"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

FHC CRITICA POSTURA DO CONGRESSO FRENTE AO SUPREMO

Para ele, parlamentares não exercem poder de fiscalização. Ex-presidente diz que, se há discordância, o caminho é recorrer ao Supremo

Fernando Henrique almoça com empresários
Foto: Agência O Globo / Cezar Loureiro
Fernando Henrique almoça com empresários Agência O Globo / Cezar Loureiro

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso disse, na tarde desta quarta-feira, no Rio de Janeiro, que o Congresso Nacional não terá a sua solidariedade na queda de braço com o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele falou sobre a cassação automática de três deputados condenados pelo julgamento do mensalão e a votação sobre 3 mil vetos.

- Infelizmente o Congresso abdicou de seu poder para ser áurea, a favor de medidas que às vezes estão até certas, mas às vezes não. O Congresso deixou de exercer o seu poder de fiscalização, agora mesmo, com esta CPI. Não estou de acordo com o que foi feito nesta CPI. Não tenho de me solidarizar com o erro. Mesmo no meu partido - disse ele.

FH criticou a apreciação do Congresso de 3 mil vetos do Executivo de uma só vez. Ele diz que a sociedade só pode desconfiar de decisões como essa. Para ele, se o Congresso não está de acordo com as decisões do Supremo, o melhor a fazer é recorrer à Corte.

19 de dezembro de 2012
Chico Otavio - O Globo
 

RENDA MÉDIA REAL MENSAL DOS MAIS POBRES CAI DE R$ 134,00 PARA R$ 101,00

Renda de 8,4 mi de brasileiros caiu em 10 anos, aponta IBGE. Na parcela dos 10% mais pobres, o valor do rendimento médio real mensal saiu de R$ 134 para R$ 101, uma perda de 24,6%

Agência Estado
Embora haja uma tendência em curso de desconcentração da renda no País, em 2010, os 10% dos brasileiros com menor rendimento receberam menos do que em 2000, segundo dados do Censo Demográfico, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Entre os 84 milhões de pessoas com algum rendimento, os 8,4 milhões que receberam menor rendimento mensal diminuíram sua participação na massa de rendimentos do País, de 1,1% em 2000 para 0,8% em 2010.

O valor do rendimento médio real mensal saiu de R$ 134 para R$ 101, uma perda de 24,6%. Segundo o IBGE, não houve como identificar na pesquisa a causa do fenômeno. "São rendimentos muito baixos, e a gente não sabe quem são os que recebem esses rendimentos", explicou Cimar Azeredo, gerente da Coordenação de Trabalho e Rendimento do IBGE.

Por outro lado, diminuiu também a fatia de renda concentrada nas mãos dos 10% que receberam mais, de 51,3% em 2000 para 48,8% em 2010. Mas o valor do rendimento médio real mensal nessa faixa de renda subiu no período, de R$ R$ 6.433 para R$ 6.541, um aumento de 1,7%.

Entre os rendimentos obtidos apenas do trabalho, os 10% dos ocupados melhor remunerados diminuíram sua participação na renda, enquanto os 10% pior remunerados aumentaram. "Houve redução na concentração de renda", apontou Vandeli Guerra, técnica do IBGE.

Desigualdade

No entanto, os dados do Censo mostram que a concentração de renda no País permanece enorme. Em 2010, os 10% trabalhadores melhor remunerados ficaram com 45,3% de todos os rendimentos, enquanto os 10% ocupados com menor renda responderam por uma fatia de apenas 1,3% dos rendimentos do País. Em 2000, os 10% que recebiam mais detinham 50,5% da renda, enquanto os 10% que recebiam menos totalizavam juntos apenas 1,0% da renda.

O Distrito Federal liderou o ranking de concentração de renda em 2010. O Índice de Gini da distribuição de rendimento mensal da região foi de 0,634, resultado ainda maior do que o registrado em 2000, quando era de 0,630, um aumento de 0,6%. O indicador é usado para medir o nível de desigualdade. Quanto mais próximo de 0, menor é a desigualdade. Quanto mais próximo de 1, maior é a concentração de renda.

O Censo mostrou ainda que houve aumento na concentração de renda de Roraima (de 0,569 em 2000 para 0,579 em 2010, alta de 1,8%) e Amazonas (de 0,592 para 0,598, aumento de 1%) no período. Nas demais unidades da federação, houve redução na desigualdade de renda.

Na média nacional, o Índice de Gini diminuiu de 0,611 para 0,575, um recuo de 5,9%, graças a resultados como o de Santa Catarina, Estado com menor concentração de renda no País, que reduziu o nível de desigualdade de 0,568 em 2000 para 0,497 em 2010, uma queda de 12,5%.

19 de dezembro de 2012
 

"ABISMO NA EDUCAÇÃO"

O fracasso das políticas públicas para o ensino médio no Brasil ficou ainda mais evidente pelos resultados, por escola, do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011. Nesta edição, o Ministério da Educação deixou de fora escolas que tiveram participação de menos de 50% de seus alunos - a inscrição no exame não é obrigatória. Com isso, foram excluídos da lista vários colégios particulares tradicionais que haviam obtido boas notas na edição anterior, em 2010, mas cujos alunos não se interessam pelo Enem como forma de ingressar na universidade.

Mesmo assim, das 100 escolas de melhor desempenho, apenas 10 são públicas, e quase todas são ligadas a instituições militares, a universidades federais e ao ensino técnico - cujo processo de ingresso de estudantes é tão disputado quanto o das melhores faculdades. Considerando-se que as escolas privadas respondem por somente 12,2% do total de matrículas no ensino médio no Brasil, o quadro é devastador.
 
Formalmente, o exame não se presta a medir a qualidade das escolas, e sim a competência dos alunos, razão pela qual é usado como meio de seleção para universidades. No entanto, os resultados deixam claro não só que as escolas particulares continuam mais bem preparadas para ensinar as disciplinas exigidas no processo de seleção, como também que as escolas públicas não conseguiram acompanhar as mudanças do Enem. Resultado: o número de escolas da rede pública entre as 100 que obtiveram os melhores resultados caiu de 13 para 10 entre 2010 e 2011; já entre as 50 mais bem colocadas, o total recuou de 6 para 3.

A crise no ensino médio fica ainda mais evidente quando se constata que 92% das escolas estaduais, onde está a maioria dos alunos, obtiveram pontuação abaixo da média geral na prova objetiva. No ranking, a primeira escola, ligada à Universidade Estadual do Rio, aparece somente na 60.ª colocação. A primeira escola estadual sem nenhum vínculo com universidades ou com ensino técnico surge num distante 248.º lugar. O Rio, Estado de melhor desempenho na rede pública estadual, teve apenas 18% das escolas com notas acima da média geral. Em São Paulo, foram 14%. No Ceará, apenas 2%.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, torturou os números para extrair conclusões positivas dos resultados. Ele afirmou que a média da pontuação dos 37,5 mil alunos de escolas públicas mais bem colocados - isto é, dos estudantes que teriam direito a cotas nas universidades federais - foi de 630,4, contra os 569,2 obtidos, em média, pelo total de estudantes das escolas particulares. Logo, segundo Mercadante, os alunos de escolas públicas não farão feio ao ingressar nas universidades por meio das cotas.

