"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 27 de novembro de 2011

COMENDO PELAS BORDAS

A reportagem abaixo, que está na Folha de São Paulo, mostra direitinho que Lupi está "sendo comido pelas bordas", antigo método usado para evitar queimadura ao comer uma sopa muito quente, por exemplo.

Dilma, da mesma forma que L.I., conhecia as trapaças do ministro Lupi pelo menos desde 2008 (haja tempo!), como afirma a reportagem da revista Veja desta semana. Porém seu estilo é bem diferente do usado por seu antecessor. Enquanto um se sentia à vontade para defender e demonstrar envolvimento com a bandidagem, a atual presidente - que não se sente segura para tanto - deixa que eles fritem por conta própria. Não se poderia esperar nada tão diferente de quem sempre esteve imiscuída em segundo plano com a politicalha nacional.

As centrais sindicais sempre estiveram certas do destino de Carlos Lupi. Esfomeados, já fazem fila na porta para receber ''''o deles''''.

Rivalidade na área sindical acirra disputa por ministério de Lupi
DE SÃO PAULO - 27/11/2011

A rivalidade das duas maiores centrais sindicais do país acirrou a disputa que o PT e o PDT travam pelo comando do Ministério do Trabalho desde que o ministro Carlos Lupi entrou na lista dos que devem ficar sem emprego com a reforma ministerial prevista para janeiro, informa reportagem de Andréia Sadi e Vera Magalhães, publicada na Folha deste domingo(a íntegra está disponível para assinantes do jornal e do UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha).

O PT perdeu o controle do ministério em 2007 para que o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva acomodasse o PDT no governo. Agora, os petistas se queixam abertamente da maneira como a sigla de Lupi controla recursos e postos-chave da pasta.

Ligada ao PT, a CUT (Central Única dos Trabalhadores) acusa a Força Sindical de usar aliados no PDT e no ministério para ampliar sua influência sobre os sindicatos.

A Força Sindical é presidida pelo deputado Paulinho da Força (SP), que é do PDT. Há pouco mais de um ano, ele tentou emplacar na Secretaria de Relações do Trabalho um aliado, o delegado Eudes Carneiro, mas Lupi rejeitou a indicação e nomeou Zilmara de Alencar.

Com as mudanças que a presidente planeja fazer no primeiro escalão, acreditam, o PDT poderia ser alocado em outra pasta e o PT voltaria a dar as cartas no Trabalho. A Força Sindical e o PDT têm pressionado a Lupi a sair antes da reforma. Eles acreditam que assim poderiam forçar Dilma a substituí-lo por outra pessoa ligada ao PDT.

Transcrição da reportagem da Folha de São Paulo

A GOTA D'ÁGUA E O OCEANO DA IGNORÂNCIA CONVICTA


Certo tipo de defesa da natureza é a expressão do fascismo pós-moderno. Ou: A gota d’água e o oceano da ignorância convicta

O que levou aqueles atores da TV Globo a estrelar aquele vídeo patético sobre Belo Monte, articulando bobagens constrangedoras e mentiras deslavadas, ancorados na mais escancarada desinformação?



O que motivou outros tantos, às vezes os mesmos, a dizer sandices sobre o novo Código Florestal, passando um incrível atestado de ignorância no assunto sobre o qual pontificavam?
A “natureza” virou a religião e a ideologia dos idiotas propositivos.
É, finalmente, possível “participar”, ser “cidadão”, “pertencer a uma causa” sem que isso cobre disciplina, coerência, trabalho, método, estudo e mesmo comprometimento com as próprias palavras. Estamos diante de um influente “obscurantismo das luzes”. “Todo defensor da natureza é idiota, Reinaldo?” Ora…

É claro que o Brasil e o mundo precisam se preocupar com o meio ambiente e devem buscar formas de conciliar a preservação da natureza que pode ser preservada com as necessidades do desenvolvimento. Isso é matéria de bom senso.

