"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 9 de maio de 2012

"GILBERTO CARVALHO LEVAVA O DINHEIRO DA QUADRILHA PARA O PT".

Fala o promotor do caso Celso Daniel: “Quem levava o dinheiro da quadrilha para o partido era o Gilberto Carvalho”
 
O júri de cinco acusados pela morte de Celso Daniel, um dos crimes mais misteriosos da história recente do país, será realizado nesta quinta-feira (10), no Fórum de Itapecerica da Serra (Grande São Paulo). Até agora, o único condenado pela morte do ex-prefeito de Santo André foi Marcos Bispo dos Santos, que pegou 18 anos de prisão após condenação do júri em novembro de 2010.

Agora, serão julgados Elcyd Oliveira Brito, Itamar Messias da Silva Santos, Ivan Rodrigues da Silva, José Edison da Silva e Rodolfo Rodrigo dos Santos Oliveira. Todos faziam parte de uma quadrilha da favela Pantanal, na divisa da capital com Diadema. Eles são acusados de homicídio duplamente qualificado e podem ser condenados de 12 a 30 anos de prisão.
O inquérito policial que levou os acusados ao banco dos réus concluiu que a morte do ex-prefeito de Santo André (SP), em 18 de janeiro de 2002, no município de Juquitiba (também na Grande SP) foi um crime comum, resultado de um sequestro mal executado pela quadrilha.
O promotor de Justiça Roberto Wider Filho, que investigou a morte de Daniel, contesta a versão da polícia e afirma que o assassinato do ex-prefeito foi encomendado por uma quadrilha responsável por um esquema de corrupção na Prefeitura de Santo André, cujo objetivo era levantar recursos para financiar campanhas eleitorais do PT (Partido dos Trabalhadores). Para ele, a investigação policial foi “incompleta” e deixou de apurar as “verdadeiras razões da morte”.
O Gaeco (Grupo de Atenção Especial de Combate ao Crime Organizado) do Ministério Público do ABC sustenta que um dos mandantes do crime é o empresário Sérgio Gomes da Silva, o “Sombra”, amigo de Celso Daniel e uma das figuras mais importantes dentro da quadrilha de Santo André -ele deverá ir a júri popular ainda neste ano em um processo diferente, já que responderá por homicídio triplamente qualificado.
Segundo o MP, o grupo arrecadava dinheiro por meio da extorsão de empresas de transporte, coleta de lixo e obras públicas, que eram coagidas a pagar uma “caixinha” todo mês. Só com as empresas de ônibus a quadrilha estaria levantando R$ 100 mil por mês. Mas, a galinha dos ovos de ouro do esquema, diz Wider Filho, eram as empresas que operavam radares de trânsito, com as quais os corruptores arrecadavam até R$ 50 milhões por mês.
Para o Gaeco, a morte do ex-prefeito foi resultado de um “desarranjo” no interior da quadrilha: a tese da promotoria é que Daniel sabia e participava do esquema de corrupção em Santo André, mas decidiu impor limites ao perceber que os desvios tinham também como finalidade engordar as contas pessoais, e não só as do partido.
Por participação no esquema, o MP moveu uma ação civil pública contra Sombra, o então secretário de Serviços Municipais Klinger Luiz de Oliveira, os empresários Ronan Maria Pinto, Luiz Marcondes Júnior e Humberto Tarcísio de Castro. Até hoje eles não foram julgados pelas denúncias.
José Dirceu, na época presidente do PT, e Gilberto Carvalho, então secretário de governo em Santo André e braço direito de Celso Daniel, hoje secretário-geral da Presidência da República, não foram investigados pelo MP por força de uma decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) de 2004, na qual o ex-ministro Nelson Jobim considerou que a promotoria não pode realizar investigações criminais.
Em entrevista ao UOL, Wider Filho falou sobre as investigações da morte de Celso Daniel e conta como funcionava o suposto esquema de corrupção em Santo André.
UOL - Qual a tese do Ministério Público para a morte de Celso Daniel?

Roberto Wider Filho -
O que nós apuramos foi a participação do Sérgio Gomes da Silva [o Sombra, amigo de Celso Daniel], que já era apontado em Santo André como o encarregado por um esquema de corrupção e concussão na prefeitura. Identificamos um elo entre esse esquema e a morte do Celso Daniel. O Sérgio foi um dos mandantes da morte em decorrência de um desarranjo no esquema de corrupção. A morte do ex-prefeito foi a mando, não foi um homicídio aleatório, como diz a Polícia Civil. Para a polícia, o sequestro foi aleatório: escolheram qualquer um na rua e por azar pegaram o prefeito. Isso ficou completamente descaracterizado na investigação e na Ação Penal que se seguiu. Verificamos que o Sérgio participou e que o crime foi premeditado.
UOL - Por que, então, a investigação policial concluiu que ocorreu crime comum?

Wider Filho -
A apuração policial foi muito útil porque identificou a quadrilha responsável pela morte, que é a da favela Pantanal [na divisa entre São Paulo e Diadema] –são os que vão ser julgados agora. Mas a investigação se encerrou prematuramente. Eles não avançaram na investigação até para verificar se a versão dos integrantes da quadrilha era correta –e não era. Os integrantes da quadrilha disseram que perseguiram o empresário desde o Ceagesp [zona oeste de São Paulo]. Quebramos o sigilo telefônico da quadrilha e verificamos que não houve essa perseguição, que os integrantes ficaram o tempo todo na avenida Dr. Ricardo Jafet [zona sul]. A Polícia Civil sequer analisou o exame necroscópico do prefeito. Um adolescente admitiu ter sido o executor da morte, e foi feita até reconstituição, mas sem que houvesse o exame de corpo de delito. Pedimos o exame do cadáver do prefeito, para confirmar se a versão do adolescente batia com as agressões no corpo do prefeito, e o laudo de exame necroscópico. Havia incoerências grandes. Ouvimos esse adolescente várias vezes, e, no final, ele admitiu que não foi o executor. A polícia aceitou passivamente a confissão dos integrantes da quadrilha. Não se aprofundou nos verdadeiros motivos e razões da morte.
UOL - Como foram as tentativas de reabertura das investigações policiais?

Wider Filho -
Nós tentamos contar com o apoio da polícia durante todo o tempo. Fizemos uma investigação preliminar e, logo que essa investigação apontou novos elementos, fomos no DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). Foi instaurado um inquérito complementar e nomeado um novo delegado, o Luiz Fernando. Começamos a fazer diligências em conjunto, mas o DHPP sempre mostrou uma resistência muito grande. Chegou ao ponto de testemunhas levadas pelo MP serem intimidadas no DHPP. Parece-me que a Polícia Civil insiste na tese de crime comum por uma questão de honra, para provar que a tese deles estava certa. Em nenhum momento dissemos que a investigação estava errada, mas ela foi interrompida antes da obtenção dos resultados mais importantes.
UOL - A investigação do MP detectou o envolvimento de pessoas ligadas ao PT no planejamento da morte de Celso Daniel?

Wider Filho -
Identificamos o Sérgio [Sombra] como sendo um dos mandantes. Embora existam indícios da participação de outras pessoas na quadrilha de Santo André, não conseguimos aprofundar as provas e não tivemos elementos para oferecer denúncia contra elas. Se não consegui prova suficiente para oferecer denúncia, não posso imputar nada contra essas pessoas. Seria uma irresponsabilidade minha.
UOL - O senhor acha que essa investigação precisa ser retomada pela polícia?

Wider Filho -
Existem algumas questões que podem ser investigadas. Depois da conclusão do inquérito complementar, fizemos outro pedido, tempos depois, para a retomada do caso. Foi indicada a delegada Elisabete Sato, na época do 78º DP (Jardins). Pedimos que fossem feitas nove diligências. Também a doutora Sato, prematuramente, relatou o inquérito –com uma posição surpreendente, cometendo vários erros no relatório, um trabalho que não é do histórico dela– reafirmando a tese do DHPP. Nós acreditamos que houve uma pressão do DHPP para que ela fizesse isso, porque a investigação dela caminhava num rumo bom. Entre outros elementos na investigação dela, colheu-se provas de que dinheiro de corrupção foi encontrado dentro do apartamento do Celso Daniel. Isso era uma prova relevante que demonstrava esse desarranjo no interior da quadrilha.
UOL - Como funcionava o esquema de corrupção em Santo André? Qual a ligação da quadrilha com a morte do ex-prefeito?