Nem é o caso de notar que se trata de comparar bananas com abacaxis - afinal, essa elite das escolas públicas, festejada pelo ministro, vai disputar vagas em universidades não com a média geral dos alunos das escolas privadas, mas com a elite dessas escolas, cujo desempenho é significativamente melhor.

Ademais, é o caso de perguntar ao ministro por que razão ele defende as cotas se os alunos das escolas públicas parecem, em sua opinião, tão bem preparados para enfrentar o vestibular e a concorrência das escolas privadas. A realidade, essa madrasta, mostra porém que a aposta nas cotas é o que resta a um governo que não investe na melhoria do ensino público, cujos resultados pioram a cada ano. A conta dessa distorção não tardará a ser cobrada. Em 2015 haverá reserva de 50% de vagas universitárias federais para alunos da rede pública, ou 150 mil matrículas.

Segundo os números do Enem de 2011, a média dos 150 mil melhores alunos das escolas públicas, que teriam direito às cotas em 2015, foi de 582,2 pontos, bem abaixo do desempenho dos alunos da rede particular. E mesmo excluídas do cálculo as notas da prova de redação, que normalmente pioram o resultado dos alunos de escolas públicas, a média geral da rede pública foi de 474,2 pontos, muito distante dos 569,2 pontos obtidos nas escolas privadas. São fatos que a demagogia das cotas não corrigirá.

19 de dezembro de 2012
Editorial do Estadão

"A INÚTIL IRRITAÇÃO DE DILMA"


De nada adiantam os ataques de irritação da presidente Dilma Rousseff, suas cobranças veementes de explicações e providências e suas reprimendas à equipe do setor elétrico. Tão frequentes quanto as interrupções do fornecimento de energia para diversas regiões do País que tanto a incomodam - pelo menos seis casos, vários de grande extensão, desde o fim de setembro, quando elas começaram a ocorrer com regularidade -, tais explosões de braveza têm sido inúteis para milhões de consumidores.

O mais recente apagão, expressão que tanto incomoda a presidente, ocorreu no último fim de semana e afetou a vida de 2,7 milhões de brasileiros só nos Estados de São Paulo e Rio de Janeiro. O número total de cidadãos prejudicados é certamente bem maior, pois a interrupção se estendeu para mais 10 Estados das Regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Norte.

A falha no sistema interligado de energia elétrica do País começou às 17h43 de sábado (15/12) e, no Estado de São Paulo, só foi totalmente superada às 21h21. Pelo menos 20 bairros da capital e 9 cidades da Grande São Paulo ficaram sem energia elétrica. A distribuidora Eletropaulo, que atende a região, estima que 1,5 milhão de pessoas foram afetadas pelo corte do fornecimento de energia. No Rio, o apagão prejudicou 1,2 milhão de clientes que moram em 26 cidades.

Como em outros apagões recentes, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) identificou com razoável precisão as causas do evento.

Desta vez, como informou, o problema foi provocado por falhas que levaram ao desligamento de unidades geradoras da Usina Hidrelétrica de Itumbiara, da estatal Furnas, localizada no Rio Paranaíba, entre os Estados de Goiás e de Minas Gerais. Também como fez após outros apagões, o operador do sistema disse que "as causas do evento serão investigadas".

No fim de outubro, depois do apagão que deixou sem energia 9 Estados do Nordeste e áreas do Tocantins e do Pará, afetando mais de 50 milhões de consumidores, a presidente Dilma Rousseff - de novo irritada, segundo se informou - exigiu explicações "efetivas" sobre a ocorrência e providências para se reduzir a possibilidade de sua repetição.

O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, anunciou, então, que seria realizada uma operação pente-fino no sistema elétrico, para evitar novos apagões. Foi baixada uma portaria com as ações a serem executadas nessa operação, destinada, segundo o governo, a aumentar a segurança operacional do sistema. O ministro reconhecia que, com a frequência das interrupções no fornecimento de energia para amplas áreas, o sistema estava perdendo confiabilidade.

Engenheiros e outros técnicos do setor elétrico vêm alertando há tempos que a frequência dos apagões mostra a necessidade de investimentos em manutenção. Ao envelhecimento do sistema elétrico, em todas as suas etapas - geração, transmissão, distribuição -, deve corresponder o aumento proporcional de investimentos em manutenção ou substituição de equipamentos.

Mas, ao mesmo tempo que se irrita com os apagões, a presidente Dilma Rousseff impõe ao setor elétrico uma política que, com o objetivo único de reduzir as tarifas de energia - que, de fato, são altas -, cerceia as empresas, burocratiza ainda mais as decisões, impõe-lhes custos adicionais e, assim, tende a tolher os investimentos.

Como mostrou o Estado (17/12), com a nova política para o setor elétrico, as empresas que aceitaram a renovação antecipada das concessões que vencem entre 2013 e 2015 terão de obter a autorização prévia da Aneel para realizar qualquer gasto com modernização ou ampliação de capacidade de uma usina.
 
Assim, a substituição de equipamentos analógicos por digitais, por exemplo, que pode reduzir os riscos operacionais, terá de ser previamente avaliada pela agência reguladora, que calculará qual será o impacto da despesa sobre a tarifa de energia. Quando o foco está na tarifa, desprezam-se fatores como eficiência e, sobretudo, segurança operacional. É uma forma de alimentar os apagões.

19 de dezembro de 2012
Editorial do Estadão

ENROLADO, LULA REAPARECE NA CENA POLÍTICA, DISCURSA EM SINDICATO E CHAMA OS CRÍTICOS DE VAGABUNDOS.

 


(Foto: Luiz CArlos Murauskas - Folhapress)

Comunista de boteco – A desfaçatez de Lula é algo tão acintoso que chega a provocar náuseas. Na manhã desta quarta-feira (19), o ex-presidente participou do evento de posse da nova diretoria do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, entidade que o catapultou para o mundo da política.

Durante discurso, que só os presentes acreditaram, Lula disse que voltará a andar pelo País em 2013 e que não será derrotado por qualquer “vagabundo”. “Só existe uma possibilidade de me derrotarem: trabalhar mais do que eu. Se ficar um vagabundo numa sala com ar condicionado falando mal de mim, vai perder”, declarou o enrolado Luiz Inácio da Silva, acusado de chefiar os mais impressionantes escândalos de corrupção ocorridos na última década.

Durante o palavrório que durou mais de quarenta minutos, Lula elogiou o próprio governo e teceu loas à presidente Dilma Rousseff, o que é um disfarce, pois o ex-metalúrgico sonha em voltar ao Palácio do Planalto em 2015.
Esse sonho reacendeu depois que recente pesquisa de opinião apontou que, se a eleição presidencial fosse hoje, ele derrotaria qualquer outro candidato, assim como Dilma.

