Isso foi exibido em todos os telejornais noturnos.
Paulo, 28 anos, casado com Sônia, grávida de 04 meses, desempregado há dois meses, sem ter o que comer em casa foi ao rio Piratuaba-SP a 5km de sua casa pescar para ter uma ´misturinha´ com o arroz e feijão, pegou 900gr de lambari, e sem saber que era proibida a pesca, foi detido por dois dias, levou umas porradas.
Um amigo pagou a fiança de R$ 280,00 para liberá-lo e terá que pagar ainda uma multa ao IBAMA de R$ 724,00.
A sua mulher Sônia grávida de 04 meses, sem saber o que aconteceu com o marido que supostamente sumiu, ficou nervosa e passou mal, foi para o hospital e teve aborto espontâneo.
Ao sair da detenção, Ailton recebe a noticia de que sua esposa estava no hospital e perdeu seu filho, pelos míseros peixes que ficaram apodrecendo no lixo da delegacia.
Quem poderá devolver o filho de Sônia e Paulo?
Henri Philippe Reichstul, de origem estrangeira, Presidente da PETROBRAS.
Responsável pelo derramamento de 1 milhão e 300 mil litros de óleo na Baía da Guanabara. Matando milhares de peixes e pássaros marinhos.
Responsável, também, pelo derramamento de cerca de 4 milhões de litros de óleo no Rio Iguaçu, destruindo a flora e fauna e comprometendo o abastecimento de água em várias cidades da região. Crime contra a natureza, inafiançável.
Este camarada encontra-se em liberdade e pode ser visto jantando nos melhores restaurantes do Rio e de Brasília.
Esta é uma campanha em favor da VERGONHA NA CARA.
Eu já divulguei, e você? Faça sua parte, não demora nada.
Nada mesmo.
21 de março de 2012
Publicada em sábado, 11 de fevereiro de 2012
Um painel político do momento histórico em que vivem o país e o mundo. Pretende ser um observatório dos principais acontecimentos que dominam o cenário político nacional e internacional, e um canal de denúncias da corrupção e da violência, que afrontam a cidadania. Este não é um blog partidário, visto que partidos não representam idéias, mas interesses de grupos, e servem apenas para encobrir o oportunismo político de bandidos. Não obstante, seguimos o caminho da direita. Semitam rectam.
"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)
"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)
quarta-feira, 21 de março de 2012
ESSA MERECE UMA PLACA...
O deputado Paulo Pereira da Silva, o tal Paulinho da Força, acaba de mostrar quantos neurônios tem, ao pronunciar a seguinte frase:
´Não dá para aceitar que a imprensa fique derrubando ministro de 15 em 15 dias´.
Uma frase histórica, digna de placas a serem fixadas na CUT e na Câmara.
Nobre deputado,
Quem derruba ministro não é a imprensa, não lhe informaram isso? Eles estão caindo porque são ladrões do erário e foram denunciados por uma imprensa não comprometida com esse governo corrupto. E mais, um rato decapitado a cada 15 dias é pouco.
Se o Judiciário fosse independente, se o Legislativo não tivesse sido comprado e o Executivo perdesse a chave do cofre, todo o governo seria derrubado em um só dia.
E as quadrilhas (inclusive a sua), eufemisticamente chamadas de partidos políticos, seriam imediatamente extintas para o bem do Brasil e em respeito ao cidadão.
Humberto de Luna Freire Filho
Publicada em 30 de dezembro de 2011
O Estado de São Paulo:
´Não dá para aceitar que a imprensa fique derrubando ministro de 15 em 15 dias´.
Uma frase histórica, digna de placas a serem fixadas na CUT e na Câmara.
Nobre deputado,
Quem derruba ministro não é a imprensa, não lhe informaram isso? Eles estão caindo porque são ladrões do erário e foram denunciados por uma imprensa não comprometida com esse governo corrupto. E mais, um rato decapitado a cada 15 dias é pouco.
Se o Judiciário fosse independente, se o Legislativo não tivesse sido comprado e o Executivo perdesse a chave do cofre, todo o governo seria derrubado em um só dia.
E as quadrilhas (inclusive a sua), eufemisticamente chamadas de partidos políticos, seriam imediatamente extintas para o bem do Brasil e em respeito ao cidadão.
Humberto de Luna Freire Filho
Publicada em 30 de dezembro de 2011
O Estado de São Paulo:
DESPACHO INUSITADO DE UM JUIZ
DESPACHO INUSITADO DE UM JUIZ EM UMA SENTENÇA JUDICIAL ENVOLVENDO 2 POBRES COITADOS QUE FURTARAM 2 MELANCIAS.
DESPACHO POUCO COMUM
A Escola Nacional de Magistratura incluiu em seu banco de sentenças, o despacho pouco comum do juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, em Tocantins. A entidade considerou de bom senso a decisão de seu associado, mandando soltar Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, detidos sob acusação de furtarem duas melancias.
DESPACHO JUDICIAL.
DECISÃO PROFERIDA PELO JUIZ RAFAEL GONÇALVES DE PAULA
NOS AUTOS DO PROC Nº. 124/03 - 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas/TO
DECISÃO
Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão.
Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Ghandi, o Direito Natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado Direito alternativo, o furto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados e dos políticos do mensalão deste governo, que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de se colocar os indiciados na Universidade do Crime (o sistema penitenciário nacional)...
Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém. Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário apesar da promessa deste presidente que muito fala, nada sabe e pouco faz.
Poderia brandir minha ira contra os neo-liberais, o consenso de Washington, a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização européia....
Poderia dizer que George Bush joga bilhões de dólares em bombas na cabeça dos iraquianos, enquanto bilhões de seres humanos passam fome pela Terra - e aí, cadê a Justiça nesse mundo?
Poderia mesmo admitir minha mediocridade por não saber argumentar diante de tamanha obviedade.
Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir.
Simplesmente mandarei soltar os indiciados. Quem quiser que escolha o motivo.
Expeçam-se os alvarás.
Intimem-se.
Rafael Gonçalves de Paula
Juiz de Direito
Divulguem para Juizes, promotores, advogados, estudantes de direito e outros cursos. Essa sentença é uma aula, mais que isso; é uma lição de vida, um ensinamento para todos os momentos.
Ele com certeza desabafou por todos nós!
21 de março de 2012
DESPACHO POUCO COMUM
A Escola Nacional de Magistratura incluiu em seu banco de sentenças, o despacho pouco comum do juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, em Tocantins. A entidade considerou de bom senso a decisão de seu associado, mandando soltar Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, detidos sob acusação de furtarem duas melancias.
DESPACHO JUDICIAL.
DECISÃO PROFERIDA PELO JUIZ RAFAEL GONÇALVES DE PAULA
NOS AUTOS DO PROC Nº. 124/03 - 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas/TO
DECISÃO
Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão.
Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Ghandi, o Direito Natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado Direito alternativo, o furto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados e dos políticos do mensalão deste governo, que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de se colocar os indiciados na Universidade do Crime (o sistema penitenciário nacional)...
Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém. Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário apesar da promessa deste presidente que muito fala, nada sabe e pouco faz.
Poderia brandir minha ira contra os neo-liberais, o consenso de Washington, a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização européia....
Poderia dizer que George Bush joga bilhões de dólares em bombas na cabeça dos iraquianos, enquanto bilhões de seres humanos passam fome pela Terra - e aí, cadê a Justiça nesse mundo?
Poderia mesmo admitir minha mediocridade por não saber argumentar diante de tamanha obviedade.
Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir.
Simplesmente mandarei soltar os indiciados. Quem quiser que escolha o motivo.
Expeçam-se os alvarás.
Intimem-se.
Rafael Gonçalves de Paula
Juiz de Direito
Divulguem para Juizes, promotores, advogados, estudantes de direito e outros cursos. Essa sentença é uma aula, mais que isso; é uma lição de vida, um ensinamento para todos os momentos.
Ele com certeza desabafou por todos nós!
21 de março de 2012
O JEITO DE GOVERNAR
Então, se não fosse a equipe de jornalismo fantástico da Rede Globo, o governo continuava bobo. Agora já sabe como é que funciona a Máfia da Propina em licitações mandadas aviar pelo Ministério da Saúde.
Faz de conta que daqui pra frente tudo vai ser diferente. Que desmascarados e capturados os malfeitores de licitações malfeitas envolvendo hospitais de universidades federais, o governo aprendeu a ser gente.
Até parece que isso não é o "jeito PT de governar" implantado ao longo dos oito anos luláticos e espalhado que nem cobra pelo chão do País nesses 14 meses de domínio dilmático.
Licitação é praga que contamina o Brasil desde os tempos em que ainda não fora instalada a República dos Calamares. O organismo público brasileiro está contaminado pela vírus da licitação, sofre da Síndrome do Toma lá-dá cá.
A "estratégia de coalizão pela governabilidade" instituída por Luiz Erário Lula da Silva apenas aprimorou a técnica do balcão de negócios. Tudo é - nos poderes constituídos e nas forças-vivas instituídas - só uma questão de preço. E de moeda.
Qual é mesmo a diferença entre os 20% de propina para um "gestor de compras" do governo e uma empreiteira, prestadora de serviços, ou um consultor que pode até, quem sabe, entregar caças franceses em troca e - diga por favor a diferença - uma centena de cargos e dezenas de ministérios de quebra para um PMDB, um PR, um PCdoB ou PSB integrar a "base aliada"?!?
No primeiro golpe, a propina é paga em dinheiro sonante que pode responder em qualquer idioma; na segunda empulhação, a moeda de troca sai das entranhas do organismo estatal. A diferença, a Globo e o povo que não é bobo já sabem: a propina das licitações é feita às escondidas; já a gandaia da compra e venda de alianças é feita desavergonhadamente, em dinheiro vivo, ministérios, cargos e bens da coisa ública, ao mais amplo e pleno sol da liberdade. Essa pandilha de sevandijas já não sabe e nem precisa fazer nada diferente. É o seu jeito de governar.
RODAPÉ
Tudo que tem vindo à tona nesse mar de lama que afoga a nação emerge pelo faro da mídia que nada de braçada nas águas nem sempre límpidas de suas próprias linhas editoriais. O Parlamento, as autoridades, o Executivo, o Judiciário só mergulham no problema de carona. Dão entrevistas, esbravejam e ameaçam convocar CPIs e iniciar ações de fato e de direito depois dos jornais, revistas e programas de domingo. Com o dinheiro, o poder, a obrigação funcional, as centenas de assessores que têm a sua disposição, já deveriam estar investigando há muito tempo cada porta de rua, cada saída de fundos, cada garagem e cada porão da Esplanada dos Ministérios, maior lixeira a céu aberto do Brasil. Não é nem sequer uma questão de vontade política; trata-se de uma simples questão de vontade. Pura e simples. Certamente pura demais; simples demais.
19/03/2012
sanatório da notícia
Faz de conta que daqui pra frente tudo vai ser diferente. Que desmascarados e capturados os malfeitores de licitações malfeitas envolvendo hospitais de universidades federais, o governo aprendeu a ser gente.
Até parece que isso não é o "jeito PT de governar" implantado ao longo dos oito anos luláticos e espalhado que nem cobra pelo chão do País nesses 14 meses de domínio dilmático.
Licitação é praga que contamina o Brasil desde os tempos em que ainda não fora instalada a República dos Calamares. O organismo público brasileiro está contaminado pela vírus da licitação, sofre da Síndrome do Toma lá-dá cá.
A "estratégia de coalizão pela governabilidade" instituída por Luiz Erário Lula da Silva apenas aprimorou a técnica do balcão de negócios. Tudo é - nos poderes constituídos e nas forças-vivas instituídas - só uma questão de preço. E de moeda.
Qual é mesmo a diferença entre os 20% de propina para um "gestor de compras" do governo e uma empreiteira, prestadora de serviços, ou um consultor que pode até, quem sabe, entregar caças franceses em troca e - diga por favor a diferença - uma centena de cargos e dezenas de ministérios de quebra para um PMDB, um PR, um PCdoB ou PSB integrar a "base aliada"?!?
No primeiro golpe, a propina é paga em dinheiro sonante que pode responder em qualquer idioma; na segunda empulhação, a moeda de troca sai das entranhas do organismo estatal. A diferença, a Globo e o povo que não é bobo já sabem: a propina das licitações é feita às escondidas; já a gandaia da compra e venda de alianças é feita desavergonhadamente, em dinheiro vivo, ministérios, cargos e bens da coisa ública, ao mais amplo e pleno sol da liberdade. Essa pandilha de sevandijas já não sabe e nem precisa fazer nada diferente. É o seu jeito de governar.
RODAPÉ
Tudo que tem vindo à tona nesse mar de lama que afoga a nação emerge pelo faro da mídia que nada de braçada nas águas nem sempre límpidas de suas próprias linhas editoriais. O Parlamento, as autoridades, o Executivo, o Judiciário só mergulham no problema de carona. Dão entrevistas, esbravejam e ameaçam convocar CPIs e iniciar ações de fato e de direito depois dos jornais, revistas e programas de domingo. Com o dinheiro, o poder, a obrigação funcional, as centenas de assessores que têm a sua disposição, já deveriam estar investigando há muito tempo cada porta de rua, cada saída de fundos, cada garagem e cada porão da Esplanada dos Ministérios, maior lixeira a céu aberto do Brasil. Não é nem sequer uma questão de vontade política; trata-se de uma simples questão de vontade. Pura e simples. Certamente pura demais; simples demais.
19/03/2012
sanatório da notícia
REPUBLICANAGEM
FOME DE BOLA
Ronaldo Fenômeno abriu a Copa: está disposto a presidir a CBF depois de 2014. Como se vê, ele continua com fome de bola.
CONTÁGIO
João Havelange está hospitalizado, Ricardo Teixeira está doente... Há algo de podre no reino do futebol. E, ao que tudo indica, contagiante.
TIRO NOS PÉS
O escândalo das propinas entre gestores de hospitais de universidades federais, fortnecedores e prestadores de serviço levantado pela TV Gobo no fim de semana, é só a ponta do iceberg. Se deputados e senadores colocassem seus bandos de assessores fazendo o trabalho investigativo que a só a imprensa vem fazendo nesse país, já saberiam que a Lei Rouanet e a Lei de Incentivo ao Esporte podem estar sofrendo do mesmo mal. E nem é preciso querer prorrogação para o Segundo Tempo, nem mesmo querer saber a senha do blog a Bethania para chegar ao fundo do poço. O Parlamento, tanto quanto o Palácio o Planalto, não desarmam essa bandalheira porque estariam atirando nos próprios pés.
DÉCADA DECADENTE
Não é só para os malfeitores que cometeram malfeitos e foram para o olho da rua a Esplanada dos Ministérios. A pergunta é para todos os ministros e ministérios ainda não varridos pelo espanador de Dilma: - Cadê os seus benfeitos?!? O que foi feito de bom para o Brasil neste ano e dois meses de governo emendado nos oito anos e Lula?!? Onde está sendo enfiada a dinheirama da maior carga tributária do mundo?!? Que década!Decaída. Decadente por dente; olho por olho.
21 março de 2012
santório da noticia
Ronaldo Fenômeno abriu a Copa: está disposto a presidir a CBF depois de 2014. Como se vê, ele continua com fome de bola.
CONTÁGIO
João Havelange está hospitalizado, Ricardo Teixeira está doente... Há algo de podre no reino do futebol. E, ao que tudo indica, contagiante.
TIRO NOS PÉS
O escândalo das propinas entre gestores de hospitais de universidades federais, fortnecedores e prestadores de serviço levantado pela TV Gobo no fim de semana, é só a ponta do iceberg. Se deputados e senadores colocassem seus bandos de assessores fazendo o trabalho investigativo que a só a imprensa vem fazendo nesse país, já saberiam que a Lei Rouanet e a Lei de Incentivo ao Esporte podem estar sofrendo do mesmo mal. E nem é preciso querer prorrogação para o Segundo Tempo, nem mesmo querer saber a senha do blog a Bethania para chegar ao fundo do poço. O Parlamento, tanto quanto o Palácio o Planalto, não desarmam essa bandalheira porque estariam atirando nos próprios pés.
DÉCADA DECADENTE
Não é só para os malfeitores que cometeram malfeitos e foram para o olho da rua a Esplanada dos Ministérios. A pergunta é para todos os ministros e ministérios ainda não varridos pelo espanador de Dilma: - Cadê os seus benfeitos?!? O que foi feito de bom para o Brasil neste ano e dois meses de governo emendado nos oito anos e Lula?!? Onde está sendo enfiada a dinheirama da maior carga tributária do mundo?!? Que década!Decaída. Decadente por dente; olho por olho.
21 março de 2012
santório da noticia
LULA PARA SEMPRE
Luiz Inácio Lula da Silva não é um homem de palavra. Proclamou diversas vezes que, ao terminar o ano mandato presidencial, iria se recolher à vida privada e se afastar da política. Mentiu. Foi mais uma manobra astuta, entre tantas que realizou, desde 1972, quando chegou à diretoria do sindicato de São Bernardo, indicado pelo irmão, para ser uma espécie de porta-voz do Partidão (depois de eleito, esqueceu do acordo).
A permanente ação política do ex-presidente é um mau exemplo para o país. Não houve nenhuma acusação de corrupção no governo Dilma sem que ele apoiasse enfaticamente o acusado . Lula pressionou o governo para não “aceitar as pressões da mídia”. Apresentou a sua gestão como exemplo, ou seja, nunca apurou nenhuma denúncia, mesmo em casos com abundantes provas de mau uso dos recursos públicos. Contudo, seus conselhos não foram obedecidos.
Não deve causar estranheza este desprezo pelo interesse público. É típico de Lula. Para ele, o que vale é ter poder. Qualquer princípio pode ser instrumento para uma transação. Correção, ética e moralidade são palavras desconhecidas no seu vocabulário. Para impor a sua vontade passa por cima de qualquer idéia ou de pessoas. Tem obtido êxito. Claro que o ambiente político do país, do herói sem nenhum caráter ajudou. E muito.
Ao longo do tempo, a doença do eterno poder foi crescendo. Começou na sala de um sindicato e terminou no Palácio do Planalto. E pretende retornar ao posto que considera seu. Para isso, desde o dia 1 de janeiro deste ano, não pensa em outra coisa.
E toda ação política passa por este objetivo maior. Como de hábito, o interesse pessoal é o que conta. Qualquer obstáculo colocado no caminho será ultrapassado a qualquer custo.