Wider Filho -
Existia uma quadrilha que fazia arrecadação destinada a financiamento de campanhas eleitorais do PT. Em um determinado momento, Celso Daniel descobre que boa parte desses recursos eram desviados para o enriquecimento pessoal dos integrantes dessa quadrilha. Com isso, ele não concordava. Havia secretários do PT, filiados ao partido, que eram integrantes da quadrilha, mas a investigação para outros integrantes do partido foi cerceada pelo STF (Supremo Tribunal Federal), que impediu que a gente investigasse o José Dirceu, o Gilberto Carvalho e a destinação final desses recursos. Nós não podemos investigar, nem a Polícia Federal, que era a instância competente. Depois eu tentei retomar essa investigação e o ministro Eros Grau, também atendendo a uma reclamação do José Dirceu, impediu. Então a gente nunca conseguiu fazer essa investigação. Portanto, não posso falar nada sobre o que eu não investiguei. Mas existe uma reclamação nossa no STF para investigarmos o José Dirceu que ainda não foi julgada.
UOL - O que foi esse “desarranjo na quadrilha” que o senhor menciona?

Wider Filho -
Quem levava o dinheiro da quadrilha para o partido era o Gilberto Carvalho. Quem arrecadava era o Ronan Maria Pinto [empresário do ramo de transportes e das comunicações] e o Sérgio [Sombra]. De repente, o dinheiro foi parar no próprio apartamento do Celso Daniel, o que demonstra como ele tinha desconfiança do funcionamento daquela quadrilha. Para ele, o dinheiro deveria ter como destinação exclusiva o financiamento de campanha eleitoral. Ele continuou arrecadando, mas o dinheiro não circulava como anteriormente. Essa investigação foi realizada pela Elisabete Sato, e, infelizmente, não teve prosseguimento. Existem outros elementos a serem investigados e aprofundados, inclusive com relação a outros mandantes, mas, fora o cerceamento que houve no Supremo, nós também tivemos problemas com a polícia.

09 de maio de 2012
Por Guilherme Balza, no UOL
Aleluia

É UMA QUESTÃO DE "MODUS OPERANDI"



DEFLAGRADA A GUERRA CONTRA OS BANCOS PRIVADOS, PT PALACIANO SE PREPARA PARA CALAR A IMPRENSA


Golpe a caminho – Depois de declarar guerra aos bancos privados na questão da redução das taxas de juro, o que faz com que a opinião pública não se preocupe tanto com o escândalo envolvendo o contraventor Carlos Augusto de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, a presidente Dilma Rousseff, embalada pela ala radical do Partido dos Trabalhadores, parte para engessar a imprensa nacional, em atitude típica de governantes totalitaristas.

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, disse na última sexta-feira (4) que o próximo passo do governo petista é colocar em discussão o polêmico e ditatorial marco regulatório da comunicação, que acabará por cercear a liberdade de expressão e atropelará de maneira vil a Constituição Federal.

“Este é um governo que tem compromisso com o povo e que tem coragem para peitar um dos maiores conglomerados, dos mais poderosos do País, que é o sistema financeiro e bancário. E se prepara agora para um segundo grande desafio, que iremos nos deparar na campanha eleitoral, que é a apresentação para consulta pública do marco regulatório da comunicação”, disse Falcão.

Para Rui Falcão, “a mídia é um poder que está conjugado ao sistema bancário e financeiro”.
Trata-se de um discurso esculpido com o cinzel da ditadura, pois o objetivo do Palácio do Planalto é calar a porção crítica da imprensa nacional que atrapalha o avanço do projeto de poder elaborado pelos petistas.

Quando engrossava as fileiras da oposição, o PT não apenas apoiava as críticas da imprensa contra os donos do poder, mas enviava às redações emissários dispostos a emplacar na mídia factóides golpistas, sempre embasados em documentos de origem duvidosa.
Quem atualmente contraria os interesses palacianos com textos coerentes e pensamento lógico é alvo de perseguições implacáveis, muitas delas desconhecidas do grande público.

Se a parcela pensante da opinião pública não reagir com rapidez, o Brasil em breve estará à porta de uma ditadura civil nos moldes da que já acontece na vizinha Venezuela.

09 de maio de 2012
ucho.info

JULGAMENTO DO CASO CELSO DANIEL

Dizem que a justiça é cega.
Mas certamente no Brasil ela além de caolha se vende baratinho em qualquer instância.
Começa amanhã o julgamento do assassinato do ex prefeito Celso Daniel.
 
E vão aí dez bizarros anos onde muitos dos que se envolveram de alguma forma nesse crime acabaram morrendo de maneiras das mais estranhas.
Certo que esse julgamento não irá pegar nenhum peixe graúdo, os mesmos de sempre serão julgados e os mais chegados do Grupo das Ratazanas Vermelhas irão sair de cú lambido desse circo.
 
E o PT insiste em esvaziar o julgamento com o argumento de que a oposição e parcela da mídia estão tentando politizar o crime.
O mundo sabe que nesse crime tem o dedo de alguns tubarões do poder, e sabemos mais ainda que se alguém for punido certamente será o mais pobre, o menos influente, e o mais coitado na cadeia de suspeitos. PTralha, nenhum!!
De minha parte esse julgamento vai ser outra bizarrice que irá consumir muito tempo e muito dinheiro publico para dar em porra nenhuma.
 
Mesmo não politizando o julgamento. Ninguém entre as Ratazanas Vermelhas levantou a bandeira da apuração séria e da punição exemplar dos assassinos. E com uma conduta como essa, é óbvio que o PT e a curriola de bandoleiros que fazem parte daquele ajuntamento de cretinos tem tudo a ver com esse crime.
Só não vê quem não quer...ou a justiça que é cega, e baratinha...baratinha...
E lá vem outra pizza gigante saindo do forno da impunidade e da bandalheira política que virou o Brasil.
 
09 de maio de 2012
omascate

CHÁVEZ APELA PARA TRATAMENTO "ALTERNATIVO"

TRATAMENTO "ALTERNATIVO": BRUXOS CUBANOS PROMOVEM MAGIA NEGRA COM SACRIFÍCIOS DE ANIMAIS NA MANSÃO DE CHÁVEZ EM CUBA.
 
Segundo o jornalista Nelson Bocaranda, em sua coluna Runrunes, o tratamento médico que Hugo Chávez recebe em Havana, é intercalado com despachos e magia negra na mansão El Laguito, onde o caudilho repousa na capital cubana.
Bocaranda revela que na mansão operam bruxos cubanos que realizam magias sacrificando animais como galos e carneiros, numa espécie de recurso alternativo para livrar o caudilho da morte pelo câncer.
Os politicamente corretos que implicam com o uso de animais como cobaias em laboratórios para testar medicamentos que, afinal, são para salvar vidas humanas, provavelmente silenciarão quanto a esse funesto episódio de magia negra cubana.
É que os politicamente corretos são todos esquerdistas, comunistas, ecochatos, enfim, encarnam todos os tipos de idiotia humana. Assim, não protestarão contra o sacrifício brutal de animais, por que afinal, Chávez é o queridinho da escumalha politicamente correta comunista.
Agora, se alguém por ventura derrubar uma goiabeira ou fulminar o gambá que ataca as galinhas de sua graja, será imediatamente denunciado por algum desses arautos do politicamente correto. No Brasil, eliminar uma serpente peçonhenta é crime inafiançável!
Eis o relato de Nelson Bocaranda no original em espanhol:
"Todo lo que pasa en La Habana se sabe siempre a través de las vías mas extrañas. Estoy asistiendo como invitado en Oslo al Freedom Forum 2012 donde coinciden diversos personajes del mundo involucrados en la defensa de la democracia, los derechos humanos, las redes sociales y la libertad de prensa. Conversando con un activista cubano, que vive por esta latitudes pero que esta en contacto con sus paisanos en la isla, supe algunas de las últimas acciones de nuestro presidente mientras se dedica en Cuba a que lo curen de su cáncer. Por ejemplo que, a pesar de sacar el Cristo cada vez que puede pidiéndole un milagro, no cesa de buscar otras alternativas religiosas.
Ya antes en su casa cubana de El Laguito se han realizado sacrificios con gallos y corderos con ritos de Santería con babalaos y paleros. La semana pasada quienes son llamados Adalberto “El Tata” y Amarito “El Babalao” lo cubrieron con sus ceremonias asegurándole que “de esto sale bien parao”. Énfasis puesto en “Ogún dueño del trabajo y del quirófano médico” y “la Mano de Orula”.
En cuanto a mis fuentes originales me reiteran que no se le está aplicando ni radio ni quimioterapia, aunque algunos galenos insisten en darle algo más de ésta última pero aún no hay decisión tomada. El énfasis se esta poniendo en tratarle el ánimo y ayudarlo a que no sufra dolor por el tema óseo. En días -u horas- grabará un video para mostrarse “saludable y mandando desde Cuba como si estuviese en Caracas”. Ayer hubo otro cónclave habanero. Días cada vez mas difíciles para el paciente y el “proceso”… Do site Runrunes