Ao falar da crise econômica brasileira, que ele próprio ajudou a fomentar com sua irresponsabilidade, Lula colocou a culpa na instabilidade da economia internacional, pois ele, como semideus, não comete erros. É magnânimo, preposto do Senhor nesta barafunda chamada Terra.

Essa reaparição no cenário político emoldurada por ataques chicaneiros já era esperada, pois só assim Lula consegue força para negar envolvimento nos escândalos de corrupção e dizer que de nada sabia. O discurso agressivo acontece um dia depois que Lula recebeu, em seu instituto, oito governadores que viajaram a São Paulo para prestar solidariedade àquele que foi acusado de ser o chefe maior do Mensalão do PT e de ter colocado a namorada, Rosemary Noronha, no topo de uma quadrilha que fraudava pareceres oficiais.

Lula não tem o direito de classificar como vagabundo cada um dos seus críticos e adversários, não sem antes se olhar no espelho. Feito isso e uma profunda reflexão, Lula poderá tecer críticas aos que lhe criticam, mas jamais ressuscitar o nível dos discursos que fazia nos botecos mequetrefes de porta de fábrica, pois o Brasil não é movido à pinga e a extensa maioria do povo brasileiro não tem vocação para o alcoolismo.

Aqui no ucho.info, Lula, sobram críticas à sua pessoa, ao seu comportamento, à sua falsa inocência, ao seu legado desastroso, mas nenhum dos integrantes da equipe aceita ser chamado de vagabundo, pois trabalhamos duro na tentativa de salvar o Brasil de uma quadrilha que, sob sua liderança, saqueou e destruiu o Brasil de forma escandalosa.

Se o “vagabundo” proferido em seu discurso serve para algum dos seus adversários, problema de cada um deles, mas no nosso caso aconselhamos uma dose dupla de creolina antes de nos dirigir a palavra, mesmo que seja para elogios, o que é absolutamente impossível.

19 de dezembro de 2012
ucho.info

50% DA POPULAÇÃO NÃO TEM ENSINO FUNDAMENTAL, GERAÇÃO DE EMPREGOS CAIU E SITUAÇÃO DO PAÍS É CRÍTICA

 


Situação crítica – Os despreparo dos donos do poder assusta e preocupa até o mais desinformado dos brasileiros. Com a crise econômica nacional correndo solto, Lula, em agradecimento à presidente Dilma Rousseff pelo providencial blindagem, colocou a culpa no movimento que chacoalha a economia de outros países. Até porque, como temos afirmado, petistas são magnânimos, semideuses e nunca erram.

Dilma, por sua vez, acreditando nas falácias de Guido Mantega, o ainda ministro da Fazenda, continua apostando no consumo interno para reverter a crise. Pois bem, os consumidores brasileiros já deram mostras que no próximo ano gastarão menos por causa do endividamento atual, situação que foi provocada pelas sandices de Lula.

Com dois terços da população recebendo menos de dois salários mínimos mensais, nenhum economista estreante apostaria em uma fórmula tão absurda. A situação piora quando percebemos que o aumento real do salário mínimo em 2013 será de apenas R$ 1,15.
Ou seja, só mesmo um louco é capaz de acreditar que o povo, em situação de penúria financeira, partirá para as compras.

Não bastasse o nó quase cego em que se transformou a economia nacional, a geração de empregos no País registrou queda de 23,6% até novembro, com 1,77 milhão de novas vagas abertas.
O cenário deve complicar quando a redução do IPI para o setor automobilístico for extinta. Í sim o governo saberá o que é desemprego.

O quadro torna-se desesperador no curto prazo quando consideramos o fato de que, segundo o IBGE, 49,3% das pessoas acima dos 25 anos não concluíram o ensino fundamental. O maior percentual desse contingente está nas regiões Norte e Nordeste. Isso porque Fernando Haddad, de acordo com Lula, foi o maior ministro da Educação de todos os tempos, tendo permanecido no cargo por quase sete anos.
Ou seja, poderia ter minimizado a crítica situação, mas não o fez por falta de competência.

Quando Lula reforçou o seu ufanismo, ainda no primeiro mandato, o ucho.info alertou para o perigo de o Brasil enfrentar em poucos anos um apagão de mão de obra. Na ocasião, demos destaque ao fato de que o País começava a “importar” engenheiros. Nos dias atuais a situação é ainda pior, pois a escassez de profissionais se dá em todos os níveis, de pedreiro a motorista, de engenheiro a técnico da informação.

Resumindo, a mão de obra brasileira é desqualificada e isso compromete os investimentos estrangeiros no País, uma vez que dificilmente um investidor tirará dinheiro do bolso para apostar em um empreendimento que será refém de profissionais qualificados e competentes.

O governo federal camufla a situação com a balela da distribuição dos royalties do petróleo, cujos recursos, dizem, serão totalmente destinados à educação. Até que saia das profundezas oceânicas o primeiro patacão, a sociedade brasileira viverá com essa triste e absurda situação do despreparo e desconhecimento. Mesmo assim, alguns gazeteiros palacianos cometem a ousadia de afirmar que o Brasil é um país emergente e que em breve crescerá economicamente a taxas inimagináveis. Como?

19 de dezembro de 2012
ucho.info

BRASIL JÁ TEM COLAPSO ENERGÉTICO. VEM AÍ O RACIONAMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA E DO GÁS INDUSTRIAL!


Apagão em São Paulo: a incúria e incompetência do governo do PT.
 
A falta de chuvas e a má gestão do setor energético nacional fizeram o país chegar a uma situação limite: o Brasil está às portas de um racionamento ou mesmo de desabastecimento de energia elétrica e de gás. O alerta foi dado na última segunda-feira pela Petrobras às federações das indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) e São Paulo (Fiesp). Interlocutores da presidente da estatal, Graça Foster, procuraram as duas entidades para pedir ajuda na elaboração de um plano de racionamento tanto para a energia elétrica quanto para o gás. Em reação, a Firjan está pedindo ao Ministério das Minas e Energia que esclareça quais providências está tomando para evitar o pior.

As hidrelétricas brasileiras estão gerando menos energia do que são capazes, porque há pouca água disponível. Os reservatórios do Sudeste e do Centro-Oeste estão no nível mais baixo dos últimos dez anos -- apenas 29,8% do total. Essa é a região que produz 70% da energia do país. A previsão para os próximos meses é de uma quantidade de chuvas menor do que nos anos anteriores.
Para evitar apagões, todas as termelétricas do país foram ligadas e estão operando a plena capacidade. Atualmente, 20% da energia gerada no Brasil vem das térmicas. Essas usinas podem ser movidas a gás, carvão ou óleo. Dos três, o gás é o insumo mais barato e mais limpo. Além do produto que vem do gasoduto Brasil-Bolívia, o país ainda importa gás liquefeito, mas a Petrobras está encontrando dificuldades em importar gás para os meses de janeiro e fevereiro, o que obrigaria a estatal a tirar gás dos consumidores industriais para continuar abastecendo as térmicas.

