"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



terça-feira, 29 de maio de 2012

O RETRATO DA TRAGÉDIA BRASILEIRA

ESTA É A GRANDE MISÉRIA QUE ASSOLA ESTE PAÍS! O OPORTUNISMO DE PESSOAS SEM PREPARO SEQUER PARA TAREFAS MÍNIMAS, SENTEM-SE PREPARADOS PARA O EXERCÍCIO DA VIDA PÚBLICA.

QUEM É ESSE CIDADÃO QUE NÃO CONSEGUE MEMORIZAR UM MINUTO DE ARENGAÇÃO? O QUE SE PODE ESPERAR DESSE CANDIDATO A VEREADOR?


http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=jY2ycjiZ-d0

A MÁFIA, O CHEFE E A CHANTAGEM DE LULA


Pois é. Toda máfia tem um chefe. E, se você ainda tinha alguma dúvida de que o PT de hoje é uma organização mafiosa e que Lula era seu chefe, definitivamente terá de tirar seu time de campo e repensar seu fanatismo pela legenda.

A chantagem – isso mesmo, não há outro termo para definir o que Lula fez – praticada do ex-presidente contra um dos ministros da Corte Suprema brasileira simplesmente traz a luz da verdade para todo aquele nebuloso episódio do Mensalão.

Na época, a defesa de Lula – aceita por aqueles que ainda acreditavam no mito do “Salvador Operário” – de que “não sabia de nada” ou suas declarações negando a existência do Mensalão (e tudo não seria mais do que uma sórdida manobra da oposição (e das “Zelites”) para acabar com o governo dele); pode ter convencido muitos dos fanáticos militantes ou dos esquerdopatas que se deixam cegar para os fatos e ainda imaginam que dentro do coração dessa corja ainda bate uma sombra da “alma de Che”.

Nada é mais certo do que o antigo ditado “quem não deve, não teme”. Afinal, se tudo não passou de “intrigas da oposição”; se eram apenas “mentiras da Veja”; se José Dirceu não foi o líder da quadrilha responsável pela montagem de um dos maiores esquemas de corrupção que o país já viu; se Lula era mesmo inocente ou o partido vítima de uma torpe infâmia, não haveria provas capazes de condenar ninguém. Então, porque chantagear Gilmar Mendes e ameaçá-lo com a CPI do Cachoeira em troca de seus serviços e empenho no atraso do julgamento do Mensalão?

A resposta é óbvia, caro leitor: Estão mais sujos do que pau de galinheiro e temem uma condenação no STF que afastaria da política – permanentemente – toda a cúpula petista numa única tacada. Muito mais do que uma execração pública das altas figuras, isso atrapalharia demais os planos mirabolantes do alto escalão petista de manter-se no poder por vinte anos e de roubar o que puder nesse período. Isso sem contar em banir de vez o sonho dourado de José Dirceu de ocupar a presidência.
O que causa estranheza e demonstra o total desespero de Lula (e do partido) é justamente o fato de investirem contra Gilmar Mendes. Classificado pelo próprio PT como um dos “Ministros Amigos” do STF. Gilmar é bem conhecido por livrar a cara de figuras expressivas do partido que batem às portas do tribunal para serem julgados por suas falcatruas. Suas decisões livraram a cara de Gushiken, Mercadante e Palloci.

O mais grave de tudo isso é que Gilmar Mendes revela que palavras ditas pelo próprio Lula confirmam que foi montada uma operação de “pressão total” sobre diversos outros ministros indicados para o STF sob a égide petista. S
eriam usados Sepúlveda Pertence, chefe da Comissão de Ética Pública da Presidência, para pressionar a ministra Cármen Lúcia e seriam acirradas as pressões sobre o ministro José Dias Toffoli (Lula teria dito: “eu já disse ao Toffoli que ele tem que participar do julgamento”) que estaria impedido de julgar o caso pelo fato de sua namorada atuar na defesa de três réus e também, na época de sua indicação, afirmar no Congresso que se declararia incompetente para o julgamento.

O mais estranho de tudo é a falta de informação de Lula (talvez por não gostar de ler) ao chantagear Gilmar Mendes com seu envolvimento na Máfia do Cachoeira apenas por Gilmar ter apanhado uma “carona” para a Alemanha num jatinho pago a Demóstenes pelo contraventor para uma viagem do senador àquele país.
Gilmar Mendes pagou as despesas do próprio bolso e tem os comprovantes da operação. O uso do jatinho foi apenas uma oportunidade fortuita e nada o incrimina como beneficiário do esquema (até porque não há prova alguma de que sabia quem estava pagando a viagem de Demóstenes).

Portanto, a você caro petista, rezo para que não se iluda mais. Se tudo isso ainda não serviu para mostrar que Lula e sua corja são um dos maiores males que o Brasil já viu; pergunte-se como alguém que não exerce profissão alguma desde a década de 1980 (e vive apenas da política) pode ser possuidor de uma fortuna estimada em dois bilhões de dólares? (Sem falar no enriquecimento meteórico de seu filho, durante o seu mandato).

O “rouba, mas faz” não pode ser tolerado em uma nação que carece de saúde, segurança, educação e de serviços de qualidade para sua população. Enquanto você bate palma para quem te rouba e chama de “pai dos pobres” os milionários que causam as suas desgraças; o país ainda padecerá mergulhado no atraso, na miséria e no genocídio silencioso, causado por esses corruptos, de populações inteiras.
Pense nisso.

visão panorâmica
29 de maio de 2012

COMEÇOU A QUEDA DE LULA?


Que Lula nunca entendeu a natureza do jogo democrático, sempre se soube. E que nunca acreditou na possibilidade da existência de um mundo diferente do dele, com padrões éticos diferentes dos que pratica, ele tem dado provas repetidas.

Para o ex-presidente que "estudou na escola da vida", que desdenha amargamente quem tenha frequentado as outras, e que repete à exaustão o bordão do "nunca antes na história deste país", o mundo começou com o advento dele próprio.
Nada mais natural, portanto, que ele esteja tratando de explorá-lo para ver até onde pode ir.

A tentativa de chantagem sobre Gilmar Mendes e o modo pelo qual se referiu aos demais ministros do Supremo Tribunal Federal, cujo papel na ordem das instituições democráticas ele não tem nenhuma ideia de qual seja, foi o que a vida lhe ensinou, métodos que, de 2002 em diante - e com sobradas razões - ele passou a acreditar piamente que fossem infalíveis.
Daí estar perfeitamente exato o primeiro trecho do comentário de Dora Kramer para O Estado de S. Paulo de hoje:
"Lula não está fora de si. Está, isto sim, cada vez mais senhor de si. Investido no figurino do personagem autorizado a desrespeitar tudo e todos no cumprimento de suas vontades.

E por que o faz? Porque sente que pode. E pode mesmo porque deixam que faça. A exacerbação desse rude atrevimento é fruto de criação coletiva e não surgiu da noite para o dia".

Mas não ha bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe.
A trajetória de Lula é uma linha continuamente ascendente onde não se registra nenhum fracasso; no máximo, esperas maiores do que as que ele gostaria de ter pago para atingir o próximo sucesso.
Ser "ex", ser menos poderoso hoje do que já foi um dia, é para ele uma experiência tão nova quanto insuportável, e que pode vir a se revelar fatal.


Despido da força institucional que já teve, ele se atira contra figuras ainda investidas da sua e, pela primeira vez, se dá mal. E cada vez mais mal, a julgar pela nuvem escura que se vai formando no horizonte da "sua" CPI do Cachoeira agora que o Congresso se decidiu a abrir a fossa negra da Construtora Delta e transformá-la de nuvem de fumaça em investigação concreta.

