilmar Mendes criticou em artigo o que chamou de "a falácia de que a extinção desse instituto diminuiria a impunidade dos figurões".

Mendes ironizou os argumentos de que seria mais fácil protelar ou interferir em um julgamento na corte do que nas instâncias inferiores.

Perigo maior do que a procrastinação seria a rede de intrigas da pequena política enveredar comarcas, adensar o jogo eleitoral e conspurcar de vez nossa jovem democracia", comentou.

"O problema é conjuntural. Todo o Judiciário precisa acelerar o processo de automodernização para acompanhar o ritmo de amadurecimento político brasileiro."


Adriana Caitano/João ValadaresCorreio Braziliense
10 de setembro de 2012

MINISTÉRIO DA PESCA ENTREGA À MARINHA MAIS LANCHAS COMPRADAS NAQUELA MARACUTAIA QUE NÃO PUNIU NINGUÉM

 

O Ministério da Pesca e Aquicultura vai entregar cinco novas lanchas-patrulha à Marinha do Brasil. Segundo a assessoria de imprensa da Marinha, as embarcações serão usadas prioritariamente na fiscalização da atividade pesqueira e no combate à pesca ilegal, em conjunto com o ministério e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).

A previsão é que as cinco lanchas já estejam em operação até o final deste mês. O termo de entrega das lanchas-patrulha está sendo assinado hoje, pelo ministro da Pesca, Marcelo Crivella, e pelo comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, no Rio de Janeiro.

Em março, o Ministério da Pesca cedeu à Marinha 11 lanchas-patrulha. Segundo a Marinha, essas embarcações já estão em operação em vários pontos do país.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGInfelizmente, a matéria não cita que se trata daquelas famosas lanchas compradas na maracutaia pelo Ministério da Pesca no governo Lula. As embarcações não tinham utilização e a saída encontrada foi serem doadas à Marinha. Quanto ao escândalo, não aconteceu nada, ninguém foi preso, sequer processado. E la nave va…

PENSAMENTO DO DIA

 Livre pensar é só pensar (Millôr Fernandes)




 

SUPREMO COMEÇA A JULGAR DAQUI A POUCO O CAPÍTULO SOBRE LAVAGEM DE DINHEIRO

 



O Supremo Tribunal Federal entra esta tarde em uma nova etapa no julgamento da Ação Penal 470, conhecida como mensalão. A análise do capítulo sobre lavagem de dinheiro é o quarto item da denúncia apresentada em 2006 pelo Ministério Público Federal.

Segundo a acusação, os réus do núcleo financeiro e do núcleo publicitário se uniram para montar um “sofisticado mecanismo de branqueamento de capitais”, que permitia a distribuição de dinheiro do chamado mensalão sem deixar vestígios.

A acusação diz que o esquema entre o Banco Rural e o grupo do publicitário Marcos Valério começou ainda em 1998, durante a campanha para o governo de Minas Gerais, o que foi chamado de “mensalão mineiro”.

O esquema consistia na emissão de cheques pelas empresas do publicitário Marcos Valério para pagar supostos fornecedores, quando, na verdade, os valores iam para as mãos de políticos.

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VEJA QUEM SÃO OS RÉUS

Os réus dessa etapa são os integrantes do núcleo financeiro – os então dirigentes do Banco Rural Kátia Rabello, José Roberto Salgado, Ayanna Tenório e Vinícius Samarane – e os do núcleo publicitário – Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Rogério Tolentino, Simone Vasconcelos e Geiza Dias.

A defesa dos réus alega que não houve lavagem de dinheiro porque todos os saques eram identificados com assinaturas e recibos. Mas o Ministério Público sustenta que as assinaturas serviram apenas para o controle de Marcos Valério, e que os verdadeiros destinatários dos saques nunca foram informados ao Banco Central.

Até agora, o Supremo analisou apenas dois dos sete capítulos da denúncia, condenando cinco réus por desvio de dinheiro público (Capítulo 3) e três por gestão fraudulenta de instituição financeira (Capítulo 5).

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VEJA OS JÁ CONDENADOS

Relativo ao Capítulo 3, foram condenados o deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP) – corrupção passiva, peculato (pelo contrato firmado entre a Câmara dos Deputados e a SMP&B) e lavagem de dinheiro; os publicitários Marcos Valério, Cristiano Paz e Ramon Hollerbach – corrupção ativa e dois crimes de peculato; e o ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil, Henrique Pizzolato – corrupção passiva, dois crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

Já em relação ao Capítulo 5, foram condenados a ex-presidente do Banco Rural Kátia Rabello, o ex-vice-presidente José Roberto Salgado e o atual vice-presidente do banco Vinícius Samarane.

Os únicos réus absolvidos até agora foram o ex-ministro da Comunicação Social Luiz Gushiken e a ex-dirigente do Banco Rural Ayanna Tenório.

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE



OAB RETIRA DA INTERNET VÍDEOS SOBRE ATIVIDADE POLÍTICO-PARTIDÁRIA DE SEUS DIRIGENTES

 




Comunico a este Blog que devido às graves denúncias feitas na Tribuna, que demonstrou a transformação da OAB do Rio de Janeiro num braço político do governo federal, com lançamento até de candidato próprio às eleições de vereador e tudo o mais, os dirigentes da OAB imediatamente retiraram da internet os videos denunciados neste Blog.

Damous em campanha

Ao tomar conhecimento dessas irregularidades na OAB, acessei o Blog da Tribuna e tentei assistir ao vídeo do presidente Wadih Damous defendendo a candidatura de um vereador do PT, mas não consegui. Tentei então assistir ao vídeo em que o presidente da CAARJ, Felipe Santa Cruz, se declara “um militante político”, também não consegui.

Tanto o vídeo de Damous (www.youtube.com/watch?v=C6qAP3QX-V8), em que o presidente, com bottom da OAB na lapela, aparece pedindo votos para um candidato a vereador pelo PT, quanto o vídeo de Felipe Santa Cruz (que já tentou se eleger vereador na eleição passada, sem êxito), em que confessa ser “militante político” (www.youtube.com/watch?v=AIgpnyGtPw), estão agora bloqueados.

Esse bloqueio tem um significado – mostra que eles sabem que transformar a OAB em braço político, seja de que governo for, é uma falha imperdoável, um desvio de conduta inadmissível, uma verdadeira traição à histórica trajetória da OAB.

10 de setembro de 2012
Francisco de Assis Marques