Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania.
Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos.
Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...) A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade." Alexis de Tocqueville (1805-1859)
Prisioneiros em Cuba estavam em greve de fome há 43 dias em protesto contra o
confisco de bens pessoais como fotografias, cartas e exemplares do Corão… e a
blogueira Yoani Sanchez não deu uma palavra sobre o assunto. Por quê? Yoani se omite…
A ONG Centro de Direitos Constitucionais, baseada em Nova York, afirmou que a
greve de fome já alcançava 130 dos 166 detentos em Cuba… e a blogueira Yoani
Sanchez não deu uma palavra sobre o assunto. Por quê?
O antropólogo Mark Mason, especialista em fatores culturais causadores de
sofrimento humano, em entrevista à rede russa RT, declarou: “Mais da metade
deles está livre de acusações. Eles deveriam estar na rua, saírem da prisão hoje
mesmo”. No entanto, estão presos em Cuba, em greve de fome… e a blogueira Yoani
Sanchez não dá uma palavra sobre o assunto. Por quê?
O mesmo antropólogo prosseguiu: “Eu não consigo descrever as condições
horríveis, o tratamento e a humilhação que muitos desses detentos reportaram.
Eles são obrigados a ficar em pé, sem roupas, em salas geladas por horas. Só
isso já constitui estresse físico, é uma tortura psicológica indescritível”. E
agora há a greve de fome… e a blogueira Yoani Sanchez não dá uma palavra sobre o
assunto. Por quê?
Um dos prisioneiros relatou: “Eles realmente tentam de tudo para nos quebrar,
incluindo tortura física e psicológica. Eu mesmo fui torturado com eletrochoques
e waterboarding [simulação de afogamento]. Presenciei ainda crianças entre nove
e 12 anos dentro dos campos. É muito difícil observar essas crianças sendo
espancadas em minha frente”. Por isso muitos dos 133 detentos em Cuba estavam em
greve de fome desde o dia 6 de fevereiro… e a blogueira Yoani Sanchez não dá uma
palavra sobre o assunto. Por quê?
Sabe por quê? Porque tudo isso acontecia na ilha de Cuba, mas não sob
administração cubana. Tudo isso se passava na prisão de Guantânamo, na Base
Naval dos Estados Unidos na Baía de Guantânamo, sob responsabilidade dos Estados
Unidos da América.
Por isso Yoani Sanchez não fala nada. Também as Damas de Blanco estão
silentes. Yoani Sanchez não fala nada, e mais uma vez deixa cair a máscara e
mostra a serviço de quem se encontra.
“Na verdade, não teve ditadura militar no Brasil. Não tem nada de muito
assustador com o que aconteceu no país”. Gisele Baginski, 22, presidente da nova
Arena, em entrevista a “O Tempo” publicada em 7 de abril.
“Em uma das imagens, uma estudante, pintada de negro e algemada, segurava uma
placa que dizia: Caloura Chica da Silva. Em outra, um aluno pintado de
vermelho com um bigode igual ao do ditador nazista Adolf Hitler estava amarrado
a uma pilastra”. (“O Tempo”, de 19 de março, sobre o trote a calouros da
UFMG)
“Na foto, Donato di Mauro, 25, aparece enforcando um morador de rua com uma
corrente na praça da Savassi. (…) O agressor, assumidamente skinhead, já foi
denunciado diversas vezes por atitudes preconceituosas”. (“O Tempo”, de 5 de
abril)
“Os neonazistas preocupam a Polícia Civil e mostram uma organização rígida no
planejamento e na execução de ações violentas. A corporação gaúcha já
identificou e fichou 500 integrantes desses grupos”. (“O Globo”, de 6 de
abril)
“O presidente da Comissão Nacional de Direitos Humanos da OAB, Wadih Damous,
afirmou haver fortíssimos indícios de que assassinatos de moradores de rua em
Goiânia tenham sido praticados por grupos de extermínio. (…) Desde agosto, foram
registradas 26 mortes”. (“Agência Estado”, 7 de abril)
“A podridão dos sentimentos dos homoafetivos levam ao ódio, ao crime, à
rejeição”. (Postagem no Twitter do deputado Marco Feliciano, do PSC-SP, pastor e
presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Federal)
“É inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o
livre exercício dos cultos religiosos”. (Constituição Federal, Inciso VI do
Artigo 5º)
“Ninguém será submetido a tortura nem a tratamento desumano ou degradante”.
(Inciso III do mesmo Artigo 5º)
“Esta esfera (da liberdade humana) abrange, em primeiro lugar, o domínio
interior da consciência; requerendo liberdade de consciência no sentido mais
lato (…) e tudo isso sem obstrução por parte dos nossos semelhantes, desde que o
que façamos não lhes cause dano”. (Princípio do Dano, de John Stuart Mill, em
“Sobre a Liberdade”, de 1859)
“Assim como quereis que os homens façam a vós, fazei do mesmo modo a eles.
(…) Não vos arvoreis em juízes, e não serei julgados; não condeneis, e não serei
condenados”. (Jesus Cristo, no Evangelho segundo Lucas)
“Age somente segundo uma máxima tal que possas querer, ao mesmo tempo, que
ela se torne lei universal”. (Imperativo Categórico, de Immanuel Kant, firmado
em “Crítica da Razão Pura”, de 1781)
“Estamos nos construindo na luta para florescer amanhã como uma nova
civilização, mestiça e tropical. (…) Melhor, porque incorpora em si mais
humanidades. Mais generosa, porque aberta à convivência com todas as raças e
todas as culturas”. (Darci Ribeiro, na conclusão de “O Povo Brasileiro”, de
1995)
Escola é prédio. Mas educacão não é prédio. No entanto, prédio é a única coisa que o eleito para um mandato de quatro anos pode mudar na equação da educação pública.
No mundo real o que decide tudo é a qualidade do professor. E qualidade, todo mundo sabe, é função da competição.