Essa insistência obsessiva na desastrada operação apaga Mensalão que, num país onde uma condenação dos acusados não traria qualquer consequência prática importante, destoa do estilo estritamente pragmático de Lula, começa a tomar ares de um Waterloo.

Ao sair do octógono do vale tudo da luta pelo poder, na qual ele é o campeão inconteste, para cuidar de assuntos etéreos, fora da sua especialidade, como o do seu lugar na História, Lula se atrapalhou. Afunda-se cada vez mais no inferno, na sua ânsia de conquistar o céu ... como sempre, no tapetão.

fernaslm
29 de maio de 2012

RÉUS DO MENSALÃO ESTÃO POR CONTA COM LULA


Os réus do mensalão estão por conta com Lula. Acham que ele extrapolou, mais uma vez. Querendo bancar o todo poderoso meteu os pés pelas mãos e acabou deixando a quadrilha dos mensaleiros mal na fita. Nunca antes na história desse país houve um babaca tão deslumbrado com a áura do poder. Desde 31 de dezembro de 2010 que ele pensa que ainda é presidente da República.



Continua governando, é bem verdade, mas nos bastidores; no âmbito do poder invisível, do governo paralelo. Por isso mesmo, não está livre de um impeachment submerso. Uma ficção, como ficção tem sido o governo brasileiro nestes últimos 10 anos de domínio esmagador da maioria deslumbrada.
29 de maio de 2012
sanatório da notícia

RUI FALCÃO VOLTA A RECORRER AO PROSELITISMO À MODA OSAMA BIN LADEN

                Falcão quer massas na rua e leis no lixo


Rui Falcão, presidente do PT, parece ter escolhido o método Osama Bin Laden de comunicação com as suas “células”. Quando tem algo a dizer, grava um vídeo. Um deles, embora recente, já se tornou histórico: no dia 11 de abril, ao defender a instalação da CPI do Cachoeira, não escondeu o objetivo seu e de sua turma:

“A bancada do PT na Câmara e no Senado defende uma CPI para apurar esse escândalo dos autores da farsa do mensalão. É preciso que a sociedade organizada, movimentos populares, partidos políticos comprometidos com a luta contra a corrupção, como é o PT, se mobilizem para impedir a operação abafa e para desvendar todo o esquema montado por esses criminosos, falsos moralistas que se diziam defensores da moral e dos bons costumes”.
A parte mais comovente, sem dúvida, é esta:
“É preciso que a sociedade organizada, movimentos populares, partidos políticos comprometidos com a luta contra a corrupção, como é o PT (…)”
O único que votou nesta terça contra a quebra do sigilo nacional da Delta foi… o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), ex-líder do governo na Câmara e um dos parceiros de José Dirceu e Rui Falcão. Naquele vídeo, Falcão deixava claro que o segundo objetivo da CPI (o primeiro era livrar a cara de mensaleiros) era pegar o governador tucano Marconi Perillo (GO). Agnelo Queiroz (PT-DF) e Sérgio Cabral (PMDB-RJ), segundo a falcoaria, não podem ser convocados a depor, é claro.
Muito bem! Hoje Falcão gravou um novo vídeo. Volta a convocar a sociedade e a militância petista, desta vez para proteger Lula e o PT, que estariam sendo vítimas de uma nova conspiração. É o extremo da cara de pau!
Os petistas estão preocupados porque Brasília inteira sabia da intensa movimentação de bastidores de Lula para tentar cabalar votos no Supremo. Ainda que tudo se resumisse a conversas e gestões amigáveis, tudo já seria absolutamente impróprio. Ocorre que o ApeDELTA foi muito além disso. A sua conversa com Gilmar Mendes caracterizou pura e simplesmente… chantagem!
Falcão põe em curso a estratégica que acusei no texto que deveria ter sido publicado no fim desta madrugada (mas que só entrou no ar no começo da tarde em razão de dificuldades técnicas) que consiste em declarar a santidade de Lula, a intocabilidade de sua imagem — e, pois, a inaceitável iconoclastia daqueles que não respeitam o sagrado.
Quer saber, Falcão? Vá dar rasante ameaçador em outra freguesia!!! A Constituição e as leis é que põem limites em Lula, não é Lula que determina os limites da Constituição e das leis. Ainda que as massas saíssem às ruas para defendê-lo, conforme o senhor pretende, nem elas teriam o condão de jogar no lixo os códigos que nos regem. Na democracia não é assim, não!
Também ao senhor lembro a máxima: ou vocês se conformam em viver numa sociedade democrática, segundo as leis, ou dizem na cadeia, segundo as leis, por que não! Esse discurso de Falcão não deixa de ser uma forma velada de ameaça. Tal propósito, levado ao extremo, tem nome: terrorismo!
29 de maio de 2012
Reinaldo Azevedo

RUI BASTIDE E SEU ALVARINO*


Ainda Dom Pedrito. Depois que Bertrand Delanoë, homossexual assumido, foi eleito prefeito de Paris, a França passou a gabar-se na imprensa de sua mentalidade liberal. No mesmo ano da eleição de Delanoë, Veja nos informava que o Estado que reúne a maior quantidade de piadas machistas havia assumido a dianteira na defesa dos direitos dos homossexuais. A revista paulistana referia-se ao fato de a Justiça do Rio Grande do Sul ter emitido julgamentos favoráveis em causas relacionadas a reivindicações dos gays.

A ausência de preconceitos da gauchada, no que se refere à homossexualidade, não é atitude de hoje, nem mesmo de ontem, mas data de muito mais longe. Antes mesmo que os parisienses ousassem eleger um prefeito homossexual, o Rio Grande do Sul já teve um, e dos mais queridos por seus conterrâneos. Ora, direis, Dom Pedrito não é Paris. Claro que não é. Dom Pedrito é uma pequena comuna isolada do mundo. Já Paris é uma das capitais deste mesmo mundo, com todo cosmopolitismo que isto implica.

Feliz de quem tem uma província no coração, disse alguém. Final dos anos 50, há mais de meio século, portanto. Naquela cidadezinha da fronteira gaúcha, nos confins da fronteira seca entre Brasil e Uruguai, então com 13 mil habitantes, tive minhas primeiras lições de tolerância. Um dos líderes políticos locais, voz de estentor, bom de voto e temível nos debates, jamais escondeu suas preferências por jovens efebos. Nem por isso deixava de contar com o apreço dos pedritenses.

Alto, apolíneo no porte, dionisíaco na vida, Rui Bastide foi eleito e reeleito vereador várias vezes e chegou a ser prefeito da cidade. Nos anos 70, teve seus direitos políticos cassados, por um ato único do presidente Garrastazu Médici. Honrado com a deferência, comemorou o ato com foguetes.
Comentário indiferente na cidade: "O Brasil vai perder muito com esta cassação". Na época, não se falava em gays, tampouco havia associações de gays e lésbicas. "Já procurei até médico" - confessou-me um dia Bastide -. "Mas que vou fazer? É a minha natureza." Em tempo: Brasil era um negrão que fazia jus aos favores do futuro alcaide.