O episódio envolvendo o ministro do Esporte é ilustrativo. A defesa enfática de Orlando Silva não dependeu da apresentação de provas da inocência do ministro. Não, muito pelo contrário.
O que contou foi a importância para o seu projeto presidencial de apoio do PCdoB ao candidato petista na capital paulista. Lula sabe que o primeiro passo rumo ao terceiro governo é vencer em São Paulo. 2014 começa em 2012. O mesmo se repetiu no caso do Ministério dos Transportes e a importância do suporte do PR, independentemente dos “malfeitos”, como diria a presidente Dilma, realizados naquela pasta. E, no caso, ainda envolvia o interesse pessoal: o suplente de Nascimento no Senado era o seu amigo João Pedro.
O egocentrismo do ex-presidente é antigo. Tudo passa pela mediação pessoal. Transformou o delegado Romeu Tuma, chefe do Dops paulista, onde centenas de brasileiros foram torturados e dezenas foram assassinados, em democrata. Lula foi detido em 1980, quando não havia mais torturas. Recebeu tratamento privilegiado, como mesmo confessou, diversas vezes, em entrevistas que foram utilizadas até na campanha do delegado ao Senado. Nunca fez referência às torturas. Transformou a casa dos horrores em hotel de luxo. E até chegou a nomear o filho de Tuma secretário nacional de Justiça!
O desprezo pela História é permanente. Estabeleceu uma forte relação com o símbolo maior do atraso político do país: o senador José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney. Retirou o político maranhense do ocaso político. Fez o que Silvio Romero chamou de “suprema degradação de retrogradar, dando, de novo, um sentido histórico às oligarquias locais e outorgando-lhes nova função política e social.” E pior: entregou parte da máquina estatal para o deleite dos interesses familiares, com resultados já conhecidos.
O desprezo pelos valores democráticos e republicanos serve para explicar a simpatia de Lula para com os ditadores. Estabeleceu uma relação amistosa com Muamar Kadafi (o chamou de “amigo, irmão e líder”) e com Fidel Castro (outro “amigo”). Concedeu a tiranos africanos ajuda econômica a fundo perdido. Nunca - nunca mesmo – em oito anos de Presidência deu uma declaração contra as violações dos direitos humanos nas ditaduras do antigo Terceiro Mundo. Mas, diversas vezes, atacou os Estados Unidos.
Desta forma, é considerável a sua ojeriza a qualquer forma de oposição. Ele gosta somente de ouvir a sua própria voz. Não sabe conviver com as críticas. E nem com o passado. Nada pode se rivalizar ao que acredita ser o seu papel na história. Daí a demonização dos líderes sindicais que não rezavam pela sua cartilha, a desqualificação dos políticos que não aceitaram segui-lo. Além do discurso, usou do “convencimento” financeiro. Cooptou muitos dos antigos opositores utilizando-se dos recursos do Erário. Transformou as empresas estatais em apêndices dos seus desejos. Amarrou os destinos do país ao seu projeto de poder.
Como o conde de Monte Cristo, o ex-presidente conta cada dia que passa. A sua “vingança” é o retorno, em 2014. Conta com a complacência de um país que tem uma oposição omissa, ou, na melhor das hipóteses, tímida. Detém o controle absoluto do PT. Usa e abusa do partido para fortalecer a sua capacidade de negociação com outros partidos e setores da sociedade. É obedecido sem questionamentos.
Lula é uma “avis rara” da política brasileira. Nada o liga à nossa tradição. É um típico caudilho, tão característico da América Hispânica. Personalista, ególatra, sem princípios e obcecado pelo poder absoluto. E, como todo caudilho, quer se perpetuar no governo. Mas os retornos na América Latina nunca deram certo. Basta recordar dois exemplos: Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón.
(Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
5 de março de 2012
A permanente ação política do ex-presidente é um mau exemplo para o país. Não houve nenhuma acusação de corrupção no governo Dilma sem que ele apoiasse enfaticamente o acusado . Lula pressionou o governo para não “aceitar as pressões da mídia”. Apresentou a sua gestão como exemplo, ou seja, nunca apurou nenhuma denúncia, mesmo em casos com abundantes provas de mau uso dos recursos públicos. Contudo, seus conselhos não foram obedecidos.
Não deve causar estranheza este desprezo pelo interesse público. É típico de Lula. Para ele, o que vale é ter poder. Qualquer princípio pode ser instrumento para uma transação. Correção, ética e moralidade são palavras desconhecidas no seu vocabulário. Para impor a sua vontade passa por cima de qualquer idéia ou de pessoas. Tem obtido êxito. Claro que o ambiente político do país, do herói sem nenhum caráter ajudou. E muito.
Ao longo do tempo, a doença do eterno poder foi crescendo. Começou na sala de um sindicato e terminou no Palácio do Planalto. E pretende retornar ao posto que considera seu. Para isso, desde o dia 1 de janeiro deste ano, não pensa em outra coisa.
E toda ação política passa por este objetivo maior. Como de hábito, o interesse pessoal é o que conta. Qualquer obstáculo colocado no caminho será ultrapassado a qualquer custo.
O episódio envolvendo o ministro do Esporte é ilustrativo. A defesa enfática de Orlando Silva não dependeu da apresentação de provas da inocência do ministro. Não, muito pelo contrário.
O que contou foi a importância para o seu projeto presidencial de apoio do PCdoB ao candidato petista na capital paulista. Lula sabe que o primeiro passo rumo ao terceiro governo é vencer em São Paulo. 2014 começa em 2012. O mesmo se repetiu no caso do Ministério dos Transportes e a importância do suporte do PR, independentemente dos “malfeitos”, como diria a presidente Dilma, realizados naquela pasta. E, no caso, ainda envolvia o interesse pessoal: o suplente de Nascimento no Senado era o seu amigo João Pedro.
O egocentrismo do ex-presidente é antigo. Tudo passa pela mediação pessoal. Transformou o delegado Romeu Tuma, chefe do Dops paulista, onde centenas de brasileiros foram torturados e dezenas foram assassinados, em democrata. Lula foi detido em 1980, quando não havia mais torturas. Recebeu tratamento privilegiado, como mesmo confessou, diversas vezes, em entrevistas que foram utilizadas até na campanha do delegado ao Senado. Nunca fez referência às torturas. Transformou a casa dos horrores em hotel de luxo. E até chegou a nomear o filho de Tuma secretário nacional de Justiça!
O desprezo pela História é permanente. Estabeleceu uma forte relação com o símbolo maior do atraso político do país: o senador José Ribamar da Costa, vulgo José Sarney. Retirou o político maranhense do ocaso político. Fez o que Silvio Romero chamou de “suprema degradação de retrogradar, dando, de novo, um sentido histórico às oligarquias locais e outorgando-lhes nova função política e social.” E pior: entregou parte da máquina estatal para o deleite dos interesses familiares, com resultados já conhecidos.
O desprezo pelos valores democráticos e republicanos serve para explicar a simpatia de Lula para com os ditadores. Estabeleceu uma relação amistosa com Muamar Kadafi (o chamou de “amigo, irmão e líder”) e com Fidel Castro (outro “amigo”). Concedeu a tiranos africanos ajuda econômica a fundo perdido. Nunca - nunca mesmo – em oito anos de Presidência deu uma declaração contra as violações dos direitos humanos nas ditaduras do antigo Terceiro Mundo. Mas, diversas vezes, atacou os Estados Unidos.
Desta forma, é considerável a sua ojeriza a qualquer forma de oposição. Ele gosta somente de ouvir a sua própria voz. Não sabe conviver com as críticas. E nem com o passado. Nada pode se rivalizar ao que acredita ser o seu papel na história. Daí a demonização dos líderes sindicais que não rezavam pela sua cartilha, a desqualificação dos políticos que não aceitaram segui-lo. Além do discurso, usou do “convencimento” financeiro. Cooptou muitos dos antigos opositores utilizando-se dos recursos do Erário. Transformou as empresas estatais em apêndices dos seus desejos. Amarrou os destinos do país ao seu projeto de poder.
Como o conde de Monte Cristo, o ex-presidente conta cada dia que passa. A sua “vingança” é o retorno, em 2014. Conta com a complacência de um país que tem uma oposição omissa, ou, na melhor das hipóteses, tímida. Detém o controle absoluto do PT. Usa e abusa do partido para fortalecer a sua capacidade de negociação com outros partidos e setores da sociedade. É obedecido sem questionamentos.
Lula é uma “avis rara” da política brasileira. Nada o liga à nossa tradição. É um típico caudilho, tão característico da América Hispânica. Personalista, ególatra, sem princípios e obcecado pelo poder absoluto. E, como todo caudilho, quer se perpetuar no governo. Mas os retornos na América Latina nunca deram certo. Basta recordar dois exemplos: Getúlio Vargas e Juan Domingo Perón.
(Marco Antonio Villa é historiador e professor da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar)
5 de março de 2012
ENTRE 1960 E 2011
Cenário 1: João não fica quieto na sala de aula. Interrompe e perturba os colegas.
· Ano 1960: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca e até umas reguadas nas mãos e volta tranqüilo à classe. Esconde o fato dos pais com medo de apanhar mais. Pronto. Voltou a se comportar bem.
· Ano 2011: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra receita Rivotril. Transforma-se num zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz e processam o colégio.
Cenário 2: Luis, de sacanagem quebra o farol de um carro, no seu bairro.
· Ano 1960: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro. A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.
· Ano 2011: Processam o pai de Luis por maus tratos e ele tem que se abster de ver seu filho. Luis se volta para a droga, delinqüe e fica preso num presídio especial para adolescentes.
Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...
· Ano 1960: Rapidamente, José se sente melhor e continua brincando.
· Ano 2011: A professora Maria é acusada de não cuidar das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais processam o colégio por danos psicológicos e a professora por negligência, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...
Cenário 4: Disciplina escolar
· Ano 1960: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos suspendia e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não incomodávamos mais ninguém.
· Ano 2011: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo do trauma eterno compra um big computador para o filhinho.
Cenário 5: Horário de Verão.
· Ano 1960: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Nada acontece.
· Ano 2011: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, porque a violência tá demais. Como sair no escuro para trabalhar?
Cenário 6: Fim das férias.
· Ano 1960: Depois de passar férias com toda a família enfiados num Gordini ou Fusquinha, é hora de voltar após 15 dias de sol na praia. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
· Ano 2011: Depois de voltar de Cancun, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, "panic attack", seborréia, e ainda precisa de mais 15 dias de readaptação...
Cenário 7: Saúde.
· Ano 1960: Quando ficávamos doentes, íamos ao INPS aguardávamos 2 horas em pé para sermos atendidos, não pagávamos nada, tomávamos os remédios e melhorávamos.
· Ano 2011: Pagamos uma fortuna por plano de saúde. Quando fazemos uma leve distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui a 4 meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que logo que é câncer, nos indica um amigo dermatologista que pede uma biópsia, passa uma fórmula da farmácia que ele tem "convênio" e nos indica um amigo oftalmologista, que "indica" a clínica para fazer exames especiais e a ótica, porque acha que temos uma grave deficiência visual. Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos e mais 45 consultas e 3 cirurgias, melhoramos da distensão muscular.
Cenário 8: Trabalho.
· Ano 1960: O funcionário era pego "fazendo cera". Tomava uma "dura" do chefe, ficava com vergonha e ia trabalhar.
· Ano 2011: O funcionário é pego "desestressando", é abordado gentilmente pelo chefe que pergunta se ele está passando bem. O funcionário acusa-o de bullying e assédio moral, processa a empresa que toma uma multa, o funcionário é indenizado e o chefe é demitido.
Cenário 9: Assédio.
· Ano 1960: A colega gostosona recebe uma cantada de Ricardo. Ela reclama, enquadra ele e fica tudo bem.
· Ano 2011: Ricardo admira as pernas da colega gostosona quando ela lhe exibe a calcinha abrindo as pernas, sentada em sua frente, e porque ele não quis ela, com orgulho ferido, ela o processa por assédio sexual, e ele é condenado pela Maria da Penha a prestar serviços comunitários. Ela recebe indenização, terapia, tratamento psicológico e proteção paga pelo estado.
Cenário 10: Comportamento.
Ano 1960: Homem fumar era bonito, dar o rabo era feio.
Ano 2011: Homem fumar é feio, dar o rabo é lindo.
Pergunta-se:
EM QUE MOMENTO FOI, ENTRE 1960 E 2011, QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE IDIOTAS?
Recebida por e-mail.
Desconheço a autoria.
· Ano 1960: É mandado à sala da diretoria, fica parado esperando 1 hora, vem o diretor, lhe dá uma bronca e até umas reguadas nas mãos e volta tranqüilo à classe. Esconde o fato dos pais com medo de apanhar mais. Pronto. Voltou a se comportar bem.
· Ano 2011: É mandado ao departamento de psiquiatria, o diagnosticam como hiperativo, com transtornos de ansiedade e déficit de atenção em ADD, o psiquiatra receita Rivotril. Transforma-se num zumbi. Os pais reivindicam uma subvenção por ter um filho incapaz e processam o colégio.
Cenário 2: Luis, de sacanagem quebra o farol de um carro, no seu bairro.
· Ano 1960: Seu pai tira a cinta e lhe aplica umas sonoras bordoadas no traseiro. A Luis nem lhe passa pela cabeça fazer outra nova "cagada", cresce normalmente, vai à universidade e se transforma num profissional de sucesso.
· Ano 2011: Processam o pai de Luis por maus tratos e ele tem que se abster de ver seu filho. Luis se volta para a droga, delinqüe e fica preso num presídio especial para adolescentes.
Cenário 3: José cai enquanto corria no pátio do colégio, machuca o joelho. Sua professora Maria, o encontra chorando e o abraça para confortá-lo...
· Ano 1960: Rapidamente, José se sente melhor e continua brincando.
· Ano 2011: A professora Maria é acusada de não cuidar das crianças. José passa cinco anos em terapia pelo susto e seus pais processam o colégio por danos psicológicos e a professora por negligência, ganhando os dois juízos. Maria renuncia à docência, entra em aguda depressão e se suicida...
Cenário 4: Disciplina escolar
· Ano 1960: Fazíamos bagunça na classe... O professor nos suspendia e/ou encaminhava para a direção; chegando em casa, nosso velho nos castigava sem piedade e no resto da semana não incomodávamos mais ninguém.
· Ano 2011: Fazemos bagunça na classe. O professor nos pede desculpas por repreender-nos e fica com a culpa por fazê-lo. Nosso velho vai até o colégio dar queixa do professor e para consolá-lo do trauma eterno compra um big computador para o filhinho.
Cenário 5: Horário de Verão.
· Ano 1960: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. Nada acontece.
· Ano 2011: Chega o dia de mudança de horário de inverno para horário de verão. A gente sofre transtornos de sono, depressão, porque a violência tá demais. Como sair no escuro para trabalhar?
Cenário 6: Fim das férias.
· Ano 1960: Depois de passar férias com toda a família enfiados num Gordini ou Fusquinha, é hora de voltar após 15 dias de sol na praia. No dia seguinte se trabalha e tudo bem.
· Ano 2011: Depois de voltar de Cancun, numa viagem 'all inclusive', terminam as férias e a gente sofre da síndrome do abandono, "panic attack", seborréia, e ainda precisa de mais 15 dias de readaptação...
Cenário 7: Saúde.
· Ano 1960: Quando ficávamos doentes, íamos ao INPS aguardávamos 2 horas em pé para sermos atendidos, não pagávamos nada, tomávamos os remédios e melhorávamos.
· Ano 2011: Pagamos uma fortuna por plano de saúde. Quando fazemos uma leve distensão muscular, conseguimos uma consulta VIP para daqui a 4 meses, o médico ortopedista vê uma pintinha no nosso nariz, acha que logo que é câncer, nos indica um amigo dermatologista que pede uma biópsia, passa uma fórmula da farmácia que ele tem "convênio" e nos indica um amigo oftalmologista, que "indica" a clínica para fazer exames especiais e a ótica, porque acha que temos uma grave deficiência visual. Fazemos quimioterapia, usamos óculos e depois de dois anos e mais 45 consultas e 3 cirurgias, melhoramos da distensão muscular.
Cenário 8: Trabalho.
· Ano 1960: O funcionário era pego "fazendo cera". Tomava uma "dura" do chefe, ficava com vergonha e ia trabalhar.
· Ano 2011: O funcionário é pego "desestressando", é abordado gentilmente pelo chefe que pergunta se ele está passando bem. O funcionário acusa-o de bullying e assédio moral, processa a empresa que toma uma multa, o funcionário é indenizado e o chefe é demitido.
Cenário 9: Assédio.
· Ano 1960: A colega gostosona recebe uma cantada de Ricardo. Ela reclama, enquadra ele e fica tudo bem.
· Ano 2011: Ricardo admira as pernas da colega gostosona quando ela lhe exibe a calcinha abrindo as pernas, sentada em sua frente, e porque ele não quis ela, com orgulho ferido, ela o processa por assédio sexual, e ele é condenado pela Maria da Penha a prestar serviços comunitários. Ela recebe indenização, terapia, tratamento psicológico e proteção paga pelo estado.
Cenário 10: Comportamento.
Ano 1960: Homem fumar era bonito, dar o rabo era feio.
Ano 2011: Homem fumar é feio, dar o rabo é lindo.
Pergunta-se:
EM QUE MOMENTO FOI, ENTRE 1960 E 2011, QUE NOS TRANSFORMAMOS NESTE BANDO DE IDIOTAS?
Recebida por e-mail.
Desconheço a autoria.
E SE PROIBISSEM A CÂMERA ESCONDIDA NO BRASIL?
Há interesse das emissoras em diferenciar o que é de interesse público do que é filmado na surdina apenas para gerar audiência fácil?
Causou justa indignação nacional a reportagem exibida no programa Fantástico, da Rede Globo, no último domingo, 18, que mostrou com perturbadora clareza como empresas fornecedoras do Estado agem para fraudar licitações e dando uma ideia, como diz uma piada que circula por aí, de como os gestores públicos brasileiros são os mais católicos do mundo, porque nunca assinam coisa alguma sem ter um terço na mão.
Tudo foi registrado com o uso da câmera escondida. A matéria do Fantástico foi feita pelo repórter André Luiz Azevedo e pelo produtor Eduardo Faustini, velho useiro e vezeiro deste polêmico estratagema jornalístico.
