Do Estadão: O movimento anticorrupção 31 de Julho encerrou no domingo, dia 15 de janeiro, a votação no Facebook para escolher os políticos que mais abusam dos “malfeitos” no País. Quem venceu a competição – com folga – foi o presidente do Senado, José Sarney (PMDB), que recebeu 59,5% dos quase 7 mil votos. Em seguida veio o ex-ministro José Dirceu (PT), com 18,8%, e a deputada Jaqueline Roriz (PMN), com 8,4%.
Os três “competiram” com os seis ministros do governo Dilma demitidos ano passado após denúncias de irregularidades. Os critérios para a escolha dos candidatos foram definidos pelos organizadores do concurso.
A entrega do Troféu Algemas de Ouro está marcada para quinta-feira, dia 19, no baile pré-carnavalesco batizado de “Pega Ladrão”. A festa a fantasia acontece no Clube dos Democráticos, no tradicional bairro carioca da Lapa.
Segundo os organizadores do evento, a ideia do concurso surgiu para dar prosseguimento, de uma maneira mais leve e bem-humorada, às manifestações contra a corrupção que começaram ano passado. Confira o resultado final da enquete no Facebook:
1º Lugar – Algemas de Ouro – José Sarney
2º Lugar – Algemas de Prata – José Dirceu
3º Lugar – Algemas de Bronze – Jaqueline Roriz
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
segunda-feira, 16 de janeiro de 2012
MÉDICO PARA QUEM PRECISA DE MÉDICO E POLÍCIA PARA QUEM PRECISA DE POLÍCIA
Sabem qual é o busílis do crack? Ele desorganiza a poesia dos laxistas, dos defensores da descriminação ou da legalização das drogas. E então se apela à tese da medicalização como alternativa à repressão policial, o que é, evidentemente, no que respeita à lógica e à argumentação, um truque baixo. Vamos pensar as duas questões.
Nos tempos pré-crack, a droga, do ponto de vista do consumidor, parecia mera questão privada, restrita ao indivíduo ou às famílias. O problema de segurança pública já estava dado, sabíamos. Os traficantes se dedicam, como é evidente, a outros tipos de crime além da venda de drogas.
No extremo da delinqüência, sitiam áreas da periferia das grandes cidades - ou os morros do Rio - e impõem as suas próprias leis. O viciado, no entanto, era mais ou menos invisível.
Ainda hoje, em comunidades pobres - falo porque sei e vivi a situação, à diferença de alguns bobinhos endinheirados, que consomem droga protegidos por segurança privada -, “ser maconheiro” não é uma coisa boa, não.
As famílias não aprovam; a sociedade rejeita. Inexistiam e inexistem áreas das cidades “ocupadas” por viciados, vivendo numa espécie de transe, dispostos a qualquer coisa. A invisibilidade do viciado facilitava, e facilita, o discurso laxista, do “deixa-estar”, do “cada-um-faça-o-que-bem-entender”.
O crack leva o viciado para o limite sem limites da abjeção, onde tudo é possível, e qualquer coisa é permitida. Se boa parte dos consumidores de maconha e de cocaína ainda consegue manter vínculos familiares e sociais, como emprego por exemplo, o viciado na pedra se desliga, vamos dizer assim, do mundo da produção.
Pesquisa Datafolha indica que mais de 70% dos que têm moradia - isto é, dos que ainda não estão no estágio da sarjeta - moram sozinhos. A loucura do crack não é compartilhável a não ser daquele modo, os zumbis-mônadas, cada um imerso na própria loucura.
Essa droga, em suma, joga no lixo a tese de que o consumo é “só uma questão individual”, uma espécie de luta contra “o estado repressor”. O álcool, por exemplo, é, sim, um grave problema de saúde pública, ainda não devidamente abordado pela legislação, acho eu.
Mas onde fica o “Vale dos Bêbados”? Inexiste! E não me venham com a tese ridícula de que é a ilegalidade que faz as cracolândias.
A verdade está no contrário: é a tolerância com o crack, isto sim (na suposição de que se trata de um “problema social”), que criou essas áreas nas cidades. Chegamos ao ponto a que chegamos, e não só em São Paulo, porque a pedra passou a ser vista como uma fatalidade. Muito bem!
Os laxistas, no entanto, continuam refratários à ação da polícia para reprimir o tráfico e, evidentemente, impedir a formação, na marra, de uma comunidade de viciados, que funciona com leis próprias.
Ora, imaginem-se as leis criadas por pessoas que perderam o discernimento. Não por acaso, 90% das mulheres que perambulam pela cracolândia são mães - quase sempre de filhos sem pais. Ou se prostituíram para conseguir a droga ou fizeram sexo sem proteção.
Ora, se a polícia não pode atuar, então fazer o quê? Aí vem a conversa do “Chamem os Médicos!” O liberou-geral teria como corolário um rigoroso programa de tratamento que supõe, como quer o Ministério Púbico, desde uma espécie de babá para refazer os laços do viciado com a família até a prioridade na fila por moradia gratuita - é o tal do “Pavlov às avessas”, como chamei, que compensa a transgressão.
A “medicalização”, acompanhada do trabalho de “prevenção”, substitui a repressão? Trata-se de uma tese estúpida. O trabalho da polícia coíbe o tráfico e, insisto, a formação de uma comunidade de “diferenciados” (como dizem os militantes tolinhos) que impõem a sua vontade, ao arrepio da lei, a cidadãos de bem, que lutam para ganhar a vida honestamente.
Assim, caros leitores, sempre que alguém vier com essa conversa de que droga é um assunto para médicos, não para policiais, responda que a imposição dos valores democráticos da Constituição, quando violados, na marra, por um grupo, é, sim, assunto para a polícia. Isso não pode ser feito por médicos ou psiquiatras.
Médico para quem precisa de médico e polícia para quem precisa de polícia! Que o governo de São Paulo não esmoreça e não ceda à pressão políticamente estúpida.
16 de janeiro de 2012
Por Reinaldo Azevedo
DEUTSCHLAND ÜBER ALLES!
Internacional - Europa
“Não posso evitar um sorriso quando, como chefe de um país ocupado, eu sento com os líderes dos países ocupantes, tais como Mr. Eden e M. Bidault. Apesar do fato de que a Alemanha ainda não ser completamente soberana, seu impacto econômico e político é sentido em todos os assuntos mundiais.”
Konrad Adenauer (1)
“Há vários anos nossa política econômica tem sido nossa política externa.”
Helmut Schmidt (2)
Ainda meio sonado, pego o jornal de hoje e leio a manchete principal: França “cai” e Europa fica nas mãos da Alemanha! Levo um susto: será que voltei no tempo? Terá sido o meu amigo Jack (Daniels) da véspera que estava “envenenado”? Estarei eu em 20 de setembro de 1870? Ou em 1915? Talvez 25 de junho de 1940? Olho a data e vejo que sofri apenas um nada patológico déjà vu tantas foram as quedas deste país frente à Alemanha. Uma das especialidades francesas, além dos queijos e vinhos, é o colaboracionismo e a derrota frente aos eternos rivais. Mas, desta vez, não foi frente aos canhões de Bismarck, do Kaiser ou das Panzerdivisionen do Führer, mas frente às tropas muito mais potentes do Deutche Bundesbank, comandadas pela Führerin Angela Merkel.
Não poderia ser novidade para ninguém que conhece a história européia que o Euro já nasceu com data certa para acabar e que passaria a ser apenas o velho Deutschmark (ou Reichsmark?) com novo nome, imposto a todos os países em sua volta. O que o Führer Adolf não conseguiu, a Führerin Angela, sabendo onde atacar financeiramente, está em vias de conseguir: converter a Europa numa “Grande Alemanha”, totalmente dependente de Berlim: eis o verdadeiro nome da União Européia.
A cotação do Euro despencou hoje:
Desta vez a França não conta com seus eternos salvadores, aos quais é ingrata: a aliança anglo-americana. A Inglaterra nunca cedeu aos acenos do Euro e manteve sua libra, hoje em alta assim como o franco suíço, e não aceitou os pactos que os colaboracionistas gregos, portugueses, espanhóis a italianos toparam.
Diga-se de passagem, Papandreu, Berlusconi e Zapatero, não aceitariam as exigências às quais seus substitutos, principalmente Mario Monti e Rajoy, dobraram a espinha. Não por serem covardes, mas por serem cúmplices na EU. E exclusivamente por esta razão foram escolhidos por Berlim para ocuparem seus postos.
Por sua vez, os EUA estão nas mãos de um queniano muçulmano e anti-semita cujo verdadeiro objetivo é destruir as tradições judaico-cristãs fundadoras do país que o elegeu através da destruição da economia americana e pouco se lhe dá o que está acontecendo na Europa. Ou, pelo contrário, a queda da segunda economia européia vem como uma notícia benfazeja para seus irmãos em Allah.
Há 21 anos o jornalista Edwin Hartrich escreveu o livro The Fourth and Richest Reich: how the Germans conquered the postwar world (3), já citado por mim em várias ocasiões.
Recomendo sua leitura por ter sido profético. Posteriormente comentarei mais a fundo este livro e o que ele já previa em 1980.
Notas:
(1) - Entrevista ao Time Magazine, 4 de janeiro de 1954.
(2) - Entrevista ao jornal juíço Finanz und Wirtschaft, fevereiro 1975.
(3) - MacMillan Publishing Co Inc, NY, 1980.
Heitor De Paola, 16 Janeiro 2012
“Não posso evitar um sorriso quando, como chefe de um país ocupado, eu sento com os líderes dos países ocupantes, tais como Mr. Eden e M. Bidault. Apesar do fato de que a Alemanha ainda não ser completamente soberana, seu impacto econômico e político é sentido em todos os assuntos mundiais.”
Konrad Adenauer (1)
“Há vários anos nossa política econômica tem sido nossa política externa.”
Helmut Schmidt (2)
Ainda meio sonado, pego o jornal de hoje e leio a manchete principal: França “cai” e Europa fica nas mãos da Alemanha! Levo um susto: será que voltei no tempo? Terá sido o meu amigo Jack (Daniels) da véspera que estava “envenenado”? Estarei eu em 20 de setembro de 1870? Ou em 1915? Talvez 25 de junho de 1940? Olho a data e vejo que sofri apenas um nada patológico déjà vu tantas foram as quedas deste país frente à Alemanha. Uma das especialidades francesas, além dos queijos e vinhos, é o colaboracionismo e a derrota frente aos eternos rivais. Mas, desta vez, não foi frente aos canhões de Bismarck, do Kaiser ou das Panzerdivisionen do Führer, mas frente às tropas muito mais potentes do Deutche Bundesbank, comandadas pela Führerin Angela Merkel.
Não poderia ser novidade para ninguém que conhece a história européia que o Euro já nasceu com data certa para acabar e que passaria a ser apenas o velho Deutschmark (ou Reichsmark?) com novo nome, imposto a todos os países em sua volta. O que o Führer Adolf não conseguiu, a Führerin Angela, sabendo onde atacar financeiramente, está em vias de conseguir: converter a Europa numa “Grande Alemanha”, totalmente dependente de Berlim: eis o verdadeiro nome da União Européia.
A cotação do Euro despencou hoje:
Desta vez a França não conta com seus eternos salvadores, aos quais é ingrata: a aliança anglo-americana. A Inglaterra nunca cedeu aos acenos do Euro e manteve sua libra, hoje em alta assim como o franco suíço, e não aceitou os pactos que os colaboracionistas gregos, portugueses, espanhóis a italianos toparam.
Diga-se de passagem, Papandreu, Berlusconi e Zapatero, não aceitariam as exigências às quais seus substitutos, principalmente Mario Monti e Rajoy, dobraram a espinha. Não por serem covardes, mas por serem cúmplices na EU. E exclusivamente por esta razão foram escolhidos por Berlim para ocuparem seus postos.
Por sua vez, os EUA estão nas mãos de um queniano muçulmano e anti-semita cujo verdadeiro objetivo é destruir as tradições judaico-cristãs fundadoras do país que o elegeu através da destruição da economia americana e pouco se lhe dá o que está acontecendo na Europa. Ou, pelo contrário, a queda da segunda economia européia vem como uma notícia benfazeja para seus irmãos em Allah.
Há 21 anos o jornalista Edwin Hartrich escreveu o livro The Fourth and Richest Reich: how the Germans conquered the postwar world (3), já citado por mim em várias ocasiões.
Recomendo sua leitura por ter sido profético. Posteriormente comentarei mais a fundo este livro e o que ele já previa em 1980.
Notas:
(1) - Entrevista ao Time Magazine, 4 de janeiro de 1954.
(2) - Entrevista ao jornal juíço Finanz und Wirtschaft, fevereiro 1975.
(3) - MacMillan Publishing Co Inc, NY, 1980.
Heitor De Paola, 16 Janeiro 2012
ESPERANDO SENTADO PELAS EXPLICAÇÕES DAS MOVIMENTAÇÕES FINANCEIRAS ATÍPICAS.
Aguarda-se com ansiedade a explicação do Tribunal do Trabalho no Rio sobre as movimentações financeiras atípicas.
A Justiça está em recesso, mas a imprensa não dá folga à corrupção que assola o Poder Judiciário. No Rio de Janeiro, por exemplo, há grande expectativa nos bastidores forenses, porque o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio, Wadih Damous, pediu explicações formais à presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Rio, Maria de Lourdes Sallaberry, sobre as movimentações financeiras atípicas no órgão, realizadas em 2002, no valor de R$ 282,9 milhões.
A solicitação formal ocorreu no fim da tarde de sexta-feira. “Protocolei um requerimento por conta das informações publicadas nos jornais de que um servidor ou um magistrado do TRT tenha feito essa movimentação. Como isso é estapafúrdio pedi que a presidente venha a público informar a que se deve essa movimentação”, disse o presidente da OAB-RJ á repórter Luiza Souto, da Folha, acrescentando que a medida foi tomada com base no interesse público e que espera um breve retorno do órgão.
Como já informamos aqui no Blog, a informação sobre as movimentações atípicas consta de relatório encaminhado na sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal pela corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon.
Segundo o relatório, 81,7% das comunicações consideradas atípicas estão concentradas no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (Rio de Janeiro), Tribunal de Justiça da Bahia e o Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.
Dos R$ 856 milhões considerados “atípicos” pelo Coaf (órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda), o ápice ocorreu em 2002, quando “uma pessoa relacionada ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região”, no Rio de Janeiro, movimentou R$ 282,9 milhões. Uma grana preta. Nem ganhando dez vezes seguida na MegaSena se consegue acumular semelhante fortuna. Como diz o Helio Fernandes, que maravilha viver.
A presidente do TRT, Maria de Lourdes Sallaberry, convocou uma entrevista coletiva para esta tarde. Vamos aguardar o que ele dirá.
Carlos Newton
16 de janeiro de 2012
A Justiça está em recesso, mas a imprensa não dá folga à corrupção que assola o Poder Judiciário. No Rio de Janeiro, por exemplo, há grande expectativa nos bastidores forenses, porque o presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, seccional Rio, Wadih Damous, pediu explicações formais à presidente do Tribunal Regional do Trabalho do Rio, Maria de Lourdes Sallaberry, sobre as movimentações financeiras atípicas no órgão, realizadas em 2002, no valor de R$ 282,9 milhões.
A solicitação formal ocorreu no fim da tarde de sexta-feira. “Protocolei um requerimento por conta das informações publicadas nos jornais de que um servidor ou um magistrado do TRT tenha feito essa movimentação. Como isso é estapafúrdio pedi que a presidente venha a público informar a que se deve essa movimentação”, disse o presidente da OAB-RJ á repórter Luiza Souto, da Folha, acrescentando que a medida foi tomada com base no interesse público e que espera um breve retorno do órgão.
Como já informamos aqui no Blog, a informação sobre as movimentações atípicas consta de relatório encaminhado na sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal pela corregedora do Conselho Nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon.
Segundo o relatório, 81,7% das comunicações consideradas atípicas estão concentradas no Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (Rio de Janeiro), Tribunal de Justiça da Bahia e o Tribunal de Justiça Militar de São Paulo.
Dos R$ 856 milhões considerados “atípicos” pelo Coaf (órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda), o ápice ocorreu em 2002, quando “uma pessoa relacionada ao Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região”, no Rio de Janeiro, movimentou R$ 282,9 milhões. Uma grana preta. Nem ganhando dez vezes seguida na MegaSena se consegue acumular semelhante fortuna. Como diz o Helio Fernandes, que maravilha viver.
A presidente do TRT, Maria de Lourdes Sallaberry, convocou uma entrevista coletiva para esta tarde. Vamos aguardar o que ele dirá.
Carlos Newton
16 de janeiro de 2012
UMA SIMPATIA, NÉ NÃO? VIVA O TURISMO!!!
"GOZANDO" AS DELÍCIAS DAS MISSÕES INTERNACIONAIS : 'Tour' pago pelo Congresso
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), e sua mulher, a deputada federal Marinha Raupp (PMDB-RO), fizeram, juntos, seis viagens internacionais nos últimos sete anos, sendo cinco delas custeadas pelo contribuinte.
As viagens incluem destinos como Japão, China e África do Sul, roteiros de sonho para qualquer casal, mas que a dupla de parlamentares transformou em realidade na forma de missões ao exterior, pagas com recursos do Legislativo.
Três viagens foram integralmente custeadas pelas duas Casas legislativas, enquanto as visitas ao Japão e à Alemanha renderam ônus apenas ao Senado.