Sua detenção pelos militares virou folclore. O vereador estava prestando seus serviços ao Brasil, quando batem na porta de seu apartamento. Ainda pelado, entreabriu a porta. Três militares o procuravam, um oficial e dois soldados, de metralhadoras em punho.
- O senhor é o Rui Bastide? - perguntou o oficial.
- Sou.
- Então o senhor está convidado a comparecer às dependências do 14º Regimento de Cavalaria.
- Acho que vou declinar do gentil convite - respondeu Bastide. Ocorre que não é bem um convite. O senhor terá de ir. Agora e como está.
- Então me levem - disse o Rui - abrindo a porta e os braços, em plena glória de sua nudez.

"Os soldadinhos enrubesceram - me contava o Rui -, não sabiam para onde apontar as metralhadoras. Aí, me deram tempo. Tomei banho, me perfumei, me despedi do Brasil, não sabia quanto tempo ia ficar preso".

Pelo jeito, a prisão foi produtiva. Em vez de xingar a ditadura, Rui encenou um balé, onde bravos lanceiros do Ponche Verde, envergando diáfanas bombachas brancas, executavam impecáveis pas de deux enquanto cantavam uma ode ao 14º RC: "Querido Exército..."

A trajetória do Rui, a meu ver, está à espera de um bom cineasta. Em passadas andanças pela Europa, em vários países relatei este caso pedritense. E vi alemães, franceses, espanhóis perplexos, admitindo que em suas comunidades, por mais abertas que fossem aos novos tempos, não haveria lugar para um prefeito gay. Fala-se muito hoje em abrir o jogo, sair do armário, assumir-se. Tais expressões eram desconhecidas em Dom Pedrito. Se alguém era homossexual, ninguém tinha nada a ver com isso e estamos conversados.

Há fatos que na infância nos marcam a memória e só depois de muito viver lhes conferimos a verdadeira dimensão. Ocorreu no Upamaruty, distrito rural de Livramento, na fronteira com o Uruguai, onde vivi meus dias de guri. Torrão de gente rude, onde qualquer adulto tinha de cuidar-se com a língua. Lá na Linha Divisória - como era mais conhecida a região - uma palavra mal empregada, ou mal entendida, podia custar uma vida. Lá, conheci Seu Alvarino.

Fora trazido da cidade, como cozinheiro do Peixoto, um bolicheiro local. Negro, enorme, espadaúdo, durante o dia cuidava da cozinha e das coisas do Peixoto. Nas tardes de domingo, cumpridas suas tarefas caseiras, vestia uma blusinha de rendas cor-de-rosa, punha sua mais rodada saia longa e sentava na porta do bolicho, munido de agulhas e novelos.

A gauchada ia chegando, boleando a perna e atando os cavalos no alambrado. Em meio àquela gente armada, revólveres e facões pendendo da guaiaca, seu Alvarino, indiferente às charlas e ruídos de esporas, permanecia absorto em seu crochê, como se ali estivesse tricotando desde o início dos tempos.

Jamais ouvi qualquer piada a respeito das prendas domésticas de Seu Alvarino. Também, pudera! Seria uma empreitada um tanto arriscada dirigir qualquer comentário desairoso àquele par de munhecas. Seria homossexual? Ou o travestir-se seria apenas uma prosopopéia que o acometia aos domingos? Fosse como fosse, se gostava de usar saias e fazer crochê, isto era algo que só a ele dizia respeito.

"A principal explicação para o Rio Grande do Sul estar na vanguarda da defesa dos gays encontra-se no bom nível educacional da população do Estado", diz o redator de Veja, que certamente jamais teve notícias do Bastide ou do seu Alvarino. "Uma classe média instruída e formada com base na imigração européia tende a ser mais crítica e aberta a atitudes liberais", afirma o historiador Luiz Roberto Lopes, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.

Pura conversa fiada de acadêmicos. Lá na Linha, não era hábito local imiscuir-se na vida de ninguém. O preconceito veio através dos padres europeus, que lá introduziram as noções de pecado e culpa entre gaúchos que viviam imersos em uma espécie de paganismo crioulo pré-cristão.

29 de maio de 2012
janer cristaldo

* Excertos de um projeto de memórias

GILMAR MENDES EVITA O CLIMA DE "DEIXA DISSO" - DIZ-SE ALVO DE "INTRIGAS" COMANDADAS POR LULA E ALERTA: "A GENTE ESTÁ LIDANDO COM GÂNGSTERES".


O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes afirmou nesta terça-feira que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva seria a “central de divulgação” de intrigas contra ele e que a tentativa de envolver seu nome no esquema do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, tem como objetivo “constranger o tribunal” para “melar o julgamento do mensalão”.
“O objetivo [de ligar seu nome ao de Cachoeira] era melar o julgamento do mensalão. Dizer que o Judiciário está envolvido em uma rede de corrupção. Era isso. Tentaram fazer isso com o Gurgel e estão tentando fazer isso agora”, afirmou o ministro, fazendo referência às críticas recebidas pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, por ter segurado investigação, em 2009, sobre a relação entre Cachoeira e o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO).
(…)

Nesta terça-feira, Gilmar Mendes diz que desde sempre defendeu a realização do julgamento do mensalão ainda este semestre. “Não era para efeito de condenação. Todos vocês conhecem as minhas posições em matéria penal. Eu tenho combatido aqui o populismo judicial e o populismo penal”. “Mas por que eu defendo o julgamento? Porque nós vamos ficar desmoralizados se não o fizermos. Vão sair dois experientes juízes, que participaram do julgamento anterior, virão dois novos, que virão contaminados por uma onda de suspicácia. Por isso, o tribunal tem que julgar neste semestre e por isso essa pressão para que o tribunal não julgue”, completou.
Visivelmente irritado e com o tom de voz alterado, Mendes diz que foi alvo de “gângsteres”, “chantagistas” e “bandidos”, que estavam “vazando” informações sobre um encontro que teve com Demóstenes, em Berlim, e que a viagem teria acontecido após Cachoeira disponibilizar um avião ao senador.
“Não viajei em jatinho coisa nenhuma. Vamos parar com fofoca. A gente está lidando com gângsteres. Vamos deixar claro: estamos lidando com bandidos que ficam plantando essas informações”, disse o ministro, que apresentou notas e cópias de suas passagens aéreas emitidas na TAM pelo Supremo Tribunal Federal.
Questionado se o ex-presidente Lula estaria entre os tais bandidos e gângsters, Mendes apenas respondeu que ele está “sobreonerado” com a tarefa de adiar o julgamento do mensalão. “Estão exigindo dele uma tarefa de Sísifo [trabalho que se renova incessantemente]“, disse. Ele não disse quem seriam “eles” a exigir a tarefa.
(…)



Segundo o ministro, ele não precisa de “fundo sindical, nem dinheiro de empresa” para viajar. Mendes citou que apenas um livro seu, o “Curso de Direito Constitucional”, vendeu mais de 80 mil cópias desde 2007 e que com o dinheiro poderia dar “algumas voltas ao mundo”. “Vamos parar de futrica. Não preciso ficar extorquindo van para obter dinheiro. O que é isso. Um pouco mais de respeito”, afirmou.
(…)

Por Felipe Seligman, na Folha:
29 maio de 2012
in Reinaldo Azevedo

ATENÇÃO: PROJETO ANTI-PALMADA SERÁ VOTAO AMANHÃ


          Artigos - Governo do PT         O PL 7672/2010, projeto que remove dos pais o direito de disciplinar os filhos, já está com redação final e será votado nesta quarta-feira, 30 de maio, na Comissão de Constituição e Justiça.

O projeto, do Poder Executivo (MSC 409/2010), está sob a relatoria do Dep. Alessandro Molon e visa transformar legalmente castigos físicos aplicados pelos pais em “agressão” e “violência”.