A Eduardo Faustini, o “cara sem cara da Globo”, que evita mostrar o rosto para não ser reconhecido por sua próxima, digamos, fonte, a ele deve ter causado calafrios uma decisão do Tribunal Constitucional da Espanha tomada no último dia 6 de fevereiro proibindo o uso da câmera escondida pelos meios de comunicação do país, considerando-a uma espécie de prestidigitação.
O mais alto tribunal da Espanha considerou “ilegítimo” o uso deste artifício do jornalismo mesmo nos casos em que a informação que se possa obter por meio do uso de câmeras escondidas seja de relevância pública.
Câmera escondida: ‘ardil’?
A utilização de câmeras escondidas, justificou-se o tribunal, constituti um “ardil” ao qual o jornalista recorre simulando uma identidade que lhe seja útil de acordo com o contexto para provocar e registrar “subrrepticiamente” declarações que não teria conseguido colher caso se apresentasse ao seu interlocutor com sua verdadeira identidade — e declarasse sua real profissão.
Para os juízes do Tribunal Constitucional da Espanha, o caráter oculto dessa técnica de investigação jornalística pressupõe uma violação do direito de imagem e à intimidade pessoal.
Imediatamente a presidente da Federação de Associações de Jornalistas da Espanha, Elsa González, protestou, dizendo que a decisão afetará gravemente o jornalismo de investigação. Ela reconheceu que o método da câmera escondida tem sido usado por vezes de forma “banal e abusiva”, mas ressaltou que, sem ele, “grande parte das denúncias de reportagens com câmera oculta para denunciar cartéis de drogas, subornos ou máfias de tráfico de mulheres não teriam sido feitas”.
Do manobrista ao contratista
Mais ou menos pelo mesmo caminho foi o jornalista português António Granado, que tem um dos mais respeitados blogs sobre jornalismo do mundo, o Ponto Media:
“Acho que, na esmagadora maioria dos casos, a utilização de câmara oculta não se justifica (pois é um jornalismo “fácil” e de resultados assegurados), mas há momentos em que não há mesmo outra hipótese. É por causa desses momentos que me parece que a decisão do Tribunal Constitucional espanhol pode significar um retrocesso da democracia”.
O xis da questão parece ser os critérios utilizados por quem usa a câmera oculta para definir o que é de interesse público e o momento em que não há outra alternativa jornalística a não ser uma identidade falsa e uma filmagem na surdina. Indo além: existe vontade por parte das emissoras de fazer essa definição, tendo em vista que a câmera escondida é usada também (sobretudo?) como artifício para gerar audiência fácil, para o sensacionalismo, onde as consequências da reportagem não vão além da alta na medição do Ibope?
A mesma Rede Globo que exibiu a reportagem do último domingo flagrando empresas tentando burlar licitações também exibiu, meses atrás, imagens de manobristas catando moedinhas e comendo chocolates deixados nos carros de clientes, em um “teste de honestidade” que gerou como consequência, no máximo, alguns manobristas engrossando a lista dos que pagam a pena do desemprego, tudo porque chuparam o chiclete de um bacana que topou colocar tanto a câmera quanto a isca – uma bem escondida, outra bem à mostra – no seu carrão.
21 de março de 2012
Hugo Souza
Causou justa indignação nacional a reportagem exibida no programa Fantástico, da Rede Globo, no último domingo, 18, que mostrou com perturbadora clareza como empresas fornecedoras do Estado agem para fraudar licitações e dando uma ideia, como diz uma piada que circula por aí, de como os gestores públicos brasileiros são os mais católicos do mundo, porque nunca assinam coisa alguma sem ter um terço na mão.
Tudo foi registrado com o uso da câmera escondida. A matéria do Fantástico foi feita pelo repórter André Luiz Azevedo e pelo produtor Eduardo Faustini, velho useiro e vezeiro deste polêmico estratagema jornalístico.
A Eduardo Faustini, o “cara sem cara da Globo”, que evita mostrar o rosto para não ser reconhecido por sua próxima, digamos, fonte, a ele deve ter causado calafrios uma decisão do Tribunal Constitucional da Espanha tomada no último dia 6 de fevereiro proibindo o uso da câmera escondida pelos meios de comunicação do país, considerando-a uma espécie de prestidigitação.
O mais alto tribunal da Espanha considerou “ilegítimo” o uso deste artifício do jornalismo mesmo nos casos em que a informação que se possa obter por meio do uso de câmeras escondidas seja de relevância pública.
Câmera escondida: ‘ardil’?
A utilização de câmeras escondidas, justificou-se o tribunal, constituti um “ardil” ao qual o jornalista recorre simulando uma identidade que lhe seja útil de acordo com o contexto para provocar e registrar “subrrepticiamente” declarações que não teria conseguido colher caso se apresentasse ao seu interlocutor com sua verdadeira identidade — e declarasse sua real profissão.
Para os juízes do Tribunal Constitucional da Espanha, o caráter oculto dessa técnica de investigação jornalística pressupõe uma violação do direito de imagem e à intimidade pessoal.
Imediatamente a presidente da Federação de Associações de Jornalistas da Espanha, Elsa González, protestou, dizendo que a decisão afetará gravemente o jornalismo de investigação. Ela reconheceu que o método da câmera escondida tem sido usado por vezes de forma “banal e abusiva”, mas ressaltou que, sem ele, “grande parte das denúncias de reportagens com câmera oculta para denunciar cartéis de drogas, subornos ou máfias de tráfico de mulheres não teriam sido feitas”.
Do manobrista ao contratista
Mais ou menos pelo mesmo caminho foi o jornalista português António Granado, que tem um dos mais respeitados blogs sobre jornalismo do mundo, o Ponto Media:
“Acho que, na esmagadora maioria dos casos, a utilização de câmara oculta não se justifica (pois é um jornalismo “fácil” e de resultados assegurados), mas há momentos em que não há mesmo outra hipótese. É por causa desses momentos que me parece que a decisão do Tribunal Constitucional espanhol pode significar um retrocesso da democracia”.
O xis da questão parece ser os critérios utilizados por quem usa a câmera oculta para definir o que é de interesse público e o momento em que não há outra alternativa jornalística a não ser uma identidade falsa e uma filmagem na surdina. Indo além: existe vontade por parte das emissoras de fazer essa definição, tendo em vista que a câmera escondida é usada também (sobretudo?) como artifício para gerar audiência fácil, para o sensacionalismo, onde as consequências da reportagem não vão além da alta na medição do Ibope?
A mesma Rede Globo que exibiu a reportagem do último domingo flagrando empresas tentando burlar licitações também exibiu, meses atrás, imagens de manobristas catando moedinhas e comendo chocolates deixados nos carros de clientes, em um “teste de honestidade” que gerou como consequência, no máximo, alguns manobristas engrossando a lista dos que pagam a pena do desemprego, tudo porque chuparam o chiclete de um bacana que topou colocar tanto a câmera quanto a isca – uma bem escondida, outra bem à mostra – no seu carrão.
21 de março de 2012
Hugo Souza
HISTÓRIA DO FOLCLORE POLÍTICO BRASILEIRO
JK exilado em Paris pela violência gratuita do golpe de 64, Juscelino saiu uma tarde dirigindo seu carro e curtindo saudades do Brasil, numa conversa com seu velho amigo Olavo Drummond. Chegaram à Place Vendômme, estacionou em um lugar proibido. O guarda logo aparece, alto e posudo, com seu bonezinho à De Gaulle. Pediu a carteira de motorista, conferiu :
- Oh, senhor Kubitschek? Parente do grande presidente Kubitschek do Brasil?
- Sou eu.
- O senhor, o próprio presidente Kubitschek? Por favor, dê-me a chave do carro. Eu mesmo vou estaciona-lo. Aqui, apesar de exilado, o senhor continua presidente, como sei que continua lá.
JK entregou a chave, pôs a mão no ombro de Olavo e chorou.
ALKMIN
José Maria Alkmin, ministro da Fazenda, e Augusto Frederico Schmidt, assessor de inteligência de Juscelino, foram jantar com o embaixador do Egito. A conversa corria sobre as influencias árabes no Brasil. Schmidt provocou :
- Nosso Alkmin, por exemplo, é um árabe puro, a partir do nome. O que é que significa mesmo Alkmin?
O embaixador sorriu, ficou sem jeito, respondeu:
- “Al” é o artigo “O”. “Kmin” é “mentira”. Alquime é o ouro falso. Alquimia eram conhecimentos quiméricos da Idade Media.
- O senhor está dizendo então que eu sou “o mentiroso”?
Despediram-se às gargalhadas. Schmidt foi contar a JK.
- Alkmin já esteve aqui. Disse que “Alkmin” é “o valente”.
SANTIAGO
Santiago Dantas foi à Polônia receber o titulo de doutor Honoris Causa da multisecular Universidade de Cracóvia (terra de João Paulo II). Na hora da solenidade, deu-se conta de que esqueceu o texto do discurso de agradecimento que tinha preparado para ser lido, como manda a tradição.
Mas era preciso não ser indelicado. Chamou Marcilio Marques Moreira, diplomata e assessor, pediu algumas folhas em branco, levantou-se com elas nas mãos, e, fitando-as com firmeza, pronunciou longo discurso em francês, como se estivesse lendo.
Só Marcilio sabia.
JOSÉ BONIFACIO
Em maio de 76, na viagem do presidente Geisel a Londres, grupos de brasileiros que moravam lá levaram faixas e manifestos para a frente da embaixada do Brasil, protestando contra a visita do “ditador”. Um jornalista encontrou, tranqüilo e distante, o deputado José Bonifácio, líder da Arena :
- Deputado, o que o senhor está achando das faixas e manifestos?
- Não estou achando nada, meu caro. Não sei inglês.
AUGUSTO DE LIMA
Em 40, Getulio nomeou o historiador e brilhante intelectual mineiro Augusto de Lima Junior, filho do poeta e da avenida do poeta, ministro plenipotenciário do Brasil durante as solenidades de mais um centenário da independencia de Portugal.
Liminha chegou lá de discurso no bolso, feliz com a história e com a retórica. Mas no dia seguinte também chegou o ministro do Exterior João Neves da Fontoura, orador pomposo, acompanhado de ilustre comitiva, e comunicou que ia falar em nome do Brasil.
Lima Junior enlouqueceu. Pouco antes da solenidade, telefonou para o hotel e disse ao ministro que havia chegado do Brasil um telegrama do Presidente para ele. João Neves correu para lá, trancou-se para ler o telegrama, não havia telegrama nenhum.
21 de março de 2012
sebastião nery
- Oh, senhor Kubitschek? Parente do grande presidente Kubitschek do Brasil?
- Sou eu.
- O senhor, o próprio presidente Kubitschek? Por favor, dê-me a chave do carro. Eu mesmo vou estaciona-lo. Aqui, apesar de exilado, o senhor continua presidente, como sei que continua lá.
JK entregou a chave, pôs a mão no ombro de Olavo e chorou.
ALKMIN
José Maria Alkmin, ministro da Fazenda, e Augusto Frederico Schmidt, assessor de inteligência de Juscelino, foram jantar com o embaixador do Egito. A conversa corria sobre as influencias árabes no Brasil. Schmidt provocou :
- Nosso Alkmin, por exemplo, é um árabe puro, a partir do nome. O que é que significa mesmo Alkmin?
O embaixador sorriu, ficou sem jeito, respondeu:
- “Al” é o artigo “O”. “Kmin” é “mentira”. Alquime é o ouro falso. Alquimia eram conhecimentos quiméricos da Idade Media.
- O senhor está dizendo então que eu sou “o mentiroso”?
Despediram-se às gargalhadas. Schmidt foi contar a JK.
- Alkmin já esteve aqui. Disse que “Alkmin” é “o valente”.
SANTIAGO
Santiago Dantas foi à Polônia receber o titulo de doutor Honoris Causa da multisecular Universidade de Cracóvia (terra de João Paulo II). Na hora da solenidade, deu-se conta de que esqueceu o texto do discurso de agradecimento que tinha preparado para ser lido, como manda a tradição.
Mas era preciso não ser indelicado. Chamou Marcilio Marques Moreira, diplomata e assessor, pediu algumas folhas em branco, levantou-se com elas nas mãos, e, fitando-as com firmeza, pronunciou longo discurso em francês, como se estivesse lendo.
Só Marcilio sabia.
JOSÉ BONIFACIO
Em maio de 76, na viagem do presidente Geisel a Londres, grupos de brasileiros que moravam lá levaram faixas e manifestos para a frente da embaixada do Brasil, protestando contra a visita do “ditador”. Um jornalista encontrou, tranqüilo e distante, o deputado José Bonifácio, líder da Arena :
- Deputado, o que o senhor está achando das faixas e manifestos?
- Não estou achando nada, meu caro. Não sei inglês.
AUGUSTO DE LIMA
Em 40, Getulio nomeou o historiador e brilhante intelectual mineiro Augusto de Lima Junior, filho do poeta e da avenida do poeta, ministro plenipotenciário do Brasil durante as solenidades de mais um centenário da independencia de Portugal.
Liminha chegou lá de discurso no bolso, feliz com a história e com a retórica. Mas no dia seguinte também chegou o ministro do Exterior João Neves da Fontoura, orador pomposo, acompanhado de ilustre comitiva, e comunicou que ia falar em nome do Brasil.
Lima Junior enlouqueceu. Pouco antes da solenidade, telefonou para o hotel e disse ao ministro que havia chegado do Brasil um telegrama do Presidente para ele. João Neves correu para lá, trancou-se para ler o telegrama, não havia telegrama nenhum.
21 de março de 2012
sebastião nery
PT NÃO ESPERA EDUCAÇÃO DE SUAS PRÓPRIAS ESCOLAS
Aloísio Mercadante que, segundo suas próprias palavras, "está ministro da Educação", deu entrevista ao Valor na semana passada publicada segunda-feira em uma página inteira do jornal, que resume bem o dilema brasileiro.
Por essa entrevista ficamos sabendo que o PT entende perfeitamente o potencial revolucionário das reformas iniciadas pelo governo Fernando Henrique Cardoso na área da educação e é capaz de identificar com precisão o ponto nevrálgico dessa revolução que é a introdução da meritocracia no ensino público.
O ministro do PT saúda explicitamente "o grande programa do Bolsa Família com exigência de manter as crianças na escola", obrigação que, recorde-se, Lula dispensou, e o caráter "estratégico do Enem" que, pela primeira vez, deu ao Estado uma ferramenta para lhe permitir "escolher os melhores para o Ciência Sem Fronteiras (bolsas para alunos brasileiros em universidades estrangeiras), para o ProUni e para as melhores universidades".
"Com o Enem (que o PT sabotou até onde pode quando era oposição) a chance passou a ser igual, do filho do reitor ao filho da faxineira", admitia Mercadante ao Valor. "O Enem é necessário a um sistema republicano e democrático de meritocracia do estudante".
O problema que subsiste, porém, é que Mercadante e o resto do PT não admitem a sujeição das suas clientelas, da qual professorado é um segmento fundamental e dos mais organizados, a esse mesmo critério de mérito sem o qual, ele reconhece, "um sistema republicano e democrático" não se pode estabelecer e nem a qualidade da educação pública ser melhorada.
Para o professorado a receita do PT continua sendo a mesma que levou a educação brasileira para o buraco em que se encontra: reajustes automáticos de salário inteiramente desligados da exigência de desempenho.
Para os governadores que respondem aos decretos do PT sobre os salários que "ou aumentam os professores, ou cumprem a Lei de Responsabilidade Fiscal, as duas coisas ao mesmo tempo é impossível", Mercadante tem a resposta perfeita. "Em alguns estados mais da metade da folha de pagamentos é de aposentados e pensionistas. Então o problema não é o piso dos professores mas a equação geral da remuneração e a relação dos aposentados e pensionistas. Ou seja, de reformas que não foram feitas".
E, de fato, quem já cobra mais de 1/3 de tudo que o país produz em impostos pode alegar qualquer coisa menos falta de dinheiro para se desculpar pela qualidade pífia da educação pública que oferece em troca. O que falta não é dinheiro, é a definição de prioridades e a do PT tem sido comprar eleições de preferência a comprar uma educação de primeira, como se pode deduzir do fato eloquente do ministro que discursa sobre os benefícios "republicanos" da meritocracia continuar tratando o professorado como uma categoria a ser subornada por aumentos automáticos de salário sem nenhuma exigência de contrapartida em desempenho.
Enquanto continuar tendo os seus esforços para tratar o dinheiro da educação pública como sua propriedade particular recompensados por decisões como essa, o que o professorado brasileiro continuará entregando é o que entrega hoje: doutrinação e descaso nas salas de aula; arrogância e greves para os trabalhadores e pais de alunos que lhe pagam os salários.
E tanto o PT sabe que essa é a consequência inescapável de seguir permitindo a instrumentalização corporativa da educação pública que, no que tange a qualidade de ensino, a única política que ele consegue esboçar é a de exportar alunos para bem longe das escolas que ele próprio gerencia e matricula-los nas de países cujos governos exigem desempenho de seus funcionários e põem os professores a serviço da educação.
21 de março de 2012
by fernaslm
O SENADOR IMAGINA QUE O CHEFE DA SEITA DOS PECADORES APRECIA A IDÉIA DE EXCOMUNGAR ALGUNS CARDEAIS SEM CHANCES NO JUIZO FINAL
Escolhido para substituir Romero Jucá, inventor da profissão de líder de qualquer governo no Senado, o amazonense Eduardo Braga jura que Lula o transformou em testemunha solitária da mais assombrosa guinada da metamorfose ambulante.
Durante a visita de Braga ao escritório político montado no Hospital Sírio-Libanês, o chefe da seita infestada de pecadores teria comunicado que apoia a excomunhão dos cardeais sem chances no Dia do Juízo Final. Trata-se da mais recente cruzada imaginária atribuída a Dilma Rousseff por jornalistas federais.
Segundo o visitante, o padrinho gostou de saber que a afilhada quer deixar de ser refém de gente como José Sarney e Renan Calheiros, e também está decidida a livrar-se das algemas impostas por contratos de aluguel.
“Vale a pena essa luta, porque é uma boa luta”, Braga diz que Lula disse.
O que deu na cabeça do chefe supremo para decidir que Dilma deve fazer o contrário do que ele faz desde 1° de janeiro de 2003?