09 de maio de 2012
in aluizio amorim

O CHEFE - CAPÍTULO 13


Capítulo XIII

Em 5 anos, Lula repassou R$ 12,6 bilhões para
ONGs. Dinheiro para amigos, mal fiscalizado

A administração Lula repassou R$ 12,6 bilhões a 7.700 ONGs (Organizações Não-Governamentais) por meio de 20 mil convênios entre 2003 e 2007. Apesar dos valores expressivos, não havia mecanismos para selecionar adequadamente as entidades escolhidas como prestadoras de serviço.

Quase não existiu controle na aplicação dos recursos federais, nem rigor na hora de acertar as contas. Suspeitou-se de desvios. Parte do dinheiro poderia ter sido embolsada por gente amiga. A CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) encarregada de apurar irregularidades quase não avançou. Os governistas travaram as investigações. Não houve quebra de sigilos bancários e fiscais para identificar responsáveis pela eventual roubalheira.

A proposta para criar a CPI surgiu após a identificação de Jorge Lorenzetti, o amigo e churrasqueiro de Lula, como protagonista do escândalo do dossiê, no final de 2006. Na época Jorge Lorenzetti fora apontado pela Polícia Federal como o responsável pela articulação da compra do tal dossiê. Ele também era colaborador de uma ONG, a rede Unitrabalho, suspeita de desvios. A Unitrabalho recebeu R$ 5,4 milhões da Fundação Banco do Brasil.

As denúncias respingaram em Ideli Salvatti (PT-SC), então líder do partido do presidente da República no Senado. Ela teria ligações com a ONG Federação dos Trabalhadores na Agricultura Familiar da Região Sul, que recebeu R$ 5,2 milhões do Governo Federal entre os anos de 2003 e 2007. Suspeitava-se que parte do dinheiro destinado à formação e qualificação de mão-de-obra rural teria sido usada em campanhas do PT. A filha de Jorge Lorenzetti, Natália, aliás, trabalhava no gabinete da senadora Ideli Salvatti.

Associou-se ainda o nome de Jorge Lorenzetti ao de outra ONG de Santa Catarina, a Rede 13. Entre os fundadores da entidade estava Lurian Cordeiro Lula da Silva, filha do presidente Lula. A ONG funcionaria como um braço do programa Fome Zero e teria recebido R$ 7,5 milhões do Governo Federal até ser extinta. A oposição suspeitou da Rede 13, que também serviria para repassar dinheiro público a integrantes do PT.

Auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) chegou a apontar que 54% das verbas federais destinadas a ONGs eram repassadas a entidades sem capacidade para realizar as atividades propostas.
A metade dos R$ 3 bilhões liberados a ONGs e Oscips (Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público) em 2006, conforme estimativa do TCU, foi desviada. Não é pouco: R$ 1,5 bilhão. Malversação de dinheiro público. Para fiscalizar atividades de 270 mil ONGs e Oscips, o Ministério da Justiça dispunha de 12 funcionários.

Exemplo de descontrole e desperdício de dinheiro público foi o tratamento do governo Lula à ONG Agência de Desenvolvimento Solidário, ligada à CUT (Central Única dos Trabalhadores). Com sede em São Paulo, a entidade recebeu R$ 8 milhões do Ministério da Educação para executar o Programa Brasil Alfabetizado. Não cumpriu o estabelecido.

Entre as irregularidades detectadas em 59 ONGs conveniadas com o Ministério da Educação havia grupos de alunos-fantasmas, turmas com número de alunos abaixo do previsto, professores sem receber salários, professores cadastrados à revelia, classes registradas em locais desativados e, principalmente, inexistência de prestações de contas sobre serviços que foram pagos e deveriam ter sido realizados. Funcionava tudo como se as entidades existissem apenas como forma de transferir dinheiro público a seus donos.

A CGU (Controladoria-Geral da União) inspecionou "serviços" do Instituto do Trabalho Dante Pellacani em Belford Roxo (RJ). Era uma fraude. Não encontrou quatro alfabetizadoras inscritas pela ONG para ministrar aulas. Dos 40 alunos da amostra analisada, 16 nem sequer existiam. Dos sete nomes que constavam na relação de beneficiários e possuíam telefone em casa, três não participavam das atividades. Dos outros, quatro nem foram localizados.

Em março de 2008, a ONG Associação Nacional de Cooperação Agrícola, ligada ao MST (Movimento dos Sem-Terra), foi condenada pelo TCU (Tribunal de Contas da União) a devolver R$ 4,4 milhões repassados pelo Ministério da Educação, por irregularidades no Programa Brasil Alfabetizado. Como prestação de contas, a ONG apresentou relações com os nomes de supostos beneficiários, mas não mostrou listas de presenças nem controle de frequência de alfabetizandos e alfabetizadores.

Outro caso suspeito envolveu as ONGs Instituto Técnico de Estudos Agrários e Cooperativismo e Instituto de Orientação Comunitária e Assistência Rural, ligadas ao MST. Receberam R$ 5,8 milhões do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Não ficou demonstrada a aplicação do dinheiro.
Levantamento da Consultoria de Orçamento e Fiscalização Financeira da Câmara dos Deputados, em Brasília, concluiu que R$ 330 milhões foram repassados pelo Governo Federal a 546 ONGs por meio de convênios supostamente irregulares. Houve casos de entidades criadas alguns meses antes das assinaturas dos convênios que autorizariam a liberação dos recursos.

Na gestão do ministro Walfrido dos Mares Guia (PTB-MG), o Ministério do Turismo assinou convênios com 55 entidades no valor de R$ 11,8 milhões. Todas as organizações tinham menos de três anos de existência. Uma delas, a Associação dos Amigos, situada no Rio de Janeiro, tinha cinco meses quando recebeu R$ 499 mil para promover trabalhos de incentivo ao turismo.

O TCU (Tribunal de Contas da União) estranhou a liberação de R$ 300 mil por parte do Ministério do Turismo para um congresso da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), realizado em agosto de 2006. Lula participou do evento. O repasse das verbas federais foi considerado contrário ao interesse público. Em menos de cinco anos, a Abrasel recebeu R$ 24 milhões em dinheiro do governo, sendo que apenas um dos convênios, firmado em 2004, consumiu R$ 11,4 milhões do Ministério do Turismo. O TCU apontou irregularidades na parceria e favorecimento ao presidente da Abrasel, Paulo Solmucci. Ele manteria ligações com Lula.

Em outro caso, uma ONG criada em agosto de 2003 recebeu R$ 1,6 milhão em janeiro de 2004, para "atender demandas de empresas e associações em busca de certificação do projeto Fome Zero". O dinheiro foi liberado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e do Combate à Fome.