Graças a um acordo infame entre o governo petista e a bancada evangélica, o projeto foi aprovado no final do ano passado. A bancada evangélica alegou na época que não viu nada de errado no projeto.

Se o projeto virar lei, os pais que aplicarem castigos em seus filhos, pelo que foi alegado, serão encaminhados a programas oficiais de “proteção à família” e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança disciplinada será encaminhada a tratamento especializado, e a família ficará sob “acompanhamento” e monitoração do Conselho Tutelar.

O projeto de lei também determina que profissionais públicos, médicos e professores que lidem diretamente com crianças devem denunciar casos de castigo físico quando souberem. Caso não denunciem as famílias que disciplinam, esses profissionais poderão pagar multa de três a 20 salários mínimos. A denúncia pode ser feita ao Conselho Tutelar ou a outra autoridade competente, como delegado, Ministério Público ou juiz.

O projeto está avançando sem a aprovação do povo. De acordo com uma pesquisa divulgado pelo Jornal Nacional em 2011, entre 9.616 pessoas consultadas, 85% disseram que são contra a chamada Lei da Palmada.
Mas quem levou a melhor foi a minoria de 15% que é a favor e está tendo seus desejos atendidos pela Câmara dos Deputados, que por sua vez está atendendo às determinações do governo federal de criminalizar o direito dos pais de aplicarem castigos físicos nos filhos.

Embora evangélicos e católicos de todo o Brasil tivessem feito oposição ao projeto, a bancada evangélica ignorou completamente a opinião da maioria das pessoas, aprovando o projeto do governo em dezembro de 2011.

Quando informado de que mais de 80% das pessoas são contra o projeto, o deputado evangélico Eduardo Cunha declarou, no seu Twitter na época, que as crianças é que deveriam ser consultadas.

O deputado Pastor Marcos Feliciano, representante da bancada evangélica, chamou, em seu Twitter também na época, de xiitas e fanáticos os cristãos que se opuseram ao projeto. Sua postura só mudou depois de muita pressão, inclusive do Pr. Silas Malafaia, que disse:

“Essa lei da palmada é mais uma palhaçada de deputado que não tem o que fazer e não entende nada de educação de filho… Quantos de nós já levamos uma boa chinelada, e nem por isso morremos, pelo contrário aprendemos a respeitar limites.

O que estamos vendo é uma geração indisciplinada que não respeita ninguém, e ainda querem piorar as coisas. Isto está me cheirando a ideologia de governo. Querem se intrometer e determinar sobre a educação de nossos filhos. Não aceitamos!”

Depois da pressão, o Dep. Marcos Feliciano disse: “O projeto é desnecessário, iníquo e sem fundamento. A solução agora seria engavetá-lo”.
É perda de tempo citar a Bíblia para o governo de Dilma Rousseff. Mas precisamos lembrar à bancada evangélica e católica que milhões de brasileiros têm a Bíblia como referência. Sobre pais e filhos, a Bíblia ensina:

“Aquele que poupa sua vara [de disciplina] odeia seu filho, mas aquele que o ama o disciplina com diligência e o castiga desde cedo”. (Provérbios 13:24 Bíblia Ampliada)

“Os castigos curam a maldade da gente e melhoram o nosso caráter.” (Provérbios 20:30 NTLH)
“Não evite disciplinar a criança; se você bater nela e castigá-la com a vara [fina], ela não morrerá. Você a surrará com a vara e livrará a alma dela do Sheol (Hades, o lugar dos mortos)”. (Provérbios 23:13-14 Bíblia Ampliada)
“A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma vem a envergonhar a sua mãe”. (Provérbios 29:15 RA)
Para um estudo maior da Bíblia sobre o uso da vara da disciplina, clique aqui.
Com as palmadas agora sob ameaça de proibição legal , o que será de quem atende à orientação bíblica de corrigir com a vara?

Envie seu protesto ao Congresso Nacional

Telefone ou escreva agora mesmo ao deputado federal do seu estado. Consulte este link para ter o email e telefone dos membros da Comissão de Constituição e Justiça: http://www2.camara.gov.br/atividade-legislativa/comissoes/comissoes-permanentes/ccjc/membros
Telefone imediatamente para a Frente Parlamentar Evangélica: (61) 3215-5315
Faça contato com todos os membros da Comissão de Constituição e Justiça que quer aprovar o projeto do governo clicando aqui.

RECICLAGEM, CONSERVAÇÃO, SUSTENTABILIDADE E REALIDADE


          Artigos - Ambientalismo        
As crianças também são doutrinadas a acreditar que reciclar irá reduzir a poluição. Mas a elas não é dito que o processo de reciclagem é, em si, extremamente poluente.
Quer salvar árvores e diminuir a poluição? Enfie seus papeis em uma grande sacola plástica e jogue-a fora.


A reciclagem adquiriu um status moral quase que inquestionável, em grande parte porque crianças e adolescentes, doutrinados pela propaganda ambientalista continuamente regurgitada pelas escolas e universidades, chegam às suas casas munidos de informações falaciosas e as utilizam para intimidar seus pais. Não seria exagero algum dizer que mais de 70% da juventude quer que seus pais reciclem.

Porém, aqui vai meu humilde conselho aos pais: não se envergonhem e não se deixem intimidar! Joguem fora todo e qualquer lixo. Não há nenhuma virtude em reciclar algo que o mercado não está disposto a lhe pagar. 
Se reciclagem fosse realmente uma necessidade premente, tal ato teria um enorme preço de mercado, e as pessoas seriam pagas para incorrer em tal atividade. O que nossas crianças e adolescentes estão aprendendo nada mais é do que ideologia esquerdista, sem nenhum respaldo em fatos ou na ciência.

Um dos argumentos utilizados em prol da reciclagem é que o mundo está ficando sem aterros sanitários, pois o espaço para eles estaria acabando. Os meios de comunicação se esmeram em propagandear, principalmente em canais voltados para o público infantil, imagens sombrias de cidades soterradas sob seu próprio lixo. É exatamente isto o que se passa por educação ambientalista no mundo atual.

Porém, a realidade é que não há e nem nunca houve qualquer escassez de espaço para a construção de aterros. Se houvesse de fato tal escassez, o preço de mercado para tal espaço seria tão astronômico, que as pessoas estariam demolindo suas próprias casas para construir aterros em seus lugares. Ato contínuo, elas iriam embolsar o lucro e comprariam mansões. No entanto, a verdade é que se todo o lixo sólido a ser produzido nos próximos mil anos fosse concentrado em um único lugar, ele ocuparia apenas 114 quilômetros quadrados — o equivalente a 0,001% de toda a área dos EUA.

E o que dizer sobre a tão propalada alegação de que a reciclagem, principalmente a de papel, irá "salvar a vida" de várias árvores? Toda criança tem este mantra na ponta da língua. O papel, afinal, é feito da madeira das árvores. Por que não produzir papel novo utilizando papel antigo e, assim, evitar que mais árvores sejam derrubadas? Simplesmente porque não é assim que funciona a lógica econômica. 
A oferta sempre será comandada pela demanda. Se amanhã repentinamente pararmos de utilizar trigo para fazer pão, haveria menos trigo no mundo daqui a um ano. A oferta de trigo cairia drasticamente. Não mais haveria incentivos de mercado para se cultivar trigos, seus preços despencariam e o cultivo de trigo seria uma atividade totalmente deficitária. Da mesma forma, se todo o mundo parasse de comer frango, a população de frango diminuiria, e não aumentaria, como supõem quase todos os ambientalistas.