É simplesmente mentirosa a tese de que, no Brasil ou em qualquer outro país, as pessoas se dividam entre as preocupadas com a sustentabilidade e as despreocupadas — ou, mais precisamente, entre agentes da conservação e agentes da depredação.
Os que fazem essa acusação, reparem, consideram-se do “lado do bem”, verdadeiros membros das seitas que reivindicam o monopólio da virtude.
Mimetizam o comportamento dos convertidos a crenças fundamentalistas, que distinguem a humanidade entre os que tiveram acesso à verdade revelada e os que não tiveram.


Crenças religiosas que vivem a fase do proselitismo agressivo, em busca de fiéis, ou mesmo aquelas já tradicionais que disputam o poder secular para submetê-lo à autoridade divina, como os vários islamismos, costumam apontar no presente os sinais antecipatórios ou de uma Nova Aurora ou de um Novo Apocalipse — quando não, das duas coisas: acontecimentos apocalípticos seriam o preço que pagamos por nossa descrença, por nossa incúria, por nossa irresponsabilidade, por nossos malfeitos.
Haverá, então, a depuração, e os justos herdarão a bonança. E esses justos são convocados então para a luta.

Nada disso é estranho, eu sei, ao cristianismo também. Ocorre que essa religião, notadamente nas suas duas principais expressões — o catolicismo e o protestantismo histórico —, sem abandonar alguns fundamentos da crença, como a Parúsia (a segunda vinda do Messias), estão presentes na vida das pessoas mais como um conjunto de valores morais e éticos do que propriamente como uma mística, daí a sua convivência pacífica com as democracias.
O cristianismo se espalhou nas cidades greco-romanas, lá nas origens, porque se fez a religião da solidariedade. A sua vitória se deveu, em grande medida, à sua dimensão laicizante. Sigamos.

Tanto a religião como a política emprestam aos homens um sentido de pertencimento e impõem certa disciplina militante, que organiza a experiência e a vida prática.
Nas sociedades democráticas, são domínios distintos, mas lidam com matéria semelhante: a crença. Ocorre que essa crença, nos dois casos, não pode ser vivida apenas na sua dimensão subjetiva, pessoal, idiossincrática.

A fé e a política são essencialmente comunitárias, cobram a ação e estão sob o constante escrutínio dos outros. E isso, evidentemente, dá trabalho. Os novos “profetas” ou “apóstolos” da “Natureza” têm conseguido reunir muitos adeptos Brasil e mundo afora — especialmente em tempos de redes sociais na Internet, quando basta um clique para participar de uma “cerimônia” — porque foram bem-sucedidas, vejam que coisa!, em criar uma religião sem Deus, mas com a dimensão apocalíptica, e uma política sem “pólis”, em que o estado, mesmo e especialmente o democrático, é visto como o “outro” que conspira contra as verdades reveladas.

No dia 14 de novembro, Marina Silva, aquela que finge não ser política — ou que quer uma “nova política” — deu uma palestra no tal SWU, que deve ter produzido apenas o bom carbono, aquele das boas intenções.

O Estadão registrou parte de sua intervenção.
Assim:

Marina considera que o mundo vive uma de suas maiores crises, “uma crise civilizatória”, que se espraia pelas áreas social, ambiental, política, estética e até mesmo de valores.
Para ela, o homem terá de integrar economia e ecologia em um mesma equação se quiser que o planeta tenha futuro. Citou Freud (”Não podemos abandonar o princípio da realidade em nome do princípio do prazer”) e Edgar Morin (”A intolerância é apenas um desvio”) para justificar uma tese que, revelou, elaborou ontem em um quarto de hotel.

“Eu pensei: ‘estamos vivendo um momento de democracia prospectiva’. Fui até a janela respirar e pensei: ‘Meu Deus! Eureca!’ Segundo ela, as diversas formas de participação social, das manifestações da Primavera Árabe aos atos dos estudantes na Espanha, demonstram que o antigo sistema político, que se manifestava primeiro nos partidos, nos sindicatos, nos Congressos, hoje está começando direto na participação popular.
Para Marina, “as bordas estão se movimentando para encapsular o centro”, um centro que está estagnado por ter se agarrado a um projeto de poder.