Já a Associação de Orientação às Cooperativas do Nordeste recebeu R$ 3,7 milhões do Governo Federal, sendo R$ 2,3 milhões diretamente da Secretaria de Desenvolvimento Territorial, órgão do Ministério do Desenvolvimento Agrário. Para anotar: o secretário de Desenvolvimento Territorial, Humberto Oliveira, foi dono da ONG por dez anos. Entre as tarefas que a entidade se comprometeu a executar com dinheiro público se destacam as seguintes: dinamização das ações de desenvolvimento rural sustentável, consolidação da estrutura de gestão de 12 cooperativas de crédito rural singulares, articulação do território agreste meridional e mata sul e estudo propositivo no Estado de Pernambuco. Deu para entender?

A Secretaria Especial da Aquicultura e da Pesca, controlada pelo ministro Altemir Gregolin (PT-SC), repassou recursos, por meio de convênios, a entidades dirigidas por filiados do PT em Santa Catarina. Foram R$ 101 mil para a Colônia de Férias Z-14 e R$ 100 mil para a Casa Familiar do Mar, ambas presididas pelo petista Obadias Barreiros. A Associação de Pescadores da Barra do Camacho, de Jaguaruna (SC), ligada ao deputado Paulo Serafim, também do PT, recebeu outros R$ 59 mil.

O Ministério do Trabalho e Emprego, sob comando do PDT, chegou a responder por R$ 31,8 milhões transferidos a ONGs por meio de convênios que ficaram pendentes de regularização. O ministro Carlos Lupi (PDT-RJ) assinou parceria considerada suspeita, no valor de R$ 4,4 milhões, com a ONG Confederação Nacional dos Evangélicos. O acerto foi feito menos de dois meses depois que um diretor da entidade se filiou ao PDT.
  
Outras quatro entidades ligadas ao PDT também receberam dinheiro liberado pelo ministro Carlos Lupi. Três delas foram recomendadas pela Força Sindical, sendo que duas tinham suas sedes no mesmo edifício que abriga a central sindical. O presidente da Força, aliás, deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), foi acusado de participar de esquemas que desviaram dinheiro do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador, do Ministério do Trabalho).

A CPI das ONGs chegou a apontar cinco deputados como tendo ligações com organizações não-governamentais investigadas pelo Senado. São eles: Adão Pretto (PT-RS), Marcos Maia (PT-RS), Assis Miguel do Couto (PT-PR), Anselmo de Jesus (PT-RO) e Sandra Rosado (PSB-RN).

A ONG Ifas (Instituto Nacional de Formação e Assessoria Sindical), com sede em Goiânia, assinou convênio de R$ 7,1 milhões com o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária). No início de 2008 já havia recebido R$ 4,6 milhões do estipulado, apesar de a entidade ter deixado de demonstrar como organizara os cursos técnicos para a formação de lideranças rurais graças aos quais pôs as mãos no dinheiro público. Não emitiu relatórios que comprovassem a execução dos serviços nem provou como empregou as verbas federais. A transação virou caso de polícia. Teve ordem de busca e apreensão por parte da Justiça Federal. Os repasses foram suspensos e as contas bancárias, bloqueadas. Descobriu-se que um dos fundadores da Ifas era Delúbio Soares, o conhecido ex-tesoureiro do PT.

O Instituto Novo Horizonte foi criado para oferecer cursos de treinamento a crianças pobres. Bonito. Na prática teria engolido R$ 1,8 milhão do Ministério da Ciência e Tecnologia. Michael Vieira da Silva, ex-funcionário da ONG, denunciou a abertura de empresa de fachada, emissão de notas fiscais frias e a maracutaia segundo a qual eram simuladas compras de material didático. Os serviços não teriam sido prestados. Em outro caso suspeito envolvendo o Ministério da Ciência e Tecnologia, a ONG Instituto de Desenvolvimento Científico e Tecnológico de Xingó recebeu R$ 11,2 milhões em três anos.

Voltemos à maracutaia do Instituto Novo Horizonte. Numa única operação, denunciada na revista Veja, teria havido fraude em despesas de R$ 1,1 milhão na aquisição de material didático. Em outro convênio, desta vez com o Ministério do Esporte, a ONG pôs as mãos em R$ 1,6 milhão. Dirigentes do Instituto Novo Horizonte teriam ligações com o secretário de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia, Joe Valle, e com Agnelo Queiroz (PC do B-DF), que exerceu o cargo de ministro do Esporte de Lula. Michael Vieira da Silva teria repassado R$ 150 mil em dinheiro vivo a Agnelo Queiroz.

Enquanto Agnelo Queiroz foi ministro do Esporte, beneficiou sua base eleitoral em Brasília. As ONGs Associação João Dias de Kung Fu, Federação Brasiliense de Kung Fu, Associação dos Funcionários do Ceub e Associação Gomes de Matos receberam R$ 4,7 milhões. Houve acusações sobre a existência de listas de assinaturas simuladas para forjar frequências em cursos e de notas fiscais frias para justificar despesas a dirigentes do PC do B.

Quando Agnelo Queiroz foi substituído por Orlando Silva (PC do B-SP), o Ministério do Esporte continuou a priorizar a distribuição de recursos em favor de ONGs. Mas priorizou São Paulo, base eleitoral do novo ministro. Dos R$ 14,1 milhões distribuídos a entidades não-governamentais por Orlando Silva no início de seu mandato, a maior beneficiária foi a Confederação Nacional das Associações de Moradores, com sede na capital paulista. Recebeu R$ 5,2 milhões. A presidente da entidade era filiada ao PC do B, da mesma forma que os dirigentes de outras quatro ONGs agraciadas por Orlando Silva. Juntas, as entidades paparam outros R$ 8,9 milhões.

A ONG Bola Pra Frente, com sede em Jaguariúna (SP), recebeu R$ 8,5 milhões em 2008. Foi o terceiro maior repasse a uma entidade privada sem fins lucrativos feito pelo Ministério do Esporte naquele ano. O problema é que a presidente da ONG, vereadora Karina Valéria Rodrigues, era filiada ao mesmo PC do B do qual fazia parte Orlando Silva. Karina Valéria Rodrigues, por sua vez, escolheu a RNC Comércio de Produtos Alimentícios e Artigos Esportivos para fornecer alimentos por dois anos à sua ONG. Valor do contrato: R$ 4,4 milhões. A RNC foi a maior doadora da campanha de Karina.

CAPÍTULO ANTERIOR - ARQUIVO DE 08 DE MAIO DE 2012

O BARATO SAI CARO: MAIS DE 50% DOS PRODUTOS PERIGOSOS NA UNIÃO EUROPÉIA TÊM ORIGEM CHINESA

Reportagem da France Presse mostra que mais de 50% dos produtos notificados como perigosos na União Europeia (UE) têm origem chinesa, mas pela primeira vez, em 2011, o número de queixas diminuiu com a implementação de um sistema de alerta aplicado desde 2004, afirma um relatório divulgado pela Comissão Europeia.
Apesar da China ainda ser o país com maior número de notificações, esta proporção caiu, passando de 58% de todos os casos em 2010 a 54% em 2011, destaca o documento.
No total, 1.803 produtos, em particular roupas, têxteis, brinquedos e veículos a motor, foram notificados como perigosos em 2011, contra um total de 2.244 em 2010.
Esta é a primeira vez também que o número de notificações diminui desde a criação do sistema pelo qual os países europeus indicam produtos considerados perigosos para que sejam retirados do mercado.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG

O caso dos produtos chineses que invadem o mundo é realmente ameaçador. Para usufruir do regime de semi-escravidão, as multinacionais instalaram na China suas indústrias obsoletas, que são altamente poluidoras e/ou fabricam produtos perigosos. Cada país importador, como o Brasil, que se cuide e proíba a entrada desses produtos. Mas como a falta de responsabilidade dos governantes é tradição, aqui no Brasil nem se fala que existam produtos perigosos sendo importados. As autoridades nem se interessam por isso.

NO DESESPERO, AGNELO QUEIROZ AFASTA DIRETOR DE AUTARQUIA CITADO EM CONVERSA DE CACHOEIRA

A Agência Brasil informa que o diretor administrativo-financeiro da Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans), Milton Martins de Lima Junior, ficará afastado “preventivamente” do cargo por 60 dias. O afastamento, assinado pelo governador Agnelo Queiroz, foi publicado segunda-feira no Diário Oficial do Distrito Federal.