Somados, os périplos do casal pelo mundo totalizam 144,2 mil quilômetros, ou três voltas e meia ao redor da Terra. Neste ano, o casal já está de malas prontas para o Catar.
Valdir Raupp não vê nada de errado nas viagens com a mulher pagas pelo Congresso, argumentando que muitas missões são desempenhadas em conjunto por senadores e deputados. "Se ela é deputada e pode participar, qual é o problema?"
As missões internacionais fazem parte da rotina parlamentar e contemplam roteiros tradicionais, como Assembleias Gerais das Nações Unidas e conferências da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No entanto, o que chama a atenção no caso de Raupp e Marinha, casados há mais de 20 anos, é que as missões de ambos sempre coincidem, proporcionando ao casal "luas de mel" extraordinárias fora do Brasil.
A primeira viagem conjunta foi em 2005, quando passaram 12 dias na Coreia do Sul. O objetivo da missão era "melhorar as relações de amizade, cooperação de intercâmbio dos deputados e a expansão do intercâmbio econômico entre Brasil e Coreia", explicou a parlamentar no relatório apresentado à Câmara.
Ela relatou visitas a ministérios e ao parlamento coreano.
Mas sobrou tempo para conhecer a Província de Jeju, ponto turístico onde se encontra o vulcão adormecido na montanha Hallasan, patrimônio da humanidade.
No ano passado, o casal cruzou o Atlântico rumo à Alemanha.
Para proferir uma palestra sobre a Amazônia no parlamento de Renânia-Palatinado, na cidade de Mainz, agendada para 3 de novembro, Raupp pediu licença do Senado por 11 dias, de 27 de outubro a 6 de novembro.
O convite, intermediado pelo Consulado do Brasil em Frankfurt, foi dirigido ao senador, mas a deputada obteve autorização da Câmara para acompanhá-lo - sem ônus para a Casa, mas, igualmente, sem penalidade pelas faltas.
Mainz abriga a Catedral de São Martim, que atrai turistas de toda a Europa, e fica a apenas 20 quilômetros de Frankfurt.
Ainda no ano passado, em julho, Raupp e Marinha voaram para Johannesburgo, na África do Sul, a fim de participar da Africa"s Big Seven/Saitex, "uma das maiores feiras do setor alimentício do continente africano", esclareceu Raupp em discurso na tribuna.
Ele relatou que representou Rondônia no evento, quarto maior exportador de carne bovina do Brasil, e apresentou aos africanos o "avanço da tecnologia de produção".
Em janeiro de 2010, o casal viajou para a China a fim de conhecer a tecnologia do trem bala. A missão originou-se de um convite do Ministério dos Transportes chinês a deputados da Comissão de Viação e Transportes da Câmara. Raupp foi o único senador integrante da comitiva.
Dos cinco deputados que integraram a missão, apenas o presidente da comissão, Mauro Lopes (PMDB-MG), e Marinha tiveram as despesas integralmente pagas pela Câmara. Os outros deputados arcaram com as respectivas passagens.
Em abril de 2008, Raupp e Marinha voaram 18,5 mil quilômetros rumo a Tóquio para representar o País nas comemorações do centenário da imigração japonesa ao Brasil.
Mais uma vez, Raupp foi o único senador que fez parte da missão.
"É uma forma de ficarmos mais tempo juntos", arremata.
16 de janeiro de 2012
ANDREA JUBÉ VIANNA O Estado de S. Paulo
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Mas a gente paga, né mesmo? Casal tão simpático! Eles precisam, realmente, ficar juntinhos. É muito chato viajar sem a esposinha! E os filhos? Por que os filhos não foram? Ah! O Sir Ney não estava lá, na hora. Sei... Que chato!
E por falar em Sir Ney, você conhece alguma causa em que tenha se empenhado o nobre senador Valdir Raupp, que contribuiu decisivamente para a nação, ou especificamente, para o povo brasileiro, além dos cartões postais que ele se esqueceu de nos mandar? Não?! Eu também não...
Sempre que falo em Sir Ney, 'O Perene' - belo invocativo! - não consigo me lembrar de qualquer coisa que tenha sido feito por ele em prol da nação e do povo. Fez sim... Em prol dele mesmo! Além do malfadado "fiscal do Sarney".
Falando em malfadado...
E você? Já foi a África do Sul? Não? E a Noruega? E ao Japão? Também não? Então por que você não se candidata a deputado federal? Será uma grande oportunidade para você conhecer os melhores roteiros turísticos, e ainda poderá justificar em seu relatório, que um deputado federal tem a obrigação de conhecer os grandes patrimonios da humanidade, ampliar a sua cultura, para melhor representar o país, e outras 'cositas' mais...
Quem vai pagar? Mas isso é pergunta que você faça? Se as coisas continuarem como estão, com o ético partido dos trabalhadores, sua chance turística é enorme! E eu pago! Eu e os restantes contribuintes, ora!!! Para que servem os impostos?! Francamente...
Em que partido você deve entrar? Claro que sua filiação será no PT! Faça um cursinho no sindicato do "abcdefgh", ou na Fundação Lula, e você receberá um diploma 'esperto', e não ficará com essa cara de amador fazendo perguntas idiotas!!! E não se esqueça de fazer boas amizades, tipo Barbalho, Calheiros, qualquer um dos mensaleiros é sempre uma boa... Sempre alerta, como dizem os escoteiros!
m.americo
O presidente do PMDB, senador Valdir Raupp (RO), e sua mulher, a deputada federal Marinha Raupp (PMDB-RO), fizeram, juntos, seis viagens internacionais nos últimos sete anos, sendo cinco delas custeadas pelo contribuinte.
As viagens incluem destinos como Japão, China e África do Sul, roteiros de sonho para qualquer casal, mas que a dupla de parlamentares transformou em realidade na forma de missões ao exterior, pagas com recursos do Legislativo.
Três viagens foram integralmente custeadas pelas duas Casas legislativas, enquanto as visitas ao Japão e à Alemanha renderam ônus apenas ao Senado.
Somados, os périplos do casal pelo mundo totalizam 144,2 mil quilômetros, ou três voltas e meia ao redor da Terra. Neste ano, o casal já está de malas prontas para o Catar.
Valdir Raupp não vê nada de errado nas viagens com a mulher pagas pelo Congresso, argumentando que muitas missões são desempenhadas em conjunto por senadores e deputados. "Se ela é deputada e pode participar, qual é o problema?"
As missões internacionais fazem parte da rotina parlamentar e contemplam roteiros tradicionais, como Assembleias Gerais das Nações Unidas e conferências da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
No entanto, o que chama a atenção no caso de Raupp e Marinha, casados há mais de 20 anos, é que as missões de ambos sempre coincidem, proporcionando ao casal "luas de mel" extraordinárias fora do Brasil.
A primeira viagem conjunta foi em 2005, quando passaram 12 dias na Coreia do Sul. O objetivo da missão era "melhorar as relações de amizade, cooperação de intercâmbio dos deputados e a expansão do intercâmbio econômico entre Brasil e Coreia", explicou a parlamentar no relatório apresentado à Câmara.
Ela relatou visitas a ministérios e ao parlamento coreano.
Mas sobrou tempo para conhecer a Província de Jeju, ponto turístico onde se encontra o vulcão adormecido na montanha Hallasan, patrimônio da humanidade.
No ano passado, o casal cruzou o Atlântico rumo à Alemanha.
Para proferir uma palestra sobre a Amazônia no parlamento de Renânia-Palatinado, na cidade de Mainz, agendada para 3 de novembro, Raupp pediu licença do Senado por 11 dias, de 27 de outubro a 6 de novembro.
O convite, intermediado pelo Consulado do Brasil em Frankfurt, foi dirigido ao senador, mas a deputada obteve autorização da Câmara para acompanhá-lo - sem ônus para a Casa, mas, igualmente, sem penalidade pelas faltas.
Mainz abriga a Catedral de São Martim, que atrai turistas de toda a Europa, e fica a apenas 20 quilômetros de Frankfurt.
Ainda no ano passado, em julho, Raupp e Marinha voaram para Johannesburgo, na África do Sul, a fim de participar da Africa"s Big Seven/Saitex, "uma das maiores feiras do setor alimentício do continente africano", esclareceu Raupp em discurso na tribuna.
Ele relatou que representou Rondônia no evento, quarto maior exportador de carne bovina do Brasil, e apresentou aos africanos o "avanço da tecnologia de produção".
Em janeiro de 2010, o casal viajou para a China a fim de conhecer a tecnologia do trem bala. A missão originou-se de um convite do Ministério dos Transportes chinês a deputados da Comissão de Viação e Transportes da Câmara. Raupp foi o único senador integrante da comitiva.
Dos cinco deputados que integraram a missão, apenas o presidente da comissão, Mauro Lopes (PMDB-MG), e Marinha tiveram as despesas integralmente pagas pela Câmara. Os outros deputados arcaram com as respectivas passagens.
Em abril de 2008, Raupp e Marinha voaram 18,5 mil quilômetros rumo a Tóquio para representar o País nas comemorações do centenário da imigração japonesa ao Brasil.
Mais uma vez, Raupp foi o único senador que fez parte da missão.
"É uma forma de ficarmos mais tempo juntos", arremata.
16 de janeiro de 2012
ANDREA JUBÉ VIANNA O Estado de S. Paulo
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Mas a gente paga, né mesmo? Casal tão simpático! Eles precisam, realmente, ficar juntinhos. É muito chato viajar sem a esposinha! E os filhos? Por que os filhos não foram? Ah! O Sir Ney não estava lá, na hora. Sei... Que chato!
E por falar em Sir Ney, você conhece alguma causa em que tenha se empenhado o nobre senador Valdir Raupp, que contribuiu decisivamente para a nação, ou especificamente, para o povo brasileiro, além dos cartões postais que ele se esqueceu de nos mandar? Não?! Eu também não...
Sempre que falo em Sir Ney, 'O Perene' - belo invocativo! - não consigo me lembrar de qualquer coisa que tenha sido feito por ele em prol da nação e do povo. Fez sim... Em prol dele mesmo! Além do malfadado "fiscal do Sarney".
Falando em malfadado...
E você? Já foi a África do Sul? Não? E a Noruega? E ao Japão? Também não? Então por que você não se candidata a deputado federal? Será uma grande oportunidade para você conhecer os melhores roteiros turísticos, e ainda poderá justificar em seu relatório, que um deputado federal tem a obrigação de conhecer os grandes patrimonios da humanidade, ampliar a sua cultura, para melhor representar o país, e outras 'cositas' mais...
Quem vai pagar? Mas isso é pergunta que você faça? Se as coisas continuarem como estão, com o ético partido dos trabalhadores, sua chance turística é enorme! E eu pago! Eu e os restantes contribuintes, ora!!! Para que servem os impostos?! Francamente...
Em que partido você deve entrar? Claro que sua filiação será no PT! Faça um cursinho no sindicato do "abcdefgh", ou na Fundação Lula, e você receberá um diploma 'esperto', e não ficará com essa cara de amador fazendo perguntas idiotas!!! E não se esqueça de fazer boas amizades, tipo Barbalho, Calheiros, qualquer um dos mensaleiros é sempre uma boa... Sempre alerta, como dizem os escoteiros!
m.americo
TUDO A VER: A NADA E COISA NENHUMA E O POVO BOBO
"Eu estou vendo a serpente nascer. Não posso calar". (Ministra Eliana Calmon, em defesa do Conselho Nacional de Justiça)
A presidente Dilma vai muito bem, obrigado. Manda lembranças. Pouco fez no seu primeiro ano de governo, é verdade. Mas deu a forte impressão de ter feito muito. De fato, é isso o que importa na Idade das Aparências. Estão aí as pesquisas de opinião para atestar sua popularidade. Em resumo: dotado de fraca memória, no geral, o povo é bobo.
Ai dos governantes e dos políticos, em sua maioria, se o povo não fosse bobinho. E se não carecesse de boa memória. Por bobo, deixa-se enganar com uma facilidade espantosa. Por desmemoriado, esquece rapidamente em quem votou – e também as promessas que o atraíram.
E o mais notável: se perguntado, responderá conformado que político é assim mesmo e que política se faz assim em toda parte. Na próxima eleição, procederá da mesma forma. E até lá se dará ao desfrute de falar mal dos seus representantes como se nada tivesse a ver com eles.
Lances de marketing político à parte, o que Dilma entregou de concreto no ano passado? A primeira e a segunda versão do Programa de Aceleração do Crescimento avançaram devagar quase parando. Perguntem ao Movimento dos Sem Terra se a reforma agrária avançou alguma coisa.
No primeiro mês de governo, os mais apressados enxergaram indícios de uma possível mudança para melhor na política externa. Dilma parecia disposta a expurgar maus hábitos adquiridos nos oito anos de Lula. Hoje, ninguém está certo de que isso aconteceu.
Concebida para esclarecer crimes da ditadura militar de 1964, a Comissão da Verdade derrapou sem sair do lugar. Ampliaram de tal modo o período sujeito às suas investigações que ela não terá tempo razoável para investigar coisa alguma. Para completar, esvaziaram-lhe os poderes.
O governo foi bem na área da Saúde? Dos brasileiros ouvidos pelo Ibope na última pesquisa de 2011, 67% responderam que não. Foi mal também nas áreas de impostos (66%), segurança (60%), juros (56%) e combate à inflação (52%).
A aprovação de Dilma, contudo, aumentou para 72%.
A presidente pode ir bem e seu governo não? Pode. Dilma foi eleita porque era "a mulher de Lula". Ainda é. A crise econômica que flagela parte do mundo não bateu em nossas praias. Tomara que não bata. Enquanto a vida não apertar, Dilma poderá se divertir montando e desmontando ministérios.
Nunca mais. A não ser...
Quem priva da intimidade de Lula garante sem deixar brecha para dúvida: uma vez que se recupere do câncer na laringe, ele jamais será candidato a cargo eletivo. Agradecerá a Deus por ter conseguido preservar a voz. Embora reconheça a fraqueza da carne, tudo fará para resistir à tentação de tomar uns tragos vez por outra e de fumar cigarrilhas.
Continuará funcionando como o principal conselheiro político de Dilma. E não abrirá mão de fazer política dentro e fora do PT. Mas é só. Eleição? Bem, concorrerá numa única hipótese: caso Dilma fracasse.
Ricardo Noblat O Globo
O NÓ DE 2012
O NÓ DE 2012
Em conversas reservadas, os técnicos do Poder Executivo são praticamente unânimes em afirmar onde o bicho vai pegar este ano para a administração da presidente Dilma Rousseff, a ponto de incomodar o sono presidencial:
a pressão por reajustes salariais.
Além da campanha no primeiro escalão, apontada hoje na reportagem do Correio, há outras bem piores. O funcionalismo público prepara uma greve para tentar recompor a inflação acumulada de 2007 para cá — 24,5%, segundo as organizações dos servidores.
O funcionalismo está quieto desde 2007, quando um acordo com o governo previu reajustes até 2010. Mas, agora, diante da perspectiva de aumento zero em função da crise econômica externa e a necessidade de o governo conter seus próprios gastos, as associações e centrais de servidores vislumbram uma paralisação generalizada.
A presidente não se mostra interessada em ceder.
Tanto é que nem colocou no Orçamento os recursos necessários ao reajuste do Poder Judiciário e criou uma celeuma que não tem data para terminar.
Além disso, ainda existe o movimento dos policiais militares, conforme relatamos aqui no começo deste mês.
Para quem não acompanhou as notícias da primeira semana de janeiro, vale lembrar que houve a greve da PM do Ceará conforme noticiado em todos os jornais e comentado aqui. Naqueles dias, o governador Cid Gomes, diante de uma paralisação de policiais armados, acabou se rendendo e concedeu o reajuste.
O governo já detectou movimentos semelhantes no Amazonas, no Pará, e em mais quatro estados. No início deste mês, comentei aqui que, se a greve da PM eclodir em todo o país e os governadores se renderem, vai ser um levante geral em favor da PEC 300, aquela que equipara os salários dos policiais de todo o país com o que recebem os do Distrito Federal.
Na semana passada, ouvi de uma autoridade do governo que a aprovação da PEC 300 seria o caos.
No caso de Brasília, os salários são melhores porque o Distrito Federal conta com recursos da União para suprir despesas nas áreas de saúde, educação e segurança pública. Os estados da federação não têm esse suporte.
Além disso, qualquer reajuste da ordem do que pede a PEC 300 geraria um efeito cascata. Depois de PMs e bombeiros contemplados, seria a vez de outras categorias pedirem o mesmo. No Ceará, tão logo terminou a greve dos policiais militares, veio a da Polícia Civil.
Em relação ao Poder Executivo nacional, a aprovação da PEC 300 provocaria um efeito cascata, conforme detectado pelo próprio governo.
As Forças Armadas, por exemplo, imediatamente apresentariam um pedido por melhores salários.
O argumento para tal está definido e é justo:
um capitão ou sargento não poderia ganhar menos do que um oficial da PM que estivesse no mesmo nível hierárquico.
Por falar em hierarquia...
A presidente Dilma já avisou que quem manda no governo é ela. E, embora como demonstrou o Correio, algumas autoridades tenham salários elevados por conta de participação em conselhos, esse recurso é considerado a única maneira de atrair gente da iniciativa privada e de gabarito para trabalhar no segundo escalão.