Agora, meça por você mesmo. Você compete no seu trabalho, aprende e se renova todos os dias porque não tem alternativa; porque se não competir, perde o emprego.
Mas como todo funcionário público, o professor empregado do Estado é indemissível. Uma vez posto um pé dentro do sistema, ele se torna para sempre “estável”. Bem feito ou mal feito o trabalho, o salário vem no fim do mês. O funcionário público avança nas promoções em função do simples transcorrer do tempo.
O responsável eleito pela educação pública está, portanto, proibido de lidar com a qualidade do ensino. Seja o que for que acontecer ele, seus antecessores e seus sucessores só poderão alterar a quantidade dos professores e, mesmo assim, só para mais. Por isso nunca há salário que chegue.
Caímos, então, na contradição insanável de esperar que pessoas que jamais sentiram o que é viver sob pressão por desempenho formem profissionais capazes de disputar o campeonato mundial do desempenho que é cada minuto da vida de cada profissional no mundo real hoje em dia.
Agora, para ter e manter o luxo de manter-se “estável” num mundo cada vez mais insanavelmente instável, só mesmo às custas dos outros, coisa que só se consegue pelos artifícios da política, e da política no sentido mais pejorativo do termo.
Isto é, especializando-se na arte de manter-se a salvo, venha o que vier, sem ter necessariamente de fazer força, e cavando privilégios junto a quem tem o poder de outorgá-los em troca de concentrar todo o seu esforço em manter o poder de seus protetores de continuar a protegê-los. É essa a lógica da ação corporativa.
Ha, como em toda a parte, as exceções. E dentro do ambiente viciado do funcionalismo, elas são especialmente heróicas. Mas a maior parte acaba por se corromper e por se transformar num profissional da ação corporativa. E estes, tudo que sabem ensinar é a fazer política corporativa e a falsificar os fatos para justificar o injustificável.
Por isso seus alunos entram na vida semi analfabetos mas com a cabeça cheia de slogans contra os que competem e sonhando em pular, um dia, para dentro do barco dos indemissíveis.
Enquanto houver dois Brasis – um, como o mundo real, regido pela permanente pressão por desempenho, outro regido pelas blandícias do tempo de serviço e das aposentadorias precoces – não haverá lugar para nós fora das sombras do mundo, por mais prédios que os encarregados eleitos pela educação pública construam, ainda que sejam prédios de fazer inveja a clube de lazer de rico.
Tudo errado – A economia brasileira está desmontando, a inflação dando um baile nos palacianos, o poder de compra dos cidadãos despencando diariamente, os nordestinos morrendo de sede, a produção agrícola tropeçando no gargalo da infraestrutura, o Rosegate caiu no esquecimento, a roubalheira continua no governo, mas há quem arrume tempo para ir até a Câmara dos Deputados para protestar contra o deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP) e transformar em baderna as sessões da Comissão de Direitos Humanos e Minoria (CDHM).
O ucho.info volta a afirmar que Marco Feliciano foi eleito deputado democraticamente e chegou à presidente da CDHM respeitando o regimento da Câmara e com o apoio de todos os partidos políticos, inclusive dos que ora patrocinam esses protestos, que se transformaram em oportunidade político-eleitoral para alguns alarifes que já miram a reeleição. O que não significa que sua presença no comando do colegiado é conveniente.
A Constituição Federal é clara ao estabelecer que “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza” e por isso não se deve criar exceções à regra. A questão da orientação sexual é o meso do que procurar pelo de rato em ovo de avestruz. Os seres humanos precisam ser encarados por sua essência, não pela cor da pele, pela fé ou pela opção sexual.
Como se o trabalho e a responsabilidade diária fossem assuntos reles, essa minoria baderneira tenta implantar no País um mecanismo perigoso que colocará em risco a democracia, caso seja assimilada Legislativo. Uma sociedade democrática vive sob o manto do seu conjunto legal e da Constituição, não podendo qualquer grupo social patrocinar um movimento ditatorial que funciona como um pé de cabra para atender o desejo obtuso de alguns.
O Supremo Tribunal Federal reconhece a união estável entre pessoas do mesmo sexo e existem no País leis que punem os que cometem o crime de discriminação. O que mais é preciso para que o Brasil retome sua suposta normalidade?
O PT apoiou a eleição de Marco Feliciano à presidência da CDHM e gora quer posar de reduto da moralidade. Se essa é a regra vigente, que a faxina seja completa no Congresso Nacional. Provavelmente, os que escaparem dessa eventual assepsia precisarão no máximo de uma sala para reuniões. Que os parlamentares não comecem com falso moralismo, pois no momento em que as gavetas forem abertas a lama subirá à mesa.
Se aquele que é contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve ser homofóbico, como querem os que ora protestam, que esses façam uma gritaria debaixo da janela da casa da mãe de Daniela Mercury, que se mostrou contrária à recente decisão da filha. De igual modo, que façam uma arruaça na frente do prédio onde mora o ex-presidente Lula, em São Bernardo do Campo, que certa vez afirmou que a cidade gaúcha de Pelotas é exportadora de “viados”.
Marco Feliciano age corretamente quando suspende as sessões por causa dos protestos promovidos por evangélicos e defensores das causas homossexuais. O Brasil tem assuntos mais sérios e prementes na pauta das discussões, mas essa cansativa fumaça tem servido para camuflar a decisão do Ministério Público Federal de investigar o envolvimento de Lula no escândalo do Mensalão do PT. A preocupação na cúpula do partido é grande, pois há conexões entre muitos dos escândalos que marcaram a passagem do ex-metalúrgico pelo Palácio do Planalto.
Falei há pouco nos
cabeças-de-toalha, e não é de hoje que falo. Escrevia sobre a carne halal na
França. Por interposta interlocutora, recebo de uma brasileira que mora nos
States:
What is interesting about this "speech" is that there is a HUGE
difference in the taste of Kosher/Halal meat from non-Kosher/Halal meat (beef
and chicken). When living in California I was able to buy Kosher meat at a
nearby Kosher butcher. It was a lot healthier and tastier than its counterpart
and once I ate it a few times I stopped eating non-Kosher meat. You could not
find a woman more of the Judeo-Christian persuasion than me and I would like
very much to see animals being treated more humanely as according to Jewish and
Muslim cultures. The article is extremely prejudiced and racist (vide the
insulting title).