“O momento é de transformação”, Braga diz que Lula disse. “O país vive uma nova realidade econômica e social, por isso é fundamental a renovação e a instituição de novos métodos e práticas políticas”.
Na forma, o palavrório não tem parentesco com a retórica tosca do palanqueiro. E o conteúdo não rima com a folha corrida de quem ensinou que Jesus Cristo, se ressuscitar no Brasil, teria de fechar imediatamente um acordo com Judas Iscariotes.
Eduardo Braga acredita ter presenciado um milagre. É só a vítima mais recente de um defeito de fabricação do ex-presidente: como não tem compromisso com o que diz, sempre diz o que o interlocutor gostaria de ouvir. E faz o que quer.
Antes que os jornalistas federais apressem o processo de canonização do candidato a santo iluminado pela descoberta de que é mortal, convém revisitar o discurso de posse pronunciado no Congresso pelo sucessor de Fernando Henrique.
Os três minutos documentados no vídeo abaixo bastam para reafirmar que Lula merece tanta confiança quanto um álibi recitado por Fernando Pimentel. Transcrevo em itálico cinco trechos, escoltados por curtas constatações entre parênteses:
“Constituí o meu ministério com alguns dos melhores líderes de cada segmento econômico e social brasileiro. E vamos trabalhar em equipe, sem personalismo, pelo bem do Brasil. E vamos adotar um novo estilo de governo, com absoluta transparência e permanente estímulo à participação popular”
(Antonio Palocci era o craque do time liderado pelo capitão José Dirceu. Foi o pior ministério da história até o advento do primeiro escalão nomeado por Dilma Rousseff)
“O combate à corrupção e a defesa da ética no trato da coisa pública serão objetivos centrais e permanentes do meu governo”
(Lula absolveu liminarmente todos os companheiros culpados e virou coiteiro de candidatos à cadeia)
“É preciso enfrentar com determinação e derrotar a verdadeira cultura da impunidade, que prevalece em certos setores da vida brasileira”
(Lula continua a dizer que o mensalão não existiu e foi testemunha de defesa de José Dirceu)
“Não permitiremos que a corrupção, a sonegação e o desperdício continuem privando a população de recursos que são seus”
(Lula institucionalizou a corrupção impune. Como a quadrilha do mensalão foi desbaratada, valeu-se de contratos de aluguel para preservar a aliança governista)
“Faremos a reforma da Previdência, a reforma tributária, a reforma política e a reforma da legislação trabalhista, além da reforma agrária”.
(Não fez nenhuma!)
Eduardo Braga está no segundo ano do primeiro mandato. É pouco tempo, mas já deve saber quem manda na Casa do Espanto. Substituiu Jucá há uma semana. Logo saberá o que é a vida de um líder do governo monitorado por Ideli Salvatti e Gilberto Carvalho, e permanentemente exposto a pitos e surtos de cólera da chefe.
Ele acredita no que Lula diz. Deveria saber há muito tempo que a palavra do mestre tem tanto valor quanto uma cédula de três reais, é tão consistente quanto o Brasil Maravilha registrado em cartório.
Uma conversa a sós com Lula tem a mesma relevância de qualquer conversa sobre futebol com a turma do botequim da esquina.
21 de março de 2012
VEJA
Durante a visita de Braga ao escritório político montado no Hospital Sírio-Libanês, o chefe da seita infestada de pecadores teria comunicado que apoia a excomunhão dos cardeais sem chances no Dia do Juízo Final. Trata-se da mais recente cruzada imaginária atribuída a Dilma Rousseff por jornalistas federais.
Segundo o visitante, o padrinho gostou de saber que a afilhada quer deixar de ser refém de gente como José Sarney e Renan Calheiros, e também está decidida a livrar-se das algemas impostas por contratos de aluguel.
“Vale a pena essa luta, porque é uma boa luta”, Braga diz que Lula disse.
O que deu na cabeça do chefe supremo para decidir que Dilma deve fazer o contrário do que ele faz desde 1° de janeiro de 2003?
“O momento é de transformação”, Braga diz que Lula disse. “O país vive uma nova realidade econômica e social, por isso é fundamental a renovação e a instituição de novos métodos e práticas políticas”.
Na forma, o palavrório não tem parentesco com a retórica tosca do palanqueiro. E o conteúdo não rima com a folha corrida de quem ensinou que Jesus Cristo, se ressuscitar no Brasil, teria de fechar imediatamente um acordo com Judas Iscariotes.
Eduardo Braga acredita ter presenciado um milagre. É só a vítima mais recente de um defeito de fabricação do ex-presidente: como não tem compromisso com o que diz, sempre diz o que o interlocutor gostaria de ouvir. E faz o que quer.
Antes que os jornalistas federais apressem o processo de canonização do candidato a santo iluminado pela descoberta de que é mortal, convém revisitar o discurso de posse pronunciado no Congresso pelo sucessor de Fernando Henrique.
Os três minutos documentados no vídeo abaixo bastam para reafirmar que Lula merece tanta confiança quanto um álibi recitado por Fernando Pimentel. Transcrevo em itálico cinco trechos, escoltados por curtas constatações entre parênteses:
“Constituí o meu ministério com alguns dos melhores líderes de cada segmento econômico e social brasileiro. E vamos trabalhar em equipe, sem personalismo, pelo bem do Brasil. E vamos adotar um novo estilo de governo, com absoluta transparência e permanente estímulo à participação popular”
(Antonio Palocci era o craque do time liderado pelo capitão José Dirceu. Foi o pior ministério da história até o advento do primeiro escalão nomeado por Dilma Rousseff)
“O combate à corrupção e a defesa da ética no trato da coisa pública serão objetivos centrais e permanentes do meu governo”
(Lula absolveu liminarmente todos os companheiros culpados e virou coiteiro de candidatos à cadeia)
“É preciso enfrentar com determinação e derrotar a verdadeira cultura da impunidade, que prevalece em certos setores da vida brasileira”
(Lula continua a dizer que o mensalão não existiu e foi testemunha de defesa de José Dirceu)
“Não permitiremos que a corrupção, a sonegação e o desperdício continuem privando a população de recursos que são seus”
(Lula institucionalizou a corrupção impune. Como a quadrilha do mensalão foi desbaratada, valeu-se de contratos de aluguel para preservar a aliança governista)
“Faremos a reforma da Previdência, a reforma tributária, a reforma política e a reforma da legislação trabalhista, além da reforma agrária”.
(Não fez nenhuma!)
Eduardo Braga está no segundo ano do primeiro mandato. É pouco tempo, mas já deve saber quem manda na Casa do Espanto. Substituiu Jucá há uma semana. Logo saberá o que é a vida de um líder do governo monitorado por Ideli Salvatti e Gilberto Carvalho, e permanentemente exposto a pitos e surtos de cólera da chefe.
Ele acredita no que Lula diz. Deveria saber há muito tempo que a palavra do mestre tem tanto valor quanto uma cédula de três reais, é tão consistente quanto o Brasil Maravilha registrado em cartório.
Uma conversa a sós com Lula tem a mesma relevância de qualquer conversa sobre futebol com a turma do botequim da esquina.
21 de março de 2012
VEJA
UMA PALAVRA CONTRA A EUTANÁSIA
Artigos - Direito
O aborto e a eutanásia promoverão uma verdadeira mudança psicológica na civilização, pois esta perderá mesmo o próprio sentido da vida. Imaginem a tragédia!
Depois que o Bispo de Guarulhos, Dom Luiz Bergonzini, afirmou com sabedoria e justiça (e ao meu ver, já passada a hora...) que a PUC-SP não deve aceitar em seu corpo docente - e também no discente – aqueles que defendam posições contrárias ao credo cristão e católico, o Dr. Leonardo Sakamoto escreveu mais um de seus artigos repletos de estultices e inverdades camufladas de boas intenções, no qual já começa a confundir o leitor pelo próprio título: “A Cibercensura da Santa Inquisição e a liberdade de blogar”.
Não vou perder tempo nas linhas que seguem para analisar suas besteiras, evidentes para qualquer pessoa honesta e com bom juízo, mas apenas vou destacar a galhofa (“Santa Inquisição”) com que o “douto” militante marxista trata o bispo, que afinal de contas, vejam, lá, é o seu patrão. Ademais, o japonês (cujos cabelos devem ter se tornado encaracolados por excesso de exposição ao sol) mente com o brilho do óleo de peroba que lhe lustra a face, pois Dom Luís Bergonzini jamais teceu algum comentário sobre sua liberdade de blogar. O que fez, sim, foi recomendar à PUC que professores defensores do aborto e da eutanásia, bem como de outras posições contrárias ao credo católico devem ser demitidos. Oras, nada mais justo! O que os petistas achariam, por exemplo, de se manter Roberto Campos na Escola Nacional Florestan Fernandes?
Feitas as considerações introdutórias, venho oferecer minha opinião a respeito da eutanásia, já amplamente defendida pela agenda do que os petistas e seus satélites, tendo o Sr. Sakamoto como seu ganso de coleira, chamam de “direitos humanos”. Mas atenção: não vou usar o argumento de autoridade da minha fé! Vou, sim, recorrer a uma alegação de ordem bastante prática e, como queiram os materialistas, racional.
Em nenhuma civilização como a ocidental, de tradição judaico-cristã, houve um desenvolvimento tão contrastante com outras sociedades quanto à descoberta de remédios, técnicas cirúrgicas e de tratamento, bem como de equipamentos criados para salvar vidas e prover não só uma maior longevidade, mas um alongamento da vida com saúde e qualidade.
Os índios, esses matam as criancinhas logo que percebem nelas qualquer sinal de má-formação. Há tribos que cultivam o suicídio durante a juventude, pois temem a velhice como um tormento. Os esquimós também matavam as primogênitas e largavam à inanição os velhos que já não podiam acompanhar o clã. As mulheres esquimós, então, já eram entregues às feras assim que seus dentes se mostrassem imprestáveis para mastigar o couro dos animais, com os quais confeccionavam cordas e vestimentas. Mesmo em sociedades um pouco mais adiantadas, a medicina avançou até certo ponto considerado “viável”.
Nas sociedades totalitárias comunistas, a medicina tem a sua demanda controlada pelo estado. De acordo com a doutrina coletivista da qual Leonardo Sakamoto se faz empolgado porta-voz, o ser humano não passa de uma engrenagem dentro da máquina social, de modo que, mostrando-se defeituosa, cumpre-se que seja logo substituída. Não há motivo para se gastar mais com um indivíduo do que o que este pode contribuir para o estado. Portanto, os velhos e doentes crônicos, dos quais já não se espera que sejam devolvidos ao trabalho, são merecedores do conceito de “direitos humanos” que por lá vigem...
No magnífico filme “Sunshine – o despertar de um século”, que recomendo efusivamente aos leitores, há justamente uma cena em que a mãe do protagonista, velha e doente, nega-se a usar o sobrenome “Sors”, adotado pela família, e insiste em ser registrada como “Sonnenshein”, seu sobrenome original, denunciando assim sua origem judaica, em plena Hungria tomada pelo nazismo. E então seu filho compreende que a verá viva pela última vez ali, na maca, antes de os médicos a levarem...
Se a indústria farmacêutica, os médicos e os fabricantes de próteses, marca-passos e outros inventos se viram permanentemente incentivados a investir quantias gigantescas de recursos em pesquisa por tantas vezes durante períodos que ultrapassaram as décadas, a única razão para tal esforço é que a sociedade cristã lhes forneceu a perseverança, a demanda e o patrocínio, por força da intransigente moral em defesa da vida até o último momento.
Quando pessoas levianas, como Sakamoto, falam de “encutar o sofrimento” de pacientes terminais, agem à maneira daquele que ao ver alguém pendurado num precipício pelas unhas agarradas às ranhuras da rocha, considera mais acertado pisar-lhe as mãos do que arranjar um jeito de puxá-lo para cima. Com efeito, é muito mais cômodo...
Foi pela perseverança na luta pela vida que os nossos antepassados nos legaram os remédios e meios que hoje nos permitem desfrutar a vida com muita saúde aos cinquenta, sessenta e até aos setenta anos.
Cumpre-nos então ratificar nossa aposta até o último dia, para que nossa sociedade adie para mais longe ainda a morte dos nossos filhos.
Se Leonardo Sakamoto e os demais defensores da eutanásia fossem honestos, deixar-se-iam entregar à eutanásia assim que em seus corpos surgissem os primeiros sinais da necessidade do atendimento eficaz com as técnicas avançadas criadas pela civilização cristã ocidental e capitalista, que tanto odeiam. Nem sequer um comprimido para controlar a pressão! Que tenham um AVC e ao se virem de todo entrevados, recebam, imediatamente, uma injeção letal, ministrada, claro, com muito humanismo.
Prezados leitores: a defesa da eutanásia é um canto da sereia para almas preguiçosas. A elas parece um ato de compaixão assassinar alguém com a prepotência de julgar que não lhe resta salvação. Trata-se de um engodo. A medicina tem hoje como aliviar razoavelmente o sofrimento com remédios analgésicos, até o último suspiro. No entanto, desde o primeiro ato legalizado de eutanásia, irão aparecer cada vez mais casos que se distanciam da “extrema necessidade” alegada inicialmente. E sendo o governo o administrador soberano da saúde, basta-lhe muito pouco para atirar à morte qualquer um cujo tratamento ultrapasse um determinado orçamento.
Mesmo quem recomenda a eutanásia para si mesmo comete um ato de insanidade e de violência: eutanásia é descarte, e o ser humano não existe para ser descartado, mas sim para ser acolhido pelos seus entes queridos. Quão mais suave e humana é a morte amparada nos braços de alguém, às mãos dadas, sob a vigília dos que o amam! Pense bem: na sua hora, você vai querer ser descartado abruptamente ou vai preferir esperar seus olhos se fecharem em paz e amor?
Klauber Cristofen Pires
21 Março 2012
O aborto e a eutanásia promoverão uma verdadeira mudança psicológica na civilização, pois esta perderá mesmo o próprio sentido da vida. Imaginem a tragédia!
Depois que o Bispo de Guarulhos, Dom Luiz Bergonzini, afirmou com sabedoria e justiça (e ao meu ver, já passada a hora...) que a PUC-SP não deve aceitar em seu corpo docente - e também no discente – aqueles que defendam posições contrárias ao credo cristão e católico, o Dr. Leonardo Sakamoto escreveu mais um de seus artigos repletos de estultices e inverdades camufladas de boas intenções, no qual já começa a confundir o leitor pelo próprio título: “A Cibercensura da Santa Inquisição e a liberdade de blogar”.
Não vou perder tempo nas linhas que seguem para analisar suas besteiras, evidentes para qualquer pessoa honesta e com bom juízo, mas apenas vou destacar a galhofa (“Santa Inquisição”) com que o “douto” militante marxista trata o bispo, que afinal de contas, vejam, lá, é o seu patrão. Ademais, o japonês (cujos cabelos devem ter se tornado encaracolados por excesso de exposição ao sol) mente com o brilho do óleo de peroba que lhe lustra a face, pois Dom Luís Bergonzini jamais teceu algum comentário sobre sua liberdade de blogar. O que fez, sim, foi recomendar à PUC que professores defensores do aborto e da eutanásia, bem como de outras posições contrárias ao credo católico devem ser demitidos. Oras, nada mais justo! O que os petistas achariam, por exemplo, de se manter Roberto Campos na Escola Nacional Florestan Fernandes?
Feitas as considerações introdutórias, venho oferecer minha opinião a respeito da eutanásia, já amplamente defendida pela agenda do que os petistas e seus satélites, tendo o Sr. Sakamoto como seu ganso de coleira, chamam de “direitos humanos”. Mas atenção: não vou usar o argumento de autoridade da minha fé! Vou, sim, recorrer a uma alegação de ordem bastante prática e, como queiram os materialistas, racional.
Em nenhuma civilização como a ocidental, de tradição judaico-cristã, houve um desenvolvimento tão contrastante com outras sociedades quanto à descoberta de remédios, técnicas cirúrgicas e de tratamento, bem como de equipamentos criados para salvar vidas e prover não só uma maior longevidade, mas um alongamento da vida com saúde e qualidade.
Os índios, esses matam as criancinhas logo que percebem nelas qualquer sinal de má-formação. Há tribos que cultivam o suicídio durante a juventude, pois temem a velhice como um tormento. Os esquimós também matavam as primogênitas e largavam à inanição os velhos que já não podiam acompanhar o clã. As mulheres esquimós, então, já eram entregues às feras assim que seus dentes se mostrassem imprestáveis para mastigar o couro dos animais, com os quais confeccionavam cordas e vestimentas. Mesmo em sociedades um pouco mais adiantadas, a medicina avançou até certo ponto considerado “viável”.
Nas sociedades totalitárias comunistas, a medicina tem a sua demanda controlada pelo estado. De acordo com a doutrina coletivista da qual Leonardo Sakamoto se faz empolgado porta-voz, o ser humano não passa de uma engrenagem dentro da máquina social, de modo que, mostrando-se defeituosa, cumpre-se que seja logo substituída. Não há motivo para se gastar mais com um indivíduo do que o que este pode contribuir para o estado. Portanto, os velhos e doentes crônicos, dos quais já não se espera que sejam devolvidos ao trabalho, são merecedores do conceito de “direitos humanos” que por lá vigem...
No magnífico filme “Sunshine – o despertar de um século”, que recomendo efusivamente aos leitores, há justamente uma cena em que a mãe do protagonista, velha e doente, nega-se a usar o sobrenome “Sors”, adotado pela família, e insiste em ser registrada como “Sonnenshein”, seu sobrenome original, denunciando assim sua origem judaica, em plena Hungria tomada pelo nazismo. E então seu filho compreende que a verá viva pela última vez ali, na maca, antes de os médicos a levarem...
Se a indústria farmacêutica, os médicos e os fabricantes de próteses, marca-passos e outros inventos se viram permanentemente incentivados a investir quantias gigantescas de recursos em pesquisa por tantas vezes durante períodos que ultrapassaram as décadas, a única razão para tal esforço é que a sociedade cristã lhes forneceu a perseverança, a demanda e o patrocínio, por força da intransigente moral em defesa da vida até o último momento.
Quando pessoas levianas, como Sakamoto, falam de “encutar o sofrimento” de pacientes terminais, agem à maneira daquele que ao ver alguém pendurado num precipício pelas unhas agarradas às ranhuras da rocha, considera mais acertado pisar-lhe as mãos do que arranjar um jeito de puxá-lo para cima. Com efeito, é muito mais cômodo...