Para completar, dizem técnicos do governo, se a presidente Dilma fosse conceder todos os pedidos de aumento, teria que arrumar mais R$ 40 bilhões. E não há de onde tirar tanto dinheiro.
Para completar, o ano é eleitoral e, se Dilma se render aos reajuste, dirão que foi para beneficiar os petistas. Por isso, conforme anunciado na reportagem de hoje, nem o aumento do segundo escalão deve sair, para desespero dos ministros que esperavam algum espaço para trazer gente de sua total confiança para cargos-chaves na Esplanada dos Ministérios.
Embora os ministros tenham perdido as esperanças, os servidores que aguardam a correção da inflação ainda vislumbram uma réstia de luz no fim do túnel. Eles torcem para que, lá na frente, a presidente Dilma acabe negociando algum dim-dim.
Afinal, se nem o corte orçamentário anunciado no ano passado ela cumpriu — em vez dos R$ 50 bilhões prometidos, cortou apenas R$ 21 bilhões — talvez não cumpra também a promessa de aumento zero.
Por isso, a pressão virá e será forte. Podem esperar.
Esse será o grande desafio da gestão pública este ano.
Por falar em gestão...
Os prefeitos de Minas Gerais não se cansam de telefonar para Brasília pedindo que o governo providencie uma operação tapa-buraco nas rodovias federais.
Alguns levantaram a hipótese de colocarem seu pessoal para fazer esse serviço, mas foram avisados pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) que não podem fazer isso porque a rodovia é federal.
Enquanto isso, você que paga seus impostos, que fique ilhado ou espere até que os burocratas se entendam...
Os prefeitos estão à beira de uma ataque de nervos e prontos para dar o grito de socorro de Fred Flinstone, trocando o V pelo D:
Dillllmaaaaa!
Janeiro 16, 2012
Denise Rothenburg Correio Braziliense
A DITADURA DO PEDÁGIO URBANO
A presidente da República sancionou a Lei de Mobilidade Urbana, que faculta a criação de pedágios urbanos, para restringir a livre circulação de veículos particulares e, supostamente, incentivar o uso do transporte coletivo.
Na realidade, a famigerada lei, inadvertidamente sancionada, apenas oprime e espolia as pessoas, cerceando-lhes o direito de ir e vir, além de promover o confisco tributário, porque todos os proprietários de veículos automotores já pagam o IPVA.
Além disso, não existe transporte coletivo suficiente. Em São Paulo, todos os meios de transporte coletivo conseguem transportar apenas metade dos passageiros. Os automóveis transportam, diariamente, 12 milhões de pessoas, que não têm outra opção.
É evidente o absurdo e a inconstitucionalidade da lei de (i)mobilidade urbana! O foco do legislador foi promover a ditadura do controle social, através do regramento excessivo, para beneficiar empresas terceirizadas, arrecadar tributos, para a farra da classe política, além de obter gordas contribuições para as campanhas eleitorais.
Esses “pacotes” de controle social são formatados pelo Instituto Tavistock de Londres, para implementar medidas do poder mundial, no Brasil e no mundo. Buenos Aires também tem os 20 pontos na carteira e Teerã o seu rodízio de veículos. A mesma receita da mesma origem.
A classe política e a presidente da República precisam ser lembrados que “democracia é segurança do direito”, o que inexiste no Brasil. A Constituição é constantemente desrespeitada pelas autoridades que amiúde revogam seus artigos.
Nesse caso, a lei faz letra morta dos princípios constitucionais da razoabilidade, moralidade, proporcionalidade, eficiência e legalidade, (art. 37 CF), além de triturar os direitos individuais dos cidadãos (art. 5º CF).
A presidente da República, certamente, foi induzida a erro, ao sancionar tal aberração “legiferante”. Todos sabem que contrariar a Constituição Federal para implementar no Brasil, medidas de interesse internacional consubstancia ato típico do artigo 85 da Constituição Federal, que trata da responsabilidade do Presidente da República.
O Estado existe para proteger as pessoas e não para oprimi-las e espoliá-las, como nesse caso. Com todo o respeito, não se pode admitir, que a presidente da República, primeira árbitra da Nação, sancione leis contrárias ao pleno exercício da cidadania.
Abaixo a Ditadura do Controle Social!
16 de janeiro de 2012
Antônio Ribas Paiva
Na realidade, a famigerada lei, inadvertidamente sancionada, apenas oprime e espolia as pessoas, cerceando-lhes o direito de ir e vir, além de promover o confisco tributário, porque todos os proprietários de veículos automotores já pagam o IPVA.
Além disso, não existe transporte coletivo suficiente. Em São Paulo, todos os meios de transporte coletivo conseguem transportar apenas metade dos passageiros. Os automóveis transportam, diariamente, 12 milhões de pessoas, que não têm outra opção.
É evidente o absurdo e a inconstitucionalidade da lei de (i)mobilidade urbana! O foco do legislador foi promover a ditadura do controle social, através do regramento excessivo, para beneficiar empresas terceirizadas, arrecadar tributos, para a farra da classe política, além de obter gordas contribuições para as campanhas eleitorais.
Esses “pacotes” de controle social são formatados pelo Instituto Tavistock de Londres, para implementar medidas do poder mundial, no Brasil e no mundo. Buenos Aires também tem os 20 pontos na carteira e Teerã o seu rodízio de veículos. A mesma receita da mesma origem.
A classe política e a presidente da República precisam ser lembrados que “democracia é segurança do direito”, o que inexiste no Brasil. A Constituição é constantemente desrespeitada pelas autoridades que amiúde revogam seus artigos.
Nesse caso, a lei faz letra morta dos princípios constitucionais da razoabilidade, moralidade, proporcionalidade, eficiência e legalidade, (art. 37 CF), além de triturar os direitos individuais dos cidadãos (art. 5º CF).
A presidente da República, certamente, foi induzida a erro, ao sancionar tal aberração “legiferante”. Todos sabem que contrariar a Constituição Federal para implementar no Brasil, medidas de interesse internacional consubstancia ato típico do artigo 85 da Constituição Federal, que trata da responsabilidade do Presidente da República.
O Estado existe para proteger as pessoas e não para oprimi-las e espoliá-las, como nesse caso. Com todo o respeito, não se pode admitir, que a presidente da República, primeira árbitra da Nação, sancione leis contrárias ao pleno exercício da cidadania.
Abaixo a Ditadura do Controle Social!
16 de janeiro de 2012
Antônio Ribas Paiva
CUSTO DE VIDA DO BRASIL SUPERA O DOS EUA
Dados de 187 países-membros do FMI relativos ao ano passado apontam fato considerado anormal para um país emergente
RIO - O custo de vida do Brasil superou o dos Estados Unidos em 2011, quando medido em dólares, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o PIB dos 187 países-membros. Este fato é extremamente anormal para um país emergente. Em uma lista do FMI de 150 países em desenvolvimento, o Brasil é praticamente o único cujo custo de vida supera o americano em 2011, o que significa dizer que é o mais caro em dólares de todo o mundo emergente.
Na verdade, há outros quatro casos semelhantes, mas referentes a São Vicente e Granadinas, um arquipélago minúsculo; Zimbábue, país cheio de distorções, onde a hiperinflação acabou com a moeda nacional; e Emirados Árabes Unidos e Kuwait, de população muito pequena, gigantesca produção de petróleo e renda per capita de país rico.
Considerando economias diversificadas como o Brasil, contam-se nos dedos, desde 1980, os episódios em que qualquer um de mais de cem países emergentes apresentasse, em qualquer ano, um custo de vida (convertido para dólares) superior ao dos Estados Unidos.
Há uma explicação para isso. O preço da maioria dos produtos industriais tende a convergir nos diferentes países, descontadas as tarifas de importação. Isso ocorre porque eles podem ser negociados no mercado internacional, e, caso estejam caros demais em um país, há a possibilidade de importar. Mas a maioria dos serviços, de corte de cabelo a educação e saúde, não fazem parte do comércio exterior. Assim, eles divergem muito em preço entre os países.
Em nações ricas, com salários altos, os serviços geralmente são muito mais caros do que nos emergentes. Isso se explica tanto pelo fato de que a renda maior tende a puxá-los para cima, como pelo fato de que a mão de obra empregada no setor de serviços recebe muito mais e representa um custo maior.
Dessa forma, é principalmente o setor de serviços que faz com que o custo de vida seja mais alto no mundo avançado. Na comparação com os Estados Unidos, os países emergentes são quase sempre mais baratos.
É por isso que espanta que o Brasil apareça como mais caro do que os EUA nas tabelas de projeções do PIB de 2011 do FMI.
"Essa inversão mostra que as coisas estão fora do padrão, porque a taxa de câmbio está completamente fora do padrão histórico, com uma valorização gigantesca nos últimos anos", diz o economista Armando Castelar, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio.
O custo de vida relativo dos países pode ser derivado da comparação entre as estimativas do FMI para o PIB em dólares correntes e o PIB ajustado pela paridade de poder de compra (PPP). Esse segundo método busca neutralizar - ao se fazer o cálculo do PIB - a diversidade dos preços, convertidos para dólares, dos mesmos produtos em diferentes países.
14 de janeiro de 2012
Fernando Dantas, de O Estado de S. Paulo
RIO - O custo de vida do Brasil superou o dos Estados Unidos em 2011, quando medido em dólares, segundo dados do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre o PIB dos 187 países-membros. Este fato é extremamente anormal para um país emergente. Em uma lista do FMI de 150 países em desenvolvimento, o Brasil é praticamente o único cujo custo de vida supera o americano em 2011, o que significa dizer que é o mais caro em dólares de todo o mundo emergente.
Na verdade, há outros quatro casos semelhantes, mas referentes a São Vicente e Granadinas, um arquipélago minúsculo; Zimbábue, país cheio de distorções, onde a hiperinflação acabou com a moeda nacional; e Emirados Árabes Unidos e Kuwait, de população muito pequena, gigantesca produção de petróleo e renda per capita de país rico.
Considerando economias diversificadas como o Brasil, contam-se nos dedos, desde 1980, os episódios em que qualquer um de mais de cem países emergentes apresentasse, em qualquer ano, um custo de vida (convertido para dólares) superior ao dos Estados Unidos.
Há uma explicação para isso. O preço da maioria dos produtos industriais tende a convergir nos diferentes países, descontadas as tarifas de importação. Isso ocorre porque eles podem ser negociados no mercado internacional, e, caso estejam caros demais em um país, há a possibilidade de importar. Mas a maioria dos serviços, de corte de cabelo a educação e saúde, não fazem parte do comércio exterior. Assim, eles divergem muito em preço entre os países.
Em nações ricas, com salários altos, os serviços geralmente são muito mais caros do que nos emergentes. Isso se explica tanto pelo fato de que a renda maior tende a puxá-los para cima, como pelo fato de que a mão de obra empregada no setor de serviços recebe muito mais e representa um custo maior.
Dessa forma, é principalmente o setor de serviços que faz com que o custo de vida seja mais alto no mundo avançado. Na comparação com os Estados Unidos, os países emergentes são quase sempre mais baratos.
É por isso que espanta que o Brasil apareça como mais caro do que os EUA nas tabelas de projeções do PIB de 2011 do FMI.
"Essa inversão mostra que as coisas estão fora do padrão, porque a taxa de câmbio está completamente fora do padrão histórico, com uma valorização gigantesca nos últimos anos", diz o economista Armando Castelar, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV) no Rio.
O custo de vida relativo dos países pode ser derivado da comparação entre as estimativas do FMI para o PIB em dólares correntes e o PIB ajustado pela paridade de poder de compra (PPP). Esse segundo método busca neutralizar - ao se fazer o cálculo do PIB - a diversidade dos preços, convertidos para dólares, dos mesmos produtos em diferentes países.
14 de janeiro de 2012
Fernando Dantas, de O Estado de S. Paulo
REVISANDO A HISTÓRIA RECENTE, COM DADOS INTERESSANTES...
Lula rebaixa a cidadania e Dilma abusa da nossa inteligência
O mais espantoso na atuação do presidente Lula no episódio das quebras múltiplas de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB, até mesmo a filha do candidato tucano à Presidência da República, é como ele manipula seus seguidores, explorando-lhes a boa-fé e, sobretudo, a ignorância.
José Serra lamentou que Lula tenha "debochado de coisa séria" quando fez análises nada republicanas sobre o episódio.
Segundo o presidente, em cima de um palanque, o episódio não passa de "futrica", e o candidato do PSDB "está nervoso" com a previsão de derrota e está usando sua família "para se fazer de vítima".
Seriam comentários ofensivos à cidadania, partidos de um presidente que deveria ser imparcial, quando o assunto são as garantias dos direitos individuais dos cidadãos, sejam eles petistas ou não, lulistas ou não.
Por Merval Pereira
Mas o mais grave, do ponto de vista da manipulação do eleitorado, está na frase que jogou no ar como se fosse um desafio: "Cadê esse tal de sigilo que ninguém viu?" O presidente Lula se utiliza assim da dificuldade que o brasileiro comum tem de compreender os meandros da disputa política, muito mais quando se trata de questões técnicas ligadas a computadores e senhas eletrônicas, para tentar desmoralizar a questão, reduzindo-a a uma "futrica" de perdedor.
Se o tal do "sigilo" não apareceu, é porque não existe, quer levar a crer o nosso nada republicano presidente.
É conhecida a piada que circula entre os petistas segundo a qual Lula teria dito que essa questão de dossiê não abala seu eleitorado, pois eles não sabem o que quer dizer a palavra, e muitos a confundem com "doce".
Há também o raciocínio segundo o qual como apenas 40 milhões de brasileiros declaram o Imposto de Renda, a imensa maioria dos eleitores não estaria preocupada com o assunto.
Para se ter uma noção do que esse raciocínio perverso embute, dos 130 milhões de eleitores, cerca de 60% são formados por analfabetos, analfabetos funcionais ou pessoas que não completaram o ensino fundamental.
Ora, a esta altura dos acontecimentos, todo cidadão de boa-fé e minimamente informado sabe que os dados colhidos em diversas instâncias da Receita Federal, em várias partes do país, estão espalhados em diversos documentos que circularam no comitê da candidata oficial Dilma Rousseff.
Não foram usados formalmente, nem nunca seriam, pois trata-se de material ilegal.
Mas estão sendo espalhados há muito tempo em diversos blogs e continuam sendo usados com insinuações contra as vítimas dos atentados.
A própria candidata Dilma Rousseff, abusando da inteligência de seus interlocutores e seguindo por um caminho perigoso, insinuou em entrevista coletiva que os dados levantados sobre Verônica Serra seriam usados por membros do próprio PSDB contra Serra, que àquela altura ainda disputava com o ex-governador de Minas Aécio Neves a escolha do partido para concorrer à Presidência da República.
Os petistas engendraram uma pseudoexplicação que culpa a vítima, e Dilma se encarregou de tornar essa intriga em fato de campanha na sua entrevista.
A disputa entre Serra e Aécio seria a verdadeira origem do tal dossiê, que eles negavam existir e agora, diante das evidências, querem jogar no colo de Aécio Neves, numa mesquinha tentativa de confundir os eleitores.
Mais uma vez coube à chamada grande imprensa, para ódio dos governistas e seus blogueiros chapas-brancas, demonstrar que essa versão não se sustenta.
Tanto os acessos em Santo André quanto os de Formiga, em Minas Gerais, foram feitos por pessoas filiadas ao PT, o que deixa evidente o caráter político das quebras de sigilo. Essa é uma prática comum ao Partido dos Trabalhadores e tem uma longa história, desde quando o partido era de oposição, mas já mantinha nos principais órgãos públicos uma grande influência graças aos sindicalistas enfronhados na máquina pública.
Na oposição os petistas usavam seu poder de quebrar sigilos e de conseguir documentos para fazer denúncias contra o governo de Fernando Henrique Cardoso.
No governo, montaram uma máquina de informações não apenas para difundir notícias falsas sobre seus adversários como para usar as informações como arma política de chantagem nas negociações de bastidores. O cérebro desse esquema de informações paralelo e ilegal foi o ex-ministro e deputado federal cassado José Dirceu, que se vangloria até hoje dos métodos que aprendeu quando esteve exilado em Cuba.
À medida que vão se acumulando as evidências de que o PT não sabe disputar eleições dentro da normalidade democrática, acumulam-se também as provas de que o que um dirigente petista disse ontem na oposição não tem a mesma correspondência no futuro e em situações similares quando o partido está no poder.
Eleito em 2002, Lula reconheceu que o então presidente Fernando Henrique Cardoso havia se comportado como "um estadista" e que, se não fosse essa sua postura imparcial, talvez não vencesse a eleição.
Justamente o que não está fazendo hoje, quando se comporta como o chefe de uma facção política tentando fazer sua sucessora, sem se incomodar com as limitações que a legislação impõe.
Lula usa seu enorme carisma e sua popularidade, e o PT utiliza a máquina do Estado, para acobertar as ilegalidades cometidas e manipular o eleitorado. Ele trabalha permanentemente para reduzir a cidadania a uma reivindicação elitista, neutralizando a política e dando pão e circo à sua massa de manobra. O Globo
08 de setembro de 2010
*** *** ***
Estamos órfãos de um estadista
07 Sep 2010
Pobre nação que elege um presidente como Luiz Inácio Lula da Silva, que há oitos anos desrespeita o cargo que ocupa e principalmente a sociedade.