Bem, caríssima, eu me situo entre aqueles que gostam do
foie gras e não estou preocupado como são alimentados os gansos. O ritual de
abate de bovinos e ovinos por árabes e judeus – fora preces e direcionamento
para Meca - é o mesmo de meus dias no campo, degola e sangramento. Abate-se o
animal descansado, pois a carne do animal estressado não é boa. Há uma grande
diferença entre a carne de uma lebre caçada por cães e outra morta por
tiro.
Fora isto, não vejo diferença alguma. Já freqüentei alguns
restaurantes judeus, particularmente para comer arenque cru, que gosto muito. E
comi também carnes kasher. Não vi nenhuma diferença de sabor. Claro que há uma
diferença notável entre uma picanha de uma boa churrascaria e os cozidos dos
judeus, mas isso não se deve à carne e sim ao modo de preparo.
Comi
mechouís em Paris e no Assekrem, no Saara argelino. Fora comer com os dedos no
deserto, não vi nenhuma diferença entre os cordeiros assados cá do Brasil ou da
França. Claro que um cordero lechal ou pascual em Segovia – não confundir com o
cordeiro pascoal dos judeus – é outra coisa. Seus sabores e tenrura dependem de
idade e alimentação. Da mesma forma, o cordeiro patagônico.
Isto me
lembra episódio curioso que assisti em Lyon, na França. Um gaúcho gaudério que
por lá andava costumava oferecer de vez em quando um churrasco a seus colegas de
estudo. Entre eles, havia um marroquino. Certa vez, decidiu assar um leitão.
Para não excluir o Ahmed da festa, disse que era cordeiro. O árabe se deliciou
com o churrasco. O gaúcho decidiu então contar-lhe a verdade. Ahmed correu para
o pátio para vomitar. Ou seja, a carne foi saborosa. Bastou saber que era de
porco, tornou-se emética.
Que história é essa? Se não sabe que é leitão,
a carne é deliciosa. Quando passa a saber, vira carne podre? Só o que faltava, a
carne depois de ingerida com prazer passar a ter um sabor horrível. Só pode ser
hipocrisia. Ninguém imagine que muçulmanos são santos e coerentes crentes. O
correspondente xiita da Folha de São Paulo em Teerã, por exemplo, que se
diz muçulmano mas esconde a condição de xiita, como bom muçulmano não pode beber
álcool. Mas é chegado a um bom vinho. Tipo católico rico ou classe média. É
contra o aborto. Mas se a filha é emprenhada por um pé-rapado, sai correndo
atrás de uma clínica discreta. Parece que segundo algum mulá, em uma pouco
conhecida hadith, o Profeta – louvado seja seu nome! – permite o álcool a
correspondentes internacionais.
Curiosas estas interdições alimentares.
Lapidar uma mulher porque teve relações antes de casar-se ou as teve com outro
homem que não seu amo e senhor é perfeitamente permissível. Já comer um inocente
leitãozinho ou tomar uma cerveja constituem ofensas a Alá.
Quanto aos
cabeças-de-toalha, é bom lembrar que a expressão surge nos Estados Unidos,
towelheads. É expressão muito usada também por Oriana Falacci em seus livros. Se
a moça se rendeu ao politicamente correto, eu ainda não. Chamar estes brutos de
cabeças-de-toalha até que é muito gentil. Estão mais para
cabeças-de-bagre.
Nutro profundo asco em relação ao Islã. Basicamente,
por uma razão, o tratamento dispensado à mulher pelos muçulmanos. Só porque tem
um falo e um par de bolas, o muçulmano se julga superior à mulher. Este é o nó
górdio intransponível que separa Islã e Ocidente, e duvido que um dia seja
cortado. Ora as mulheres são lapidadas porque cometeram alguma infração sexual,
ora são chicoteadas porque cometeram alguma heresia, como beber álcool. Há
países em que a mulher é condenada se for estuprada, como se tivesse culpa de
ter sido estuprada.
Isso sem falar nessa prática hedionda da ablação do
clitóris e infibulação da vagina. Sei, isto não está no Corão. Mas é prática
muçulmana e está contaminando o Ocidente, a ponto de médicos italianos terem
sugerido um corte simbólico – desde que produza sangue – para satisfazer os
cabeças-de–toalha. Ou de bagre, como quisermos.
Este asco nasceu em
Paris, quando os conheci de perto. Aqui no Brasil, não tínhamos noção destes
crimes. Quando, no final dos 70, escrevi sobre infibulação da vagina e ablação
do clitóris em minha coluna na Folha da Manhã, houve quem pensasse que eu
delirava. Não era delírio, não.
Tampouco é preconceito. Nunca pensei mal
dos árabes, antes de conhecê-los de perto. É pós-conceito. Nada nem ninguém me
fará nutrir estima ou respeito por um animal desses. Ora, direis, não se trata
de árabes, mas de muçulmanos. Sofisma. No mundo árabe, todo árabe é muçulmano.
Ao vir para o Ocidente, junto com suas mulheres e filhas, trazem também as
algemas. Cabeças-de-toalha, portanto. Ou de bagre, como quisermos. No Brasil,
caldeirão de culturas, o Islã se diluiu. Com o proselitismo do Irã e da Arábia
Saudita, a peste está começando a surgir.
No Irã e na Arábia dos Sauds,
mulher não pode andar sozinha nas ruas. Se não estiver acompanhada de seu amo e
senhor - ou de algum parente - será presa pela polícia dos costumes. Mais ainda:
que não ouse fazer-se acompanhar de macho que não seja parente. Continua sendo
crime.