Conforme informações publicadas na imprensa, Lima Junior é citado em gravações do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, feitas pela Polícia Federal com autorização judicial.

De acordo com a Polícia Federal, Cachoeira fala sobre negociação para que a construtora Delta assuma o sistema de bilhetagem eletrônica da DFTrans. Na conversa, o empresário cita um servidor do órgão chamado Milton, que segundo a PF é Milton Lima Júnior.

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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG

Como se sabe, o empresário-bicheiro-corruptor Carlinhos Cachoeira foi preso pela Polícia Federal em fevereiro passado, no âmbito da Operação Monte Carlo, acusado de envolvimento com jogos ilegais. Se o governador Agnelo Queiroz for demitir todos os integrantes da administração de Brasília que tinham relações com Cachoeira, o último a sair apague a luz. O pior é que o governador terá de demitir a si próprio.
Conforme já assinalamos aqui no Blog, seu governo está sob intervenção direta do PT e do Palácio do Planalto, que o obrigaram a nomear um assessor da presidente Dilma Rousseff para a Chefia da Casa Civil do DF, na tentativa de moralizar a administração.

09 de maio de 2012
tribuna da internet

TODA UNANIMIDADE É BURRA

Uma das mais conhecidas frases do dramaturgo Nelson Rodrigues, trata da unanimidade, disse ele: “Toda unanimidade é burra. Quem pensa com a unanimidade não precisa pensar”. Ou seja, onde não há oposição, prevaleça a ignorância.

Estou dizendo isso pois tomei conhecimento ontem (8/5) que o Conselho de Ética do Senado, aprovou por unanimidade, o pedido de abertura de processo disciplinar contra o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).


Essa unanimidade ainda não se tornou burra, fato que só acontecerá, se a corrupção incontestável do senador, se limitar à cassação de seu mandato. Por que ele não expiará suas culpas (e são muitas), encarcerado? Assim como aconteceu com o banqueiro Salvatore Caciola, que por crimes contra o sistema financeiro ficou recolhido ao presídio Bangu 8 por 4 anos.

Logo de saída se tem a certeza que os crimes de Demóstenes são mais graves, nem só no montante, mas porque se valeu de um cargo eletivo para roubar.
Há ainda mais um detalhe, qualquer punição para o senador goiano, tem que ter o aspecto de “o vento que venta cá, também tem que ventar lá”.
O rol dos envolvidos é visto em todos os partidos, portanto não se podem punir somente os de oposição, mas com o mesmo rigor os também aliados do Planalto.

Entre os que tem de se explicar não pode ser esquecido o presidente Lula, que foi beneficiado em sua campanha eleitoral de 2002, pelo esquema “Cachoeira”.
Finalizando, a unanimidade senatorial de hoje, poderá se livrar da burrice, se agir com coerência, caso contrário estará condenada a uma obtusidade crônica.

A foto que ilustra esse artigo, mostra ser difícil imaginar um Conselho de Ética, que tendo como competes os senadores Renan Calheiros (PMDB-AL) e Romero Jucá (PMDB-RR) possa agir com lisura e inteligência.

09 de maio de 2012
giulio sanmartini

SOBRE A SITUAÇÃO NACIONAL



VERGONHA NACIONAL

Enquanto Sérgio Cabral se esbaldava em Paris com Cavendish, o Rio sofria com a insegurança e a dengue




Com a ajuda da base aliada, o governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), do Rio de Janeiro, tenta escapar da lista de depoentes da CPI criada para investigar a teia de relacionamentos do contraventor Carlinhos Cachoeira e as estripulias da Delta Construções.

O temor de Cabral Filho é que os integrantes da Comissão descubram suas relações nada ortodoxas com o empresário Fernando Cavendish, ex-dono da Delta.
Cabral pode até não cair nas redes da CPI do Cachoeira, mas é merecedor de algum procedimento por parte do Legislativo fluminense, pois sua conduta nas caravanas internacionais de Cavendish foi no mínimo vexatória para uma autoridade.

Enquanto Cabral Filho se esbaldava em festas em Paris e outras cidades europeias, um dos mais importantes estados brasileiros estava à deriva. No quesito segurança pública, os fluminenses continuam refém dos marginais.
A ação do crime organizado é tão desafiadora, que na terça-feira (8) uma viatura da Corregedoria da Polícia Civil foi roubada em um subúrbio carioca.
Os ocupantes do veículo não reagiram e não houve confronto com os marginais.

Deixando a insegurança pública de lado e rumando na direção das questões da saúde, o Rio de Janeiro está sob o controle da dengue. O secretário da Saúde, Sérgio Côrtes, era um dos convivas das farras europeias patrocinadas por Fernando Cavendish.
Nas primeiras dezoito semanas de 2012, o Rio registrou mais de 83 mil casos de dengue e 17 mortes provocadas pela doença, sendo que quinze delas correram na capital.

Em meados de 2006, quando se preparava para a reeleição, o então presidente Luiz Inácio da Silva disse que a saúde pública estava a um passo da perfeição. Tempos depois, o petista sugeriu ao presidente dos EUA, Barack Obama, que adotasse o modelo do SUS na Terra do Tio Sam.

O mesmo Lula, em 2007, disse, dias antes da abertura dos Jogos Pan-Americanos, que o Rio de Janeiro, encerrado o evento esportivo, contaria com o melhor e mais eficiente sistema de segurança do País. Como se vê, esses novos descobridores do Brasil são reconhecidamente incompetentes e adeptos da mitomania.

09 de maio de 2012
ucho.info

CONSELHO DE ÉTICA DISCUTE ABRIR PROCESSO CONTRA PROTÓGENES

Colegiado definiu lista tríplice para escolher relator de processo contra o deputado, acusado de envolvimento com o esquema de Carlinhos Cachoeira
Deputado Delegado Protógenes PCdoB/SPDeputado Delegado Protógenes PCdoB/SP (Beto Oliveira/Agência Câmara)

O relator do processo contra o deputado Protógenes Queiroz (PCdoB-SP) será escolhido da lista tríplice composta pelos parlamentares Amauri Teixeira (PT-BA), Jorge Corte Real (PTB-PE) e Onyx Lorenzone (DEM-RS). Os nomes foram sorteados na tarde desta quarta-feira pelos integrantes do Conselho de Ética da Câmara dos Deputados.

O presidente do conselho, deputado José Carlos Araújo (PDT-BA), afirmou que vai conversar com os três escolhidos para fazer sua indicação. “Devo anunciar o nome até quarta-feira da semana que vem”, disse.

Protógenes é acusado de envolvimento com o esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. Autor da representação contra o deputado, o PSDB diz que Protógenes feriu o decoro parlamentar ao manter relações suspeitas com o sargento da Aeronáutica Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, braço-direito de Cachoeira.

Nesta terça-feira, em depoimento à CPI, o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques falou da proximidade do parlamentar com Dadá. O deputado esteve presente na reunião do Conselho de Ética e protestou contra a possível abertura do processo: “Não há nenhum elemento que indique minha participação no esquema Cachoeira”.

Depois de escolhido o relator, não há prazo para que ele apresente seu parecer prévio. Mas existe a expectativa de que demore de 10 a 15 dias para o relatório ficar pronto. Só depois da apresentação desse parecer é que o Conselho decide se abre ou não o processo. A abertura é o primeiro passo para um pedido de cassação. Depois da apresentação do relatório final, Protógenes pode ser punido com uma simples advertência, com a suspensão do mandato ou com a cassação.

João Carlos Bacelar - Durante a reunião, o deputado José Carlos Araújo também fez o sorteio da lista tríplice para designar os relatores da representação contra o deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), acusado da prática de nepotismo cruzado e uso de dinheiro público para contratação de funcionários particulares. A Mesa Diretora da Câmara acolheu parecer encaminhado pela Corregedoria da Casa, sugerindo a suspensão temporária do mandato do parlamentar.

Foram sorteados os deputados Dr. Ubiali (PSB-SP), Vilson Covatti (PP-RS) e Assis Carvalho (PT-PI). O relator escolhido terá dez dias para apresentar seu parecer aos membros do colegiado. Bacelar já apresentou defesa ao conselho e negou a existência de nepotismo.