Foi pela perseverança na luta pela vida que os nossos antepassados nos legaram os remédios e meios que hoje nos permitem desfrutar a vida com muita saúde aos cinquenta, sessenta e até aos setenta anos.
Cumpre-nos então ratificar nossa aposta até o último dia, para que nossa sociedade adie para mais longe ainda a morte dos nossos filhos.
Se Leonardo Sakamoto e os demais defensores da eutanásia fossem honestos, deixar-se-iam entregar à eutanásia assim que em seus corpos surgissem os primeiros sinais da necessidade do atendimento eficaz com as técnicas avançadas criadas pela civilização cristã ocidental e capitalista, que tanto odeiam. Nem sequer um comprimido para controlar a pressão! Que tenham um AVC e ao se virem de todo entrevados, recebam, imediatamente, uma injeção letal, ministrada, claro, com muito humanismo.
Prezados leitores: a defesa da eutanásia é um canto da sereia para almas preguiçosas. A elas parece um ato de compaixão assassinar alguém com a prepotência de julgar que não lhe resta salvação. Trata-se de um engodo. A medicina tem hoje como aliviar razoavelmente o sofrimento com remédios analgésicos, até o último suspiro. No entanto, desde o primeiro ato legalizado de eutanásia, irão aparecer cada vez mais casos que se distanciam da “extrema necessidade” alegada inicialmente. E sendo o governo o administrador soberano da saúde, basta-lhe muito pouco para atirar à morte qualquer um cujo tratamento ultrapasse um determinado orçamento.
Mesmo quem recomenda a eutanásia para si mesmo comete um ato de insanidade e de violência: eutanásia é descarte, e o ser humano não existe para ser descartado, mas sim para ser acolhido pelos seus entes queridos. Quão mais suave e humana é a morte amparada nos braços de alguém, às mãos dadas, sob a vigília dos que o amam! Pense bem: na sua hora, você vai querer ser descartado abruptamente ou vai preferir esperar seus olhos se fecharem em paz e amor?
Klauber Cristofen Pires
21 Março 2012
CONTRA O NARCOTERROR VERMELHO NÃO BASTA APENAS A CONTRA-GUERRILHA
Notícias Faltantes - Foro de São Paulo
A ação militar é fundamental, porém que ela demanda o mesmo compromisso dos demais entes estatais.
Nota da tradutora:
O vídeo abaixo ilustra o fato citado pelo autor do texto onde pode-se ver o estado em que ficou a igreja. Neste atentado, o padre chamou as pessoas idosas, mulheres e crianças a fim de se protegerem do brutal enfrentamento entre as FARC e as AUC pela posse do território que, como bem salienta o autor, é um corredor muito cobiçado pela sua posição geoestratégica banhado por dois oceanos. As imagens são chocantes, pois os terroristas das FARC, que dizem lutar com e pelo povo, não titubearam em jogar um cilindro-bomba dentro da igreja provocando esse massacre. Nos jornais da época dizia-se que “havia pedaços de corpos grudados nas paredes”, e a maioria era crianças...
Presidente Santos: o Chocó necessita muito mais do que um batalhão de contra-guerrilhas
O problema de desordem pública do Chocó não é novo, em que pese ser um estado abençoado com riqueza ecológica sem par no planeta, minerais, costas virgens, privilegiada posição geoestratégica e mil bondades mais. Entretanto, governado desde sempre por castas corruptas e ineficientes, mais de 90% de sua população vive em condições infra-humanas e como um vergonhoso apêndice de sucessivos e incompetentes governos centrais.
A fronteira com o Panamá, a posse de costas sobre os oceanos Pacífico e Atlântico, a mineração ilegal, a ausência de presença estatal e a pobreza crescente, converteram-se no caldo de cultura para incubar desde sempre delinqüentes de todos os tipos, situação que aumentou com o narcotráfico, o contrabando de armas, a passagem de dinheiro das máfias e carregamentos de drogas, e a ambição geoestratégica das FARC e das auto-defesas ilegais para instalar seus domínios em terras de ninguém.
Assim, hoje as FARC, o ELN, os Rastrojos, os traficantes de seres humanos para os Estados Unidos, os contrabandistas, os prófugos da justiça, etc., encontraram neste paraíso terrenal um território apto para se esconder e delinqüir ante o olhar impávido dos donos do poder na capital, com a circunstância agravante de que, com escassas exceções, a comunidade chocoana tem carecido de líderes honestos e com visão estratégica que a impulsionem para adiante.
O dantesco episódio da morte de mais de 150 pessoas na igreja de Bojayá [1], produto da guerra particular e sem quartel entre as FARC e as AUC, é apenas um reflexo do que sucede lá. Devido à ausência de Estado no desenvolvimento das tendências do Plano Estratégico para a tomada do poder mediante a combinação de todas as formas de luta, o Partido Comunista e as FARC infiltraram empobrecidas comunidades no selvático estado e criaram espécies de repúblicas independentes, nas quais com o conto chinês da paz pretende-se desconhecer a institucionalidade, a autoridade oficial e evitar a presença militar ou policial.
Por óbvias razões, os comissários políticos do narcoterror promoveram todo tipo de manifestações públicas dessas comunidades e as fizeram parte ativa da guerra jurídica contra o estamento militar, enquanto a solícita Frente Internacional das FARC procuraram ações internacionais de ordem política, diplomática e propagandística, direcionadas a legitimar a rebelião camuflada e evidentemente deslegitimar o Estado e suas Forças Militares.
Por desgraça, e do mesmo modo que ocorreu em outras regiões do país que padecem situações semelhantes de abandono e carência de ação estatal, os governos de turno - sem exceção - desde 1968 em diante que apareceram os primeiros brotos de terrorismo comunista em Chocó, além de seus antecessores que nunca se preocuparam com essa região, recorreram à solução facilitadora de enviar as tropas para combater os grupos armados ilegais, sem que simultaneamente com elas fossem programas concretos de desenvolvimento com objetivos a médio e longo prazo.
Reiteramos, pela enésima vez e não cessaremos de fazê-lo, à falta de visão político-estratégica dos governantes de turno frente a esta rica região, soma-se a ignorância crescente de governantes, ministros, legisladores e juízes colombianos frente ao Plano Estratégico das FARC. De maneira incrível passaram quase cinco décadas de terrorismo comunista contra a Colômbia, e ainda os politiqueiros de turno, os honoráveis magistrados, os experts ministros, os sábios diretores de departamentos administrativos e essa elite de sabichões que pululam na Colômbia, acreditam que a solução para este problema é unicamente militar.
Finalmente, com bom critério mas sem examinar a fundo os demais componentes do complexo conflito, os comandos militares afirmaram que estamos no fim do fim, que o problema se resolve em dois anos, que as mortes dos principais cabeças conduzirão à rendição dos demais bandidos, etc.
Também temos insistido desde há mais de 20 anos em múltiplos escritos, cenários acadêmicos, meios de comunicação e trabalhos investigativos, que o problema do narcoterror comunista se soluciona com ações integrais de Estado. Que a ação militar é fundamental, porém que ela demanda o mesmo compromisso dos demais entes estatais, quer dizer, que assim como os soldados dão até suas vidas por um soldo miserável, os funcionários públicos devem trabalhar para o que os elegeram e não para seus bolsos, suas prebendas ou suas conveniências politiqueiras.
Nessa ordem de idéias, requer-se um presidente que elabore com sua equipe de trabalho uma estratégia integral convertida em política de Estado, não em conjuntura de quatriênio, na qual se fixem objetivos concretos, dos quais não se pode ficar com o pé atrás em todos os campos da administração, para que regiões como o Chocó se harmonizem com o desenvolvimento do resto do país, para que os comunistas não encontrem incautos prontos para se juntar à guerrilha, para que os narcos não tenham mão de obra e para que os politiqueiros não roubem mais.
Construir estradas dignas que unam o Chocó com Antioquia, o Valle e o Velho Caldas e - por que não? -, construir o canal inter-oceânico na fronteira com o Panamá, redundariam em fontes de emprego, projetos de eco-turismo, agricultura, criação de gado, pesca e muito mais.
De posse destas ações chegaria o desenvolvimento social e econômico em todos os sentidos, pois os ministérios em seu conjunto imersos dentro de um esquema político-estratégico, participariam com efetividade em programas de longo fôlego, não em conjunturas demagógicas como o recente conselho de governo em Quibdó.
O refinamento do Plano Estratégico das FARC feito por Cano e Iván Márquez uniu em um só conjunto de trabalho os Blocos Caribe e norte-ocidental, que se articulam com o Comando Conjunto sul-ocidental para fazer presença geoestratégica sobre litorais e fronteiras, com vistas a construir milícias bolivarianas e células do Partido Comunista Clandestino nas regiões Pacífica e Caribe. E Chocó está no meio desse esquema.
Tal situação merece respostas estratégicas de Estado a longo prazo, não a manipulação oportunista da situação levando tropas para enfrentar os bandidos com as armas, enquanto os politiqueiros corruptos de Quibdó e os acomodados de Bogotá continuam felizes a custa do sangue de colombianos de ambos os lados.
A ação militar contra o narcoterror comunista é necessária mas não única nem definitiva. O Chocó necessita de força pública mas também estratégia integral do Estado, investigação exaustiva a todos os que governaram esse empobrecido estado e soluções políticas, sociais, econômicas e psicossociais para educar as novas gerações em um entorno diferente ao delito com o qual têm convivido por décadas, devido à inoperância dos demagogos que governaram a Colômbia.
Por essas razões, não basta instalar um batalhão no Chocó. A solução é mais profunda. Do contrário, será mais do mesmo e o que é mais dramático, como em outras partes do território nacional, o Exército acabará com a carga da irresponsabilidade político-administrativa dos governos nacional, estadual e municipal. Simples assim.
Cel. Luis Alberto Villamarín Pulido
21 de março de 2012
Tradução: Graça Salgueiro
MULHERES DO ESQUADRÃO MINISTERIAL EMPEDERNIDAS PELOS RECALQUES DA VIDA
Uma análise ligeira do perfil caracterizador das mulheres que formam o esquadrão ministerial da presidente impressiona pela semelhança de comportamentos, de vocabulários e, interessante salientar, de semblantes, por espelharem a dureza de suas almas, empedernidas pelos recalques da vida.
Mulheres estranhas!
A ideologia que alimenta esses pobres espíritos é tal uma fôrma que molda o caráter de cada uma dentro de uma mesma linha de fabricação.
Daí, a produção em série.
Excetuando-se a apagada Ana de Hollanda, as demais se assemelham às chefes de disciplina em orfanatos de crianças, na Inglaterra do século XIX.
O azedume que se estampa nas faces dessas mulheres, o voltarem-se para a negação do ser e não para a sobrevivência dele são sinais indicadores de que a obsessão doutrinária, a lavagem cerebral, a despersonalização de si mesmas são os fatores que as levaram a abraçar causas tortas que se opõem à natureza das coisas.
Declararem-se a favor de desvios morais, a fim de fazer crer que a igualdade de natureza sexual é idêntica à igualdade de direitos e deveres como cidadãos, é manipularem a letra da lei; é afrontarem os sentimentos da sociedade, é desvirtuarem as naturais tendências de cada pessoa, é levarem-na à degradação. Aproveita-se essa gente da ignorância e da alienação, estados deploráveis em que, infelizmente, a sociedade teima em permanecer.
Não tenho simpatias por padres nem por nenhuma das alas da Igreja, principalmente a CNBB, contudo, não posso deixar de reproduzir as palavras do bispo de Assis (SP), D. José Benedito Simão, presidente da Comissão da Vida, deste mesmo segmento da Igreja. Sendo ele lutador em prol da vida, revidou as palavras da ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Política para Mulheres, já que é defensora da prática do aborto, logo, da morte.
Diz o bispo, segundo o ESTADÃO.COM.BR (Política), em 13/2/2012: A ministra “é uma pessoa infeliz, mal-amada, e irresponsável” que “adotou uma postura contra o povo e a favor da morte”.
A escolha dessa ministra foi um dos muitos erros de dona Dilma por manter-se arraigadamente com um pé no passado, o que justifica ser o seu governo retrógrado, por congregar à sua volta elementos incapazes, de uma época que não deseja considerar ultrapassada.
Injetou no seu pensar, ter a obrigação de trazer de volta a escória de seus antigos “aparelhos”, para tirar uma lasca do poder e, com ele, do dinheiro público.
O que se estranha é que a Secretaria destinada a uma política para as mulheres seja dirigida por estranha mulher, com estranha filosofia de vida (ou de morte). Aliás, traz desconfiança qualquer entidade, departamento, ministério, instituição que tenham, na sua designação, uma identificação especificadora de sexo, etnia ou religião.
Uma Secretaria destinada a mulheres, também não é uma discriminação?
Não é a maneira dissimulada de considerar as mulheres dependentes do Estado e, portanto, peças maleáveis nas mãos ásperas do governo?
Não é uma forma de manipular as de baixa renda e obrigarem-nas a abortarem ou a outro ato abominável qualquer?
Toda a atenção será pouca em relação às atividades desta Secretaria, e acompanhar quais ações vão ser postas em prática é um dever e, como tal, não se pode relegar.
Afinal, a própria ministra declarou ter aprendido a prática de fazer aborto, em 2004, sem ser médica.
Ainda a mesma fonte anterior (ESTADÃO.COM.BR), em 14/2/2012, informa que “a ministra afirma que foi para a Colômbia aprender a fazer aborto pelo método Amiu (Aspiração Manual Intrauterina).
O mais grave nesta informação é que “Segundo ela, (continua o jornal virtual) a entidade feminista da qual participava tinha como objetivo "autocapacitar" mulheres para "lidar com o aborto", mesmo sem conhecimentos de medicina.” Isto faz lembrar o nazismo.
O que pretende esta Secretaria fazer com as mulheres, de pouco ou nenhum conhecimento sobre as consequências que recairão no seu próprio corpo? Que sanha é esta de destruição da vida humana?
Quais argumentos terão as autoridades para fechar clínicas clandestinas, os chamados “açougues”, se a própria ministra agiu (ou age) clandestinamente? Quem tem poder, pode? Quem não tem, dane-se? Afinal, a lei é ou não aplicável a todos?
Será possível que essa presidente atabalhoada não acerte a mão, pelo menos uma vez?
É imperioso que busque em centros de inteligência alguém mais equipado intelectualmente e de mãos limpas, já que dentro de suas hostes a qualidade de recursos humanos é precária.
É igualmente imperioso que reconheça, o quanto antes, a pobreza de espírito dos que a rodeiam, o que lhe concede, e ao Lula, o galardão de governantes que reuniram o maior número de ministros e assessores incompetentes e corruptos, na história política brasileira, tanto no campo do desvio do dinheiro público, quanto no desvio dos mais caros valores da dignidade humana.
Neste, então...
Como o Brasil aguenta não se sabe.
Aileda de Mattos Oliveira é Prof.ª Dr.ª em Língua Portuguesa.
Articulista do Jornal Inconfidência. Membro da Academia Brasileira de Defesa.
UPEC
Mulheres estranhas!
A ideologia que alimenta esses pobres espíritos é tal uma fôrma que molda o caráter de cada uma dentro de uma mesma linha de fabricação.
Daí, a produção em série.
Excetuando-se a apagada Ana de Hollanda, as demais se assemelham às chefes de disciplina em orfanatos de crianças, na Inglaterra do século XIX.
O azedume que se estampa nas faces dessas mulheres, o voltarem-se para a negação do ser e não para a sobrevivência dele são sinais indicadores de que a obsessão doutrinária, a lavagem cerebral, a despersonalização de si mesmas são os fatores que as levaram a abraçar causas tortas que se opõem à natureza das coisas.
Declararem-se a favor de desvios morais, a fim de fazer crer que a igualdade de natureza sexual é idêntica à igualdade de direitos e deveres como cidadãos, é manipularem a letra da lei; é afrontarem os sentimentos da sociedade, é desvirtuarem as naturais tendências de cada pessoa, é levarem-na à degradação. Aproveita-se essa gente da ignorância e da alienação, estados deploráveis em que, infelizmente, a sociedade teima em permanecer.
Não tenho simpatias por padres nem por nenhuma das alas da Igreja, principalmente a CNBB, contudo, não posso deixar de reproduzir as palavras do bispo de Assis (SP), D. José Benedito Simão, presidente da Comissão da Vida, deste mesmo segmento da Igreja. Sendo ele lutador em prol da vida, revidou as palavras da ministra Eleonora Menicucci, da Secretaria de Política para Mulheres, já que é defensora da prática do aborto, logo, da morte.
Diz o bispo, segundo o ESTADÃO.COM.BR (Política), em 13/2/2012: A ministra “é uma pessoa infeliz, mal-amada, e irresponsável” que “adotou uma postura contra o povo e a favor da morte”.
A escolha dessa ministra foi um dos muitos erros de dona Dilma por manter-se arraigadamente com um pé no passado, o que justifica ser o seu governo retrógrado, por congregar à sua volta elementos incapazes, de uma época que não deseja considerar ultrapassada.
Injetou no seu pensar, ter a obrigação de trazer de volta a escória de seus antigos “aparelhos”, para tirar uma lasca do poder e, com ele, do dinheiro público.
O que se estranha é que a Secretaria destinada a uma política para as mulheres seja dirigida por estranha mulher, com estranha filosofia de vida (ou de morte). Aliás, traz desconfiança qualquer entidade, departamento, ministério, instituição que tenham, na sua designação, uma identificação especificadora de sexo, etnia ou religião.
Uma Secretaria destinada a mulheres, também não é uma discriminação?
Não é a maneira dissimulada de considerar as mulheres dependentes do Estado e, portanto, peças maleáveis nas mãos ásperas do governo?
Não é uma forma de manipular as de baixa renda e obrigarem-nas a abortarem ou a outro ato abominável qualquer?
Toda a atenção será pouca em relação às atividades desta Secretaria, e acompanhar quais ações vão ser postas em prática é um dever e, como tal, não se pode relegar.
Afinal, a própria ministra declarou ter aprendido a prática de fazer aborto, em 2004, sem ser médica.
Ainda a mesma fonte anterior (ESTADÃO.COM.BR), em 14/2/2012, informa que “a ministra afirma que foi para a Colômbia aprender a fazer aborto pelo método Amiu (Aspiração Manual Intrauterina).