O gás é a fonte de energia empregada em 11,3% do parque industrial brasileiro. Os setores que mais dependem do gás para funcionar são o químico e petroquímico, o de cerâmica e vidros e o de metalurgia.Qualquer aumento de demanda, portanto, pode levar a um racionamento ou desabastecimento. Para a Firjan, a situação é “muito crítica”.

“Estamos na antessala do racionamento. Por isso o pedido de providencias ao governo. A última coisa que queremos é que a atividade industrial seja prejudicada, afetando o crescimento da economia”, diz Cristiano Prado, gerente de competitividade industrial da Firjan. Para o consultor Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infra Estrutura (Cbie), o mau planejamento da demanda energética agravou as consequências da conjunção climática desfavorável. “Se não tivéssemos esperado tanto para ligar as usinas térmicas a gás, possivelmente não teríamos hoje reservatórios tão baixos. O governo ficou esperando um milagre da chuva que não aconteceu”, explica Pires.

Para ele, o governo deixou para acionar as térmicas mais tarde porque o custo da energia gerada nessas usinas é maior que o da fornecida por hidrelétricas. Seria, portanto, politicamente inconveniente aumentar o preço da energia em um momento em que o governo protagoniza um embate com as distribuidoras de energia elétrica por uma queda no preço das tarifas.
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19 de dezembro de 2012
in aluizio amorim

SAIU A LISTA MAIS ESPERADA DO NATAL

 



Com 187 nomes divididos em nove núcleos, já está na seção O País quer Saber a lista mais esperada que qualquer presente de Natal.

Em ordem alfabética, ali desfilam as figuras que, por decisão do timaço de comentaristas, não podem ficar fora da campanha resumida na palavra de ordem “Mexeu com Lula, mexeu comigo!”

Confira a relação de patriotas que resolveram transformar o ex-presidente no único brasileiro com licença para pecar sem castigo.
Quem achar que faltou algum nome está convidado a apresentar recursos em segunda instância. Todos serão examinados com muito carinho.

19 de dezembro de 2012
Augusto Nunes

PROCURADOR GERAL DA REPÚBLICA PEDE AO STF PRISÃO IMEDIATA DE CONDENADOS DO MENSALÃO


Procurador Roberto Gurgel
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pediu nesta quarta-feira ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão imediata dos condenados no processo do mensalão. A petição foi registrada no início da noite desta quarta-feira. Como as atividades do tribunal foram encerradas hoje para o recesso, a decisão deverá ser tomada pelo presidente da Corte e relator do processo, Joaquim Barbosa, sem consultar os demais ministros. Segundo a assessoria do STF, a decisão só será tomada na sexta-feira.
Nem a assessoria do STF nem a do procurador divulgaram a íntegra do pedido, mas a informação é de que o documento tem 20 páginas. A expectativa dos advogados dos réus é de que Joaquim mandará prender os condenados. A jurisprudência do STF, porém, tem sido em outro sentido: prender apenas quando ocorrer o trânsito em julgado, ou seja, após o julgamento de todos os recursos, o que deverá ocorrer somente em 2013.
Dos 37 réus, 25 foram condenados. Desses, 11 cumprirão pena em regime inicialmente fechado: José Dirceu, Delúbio Soares, João Paulo Cunha, Henrique Pizzolato, Marcos Valério, Ramon Hollerbach, Cristiano Paz, Simone Vasconcelos, Kátia Rabello, José Roberto Salgado e Vinícius Samarane.
Outros 11 réus deverão cumprir prisão em regime semiaberto, que permite ao detento sair durante o dia e voltar para a cadeia apenas para dormir. E três cumprirão pena alternativa.
Do site do jornal O Globo
 
19 de dezembro de 2012
in aluizio amorim

"THE ECONOMIST" ELOGIA ATUAÇÃO DO STF NO JULGAMENTO DO MENSALÃO

 

Para revista, escândalo ‘teve um fim desagradável para alguns malfeitores proeminentes’


A revista The Economist que começa a circular nesta quarta-feira, 19, na Inglaterra traz uma reportagem elogiosa ao combate à corrupção no Brasil. Com o título "Um cardápio mais saudável", a reportagem brinca com o ditado nacional que diz que casos de corrupção sempre acabam em pizza. O texto é acompanhado por uma ilustração de um trailer que vende saladas em frente ao Supremo Tribunal Federal e com o presidente do STF, Joaquim Barbosa, jogando pedaços de pizza no lixo.

 
"Um escândalo particularmente descarado acabou tendo um fim surpreendentemente desagradável para alguns malfeitores proeminentes", diz a revista ao citar o caso do mensalão. "Dos 38 acusados, 25 foram considerados culpados de acusações que incluem corrupção, lavagem de dinheiro e desvio de recursos públicos. Muitos receberam sentenças duras", completa a revista.

A reportagem cita que, se nada mudar na decisão do Supremo, brasileiros poderão ter uma "visão sem precedentes" em 2013: políticos bem relacionados atrás das grades. A Economist cita nominalmente o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, e o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, como exemplos.

A reportagem afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva não foi acusado no processo e sempre insistiu que "não sabia de nada". "Mas Marcos Valério, um homem ligado à publicidade e condenado a 40 anos, diz ter provas de que Lula sabia o que acontecia e que parte do dinheiro sujo pagou despesas pessoais do ex-presidente", cita a reportagem, ao comentar que a acusação pode ser uma tentativa "desesperada" de Valério de reduzir a pena. "Mas se ele tiver novas provas significativas, o mensalão ainda vai fazer barulho".

19 de dezembro de 2012
Estadão online

A reportagem em inglês pode ser lida aqui.

FALA, LULA! FALA, ROSE! FALA, VALÉRIO! FALA, CACHOEIRA!

 

Da reunião de governadores que vieram a São Paulo prestar apoio ao Lula , indignados por ele ter sido citado por Marcos Valério como tendo se beneficiado do esquema do mensalão destaca-se o fato de que Lula hoje precisa do apoio e da voz de todos eles a seu favor não só para acarinhar seu ego sofrido mas também para dar peso à sua auto-declaração de inocência.

Parece que sozinho Lula já não chega lá. Cid Gomes, governador do Ceará, assim se expressou: " "Viemos dizer para ele que estamos indignados com essa coisa (denúncia de Marcos Valério), que isso não é respeitoso para com a figura do ex-presidente e com a memória do Brasil", e Cid , pelo visto, inspirou-se na tese de Sarney de que Lula é patrimônio do Brasil, portanto inatacável...

Tanto apoio é maravilhoso, mas e as explicações que Lula deve ao povo brasileiro? Apoio de amigos não esclarece verdade alguma, pelo contrário, deixa um ar de suspeição de que algo de muito podre se esconde por trás desta cortina de amizades!

Meus votos para 2013 é que o Novo Ano traga à luz as revelações que nos faltam para elucidar de vez essa onda de corrupção que há 10 anos nos assola. Fala, Lula ! Fala, Rose! Fala Valério! Fala, Cachoeira!