A mesma lógica se aplica à relação entre papel e árvores. Se pararmos de utilizar papel, menos árvores seriam plantadas. Não haveria incentivos de mercado para a conservação de florestas. Na indústria papeleira, 87% das árvores utilizadas são plantadas para a produção de papel. Isto significa que, de cada 13 árvores que seriam "salvas" pela reciclagem, 87 jamais seriam plantadas. É exatamente por causa da demanda por papel que o número de árvores plantadas no mundo aumentou nos últimos 60 anos. 

Eis, portanto, uma lição incômoda para os ambientalistas: se o seu objetivo é maximizar o número de árvores, não recicle papel. Outra lição: se você quer aumentar o número de árvores, defenda o capitalismo e a propriedade privada. Quando se é dono da sua própria terra, há vários incentivos econômicos para se cuidar muito bem desta sua terra. Sua preocupação é com a produtividade de longo prazo. Assim, o proprietário de uma floresta, por exemplo, irá permitir que uma madeireira ceife apenas um número limitado de árvores, pois ele não apenas terá de replantar todas as que foram ceifadas, como também terá de deixar um número suficiente para a colheita do próximo ano.

Outras declarações feitas por defensores da reciclagem são igualmente problemáticas. Reciclar não poupa recursos. Pelo contrário, desperdiça recursos valiosos. Em geral, reciclar é mais caro do que construir aterros, com a única exceção para esta regra sendo o alumínio. As crianças também são doutrinadas a acreditar que reciclar irá reduzir a poluição. Mas a elas não é dito que o processo de reciclagem é, em si, extremamente poluente. A reciclagem de jornais, por exemplo, requer que a tinta velha utilizada nos jornais seja retirada das páginas. Este é um processo quimicamente intensivo que gera enormes quantidades de lixo tóxico. Muito mais "ambientalmente saudável" seria simplesmente jogar os jornais fora.

Adicionalmente, um programa de coleta de recicláveis exige o uso de caminhões diferentes dos caminhões utilizados para a coleta de lixo comum. Isto, por sua vez, significa mais caminhões circulando diariamente (ou semanalmente) nas cidades. E isto, por sua vez, significa mais poluição do ar. Em Nova York, por exemplo, após instituir a reciclagem compulsória, a prefeitura teve de acrescentar duas coletas adicionais por semana. Já em Los Angeles, a prefeitura teve de duplicar sua frota de caminhões de lixo.

Mas o fato é que os recicladores têm uma agenda muito mais ambiciosa do que aquela com que doutrinam as crianças e os adolescentes. No livro Waste Management: Towards a Sustainable Society, seus autores, O.P. Kharband and E.A. Stallworthy, chegam a reclamar que as construtoras descartam pregos envergados e que os hospitais utilizam seringas descartáveis. "O chamado 'padrão de vida'", concluem os autores, "terá de ser reduzido".
Eis aí o real objetivo da elite defensora de programas compulsórios de reciclagem. E, tragicamente, esta redução no padrão de vida já foi alcançada em várias cidades que construíram monstruosas e caras fábricas de reciclagem, o que levou a desperdícios inacreditáveis, impostos mais altos, e prefeituras financeiramente estropiadas.

A realidade econômica do debate ambientalista

 
Debates sobre questões ambientais nada mais são do que debates sobre como estamos precificando o futuro. Em economês, diz-se que estamos atribuindo ao futuro um valor presente muito descontado. Questões sobre "o mundo que estamos deixando para nossos filhos" e reclamações sobre a suposta miopia das gerações atuais são, em última instância, alegações de que estamos precificando o futuro de maneira incorreta e inapropriada — ou, mais especificamente, que estamos descontando acentuadamente o valor presente do futuro.

Em seu livro The Armchair Economist, Steven Landsburg apresentou um excelente ponto sobre a alegação de que temos de conservar a terra para as gerações futuras. Ele pergunta como podemos saber com total certeza se nossos filhos e netos irão preferir uma floresta a toda a renda e riqueza que seriam geradas por, digamos, um estacionamento ou um shopping. E a resposta é que nós simplesmente não sabemos, pois, novamente recorrendo ao economês, é impossível fazer comparações interpessoais de utilidade. Mas podemos utilizar o princípio da preferência temporal para nortear nossas decisões.

Alguns dizem que não podemos precificar o futuro de maneira tão baixa — ou que, se o fizermos, deveríamos descontar seu valor presente de uma maneira extremamente ínfima. Tais pessoas argumentam que, ao fazermos nossos cálculos ambientais de hoje, as gerações futuras deveriam ser incluídas nele e consideradas como tendo o mesmo peso da geração atual. Certo, mas qual a consequência real e lógica de tal postura? 
Ora, se realmente fizermos isso para todos os assuntos envolvendo o ambiente, então qualquer questão sobre a proteção do planeta irá se tornar irrelevante por causa de um fato incômodo e perturbador já apontado pelo economista Walter Block: em algum momento futuro, o sol irá desaparecer, e o planeta com o qual estamos tão preocupados hoje irá simplesmente desaparecer. E isso é um fato para o qual não há alternativas.

Logo, se estamos tão preocupados com a preservação das espécies, e se já sabemos de antemão que, um dia, o planeta Terra irá inevitavelmente desaparecer, então temos de buscar um conjunto de ideias radicalmente distintas e uma abordagem radicalmente diferente da atual maneira de se pensar o ambiente. 
Temos de levar em conta que haverá um momento em que o principal problema ambiental a ser enfrentado pela humanidade não será como reduzir a poluição da terra, do ar e do mar, mas sim como sair deste planeta ou como alterar sua posição no sistema solar, duas tarefas que estão muito além das fronteiras da nossa atual capacidade tecnológica, mas que podem ser alcançadas, pelo menos em princípio.

Uma solução para este inevitável problema seria o acúmulo de recursos e capital, algo que requer um nível muito maior de criatividade e engenho humano, e uma divisão do trabalho muito mais acentuada que a atual, de modo que as pessoas possam se concentrar nos problemas e desafios gerados por uma viagem interplanetária. Isto significa que seriam necessárias mais pessoas habitando o planeta, e elas teriam de ser muito mais ricas do que são hoje, e teriam de enriquecer de maneira bem mais acelerada, pois isso liberaria o recursos necessários para solucionar todos estes problemas.

Embora isto — aumento populacional e enriquecimento acelerado — seja algo que vá exatamente contra as ideias ambientalistas convencionais, trata-se exatamente da consequência lógica de se dizer que as gerações futuras devem ser consideradas como tendo o mesmo valor da nossa geração atual. A tese de que não devemos dar ao futuro — e às gerações futuras — um valor presente descontado implica que todos os outros problemas atuais devem ser relegados a segundo plano, dando-se prioridade ao urgente problema de como impedir a inevitável extinção humana que irá ocorrer quando o sol morrer.

Conclusão


À primeira vista, o objetivo de se reciclar mais e de se conservar mais pode parecer muito apropriado, até mesmo desejável. No entanto, os defensores de tais práticas não possuem as informações econômicas necessárias para se tomar as decisões corretas nestas questões, pois não há direitos de propriedade claramente definidos sobre os recursos naturais escassos. 