O mais grave nesta informação é que “Segundo ela, (continua o jornal virtual) a entidade feminista da qual participava tinha como objetivo "autocapacitar" mulheres para "lidar com o aborto", mesmo sem conhecimentos de medicina.” Isto faz lembrar o nazismo.
O que pretende esta Secretaria fazer com as mulheres, de pouco ou nenhum conhecimento sobre as consequências que recairão no seu próprio corpo? Que sanha é esta de destruição da vida humana?
Quais argumentos terão as autoridades para fechar clínicas clandestinas, os chamados “açougues”, se a própria ministra agiu (ou age) clandestinamente? Quem tem poder, pode? Quem não tem, dane-se? Afinal, a lei é ou não aplicável a todos?
Será possível que essa presidente atabalhoada não acerte a mão, pelo menos uma vez?
É imperioso que busque em centros de inteligência alguém mais equipado intelectualmente e de mãos limpas, já que dentro de suas hostes a qualidade de recursos humanos é precária.
É igualmente imperioso que reconheça, o quanto antes, a pobreza de espírito dos que a rodeiam, o que lhe concede, e ao Lula, o galardão de governantes que reuniram o maior número de ministros e assessores incompetentes e corruptos, na história política brasileira, tanto no campo do desvio do dinheiro público, quanto no desvio dos mais caros valores da dignidade humana.
Neste, então...
Como o Brasil aguenta não se sabe.
Aileda de Mattos Oliveira é Prof.ª Dr.ª em Língua Portuguesa.
Articulista do Jornal Inconfidência. Membro da Academia Brasileira de Defesa.
UPEC
EMPRESAS QUE FRAUDAM LICITAÇÕES NO RIO RECEBERAM R$ 152,3 MILHÕES DO GOVERNO FEDERAL
Reportagem do site Contas Abertas mostra que três das empresas flagradas pelo programa ‘Fantástico’, da TV Globo, oferecendo propina para fraudar licitação no hospital Clementino Fraga, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, também prestam serviços para o governo federal.
Segundo a oportuna reportagem do site, o valor dos contratos com a administração federal direta soma R$ 152,3 milhões entre o início de 2010 e março deste ano.
A maior beneficiária dos contratos é a Rufolo – Empresa de Serviços Técnicos e Construções Ltda, que foi chamada para a licitação de contratação de mão-de-obra para jardinagem, limpeza, vigilância e outros serviços, que recebeu R$ 73,1 milhões.
Em seguida, vêm a Locanty Soluções (coleta de lixo) e a Toesa Service (locadores de veículos), que receberam R$ 70,1 milhões e R$ 9,1 milhões, respectivamente.
Apenas a empresa Bella Vista Refeições Industriais, também envolvida nas denúncias veiculadas pela TV Globo, ainda não celebrou contratos a nível federal. Mas ela vai chegar lá, não tenham dúvidas.
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FECHANDO A PORTA???
Em função do escândalo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou portaria suspendendo os contratos com as empresas flagradas.
Paralelamente, a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciaram uma devassa nas compras de produtos e serviços em hospitais públicos no Estado, ante suspeitas de fraudes generalizadas.
Todos os contratos dessas empresas – não só com o hospital fluminense, mas com a saúde pública em todo o País – passarão pelo pente fino do Ministério, que acionou o Departamento Nacional de Auditoria do SUS para atuar em parceria com a CGU na devassa.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Não vai dar em nada. É praticamente impossível comprovar esse tipo de corrupção, depois de realizada a concorrência. Os políticos, como sempre, estão apenas “jogando para a arquibancada”, como se diz no linguajar futebolístico. Ao cancelar os contratos, o governo corre até o risco de ser processado e indenizar as empresas. No Brasil, a corrupção é invencível.
21 de março de 2012
contas abertas
Segundo a oportuna reportagem do site, o valor dos contratos com a administração federal direta soma R$ 152,3 milhões entre o início de 2010 e março deste ano.
A maior beneficiária dos contratos é a Rufolo – Empresa de Serviços Técnicos e Construções Ltda, que foi chamada para a licitação de contratação de mão-de-obra para jardinagem, limpeza, vigilância e outros serviços, que recebeu R$ 73,1 milhões.
Em seguida, vêm a Locanty Soluções (coleta de lixo) e a Toesa Service (locadores de veículos), que receberam R$ 70,1 milhões e R$ 9,1 milhões, respectivamente.
Apenas a empresa Bella Vista Refeições Industriais, também envolvida nas denúncias veiculadas pela TV Globo, ainda não celebrou contratos a nível federal. Mas ela vai chegar lá, não tenham dúvidas.
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FECHANDO A PORTA???
Em função do escândalo, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, assinou portaria suspendendo os contratos com as empresas flagradas.
Paralelamente, a Polícia Federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) e o Tribunal de Contas da União (TCU) iniciaram uma devassa nas compras de produtos e serviços em hospitais públicos no Estado, ante suspeitas de fraudes generalizadas.
Todos os contratos dessas empresas – não só com o hospital fluminense, mas com a saúde pública em todo o País – passarão pelo pente fino do Ministério, que acionou o Departamento Nacional de Auditoria do SUS para atuar em parceria com a CGU na devassa.
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NOTA DA REDAÇÃO DO BLOG
Não vai dar em nada. É praticamente impossível comprovar esse tipo de corrupção, depois de realizada a concorrência. Os políticos, como sempre, estão apenas “jogando para a arquibancada”, como se diz no linguajar futebolístico. Ao cancelar os contratos, o governo corre até o risco de ser processado e indenizar as empresas. No Brasil, a corrupção é invencível.
21 de março de 2012
contas abertas
AGRAVA-SE A CRISE MILITAR
Coronel Reformado do EB e Advogado registrado na OAB aciona o Ministério Público Federal contra a Presidente Dilma Rousseff e o Ministro da Defesa Celso Amorim.O texto é longo, mas totalmente embasado em dispositivos legais e constitucionais inquestionáveis.Não deixe de ler!
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PROCURADOR DA REPÚBLICA EM BRASÍLIA-DF
. PEDRO IVO MOÉZIA DE LIMA, brasileiro, divorciado, Coronel Reformado do Exército, RG nº. 02 366 2370-8, CPF/MF n.º 066 166 078-87, Advogado-OAB/DF 14 858, residente no Setor Sudoeste, no CCSW 01, Lt. 01, Apto 608, Brasília/DF, Tel.061 92193520, advogando em causa própria, com escritório no SCS, Qd. 01 Edifício Central, Sl. 704, onde recebe as comunicações processuais de praxe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, relatar os seguintes fatos que ensejam a atuação do Ministério Público.O autor desta Representação é sócio efetivo do Clube Militar – Exército, matrícula nº. 324 019(Doc. 01) e declara nesta oportunidade que não cabe qualquer responsabilidade aos Clubes e aos militares da Reserva signatários do “Alerta à Nação ”, pelo contido nesta Representação a não ser que o declarem explicitamente.
Texto completo
No último dia 16 fevereiro de 2012, os Presidentes dos três Clubes Militares das Forças Armadas, insatisfeitos com as declarações desairosas das Ministras MARIA DO ROSÁRIO, da Secretaria dos Direitos Humanos e ELEONORA MENICUCCI, da Secretaria das Mulheres, sobre assunto de interesse dos militares e de não terem merecido uma reprimenda por parte da Presidenta Dilma Rousseff, lançaram uma nota conjunta (Doc. 02) na qual faziam censuras às declarações das Ministras e criticas à Presidenta Dilma por não ter tomado nenhuma atitude contra as declarações das suas duas auxiliares.
A nota conjunta foi publicada no site dos Clubes e ali permaneceram até o dia 16 de fevereiro próximo passado, dele sendo retirado, segundo jornais de circulação no país por determinação do Ministro da Defesa Celso Amorim, a quem os militares da Reserva não reconhecem qualquer autoridade para fazê-lo.
Os Presidentes foram obrigados a retirarem a mensagem do site.
Alegou o Ministro que as críticas feitas à Presidenta eram inadmissíveis, e que ela ficou muito irritada com o teor da nota conjunta, principalmente porque a atitude dos militares era um ato de indisciplina, um flagrante desrespeito à sua autoridade de Comandante em chefe das Forças Armadas (Doc. 03).A retirada da nota do site causou um grande mal estar entre os associados, principalmente entre aqueles já na Reserva, que se espalhou rapidamente entre os demais Militares das três Forças, inclusive no pessoal da ativa.
Houve discussões acaloradas entre os militares que resolveram redigir uma declaração intitulada “ALERTA À NAÇÃO” (Doc. 09) para que fosse posta nos sites dos Clubes. O Manifesto ratificava em todos os termos a nota conjunta dos Presidentes e tecia outras considerações.O Manifesto rapidamente ganhou corpo com centenas de assinaturas de militares de todas as patentes, desde Oficiais Generais de Exército até Soldado. E o que é muito estimulante: centenas de civis, inclusive um Desembargador. O número de adesões continua aumentando extraordinariamente.
Como era de se esperar, o “Manifesto à Nação” também desagradou a cúpula do Governo que o considerou um ato de indisciplina e o Ministro da Defesa Celso Amorim, certamente cumprindo ordens da Presidenta da República, determinou aos Comandantes das três Forças que aplicassem punição que julgassem conveniente nos signatários do documento acima referido ( Doc. 04, 05, 06, 07 e 08 ).
Digno representante do MPF, os Clubes Militares são associações civis, de Direito Privado, legalmente constituídos dentro da legislação pertinente, possuindo Estatutos registrados em Cartório como manda a lei, não subordinadas a quem quer que seja a não ser a sua Diretoria, eleita por seu quadro social, tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência.
Anos de luta, determinação, conquistas, vitórias e de participação efetiva em casos relevantes da História da Pátria.
A intervenção do Ministro da Defesa em assuntos internos dos Clubes Militares foi uma truculência, um ato arbitrário, um ato de força, uma intromissão indevida em assuntos que não lhes dizem respeito e que fogem da sua esfera de atribuições.
Os Clubes Militares e assim os militares da Reserva signatários agiram dentro dos limites da lei. Não cometeram qualquer ato de indisciplina, não infringiram qualquer lei, código ou regulamento.
Suas declarações - nota conjuntas e Manifesto à Nação - foram vazadas em termos firmes, sérios e incisivos, mas, ao mesmo tempo protocolares, educados e respeitosos. Em nenhum momento pôs em dúvida a autoridade da Presidente ou do Ministro da Defesa.
O direito de livre expressão e manifestação, bem como fazer criticas sobre assunto de qualquer natureza, guardados os limites da lei, é assegurado aos militares da reserva por diversos dispositivos legais, se não vejamos;
Art. 5º da Constituição Federal:
II - ninguém é obrigado a fazer.......................
IV – é livre a manifestação do...........................
VI – é inviolável a liberdade de consciência .....
VIII - ninguém será privado dos ......................
IX – é livre a expressão da atividade ................
X – são invioláveis a intimidade .......................
XVII - é plena a liberdade de associação.........
XVIII - a criação de associações .......................
XXXVI – a lei não prejudicará o ........................
Art. 220 da Constituição Federal:
É livre a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observados o disposto nesta Constituição.
§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística...........................;
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Lei 7524/ 86:O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faz saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º Respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público.
Como se pode depreender os Clubes Militares e os militares da Reserva não cometeram qualquer ato ilegal, não violaram lei, normas, regulamentos ou códigos. Não cometeram atos de indisciplina, muito menos contestaram a autoridade de quem quer que seja.
O mesmo não se pode dizer do Ministro da Defesa, que agiu de maneira intempestiva, ao arrepio da lei, por iniciativa própria ou a mando da Presidente.
Violou dispositivos constitucionais notadamente:
Art. 5º, IV, VIII, IX e XVIII (todos já explicitados acima).
Art. 220 e seus parágrafos (todos já explicitados acima).
A Lei nº. 7524 de 1986, já explicitada acima.
Portanto, perfeitamente enquadrados, Presidenta ou Ministro da Defesa, no Art. 85 da Constituição Federal que decreta:
Art. 85/CF:São crimes de responsabilidade, atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:............
III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;...........
VII – o cumprimento das leis e decisões judiciais.
Os crimes contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais estão capitulados no Art. 7º da Lei 1079/50, ainda em vigor que decreta:
Art. 7º São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais: ..............
5 - servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua;
7 - incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina;
8 - provocar animosidade entre as classes armadas ou contra elas, ou delas contra as instituições civis;
9 - violar patentemente qualquer direito ou garantia individual constante do art. 141 e bem assim os direitos sociais assegurados no artigo 157 da Constituição;
A mesma Lei 1079/50, define quais são os crimes de responsabilidade em que pode ter incorrido o Ministro da Defesa, se não vejamos o que prescreve:
Art. 13. São crimes de responsabilidade dos Ministros de Estado;
1 - os atos definidos nesta lei, quando por eles praticados ou ordenados;
2 - os atos previstos nesta lei que os Ministros assinarem com o Presidente da República ou por ordem deste praticarem;
Não se trata aqui de questionar a relevância ou não do conteúdo da nota conjunta dos Presidentes dos Clubes e do Manifesto à Nação dos militares da Reserva, que estão dentro dos limites que a lei permite para o exercício pleno dos seus direitos de livre expressão e manifestação dos seus sentimentos e pensamentos.
O que se questiona é a violência, é o arbítrio, é o abuso de poder, é a truculência, é a intromissão indevida na coisa particular, é o descumprimento da lei, é a violentação da Constituição, é o descumprimento da lei máxima da nossa Pátria, o que é inadmissível numa Democracia, num governo que diz vivermos um “ Estado Democrático e de Direito”.
Plagiando uma frase de MARTIM LUTHER KING,
“O me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.
Eu diria:Como brasileiro, me preocupa, sim, o grito dos maus, o que os Governantes, os corruptos e os todo poderosos, fazem com o nosso país, mas, me preocupa muito mais o silêncio dos bons.
Onde estão os defensores da liberdade, das leis, da Democracia?
Onde estão a ABI, a ABERT, a OAB, a imprensa escrita, falada e televisionada, etc., que não disseram uma só palavra, não escreveram uma só linha, sobre as violências sofridas pelos Clubes Militares e militares das Reserva, por autoridades do Governo?
Os militares, não querem que falem em sua defesa, pois sabem muito bem como, onde, e contra quem se defenderem, além do mais, tem como seus maiores defensores o povo brasileiro que considera as Forças Amadas como a Instituição de maior credibilidade da Brasil.
Queremos que falem em defesa da nação brasileira, lei, da liberdade, da Constituição e da Democracia. Não queremos crer que os “bons” só se manifestem quando têm algum interesse, quando os seus direitos e garantia é que estão ameaçados.
Digno Representante do Ministério Público Federal, os fatos cima narrados, por serem de interesse não só dos militares da reserva, mas de toda a nação brasileira, por representarem uma ameaça aos direitos e garantias fundamentais das pessoas, assegurados pela nossa lei máxima e à Democracia ensejam intervenção imediata desse MPF, para apurar responsabilidade de autoridades do Governo, nos fatos acima narrados, a fim de impedir que passemos de uma “DITADURA BRANCA” que já vivemos, para uma “DITADURA DE FATO”, que os terroristas de ontem, alguns hoje no Governo, segundo juram, “tanto lutaram para acabar”.
O que se requer, dito tudo isso, é que seja aberto o competente procedimento administrativo penal para que sejam apuradas as possíveis práticas de crimes de responsabilidade pelas autoridades públicas acima nomeadas, Presidente da República e Ministro de Estado(DEFESA), Dilma Rousseff e Celso Amorim, quando ordenaram a censura da manifestação de muitos brasileiros em recentes acontecimentos.Nestes termos,Pede deferimento.
Brasília/DF, 09 de março de 2012.
PEDRO IVO MOÉZIA DE LIMAOAB/DF 14858
(Transcrito do site "A Verdade Sufocada" em 09/03/2012)
EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR PROCURADOR DA REPÚBLICA EM BRASÍLIA-DF
. PEDRO IVO MOÉZIA DE LIMA, brasileiro, divorciado, Coronel Reformado do Exército, RG nº. 02 366 2370-8, CPF/MF n.º 066 166 078-87, Advogado-OAB/DF 14 858, residente no Setor Sudoeste, no CCSW 01, Lt. 01, Apto 608, Brasília/DF, Tel.061 92193520, advogando em causa própria, com escritório no SCS, Qd. 01 Edifício Central, Sl. 704, onde recebe as comunicações processuais de praxe, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, relatar os seguintes fatos que ensejam a atuação do Ministério Público.O autor desta Representação é sócio efetivo do Clube Militar – Exército, matrícula nº. 324 019(Doc. 01) e declara nesta oportunidade que não cabe qualquer responsabilidade aos Clubes e aos militares da Reserva signatários do “Alerta à Nação ”, pelo contido nesta Representação a não ser que o declarem explicitamente.
Texto completo
No último dia 16 fevereiro de 2012, os Presidentes dos três Clubes Militares das Forças Armadas, insatisfeitos com as declarações desairosas das Ministras MARIA DO ROSÁRIO, da Secretaria dos Direitos Humanos e ELEONORA MENICUCCI, da Secretaria das Mulheres, sobre assunto de interesse dos militares e de não terem merecido uma reprimenda por parte da Presidenta Dilma Rousseff, lançaram uma nota conjunta (Doc. 02) na qual faziam censuras às declarações das Ministras e criticas à Presidenta Dilma por não ter tomado nenhuma atitude contra as declarações das suas duas auxiliares.
A nota conjunta foi publicada no site dos Clubes e ali permaneceram até o dia 16 de fevereiro próximo passado, dele sendo retirado, segundo jornais de circulação no país por determinação do Ministro da Defesa Celso Amorim, a quem os militares da Reserva não reconhecem qualquer autoridade para fazê-lo.
Os Presidentes foram obrigados a retirarem a mensagem do site.
Alegou o Ministro que as críticas feitas à Presidenta eram inadmissíveis, e que ela ficou muito irritada com o teor da nota conjunta, principalmente porque a atitude dos militares era um ato de indisciplina, um flagrante desrespeito à sua autoridade de Comandante em chefe das Forças Armadas (Doc. 03).A retirada da nota do site causou um grande mal estar entre os associados, principalmente entre aqueles já na Reserva, que se espalhou rapidamente entre os demais Militares das três Forças, inclusive no pessoal da ativa.