19 de dezembro de 2012
Mara Montezuma Assaf

GEOPOLÍTICA - OS FATOS PORTADORES DO FUTURO, COMO O GÁS DE XISTO NOS EUA


A possibilidade de autossuficiência energética dos EUA com o gás de xisto, se confirmada, mudará os cenários previsíveis antes desse fato. Se antes a forte dependência dos combustíveis fósseis conduzia os EUA a uma política agressiva no Oriente Médio, visando garantir seu abastecimento, a autossuficiência lhes permitirá desligar-se daquela região, quer de seus aliados, quer de seus desafetos.

Com isto os EUA firmarão sua supremacia sobre os demais países e se tornarão mais ricos, mais fortes e menos vulneráveis. A China e a União Européia também serão beneficiados pela maior oferta de petróleo, mas os produtores verão reduzidos seus lucros. Mesmo com o novo alento da economia estadunidense, os dólares fora do território norte- americano terão que perder o valor, mesmo que signifique um calote internacional, pois senão tudo que houver nos EUA poderá ser comprado.

Os países prejudicados nada poderão fazer, pois os EUA, além de serem os mais fortes, praticamente não dependerão de ninguém mais. Entretanto, se confirmadas as expectativas de serem as reservas dos EUA maiores do que as da Arábia e a tecnologia tornar sua extração competitiva, os EUA passarão a ser um grande fornecedor, mudando mais uma vez o cenário.

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COMERCIO EXTERIOR


Com o tempo tudo se ajeitaria, mas o mundo não será igual ao que já foi. Os EUA, mesmo auto-suficientes em energia, não poderão competir com a China em comércio exterior. Terão que se contentar com o seu mercado interno. De uma forma ou de outra todos tenderão a se tornar protecionistas para proteger suas indústrias, e a China sentirá o impacto do protecionismo dos importadores.

Mesmo nesses cenários previsíveis, nosso País tem tudo para se tornar a nação mais privilegiada devido a seus incomparáveis recursos naturais, mas precisará manter uma união interna, ora sob ameaça. Terá também que nacionalizar sua tecnologia e seus meios de produção (nacionalizar não significa estatizar). Enquanto as indústrias aqui instaladas forem estrangeiras, enquanto a pesquisa e as tecnologias só evoluírem lá fora, o fruto dos bens aqui produzidos se esvairão pelos royalties e remessas de lucros como o sangue se esvai por veias abertas.

Um produto feito no Brasil é melhor para a economia do que o mesmo produto importado e significa um desenvolvimento em relação ao seu similar importado, mas não significa independência. É apenas Know How, não Know Why.

Traduzindo: A independência e o verdadeiro desenvolvimento são proporcionados pelos produtos feitos pelo Brasil (Made by Brazil), não somente os feitos no Brasil (Made in Brazil) Pense nisto antes da próxima compra.

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PETRÓLEO NO PARAGUAI

O presidente do Paraguai anunciou a descoberta de grande quantidade de petróleo na região do Chaco, na fronteira com o Brasil, Argentina e a Bolívia, dizendo que o Paraguai espera ser incluído na relação dos produtores de petróleo até junho de 2013. As empresas responsáveis pela exploração do produto são Crescent Global Oil, cuja sede fica no Texas, nos Estados Unidos, e Pirity Hidrocarbonetos. As perfurações ocorrerão a partir de dezembro deste ano.

Com dinheiro entrando, muita coisa mudará. Esperamos que as boas notícias se confirmem e desejamos boa sorte ao país vizinho, e que isto não o torne mais um enclave dos Estados Unidos na América do Sul.

19 de dezembro de 2012
Gelio Fregapani

LUDIBRIANDO A AUDIÊNCIA COM A AJUDA DO UOL EDUCAÇÃO

       
          Media Watch - Outros 
Ouvido pela reportagem do UOL Educação, o consultor em educação sexual Marcos Ribeiro foi categórico: a escola é, sim, lugar para falar sobre sexo (para ler a matéria, clique aqui e aqui).

Para quem não se lembra, Marcos Ribeiro é autor do livro “Mamãe, como eu nasci?”, dirigido a crianças de 7 a 10 anos, e de cuja 2ª edição reproduzimos as seguintes passagens:

"Olha, ele fica duro!
Certo! Isso acontece de vez em quando.
O pênis do papai fica duro também?
Algumas vezes, e o papai acha muito gostoso. Os homens gostam quando o seu pênis fica duro."

"Aí os espermatozóides se misturam com um líquido que se chama sêmen. Esse líquido, que é grosso e pegajoso, sai da ponta do pênis do homem. É uma sensação muito boa."

"Se você abrir um pouquinho as pernas e olhar por um espelhinho, vai ver bem melhor.
Aqui em cima está o seu clitóris, que faz as mulheres sentirem muito prazer ao ser tocado, porque é gostoso."

"Agora que você já sabe o que é o pênis e a vulva, vale dizer mais uma coisa.

 Alguns meninos gostam de brincar com o seu pênis, e algumas meninas com a sua vulva, porque é gostoso.

As pessoas grandes dizem que isso vicia ou "tira a mão daí que isso é feio". Só sabem abrir a boca para proibir. Mas a verdade é que essa brincadeira não causa nenhum problema.

Você só tem que tomar cuidado para não sujar ou machucar, porque é um lugar muito sensível.

Mas não esqueça: essa brincadeira, que dá uma cosquinha muito boa, não é para ser feita em qualquer lugar. É bom que você esteja num canto, sem ninguém por perto."

"Já nesse momento o pênis está duro (ereto), bem maior do que é normalmente. E a vulva também fica um pouco molhadinha.

Eles ficam bem juntinhos, bem abraçados, e, então, o homem coloca o pênis dentro da vagina da mulher. A mulher gosta muito e o homem também. O homem movimenta o pênis para dentro e para fora da vagina várias vezes com a ajuda da mulher."


Não tivemos acesso à 3ª e mais recente edição da obra. Consta que foi revista e reformulada (veja
aqui). Esperamos que as passagens acima tenham sido suprimidas.


Mas o fato é que Marcos Ribeiro pode ter evoluído em sua compreensão sobre o papel dos pais na educação moral dos filhos, como se vê do seguinte trecho da reportagem:

“O trabalho na escola deve respeitar as diferentes opiniões e realidades de cada família, conforme sua cultura ou religão. "Os valores, os limites e o que 'pode' ou 'não pode', cabe a pai e mãe", opina Ribeiro.”

Convenhamos: para quem desqualificava a orientação dos pais dizendo que “[as pessoas grandes] só sabem abrir a boca para proibir”, e se arrogava o direito de dizer aos filhos dos outros o que é “a verdade” em matéria de moral, não se pode negar que é um avanço.

Ou melhor, seria um avanço, se não passasse, como não passa, de uma simples tentativa de enganar os desavisados.

De fato, não é possível defender, ao mesmo tempo, o respeito às diferentes opiniões e realidades de cada família, de um lado; e a veiculação da temática sexual nas disciplinas obrigatórias do currículo escolar, de outro; e é isto o que faz Marcos Ribeiro ao sugerir, em sintonia com o MEC, que essa temática seja abordada nas aulas de ciências ou biologia, português, matemática, história e geografia.