09 de maio de 2012
Gabriel Castro - Veja Online

PSDB AMEAÇA RECORRER AO STF PARA DERRUBAR SIGILO DE CPI

Para os tucanos, o interesse público deve prevalecer. Antes de apelar à corte, partido fará apelo para que o presidente da CPI suspenda o segredo
 
O empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos CachoeiraO empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira (Lula Marques/Folhapress)
O PSDB anunciou nesta segunda-feira que pode recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para derrubar o sigilo dos documentos em poder da CPI do Cachoeira. A intenção é que todos os textos e registros enviados pelo Judiciário à comissão, mesmo aqueles que estejam sob segredo de Justiça, se tornem públicos. Para os tucanos, o interesse público deve se sobrepor à necessidade de confidencialidade dos dados da Comissão Parlamentar de Inquérito.

Antes de recorrer à Suprema Corte, no entanto, o partido fará um apelo para que o presidente da CPI, senador Vital do Rêgo (PMDB-PB), revogue o segredo dos documentos.
“Vamos formalizar uma questão de ordem que pede o fim do sigilo com jurisprudência firmada pelo Supremo, em julgados de diversos ministros”, afirmou o senador Alvaro Dias (PSDB-PR). “O cenário é favorável à suspensão do sigilo. Se o presidente da CPI não acolher a questão de ordem que vamos formalizar amanhã, ingressaremos com um mandado de segurança junto ao Supremo. A quem interessa esse sigilo?”

Se depender da posição adotada nesta segunda-feira por Vital do Rêgo, o PSDB terá mesmo de ir ao Supremo. O presidente da CPI disse que só o ministro Ricardo Lewandowski - que autorizou o envio das informações, mas determinou o sigilo - pode revogar o segredo. "O sigilo só quem pode levantar é o ministro Lewandowski. Eu, pessoalmente, queria que ele levantasse, mas é decisão da Justiça. Meu desejo é público, mas eu tenho de cumprir as determinações", disse Vital do Rêgo.

Mais cedo, o advogado do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Márcio Thomaz Bastos, disse que, caso a CPI não libere à defesa documentos das investigações desencadeadas pelas operações Vegas e Monte Carlo, o contraventor deve permanecer calado no depoimento que prestará aos parlamentares no próximo dia 15.
“Se ele não tiver acesso ao material, se nós não tivermos, é muito difícil ele depor. Ele pode se refugiar no seu direito de ficar em silêncio para não se incriminar”, disse Thomaz Bastos, que encaminhou à CPI o pedido de acesso às informações.

09 de maio de 2012
Laryssa Borges - Veja

MP SOLICITA A CABRAL INFORMAÇÕES SOBRE SUAS FARRAS AO EXTERIOR

O GLOBO mostrou que valor de diárias fora do país triplicaram no governo do peemedebista


Cabral e Cavendish dançam na porta do Hotel Ritz, em Paris, segundo informou o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) em seu blog
Foto: Divulgação / Blog do Garotinho
Cabral e Cavendish dançam na porta do Hotel Ritz, em Paris, segundo informou o deputado Anthony Garotinho (PR-RJ) em seu blogDivulgação / Blog do Garotinho

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) informou nesta quarta-feira que o Procurador-Geral de Justiça, Cláudio Lopes, solicitou na terça-feira ao governador Sérgio Cabral informações sobre suas viagens ao exterior. O GLOBO mostrou nesta quarta-feira o governo do peemedebista aumentou em 294% os gastos da administração estadual com diárias no exterior desde 2007.

Naquele ano, foram pagos R$ 663 mil para esse tipo de despesa contra R$ 3,2 milhões em 2011 — aumento nominal de 391%. Atualizando valores pela inflação, o aumento fica em 294%.


Veja também


O Procurador-Geral aguarda as respostas para serem analisadas pela Assessoria da Chefia Institucional.

Cabral vem sendo questionado por suas viagens após divulgação, no blog do deputado federal e ex-governador Anthony Garotinho (PR), de imagens suas e de secretários estaduais em jantares e festas em que estava presente o dono da Delta Construções, Fernando Cavendish, que é amigo de Cabral e tem contratos com o estado.

De acordo com o governo, Sérgio Cabral fez 37 viagem ao exterior em missão oficial desde 2007. Vinte e uma dessas missões tiveram como destino a França. Paris, a capital francesa, recebeu o governador cinco vezes neste período. Pelo menos quatro deputados estaduais —Marcelo Freixo (PSOL), Luiz Paulo (PSDB), Clarissa Garotinho (PR) e Paulo Ramos (PDT) — formalizaram na mesa diretora da casa requerimentos em que pedem informações sobre estas viagens. Nenhum deles, no entanto, recebeu resposta.

09 de maio de 2012

UM MINUTO COM AUGUSTO NUNES

Aldo Rebelo e ‘O perigo da esperteza’


PGR TERÁ 5 HORAS PARA ACUSAR QUADRILHEIROS DO MENSALÃO DE LULA

STF adiantou que defesa dos acusados terá uma hora para sua exposição


Ministros do STF em sessão pelnária nesta quarta-feira
Foto: STF / Divulgação
Ministros do STF em sessão pelnária nesta quarta-feiraSTF / Divulgação

Ainda não existe previsão de quando o processo do mensalão entrará na pauta do Supremo Tribunal Federal (STF), mas os ministros já estão preocupados em organizar o julgamento do ano. Nesta quarta-feira, na discussão de uma questão de ordem apresentada pelo relator, ministro Joaquim Barbosa, o plenário da Corte decidiu que o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, terá cinco horas para acusar os 38 réus no julgamento. O tempo reservado ao chefe do Ministério Público não estava explícito na legislação.


Por lei, os advogados terão uma hora para defender cada um dos réus. Proporcionalmente, o procurador-geral terá pouco menos de oito minutos para atacar cada um dos réus. Ainda assim, ele concordou com a sugestão de tempo feita pelo relator.

- Mesmo porque acho complicado alguém sustentar mais do que cinco horas... - disse Barbosa, bem-humorado. Na terça-feira, Barbosa negou novo pedido de desmembramento, desta vez feito pelo advogado Márcio Thomaz Bastos, que defende o réu José Roberto Salgado, ex-dirigente do Banco Rural.

- O Ministério Público entende que o tempo de cinco horas estaria adequado. Evidentemente ele não será suficiente, mas é um tempo mínimo para que a acusação possa esboçar algo de forma satisfatória - afirmou Gurgel.

- Ressalto a conveniência da decisão, porque as defesas sabem desde sempre que terão uma hora para a sustentação. É preciso que o Ministério Público saiba antecipadamente o tempo que disporá, para preparar sua sustentação.

O procurador-geral temia que, sem uma definição antecipada do tempo, fosse destinado a ele prazo de apenas uma hora para acusar os 38 réus no dia do julgamento. Hoje, o ministro Celso de Mello lembrou que, no julgamento do Caso Collor, nos anos 1990, ocorreu situação semelhante: eram oito réus e o chefe do Ministério Público dispôs de apenas uma hora para fazer a sustentação oral em plenário. A maioria dos ministros concordou que a extensão do tempo destinado ao procurador-geral era necessária para garantir a “paridade de armas” no julgamento.

Apenas um ministro foi contra a decisão

Apenas Marco Aurélio Mello discordou. Para ele, o mensalão é um processo como outro qualquer. Portanto, não se poderia discutir a forma de julgamento antes mesmo de marcada a data. Para o ministro, se fosse respeitada a igualdade, deveriam ser dadas 38 horas para Gurgel atacar os réus.

- Se fossemos obedecer a regra da igualdade de armas, seriam necessárias 38 horas. Nem Fidel Castro, quando estava no auge dos discursos, chegou a tanto. Sua excelência (o procurador-geral) saberá dosar a sustentação. Quem sou eu para fixar tempo para sua excelência? - questionou Marco Aurélio.