Houve discussões acaloradas entre os militares que resolveram redigir uma declaração intitulada “ALERTA À NAÇÃO” (Doc. 09) para que fosse posta nos sites dos Clubes. O Manifesto ratificava em todos os termos a nota conjunta dos Presidentes e tecia outras considerações.O Manifesto rapidamente ganhou corpo com centenas de assinaturas de militares de todas as patentes, desde Oficiais Generais de Exército até Soldado. E o que é muito estimulante: centenas de civis, inclusive um Desembargador. O número de adesões continua aumentando extraordinariamente.
Como era de se esperar, o “Manifesto à Nação” também desagradou a cúpula do Governo que o considerou um ato de indisciplina e o Ministro da Defesa Celso Amorim, certamente cumprindo ordens da Presidenta da República, determinou aos Comandantes das três Forças que aplicassem punição que julgassem conveniente nos signatários do documento acima referido ( Doc. 04, 05, 06, 07 e 08 ).
Digno representante do MPF, os Clubes Militares são associações civis, de Direito Privado, legalmente constituídos dentro da legislação pertinente, possuindo Estatutos registrados em Cartório como manda a lei, não subordinadas a quem quer que seja a não ser a sua Diretoria, eleita por seu quadro social, tendo mais de cento e vinte anos de gloriosa existência.
Anos de luta, determinação, conquistas, vitórias e de participação efetiva em casos relevantes da História da Pátria.
A intervenção do Ministro da Defesa em assuntos internos dos Clubes Militares foi uma truculência, um ato arbitrário, um ato de força, uma intromissão indevida em assuntos que não lhes dizem respeito e que fogem da sua esfera de atribuições.
Os Clubes Militares e assim os militares da Reserva signatários agiram dentro dos limites da lei. Não cometeram qualquer ato de indisciplina, não infringiram qualquer lei, código ou regulamento.
Suas declarações - nota conjuntas e Manifesto à Nação - foram vazadas em termos firmes, sérios e incisivos, mas, ao mesmo tempo protocolares, educados e respeitosos. Em nenhum momento pôs em dúvida a autoridade da Presidente ou do Ministro da Defesa.
O direito de livre expressão e manifestação, bem como fazer criticas sobre assunto de qualquer natureza, guardados os limites da lei, é assegurado aos militares da reserva por diversos dispositivos legais, se não vejamos;
Art. 5º da Constituição Federal:
II - ninguém é obrigado a fazer.......................
IV – é livre a manifestação do...........................
VI – é inviolável a liberdade de consciência .....
VIII - ninguém será privado dos ......................
IX – é livre a expressão da atividade ................
X – são invioláveis a intimidade .......................
XVII - é plena a liberdade de associação.........
XVIII - a criação de associações .......................
XXXVI – a lei não prejudicará o ........................
Art. 220 da Constituição Federal:
É livre a manifestação do pensamento, a criação, a expressão e a informação, sob qualquer forma, processo ou veículo, não sofrerão qualquer restrição, observados o disposto nesta Constituição.
§ 1º - Nenhuma lei conterá dispositivo que possa constituir embaraço à plena liberdade de informação jornalística...........................;
§ 2º - É vedada toda e qualquer censura de natureza política, ideológica e artística.
Lei 7524/ 86:O PRESIDENTE DA REPÚBLICA faz saber que o Congresso Nacional decreta e eu sanciono a seguinte lei:
Art. 1º Respeitados os limites estabelecidos na lei civil, é facultado ao militar inativo, independentemente das disposições constantes dos Regulamentos Disciplinares das Forças Armadas, opinar livremente sobre assunto político e externar pensamento e conceito ideológico, filosófico ou relativo à matéria pertinente ao interesse público.
Como se pode depreender os Clubes Militares e os militares da Reserva não cometeram qualquer ato ilegal, não violaram lei, normas, regulamentos ou códigos. Não cometeram atos de indisciplina, muito menos contestaram a autoridade de quem quer que seja.
O mesmo não se pode dizer do Ministro da Defesa, que agiu de maneira intempestiva, ao arrepio da lei, por iniciativa própria ou a mando da Presidente.
Violou dispositivos constitucionais notadamente:
Art. 5º, IV, VIII, IX e XVIII (todos já explicitados acima).
Art. 220 e seus parágrafos (todos já explicitados acima).
A Lei nº. 7524 de 1986, já explicitada acima.
Portanto, perfeitamente enquadrados, Presidenta ou Ministro da Defesa, no Art. 85 da Constituição Federal que decreta:
Art. 85/CF:São crimes de responsabilidade, atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra:............
III – o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais;...........
VII – o cumprimento das leis e decisões judiciais.
Os crimes contra o exercício dos direitos políticos, individuais e sociais estão capitulados no Art. 7º da Lei 1079/50, ainda em vigor que decreta:
Art. 7º São crimes de responsabilidade contra o livre exercício dos direitos políticos, individuais e sociais: ..............
5 - servir-se das autoridades sob sua subordinação imediata para praticar abuso do poder, ou tolerar que essas autoridades o pratiquem sem repressão sua;
7 - incitar militares à desobediência à lei ou infração à disciplina;
8 - provocar animosidade entre as classes armadas ou contra elas, ou delas contra as instituições civis;
9 - violar patentemente qualquer direito ou garantia individual constante do art. 141 e bem assim os direitos sociais assegurados no artigo 157 da Constituição;
A mesma Lei 1079/50, define quais são os crimes de responsabilidade em que pode ter incorrido o Ministro da Defesa, se não vejamos o que prescreve:
Art. 13. São crimes de responsabilidade dos Ministros de Estado;
1 - os atos definidos nesta lei, quando por eles praticados ou ordenados;
2 - os atos previstos nesta lei que os Ministros assinarem com o Presidente da República ou por ordem deste praticarem;
Não se trata aqui de questionar a relevância ou não do conteúdo da nota conjunta dos Presidentes dos Clubes e do Manifesto à Nação dos militares da Reserva, que estão dentro dos limites que a lei permite para o exercício pleno dos seus direitos de livre expressão e manifestação dos seus sentimentos e pensamentos.
O que se questiona é a violência, é o arbítrio, é o abuso de poder, é a truculência, é a intromissão indevida na coisa particular, é o descumprimento da lei, é a violentação da Constituição, é o descumprimento da lei máxima da nossa Pátria, o que é inadmissível numa Democracia, num governo que diz vivermos um “ Estado Democrático e de Direito”.
Plagiando uma frase de MARTIM LUTHER KING,
“O me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons”.
Eu diria:Como brasileiro, me preocupa, sim, o grito dos maus, o que os Governantes, os corruptos e os todo poderosos, fazem com o nosso país, mas, me preocupa muito mais o silêncio dos bons.
Onde estão os defensores da liberdade, das leis, da Democracia?
Onde estão a ABI, a ABERT, a OAB, a imprensa escrita, falada e televisionada, etc., que não disseram uma só palavra, não escreveram uma só linha, sobre as violências sofridas pelos Clubes Militares e militares das Reserva, por autoridades do Governo?
Os militares, não querem que falem em sua defesa, pois sabem muito bem como, onde, e contra quem se defenderem, além do mais, tem como seus maiores defensores o povo brasileiro que considera as Forças Amadas como a Instituição de maior credibilidade da Brasil.
Queremos que falem em defesa da nação brasileira, lei, da liberdade, da Constituição e da Democracia. Não queremos crer que os “bons” só se manifestem quando têm algum interesse, quando os seus direitos e garantia é que estão ameaçados.
Digno Representante do Ministério Público Federal, os fatos cima narrados, por serem de interesse não só dos militares da reserva, mas de toda a nação brasileira, por representarem uma ameaça aos direitos e garantias fundamentais das pessoas, assegurados pela nossa lei máxima e à Democracia ensejam intervenção imediata desse MPF, para apurar responsabilidade de autoridades do Governo, nos fatos acima narrados, a fim de impedir que passemos de uma “DITADURA BRANCA” que já vivemos, para uma “DITADURA DE FATO”, que os terroristas de ontem, alguns hoje no Governo, segundo juram, “tanto lutaram para acabar”.
O que se requer, dito tudo isso, é que seja aberto o competente procedimento administrativo penal para que sejam apuradas as possíveis práticas de crimes de responsabilidade pelas autoridades públicas acima nomeadas, Presidente da República e Ministro de Estado(DEFESA), Dilma Rousseff e Celso Amorim, quando ordenaram a censura da manifestação de muitos brasileiros em recentes acontecimentos.Nestes termos,Pede deferimento.
Brasília/DF, 09 de março de 2012.
PEDRO IVO MOÉZIA DE LIMAOAB/DF 14858
(Transcrito do site "A Verdade Sufocada" em 09/03/2012)
O NOVO GOVERNADOR: A INTERVENÇÃO VERMELHA NO DF
Novo governador do Distrito Federal Swedenberger Barbosa, braço direito da presidente Dilma Rousseff e do ex-presidente Lula toma posse nesta 2a feira, 19. O estopim para este fato foi a Operação Monte Carlo, onde o PT de Brasília aparece em maior destaque do que o objetivo do Palácio do Planalto em atingir a oposição liderada por Demostenes Torres (DEM-GO) e Marconi Perillo (PSDB-GO).
O Palácio do Planalto sinalizou através do ministro Gilberto Carvalho que entregaria Agnelo Queiroz à própria sorte. Mas a estratégia do PT comandada por José Dirceu foi a de nomear o interventor, na tentativa de estancar a sangria que Agnelo, vem provocando na Capital da República desde a posse no início de 2011. A posse de Berger foi concorrida com direito a discurso de Gilberto Carvalho e a presença do Ministro das Comunicações Paulo Bernardo.
O Grupo Delta Engenharia, considerado hoje o maior fornecedor do Governo Federal, foi atingido em cheio pela Monte Carlo, por suas operações de propina com o GDF e o Governo de Goiás.
O contraventor Carlos de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o diretor da Delta Engenharia no Centro Oeste, Cláudio Abreu, tinham uma sociedade em Brasília e em Goiás. Carlinhos despachava numa sala onde funciona a empreiteira com outros negócios, inclusive locadora de veículos, flagrados pelo Ministério Público Federal.
As investigações em que aparece o GDF estão guardadas a sete chaves pelo procurador geral Roberto Gurgel. Ali aparecem envolvimentos de parlamentares distritais, empresários de Brasília chegando a alcançar a porta do Palácio do Planalto. Diante disso, Gilberto Carvalho, que hoje é o verdadeiro porta-voz político de Dilma, resolveu atender a estratégia colocada por José Dirceu.
Berger assume tirando todos os poderes do secretário de Governo Paulo Tadeu, do vice-governador Tadeu Filipelli, e colocando o governador Agnelo na sombra, funcionando apenas como porta-voz das decisões do Planalto. Sem o poder de governador, Agnelo começa a contagem regressiva para que a Justiça seja feita em seus processos de envolvimento com corrupção desde a época em esteve à frente do Ministério do Esporte.
O soldado quatro estrelas João Dias, que acumulou os segredos das mazelas de Agnelo em sua trajetória politica, entregou à Justiça um dossiê e assiste com total segurança o momento em que será deflagrado o novo escândalo no GDF.
O Palácio do Planalto na tentativa de minimizar o impacto de um novo escândalo, não vai conseguir apagar todos os rastros deixados por Agnelo e sua turma.
Nos próximos dias, Paulo Tadeu, que tem um mandato de deputado federal, retorna ao Congresso. Rafael Barbosa, secretário de Saúde, também deixará o Governo. O vice-governador Tadeu Filipelli sairá pela porta dos fundos do Buriti para assumir o Ministério dos Transportes, numa manobra do vice-presidente Michel Temer.
O resultado desta dança de cadeiras é um novo Governo no Distrito Federal.
O Ministério Público é o principal colaborador deste projeto de Dilma, guardando na gaveta o que poderia ser o segundo maior escândalo da história da Capital Federal, que nos últimos quatro vivencia momentos de degradação da cidade por péssima ingerência, mergulhada em denúncias que baixam a estima da população.
Berger é considerado homem de Lula e Zé Dirceu. Este último esteve recentemente em Brasília para prestar solidariedade a Agnelo, bombardeado diariamente com as denúncias de corrupção durante toda a sua vida política.
O MPF deixou vazar parte do inquérito da Operação Monte Carlo que alcançava o senador Demóstenes Torres, numa relação de amizade com Carlinhos Cachoeira, e o Governador de Goiás Marconi Perillo.
Mas, em Brasília, Cachoeira operava com a indústria farmacêutica, lixo e lixo hospitalar, locadora de veículos, segurança e um forte esquema de contravenção de onde saem os pagamentos de propina para funcionários públicos.
Cachoeira tem como tentáculos Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, Claudio Abreu, da Delta Engenharia, e outro amigo conhecido como Lenine. Os três são considerados pelo MP os articuladores da organização criminosa no DF.
A Delta Engenharia tem um vasto currículo de escândalos. No Governo do Rio de Janeiro foram mais de R$ 600 milhões sem licitação com a ajuda de Sérgio Cabral.
Em Goiás, o governador Marconi Perillo é o padrinho da Delta. E no Governo Federal quem abre as portas para as transações é o ex-chefe da Casa Civil e deputado cassado do Mensalão José Dirceu.
Foi no Governo do PT que a Delta alçou seu grande voo. O presidente Fernando Cavendish declarou que é fácil abocanhar grandes obras: “é só comprar um senador que as coisas acontecem. Escolhe a obra que quer, paga para o senador, e ele se encarrega do jeitinho com o Governo.”
Esta declaração em qualquer país do mundo seria motivo para prisão sumária. A Revista Veja tem a gravação de Cavendish bravateando e colocando preço nos parlamentares do Congresso Nacional.
A Operação Monte Carlo revela ainda o chefe de Gabinete de Agnelo Queiroz, Claudio Monteiro, o Buchinho, operando em parceria com o Dadá na coleta de propina com a contravenção instalada em Brasília.
Monteiro usava até celular internacional para se comunicar com o Dadá e fugir do grampo oficial da Polícia Federal. Mas num descuido foi flagrado operando e deixou brecha para que Agnelo fosse visualizado na investigação.
Outro que ajudou a visualizar o Governador nas investigações do MP, na escuta autorizada pela justiça, foi Marcello de Oliveira Lopes. O agente de polícia matrícula 43280-6, citado no inquérito como Marcelão, abocanhou através da Agência Plá de Comunicação e Publicidade dois contratos milionários com a ajuda do chefe de gabinete do governador Cláudio Monteiro: um na Terracap e outro na CEB.
Marcelão foi nomeado no último dia 16 de fevereiro, para um CNE 07, na Subsecretaria de Assessoramento Especial da Casa Militar, ao lado do Coronel Leão. Marcelão, flagrado nas investigações colocando Dadá e Claudio Monteiro para abrirem portas do GDF para a Agência Plá, faz parte com esses dois de um esquema de arapongagem em cima dos classificados por eles mesmos de inimigos do Governo Agnelo.
Usam grampos, quebram sigilos de contas de telefone e e-mails, para se cacifarem com o governador e conseguirem emplacar seus negócios. Dadá era frequentador assíduo da Agência Plá e recebia propina de Marcelão.
Carlinhos Cachoeira é dono de laboratório em Goiás, e entrou em parceria com a União Química, velha conhecida de Agnelo Queiroz, no caso Daniel Tavares que acusou o Govenador de receber propina do Laboratório, na produção e venda de Genéricos para o Governo.
Num país cansado de tantos escândalos, a população de Brasília demonstra que não aguenta mais.
O Palácio do Planalto tomou essas medidas, porque em menos de três anos a Capital da República teve quatro governantes e está à beira do quinto.
A intervenção vermelha do PT sai exatamente no instante em que o Fantástico da noite deste domingo, 18, revelou ao país, práticas de corrupção muito conhecidas do brasiliense.
O sentimento da população candanga, nesta segunda-feira, é de desabafo, pois o escândalo mostrado em rede nacional pela TV aconteceu no Rio de Janeiro, e não em Brasília, mas flagrou empresas que operam também no Planalto Central e a maneira como os saqueadores dos cofres públicos agem sem qualquer escrúpulo, falando de ética no mercado.
Que mercado é esse, o da corrupção? A falta de vergonha é tanta que se estivéssemos, por exemplo, no Japão não haveria adagas para tanto haraquiri.
21 de março de 2012
Matéria do blog Quidnovi.com.br
NOTA AO PÉ DO TEXTO
É... Faltaria adaga para tanto haraquiri. Mas ainda que sobrassem adagas, faltaria vergonha, constrangimento e caráter. E esse produto tem se revelado escasso nos meios políticos e empresariais.
O Brasil da era da mediocridade familiarizou-se com a corrupção de tal modo, que aqueles que não participam "dos esquemas", são sumariamente defenestrados.
É preciso que surja um novo dia para o país. É preciso atravessar esse momento de trevas. É preciso matar a serpente que envenena nosso pobre Brasil.
O escândalo da Operação Monte Carlo está no cofre do Planalto, trancado a sete chaves. Mas será inevitável o seu vazamento, e seremos surpreendidos por uma avalanche de nomes, valores, transações espúrias... Pelo fedor da corrupção, que mais uma vez ofende a cidadania brasileira.
Enquanto isso, enquanto a catinga não chega às nossas pituitárias, continuamos a respirar os velhos escândalos sem solução, aguardando a interminável novela do "mensalão", saboreando a sobremesa dos suspeitos togados, assistindo ao filme dos que corromperam e roubaram o erário e continuam passeando pelas avenidas da impunidade, passando muito bem obrigado, em suas viagens pelo exterior, sem que a alfândega retenha as suas pecaminosas consciências. Consciências?! Ah! se as tivessem...
m.americo
O Palácio do Planalto sinalizou através do ministro Gilberto Carvalho que entregaria Agnelo Queiroz à própria sorte. Mas a estratégia do PT comandada por José Dirceu foi a de nomear o interventor, na tentativa de estancar a sangria que Agnelo, vem provocando na Capital da República desde a posse no início de 2011. A posse de Berger foi concorrida com direito a discurso de Gilberto Carvalho e a presença do Ministro das Comunicações Paulo Bernardo.
O Grupo Delta Engenharia, considerado hoje o maior fornecedor do Governo Federal, foi atingido em cheio pela Monte Carlo, por suas operações de propina com o GDF e o Governo de Goiás.