Por outro lado, é evidente que a simples decisão de tocar nesses assuntos -- seja na escola, seja em casa -- já envolve uma escolha moral, não sendo minimamente necessário, para caracterizar a violação ao direito dos pais a que seus filhos recebam a educação moral que esteja de acordo com suas próprias convicções -- conforme o art. 12 da Convenção Americana de Direitos Humanos --, que a escola ou o professor diga aos alunos o que “pode” e o que “não pode”: basta ver o questionário, supostamente “neutro”, que os alunos daquela escolinha de Contagem-MG tiveram de responder como dever de casa.

Mesmo porque os juízos de valor são inevitáveis uma vez que esses assuntos sejam introduzidos na sala de aula. E, não sendo possível que um prevaleça sobre o outro, os estudantes são forçados a aceitar a moral sexual dos especialistas do MEC, que se resume no seguinte: direito ao prazer desde a mais tenra idade e sexo seguro (na linha da abordagem adotada pelo próprio Marcos Ribeiro). O resto é “tabu” e “preconceito”.
Portanto, não se pode acreditar na sinceridade do autor de “Mamãe, como eu nasci?”, quando ele afirma que “os valores, os limites e o que ‘pode’ ou ‘não pode’, cabe a pai e mãe”.

Na melhor das hipóteses, o consultor em educação sexual ficou assustado com a reação da sociedade à sua obra (veja aqui um exemplo) e decidiu remodelar o discurso para ludibriar sua audiência.

19 de dezembro de 2012

Miguel Nagib
é coordenador do Escola sem Partido.

LULA E OS "VAGABUNDOS" COM AR-CONDICIONADO. OU: POR QUE LULA É O MAIS SOLITÁRIO DOS HOMENS

 
Por mais que os cachorros loucos estejam querendo briga de rua em vez de confronto de ideias, prefiro a serenidade que evidencia o fundo falso das teses dos farsantes. Vamos lá. Luiz Inácio Lula da Silva é um político ou uma entidade que paira acima do bem e do mal, imune a qualquer crítica? É alguém que, a exemplo de tantos outros, participa da disputa pelo poder — e ele é muito bem-sucedido — ou é um demiurgo?
 
Notem: se eu escrevesse aqui, e eu jamais escreveria, que todas as análises críticas que se possam fazer a Cristo ou a Paulo, o Apóstolo, são, de saída, despropositadas e decorrentes da má-fé, certamente apareceria alguém, e não despido de razão, para acusar meu obscurantismo.
 
Mesmo para os que temos fé, é preciso admitir, o contraditório é parte do jogo. Cristo ou São Paulo podem, assim, ser submetidos ao livre exame. Lula não! Segundo ele mesmo e seus sectários, existe um “Lula” que está num patamar superior, jamais alcançado por qualquer ser ou ente — e isso inclui o mundo religioso.
 
Reivindica-se para ele, de maneira desabrida, absurda, insana, a condição de intocável, inimputável, inalcançável por qualquer lei, código ou, por certo, crítica política. Certo! Digamos que ele fosse apenas um oráculo; digamos que fosse apenas uma referência e uma fonte permanente a jorrar sabedoria, temperança, prudência, paz, entendimento, união, generosidade, inclusão — listem aí todos os substantivos que costumam acompanhar esses gurus orientais que volta-e-meia aparecem.
 
Mas Lula é isso? E noto: eu não estou recomendado que seja, não! Estando, como está, no gozo pleno de seus direitos políticos, que faça política, ora essa! Não estou, em suma, sugerindo que ele seja ignorado se ficar quieto. Isso não é condição que se imponha a ninguém na democracia. Ele, sim, lembro à margem, sugeriu mais de uma vez que seus adversários fossem cuidar dos netos. Ele, sim, sugeriu mais de uma vez que tucanos como FHC ou Serra vivessem um segundo exílio, desta vez dentro do próprio país.
 
Lula tem o direito de fazer política. E, como tal, se expõe ao jogo político, prática em que, como é sabido, ele próprio é muito hábil há muito tempo. Que a gritaria para elevá-lo acima de nossa precária humanidade — e acima até da santidade, já que se admite que até Cristo está sujeito a controvérsias quanto a suas orientações morais — esteja na boca e na pena daquela gente financiada por estatais, isso eu compreendo, embora seja um escândalo em si, já que recursos públicos estão sendo postos a serviço de uma causa partidária.
Que colunistas da grande imprensa, no entanto, se dediquem ao vexame de cobrar que um político militante, que pode falar uma linguagem muito virulenta, fique imune à crítica, à investigação e às leis, bem, aí estamos no terreno do incompreensível; estamos diante de uma evidência clara de que até o ambiente por excelência da liberdade de imprensa já se deixou conspurcar. Adiante.
 
Os “vagabundos”

Lula compareceu à posse do novo presidente do sindicato dos Metalúrgicos do ABC, Rafael Marques, neta quarta. Foi lá que aquele que viria a ser presidente da República começou a sua carreira política. O evento serviu como um ato de desagravo ao líder que estaria sendo vítima de uma conspiração das elites e da imprensa — mais uma vez, essa história cretina. Petistas, pcdobistas, cutistas e militantes do MST e da UNE gritaram: “Um, dois, três, é Lula outra vez”. Ou ainda: “Lula é meu amigo; mexeu com ele, mexeu comigo”… Certo!
 
Antes que avance, pergunto: o que é “mexer com Lula”? Noticiar que Marcos Valério deu um depoimento ao Ministério Público e o acusou de beneficiário pessoal do esquema do mensalão? Noticiar que, segundo o ex-operador da lambança, ele sempre soube de tudo e até participou da celebração de alguns acordos?
Os “lulistas” deveriam cobrar a traição — ou, como querem, “a mentira” — de seu ex-amigo; daquele que transitava com tanta desenvoltura nos bastidores do poder que marcava reuniões com diretores do Banco Central como quem diz “hoje é quarta-feira”; daquele que garantia o fluxo de dinheiro para os parlamentares da base aliada. Eles fizeram acordo com Valério, não seus críticos.
 
O que é “mexer com Lula”? Deflagrar a “Operação Porto Seguro”? Bem, os valentes poderiam ir lá protestar às portas da Polícia Federal, tantas vezes exaltadas nos 10 anos de governo petista como exemplo de instituição que funciona. Ou não funcionou desta vez porque chegou perigosamente perto da “Suprassantidade”? O que é “mexer com Lula”? Noticiar os desdobramentos dessa operação? Ou, então, a oposição pedir investigação?
 
Avancemos. A posse do companheiro sindicalista serviu de pretexto para o ato de desagravo. E Lula discursou por quarenta minutos. Quem falou? Teria sido aquela “fonte permanente a jorrar sabedoria, temperança, prudência, paz, entendimento, união, generosidade, inclusão…”? Claro que não! Pela simples e óbvia razão de que Lula não é isso. Ele é um político, não o super-homem.
 