Também nesta quarta-feira, Barbosa sugeriu que, para tornar o julgamento mais ágil, ele lesse apenas uma versão reduzida do relatório. O documento, com 122 páginas, já foi disponibilizado aos demais ministros em dezembro. Como os autos do processo estão digitalizados, os advogados também têm acesso ao relatório. A intenção é de que, no dia do julgamento, o ministro leia três páginas no máximo. O plenário concordou com a proposta – a exceção, novamente, foi Marco Aurélio.

- Não posso deixar de revelar a compreensão que tenho sobre esse processo. Para mim, é um processo como tantos outros que já foram julgados pelo Supremo. Não vejo qualquer excepcionalidade a ditar regras especiais. A partir do momento em que nos reunimos em sessão plenária para estabelecermos balizas para esse julgamento, colamos a ele excepcionalidade que não se coaduna com o Estado de Direito. Não cabe a questão de ordem - afirmou.

Primeira semana será apenas para defesa oral

O relator explicou que propôs as questões de ordem em vista da complexidade do processo. Segundo ele, o julgamento não terminará em menos que três semanas. A primeira delas será toda dedicada às sustentações orais dos advogados, realizadas em 38 horas. Barbosa contou que a ação penal soma hoje 234 volumes e 495 apensos. Ao todo, são 50.199 páginas.

- Estamos cuidando da formatação de sessões que têm que ser diferenciadas, porque o processo é diferenciado. Não na nossa objetividade de julgar, jamais; mas na complexidade da sua estrutura formal - disse o presidente do STF, ministro Carlos Ayres Britto.

O ministro Gilmar Mendes questionou se o julgamento da ação será feito em dias sucessivos e se serão sessões pela manhã e à tarde. No entanto, Ayres Britto disse que outras questões sobre o assunto serão decididas em breve.

09 de maio de 2012
Carolina Brígido- O Globo

TED: O FAST-FOOD DO SABER

 Tudo o que você precisa saber sobre qualquer coisa – deste e de outros mundos – cabe nos 18 minutos de cada uma das 1.200 palestras divulgadas na internet pelo movimento que já mobilizou mais de 700 milhões de pessoas

MARCELO MOURA

TED (Foto: revista ÉPOCA/Reprodução)

Winston Churchill precisou de cinco minutos e 11 segundos para conclamar os ingleses a resistir ao avanço das tropas nazistas, em 10 de maio de 1940, em seu primeiro discurso como primeiro-ministro do Reino Unido – aquele em que disse as célebres palavras: “Não tenho nada a oferecer senão sangue, trabalho árduo, suor e lágrimas”.
Ao assumir a Presidência dos Estados Unidos, em 1933, Franklin Delano Roosevelt encontrou seu povo deprimido por uma crise econômica. Começou o melhor governo da história daquele país num discurso de 46 segundos, com a frase: “Não há nada a temer além do próprio medo”.
O líder negro Martin Luther King precisou de mais tempo, 17 minutos, para inflamar a luta mundial contra o racismo, no famoso discurso “I have a dream”, de 1963. No dia anterior, ele ainda preparava sua fala.
Churchill, Roosevelt e King provaram que, com uma boa causa e as palavras certas, é possível mudar o mundo em menos de 18 minutos. É exatamente essa a proposta de um dos maiores fenômenos da comunicação contemporânea. Dezoito minutos é a duração máxima de cada apresentação do TED, um seminário nascido nos Estados Unidos, em 1984, e que, desde 2006, publica suas palestras na internet para qualquer um ver e compartilhar.

capa da edição 729 (Foto: revista ÉPOCA/Reprodução)

Nestes seis anos, o TED – realizado anualmente em San Francisco – e uma miríade de filhotes, entre os quais o principal é o TED Global, se transformaram em mais que um fenômeno da rede. As 1.202 palestras disponíveis no site www.ted.com contemplam histórias individuais inspiradoras de todo o mundo e ideias originais e inovadoras de estrelas do pensamento contemporâneo. Elas já foram vistas, numa conta conservadora, 700 milhões de vezes.

Os vídeos estão livres para ser publicados por outros sites. “Tão animador quanto falar é aprender com as pessoas que vão lá contar suas histórias”, escreveu em seu blog Bill Gates, fundador da Microsoft, que já discursou em três edições do TED. “São pessoas incríveis que tentam resolver problemas e mudar positivamente o mundo.” Mudar o mundo é uma causa bastante popular entre empresas e pessoas bem-sucedidas. Com meses de antecedência, esgotam-se os ingressos para eventos do TED, que atraem o patrocínio de marcas como Rolex, Tiffany & Co., Gucci, Audi, Coca-Cola, Shell ou IBM.

A reportagem de capa da edição de ÉPOCA que está nas bancas ou no seu tablet (baixe o aplicativo) conta como o empresário paquistanês Chris Anderson, homônimo do editor chefe da revista americana Wired, conseguiu fazer um evento pequeno, prestigiado, mas deficitário, transformar-se em um dos maiores casos de sucesso da comunicação mundial.
09 de maio de 2012
Revista Época

MACACOS USAM IPAD PARA SE COMUNICAR EM ZOOLÓGICO AMERICANO

Macacos usam iPad para se comunicar em zoológico americano


Macacos podem ser tão fãs de tecnologia quanto os humanos. É o que prova a foto acima, registrando um dia comum no zoológico Jungle Island, em Miami, Estados Unidos. O local é um dos zoológicos que já experimentam aparatos tecnológicos com macacos, deixando seus seis orangotangos usarem um iPad para se comunicarem.

De acordo com o Huffington Post, o programa começou há quase um ano. O aplicativo usado pelos animais, originalmente desenvolvido para humanos autistas, mostra na tela imagens de vários objetos. Um instrutor, então, fala o nome de algum desses objetos, e o macaco deve pressionar com o dedo o correspondente na tela.

O iPad tem sido um grande aditivo a um programa já existente no zoológico, cujo objetivo é estimular mentalmente os animais. Há muito tempo, os monitores usam linguagem de sinais para se comunicarem com eles. Usando apenas as mãos, os orangotangos conseguem responder a simples questões, identificando objetos e expressando suas vontades e necessidades.
Os macacos conseguem também identificar partes do corpo, ajudando os instrutores a cuidarem deles. “Nós somos capazes de realmente monitorar a saúde deles diariamente. Se alguém não está se sentindo bem, nós sabemos disso imediatamente”, contou Linda Jacobs, que coordena o programa do uso de iPad por orangotangos.

Linda e os outros treinadores já desenvolveram laços fortes com os animais, mas o iPad oferece uma oportunidade de estes se comunicarem com pessoas que não entendem sua língua de sinais. “Assim, outras pessoas podem realmente apreciá-los. Orangotangos são extremamente inteligentes, mas limitados por sua incapacidade física de falar”, disse ela.


Foto: AP Photo/J Pat Carter

09 de maio de 2012
Érika Kokay

O DEDO (PERIGOSO) DE CARLINHOS CACHOEIRA

 

Desde que vazaram os 300 telefonemas de Demóstenes para Carlinhos Cachoeira que não param de vir a furo ligações do rei dos contraventores brasileiros com autoridades, políticos, empresários da indústria, do comércio, prestadores de serviço, consultores e até com uma lá que outra pessoa que pisa nos astros distraída...

O dedo de Cachoeira aparece a todo instante na máquina pública e na máquina privada; em governos estaduais, em prefeituras, em Assembleias Legislativas, ministérios, tribunais, gabinetes e latrinas de todo tamanho e feitio. É dele a única digital que aparece em tudo que é canto, em tudo quanto é buraco.
Mas ele metia a mão aonde, em quem, quando, como? Fazia tudo sozinho? Ahan, então não ele não futricava ninguém. Era só estimulação onânica. Desvio de conduta autoaplicado. Malfeitos com prazer solitário.

Bom se era masturbação, Carlinhos Cachoeira não comeu ninguém; penetrou-se apenas. Sua prática era autoprazerosa, não ia fundo no buzafan de ninguém. E, ao que parece e aparece, era só o dedo que aparecia e aparece. O dedo de Carlinhos Cachoeira. O dedo de maior carga erótico-financeira da República. O maior dedo dos governos transparentes e invisíveis do Brasil. Uma espécie de artefato proctológico para uso individual, sem contraindicação.