Não dá mais para digerir tanta desfaçatez deste chefe de Estado que a cada dia se mostra mais inconveniente e rampeiro com o poder.
E neste exato momento em que uma eleição majoritária está em curso, é que a Receita Federal dá um golpe nos contribuintes escancarando o sigilo fiscal. Mesmo tudo regiamente comprovado, e sob auspícios do PT, ainda assim vem o presidente zombar deste grave crime, questionando: "Cadê esse tal de sigilo que não apareceu?”. Por Paulo Panossian
Em inúmeras ocasiões, Lula tem deixado de agir com pulso firme e não penalizou integrantes do seu partido até agora. Sabemos que o Lula é inculto, mas não acredito que não saiba o que é quebra de sigilo fiscal, ou bancário, porque o Palocci deve ter lhe explicado por que quebrou o do Francenildo.
O Lula pela sua forma dócil e irresponsável de acomodar seus companheiros, que têm cometido graves ilícitos, promove uma escola de bandidagem institucional no país, na medida em que manda às favas a ética, acoberta a corrupção no seu governo. É só verificar quantos petistas históricos estão denunciados por formação de quadrilha no STF.
Sabemos que a máquina federal é composta por milhares de servidores públicos, e assim como em qualquer atividade humana encontramos os vis.
Mas o presidente em inúmeras ocasiões tem deixado de agir com pulso firme, e não tem penalizado esses componentes de seu partido, consagrando assim que o crime contra o erário, e no caso o da invasão de privacidade do sigilo fiscal de contribuintes e opositores, pela Receita Federal, compensa.
As duas caras do Lula também são frequentes! E pela pressão da opinião pública sobre a quebra de sigilo fiscal de membros da cúpula do PSDB, e em seguida da filha do candidato Serra, ele afirmou que isso é "uma bandidagem".
Mas, posteriormente, discursando em Guarulhos, cinicamente demonstrando não ter nenhum pudor com relação aos contribuintes, disse: "Cadê esse tal de sigilo? Cadê o vazamento das informações". É muito deprimente.
Apesar de o próprio secretário da Receita Federal ter confirmado este crime indigerível, e sabendo que seu autor é um filiado ao PT, em Mauá (SP), o Lula, com a rara facilidade que tem para mentir, tenta negar este fato escabroso e continua zombando da população.
É assim que o nosso presidente vem agindo desde sua posse. Transforma, há muito, crimes graves contra nossas instituições, como o mensalão, dossiês fajutos fabricados por Dilma Rousseff contra FHC, e tantos outros, como se fossem marolinhas! Coisas da oposição, etc. Foge da verdade, e manda a sociedade deixar para lá.
Não à toa, e sempre que pela imprensa aparecem denúncias de falcatruas do petismo, o que infelizmente acontece muitas vezes, a cúpula do partido e o Lula procuram com mentiras deslavadas diminuir o impacto político destas acusações, achando que o povo é idiota.
Lula transforma crimes graves, caso dos dossiês fajutos fabricados contra FHC, como se fossem marolinhas Ou, como sempre, o presidente diz não saber nunca de nada! Como se este senhor, ex-metalúrgico, não tenha nada a ver com a nação.
Certamente até 3 de outubro, muitas outras denúncias verdadeiras virão, como esta mais recente, que em Formiga, Minas Gerais: a de que outro filiado ao PT também e por 10 vezes acessou os dados fiscais de Eduardo Jorge, do PSDB.
Esta tem sido a vocação do Partido dos Trabalhadores, que pela tentativa de se perpetuar no poder faz qualquer negócio, não importando a forma, mesmo que macule a imagem da nação.
Até quando vamos ter que conviver com esta mediocridade?
Jornal do Brasil ON LINE
O mais espantoso na atuação do presidente Lula no episódio das quebras múltiplas de sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB, até mesmo a filha do candidato tucano à Presidência da República, é como ele manipula seus seguidores, explorando-lhes a boa-fé e, sobretudo, a ignorância.
José Serra lamentou que Lula tenha "debochado de coisa séria" quando fez análises nada republicanas sobre o episódio.
Segundo o presidente, em cima de um palanque, o episódio não passa de "futrica", e o candidato do PSDB "está nervoso" com a previsão de derrota e está usando sua família "para se fazer de vítima".
Seriam comentários ofensivos à cidadania, partidos de um presidente que deveria ser imparcial, quando o assunto são as garantias dos direitos individuais dos cidadãos, sejam eles petistas ou não, lulistas ou não.
Por Merval Pereira
Mas o mais grave, do ponto de vista da manipulação do eleitorado, está na frase que jogou no ar como se fosse um desafio: "Cadê esse tal de sigilo que ninguém viu?" O presidente Lula se utiliza assim da dificuldade que o brasileiro comum tem de compreender os meandros da disputa política, muito mais quando se trata de questões técnicas ligadas a computadores e senhas eletrônicas, para tentar desmoralizar a questão, reduzindo-a a uma "futrica" de perdedor.
Se o tal do "sigilo" não apareceu, é porque não existe, quer levar a crer o nosso nada republicano presidente.
É conhecida a piada que circula entre os petistas segundo a qual Lula teria dito que essa questão de dossiê não abala seu eleitorado, pois eles não sabem o que quer dizer a palavra, e muitos a confundem com "doce".
Há também o raciocínio segundo o qual como apenas 40 milhões de brasileiros declaram o Imposto de Renda, a imensa maioria dos eleitores não estaria preocupada com o assunto.
Para se ter uma noção do que esse raciocínio perverso embute, dos 130 milhões de eleitores, cerca de 60% são formados por analfabetos, analfabetos funcionais ou pessoas que não completaram o ensino fundamental.
Ora, a esta altura dos acontecimentos, todo cidadão de boa-fé e minimamente informado sabe que os dados colhidos em diversas instâncias da Receita Federal, em várias partes do país, estão espalhados em diversos documentos que circularam no comitê da candidata oficial Dilma Rousseff.
Não foram usados formalmente, nem nunca seriam, pois trata-se de material ilegal.
Mas estão sendo espalhados há muito tempo em diversos blogs e continuam sendo usados com insinuações contra as vítimas dos atentados.
A própria candidata Dilma Rousseff, abusando da inteligência de seus interlocutores e seguindo por um caminho perigoso, insinuou em entrevista coletiva que os dados levantados sobre Verônica Serra seriam usados por membros do próprio PSDB contra Serra, que àquela altura ainda disputava com o ex-governador de Minas Aécio Neves a escolha do partido para concorrer à Presidência da República.
Os petistas engendraram uma pseudoexplicação que culpa a vítima, e Dilma se encarregou de tornar essa intriga em fato de campanha na sua entrevista.
A disputa entre Serra e Aécio seria a verdadeira origem do tal dossiê, que eles negavam existir e agora, diante das evidências, querem jogar no colo de Aécio Neves, numa mesquinha tentativa de confundir os eleitores.
Mais uma vez coube à chamada grande imprensa, para ódio dos governistas e seus blogueiros chapas-brancas, demonstrar que essa versão não se sustenta.
Tanto os acessos em Santo André quanto os de Formiga, em Minas Gerais, foram feitos por pessoas filiadas ao PT, o que deixa evidente o caráter político das quebras de sigilo. Essa é uma prática comum ao Partido dos Trabalhadores e tem uma longa história, desde quando o partido era de oposição, mas já mantinha nos principais órgãos públicos uma grande influência graças aos sindicalistas enfronhados na máquina pública.
Na oposição os petistas usavam seu poder de quebrar sigilos e de conseguir documentos para fazer denúncias contra o governo de Fernando Henrique Cardoso.
No governo, montaram uma máquina de informações não apenas para difundir notícias falsas sobre seus adversários como para usar as informações como arma política de chantagem nas negociações de bastidores. O cérebro desse esquema de informações paralelo e ilegal foi o ex-ministro e deputado federal cassado José Dirceu, que se vangloria até hoje dos métodos que aprendeu quando esteve exilado em Cuba.
À medida que vão se acumulando as evidências de que o PT não sabe disputar eleições dentro da normalidade democrática, acumulam-se também as provas de que o que um dirigente petista disse ontem na oposição não tem a mesma correspondência no futuro e em situações similares quando o partido está no poder.
Eleito em 2002, Lula reconheceu que o então presidente Fernando Henrique Cardoso havia se comportado como "um estadista" e que, se não fosse essa sua postura imparcial, talvez não vencesse a eleição.
Justamente o que não está fazendo hoje, quando se comporta como o chefe de uma facção política tentando fazer sua sucessora, sem se incomodar com as limitações que a legislação impõe.
Lula usa seu enorme carisma e sua popularidade, e o PT utiliza a máquina do Estado, para acobertar as ilegalidades cometidas e manipular o eleitorado. Ele trabalha permanentemente para reduzir a cidadania a uma reivindicação elitista, neutralizando a política e dando pão e circo à sua massa de manobra. O Globo
08 de setembro de 2010
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Estamos órfãos de um estadista
07 Sep 2010
Pobre nação que elege um presidente como Luiz Inácio Lula da Silva, que há oitos anos desrespeita o cargo que ocupa e principalmente a sociedade.
Não dá mais para digerir tanta desfaçatez deste chefe de Estado que a cada dia se mostra mais inconveniente e rampeiro com o poder.
E neste exato momento em que uma eleição majoritária está em curso, é que a Receita Federal dá um golpe nos contribuintes escancarando o sigilo fiscal. Mesmo tudo regiamente comprovado, e sob auspícios do PT, ainda assim vem o presidente zombar deste grave crime, questionando: "Cadê esse tal de sigilo que não apareceu?”. Por Paulo Panossian
Em inúmeras ocasiões, Lula tem deixado de agir com pulso firme e não penalizou integrantes do seu partido até agora. Sabemos que o Lula é inculto, mas não acredito que não saiba o que é quebra de sigilo fiscal, ou bancário, porque o Palocci deve ter lhe explicado por que quebrou o do Francenildo.
O Lula pela sua forma dócil e irresponsável de acomodar seus companheiros, que têm cometido graves ilícitos, promove uma escola de bandidagem institucional no país, na medida em que manda às favas a ética, acoberta a corrupção no seu governo. É só verificar quantos petistas históricos estão denunciados por formação de quadrilha no STF.
Sabemos que a máquina federal é composta por milhares de servidores públicos, e assim como em qualquer atividade humana encontramos os vis.
Mas o presidente em inúmeras ocasiões tem deixado de agir com pulso firme, e não tem penalizado esses componentes de seu partido, consagrando assim que o crime contra o erário, e no caso o da invasão de privacidade do sigilo fiscal de contribuintes e opositores, pela Receita Federal, compensa.
As duas caras do Lula também são frequentes! E pela pressão da opinião pública sobre a quebra de sigilo fiscal de membros da cúpula do PSDB, e em seguida da filha do candidato Serra, ele afirmou que isso é "uma bandidagem".
Mas, posteriormente, discursando em Guarulhos, cinicamente demonstrando não ter nenhum pudor com relação aos contribuintes, disse: "Cadê esse tal de sigilo? Cadê o vazamento das informações". É muito deprimente.
Apesar de o próprio secretário da Receita Federal ter confirmado este crime indigerível, e sabendo que seu autor é um filiado ao PT, em Mauá (SP), o Lula, com a rara facilidade que tem para mentir, tenta negar este fato escabroso e continua zombando da população.
É assim que o nosso presidente vem agindo desde sua posse. Transforma, há muito, crimes graves contra nossas instituições, como o mensalão, dossiês fajutos fabricados por Dilma Rousseff contra FHC, e tantos outros, como se fossem marolinhas! Coisas da oposição, etc. Foge da verdade, e manda a sociedade deixar para lá.
Não à toa, e sempre que pela imprensa aparecem denúncias de falcatruas do petismo, o que infelizmente acontece muitas vezes, a cúpula do partido e o Lula procuram com mentiras deslavadas diminuir o impacto político destas acusações, achando que o povo é idiota.
Lula transforma crimes graves, caso dos dossiês fajutos fabricados contra FHC, como se fossem marolinhas Ou, como sempre, o presidente diz não saber nunca de nada! Como se este senhor, ex-metalúrgico, não tenha nada a ver com a nação.
Certamente até 3 de outubro, muitas outras denúncias verdadeiras virão, como esta mais recente, que em Formiga, Minas Gerais: a de que outro filiado ao PT também e por 10 vezes acessou os dados fiscais de Eduardo Jorge, do PSDB.
Esta tem sido a vocação do Partido dos Trabalhadores, que pela tentativa de se perpetuar no poder faz qualquer negócio, não importando a forma, mesmo que macule a imagem da nação.
Até quando vamos ter que conviver com esta mediocridade?
Jornal do Brasil ON LINE
HISTÓRIAS DO SEBASTIÃO NERY
Ninguém preside presidente
Agamenon Magalhães, o mais poderoso pernambucano do século passado, seminarista de Olinda, formado em Direito em 1916, deputado federal de 1924 a 30, constituinte de 1934, ministro do Trabalho de 1934 a 37, ministro da Justiça em 1937, interventor de ernambuco de 1937 a 45, foi novamente ministro da Justiça em 1945.
Em 22 de junho, assinou a primeira lei brasileira antitruste, chamada por seus adversários (como Assis Chateaubriand) de Lei Malaia, em alusão ao apelido de O Malaio dada ao ministro em virtude de suas feições asiáticas. O poeta Manoel Bandeira chegara a chamá-lo satiricamente de China Gordo. A lei antitruste criou a Comissão Administrativa da Defesa Econômica, o CADE” (FGV), aí até hoje.
***
BARBOSA LIMA
Fundador do PSD em 1945, constituinte de 1946, deputado federal de 1946 a 51, lançou em 1947 a candidatura a governador de Pernambuco de Barbosa Lima Sobrinho, que se elegeu.
Nas vésperas da posse, a especulação em Pernambuco era se o secretariado de Barbosa Lima seria mais indicado por Agamenon ou se por ele mesmo. No dia da posse, Barbosa Lima, através do filho de Agamenon, Paulo Germano (depois deputado de 1955 a 1959 e diretor do “Correio da Manhã”), mandou um cartão a Agamenon, comunicando-lhe o secretariado escolhido. Terminava assim :
– Meu mestre me ensinou: ninguém governa governador.
***
O DISCURSO
Em 1950, a candidatura de Agamenon a governador era inevitável. O PSD lançou-o contra João Cleofas, da UDN. Agamenon ganhou, mesmo perdendo em Recife, que ele chamou de “cidade cruel”. Os amigos de Agamenon acusaram Barbosa Lima de, como governador, haver feito corpo mole e pouco participado da campanha.
Na cerimônia de posse e transmissão do governo, no salão nobre, esperava-se um grande discurso-manifesto de Agamenon. Barbosa Lima falou primeiro, prestando contas do governo e despedindo-se. Na hora de Agamenon falar, ele apenas estendeu a mão para Barbosa Lima e disse:
– Boa viagem!
E entrou para o gabinete.
***
LULA
É do mesmo Agamenon esta outra lição, que Palocci eoutros ministros deviam saber :
– O homem público não compra, não vende nem troca.
Em 24 de agosto de 1952, dois anos antes do suicídio de Vargas, o gigante Agamenon foi fulminado por um enfarte.
Lula não sabe dessas coisas. De poucas coisas Lula sabe, além de um palanque armado e uma garrafinha estimulante. Mas certamente ele sabe, e sabe bem, das tretas e mutretas da inexplicável fortuna de Palocci & Cia. E já é hora de aprender a lição de Agamenon ensinada a Barbosa Lima:
– Ninguém preside presidente.
***
JK
Juscelino traduzia a lição de Agamenon sobre política e negócios com uma definição que Ulysses Guimarães gostava de repetir:
– O empresário pode ser politico. Mas não ao mesmo tempo. Ninguém pode ser político e empresário ao mesmo tempo. Se quiser ser político, o empresário deve deixar imediatamente seus negócios. Se não, perde como político e perde como empresário.
Tudo isso está sintetizado na sabedoria de Clarice Lispector:
– Até acabar com os próprios defeitos é perigoso. A gente não sabe sobre qual deles nós construímos nosso edifício.
Sebastião Nery
16 de janeiro de 2012
Agamenon Magalhães, o mais poderoso pernambucano do século passado, seminarista de Olinda, formado em Direito em 1916, deputado federal de 1924 a 30, constituinte de 1934, ministro do Trabalho de 1934 a 37, ministro da Justiça em 1937, interventor de ernambuco de 1937 a 45, foi novamente ministro da Justiça em 1945.
Em 22 de junho, assinou a primeira lei brasileira antitruste, chamada por seus adversários (como Assis Chateaubriand) de Lei Malaia, em alusão ao apelido de O Malaio dada ao ministro em virtude de suas feições asiáticas. O poeta Manoel Bandeira chegara a chamá-lo satiricamente de China Gordo. A lei antitruste criou a Comissão Administrativa da Defesa Econômica, o CADE” (FGV), aí até hoje.
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BARBOSA LIMA
Fundador do PSD em 1945, constituinte de 1946, deputado federal de 1946 a 51, lançou em 1947 a candidatura a governador de Pernambuco de Barbosa Lima Sobrinho, que se elegeu.
Nas vésperas da posse, a especulação em Pernambuco era se o secretariado de Barbosa Lima seria mais indicado por Agamenon ou se por ele mesmo. No dia da posse, Barbosa Lima, através do filho de Agamenon, Paulo Germano (depois deputado de 1955 a 1959 e diretor do “Correio da Manhã”), mandou um cartão a Agamenon, comunicando-lhe o secretariado escolhido. Terminava assim :
– Meu mestre me ensinou: ninguém governa governador.