Aquele mesmo que foi à TV satanizar seus adversários em recente campanha eleitoral voltou a mostrar as garras. Afirmou: “Só existe uma possibilidade de eles me derrotarem: é trabalhar mais do que eu. Mas, se ficar um vagabundo em uma sala com ar-condicionado falando mal de mim, vai perder”.
 
“Vagabundo em sala com ar condicionado”? Pois é… Ar-condicionado existe, por exemplo, lá no Instituto Lula, onde se organizou boa parte das indignidades tentadas na CPI do Cachoeira para incriminar a imprensa, a Procuradoria-Geral e ministros do STF. Ar-condicionado existe lá no Instituto Lula, onde se montou a, digamos assim, central de Inteligência da campanha de Fernando Haddad à Prefeitura; ar-condicionado existe lá no Instituto Lula, onde se cuida, depois das denúncias de Valério e do Rosegate, da “resistência e reação”. Essa oposição de que cuida o Apedeuta é falsa como nota de R$ 3. Já não existe mais o “Partido do Paço” contra o “Partido do Passo”, para citar uma oposição de um sermão de Padre Vieira. Nenhum partido é hoje mais palaciano do que o PT.
 
Aliás, segundo se apurou no processo do mensalão — com depoimentos de testemunhas e réus — parte das reuniões que figuram como capítulos do escândalo foi realizada no Palácio do Planalto. Com ar-condicionado, sim, senhores. E INDUBITAVELMENTE COM A PRESENÇA DE VAGABUNDOS. Alguns dos vagabundos vão para a cadeia.
 
A quais outros “vagabundos” Lula está se referindo? Não creio que esteja a falar de Marcos Valério, que o acusou, porque a sequência do discurso indica que se trata de gente que estaria interessada em derrota-lo politicamente. Não deve ser à Polícia Federal, que, da mesma sorte, não parece se encaixar na descrição. Nem mesmo estaria se dirigindo obliquamente à imprensa, que também não disputa o poder do estado…
 
Estaria Lula, num rasgo de insanidade, sendo desaforado com o Procurador-Geral da República e com os ministros do Supremo que condenaram seus amigos? Não foi corajoso o bastante para deixar claro qual era o alvo. Preferiu ser genérico porque, assim, inflama mais a militância e dá mais munição àquela turma do “pega-pra-capar” da Internet.
 
Como ele já afirmou que pretende percorrer o país em 2013 e falou em “me vencer”, lê-se por aí que anunciou a sua candidatura a alguma coisa. Não tendo como tirar Dilma da sucessão (embora seja essa a vontade de seus fanáticos), é evidente que estava alimentando o boato de que pode disputar o governo de São Paulo. Ora, é claro que pode! Reitero que está no gozo de seus direitos políticos. Mas por que precisa emprestar a essa possibilidade o tom de uma ameaça, de “cuidado comigo”?
 
Narciso

Nunca antes na história destepaiz houve alguém que se amasse tanto. Já especulei aqui que o Lula de verdade deve sentir certo ciúme do Lula da sua própria imaginação. Ele disse mais: “Como eles previam o meu fracasso, eu era o próprio Titanic, mas sem Romeu e Julieta, só eu e o povo. Eles não perceberam a construção que nós fizemos”.
 
Suponho que chama de “Romeu e Julieta” o casal amoroso daquele filme do navio que afunda… O mais espetacular dessa construção é a sua falsidade. Aconteceu justamente o contrário: procedam a uma pesquisa, e vocês verão que PSDB e PFL se juntaram no apoio ao então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, nas necessários medidas de austeridade. Quem tentava derrubar Palocci, como todo mundo sabe, eram alguns petistas — a começar de Aloizio Mercadante, que tinha um famoso “Plano B”… Aquilo, sim, teria sido empurrar o governo e o país para o buraco.
 
Ocorre que Lula só consegue cantar as suas próprias glórias se imaginar que há gente torcendo pelo seu insucesso; não lhe basta obter êxito a favor de alguém ou de alguma causa; ele precisa, necessariamente, triunfar CONTRA alguém ou alguma coisa. Não pode, assim, haver temperamento mais avesso ao daquele suposto líder que está acima das contendas humanas. Em seu discurso, foi deselegante — e, como sempre, ingrato — até com aqueles que pavimentaram a sua carreira no sindicato. Também eles, disse Lula, estariam tentando manipulá-los, mas, deixou claro, ele foi muito mais esperto.
 
Lula não é o primeiro líder na história da humanidade com essas características e com esse temperamento. Houve outros antes dele. A sorte do Brasil, meus caros, é que a “virtù” do nosso Príncipe não teve a chance de se casar com a “Fortuna”; a sorte do Brasil é que a história, o ambiente, as circunstâncias e a institucionalidade não permitiram a Lula viver plenamente todas as suas qualidades e vocações, como permitiram a Hitler, Mussolini, Stálin ou, mais recentemente e como farsa, Chávez.
 
Este homem poderia ser, para si mesmo, a evidência de um formidável, de um estupendo sucesso. Mas intuo que, mesmo depois de tudo, mesmo depois de ter alcançado na vida o que poucos no mundo puderam ou poderão alcançar, Lula estará infeliz na hora da “indesejável das gentes” (Manuel Bandeira), da qual ninguém escapa.
 
Sabem por quê? Porque nem mesmo a generosidade ou a bonomia alheias convencem o funda da alma de Lula. Porque, e ele deixou isso claro nesta quarta, ele desconfia das boas intenções até mesmo daqueles que o ajudaram a ser quem é. Na sua imaginação delirante, autocentrada e autoritária, só agiram desse modo porque apostavam na sua derrota.
 
Se Lula não dormisse lendo até Chico Buarque, como já confessou, eu lhe recomendaria “Poema em Linha Reta”, de Fernando Pessoa. Para ele, que nunca se sentiu fraco, que nunca se sentiu um pouco ridículo, que nunca se sentiu um pouco vil, que nunca se sentiu, em suma, humano, talvez fizesse bem conhecer humanas precariedades… Mas quê… Ele vai dormir lendo esse “português do carvalho…”
 
Lula, no fim das contas, ainda que admirado por milhões, é mais solitário do que qualquer um de nós porque jamais conseguirá ser amado o quanto ele próprio se ama. É único no que imagina ser e no amor que alimenta por esse ser imaginário.
 
19 de dezembro de 2012
Por Reinaldo Azevedo

FOCO DA DISCUSSÃO SOBRE ARMAS É EQUIVOCADO

    
          Artigos - Desarmamento 
Após mais uma lamentável tragédia nos Estados Unidos, com um assassino descontrolado abrindo fogo contra crianças em uma escola, volta à tona a discussão sobre o controle de armas naquele país e, por tabela, também no Brasil. Por lá, desta vez coube ao governador do estado de Nova Iorque puxar o coro por mais restrições ao acesso às armas, e, por aqui, isso parece ser tarefa da grande mídia televisiva.