Não há propriedade privada sobre aterros sanitários e não há livre mercado para a reciclagem de lixo. Adicionalmente, como mostra o exemplo de Block, se realmente nos importamos com as gerações futuras, se dermos a ela exatamente a mesma importância que damos a nós mesmos e, consequentemente, se estamos dispostos a nos sacrificar por ela — pois, afinal, damos a ela o mesmo valor que damos a nós mesmos —, então o inevitável fato de que o sol irá morrer um dia significa que, em vez de estarmos hoje preocupados com a reciclagem de lixo, deveríamos, isto sim, estar preocupados em construir colônias planetárias, exatamente como no seriado Battlestar Galáctica. Quem for contra isso, ou achar que se trata de um exagero, então tal pessoa realmente não está preocupada com as gerações futuras que presumivelmente irão habitar a terra daqui a vários bilhões de anos.

Recicladores e ambientalistas não são cidadãos melhores ou mais bem intencionados. São apenas mal informados. Quer salvar árvores e diminuir a poluição? Enfie seus papeis em uma grande sacola plástica e jogue-a fora.

Colaborou para este artigo Art Carden.
Roy Cordato é vice-presidente para pesquisas e acadêmico residente da John Locke Foundation. É também pesquisador adjunto do Mises Institute.

Tradução: Leandro Roque

29 de maio de 2012

Publicado no site do Instituto Ludwig Von Mises Brasil.

XUXA: FREUD EXPLICA, MARX COMEMORA


          Artigos - Cultura        
A instalação e consolidação do reinado de apologia ao sexo pilotado por Xuxa têm outra explicação. Os pais da criança atendem pelos nomes de Karl Marx e Antonio Gramsci.

A entrevista de Xuxa ao Fantástico foi tiro pela culatra. Em vez de comover, serviu para relembrar. Um sobrevôo na vida pregressa da Rainha do Baixinhos leva inevitavelmente a uma suposição: Xuxa ficou tão traumatizada com o abuso sexual que sofreu quando criança que acabou por assumir a persona de 'suja' e 'sem-vergonha', transformando a sua vida artística num simulacro de Sodoma e Gomorra. Freud explica.

Convenhamos: se Xuxa foi de fato abusada quando criança, só Freud para explicar a persistência e determinação com que ela escolheu e trilhou uma carreira toda calcada em apelos à sensualidade, exploração do sexo e oportunismo carreirista.
Provam-no as fotos nuas, os filmes com cenas picantes de sexo, os romances com homens mais velhos e famosos, as atrações pornográficas e os convidados vulgares dos programas e shows infantis pilotados pela apresentadora e cantora. 

Basta analisar com clareza e objetividade a vida de Xuxa para concluir que sua indignação e revolta por ter sido abusada não guarda qualquer coerência com a figura sexual apelativa com que se apresenta(va) às crianças que a idolatravam e a idolatram ainda hoje.
Tampouco a apregoada campanha de Xuxa para proteger a inocência das crianças contra pedófilos é compatível com o modelo de virtude que ela ofereceu a estas mesmas inocentes criaturas durante toda a sua vida.

Ter sido a responsável pela difusão e imposição do pancadão do funk, com suas coreografias e letras grosseiras, chulas, vulgares e inadequadas, aos corações e mentes da infância e juventude do Brasil é só parte do estrago que Xuxa produziu em mais de uma geração de súditos que estiveram sob a influência nefasta desta rainha má.
Mas, sejamos honestos, a contribuição freudiana pára por aí. A instalação e consolidação do reinado de apologia ao sexo pilotado por Xuxa têm outra explicação. Os pais da criança atendem pelos nomes de Karl Marx e Antonio Gramsci.

Xuxa é a prova viva de que a revolução passiva gramsciana, aliada ao marxismo cultural, vem sendo implantada no Brasil desde o tempo em que a esquerda ainda se passava por vítima naqueles que acostumamos a chamar de 'anos de chumbo'.
O processo de perversão, corrupção e erotização da infância e juventude brasileira não começou agora, já vem de longe. A erosão e destruição da tradição moral judaico-cristã é ponto de honra e questão fechada na cartilha de implantação do socialismo. Uma das propostas explícitas de Lênin era "varrer o cristianismo da face da Terra".

A chorosa senhora que apareceu no Fantástico vem cometendo crime de lesa-infância há quase 30 anos, com seus programas 'infantis' recheados de vulgaridades, indecências e pornografias. Foi esta cinquentona, com ares de moça preocupada com a preservação da inocência das crianças, que implantou o funk de norte a sul do Brasil em seus programas da Globo e shows país e mundo afora.

A este ponto alto no curriculum da Rainha dos Baixinhos, soma-se à jogada marquetólogica de uma gravidez arranjada através da seleção e escolha de um reprodutor de plantel. Construir uma família - marido, mulher e filhos - nunca foi projeto da moça que diz tanto amar as crianças. São palavras suas:

"Estou procurando (um homem). Mas se não aparecer, vou ter essa criança sozinha. (...) Se eu tiver um filho por inseminação, ela vai conhecer ao menos a mãe. Na Espanha, nenhuma clínica tem os genes que eu quero. Na Alemanha e na França tem. Fazendo inseminação, vou ser o pai e a mãe da criança, quero que ela seja o mais parecida possível comigo."

Precisa dizer mais?

Eu nunca permiti que meus três filhos assistissem ao circo de horrores que Xuxa liderava na TV Globo. Ainda assim, a pequena amostra do que pude ver sempre me levou a achar que esta 'santa' merecia cadeia.
Qualquer um que assiste às entrevistas e brincadeiras do programa ou ouve as letras, e confere o significado das palavras da maioria das músicas ali apresentadas, só tem uma alternativa: pedir prisão perpétua para Xuxa. Pena de morte também não seria um exagero. É proporcional à gravidade dos crimes: lesa-infância, lesa-juventude e lesa-pátria.

No domingo, 19 de maio, Xuxa não foi à televisão defender crianças (ela mesma é a maior ameaça à infância). Se ela confessou sua tragédia pessoal, foi para induzir à idéia de que é a família, a intimidade do lar, ou o próprio pai (por omissão ou por má companhia) quem ameaça os filhos.
Xuxa deu a entrevista e fez as confissões porque ela é quem é e continua a mesma, desde que surgiu para o estrelato com seus 16 anos de idade. Xuxa está aí para corromper e perverter as virtudes e valores morais do povo brasileiro, como pudor, família e alta cultura. É o seu papel. Vale a pena ver o lúcido e sereno comentário de Nivaldo Cordeiro sobre a entrevista de Xuxa.

Sou cética e crítica. Se, por um lado, nunca brinquei ou debochei da possibilidade real de que Xuxa tenha sido vítima de abusos, também não me comoveram as suas lágrimas. Ao contrário, a choramingação sobre os abusos que ela sofreu serviu, antes, para me fazer pensar por que Xuxa não denunciou há mais tempo fato de tamanha gravidade e não deu o nome de seus molestadores.

Se teve coragem de se expor na televisão, por que não ir atrás de justiça, denunciando quem abusou dela? Xuxa alega que era criança sem malícia, não sabia discernir o errado e tinha medo de denunciar os molestadores. A sua tragédia pessoal aconteceu há 40 anos.

Mas, e agora? Por que escolheu um programa de televisão para fazer uma confissão tão dolorida e íntima? Ela não sabe diferenciar a esfera pública da vida privada? Se resolveu expor-se desta maneira para alertar sobre os abusos, por que protegeu seus molestadores? É esta a mensagem? "Criança, se abusada, não divulga nunca o nome do criminoso, nem quando chegar a idade adulta. Premia o infame com o anonimato e a impunidade."