Na pior das hipóteses, o dedo de Carlinhos Cachoeira aparece nas pegadas deixadas por animais de outras espécies, diferentes em gênero, número e grau do velho conhecido e respeitável zoón politikon. Aí sim, se ele meteu mais que o dedo e bolinou mais que uma espécie de mamíferos quadrúpedes, ou de aves de rapina, o caso já é mais grave.

Aí, Carlinhos Cachoeira já não estava mais sozinho; aí deu zebra; já fazia fuque-fuque e ronça-e-fuça emparceirado. Quer dizer, resfolegava outrém, ainda que do animal planet.
Nesse caso, Carlinhos Cachoeira já merece castigo. É tara, desvio moral, malfeito consentido, consciente, mesmo que fora do controle. Quem mexe com bicho, merece pelo menos uma jaula.

Afora isso, basta o seu defensor público Márcio Thomaz Bastos entrar com um habeas corpus no Supremo, alegando que Carlinhos Cachoeira é um onânico contumaz; que faz tudo sozinho e não bota no buzanfan de ninguém.

Pronto, vai na hora pro olho da rua. Afinal, a masturbação é a salvação da humanidade. Até pode ser socialmente condenável em algumas culturas, mas não pega nem causa doença. Já pensou se não fosse la palmita de la mano, o que seria do mundo? E o que seria desse Brasil de segredos de Polichinelo sem o dedo de Carlinhos Cachoeira?!?
 
09 de maio de 2012
sanatório da notícia

O BELO SOCIALISMO FRANCÊS

Adivinhe quem vem para o jantar? Para o jantar em que François Hollande toma posse da França, adivinhe? Ela! Valérie Trierweiler. Mulher sem papel do novo presidente dos franceses. Primeira primeira-dama nessas condições na história republicana daquele país. Seu sobrenome e seu temperamento brindaram-na com o codinome de Rottweiler.

Reprodução/Div
Rottweiller, um pouco porque é jornalista; outro tanto porque é mais mal-humorada que Muricy Ramalho. Tanto assim que prendeu uma tapona num colega da revista Paris-Match, porque não gostou de uma piadinha cheia de humor aquoso, beirando o assédio sexual. Foi quando virou Rottweiller. Ela é formada na Sorbonne, a mesma Sorbonne do Dr. Honório Lula.

Às vésperas de chegar como primeira-conviva para o jantar, ela disse à imprensa que "Ser primeira-dama não é algo com o que sonhei. Tenho medo de perder a liberdade."

Este é um ponto a ponderar. Ela sempre foi muito livre. Antes de começar a relação com Hollande, ela teve outros dois maridos. Mas isso é de somenos. O que importa é que, olhando assim bem direitinho, ela não fica devendo nada a Carla Bruni.

É glamourosa despojada, tem charme e elegância de sobra. Talvez não cante nada, mas chia muito bem. Ela é quem ronrona no ouvido de Hollande as dicas que formam a sua imagem pública. A França em peso está aliviada: sa première Dame est le plus beau du monde. E nem usa penteado à Coco Channel, nem nada.
A relação entre Valérie e Hollande começou enquanto o cara ainda era casado com Ségolène Royal - aquela que concorreu contra Sarkozy à Presidência.

Reprodução/Div
Ségolène - que também não é de se jogar fora - perdeu a eleição e ganhou um chapéu de viking. A dupla François/Royal que já produzira quatro filhos, acabou se separando em 2007.

Então já se sabe: no Château de Versailles ninguém é freira, como diria qualquer homem-presidente brasileiro, e o socialismo está tão bem preparado de jolis hommes, quanto de belles femmes fatales.
 
09 de maio de 2012
sanatório da notícia

O CASO JOSEPH KONY

Inglês pode ser condenado à morte por assassinato em massa depois de encontrar corpos de supostas vítimas de Joseph Kony

O inglês David Simpson, gerente de uma empresa que oferece expedições de caça, está preso e pode ser condenado à morte por assassinato em massa. Ele encontrou os corpos de 13 pessoas, supostas vítimas do guerrilheiro Joseph Kony, jogados no meio do mato na República Centro-Africana e chamou a polícia, mas acabou sendo preso, acusado de ser o responsável pelas mortes. Há seis semanas, ele é mantido em uma cela com outros 80 presos e agora, segundo ele, foi obrigado a assinar um documento que diz que ele foi acusado de cometer os 13 assassinatos, um crime cuja pena é a morte no país africano.

Em entrevista ao tablóide inglês Daily Mail Simpson falou sobre a prisão:
“Durante seis semanas fui mantido na prisão sem uma única evidência. Quando chamei a polícia, tudo o que eles fizeram foi tirar algumas fotos dos corpos com seus celulares. Essa foi a investigação. Todos sabem que não tenho nada a ver com isso, que a culpa é de Kony, mas é uma questão de dinheiro. Assim que fui preso, estipularam uma fiança de um milhão de euros, o que é absurdo”.

O guerrilheiro Joseph Kony passou os últimos 25 anos aterrorizando populações africanas, especialmente de Uganda, com o seu Exército de Resistência do Senhor, conhecido pela sigla em inglês, acusado de recrutar crianças. Ele ficou famoso, mais uma vez, com o vídeo Kony, produzido pelo grupo Invisible Children (Crianças Invisíveis). Acredita-se que ele esteja escondido na República Centro-Africana.
O Ministério das Relações Exteriores da Inglaterra está tentando resolver o caso.

Saiba mais:
Personagem de viral sobre Kony defende organização que produziu o vídeo
Idealizador de filme sobre Kony é preso por se masturbar em público

Redação Época
09 de maio de 2012
André Sollitto

ORA, LULA ESTÁ POR TRÁS DE TUDO!

 
Em meio à polêmica sobre a limitação do acesso aos documentos da CPI do Cachoeira, a decisão de ouvir o delegado responsável pela Operação Vegas em sessão fechada , há pouco, dividiu a comissão e gerou protestos de parlamentares.
 
Por 17 votos a 11, a maioria da CPI decidiu vetar o acesso da imprensa e do público em geral ao depoimento do delegado Raul Alexandre Marques, que conduziu as investigações da Operação Vegas.
Ele começou a ser ouvido por volta das 16 horas, em reunião restrita aos integrantes (titulares e suplentes) e técnicos da CPI. Os jornalistas e espectadores foram conduzidos para fora da sala pelos agentes da polícia legislativa.
 
A Operação Vegas da Polícia Federal é considerada a “mãe” da Operação Monte Carlo, que levou à prisão do contraventor Carlos Cachoeira no dia 29 de fevereiro. Os autos da operação, que correm em segredo de justiça, foram encaminhados à CPI na semana passada. Digitalizados, foram disponibilidades para consulta dos integrantes da CPI na “sala-cofre” da comissão.
 
No entanto, a maior parte do inquérito já se encontra disponível em diversos sites da internet. Por isso, a preocupação em ouvir o delegado reservadamente virou alvo de crítica dos integrantes da comissão. “É um inquérito sigiloso de informações notórias”, ironizou o deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP).
O deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) foi mais longe. Ao microfone disse durante a fase aberta da sessão: ”Quero comunicar que tudo que vai ser aqui falado vai ser vazado”, anunciou.
 
O PT, na contramão de sua história, defendeu o sigilo através do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), sob o pretexto de preservar a investigação. “As revelações do delegado à comissão, se vazarem, podem prejudicar a continuidade da investigação”, alegou.
 
Estão previstos para a próxima quinta-feira (10) os depoimentos do delegado Matheus Rodrigues e dos procuradores da República Daniel Salagado e Léa Batista, responsáveis pela Operação Monte Carlo. A expectativa, apesar da polêmica, é de que também sejam ouvidos em reunião fechada da comissão. Do site do Estadão

MEU COMENTÁRIO: Essa CPI do Cachoeira é um blefe. Todos sabem que não passa de encenação montada pelo Lula para faturar politicamente. Já afirmei isso aqui no blog e continuo afirmando. Ouvir a Polícia Federal? Quá quá quá! pois é a Stasi petralha.
09 de maio de 2012
aluizio amorim