***
O DISCURSO
Em 1950, a candidatura de Agamenon a governador era inevitável. O PSD lançou-o contra João Cleofas, da UDN. Agamenon ganhou, mesmo perdendo em Recife, que ele chamou de “cidade cruel”. Os amigos de Agamenon acusaram Barbosa Lima de, como governador, haver feito corpo mole e pouco participado da campanha.
Na cerimônia de posse e transmissão do governo, no salão nobre, esperava-se um grande discurso-manifesto de Agamenon. Barbosa Lima falou primeiro, prestando contas do governo e despedindo-se. Na hora de Agamenon falar, ele apenas estendeu a mão para Barbosa Lima e disse:
– Boa viagem!
E entrou para o gabinete.
***
LULA
É do mesmo Agamenon esta outra lição, que Palocci eoutros ministros deviam saber :
– O homem público não compra, não vende nem troca.
Em 24 de agosto de 1952, dois anos antes do suicídio de Vargas, o gigante Agamenon foi fulminado por um enfarte.
Lula não sabe dessas coisas. De poucas coisas Lula sabe, além de um palanque armado e uma garrafinha estimulante. Mas certamente ele sabe, e sabe bem, das tretas e mutretas da inexplicável fortuna de Palocci & Cia. E já é hora de aprender a lição de Agamenon ensinada a Barbosa Lima:
– Ninguém preside presidente.
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JK
Juscelino traduzia a lição de Agamenon sobre política e negócios com uma definição que Ulysses Guimarães gostava de repetir:
– O empresário pode ser politico. Mas não ao mesmo tempo. Ninguém pode ser político e empresário ao mesmo tempo. Se quiser ser político, o empresário deve deixar imediatamente seus negócios. Se não, perde como político e perde como empresário.
Tudo isso está sintetizado na sabedoria de Clarice Lispector:
– Até acabar com os próprios defeitos é perigoso. A gente não sabe sobre qual deles nós construímos nosso edifício.
Sebastião Nery
16 de janeiro de 2012
REPÚBLICA POPULAR DO BRASIL - LEI DA MOBILIDADE URBANA
República Popular do Brasil
A República Popular do Brasil já está implantada na prática, mas muita gente prefere ignorar ou fingir que não percebe. O sistema em vigor não obedece à tradicional ideologia comunista que subverteu até as mal formuladas ideias do velho Karl Marx. Aqui obedecemos ao Capimunismo – modelo político-econômico que combina crescente e cínica intervenção estatal sobre a produção, o consumo e a vida das pessoas.
Juros altíssimos, impostos elevadíssimos, leis e regras inventadas e impostas para causar desordem jurídica e inviabilizar a democracia e a soberania são alguns dos fundamentos do Governo Petista do Crime Organizado.
A máquina estatal aumenta seu poder, gradualmente, para interferir cada vez mais na vida das pessoas, tornando-as reféns do esquema cada vez mais concentrado nos sujeitos que se acostumaram a usar a política como meio de garantir poder, dinheiro, hegemonia e prestígio.
Cada dia que passa, o Capimunismo Tupiniquim avança, sempre trabalhando para o Poder Real Globalitário, em seu projeto de reduzir ou eliminar a soberania nacional dos países.
Nesta estratégia, criam-se instrumentos para controlar, cada vez mais, os direitos individuais para que as pessoas se sintam obrigadas a obedecer à ordem coletivista imposta pelo Estado Capimunista. O esquema é tão eficiente que o gado não percebe como nem quando vai para o abatedouro.
A mais recente jogada do Governo Petista do Crime Organizado para ampliar o controle sobre o cidadão leva o pomposo nome de Lei de Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana.
Sem muito alarde, foi sancionada pela petista Dilma Rousseff no dia 3 de janeiro. O negócio ficou 17 anos em debate no Congresso Nacional, aguardando a hora mais oportuna de ser aplicado.
O momento chegou, porque os controladores da República Popular (soviética) do Brasil têm pressa.
De cara, a regra é inconstitucional. A Constituição não aceita leis que limitem ou tentem controlar o direito e ir e vir dos cidadãos. A Lei de Mobilidade Urbana é mais um instrumento para gerar receita para as empreiteiras pagadoras de mensalões aos ocupantes da máquina capimunista.
Uma das propostas nela inseridas na Lei é a permissão aos municípios para cobrar pedágios urbanos. A esfarrapada desculpa é que isto serviria para diminuir o trânsito de automóveis, estimulando o transporte coletivo (palavrinha mágica do capimunismo) e reduzindo a emissão de poluentes (a manjada propaganda ecológica da Nova Ordem Mundial).
A novidade tem tudo para atingir moradores de 1663 municípios com mais de 20mil habitantes. Todos ficam obrigados a elaborar, em três anos, Planos de Mobilidade Urbana. Quem não obedecer a mais este preceito capimunista tupiniquim corre o risco de sofrer a suspensão de repasses federais para o setor de transportes.
As empreiteiras já estão prontas para o negócio dos pedágios. O cartel também está prontinho para ampliar, em todos os municípios possíveis, o sistema picareta que tem o sugestivo nome de “controlar”. Trata-se da obrigatória inspeção veicular com a desculpa de verificar se o veículo automotivo obedece às normas de poluição ambiental (fixadas, logicamente, pelos gênios da empresa Controlar). O esquema já funciona, a todo vapor, em São Paulo. Toma dinheiro, anual e facilmente, dos otários donos de veículos.
Com a Lei de Mobilidade, o caminho pode ficar escancarado para uma proposta de controle que ainda não vingou por um mero desacerto de contas entre a indústria automobilística e o Governo Petista do Crime Organizado. A obrigatoriedade de instalar chips nos veículos – ou em documentos do seu condutor – para colaborar, ainda mais, com a indústria das multas e com a indústria da segurança – já que automóveis e pessoas se tornam objetos “rastreáveis”. Mais um serviço para ser cobrado...
Nosso capimunismo é diferente. Não precisa de ditadores, nem de ideologias. Basta a passividade do gado tupiniquim para obedecer – e pagar o preço cobrado – pelas regras inventadas pelos esquemas mafiosos do Governo Petista do Crime Organizado.
Nada acontece enquanto a vaca não descobre que está indo para o brejo am alta velocidade, cada vez mais perdendo sua “mobilidade”. Mas se o gado acordar a tempo e descobrir a malandragem, pode ser que algo de novo aconteça... Quem sabe?
http://www.alertatotal.net/2012/01/novidades-no-capimunismo-tupiniquim.html
.......um dos principais avanços da nova lei é garantir fundamento legal para que os municípios implantem políticas de taxação (novos tributos) para priorizar modos de transporte mais sustentáveis e coletivos, como pedágios urbanos e cobrança de estacionamento nas vias públicas.
Um dos alvos dessa cobrança, segundo o Ipea, seriam os "beneficiários indiretos" do transporte público, como empresas que o utilizam indiretamente para o deslocamento de funcionários e clientes, por exemplo........
http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/ipea-aponta-lei-da-mobilidade-urbana-como-conquista-1.390009
Outro ponto relevante é a autorização para que estados, municípios e a União apliquem tributos a alguns serviços de transporte urbano com o objetivo de desestimular o seu uso e incentivar, por meio de financiamento com estes recursos, a utilização do transporte público coletivo ou não motorizado.
http://www.seqtra.com.br/2012/01/09/lei-de-mobilidade-preve-a-criacao-de-pedagios-urbanos/
Enviado por Marcelo Prudente
A República Popular do Brasil já está implantada na prática, mas muita gente prefere ignorar ou fingir que não percebe. O sistema em vigor não obedece à tradicional ideologia comunista que subverteu até as mal formuladas ideias do velho Karl Marx. Aqui obedecemos ao Capimunismo – modelo político-econômico que combina crescente e cínica intervenção estatal sobre a produção, o consumo e a vida das pessoas.
Juros altíssimos, impostos elevadíssimos, leis e regras inventadas e impostas para causar desordem jurídica e inviabilizar a democracia e a soberania são alguns dos fundamentos do Governo Petista do Crime Organizado.
A máquina estatal aumenta seu poder, gradualmente, para interferir cada vez mais na vida das pessoas, tornando-as reféns do esquema cada vez mais concentrado nos sujeitos que se acostumaram a usar a política como meio de garantir poder, dinheiro, hegemonia e prestígio.
Cada dia que passa, o Capimunismo Tupiniquim avança, sempre trabalhando para o Poder Real Globalitário, em seu projeto de reduzir ou eliminar a soberania nacional dos países.
Nesta estratégia, criam-se instrumentos para controlar, cada vez mais, os direitos individuais para que as pessoas se sintam obrigadas a obedecer à ordem coletivista imposta pelo Estado Capimunista. O esquema é tão eficiente que o gado não percebe como nem quando vai para o abatedouro.
A mais recente jogada do Governo Petista do Crime Organizado para ampliar o controle sobre o cidadão leva o pomposo nome de Lei de Diretrizes da Política Nacional de Mobilidade Urbana.
Sem muito alarde, foi sancionada pela petista Dilma Rousseff no dia 3 de janeiro. O negócio ficou 17 anos em debate no Congresso Nacional, aguardando a hora mais oportuna de ser aplicado.
O momento chegou, porque os controladores da República Popular (soviética) do Brasil têm pressa.
De cara, a regra é inconstitucional. A Constituição não aceita leis que limitem ou tentem controlar o direito e ir e vir dos cidadãos. A Lei de Mobilidade Urbana é mais um instrumento para gerar receita para as empreiteiras pagadoras de mensalões aos ocupantes da máquina capimunista.
Uma das propostas nela inseridas na Lei é a permissão aos municípios para cobrar pedágios urbanos. A esfarrapada desculpa é que isto serviria para diminuir o trânsito de automóveis, estimulando o transporte coletivo (palavrinha mágica do capimunismo) e reduzindo a emissão de poluentes (a manjada propaganda ecológica da Nova Ordem Mundial).
A novidade tem tudo para atingir moradores de 1663 municípios com mais de 20mil habitantes. Todos ficam obrigados a elaborar, em três anos, Planos de Mobilidade Urbana. Quem não obedecer a mais este preceito capimunista tupiniquim corre o risco de sofrer a suspensão de repasses federais para o setor de transportes.
As empreiteiras já estão prontas para o negócio dos pedágios. O cartel também está prontinho para ampliar, em todos os municípios possíveis, o sistema picareta que tem o sugestivo nome de “controlar”. Trata-se da obrigatória inspeção veicular com a desculpa de verificar se o veículo automotivo obedece às normas de poluição ambiental (fixadas, logicamente, pelos gênios da empresa Controlar). O esquema já funciona, a todo vapor, em São Paulo. Toma dinheiro, anual e facilmente, dos otários donos de veículos.
Com a Lei de Mobilidade, o caminho pode ficar escancarado para uma proposta de controle que ainda não vingou por um mero desacerto de contas entre a indústria automobilística e o Governo Petista do Crime Organizado. A obrigatoriedade de instalar chips nos veículos – ou em documentos do seu condutor – para colaborar, ainda mais, com a indústria das multas e com a indústria da segurança – já que automóveis e pessoas se tornam objetos “rastreáveis”. Mais um serviço para ser cobrado...
Nosso capimunismo é diferente. Não precisa de ditadores, nem de ideologias. Basta a passividade do gado tupiniquim para obedecer – e pagar o preço cobrado – pelas regras inventadas pelos esquemas mafiosos do Governo Petista do Crime Organizado.
Nada acontece enquanto a vaca não descobre que está indo para o brejo am alta velocidade, cada vez mais perdendo sua “mobilidade”. Mas se o gado acordar a tempo e descobrir a malandragem, pode ser que algo de novo aconteça... Quem sabe?
http://www.alertatotal.net/2012/01/novidades-no-capimunismo-tupiniquim.html
.......um dos principais avanços da nova lei é garantir fundamento legal para que os municípios implantem políticas de taxação (novos tributos) para priorizar modos de transporte mais sustentáveis e coletivos, como pedágios urbanos e cobrança de estacionamento nas vias públicas.
Um dos alvos dessa cobrança, segundo o Ipea, seriam os "beneficiários indiretos" do transporte público, como empresas que o utilizam indiretamente para o deslocamento de funcionários e clientes, por exemplo........
http://www.hojeemdia.com.br/noticias/politica/ipea-aponta-lei-da-mobilidade-urbana-como-conquista-1.390009
Outro ponto relevante é a autorização para que estados, municípios e a União apliquem tributos a alguns serviços de transporte urbano com o objetivo de desestimular o seu uso e incentivar, por meio de financiamento com estes recursos, a utilização do transporte público coletivo ou não motorizado.
http://www.seqtra.com.br/2012/01/09/lei-de-mobilidade-preve-a-criacao-de-pedagios-urbanos/
Enviado por Marcelo Prudente
PELO MENOS 14 CIDADES BRASILEIRAS ESTÃO ENTRE AS MAIS VIOLENTAS DO MUNDO
O comentarista Carlo Germani nos envia uma matéria da Agência Brasil que causa preocupação. Mostra que pelo menos 14 cidades brasileiras estão entre as mais violentas do mundo.
A conclusão é do estudo feito pela organização não governamental (ONG) mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal. Especialistas da entidade listaram as 50 cidades mais violentas em todo mundo.
O topo da lista é ocupado pela cidade de San Pedro Sula, em Honduras, com uma taxa de 158,87 homicídios para um grupo de 100 mil habitantes. Em segundo lugar, está Juárez, no México, com uma taxa de 147,77.
No Brasil, Maceió, capital alagoana, aparece como a mais violenta ocupando o terceiro lugar no ranking – com uma taxa de 135,26 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Depois da capital alagoana estão Belém (PA) – em 10oº lugar no ranking, com uma taxa de 78,08 homicídios para cada 100 mil habitantes; Vitória (ES), em 17oº lugar, com taxa de 67,82; Salvador (BA), em 22oº na lista, com 56,98 e Manaus (AM), em 26oº, com 51,21.
Também são definidas como violentas as cidades de São Luís (MA), em 27oº lugar no estudo, com taxa de 50,85 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, João Pessoa (PB), em 29oº, com 48,64; Cuiabá (MT), em 31oº na lista, com taxa de 48,32; Recife (PE), em 32oº lugar, com taxa de 48,23, Macapá (AP), em 36oº, com 45,08; Fortaleza (CE), em 37oº, com 42,90; Curitiba (PR), em 39oº na lista, com 38,09; Goiânia (GO), 40oº, com 37,17 e Belo Horizonte (MG), em 45oº no ranking das cidades mais violentas, com taxa de 34,40 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Das 50 cidades apontadas como as mais violentas do mundo, além das 14 brasileiras, 12 estão no México e cinco na Colômbia, mostrando a que ponto chegamos na América Latina.
16 de janeiro de 2012
A conclusão é do estudo feito pela organização não governamental (ONG) mexicana Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal. Especialistas da entidade listaram as 50 cidades mais violentas em todo mundo.
O topo da lista é ocupado pela cidade de San Pedro Sula, em Honduras, com uma taxa de 158,87 homicídios para um grupo de 100 mil habitantes. Em segundo lugar, está Juárez, no México, com uma taxa de 147,77.
No Brasil, Maceió, capital alagoana, aparece como a mais violenta ocupando o terceiro lugar no ranking – com uma taxa de 135,26 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Depois da capital alagoana estão Belém (PA) – em 10oº lugar no ranking, com uma taxa de 78,08 homicídios para cada 100 mil habitantes; Vitória (ES), em 17oº lugar, com taxa de 67,82; Salvador (BA), em 22oº na lista, com 56,98 e Manaus (AM), em 26oº, com 51,21.
Também são definidas como violentas as cidades de São Luís (MA), em 27oº lugar no estudo, com taxa de 50,85 mortes violentas para cada 100 mil habitantes, João Pessoa (PB), em 29oº, com 48,64; Cuiabá (MT), em 31oº na lista, com taxa de 48,32; Recife (PE), em 32oº lugar, com taxa de 48,23, Macapá (AP), em 36oº, com 45,08; Fortaleza (CE), em 37oº, com 42,90; Curitiba (PR), em 39oº na lista, com 38,09; Goiânia (GO), 40oº, com 37,17 e Belo Horizonte (MG), em 45oº no ranking das cidades mais violentas, com taxa de 34,40 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Das 50 cidades apontadas como as mais violentas do mundo, além das 14 brasileiras, 12 estão no México e cinco na Colômbia, mostrando a que ponto chegamos na América Latina.
16 de janeiro de 2012
APETRALHARAM A PETROBRAS: ILDO SAUER EXPLICARIA A GEMINI?
O Dr. Ildo Sauer, profundo conhecedor da área de energia, é professor catedrático da USP e foi o titular da Diretoria de Gás e Energia da Petrobras do início do primeiro governo Lula até setembro de 2007. Em suma: uma renomada autoridade na área.
Em extensa entrevista publicada na edição de outubro de 2011 da revista da Associação dos Docentes da USP (Adusp), o Dr. Sauer denunciou, com riqueza de detalhes, a entrega de substancial fatia do Pré-Sal a Eike Batista.
Em referida entrevista, cujo link se encontra ao final, o Dr. Sauer responsabilizou – de maneira clara, direta e impressionante – o então presidente Lula e sua ministra Dilma, “a voz da política energética” do governo, de citado crime de lesa-pátria.