O contraventor Carlos de Almeida Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e o diretor da Delta Engenharia no Centro Oeste, Cláudio Abreu, tinham uma sociedade em Brasília e em Goiás. Carlinhos despachava numa sala onde funciona a empreiteira com outros negócios, inclusive locadora de veículos, flagrados pelo Ministério Público Federal.
As investigações em que aparece o GDF estão guardadas a sete chaves pelo procurador geral Roberto Gurgel. Ali aparecem envolvimentos de parlamentares distritais, empresários de Brasília chegando a alcançar a porta do Palácio do Planalto. Diante disso, Gilberto Carvalho, que hoje é o verdadeiro porta-voz político de Dilma, resolveu atender a estratégia colocada por José Dirceu.
Berger assume tirando todos os poderes do secretário de Governo Paulo Tadeu, do vice-governador Tadeu Filipelli, e colocando o governador Agnelo na sombra, funcionando apenas como porta-voz das decisões do Planalto. Sem o poder de governador, Agnelo começa a contagem regressiva para que a Justiça seja feita em seus processos de envolvimento com corrupção desde a época em esteve à frente do Ministério do Esporte.
O soldado quatro estrelas João Dias, que acumulou os segredos das mazelas de Agnelo em sua trajetória politica, entregou à Justiça um dossiê e assiste com total segurança o momento em que será deflagrado o novo escândalo no GDF.
O Palácio do Planalto na tentativa de minimizar o impacto de um novo escândalo, não vai conseguir apagar todos os rastros deixados por Agnelo e sua turma.
Nos próximos dias, Paulo Tadeu, que tem um mandato de deputado federal, retorna ao Congresso. Rafael Barbosa, secretário de Saúde, também deixará o Governo. O vice-governador Tadeu Filipelli sairá pela porta dos fundos do Buriti para assumir o Ministério dos Transportes, numa manobra do vice-presidente Michel Temer.
O resultado desta dança de cadeiras é um novo Governo no Distrito Federal.
O Ministério Público é o principal colaborador deste projeto de Dilma, guardando na gaveta o que poderia ser o segundo maior escândalo da história da Capital Federal, que nos últimos quatro vivencia momentos de degradação da cidade por péssima ingerência, mergulhada em denúncias que baixam a estima da população.
Berger é considerado homem de Lula e Zé Dirceu. Este último esteve recentemente em Brasília para prestar solidariedade a Agnelo, bombardeado diariamente com as denúncias de corrupção durante toda a sua vida política.
O MPF deixou vazar parte do inquérito da Operação Monte Carlo que alcançava o senador Demóstenes Torres, numa relação de amizade com Carlinhos Cachoeira, e o Governador de Goiás Marconi Perillo.
Mas, em Brasília, Cachoeira operava com a indústria farmacêutica, lixo e lixo hospitalar, locadora de veículos, segurança e um forte esquema de contravenção de onde saem os pagamentos de propina para funcionários públicos.
Cachoeira tem como tentáculos Idalberto Matias de Araújo, o Dadá, Claudio Abreu, da Delta Engenharia, e outro amigo conhecido como Lenine. Os três são considerados pelo MP os articuladores da organização criminosa no DF.
A Delta Engenharia tem um vasto currículo de escândalos. No Governo do Rio de Janeiro foram mais de R$ 600 milhões sem licitação com a ajuda de Sérgio Cabral.
Em Goiás, o governador Marconi Perillo é o padrinho da Delta. E no Governo Federal quem abre as portas para as transações é o ex-chefe da Casa Civil e deputado cassado do Mensalão José Dirceu.
Foi no Governo do PT que a Delta alçou seu grande voo. O presidente Fernando Cavendish declarou que é fácil abocanhar grandes obras: “é só comprar um senador que as coisas acontecem. Escolhe a obra que quer, paga para o senador, e ele se encarrega do jeitinho com o Governo.”
Esta declaração em qualquer país do mundo seria motivo para prisão sumária. A Revista Veja tem a gravação de Cavendish bravateando e colocando preço nos parlamentares do Congresso Nacional.
A Operação Monte Carlo revela ainda o chefe de Gabinete de Agnelo Queiroz, Claudio Monteiro, o Buchinho, operando em parceria com o Dadá na coleta de propina com a contravenção instalada em Brasília.
Monteiro usava até celular internacional para se comunicar com o Dadá e fugir do grampo oficial da Polícia Federal. Mas num descuido foi flagrado operando e deixou brecha para que Agnelo fosse visualizado na investigação.
Outro que ajudou a visualizar o Governador nas investigações do MP, na escuta autorizada pela justiça, foi Marcello de Oliveira Lopes. O agente de polícia matrícula 43280-6, citado no inquérito como Marcelão, abocanhou através da Agência Plá de Comunicação e Publicidade dois contratos milionários com a ajuda do chefe de gabinete do governador Cláudio Monteiro: um na Terracap e outro na CEB.
Marcelão foi nomeado no último dia 16 de fevereiro, para um CNE 07, na Subsecretaria de Assessoramento Especial da Casa Militar, ao lado do Coronel Leão. Marcelão, flagrado nas investigações colocando Dadá e Claudio Monteiro para abrirem portas do GDF para a Agência Plá, faz parte com esses dois de um esquema de arapongagem em cima dos classificados por eles mesmos de inimigos do Governo Agnelo.
Usam grampos, quebram sigilos de contas de telefone e e-mails, para se cacifarem com o governador e conseguirem emplacar seus negócios. Dadá era frequentador assíduo da Agência Plá e recebia propina de Marcelão.
Carlinhos Cachoeira é dono de laboratório em Goiás, e entrou em parceria com a União Química, velha conhecida de Agnelo Queiroz, no caso Daniel Tavares que acusou o Govenador de receber propina do Laboratório, na produção e venda de Genéricos para o Governo.
Num país cansado de tantos escândalos, a população de Brasília demonstra que não aguenta mais.
O Palácio do Planalto tomou essas medidas, porque em menos de três anos a Capital da República teve quatro governantes e está à beira do quinto.
A intervenção vermelha do PT sai exatamente no instante em que o Fantástico da noite deste domingo, 18, revelou ao país, práticas de corrupção muito conhecidas do brasiliense.
O sentimento da população candanga, nesta segunda-feira, é de desabafo, pois o escândalo mostrado em rede nacional pela TV aconteceu no Rio de Janeiro, e não em Brasília, mas flagrou empresas que operam também no Planalto Central e a maneira como os saqueadores dos cofres públicos agem sem qualquer escrúpulo, falando de ética no mercado.
Que mercado é esse, o da corrupção? A falta de vergonha é tanta que se estivéssemos, por exemplo, no Japão não haveria adagas para tanto haraquiri.
21 de março de 2012
Matéria do blog Quidnovi.com.br
NOTA AO PÉ DO TEXTO
É... Faltaria adaga para tanto haraquiri. Mas ainda que sobrassem adagas, faltaria vergonha, constrangimento e caráter. E esse produto tem se revelado escasso nos meios políticos e empresariais.
O Brasil da era da mediocridade familiarizou-se com a corrupção de tal modo, que aqueles que não participam "dos esquemas", são sumariamente defenestrados.
É preciso que surja um novo dia para o país. É preciso atravessar esse momento de trevas. É preciso matar a serpente que envenena nosso pobre Brasil.
O escândalo da Operação Monte Carlo está no cofre do Planalto, trancado a sete chaves. Mas será inevitável o seu vazamento, e seremos surpreendidos por uma avalanche de nomes, valores, transações espúrias... Pelo fedor da corrupção, que mais uma vez ofende a cidadania brasileira.
Enquanto isso, enquanto a catinga não chega às nossas pituitárias, continuamos a respirar os velhos escândalos sem solução, aguardando a interminável novela do "mensalão", saboreando a sobremesa dos suspeitos togados, assistindo ao filme dos que corromperam e roubaram o erário e continuam passeando pelas avenidas da impunidade, passando muito bem obrigado, em suas viagens pelo exterior, sem que a alfândega retenha as suas pecaminosas consciências. Consciências?! Ah! se as tivessem...
m.americo
OS TERRORISTAS ESTÃO ENTRE NÓS1
Os terroristas se infiltraram na imprensa.
Os terroristas se infiltraram em nossa razão.
Os terroristas se infiltraram em nossa generosidade.
Os terroristas que se infiltraram na imprensa não andam armados, é evidente! A não ser de palavras delinquentes, com as quais, no fundo, justificam o ato de Mohammed Merah. O sentido moral de seus textos é um só: enquanto não houver um estado palestino, esses horrores continuarão a acontecer. Merah, diga-se, diz que matou em nome das… “crianças palestinas”. Tratei deste assunto aqui anteontem. Fui acusado por alguns cretinos de desviar o foco e, uma vez mais, “proteger Israel”…
Os terroristas que se infiltraram na imprensa não defendem abertamente os ataques terroristas islâmicos, mas, ao explicar a sua gênese, os colocam como efeito e desdobramento de todos os erros cometidos pelo Ocidente, especialmente pelos Estados Unidos. Não fosse isso, aquelas “pobres vítimas” não estariam matando. E, no entanto, estariam porque suas concepções e visões de mundo são anteriores à própria fundação do Estado de Israel.
Os terroristas que se infiltraram na imprensa, sem qualquer motivo mais evidente para sustentá-lo, viam nos atentados da França a mão da extrema direita xenófoba — que é detestável, sim. A questão é distinguir o justo combate a esse tipo de delinquência do esforço sistemático de alguns grupos para que o terrorismo islâmico passe a ser encarado como um dado da equação política.
Os terroristas se infiltraram em nossa razão porque, hoje em dia, mesmo alguns analistas capazes de entender a complexidade do mundo, que não estão ligados à causa islâmica e não cultivam o ódio sistemático à democracia ocidental, entendem ser “preciso negociar com eles”. No dia em que Mohammed Merah matou três crianças e um professor numa escola judia, o Conselho de Direitos Humanos da ONU, como destaquei aqui, convidou para um encontro um alto representante do Hamas. Atenção! São os líderes do Fatah que acusam o Irã de estar financiando de novo o governo terrorista da Faixa da Gaza.
Os terroristas se infiltraram e nossa razão, e não poderia haver maior evidência disso do que a declaração criminosa da britânica Catherine Ashton, chefe da política externa da União Europeia. Ela afirmou:
“Quando pensamos no que ocorreu hoje em Toulouse, quando nos lembramos do que ocorreu na Noruega no ano passado, quando sabemos o que ocorre na Síria, quando vemos o que acontece em Gaza e em diferentes pontos do mundo, pensamos nos jovens e nas crianças que perdem suas vidas”.
Ela discursava, na segunda, numa conferência internacional sobre a realidade dos jovens palestinos, organizada em Bruxelas, na Bélgica, pela Agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês).
Os terroristas se infiltraram em nossa razão porque, ao ler o que vai acima, não se distingue um movimento organizado, que transforma o terror em instrumento de luta política — e que, portanto, pode ser empregado também em momentos de paz, como habitualmente é — de situações de guerra, inclusive civil. A morte é triste em qualquer caso, claro! A morte de crianças, ainda mais triste — em qualquer lugar. Mas dona Ashton, tomada pela lógica do terror, pretende ignorar aqueles que claramente usam crianças como escudo e oferecem seus próprios filhos ao sacrifício para que possam demonizar os inimigos.
Os terroristas se infiltraram em nossa generosidade porque tendemos — muitos de nós, ao menos — a deitar um olhar compassivo, compreensivo, para a ação desses facínoras, enxergando-os como vítimas das circunstâncias, não como militantes ativos da morte. Seriam apenas seres que reagem a uma situação de opressão — os mais ingênuos os querem psicopatas, movidos por alguma forma de loucura individual.
Os terroristas se infiltraram em nossa generosidade porque nos negamos a ver que são apenas o braço armado de um movimento organizado que não reconhece o direito do “outro” à existência; que não suporta a convivência com a diversidade; que tem a ambição de impor os seus valores particulares como regra universal, embora eles neguem, em essência, algumas das nossas melhores conquistas nos últimos 250 anos:
- as liberdades individuais:
- a liberdade religiosa;
- a liberdade de expressão;
- a igualdade de direitos entre homens e mulheres;
- a separação entre religião e estado.
Os terroristas se infiltraram em nossa generosidade porque eles acabaram convencendo muitos de nós — por meio de ameaças e da violência — que temos a obrigação moral de criticar os fundamentos da nossa própria civilização, tanto quanto devemos manter intocados e intocáveis os deles.
Os terroristas se infiltraram em nossa generosidade porque conseguiram fazer triunfar a ideia de que, em nome de nossas convicções, devemos aceitar seus valores particulares, embora eles, em nome das deles, decidam nos matar porque não suportam os nossos valores.
Encerro
Vai aqui uma dica para identificar um filoterrorista:
Qualquer articulista que flertar, ainda que de modo oblíquo, com uma suposta relação entre os atentados da França e a “violência de Gaza” é um justificador do terrorismo. Ele próprio, diga-se, só não é um terrorista porque consegue juntar à delinquência moral daquele a própria covardia. Prefere fazer especulações sobre as virtudes de matar com o traseiro confortavelmente instalado no sofá.
21 de março de 2012
Reinaldo Azevedo
Os terroristas se infiltraram em nossa razão.
Os terroristas se infiltraram em nossa generosidade.
Os terroristas que se infiltraram na imprensa não andam armados, é evidente! A não ser de palavras delinquentes, com as quais, no fundo, justificam o ato de Mohammed Merah. O sentido moral de seus textos é um só: enquanto não houver um estado palestino, esses horrores continuarão a acontecer. Merah, diga-se, diz que matou em nome das… “crianças palestinas”. Tratei deste assunto aqui anteontem. Fui acusado por alguns cretinos de desviar o foco e, uma vez mais, “proteger Israel”…
Os terroristas que se infiltraram na imprensa não defendem abertamente os ataques terroristas islâmicos, mas, ao explicar a sua gênese, os colocam como efeito e desdobramento de todos os erros cometidos pelo Ocidente, especialmente pelos Estados Unidos. Não fosse isso, aquelas “pobres vítimas” não estariam matando. E, no entanto, estariam porque suas concepções e visões de mundo são anteriores à própria fundação do Estado de Israel.
Os terroristas que se infiltraram na imprensa, sem qualquer motivo mais evidente para sustentá-lo, viam nos atentados da França a mão da extrema direita xenófoba — que é detestável, sim. A questão é distinguir o justo combate a esse tipo de delinquência do esforço sistemático de alguns grupos para que o terrorismo islâmico passe a ser encarado como um dado da equação política.
Os terroristas se infiltraram em nossa razão porque, hoje em dia, mesmo alguns analistas capazes de entender a complexidade do mundo, que não estão ligados à causa islâmica e não cultivam o ódio sistemático à democracia ocidental, entendem ser “preciso negociar com eles”. No dia em que Mohammed Merah matou três crianças e um professor numa escola judia, o Conselho de Direitos Humanos da ONU, como destaquei aqui, convidou para um encontro um alto representante do Hamas. Atenção! São os líderes do Fatah que acusam o Irã de estar financiando de novo o governo terrorista da Faixa da Gaza.
Os terroristas se infiltraram e nossa razão, e não poderia haver maior evidência disso do que a declaração criminosa da britânica Catherine Ashton, chefe da política externa da União Europeia. Ela afirmou:
“Quando pensamos no que ocorreu hoje em Toulouse, quando nos lembramos do que ocorreu na Noruega no ano passado, quando sabemos o que ocorre na Síria, quando vemos o que acontece em Gaza e em diferentes pontos do mundo, pensamos nos jovens e nas crianças que perdem suas vidas”.
Ela discursava, na segunda, numa conferência internacional sobre a realidade dos jovens palestinos, organizada em Bruxelas, na Bélgica, pela Agência das Nações Unidas para os refugiados palestinos no Oriente Médio (UNRWA, na sigla em inglês).
Os terroristas se infiltraram em nossa razão porque, ao ler o que vai acima, não se distingue um movimento organizado, que transforma o terror em instrumento de luta política — e que, portanto, pode ser empregado também em momentos de paz, como habitualmente é — de situações de guerra, inclusive civil. A morte é triste em qualquer caso, claro! A morte de crianças, ainda mais triste — em qualquer lugar. Mas dona Ashton, tomada pela lógica do terror, pretende ignorar aqueles que claramente usam crianças como escudo e oferecem seus próprios filhos ao sacrifício para que possam demonizar os inimigos.
Os terroristas se infiltraram em nossa generosidade porque tendemos — muitos de nós, ao menos — a deitar um olhar compassivo, compreensivo, para a ação desses facínoras, enxergando-os como vítimas das circunstâncias, não como militantes ativos da morte. Seriam apenas seres que reagem a uma situação de opressão — os mais ingênuos os querem psicopatas, movidos por alguma forma de loucura individual.
Os terroristas se infiltraram em nossa generosidade porque nos negamos a ver que são apenas o braço armado de um movimento organizado que não reconhece o direito do “outro” à existência; que não suporta a convivência com a diversidade; que tem a ambição de impor os seus valores particulares como regra universal, embora eles neguem, em essência, algumas das nossas melhores conquistas nos últimos 250 anos:
- as liberdades individuais:
- a liberdade religiosa;
- a liberdade de expressão;
- a igualdade de direitos entre homens e mulheres;
- a separação entre religião e estado.
Os terroristas se infiltraram em nossa generosidade porque eles acabaram convencendo muitos de nós — por meio de ameaças e da violência — que temos a obrigação moral de criticar os fundamentos da nossa própria civilização, tanto quanto devemos manter intocados e intocáveis os deles.
Os terroristas se infiltraram em nossa generosidade porque conseguiram fazer triunfar a ideia de que, em nome de nossas convicções, devemos aceitar seus valores particulares, embora eles, em nome das deles, decidam nos matar porque não suportam os nossos valores.
Encerro
Vai aqui uma dica para identificar um filoterrorista:
Qualquer articulista que flertar, ainda que de modo oblíquo, com uma suposta relação entre os atentados da França e a “violência de Gaza” é um justificador do terrorismo. Ele próprio, diga-se, só não é um terrorista porque consegue juntar à delinquência moral daquele a própria covardia. Prefere fazer especulações sobre as virtudes de matar com o traseiro confortavelmente instalado no sofá.
21 de março de 2012
Reinaldo Azevedo
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