Recentemente, na Arábia Saudita, as mulheres tiveram uma
importante conquista: já podem andar de bicicleta. Pode-se conceber isto em
pleno século XXI? Mas atenção. Não é sair na rua pedalando, assim sem mais nem
menos. Só em áreas destinadas ao lazer, como parques e praças.
A barbárie
não se limita às mulheres. Há dois ou três dias, o The Saudi Gazette
noticiava que a Justiça saudita condenou um homem a ficar paraplégico como
punição por ele ter paralisado uma pessoa da cintura para baixo há dez anos. De
acordo com o jornal, Ali Al-Khawahir tinha 14 anos quando esfaqueou seu melhor
amigo. Desde então, o acusado está preso.
Pela sentença, ele ficará
paraplégico caso não pague uma fiança de cerca de R$ 538 mil para a vítima. A
Justiça saudita ainda não se pronunciou sobre a maneira como a pena seria
cumprida. No fundo, uma extorsão sob a capa de justiça. Ou você paga ou é
aleijado para o resto da vida.
Será preconceito não nutrir respeito por
esses animais?
Às vésperas da cadeia, lá vem José Dirceu dar entrevista exclusiva para a sua porta-voz mais aguerrida: Monica Bergamo, da Folha de São Paulo, aquela que só traz boas noticias para o chefe da quadrilha do Mensalão .
Agora as palavras do Zé trazem um tom mais humano e sofrido. Acabou o macho alfa. Claro, é a hora de construir o mártir José Dirceu.
Para que a sua inevitável prisão cause uma comoção na militância petista, gerando novas manifestações.
Se existe gente tentando acabar com a Lei da Anistia, por que não haverá um movimento popular para pedir a anulação da pena de José Dirceu?
Como ministro do STF, ao que tudo indica, ainda tem o dedo do Zé na sua indicação, quem duvida? O favorito de agora já declarou, inclusive, que o julgamento é nulo!
Vamos assistir, de agora em diante, o "martírio" do José Dirceu. O período de vitimização já venceu. Depois virão as camisetas, as memórias do cárcere e outros lances de construção de imagem.
Afinal de contas, há muito bandido por aí para botar uma camiseta que tenha escrito no peito:
A antecipação da campanha eleitoral é um fato consumado, se desenvolve nas bordas da legalidade, mas nem por isso deve ser tratada como um processo marginal que possa ser desenvolvido ao largo dos ideais republicanos.
A Constituição Federal assegura a qualquer brasileiro nato, atendidos determinados requisitos como idade e representação partidária, entre outros, o direito de se candidatar ao posto máximo da República.
A Carta de 1988 também diz que o Brasil é uma República Federativa, na qual os Estados e seus cidadãos têm direitos e tratamento iguais. Portanto, é legítima a postulação, ainda não confirmada oficialmente, do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, de candidatar-se a presidente da República.
Campos, como se sabe, é presidente do PSB e herdeiro político do mítico ex-governador Miguel Arraes. Faz uma administração bem avaliada pelos pernambucanos e tem em seu currículo o apoio de primeira hora ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em seus dois mandatos, e Dilma, em 2010. É evidente que não agrada ao PT o arroubo de autonomia do aliado, até outro dia, quase incondicional. Mas não cabe ao governo federal resvalar para atitudes nada republicanas, como a retaliação ou a desqualificação pura e simples do possível adversário em 2014.
Não cabe ao governo federal cobrar gratidão e lealdade política incondicional dos Estados e seus governantes, sob o argumento segundo o qual eles são devedores da ajuda oferecida pelo governante de plantão. Não existe dinheiro municipal, estadual ou federal. Existe dinheiro público que pertence à sociedade e a ela deve voltar na forma de bens ou serviços de boa qualidade.
Ninguém pode se arvorar em dono do dinheiro público.
O repasse aos Estados é uma obrigação da União. Não se trata de favor, não se trata de uma República de compadrio. Esse é o perigo a ser contornado. E nesse contexto soam dissonantes o discurso e a prática da presidente Dilma Rousseff em relação ao governador e presidente do PSB.
Veja-se o discurso da presidente Dilma numa visita a Serra Talhada (PE), no Sertão pernambucano, onde foi recebida com faixas que destacavam, não por acaso, justamente os sentimentos de gratidão e lealdade. Trata-se de uma oração na qual distingue a participação do governo federal para a construção de "um novo Pernambuco".
"Pernambuco é um novo Pernambuco nos últimos dez anos", disse a presidente. E em seguida ressaltou: "O governador tem um grande papel nisso, mas sem dúvida o governo federal, tanto na minha gestão quanto na de Lula, também".
Dilma encheu a boca ao se referir aos feitos do governo federal:
"Aqui nós botamos R$ 60 bilhões. O governo coloca não só na forma de Orçamento da União, como na forma de financiamentos".
É preciso observar que assim como Campos, outros governadores do PT e de aliados do governo na região Nordeste também foram contemplados com recursos públicos federais. Bons exemplos são os governadores da Bahia, Jaques Wagner, e do Piauí, o atual senador Wellington Dias.
Se Campos obteve sucesso na administração dos recursos federais enviados ao Estado, os méritos são do governador pernambucano. Nem dele, nem de Jaques Wagner ou Wellington Dias deve ser cobrada reciprocidade política em troca de recursos que são de toda a Nação. Em última análise, é dinheiro do contribuinte brasileiro, seja ele pernambucano, cearense, baiano, gaúcho, paulista, potiguar, paraense ou goiano.
O adiantamento do relógio eleitoral expõe o que há de mais retrógrado na política brasileira, como a ação entre amigos e a indisfarçável tentativa do partido no poder para se tornar hegemônico. Esses são apenas alguns dos aspectos mais perversos provocados pela antecipação de campanha que flerta com a ilegalidade.
Outros já foram debatidos nesse espaço, como a repercussão nas administrações federal e estaduais, hoje enviesadas eleitoralmente por uma disputa ainda distante.