Diante da disposição mostrada pelo Dr. Sauer, seria por demais valiosa a sua manifestação sobre outro crime de lesa-pátria, que, por certo, ele conhece muito bem: a entrega do cartório de produção e comercialização de gás natural liquefeito (GNL) a uma empresa privada, cujo nome eu estou judicialmente impedido de falar.
A entrega a que me refiro foi feita por meio da constituição da Gemini – sociedade da Petrobras com tal empresa privada, arquitetada no período em que Dilma Rousseff acumulava os cargos de Ministra de Minas e Energia e Presidente do Conselho de Administração da Petrobras. A propósito, Dilma é chamada de “Mãe da Gemini”.
Assim como fez no caso do Pré-Sal, seria conveniente que, no caso da Gemini, o Dr. Sauer localizasse as responsabilidades não só do Governo Federal, da Agência Nacional do Petróleo e do Conselho de Administração da Petrobras, como também das pessoas que colaboraram com tal ato lesivo ao interesse do País.
O primeiro ponto a ser analisado é se, de fato, era necessária a constituição de uma sociedade para levar adiante o empreendimento. Teria, a Petrobras, condição de tocar o empreendimento sozinha, mesmo se fosse preciso contratar alguns serviços externos em setores especializados?
O segundo ponto trata da escolha da sócia. Apesar dos diversos alertas, a Petrobras escolheu para sócia uma empresa acusada de graves crimes contra o interesse público; além de diversos processos por superfaturar contra hospitais do governo, a sócia escolhida para a Petrobras estava sendo processada por formação de cartel em um tumultuado processo no qual foi condenada a pagar a astronômica multa de R$ 2,2 bilhões. A empresa que superfaturou contra o Exército Brasileiro, contra a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e contra o Hospital do Câncer superfaturaria, também, contra a Petrobras?
O terceiro ponto trata da divisão acionária da sociedade. A Petrobras, monopolista da matéria-prima, ficou com apenas 40% das quotas, permitindo que sua sócia ficasse com 60% da Gemini, fato que, inclusive, impede qualquer ação do Tribunal de Contas da União sobre a sociedade.
O quarto ponto é o fato de a sociedade ter contratado sua sócia majoritária para a prestação de todos os serviços necessários a levar o GNL ao consumidor final, que se espalha num raio de 1000 km a partir da unidade de liquefação situada em Paulínia-SP. Não pode passar despercebido que essa contratação pode levar a uma inusitada situação: se a prestadora de serviços superfaturar os serviços por ela prestados à sociedade, a uma diminuição de lucratividade da Gemini corresponderá um aumento da lucratividade da sócia majoritária.
Decorrente, também, do fato da Gemini ter como prestadora de serviços a sua sócia majoritária, surge o quinto ponto a ser analisado: o possível passeio do GNL. Considerando que o consumo de GNL em regiões distantes da unidade de liquefação favorece extremamente à sócia majoritária – que passa a faturar mais com o frete – é de se esperar que ela estimule o consumo nessas regiões (Brasília e Goiânia, por exemplo).
O sexto ponto refere-se à brecha facilitadora de superfaturamento da prestadora de serviços à Gemini (sua sócia majoritária) deixada no comprometedor Acordo de Quotistas que se encontra vinculado ao Contrato Social da Gemini. Em diversos artigos, expliquei claramente como poderiam ser feitos tais superfaturamentos contratualmente “legalizados” pelo Acordo de Quotistas. Se preciso, tornarei a explicar.
O sétimo ponto trata de comparação dos seguintes preços: 1- o preço que a Petrobras cobra pelo gás natural que ela fornece à Gemini; 2- o preço que a Petrobras cobra pelo gás natural que ela fornece à concessionária estadual do estado de São Paulo; 3- o preço que a Gemini pagaria, se tivesse que adquirir o gás natural da concessionária estadual, em vez de adquirir diretamente da Petrobras por meio de uma sangria feita no gasoduto Brasil-Bolívia.
Uma palavra final: uma possível manifestação do Dr. Ildo Sauer em mais este assunto de interesse nacional cresce de importância diante das evidências de que a Gemini se transformou numa caixa preta, blindada de maneira inexpugnável por aqueles que teriam o dever de apurar as acusações contra a espúria sociedade. Denúncias por mim protocoladas para Dilma Rousseff, para os conselheiros do Conselho de Administração da Petrobras, especialmente para Jorge Gerdau, representante dos acionistas minoritários em tal Conselho, não merecem respostas. Conforme prometido, segue o link da espetacular entrevista dada pelo Dr. Sauer.
12 de janeiro de 2012
http://www.adusp.org.br/files/revistas/51/r51a01.pdf
João Vinhosa é engenheiro
CRACK TOMA CONTA DO PAÍS E DILMA CORTA 50% DAS VERBAS PARA SEGURANÇA
O Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci) sofreu, no primeiro ano do governo Dilma Rousseff, o maior corte de recursos desde a sua criação, no fim de 2007. Dos R$ 2,094 bilhões autorizados para 2011 só a metade foi paga nos diversos projetos previstos pelo Ministério da Justiça, contrariando o discurso de campanha de ampliar a colaboração com estados e municípios nessa área. A tesourada foi de R$ 1,036 bilhão, impactando as ações Brasil afora.
Nos últimos quatro anos, a execução orçamentária média do programa foi de 63%. Com os cortes do ano passado, o valor deixado no cofre alcança R$ 2,3 bilhões.
Ações alardeadas nos palanques eleitorais em 2010 não mereceram nenhum centavo no ano de estreia de Dilma, a exemplo da construção de postos de polícia comunitária com R$ 350 milhões previstos. Para a modernização de estabelecimentos penais, foram prometidos outros R$ 20 milhões, mas nada foi pago. Os dados são do Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal (Siafi).
Quase 40% do valor desembolsado no ano passado (R$ 1,058 bilhão) foram de restos a pagar, ou seja, compromissos firmados em exercícios anteriores. O ajuste fiscal do governo Dilma também atingiu uma das principais políticas do Pronasci, a Bolsa Formação, que paga auxílio a policiais e outros profissionais de Segurança matriculados em cursos de qualificação.
O governo nunca gastou menos que 86% do autorizado para esse fim. Em 2011, só 49% da verba prometida foram pagos. Mesmo assim, a Bolsa Formação ainda responde por mais da metade do valor aplicado no Pronasci (R$ 572 milhões). Leia mais em O Globo.
coroneLeaks
16 de janeiro de 2012
Nos últimos quatro anos, a execução orçamentária média do programa foi de 63%. Com os cortes do ano passado, o valor deixado no cofre alcança R$ 2,3 bilhões.
Ações alardeadas nos palanques eleitorais em 2010 não mereceram nenhum centavo no ano de estreia de Dilma, a exemplo da construção de postos de polícia comunitária com R$ 350 milhões previstos. Para a modernização de estabelecimentos penais, foram prometidos outros R$ 20 milhões, mas nada foi pago. Os dados são do Sistema Integrado de Administração Financeira do governo federal (Siafi).
Quase 40% do valor desembolsado no ano passado (R$ 1,058 bilhão) foram de restos a pagar, ou seja, compromissos firmados em exercícios anteriores. O ajuste fiscal do governo Dilma também atingiu uma das principais políticas do Pronasci, a Bolsa Formação, que paga auxílio a policiais e outros profissionais de Segurança matriculados em cursos de qualificação.
O governo nunca gastou menos que 86% do autorizado para esse fim. Em 2011, só 49% da verba prometida foram pagos. Mesmo assim, a Bolsa Formação ainda responde por mais da metade do valor aplicado no Pronasci (R$ 572 milhões). Leia mais em O Globo.
coroneLeaks
16 de janeiro de 2012
SERÁ O EIKE BATISTA O ÚLTIMO BILIONÁRIO, PERSONAGEM DE RENÉ CLAIR?
Para não dizer que não falei de flores, escolho hoje um tema bastante leve, porém curioso. Esta frase não é minha. Reproduzo a utilizada pelo grande jornalista Carlos Castelo Branco num dos últimos artigos de sua vida, no jornal do Brasil.
É o título inspirado em comédia famosa do diretor francês René Clair: O Último Milionário, que substituí para bilionário a fim de atualizar o peso econômico entre uma época e outra.
O filme é de 1940, produzido pouco antes da invasão nazista de junho. O personagem central chamava-se Monsieur Bancô. Homem simpático, sobretudo excêntrico, cultivando a singularidade que ostentava. Um belo dia, no centro de Paris, chegou à janela de sua casa, e começou a atirar dinheiro para a multidão que logo se formou. Produziu mais confusão do que solução. Mas este é outro assunto.
Eike Batista, um capitalista extremamente produtivo, mas igualmente voltado à excentricidade, tornou-se personagem de raro destaque na imprensa.
Razões não faltam. Ele mesmo se apresenta como o homem mais rico do Brasil e, na lista da Revista Forbes, está entre os dez maiores do mundo.
Criou uma série de empresas, comprou o Hotel Glória, que se encontra há algum tempo em reforma, tentou um investimento turístico na Marina da Glória, do qual desistiu ao receber um ataque do jornalista Élio Gaspari, no Globo e na Folha de São Paulo.
Partiu para a despoluição bem sucedida da Lagoa Rodrigo de Freitas, enfim um capitalista que pode ser considerado como fordiano.
Passados cem anos, Henry Ford não foi ultrapassado em visão social por empresário algum. Logo, como se constata, estou elogiando Eike Batista. Porém, me chamam atenção três matérias publicadas no Caderno de Economia da FSP, edição de quarta-feira11.
Uma assinada pelo repórter Pedro Soares, duas da Agência Reuters.
A de Pedro Soares refere-se ao aluguel, por Eike, da antiga sede social do Flamengo, Avenida Rui Barbosa. Por 17.6 milhões de reais pelo prazo de 25 anos. Vai transformá-la num hotel e, quando estiver funcionando, em 2016, pagará ao clube 270 mil reais por mês.
Há risco no empreendimento. A reforma do Hotel Glória ainda não acabou. Dois hotéis de grande porte e luxo no mesmo bairro? Mas quanto ao edifício do Flamengo, construído no governo Dutra, quando Hilton Santos presidiu tanto o antigo IAPTEC quanto o clube, a transação só foi viabilizada porque o prefeito Eduardo Paes anistiou, contra o voto da vereadora Teresa Bergher, a dívida de 16 milhões referente ao IPTU em atraso.
Qual o motivo da anistia?Relativamente às duas matérias da Reuters, agência internacional e tradicional de notícias, Eike Batista associou a EBX Energia à alemã EON que adquiriu dez por cento das ações, por 1 bilhão de reais.
Planejam juntas investir 18 bilhões (de reais), nove cada uma, no Sul do país e no Chile. Mas se o investimento previsto para a EBX é de 9 bilhões, porque necessitou o empresário negociar a décima parte do capital?
Talvez – quem sabe – para viabilizar financiamento possivelmente do BNDES. Sim. Porque a segunda reportagem da Reuters revela que a EBX Estaleiros obteve do mesmo BNDES financiamento no montante de 227 milhões de reais a uma taxa anual de juros de 5,4%. O texto não diz qual prazo e qual o período de carência, ou seja o tempo entre a parte financiada e o início do processo mensal de amortização para resgate do crédito.
Mas os juros cobrados são baixos. Inferiores, por exemplo, à taxa inflacionária de quase 7% encontrada pelo IBGE para o exercício de 2011. Dificilmente o índice no final de 2012 será menor do que a anterior. Mas isso é especular sobre o futuro.
No presente, seja como for, excêntrico, herói ou gênio econômico e produtor de milagres financeiros, Eike Batista não será o último bilionário, mas encarna bem o personagem ameno, sedutor e imortal de Rene Clair.Vale a pena ver o filme, se passar alguma noite na televisão.
Pedro do Coutto
16 de janeiro de 2012
É o título inspirado em comédia famosa do diretor francês René Clair: O Último Milionário, que substituí para bilionário a fim de atualizar o peso econômico entre uma época e outra.
O filme é de 1940, produzido pouco antes da invasão nazista de junho. O personagem central chamava-se Monsieur Bancô. Homem simpático, sobretudo excêntrico, cultivando a singularidade que ostentava. Um belo dia, no centro de Paris, chegou à janela de sua casa, e começou a atirar dinheiro para a multidão que logo se formou. Produziu mais confusão do que solução. Mas este é outro assunto.
Eike Batista, um capitalista extremamente produtivo, mas igualmente voltado à excentricidade, tornou-se personagem de raro destaque na imprensa.
Razões não faltam. Ele mesmo se apresenta como o homem mais rico do Brasil e, na lista da Revista Forbes, está entre os dez maiores do mundo.
Criou uma série de empresas, comprou o Hotel Glória, que se encontra há algum tempo em reforma, tentou um investimento turístico na Marina da Glória, do qual desistiu ao receber um ataque do jornalista Élio Gaspari, no Globo e na Folha de São Paulo.
Partiu para a despoluição bem sucedida da Lagoa Rodrigo de Freitas, enfim um capitalista que pode ser considerado como fordiano.
Passados cem anos, Henry Ford não foi ultrapassado em visão social por empresário algum. Logo, como se constata, estou elogiando Eike Batista. Porém, me chamam atenção três matérias publicadas no Caderno de Economia da FSP, edição de quarta-feira11.
Uma assinada pelo repórter Pedro Soares, duas da Agência Reuters.
A de Pedro Soares refere-se ao aluguel, por Eike, da antiga sede social do Flamengo, Avenida Rui Barbosa. Por 17.6 milhões de reais pelo prazo de 25 anos. Vai transformá-la num hotel e, quando estiver funcionando, em 2016, pagará ao clube 270 mil reais por mês.
Há risco no empreendimento. A reforma do Hotel Glória ainda não acabou. Dois hotéis de grande porte e luxo no mesmo bairro? Mas quanto ao edifício do Flamengo, construído no governo Dutra, quando Hilton Santos presidiu tanto o antigo IAPTEC quanto o clube, a transação só foi viabilizada porque o prefeito Eduardo Paes anistiou, contra o voto da vereadora Teresa Bergher, a dívida de 16 milhões referente ao IPTU em atraso.
Qual o motivo da anistia?Relativamente às duas matérias da Reuters, agência internacional e tradicional de notícias, Eike Batista associou a EBX Energia à alemã EON que adquiriu dez por cento das ações, por 1 bilhão de reais.
Planejam juntas investir 18 bilhões (de reais), nove cada uma, no Sul do país e no Chile. Mas se o investimento previsto para a EBX é de 9 bilhões, porque necessitou o empresário negociar a décima parte do capital?
Talvez – quem sabe – para viabilizar financiamento possivelmente do BNDES. Sim. Porque a segunda reportagem da Reuters revela que a EBX Estaleiros obteve do mesmo BNDES financiamento no montante de 227 milhões de reais a uma taxa anual de juros de 5,4%. O texto não diz qual prazo e qual o período de carência, ou seja o tempo entre a parte financiada e o início do processo mensal de amortização para resgate do crédito.
Mas os juros cobrados são baixos. Inferiores, por exemplo, à taxa inflacionária de quase 7% encontrada pelo IBGE para o exercício de 2011. Dificilmente o índice no final de 2012 será menor do que a anterior. Mas isso é especular sobre o futuro.
No presente, seja como for, excêntrico, herói ou gênio econômico e produtor de milagres financeiros, Eike Batista não será o último bilionário, mas encarna bem o personagem ameno, sedutor e imortal de Rene Clair.Vale a pena ver o filme, se passar alguma noite na televisão.
Pedro do Coutto
16 de janeiro de 2012
A PROPÓSITO...
A propósito do aniversário de 10 anos da até hoje inexplicada morte de Celso Daniel, o Exilado, que faz parte da equipe do Implicante, postou o vídeo acima. Sejam comedidos nos comentários.
coroneLeaks
16 de janeiro de 2012
***
Anônimo disse...
Precisamos de Generais de fibra para colocar este Brasil em ordem.
16 de janeiro de 2012
***
Anônimo disse...
e não tem ninguém preso...
essepaiz eh inacreditável!
eh desolador ser brasileiro nessa - e em muitas outras horas...
16 de janeiro de 2012
***
Apolo disse...
Quadrilha de bandidos criminosos.
Nunca acontece nada quando se trata do COVEIRO do PT.
16 de janeiro de 2012
***
Anônimo disse...
Coronel,
Dizer o que?? Os protagonistas já falaram TUDO e estão soltos!!!
JulioK
16 de janeiro de 2012
CRACOLÂNDIA OU HADDADOLÂNDIA?
Ontem este blog publicou uma série de posts (veja abaixo) que demonstram o quanto a gestão de Haddad na Educação foi caótica para o país. É por isso que ele quer pautar o debate pela Cracolândia.
O foco, no entanto, deve ser a Haddadolândia do ENEM, da falência da educação técnica, da importação de 400.000 estrangeiros por falta de mão-de-obra especializada no Brasil. Vamos fazer se os tucanos vão escolher o prato servido pelo PT ou bicar seus aliados no debate de hoje.
O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, deve ser o principal alvo do segundo debate entre os quatro políticos que disputam a chapa do PSDB na eleição municipal. Os tucanos pretendem explorar o embate sobre a ação da Polícia Militar na cracolândia, que opõe o PT ao governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Em reportagem publicada ontem na Folha, o ministro da Educação classificou a ação como "desastrada", por ter, segundo ele, privilegiado a repressão em detrimento da saúde pública.