Quer dizer que patifes (Xuxa diz que foram vários adultos!) cometem crime hediondo de pedofilia e a vítima, nas condições favoráveis de que desfruta Xuxa hoje, não os denuncia e não os submete aos rigores da lei? Se já estão mortos, tanto faz, não interessa. É preciso fazer justiça, desmascarando e retirando o véu de dignidade que pode recobrir a vida destes monstros. Por que ela não o fez?

Se Xuxa é tão transparente, honesta e virtuosa, por que seu tão corajoso e sincero depoimento ao Fantástico não tocou na sua participação ainda adolescente no concurso de pantera de Ricardo Amaral? Ela também nada falou de suas fotos nuas (inclusive na capa) para a revista Playboy. Nenhuma referência à tentativa de apagar a sua aparição do filme Amor Estranho Amor, de Walter Hugo Khoury, em que reparte com um menino de 12 anos uma cena de sexo ardente.

Por que a versão de que, menor de idade, com 17 anos, era a 'namorada desinteressada' de uma celebridade como Pelé, o homem mais famoso do planeta, à época um quarentão, com idade para ser seu pai? O próprio Rei reconhecia que Xuxa era apenas uma ninfeta: "Não quis ser o primeiro homem da Xuxa. Quando eu a conheci, ela tinha 16, 17 anos. Era virgem e tinha um namoradinho com quem estava brigada. (...) Na base da brincadeira, dizia para Xuxa resolver o problema da virgindade."


Amaury Junior conta que Pelé saía com fotos da modelo no bolso para pedir o apoio da imprensa e que foi abordado pelo ex-jogador, numa festa, com algumas delas nas mãos. "Ele me pediu para dar uma força àquela menina, dizendo que ela um dia faria muito sucesso".

Pelé confirma: "Ajudei muito ela, fui eu que recolhi todas as fotos que Xuxa tinha feito nua. Todas. Tinha foto dela em cima de um taxi em Nova York com a bunda de fora, e todos foram compreensíveis comigo, afinal, ela era uma menina sem maldade, muito natural, que encarava a nudez com a maior tranquilidade". (Pelé, em entrevista a Playboy.)

Segundo a revista Isto È, "Pelé e Xuxa se conheceram em 1980, num ensaio fotográfico. Pelé ditou os passos de sua carreira nos seis anos de namoro. Em um ano, Xuxa foi capa de mais de 80 revistas. Virou apresentadora de programa infantil na TV Manchete e se tornou a Rainha dos Baixinhos." Quanto amor!
Um balanço frio da carreira de Xuxa nos últimos tempos não deixa distante a hipótese, muito provável, de que a confissão ao Fantástico sobre os abusos, anunciada com sensacionalismo e recheada de emocionalismo piegas, seja puro golpe de marketing, destinado a recuperar a carreira descendente e decadente da apresentadora. Para tanto, ela resolveu posar de cidadã corajosa e heróina, que sacrifica a própria imagem e se expõe para proteger seus anjinhos inocentes.

O tiro pode ter saído pela culatra, Ibobe não significa necessariamente aprovação e admiração. Um número expressivo de pessoas que assistiram e comentaram a entrevista de Xuxa ao Fantástico não teceu loas nem ficou comovido com o 'calvário infantil' da senhora Maria das Graças Meneghel.
Muita gente continua achando que já passou a hora desta senhora prestar contas à Justiça por seus crimes contra a infância, adolescência e juventude do Brasil.

***
Lesma lerda

Àqueles que acham que fui injusta atribuindo apenas a Xuxa a responsabilidade pela divulgação do funk e do
pancadão, informo que obra de tal envergadura e alcance foi também criação de outro iluminado: Gugu Liberato.

Ele, como Xuxa, vivia no Castelo das Pedras, era frequentador assíduo do Furacão 2000, empreendimento-mãe do funk carioca. Igual a Xuxa na TV Globo, Gugu levou os bondes, tchutchucas, poderosas e cachorras para o seu programa no SBT.
O agravante, no caso de Xuxa, é o seu público, constituído por maioria esmagadora de crianças. E mais: a Globo tem uma audiência muito superior ao SBT e os programas de Xuxa são diários, ao contrário do Programa do Gugu, apresentado apenas aos domingos

Outros luminares de menor brilho também podem ser apontados, entre eles, Regina Casé, aquela moça que vende a idéia de que qualquer sujeito que bate lata na periferia é artista.


Artista o cazzo! Eu tenho três filhos, todos bem alimentados e alunos das melhores escolas particulares de São Paulo. Não tem nenhum artista. E na favela é só Beethoven, Michelangelo, Nijinsky, Dostoiévski... Sei.
  
29 de maio de 2012
Mírian Macedo
é jornalista.

CARACAS PARTICIPOU DO ATENTADO CONTRA FERNANDOP LONDOÑO?


          Notícias Faltantes - Foro de São Paulo        
Se um vulgar puxa-saco de Hugo Chávez aceita fazer o triste papel de rato catódico que lança mentiras enormes que ninguém acredita, é porque Caracas se vê em um beco sem saída.

Como não conseguiram matar o ex-ministro com uma bomba-lapa
[1], querem liquidá-lo agora com uma injúria. Como não conseguiram tirar o ex-presidente do jogo político colombiano e continental, agora querem abatê-lo com um boato ridículo.
A nova invenção é tão risível que seus efeitos se devolverão contra Caracas.

A gesticulação de um suposto “politólogo” venezuelano, um tal de Pérez Pirela, que sem ruborizar-se disse ante um canal de televisão chavista que o atentado contra o ex-ministro da Justiça e jornalista colombiano Fernando Londoño Hoyos havia sido “planejado” pelo ex-presidente Álvaro Uribe e pelo próprio Fernando Londoño, é um ato grotesco que mostra a baixeza e a debilidade mental em que caíram os peões da ditadura venezuelana.
É, também, um indício paradoxal e interessante: o regime narco-terrorista da Venezuela poderia ter participado de alguma maneira do sangrento atentado de 15 de maio de 2012 em Bogotá que esteve a ponto de assassinar Fernando Londoño, tirou a vida de dois de suas escoltas e feriu outros 32 colombianos.
A primeira coisa que um terrorista faz após cometer seu crime é lançar elementos de desinformação para desviar os investigadores que se encaminham para ele. A fabricação de rumores é um dos meios utilizados para levantar cortinas de fumaça.

Se um vulgar puxa-saco de Hugo Chávez aceita fazer o triste papel de rato catódico que lança mentiras enormes que ninguém acredita, é porque Caracas se vê em um beco sem saída. Altos responsáveis da Polícia colombiana declararam pouco depois do atentado contra Londoño que as FARC, cujo endereço se esconde na Venezuela, estão envolvidas nos fatos de 15 de maio (o carro-bomba desativado e a bomba-lapa). É possível que essas mesmas autoridades estejam encontrando provas que permitam pensar que a ordem desse atentado, decidido pelos chefes das FARC, também teve o aval de Caracas.

As falsas “revelações” do falso “politólogo” Pérez, um evidente ato de desespero, mostram que a propaganda de Caracas trata de esconder a verdade e anular as declarações valentes do sacerdote e jornalista Pedro José Palmar que afirmou ante os meios de comunicação, como o diário Tal Cual, de Caracas, que “Timochenko”, cognome do chefe das FARC, vive na Venezuela, em uma fazenda de Adán Chávez, irmão do presidente Hugo Chávez e governador do estado Barinas.

É do mesmo modo a resposta às declarações da deputada venezuelana María Corina Machado, que assegura que o presidente Chávez “sabe onde há presença” das FARC na Venezuela. “O fato de que [Chávez] reaja a uma instalação de militares colombianos do outro lado da fronteira, é porque ele sabe onde está a guerrilha”, explicou Machado.