O próprio Eduardo Campos, aliás, é vítima do caldeirão eleitoral. O governador de Pernambuco, por exemplo, já ilustrou 47 das 58 capas do "Diário Oficial de Pernambuco", seguidas de textos elogiosos à sua gestão.
Prática usual dos caciques políticos, mas sem dúvida também pouco republicana.
Ministério da Justiça lidera gastos com cartão corporativo em 2013
Ministério da Justiça pagou R$ 1,3 milhão em despesas no cartão corporativo no primeiro mês do ano. Em janeiro do ano passado, os gastos do órgão foram 27,8% maiores. Em igual período de 2012, a Pasta já havia desembolsado R$ 1,8 milhão por meio do cartão de pagamentos do governo federal. As informações foram divulgadas no Portal da Transparência.
Ao todo, os dispêndios com o cartão de pagamentos do governo federal também apresentaram redução em relação ao mesmo período do ano passado. Os R$ 5,1 milhões gastos em janeiro deste ano representaram redução de 27% em relação ao desembolsado no mesmo período do ano passado – R$ 6,5 milhões.
Do montante pago com os cartões no mês, R$ 1,9 milhão, o equivalente a 38% do total, foi destinado a gastos secretos que, segundo a Controladoria Geral da União (CGU), são mantidos em sigilo para garantir a segurança da sociedade e do Estado.
Quase a totalidade dos pagamentos do Ministério da Justiça (MJ) foi realizada pelo "Fundo para Aparelhamento e Operacionalização das Atividades-fim da Polícia Federal". O montante de R$ 1,29 milhão desembolsado pela unidade orçamentária está discriminado como sigiloso. O fundo tem por finalidade proporcionar recursos e meios destinados a aparelhar o Departamento de Polícia federal e a manter suas atividades essenciais e competências típicas. O restante dos recursos pagos pelo MJ por meio do cartão coorporativo em janeiro de 2013 foram desembolsados pelo Fundo Nacional do Índio (R$ 14,2 mil), Arquivo Nacional (R$ 11 mil), Fundo Penitenciário Nacional (R$ 4,8 mil), Departamento de Polícia Federal (R$ 2,7 mil), no próprio órgão (R$ 1,1 mil), Fundo Nacional Antidrogas (R$ 739,37) e Conselho Administrativo de Defesa Econômica (R$ 148,00). O Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG) e a Presidência da República, completam o ranking dos órgãos que mais gastaram com os cartões de pagamento em janeiro. As Pastas desembolsaram R$ 685,7 mil e R$ 646,7 mil, respectivamente. Dentro do MPOG, a entidade responsável pelo maior gasto é a Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O instituto pagou R$ 685,7 mil com o cartão. Do valor, R$ 104,5 mil foram divididos entre servidores da Unidade Estadual do IBGE no Amazonas. Outros R$ 67,8 mil foram para funcionários do IBGE do Pará. Na Presidência da República quem mais gastou foi a Secretaria de Administração. A unidade pagou R$ 470 mil em compras cujas informações estão protegidas por sigilo. Ainda entre os desembolsos da Presidência, a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) gastou R$ 92 mil, também em gastos secretos. Confira os gastos no endereço:www.portaldatransparencia.gov.br Despesas em 2012 As despesas com o cartão de pagamentos do governo federal atingiram R$ 59,6 milhões no ano passado. O valor foi semelhante aos pagamentos efetuados em 2011, quando R$ 58,7 milhões foram desembolsados. A Presidência da República foi o órgão que mais utilizou os cartões corporativos em 2012. Ao todo foram gastos R$ 17,7 milhões, dos quais R$ 17,1 milhões destinados a gastos secretos. A prática de não discriminar os gastos é comum. Dos R$ 59,6 milhões gastos em 2012, cerca de R$ 28 milhões foram desembolsados de forma secreta. O total representa 47% dos pagamentos realizados por meio dos cartões de pagamento. Em dez anos, o governo federal destinou R$ 476 milhões para pagamentos efetuados com os cartões que, em regra, só deveriam ser usados em despesas excepcionais ou de pequeno vulto. O maior gasto ocorreu no último ano do governo Lula, em 2010, quando R$ 80 milhões foram desembolsados com os cartões.
10 de abril de 2013
Marina Dutra e Dyelle MenezesDo Contas Abertas
O fim da fase de cálculo das penas dos condenados no julgamento do mensalão
foi considerado um marco histórico, dadas as circunstâncias do processo. Pela
primeira vez, a Justiça brasileira condenava, em instância final, inclusive à
prisão, poderosos na cena política. Entre eles, figuras estreladas do PT,
partido inquilino do Planalto há pouco mais de 10 anos: José Dirceu,
ex-ministro, o deputado José Genoino, ex-presidente da legenda, e João Paulo
Cunha, deputado e ex-presidente da Câmara, os mais proeminentes. O assunto foi notícia no mundo, pelo que representa em termos de
fortalecimento das instituições num país da América Latina, continente de tempos
em tempos varrido por ventos populistas e autoritários, e não tendo o Brasil
qualquer tradição em punir judicialmente pessoas influentes. Justas repercussões
— mas o julgamento tecnicamente ainda não acabara. Os ritos jurídicos são intrincados. Há alguma razão para isso, pois um dos
lastros do estado democrático de direito é dar ampla oportunidade de defesa aos
acusados, embora, como em tudo, haja limites. Mesmo condenados ainda contam com
alternativas de recursos. Fato é que, com a entrega, segunda-feira, pelo ministro Celso de Mello, do
seu voto por escrito, o último da Corte dos que participaram do julgamento a
fazê-lo, o presidente do Supremo, Joaquim Barbosa, poderá remeter o acórdão do
caso para publicação no Diário de Justiça. Feito isto, os advogados de defesa
contarão com cinco dias úteis para encaminhar recursos, assim como o Ministério
Público, o denunciante dos mensaleiros, caso discorde de alguma pena. É possível que esta fase final ainda reserve emoções, porque é do óbvio
interesse de advogados de condenados aproveitar as inúmeras brechas que a
legislação permite para esgrimir com chicanas e tentar até mesmo rever penas em
regime fechado. Há duas possibilidades de recursos: os embargos declaratórios, para dúvidas
de interpretação; e os infringentes, usados na atenuação de pena de quem teve
quatro votos, no mínimo, a favor da absolvição. Caso, entre outros, de José
Dirceu e José Genoino na acusação de formação de quadrilha. Há acesa discussão
sobre a existência ou não deste tipo de recurso, pois, segundo alguns juristas,
ele foi revogado por lei.