"Haddad fala abobrinha sobre muitos assuntos. Apesar de ter nascido aqui, é um candidato estrangeiro, não sabe nem direito o que é isso [ação na cracolândia]", disse o pré-candidato José Aníbal. O tucano sinalizou que a declaração de Haddad em novembro - de que não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia - será usada contra ele em toda a campanha. "Precisa ter Ph.D para falar uma asneira dessa", disse.
Os secretários estaduais Bruno Covas (Meio Ambiente) e Andrea Matarazzo (Cultura), que também disputam a chapa tucana, elogiaram a operação comandada por Alckmin em parceria com o prefeito Gilberto Kassab (PSD).
Além deles, participa do encontro o deputado federal Ricardo Trípoli. A realização das prévias que devem decidir o candidato tucano está marcada para março. Uma ala do partido ainda tenta convencer o ex-governador José Serra a concorrer, embora ele afirme não ter interesse na disputa municipal.
O formato do debate, que será realizado hoje à noite em Santo Amaro (zona sul), não permite que os candidatos façam perguntas um ao outro. Matarazzo disse que o encontro deve ser "morno", mas defendeu o veto ao debate direto -posição compartilhada por outros participantes. "Estamos na pré-camapanha, isso ainda não é tão importante. Os candidatos têm é que mostrar experiência e conhecimento da cidade." Covas diz que, apesar do embate público entre petistas e tucanos, o momento é "apenas de discussão interna ao partido". "Para a população, a disputa eleitoral só começa em agosto", afirma. Os tucanos devem também voltar a criticar o fato de Haddad ter sido escolhido no PT sem a realização de prévias.(Da Folha de São Paulo)
O foco, no entanto, deve ser a Haddadolândia do ENEM, da falência da educação técnica, da importação de 400.000 estrangeiros por falta de mão-de-obra especializada no Brasil. Vamos fazer se os tucanos vão escolher o prato servido pelo PT ou bicar seus aliados no debate de hoje.
O pré-candidato do PT à Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, deve ser o principal alvo do segundo debate entre os quatro políticos que disputam a chapa do PSDB na eleição municipal. Os tucanos pretendem explorar o embate sobre a ação da Polícia Militar na cracolândia, que opõe o PT ao governo Geraldo Alckmin (PSDB).
Em reportagem publicada ontem na Folha, o ministro da Educação classificou a ação como "desastrada", por ter, segundo ele, privilegiado a repressão em detrimento da saúde pública.
"Haddad fala abobrinha sobre muitos assuntos. Apesar de ter nascido aqui, é um candidato estrangeiro, não sabe nem direito o que é isso [ação na cracolândia]", disse o pré-candidato José Aníbal. O tucano sinalizou que a declaração de Haddad em novembro - de que não se pode tratar a USP como se fosse a cracolândia - será usada contra ele em toda a campanha. "Precisa ter Ph.D para falar uma asneira dessa", disse.
Os secretários estaduais Bruno Covas (Meio Ambiente) e Andrea Matarazzo (Cultura), que também disputam a chapa tucana, elogiaram a operação comandada por Alckmin em parceria com o prefeito Gilberto Kassab (PSD).
Além deles, participa do encontro o deputado federal Ricardo Trípoli. A realização das prévias que devem decidir o candidato tucano está marcada para março. Uma ala do partido ainda tenta convencer o ex-governador José Serra a concorrer, embora ele afirme não ter interesse na disputa municipal.
O formato do debate, que será realizado hoje à noite em Santo Amaro (zona sul), não permite que os candidatos façam perguntas um ao outro. Matarazzo disse que o encontro deve ser "morno", mas defendeu o veto ao debate direto -posição compartilhada por outros participantes. "Estamos na pré-camapanha, isso ainda não é tão importante. Os candidatos têm é que mostrar experiência e conhecimento da cidade." Covas diz que, apesar do embate público entre petistas e tucanos, o momento é "apenas de discussão interna ao partido". "Para a população, a disputa eleitoral só começa em agosto", afirma. Os tucanos devem também voltar a criticar o fato de Haddad ter sido escolhido no PT sem a realização de prévias.(Da Folha de São Paulo)
PANTOMIMA OU TRAGÉDIA? (PARTE 3 - FINAL)
Por volta do meio-dia daquele 25 de agosto, sexta-feira, pouco mais de cinquenta anos atrás, no palácio do Planalto começavam a transpirar rumores sobre a renúncia do presidente Jânio Quadros. Os reporteres Ari Ribeiro, do Estado de S. Paulo, e Edisio Gomes de Mattos, do Jornal do Brasil, sentiram que alguma coisa acontecia, depois de pequenos contatos com o secretário-particular, José Aparecido de Oliveira, e o secretário de imprensa, Carlos Castello Branco.
Avisaram suas matrizes e a Rádio JB, no Rio, foi a primeira a divulgar a existência de crise.O presidente já se retirara da sede do governo, despedindo-se das secretárias e funcionários de seu gabinete com um significativo “desculpem-me, desculpem-me”. Passou pelo Alvorada para pegar Dona Eloá e algumas malas que ela conseguira preparar, depois de avisada pelo telefone, e seguiu para a área militar do aeroporto da capital.
José Aparecido ia junto, mas os jornalistas, ainda não. Antes de embarcar, havia ordenado ao major Amarante, ajudante-de-ordens, que voltasse rapido ao Planalto para trazer a faixa presidencial, que havia esquecido. Assim foi feito, sem que ninguém imaginasse porque um presidente renunciante queria levar consigo o signo maior do poder.
Ao subir as escadinhas do avião, Jânio virou-se histrionicamente para o horizonte e falou alto, para os poucos que lá estavam pudessem ouvir e registrar: “Adeus, cidade maldita! Jamais porei os pés aqui!”.
No começo da tarde, com o presidente voando para São Paulo, o marechal Odilio Denis, o almirante Silvio Heck e o brigadeiro Grun Moss estavam reunidos no ministério do Exército, na Esplanada dos Ministérios. Depois do choque, partilhavam de razoável indignação: como aquele homem pudera fazer uma coisa dessas? Onde estava o seu sentido de responsabilidade? Não imaginava a convulsão que causaria no país? Era doido mesmo e melhor para todos que fosse embora! Daquela demorada análise da situação foram surgindo algumas decisões imediatas, como colocar as forças armadas de prontidão em todo o país, e outras embrionárias, como a de que o vice-presidente João Goulart não poderia assumir, “pois era comunista”.
Almoçavam o deputado Pedro Aleixo, líder do governo na Câmara, alguns amigos e o presidente da Light, quando toca o telefone. Da sala da UDN, Aliomar Baleeiro avisa Aleixo, que perplexo retransmite a informação aos demais. O presidente da Light se abre: “Antes de vir para cá eu já estava sabendo”.
Em sua sala, na presidência da Câmara dos Deputados, Raniéri Mazzilli inteira-se dos boatos quando, do ministério do Exército, o marechal Denis pede-lhe respeitosamente que vá ao seu gabinete. Ao lado estava o deputado José Maria Alckmin, informado da renúncia, e eles combinam que Mazzilli irá no carro oficial, mas, logo atrás, em outra viatura, sem ser percebido, Alckmin, para ficar na espreita. Caso o presidente da Câmara não voltasse, ou demorasse muito, a sagaz raposa mineira entenderia ter sido ele detido e tomaria as providências cabíveis. Quais, ninguém soube, até porque não existiam. Iria o Congresso prender os três ministros militares?
A conversa durou pouco. Denis, Heck e Moss participaram a Mazzilli que ele deveria assumir de imediato a presidência da República, dada a viagem de João Goulart ao exterior. Era o substituto constitucional. Sem abrir o jogo, os ministros ponderaram as dificuldades para Jango ser empossado. O presidente da Câmara entendeu tudo, mas fez que não.
No estacionamento do ministério, José Maria Alckmin junta-se a ele e vão conjecturando sobre o que fazer. Como presidente do Senado e do Congresso, Auro de Moura Andrade toma as primeiras providências. Tinha-se tornado de aliado a adversário e, naquele período, a desafeto de Jânio Quadros. Eram ainda tempos em que dirigentes parlamentares tinham autoridade e mandavam.
Auro telefona para o administrador do aeroporto de Brasília e determina-lhe anunciar, pelos alto-falantes, que todos os deputados e senadores prestes a viajar a seus estados retornassem ao Congresso. Ao mesmo tempo, proíbe o embarque de congressistas até com a suspensão dos vôos, se necessário.
Sextas-feiras são sextas-feiras, na capital, o aeroporto estava cheio de representantes do povo. Todos voltaram. Por volta de três horas da tarde o presidente do Senado é informado de que o ministro da Justiça irá visitá-lo em poucos minutos. De modo formal, Pedroso Horta entrega a Auro uma folha de papel com a frase mais simples e mais explosiva de quantas ele havia conhecido: “Neste dia e nesta hora, por este instrumento, renuncio à presidência da República. As) Jânio Quadros.”
Por que Horta seguia instruções precisas de Jânio, para só no meio da tarde fazer a comunicação? Porque àquela hora, imaginara o presidente, não haveria quorum no Congresso e a questão ficaria para segunda-feira, quando então o país estaria convulsionado e, pensava ele, com o povo nas ruas exigindo o seu retorno. Claro que como ditador ou sucedâneo.
Acontece que o sagaz político tinha sido péssimo advogado, sem que seus auxiliares suprissem a deficiência. A renúncia não tinha que ser apreciada, muito menos votada. Tratava-se de ato unilateral que produzia efeito imediatamente comunicado. Deputados e senadores nada teriam a fazer senão ouvir e preparar-se para os próximos lances constitucionais.
Auro de Moura Andrade ainda tentou obter informações ou análises de Pedro Horta, mas ele foi formalíssimo, dizendo haver cumprido sua missão de entregar o documento e retirar-se. O presidente do Senado comunica-se com o presidente da Câmara enquanto os corredores, gabinetes e plenários do Congresso encontram-se fervendo. Os consticionalistas do PSD, com Gustavo Capanema e Oliveira Brito à frente, são peremptórios: Jânio não é mais presidente, pelo menos logo depois da leitura da renúncia.
A sessão especial do Congresso, convocada e realizada de forma meteórica, limita-se à leitura do pequeno texto, por Auro de Moura Andrade, que em seguida convida os presentes a comparecerem ao palácio do Planalto para prestigiarem a posse de Raniéri Mazzilli na presidência da República. Poucos parlamentares protestaram, a perplexidade era geral.
Os governistas, como Pedro Aleixo, sentiam-se desprestigiados, pois deveriam ter sido informados com antecedência pelo presidente, para prepararem a defesa e a preservação do poder. Agora, tudo ficaria em mãos do PSD, partido derrotado nas urnas por Jânio mas elevado ao poder por um golpe do destino. Na base aérea de Cumbica, onde aterrissara o avião presidencial, Jânio é informado pelo rádio do piloto do que acontecia em Brasília. Nega-se a deixar a aeronave, cujo calor do estacionamento torna-se insuportável. Está avançado em doses de uísque, não quer falar com ninguém e fica sem ação ao saber que o Congresso está reunido para consagrar sua fuga do poder.
Como poderia ter acontecido aquele desastre? O que falhara? Quem o traira, se todos ignoravam a trama de um homem solitário? Do outro do mundo, em Cingapura, depois de um tour noturno pela cidade, João Goulart recolhera-se à sua suite. São quatro da madrugada lá, mas aqui, quatro da tarde do dia anterior. O senador Barros Carvalho, integrante da comitiva, é acordado por telefonema de um repórter da Associated Press, de Paris. A telefonista do hotel não quis passar a ligação para a cabeceira do vice-presidente. Assim, escolhera alguém da comitiva.
O senador acorda o deputado Franco Montoro, do PDC, e ambos tomam coragem para despertar João Goulart. De imediato reúnem-se todos na suite de Jango, assustados. Barros Carvalho liga para o serviço de bar. Pede que subam taças e garrafas de champagne. A euforia sucede o susto e alguém faz o primeiro brinde, ao novo presidente do Brasil.
Jango, velho vendedor de bois, apesar de seus 43 anos, prefere brindar ao imponderável. Inicia-se outro capítulo de uma das mais trágicas novelas de nossa História, mas seu relato fica para outro dia. (final)
Carlos Chagas
16 de janeiro de 2012
Avisaram suas matrizes e a Rádio JB, no Rio, foi a primeira a divulgar a existência de crise.O presidente já se retirara da sede do governo, despedindo-se das secretárias e funcionários de seu gabinete com um significativo “desculpem-me, desculpem-me”. Passou pelo Alvorada para pegar Dona Eloá e algumas malas que ela conseguira preparar, depois de avisada pelo telefone, e seguiu para a área militar do aeroporto da capital.
José Aparecido ia junto, mas os jornalistas, ainda não. Antes de embarcar, havia ordenado ao major Amarante, ajudante-de-ordens, que voltasse rapido ao Planalto para trazer a faixa presidencial, que havia esquecido. Assim foi feito, sem que ninguém imaginasse porque um presidente renunciante queria levar consigo o signo maior do poder.
Ao subir as escadinhas do avião, Jânio virou-se histrionicamente para o horizonte e falou alto, para os poucos que lá estavam pudessem ouvir e registrar: “Adeus, cidade maldita! Jamais porei os pés aqui!”.
No começo da tarde, com o presidente voando para São Paulo, o marechal Odilio Denis, o almirante Silvio Heck e o brigadeiro Grun Moss estavam reunidos no ministério do Exército, na Esplanada dos Ministérios. Depois do choque, partilhavam de razoável indignação: como aquele homem pudera fazer uma coisa dessas? Onde estava o seu sentido de responsabilidade? Não imaginava a convulsão que causaria no país? Era doido mesmo e melhor para todos que fosse embora! Daquela demorada análise da situação foram surgindo algumas decisões imediatas, como colocar as forças armadas de prontidão em todo o país, e outras embrionárias, como a de que o vice-presidente João Goulart não poderia assumir, “pois era comunista”.
Almoçavam o deputado Pedro Aleixo, líder do governo na Câmara, alguns amigos e o presidente da Light, quando toca o telefone. Da sala da UDN, Aliomar Baleeiro avisa Aleixo, que perplexo retransmite a informação aos demais. O presidente da Light se abre: “Antes de vir para cá eu já estava sabendo”.
Em sua sala, na presidência da Câmara dos Deputados, Raniéri Mazzilli inteira-se dos boatos quando, do ministério do Exército, o marechal Denis pede-lhe respeitosamente que vá ao seu gabinete. Ao lado estava o deputado José Maria Alckmin, informado da renúncia, e eles combinam que Mazzilli irá no carro oficial, mas, logo atrás, em outra viatura, sem ser percebido, Alckmin, para ficar na espreita. Caso o presidente da Câmara não voltasse, ou demorasse muito, a sagaz raposa mineira entenderia ter sido ele detido e tomaria as providências cabíveis. Quais, ninguém soube, até porque não existiam. Iria o Congresso prender os três ministros militares?
A conversa durou pouco. Denis, Heck e Moss participaram a Mazzilli que ele deveria assumir de imediato a presidência da República, dada a viagem de João Goulart ao exterior. Era o substituto constitucional. Sem abrir o jogo, os ministros ponderaram as dificuldades para Jango ser empossado. O presidente da Câmara entendeu tudo, mas fez que não.
No estacionamento do ministério, José Maria Alckmin junta-se a ele e vão conjecturando sobre o que fazer. Como presidente do Senado e do Congresso, Auro de Moura Andrade toma as primeiras providências. Tinha-se tornado de aliado a adversário e, naquele período, a desafeto de Jânio Quadros. Eram ainda tempos em que dirigentes parlamentares tinham autoridade e mandavam.
Auro telefona para o administrador do aeroporto de Brasília e determina-lhe anunciar, pelos alto-falantes, que todos os deputados e senadores prestes a viajar a seus estados retornassem ao Congresso. Ao mesmo tempo, proíbe o embarque de congressistas até com a suspensão dos vôos, se necessário.
Sextas-feiras são sextas-feiras, na capital, o aeroporto estava cheio de representantes do povo. Todos voltaram. Por volta de três horas da tarde o presidente do Senado é informado de que o ministro da Justiça irá visitá-lo em poucos minutos. De modo formal, Pedroso Horta entrega a Auro uma folha de papel com a frase mais simples e mais explosiva de quantas ele havia conhecido: “Neste dia e nesta hora, por este instrumento, renuncio à presidência da República. As) Jânio Quadros.”
Por que Horta seguia instruções precisas de Jânio, para só no meio da tarde fazer a comunicação? Porque àquela hora, imaginara o presidente, não haveria quorum no Congresso e a questão ficaria para segunda-feira, quando então o país estaria convulsionado e, pensava ele, com o povo nas ruas exigindo o seu retorno. Claro que como ditador ou sucedâneo.
Acontece que o sagaz político tinha sido péssimo advogado, sem que seus auxiliares suprissem a deficiência. A renúncia não tinha que ser apreciada, muito menos votada. Tratava-se de ato unilateral que produzia efeito imediatamente comunicado. Deputados e senadores nada teriam a fazer senão ouvir e preparar-se para os próximos lances constitucionais.