A discussão, no entanto, é duramente criticada pelo pesquisador em segurança pública da ONG Movimento Viva Brasil, Fabricio Rebelo, para quem há um erro de foco na abordagem do tema. Segundo Rebelo, "o debate é necessário, porém não sob o prisma de mais proibições, pois quem comete atos assim não está observando lei nenhuma, e não seria a ilegalidade no acesso às armas que impediria o assassino; afinal, matar já é a maior das proibições legais e ele matou dezenas de pessoas".


De acordo com o pesquisador, a discussão deveria ser voltada à permissão da atuação de segurança armada nas escolas e universidades, ou mesmo à liberação ao porte de arma por professores e funcionários nestes locais. "Não podemos fechar os olhos para o fato de essas tragédias somente acontecerem, exatamente, onde não é permitido portar armas. São locais onde o assassino sabe que a reação não existirá prontamente e, até a chegada da polícia, várias mortes acabam sendo provocadas", afirma.

Ainda segundo Rebelo, a investigação desses casos costuma mostrar que a ação do assassino poderia ser parada caso houvesse alguém armado dentre as vítimas. “É contumaz nestes casos a constatação de que o ataque prossegue até que alguém armado chegue ao local, quando o assassino é morto ou acaba tirando a própria vida. Portanto, o meio mais eficaz de se evitar estes ataques é possibilitar que a reação seja mais rápida, para que, ao invés de tentar se esconder e rezar pela chegada da polícia, alguém possa simplesmente revidar, salvando a própria vida e a dos demais ali em risco”, pondera o pesquisador.

Rebelo ilustra sua tese com um recente episódio ocorrido em Portland (EUA), sequer por aqui divulgado, em que um homem entrou em um shopping portando um rifle AR-15, mesma arma utilizada na escola de Connecticut, e começou a disparar contra as pessoas. "Nesse caso, ao contrário de um massacre, o agressor só conseguiu atirar em duas pessoas, sendo logo confrontado por um cidadão armado que ali fazia compras e, diante da reação, preferiu tirar a própria vida. Se isso fosse uma realidade também em escolas, as crianças estariam muito mais protegidas de ataques insanos", conclui.

Num dos mais famosos casos de ataque contra estudantes americanos, em Virginia Tech, à tragédia se seguiu uma forte discussão sobre a liberação do porte de armas nas universidades. Hoje, o porte ainda não é liberado, mas a presença de seguranças armados já é uma constante e, onde ela existe, não se tem verificado casos de ataque.


COLÔMBIA-FARC-CUBA: CONVERSA;'OES DE "PAZ" E TEATRO DO ABSURDO

    
          Notícias Faltantes - Foro de São Paulo 
Desde o palco montado em Havana, o chefe narco-guerrilheiro “Timochenko” declara, afrontando cruelmente a verdade histórica, que a paz sempre foi uma “nobre aspiração” das FARC.

1. As conversações de “paz” oferecidas pelo governo colombiano às cruéis narcoguerrilhas FARC, que se desenvolvem no palco oferecido por Havana, parecem-se mais a um roteiro do “teatro do absurdo”. Às narcoguerrilhas desprestigiadas e dizimadas depois de décadas de crimes, de repente lhes servem em bandeja a oportunidade de uma diálogo de “paz” que é diametralmente o contrário do que estiveram fazendo desde décadas, ou seja, semear o ódio através de dezenas de milhares de seqüestros e assassinatos, e promover o desmembramento revolucionário da Colômbia.
2. Trata-se de um diálogo de “paz” que outorgará aos narcoguerrilheiros um longo período de meses de sossego diplomático, para que sarem feridas, se reorganizem e façam abundante publicidade gratuita, tendo à disposição generosos microfones e câmeras do mundo inteiro. É um diálogo de “paz” que se leva a cabo nada mais, nada menos que em Havana, a alcova e refúgio de todos os lobos revolucionários latino-americanos.
3. Que nos conste, pouco ou nada explicaram as autoridades de Bogotá sobre o papel de Havana no apadrinhamento e promoção desse diálogo de “paz”, um silêncio que se transforma em uma incógnita. Há alguns meses, antes da Cúpula das Américas celebrada em abril pp. em Cartagena de Indias, chamou a atenção o esforço diplomático inusitado do presidente Santos, da Colômbia, para promover a presença de Cuba comunista na referida reunião internacional, incluindo uma viagem a Havana, antes da Cúpula, para se reunir com o ditador Raúl Castro. Santos também manteve contatos paralelos com o presidente Chávez da Venezuela, importante mantenedor financeiro do regime de Havana. Esse inusitado esforço diplomático pró-cubano do presidente Santos, terá sido uma moeda de troca relacionada com a “paz” que se preparava com a narcoguerrilha?
4. As FARC não perdem tempo e estão aproveitando publicitariamente, o máximo possível, a oportunidade oferecida em bandeja pelo presidente Santos. Desde o palco montado em Havana, o chefe narcoguerrilheiro “Timochenko” acaba de declarar, afrontando da maneira mais brutal a verdade histórica, que a paz sempre foi uma “nobre aspiração” que a narcoguerrilha colombiana supostamente defenderia “desde há já meio século”.
5. Em boa medida, o futuro da Colômbia está nas mãos dos próprios colombianos, que se encontram diante do dilema de aceitar ou não os cantos de sereia dos narcoguerrilheiros. Afortunadamente, até o momento essas conversações de “paz” não cheiram bem para a maioria dos colombianos, segundo as mais recentes pesquisas de opinião divulgadas em fins de novembro pelos institutos de pesquisas Datexco e Ipsos Napoleón Franco. Os resultados de ambos institutos mostram uma queda de popularidade do presidente Santos, por causa desse inusitado diálogo incondicional com os narco-guerrilheiros.
6. Ganha enorme atualidade, neste momento histórico, o livro “Colombia: nunca más bajo el imperio del caos - Un análisis de 20 años de guerra subversiva y de capitulaciones inaceptables”, editado em 2007 por Tradición y Acción, que oferecemos gratuitamente aos leitores das Américas em formato PDF. Esse livro mostra, passo a passo, os mecanismos de psicologia social usados pelas esquerdas colombianas para transformar durante anos esse país em um literal “laboratório do caos”. Um livro que é, ao mesmo tempo, um diagnóstico e um antídoto para que essa tragédia não volte a se repetir.
Para receber gratuitamente por e-mail o referido livro, em formato PDF, por favor, envie e-mail a: destaque2016@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. . Também pode enviar sua valiosa opinião, ou solicitar para não receber nossas mensagens, ao mesmo e-mail.

Destaque Internacional - Ano XIV - nº 370 - 05 de dezembro de 2012.
Editorial interativo. Responsável: Javier González. São bem-vindas sugestões, opiniões e críticas.
E-mail: destaque2016@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo. .
O presente texto pode ser difundido livremente, inclusive sem citar a fonte. No próximo Natal celebraremos 15 anos de Destaque Internacional.

19 de dezembro de 2012
Escrito por Cubdest
Tradução: Graça Salgueiro