Existem, ainda, cálculos maquiavélicos pelos quais haveria a possibilidade de
o desfecho do mensalão ser postergado para que a renovação do Pleno, em função
da aposentadoria de alguns ministros, permitisse a nomeação de magistrados,
digamos, menos antipáticos a certos mensaleiros. Seria um descalabro, um escândalo. Chega a ser difícil admitir que alguém do
nível exigido pelo Supremo aceite uma indicação a ministro já marcada pelo
suspeição. É preciso um imenso cuidado a fim de não se manchar a imagem do STF,
e das instituições republicanas em geral, com uma ação política aloprada na
temerária tentativa de resgate de mensaleiros condenados.
Margaret Thatcher foi criada atrás do balcão do armazém de seu pai. Tinha horror a consenso, déficit, inflação, sindicatos, empresas estatais, socialismo e desordem. Em 1975, ela conquistou a liderança do partido conservador, quatro anos depois tornou-se primeira-ministra e derrotou-os todos.
O Brasil vivia a mais longa ditadura de sua História e nenhum dos cinco generais que governavam o país, bem como os políticos e empresários que os apoiavam, assumiu-se como conservador. No máximo diziam-se centristas. Era a jabuticabeira plantada em 1964: uma ditadura em nome da democracia.
Na origem da baronesa Thatcher esteve a figura esquecida de Keith Joseph (1918-1994), um agitador de ideias que encerrou o conservadorismo moderado de seu partido. Em 1974, criou um foro de debates, o Centre for Policy Studies com uma plataforma simples: a direita tinha que ir para a direita, sem flertes. Quando tivesse votos, prevaleceria.
Cinco anos depois, teve-os. Em Washington, intelectuais e empresários haviam criado uma instituição parecida, a Heritage Foundation. No seu elenco estava o ex-ator de cinema Ronald Reagan. Juntas, as duas instituições trabalhavam com um orçamento anual de 563 mil dólares.
Em 1975, noves fora as dezenas de visitas do embaixador da Federação das Indústrias de São Paulo ao Dops, o governo e a plutocracia nacional organizavam eventos. Torraram pelo menos cinco milhões de dólares organizando um seminário internacional que reuniu magnatas em Salzburgo. O maestro Herbert von Karajan cancelou os ensaios da Filarmônica de Viena para liberar a sala da Konzerthaus. Baixaram na pequena cidade dois mil banqueiros e empresários americanos, europeus e brasileiros.
A comitiva nacional teve três ministros e trezentas pessoas. O Banco do Brasil mandou nove representantes. (O Wikileaks acaba de mostrar que a Câmara de Comércio Americana só patrocinou a festa porque pretendia alavancar pleitos em Brasília.)
A festa foi concebida e organizada pelo empresário Mário Garnero, presidente da Associação Nacional de Fabricantes de Veículos. Ele diria: “Nem Mozart deve ter levado, num só dia, tanta gente à Konzertaus.” Vinte e oito anos depois Garnero organizaria, com sucesso, o discreto evento da aproximação do comissariado do Partido dos Trabalhadores com a Casa Branca de George W. Bush.
De evento em evento, a plutocracia brasileira safou-se da bancarrota econômica e política da ditadura. No ano da festa de Salzburgo, o Citibank, desprezando as próprias regras, dobrou sua carteira de empréstimos ao Brasil. Em 1984 um de seus diretores tornou-se chefe do cartel que cobrava o calote.
Thatcher e Keith Joseph foram o que foram porque chutaram o conservadorismo fingido e foram atrás do voto popular.
Deus negou a Pindorama esse tipo de direita. Quando seu andar de cima organizou a festa de Salzburgo, não convidou para o evento um morador da cidade, o economista Friedrich von Hayek.
Ele vivia no andar de baixo, numa casa que pertencera a um bombeiro, comprada com a venda de sua biblioteca. O autor de “O caminho da servidão”, monumental manifesto liberal, poderia ensinar-lhes algumas coisas, mas talvez achassem que economista pobre é economista burro.
“Você é hoje a única pessoa
em condições de liderar uma cruzada internacional para transformar o Bolsa
Família num programa planetário, que atenda a todos os pobres do
mundo.” Bono Vox, vocalista da
banda irlandesa U2, sobre Lula.
Antenados, riquinhos – uns nem tanto – e aqueles tipos que costumam frequentar lugares da moda apenas para serem vistos são, preferencialmente, os frequentadores da Churrascaria Rodeio, um dos ícones gastronômicos de São Paulo. A casa ocupa um dos espaços mais valorizados da capital paulista, esquina da Haddock Lobo com Oscar Freire.
Traçar uma picanha maturada, acompanhada de uma peça de palmito ao forno, não é para qualquer assalariado do serviço público. Os bem nascidos chegam em carros importados e acompanhados de suas dondocas, grifadas dos pés ao pescoço. Sapatos Christian Louboutin e bolsas Chanel e Louis Vuitton informam o que separa aquelas senhoras sacudidas das simples mortais.
O rastro do aroma que deixam na porta de entrada do restaurante remete a um Chanel número 5. Pois foi nesse templo do bem comer paulistano que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu comemorar o aniversário da madame, a matriz diga-se de passagem.