Auro de Moura Andrade ainda tentou obter informações ou análises de Pedro Horta, mas ele foi formalíssimo, dizendo haver cumprido sua missão de entregar o documento e retirar-se. O presidente do Senado comunica-se com o presidente da Câmara enquanto os corredores, gabinetes e plenários do Congresso encontram-se fervendo. Os consticionalistas do PSD, com Gustavo Capanema e Oliveira Brito à frente, são peremptórios: Jânio não é mais presidente, pelo menos logo depois da leitura da renúncia.
A sessão especial do Congresso, convocada e realizada de forma meteórica, limita-se à leitura do pequeno texto, por Auro de Moura Andrade, que em seguida convida os presentes a comparecerem ao palácio do Planalto para prestigiarem a posse de Raniéri Mazzilli na presidência da República. Poucos parlamentares protestaram, a perplexidade era geral.
Os governistas, como Pedro Aleixo, sentiam-se desprestigiados, pois deveriam ter sido informados com antecedência pelo presidente, para prepararem a defesa e a preservação do poder. Agora, tudo ficaria em mãos do PSD, partido derrotado nas urnas por Jânio mas elevado ao poder por um golpe do destino. Na base aérea de Cumbica, onde aterrissara o avião presidencial, Jânio é informado pelo rádio do piloto do que acontecia em Brasília. Nega-se a deixar a aeronave, cujo calor do estacionamento torna-se insuportável. Está avançado em doses de uísque, não quer falar com ninguém e fica sem ação ao saber que o Congresso está reunido para consagrar sua fuga do poder.
Como poderia ter acontecido aquele desastre? O que falhara? Quem o traira, se todos ignoravam a trama de um homem solitário? Do outro do mundo, em Cingapura, depois de um tour noturno pela cidade, João Goulart recolhera-se à sua suite. São quatro da madrugada lá, mas aqui, quatro da tarde do dia anterior. O senador Barros Carvalho, integrante da comitiva, é acordado por telefonema de um repórter da Associated Press, de Paris. A telefonista do hotel não quis passar a ligação para a cabeceira do vice-presidente. Assim, escolhera alguém da comitiva.
O senador acorda o deputado Franco Montoro, do PDC, e ambos tomam coragem para despertar João Goulart. De imediato reúnem-se todos na suite de Jango, assustados. Barros Carvalho liga para o serviço de bar. Pede que subam taças e garrafas de champagne. A euforia sucede o susto e alguém faz o primeiro brinde, ao novo presidente do Brasil.
Jango, velho vendedor de bois, apesar de seus 43 anos, prefere brindar ao imponderável. Inicia-se outro capítulo de uma das mais trágicas novelas de nossa História, mas seu relato fica para outro dia. (final)
Carlos Chagas
16 de janeiro de 2012
EQUIPE ECONÔMICA É EXCELENTE EM AUMENTAR SALÁRIOS, QUER DIZER, EM AUMENTAR OS PRÓPRIOS SALÁRIOS...
16 de janeiro de 2012
Por sugestão do comentarista Christian Cardoso, estamos divulgando informações das repórteres Ana D’Angelo e Cristiane Bonfanti, do Correio Braziliense, dando conta das remunerações e benesses recebidas pelas cabeças coroadas da equipe econômica, que viraram o ano liderando o bloco de uma turma seleta do funcionalismo que embolsa supersalários acima do limite constitucional de R$ 26,7 mil pagos a ministros do Supremo Tribunal Federal.
Donas das chaves dos cofres públicos, essas autoridades da equipe econômica estão recebendo entre R$ 32 mil e R$ 41,1 mil por mês, estão engordando os altos salários com participações em conselhos administrativos e fiscais de empresas estatais e até privadas.
Os extras para comparecer, em geral, a cada dois meses às reuniões dessas companhias, vão de R$ 2,1 mil a R$ 23 mil por mês.
Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, participam dos conselhos da Petrobras e da BR Distribuidora, que rendem, cada um, R$ 7 mil mensais, em média.
Com tudo somado, o chefe da equipe econômica e sua colega vêm embolsando, atualmente, R$ 40,9 mil brutos todo mês.
O secretário executivo de Mantega, Nelson Barbosa, não tem o salário de R$ 26,7 mil pago a ministros de Estado. Ele recebe em torno de R$ 14 mil, correspondentes ao vencimento de professor cedido da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mais a gratificação pelo cargo, de R$ 6,8 mil. Mas Barbosa também abocanhou um assento nos dois dos melhores conselhos existentes: o da mineradora privada Vale e o do Banco do Brasil, que lhe pagam mais R$ 27,1 mil mensais, elevando seus ganhos para R$ 41,1 mil.
Na mineradora, o número dois do Ministério da Fazenda entrou em nome do governo de uma forma enviesada, como representante dos fundos de pensão de estatais — sócios de fato da companhia. Mas é o conselho que melhor remunera. Barbosa recebe R$ 23 mil por mês da empresa. Depois do cargo da Vale, o destaque é para o da Hidrelétrica Itaipu, que paga, em média, R$ 19 mil mensais. O ministro felizardo é o da Defesa, Celso Amorim, com renda total de R$ 45,7 mil.
Nem a Fazenda nem o Planejamento comentaram o fato de os jetons não integrarem as remunerações sujeitas ao limite constitucional e não sofrerem o chamado abate-teto, como ocorre com os rendimentos de diversos outros servidores do Executivo e de parte do Judiciário. Já o Planejamento informou apenas que o recebimento de verbas por participação nesses conselhos está previsto na Lei nº 8.112, de 1990, e que foi considerado constitucional pelo STF.
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, foi agraciado com dois jetons de empresas privadas para engordar ainda mais seus rendimentos. Ele integra o conselho administrativo da Brasilprev Seguros e Previdência e o da Brasilcap. A primeira é controlada pelo grupo norte-americano Principal Financial Group, com 50,1% do capital. A segunda tem como sócias majoritárias as companhias Icatu Hartford, Sul América e Aliança do Brasil. O Banco do Brasil detém 49,9% do capital das duas, por isso, tem direito a indicar metade dos membros dos respectivos conselhos.
Com os dois extras, os rendimentos de Adams estão na casa dos R$ 38,7 mil brutos. Na AGU, ele, que é procurador da Fazenda Nacional de carreira, é responsável por todas as ações judiciais da União contra empresas privadas, principalmente aquelas que cobram impostos de devedores. Ao contrário das estatais e das demais autoridades, o advogado-geral da União e as duas companhias se recusaram a informar o valor mensal pago para que o titular da AGU dê palpites na administração dos dois grupos privados. Pelas informações obtidas pelo Correio, porém, essa quantia é de pelo menos R$ 6 mil, em média, por conselho.
As repórteres do Correio só esqueceram um detalhe, muito importante. Esses obesos salários são engordados ainda mais pelos cartões corporativos, que não tenham a menor transparência e embutem todo tipo de gastos secretos. Como diz o Helio Fernandes, que maravilha viver!
16 de janeiro de 2012
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Como diria o Boris Casoy: "ISSO É UM ABSURDO!"
Quando o poder é exercido em benefício próprio, em detrimento da sociedade que arca com o pagamento de impostos absurdos, para benefício de uma elite governante que age com descaso ante as necessidades de uma sociedade escandalosamente desigual, uma nação inteira se cobre de vergonha - haja vista o caso dos aposentados, por exemplo, permanentemente penalizados com invencionices de uma economia perversa, o tal "fator previdenciário" - onde a educação, a saúde, a segurança e de tantas outras políticas públicas, são verdadeiros 'artigos' de luxo...
Pagamos um dos mais altos impostos do mundo, e não recebemos qualquer retorno. Sustentamos trinta e tantos ministérios públicos (39), verdadeiros cabides de emprego para a "turminha" e os agregados do poder; uma máquina judiciária, que as denúncias do CNJ estão a demonstrar para que serve, e a quem serve; mordomias incríveis, fantásticas, extraordinárias, de parlamentares ineptos - que apenas sonham com a permanência na "casa do povo" - com as quais sequer pode sonhar um vil mortal, ou um "brasileiro comum", que paga a conta...
Tudo o que, afinal de contas, todos sabemos e a mídia expressa em manchetes, denunciando o grande ralo por onde escorre, para o bolsão da corrupção, os altíssimos impostos que pagamos.
Assim, diante de tal notícia, o que podemos fazer é pensar como agir conscientemente nas próximas eleições, buscando, tanto quanto possível, informações sobre os políticos em quem vamos votar, prevenindo o desperdício dos recursos públicos, enxotando ineptos e corruptos, reduzindo as desigualdades através de políticas públicas justas.
Somente saneando esse congresso, poderemos obter resultados que venham a ser capazes de modificar o vergonhoso 84º lugar no IDH de 2011. Em 2010 estávamos em 73º lugar, entre 169 países.
E depois arrotam que somos a 6a. economia do mundo... Grande economia!!! Para que serve tão pomposo título, senão para gerar mais desigualdades?
***
"Vejamos que, conforme exposto por Silvio Caccia Bava no editorial da Le Monde Diplomatique número 53, apesar do Brasil ser a 6a economia do mundo, no que diz respeito à desigualdade, estamos ocupando a 84a posição, em um conjunto de 187 países. O que isso significa, numa perspectiva simplista de números, é que apesar de termos um bolo gigante, boa parcela dele tem poucos donos. Para ser mais específico, os 10% mais ricos detêm 75% da renda e da riqueza. É esse o presente que uma Presidenta advinda de um partido de esquerda histórico, como o PT, deseja para seu fim de ano?
Claramente, não há nenhum risco de nos iludirmos com o projeto político que vem sendo defendido pelo Partido dos Trabalhadores quanto à uma mudança radical e estrutural, mas é de se esperar que o contentamento não se dê por conta do crescimento que continua, ao que tudo indica, excluindo grande parcela da sociedade brasileira de seus benefícios.
Caccia Bava relata, para corroborar o acima exposto, que os dados do censo feito pelo IBGE e divulgado em Novembro mostra que “25% da população têm uma renda mensal de até R$188. 50% da população têm uma renda mensal que não ultrapassa R$375. Traduzindo numa renda diária, os primeiros têm R$6,27, e os segundos, R$ 12,50. E estamos falando de metade da população brasileira.”
m.americo
Por sugestão do comentarista Christian Cardoso, estamos divulgando informações das repórteres Ana D’Angelo e Cristiane Bonfanti, do Correio Braziliense, dando conta das remunerações e benesses recebidas pelas cabeças coroadas da equipe econômica, que viraram o ano liderando o bloco de uma turma seleta do funcionalismo que embolsa supersalários acima do limite constitucional de R$ 26,7 mil pagos a ministros do Supremo Tribunal Federal.
Donas das chaves dos cofres públicos, essas autoridades da equipe econômica estão recebendo entre R$ 32 mil e R$ 41,1 mil por mês, estão engordando os altos salários com participações em conselhos administrativos e fiscais de empresas estatais e até privadas.
Os extras para comparecer, em geral, a cada dois meses às reuniões dessas companhias, vão de R$ 2,1 mil a R$ 23 mil por mês.
Os ministros da Fazenda, Guido Mantega, e do Planejamento, Miriam Belchior, participam dos conselhos da Petrobras e da BR Distribuidora, que rendem, cada um, R$ 7 mil mensais, em média.
Com tudo somado, o chefe da equipe econômica e sua colega vêm embolsando, atualmente, R$ 40,9 mil brutos todo mês.
O secretário executivo de Mantega, Nelson Barbosa, não tem o salário de R$ 26,7 mil pago a ministros de Estado. Ele recebe em torno de R$ 14 mil, correspondentes ao vencimento de professor cedido da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), mais a gratificação pelo cargo, de R$ 6,8 mil. Mas Barbosa também abocanhou um assento nos dois dos melhores conselhos existentes: o da mineradora privada Vale e o do Banco do Brasil, que lhe pagam mais R$ 27,1 mil mensais, elevando seus ganhos para R$ 41,1 mil.
Na mineradora, o número dois do Ministério da Fazenda entrou em nome do governo de uma forma enviesada, como representante dos fundos de pensão de estatais — sócios de fato da companhia. Mas é o conselho que melhor remunera. Barbosa recebe R$ 23 mil por mês da empresa. Depois do cargo da Vale, o destaque é para o da Hidrelétrica Itaipu, que paga, em média, R$ 19 mil mensais. O ministro felizardo é o da Defesa, Celso Amorim, com renda total de R$ 45,7 mil.
Nem a Fazenda nem o Planejamento comentaram o fato de os jetons não integrarem as remunerações sujeitas ao limite constitucional e não sofrerem o chamado abate-teto, como ocorre com os rendimentos de diversos outros servidores do Executivo e de parte do Judiciário. Já o Planejamento informou apenas que o recebimento de verbas por participação nesses conselhos está previsto na Lei nº 8.112, de 1990, e que foi considerado constitucional pelo STF.
O ministro-chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Luís Inácio Adams, foi agraciado com dois jetons de empresas privadas para engordar ainda mais seus rendimentos. Ele integra o conselho administrativo da Brasilprev Seguros e Previdência e o da Brasilcap. A primeira é controlada pelo grupo norte-americano Principal Financial Group, com 50,1% do capital. A segunda tem como sócias majoritárias as companhias Icatu Hartford, Sul América e Aliança do Brasil. O Banco do Brasil detém 49,9% do capital das duas, por isso, tem direito a indicar metade dos membros dos respectivos conselhos.
Com os dois extras, os rendimentos de Adams estão na casa dos R$ 38,7 mil brutos. Na AGU, ele, que é procurador da Fazenda Nacional de carreira, é responsável por todas as ações judiciais da União contra empresas privadas, principalmente aquelas que cobram impostos de devedores. Ao contrário das estatais e das demais autoridades, o advogado-geral da União e as duas companhias se recusaram a informar o valor mensal pago para que o titular da AGU dê palpites na administração dos dois grupos privados. Pelas informações obtidas pelo Correio, porém, essa quantia é de pelo menos R$ 6 mil, em média, por conselho.
As repórteres do Correio só esqueceram um detalhe, muito importante. Esses obesos salários são engordados ainda mais pelos cartões corporativos, que não tenham a menor transparência e embutem todo tipo de gastos secretos. Como diz o Helio Fernandes, que maravilha viver!
16 de janeiro de 2012
NOTA AO PÉ DO TEXTO
Como diria o Boris Casoy: "ISSO É UM ABSURDO!"
Quando o poder é exercido em benefício próprio, em detrimento da sociedade que arca com o pagamento de impostos absurdos, para benefício de uma elite governante que age com descaso ante as necessidades de uma sociedade escandalosamente desigual, uma nação inteira se cobre de vergonha - haja vista o caso dos aposentados, por exemplo, permanentemente penalizados com invencionices de uma economia perversa, o tal "fator previdenciário" - onde a educação, a saúde, a segurança e de tantas outras políticas públicas, são verdadeiros 'artigos' de luxo...
Pagamos um dos mais altos impostos do mundo, e não recebemos qualquer retorno. Sustentamos trinta e tantos ministérios públicos (39), verdadeiros cabides de emprego para a "turminha" e os agregados do poder; uma máquina judiciária, que as denúncias do CNJ estão a demonstrar para que serve, e a quem serve; mordomias incríveis, fantásticas, extraordinárias, de parlamentares ineptos - que apenas sonham com a permanência na "casa do povo" - com as quais sequer pode sonhar um vil mortal, ou um "brasileiro comum", que paga a conta...
Tudo o que, afinal de contas, todos sabemos e a mídia expressa em manchetes, denunciando o grande ralo por onde escorre, para o bolsão da corrupção, os altíssimos impostos que pagamos.
Assim, diante de tal notícia, o que podemos fazer é pensar como agir conscientemente nas próximas eleições, buscando, tanto quanto possível, informações sobre os políticos em quem vamos votar, prevenindo o desperdício dos recursos públicos, enxotando ineptos e corruptos, reduzindo as desigualdades através de políticas públicas justas.
Somente saneando esse congresso, poderemos obter resultados que venham a ser capazes de modificar o vergonhoso 84º lugar no IDH de 2011. Em 2010 estávamos em 73º lugar, entre 169 países.
E depois arrotam que somos a 6a. economia do mundo... Grande economia!!! Para que serve tão pomposo título, senão para gerar mais desigualdades?
***
"Vejamos que, conforme exposto por Silvio Caccia Bava no editorial da Le Monde Diplomatique número 53, apesar do Brasil ser a 6a economia do mundo, no que diz respeito à desigualdade, estamos ocupando a 84a posição, em um conjunto de 187 países. O que isso significa, numa perspectiva simplista de números, é que apesar de termos um bolo gigante, boa parcela dele tem poucos donos. Para ser mais específico, os 10% mais ricos detêm 75% da renda e da riqueza. É esse o presente que uma Presidenta advinda de um partido de esquerda histórico, como o PT, deseja para seu fim de ano?
Claramente, não há nenhum risco de nos iludirmos com o projeto político que vem sendo defendido pelo Partido dos Trabalhadores quanto à uma mudança radical e estrutural, mas é de se esperar que o contentamento não se dê por conta do crescimento que continua, ao que tudo indica, excluindo grande parcela da sociedade brasileira de seus benefícios.
Caccia Bava relata, para corroborar o acima exposto, que os dados do censo feito pelo IBGE e divulgado em Novembro mostra que “25% da população têm uma renda mensal de até R$188. 50% da população têm uma renda mensal que não ultrapassa R$375. Traduzindo numa renda diária, os primeiros têm R$6,27, e os segundos, R$ 12,50. E estamos falando de metade da população brasileira.”
m.americo
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