Após a emboscada estendida pelas FARC em 21 de maio de 2012, a 150 metros da zona fronteiriça, vereda La Victoria, na qual morreram 12 militares colombianos e mais quatro foram feridos, ninguém mais duvida, nem as mais altas esferas do Governo nem do Exército colombiano, que as hostes de Timochenko se escondem e atacam e intensificam seus ataques desde a Venezuela. “Sabemos que a Frente 59 das FARC saiu da Venezuela para atacar os uniformizados e posteriormente fugiu de novo para o país vizinho”, detalhou o comandante do Exército colombiano, general Sergio Mantilla.

Essa mesma emboscada, onde o helicóptero venezuelano protegeu as FARC e esteve, segundo um meio de comunicação colombiano, a ponto de disparar contra um helicóptero militar colombiano, criou tal tensão que Hugo Chávez teme que Santos veja-se obrigado a tomar novas medidas para proteger a Colômbia. Por isso Chávez fez saber que havia ordenado o deslocamento de 3.000 soldados ao longo da fronteira com a Colômbia, “para reforçar a segurança”. Por isso o ministro Maduro fez a chanceler colombiana ir a Caracas para amarrar a Colômbia com a criação de uma “coordenação eficaz” para “combater os grupos armados”na fronteira.

Como a opinião pública, e sobretudo o alto comando, vai encarar essa perda de soberania no caso em que a posição colombiana nessa área ultra-sensível dependa do aval de Caracas?
A embrulhada de Pérez cai como o anel no dedo para desviar a atenção sobre estes assuntos espinhosos e sobre a natureza da matança do 15 de maio. Caracas quer que a investigação em Bogotá se encerre com uma acusação contra uma misteriosa “extrema direita”, pois Chávez decretou que o culpado pelo atentado contra Fernando Londoño é o próprio ex-presidente Uribe. Que beleza! Os investigadores em Bogotá acatarão essa ordem? A imprensa colombiana, mais submissa ainda, engolirá semelhante cobra?
É ele quem está cuidando de frear a investigação pelo atentado contra Álvaro Uribe em Buenos Aires? Por que o juiz federal Norberto Oyarbide diz que há “dente de coelho” nesse caso? Oyarbide disse que a bomba no Gran Rex estava preparada “para provocar mortes de pessoas”. Por que a Polícia Federal, muito próxima do governo Kirchner, transformou essa bomba em um dispositivo “de estrondo”?
Os crimes que as FARC estão cometendo nestes dias na Colômbia e no continente estão estendendo, embora não queiram, uma armadilha ao melhor amigo colombiano de Hugo Chávez.

Pois chegou a hora de escolher. Santos, que não quis aceitar o que diz a Polícia colombiana, sobretudo o general Luis E. Martínez sobre a participação das FARC no atentado contra Fernando Londoño, aceitará as “informações” do miserável Pérez contra o ex-presidente Uribe e contra o ex-ministro Fernando Londoño?
O presidente Santos deixará insultar um ex-presidente colombiano imensamente legítimo e popular dessa maneira? Ele permitirá que contra a vítima sobrevivente do atentado do 15 de maio as FARC, e o chavismo se encolerizem uma vez mais contra ela pela via da insinuação caluniosa?

O presidente Juan Manuel Santos deve escolher. Ou acolhe a infâmia de Pérez e valida o segundo atentado contra o ex-ministro e jornalista Fernando Londoño, ou repudia isso, como fez com vigor o ex-presidente Uribe, e defende a honra desses dois colombianos ilustres.

O tempo da vacilação se acabou. Sua negociação secreta com as FARC, com patrocínio cubano, lhe está estourando na cara. Sobretudo está custando muitas vidas de colombianos. A ordem pública está em crise em todas as partes. Ele continuará com isso? O jogo da mão dupla se encerrou. Ou se está com um regime detestável e moribundo, inimigo da Colômbia, disposto a inundar em sangue, em qualquer parte do mundo, como admitiu o próprio Fidel Castro há algumas semanas, toda tentativa de restabelecer a democracia e as liberdades, ou se está com os povos colombiano, venezuelano e latino-americano que lutam pela liberdade e a democracia.
Presidente Juan Manuel Santos: um desses campos é incompatível com o outro.

[2] No vídeo abaixo, pode-se ouvir as infâmias ditas por uma pessoa sem a menor credibilidade, citadas no artigo acima e que causaram revolta na maioria dos colombianos pela baixeza, vilania e calúnia.

Tradução: Graça Salgueiro

"SÓ FIZ O QUE ERA REPUBLICANO", DIZ DEMÓSTENES

Durante o depoimento ao Conselho de Ética do Senado, o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) disse ser vítima de um “conluio” entre o Ministério Público Federal e a Polícia Federal. Depois de falar por cerca de duas horas, Demóstenes passou a responder perguntas dos integrantes do colegiado.
O parlamentar alega que as gravações que mostraram sua relação com o contraventor Carlinhos Cachoeira são ilegais. “Há um conluio entre Ministério Público e a Polícia Federal para se fazer investigação em cima de um parlamentar”, afirmou. “A investigação deve ser feita pelo STF. As provas são totalmente ilegais. O processo foi todo montado”.

Ao responder as perguntas do relator do processo de cassação, o senador Humberto Costa (PT-PE), Demóstenes disse que não estranhou quando recebeu de Cachoeira um aparelho radiocomunicador Nextel. “Hoje, voltando no passado, é óbvio que eu jamais faria isso novamente”, declarou. Demóstenes admitiu que a conta do aparelho era paga pelo próprio Cachoeira: “Uns 50 ou 60 reais por mês”.

Dada a gigantesca quantidade de conversas indicando que Demóstenes colocou o mandato a serviço da quadrilha, o senador baseia sua defesa na tese de que não atendeu todos os pedidos feitos pelo contraventor. “Nem tudo o que se diz se faz”, justificou. “Fiz tudo o que achei que era republicano. O resto não fiz”. O senador também disse que se sente traído por Cachoeira. “Todo mundo que se relacionou com ele não tinha conhecimento (das atividades criminosas)”.

Demóstenes afirmou que se aproximou de Cachoeira quando foi secretário de Segurança de Goiás, entre 1998 e 2002, e lembrou que, na ocasião, o grupo do contraventor tinha o monopólio legal dos jogos de azar no estado. “Ele cobrava de mim e de outras autoridades a atuação contra outros exploradores que eram, naquele contexto, considerados ilegais”.

Orquestração

Mais cedo, Demóstenes falou seguidamente por quase duas horas e apresentou sua versão às principais acusações que sofre. Demóstenes começou a falar às 10h20. Com a fisionomia abatida, ele apelou para o sentimentalismo, disse passar por uma crise pessoal e citou a família. “Devo dizer a vossas excelências que vivo o pior momento da minha vida, um momento que jamais imaginaria passar”, afirmou. “A partir de 29 de fevereiro deste ano, hoje estamos inteirando três meses do episódio, passei a enfrentar algo que nunca tinha enfrentado na minha vida: depressão, remédios para dormir e que não fazem efeito, fuga dos amigos e talvez a campanha sistemática mais orquestrada da história do Brasil”.

29 de maio de 2012
Reinaldo Azevedo
Na VEJA Online:

PÃO & CIRCO - BRASIL MARAVILHA CAINDO NA REAL: BRASIL DEVE CAIR PARA 7a. ECONOMIA