Dona Marisa Letícia, a bordo de um terninho amarelo suave, recauchutada pelo bisturi de um desses cirurgiões de coluna social, deliciava-se com a pompa do evento. Ao lado, o marido, vestindo uma camisa guayabera branca presenteada pelos irmãos Castro. Lula, salvo melhor juízo, parecia não estar muito a vontade no papel de coadjuvante. Acostumado aos holofotes e tendo sempre à mão um microfone, o palanqueiro não era dos mais falantes. No entorno do casal em festa, circulavam seletos convidados, uns vinte no máximo, escolhidos a dedo – põe dedo nisso – pela aniversariante. Puxa-sacos oficiais estavam presentes. Desses, chamava a atenção dos convivas a euforia do prefeito Haddad e do ministro da Saúde Alexandre Padilha puxando o parabéns pelo natalício da ex-primeira-dama. O ministro da Fazenda se fez presente. Sorria às escâncaras, como se a inflação estivesse sob controle absoluto e a produção industrial bombando.
Provavelmente sem nada para tratar em Brasília, Dilma Rousseff dava ao encontro o tom eleitoreiro. Como disse a presidente, em tempo de eleição se faz o diabo, embora não tenha especificado bem o que seria “fazer o diabo”. Mas falando em diabo, por que diabos a madame Rosemary Noronha, sempre assídua nas viagens presidenciais, não esteve presente à efeméride do casal da Silva? Afinal, gente fina não é outra coisa? 10 de abril de 2013
Nilson Borges Filhoé mestre, doutor e pós-doutor em Direito
“Ministro do STF não polemiza com réu”. A isso se limitou a reação de Luiz Fux às novas — mas com conteúdo velho — acusações feitas por José Dirceu, segundo quem o ainda apenas candidato ao STF lhe prometera um voto de absolvição caso chegasse ao tribunal.
O que mais me impressiona nessa história é que Fux é o único vilanizado por certo noticiário. ATENÇÃO! SE TUDO ACONTECEU COMO DIZ DIRCEU — E ELE NÃO É UM FONTE MUITO CONFIÁVEL —É EVIDENTE QUE O COMPORTAMENTO DE FUX FOI DETESTÁVEL. Não me refiro, naturalmente ao conteúdo de seu voto no julgamento do mensalão, mas às promessas supostamente feitas antes.
Que Fux manteve encontros com pessoas das quais deveria ter guardado distância, disso também não se duvide. Nem ele nega.
Mas cadê Dilma?
Cabe perguntar: cadê a presidente Dilma no noticiário? Não existe! Foi ela quem nomeou Fux. Quem sabe ler já entendeu que o pingo é letra, não é mesmo? Como negar que Dirceu liga, ainda que não chame as coisas pelo nome, a suposta promessa de Fux à sua nomeação? E fica tudo por isso mesmo!!!
É inacreditável! Dirceu está cobrando uma fatura de um serviço que jamais deveria ter sido prestado. Se aconteceu como ele diz, o que se fez ali foi tráfico de função de estado. E nada de Dilma! E nada do Planalto!
A coisa vem a público às vésperas de a presidente indicar mais um nome para o Supremo. Também esse, seja quem for, está tendo de fazer a peregrinação junto a réus influentes? Também este está tendo testado o seu teor de petismo antes de ser nomeado. Também esse está tendo de pedir a bênção a criminosos? Vejam o que gente como Dirceu faz com a República. Vejam o que gente como Dirceu faz com as instituições. Vejam o que o partido de Dirceu faz com o estado brasileiro.
Observem que o condenado está dizendo, ainda que por via oblíqua, que a própria indicação de Fux teria sido uma espécie, assim, de corrupção ativa, né? E praticada por quem o nomeou. Diz lá o Artigo 333 do Código Penal:
Corrupção ativa
Art. 333 – Oferecer ou prometer vantagem indevida a funcionário público, para determiná-lo a praticar, omitir ou retardar ato de ofício: Parágrafo único – A pena é aumentada de um terço, se, em razão da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou omite ato de ofício, ou o pratica infringindo dever funcional.
Antes de ir para a cadeia, Deirceu pretende mandar o pais definitivamente para o lixo.
A quadrilha se reúne em hotel de luxo em São Paulo com o Pó da História à custa do dinheiro público. A imoralidade desse governo ordinário chegou a tal ponto que a maioria do povo nem se importa mais com essas questões
PALÁCIO DO PLANALTO É INVADIDO POR ESPIÕES QUE BUSCAVAM DOCUMENTOS CONTRA ERENICE, ROSE, LULA E DILMA
Exclusivo - Sede imperial do nada republicano governo capimunista do Brazil, o Palácio do Planalto foi alvo fácil de um inédito esquema de espionagem. Quatro ou cinco dias atrás, de madrugada, criminosos invasores vasculharam computadores e tiraram cópias de documentos sigilosos da Casa Civil e da Presidência da República. Há informações de que fotos pessoais de Dilma foram levadas.
Até uma agenda pessoal da Presidenta Dilma chegou a ser levada. Mas o livro foi encontrado na garagem do Palácio. Há o temor de que o Palácio da Alvorada – onde a Dilma mora com a mãe –também tenha sido invadido. Mas não havia evidências disto até ontem. O caso de espionagem é abafado pelo governo – que recomendou ao comando da mídia amestrada que nada publique sobre o que se suspeita ser um golpe de espionagem internacional.
O serviço foi de profissional. As câmeras de segurança não registraram a invasão. Foram detectados indícios de grampos telefônicos e hackeagem nos computadores – para desespero do pessoal do Gabinete de Segurança Institucional. A Agência Brasileira de Inteligência (Abin), a Polícia Federal e o GSI investigam o incidente que será providencialmente desmentido. O raro evento pode fazer cabeças rolarem dada a fragilidade na segurança palaciana.
Nos bastidores de inteligência, acredita-se que a intenção principal dos invasores do Palácio do Planalto, além de intimidar o governo, foi obter provas materiais que incriminem duas pessoas, pelo menos, atingindo também a Presidenta Dilma Rousseff e seu antecessor Luiz Inácio Lula da Silva. O fato concreto é que o governo está sob ataque, em processo de desestabilização política, no momento em que Lula será investigado no Mensalão e a inflação volta a subir – com desgaste para a reeleição de Dilma.
O primeiro alvo da espionagem seria Erenice Guerra (amiga e ex-assessora de confiança da Presidenta Dilma). Depois de demitida por evidências de irregularidades, tendo um processo arquivado sobre tráfico de influência, Erenice foi recentemente denunciada pela revista Veja de usar seu escritório de advocacia em Brasília para oferecer serviços a quem precisa se aproximar do poder. Mexeu com Erenice, atingiu Dilma.
A segunda alvejada seria Rosemary Nóvoa Noronha (melhor amiga do ex-Presidente Lula e chefe de gabinete exonerada do escritório presidencial em São Paulo – investigada na Operação Porto Seguro da Polícia Federal. O caso anda em trâmite de cágado na 5ª Vara da Justiça Federal em São Paulo. Tudo no mais alto e injustificável “segredo judicial”.Rose é foi indiciada pela PF por tráfico de influência, corrupção passiva, falsidade ideológica e formação de quadrilha. A queridinha de Lula e José Dirceu é suspeita de comandar o esquema que favorecia empresas e pessoas interessadas em obter vantagens ilícitas junto a órgãos federais e agências reguladoras. Mexeu com Rose, acertou o “Tio” Lula.
Lula, Dilma & cia que se cuidem, porque quando o ataque a eles atinge tamanho grau de espionagem é um sinal claro de que coisas piores estão programadas para acontecer. O certo é que a espionagem não foi um ato criminoso realizado a pedido da oposição política interna – que não coragem nem competência para um ato tão ousado. O mais provável é que o governo tenha sido vítima de um sofisticado sistema de espionagem contratado por grandes investidores transnacionais – profundamente descontentes com prejuízos que acumulam em estatais de economia mista, como a Petrobrás e Eletrobras.
Uma coisa parece bem objetiva: a patralhada está com os dias contados no poder até a eleição presidencial de 2014.
Deu no NY Times
Viajando no jatinho da Andrade Gutierres, Lula deu uma rapidinha ontem em Londres.
Pregou a conversa fiada sobre a criação de um “Bolsa Família Mundial”, tendo como aliado na campanha o roqueiro-marqueteiro Bono Vox, da banda U2.
Mas o que mais irritou Lula, lá fora, foi saber da repercussão internacional negativa de uma matéria do prestigiado jornal norte-americano New York Times, chamando-o de ”ex-presidente teflon do Brazil afetado por depressão”.
Lula se recusa a falar com a imprensa sobre a investigação aberta pela Polícia Federal para confirmar se ele se beneficiou do esquema de corrupção do Mensalão.
Lula nem dá ouvidos a quem lhe pergunta sobre os repasses ilegais de dinheiro da Portugal Telecom para o PT –conforme denunciou o publicitário Marcos Valério ao Ministério Público Federal, em setembro do ano passado.
Se nem toca no Mensalão – que agora lhe atinge diretamente – imagina se falará algo sobre o abafado escândalo da Rosegate – envolvendo sua melhor amiga e ex-chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha.
Troca pra todo mundo
Marco Feliciano deixou a petralhada mais PT da vida ainda.
Foi excelente a proposta dele de sair da Presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Desde que os mensaleiros João Paulo Cunha e José Genoíno também deixem a Comissão de Constituição de Justiça...
Ligação Perigosa...
Canal Parafernalha revela conversa bem humorada da “Dilma” com o famoso deputado Feliciano...
Imagina a carinha da Dilma de verdade vendo esta sacanagem da pesada – vista por quase dois milhões de pessoas no YouTube...
Baixaria bolivariana
Circula na Venezuela mais um risco de baixaria promovida pela campanha de Nicolas Maduro – cujo marketeiro é o baiano João Santana.
O regime chavista contratou um homossexual, a peso de dólares, para vir a público anunciar que é amante do candidato oposicionista Henrique Capriles.
É um sinal de que as viúvas de Chávez farão qualquer coisa para permanecerem no poder.
Militar estudioso
Parabéns ao Comandante de Batalhão Escolar do Colégio Militar do Rio de Janeiro.
O coronel-aluno Renan Ferreirinha conseguiu a façanha intelectual de ter sido aprovado, ano passado, em oito universidades estrangeiras: Princeton, Harvard, Pennsylvania, Columbia, Brown, Cornell, Rochester e Yale.
É por culpa de militares estudiosos assim que os petralhas querem mexer no ensino militar, botando o MEC para cuidar dos Colégios Militares, a fim de nivelá-los com a maioria das escolas de baixo nível de ensino do Brazil, cumprindo a cartilha de imbecilização coletivista da Nova Ordem Mundial...
Irmão Temer, o poeta
O vice-presidente da República, o bom maçom inglês Michel Temer, baixa nestaquinta-feira, em São Paulo, para mais um lançamento da obra Anônima Intimidade. Seu livro de poesias, com 120 páginas, foi escrito em guardanapos de papel durante suas viagens entre Brasília e São Paulo. O encontro será no Espaço Sociocultural Teatro CIEE (Rua Tabapuã, 445 – Itaim Bibi – São Paulo), a partir das 18h, com estacionamento gratuito no local.
Aos maçons puxa-sacos já está avisado que, após o evento, haverá coquetel edistribuição do livro do Irmão Temer.
Só falta...
A boa mocinha família Daniela Mercury saiu do armário em grande estilo midiático - transformando-se na nova musa do ativismo gay.
Thammy Gretchen, que prefere usar roupa de mocinho, botou um lindo vestido e virou uma linda mulher para dançar o clássico de sua mãe, o “Conga, Conga, Conga”, na novela da Glória Perez.
Agora, só falta um milagre: os petralhas se transformarem em honestos para o mundo acabar conforme a Profecia Maia...
Vida que segue... Ave atque Vale! Fiquem com Deus.
10 de abril de 2013
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.