Ufa!

Está tudo ali. A religião de Marina, como se vê (e eu me refiro à “natureza”, não ao cristianismo, de que ela se diz adepta), nota os sinais da Nova Aurora. Ou nos penitenciamos e passamos a fazer a coisa certa, ou então sobrevém o Apocalipse. A “crise” é, como posso chamar?, totalizante: nenhum setor da experiência escapa. Um cristão, diante dessa percepção, encontra o caminho óbvio: a Palavra de Deus. Para Marina, até a resposta estética está na comunhão entre ecologia e natureza.

Nota-se, segundo o relato do Estadão, que ela claramente se atribui dons demiúrgicos, elaborando teorias na ponta do joelho e sentindo até certo frêmito místico diante da sua descoberta.
Na sua estupenda confusão mental, que seus crentes julgam entender, faz uma citação absolutamente inepta de dois conceitos freudianos — tão inepta que, na prática, fosse o caso de metaforizar, a “natureza” é que seria íntima do princípio do prazer (ao menos na escatologia marinista), e o desenvolvimento é que nos convocaria para o princípio da realidade e para o mundo da necessidade.

Nota-se que ela se deixa sufocar pelos próprios delírios místicos. Pensou na expressão “democracia prospectiva”, seja lá que diabo isso signifique, e concluiu que há um mesmo movimento que une Egito, Espanha, Brasil… Seriam, diz, “as bordas encapsulando o centro”, que estaria agarrando “um projeto de poder”.
Ocorre que é “centro”, que estaria sendo encapsulado, que abriga todos os mecanismos da representação democrática. Até parece parece que os financiadores de Marina — embora magrinha, não vive de vento, tampouco as suas causas — estão nas “bordas”, não, como de fato estão, no “centro”.

Mussolini disse coisas parecidas nos primeiros anos de sua pregação. Aquele outro, o do bigodinho, também! Essa é uma conversa, lamento dizer, que nasce daquela religiosidade sem Deus e daquela política sem pólis, mas que remete a todos os delírios fascistóides de uma sociedade sem mediação, que, sob o pretexto de se organizar para a democracia direta, consegue ser nada menos do que corporativista, autoritária, dominada por milícias — ainda que milícias do pensamento, que se querem do bem. Se Marina um dia se tornar presidente da República, vai governar com quê? Com os Sovietes Verdes? Com as Corporações da Clorofila?

Nada mais do que a crença ignorante

Marina fez dia desses um evento para debater a sua “nova polícia”.
Não apareceu quase ninguém. Nem precisa. O que importa para ela é a “rede”; são aqueles bobalhões a negar a necessidade de usinas hidrelétricas no Brasil (”por que não eólica ou solar?”, indagava o rapaz, com aquele ar propositivo e bucéfalo de quem só quer ajudar a humanidade…), a afirmar que Belo Monte só alimenta o nosso egoísmo (a loura que quer carregar a bateria do iPhone)…

Marina perdeu o fôlego de excitação mística por muito pouco. Deveria, pra começo de conversa, ler Freud e parar de falar besteira. Também não custa fazer as devidas distinções entre o que se passa no Egito, em que se assiste ao mal-estar da ditadura, e o que se viu na Espanha, em que se assiste ao mal-estar da democracia. Pra ela, tanto faz. Esse discurso da simplificação mobiliza, sim, milhares de pessoas — ao menos na rede — que não estão dispostas a queimar a mufa para saber, afinal de contas, que diabo se passa no mundo.

Quando chamei atenção para o fato de que o alagamento de Belo Monte corresponde a 0,019% da parte brasileira da floresta amazônica e a 0,017% da floreta como um todo, alguns bobalhões resolveram se indignar: “Mas não é melhor que mesmo isso fique lá, preservado?”

Claro! Talvez jamais devêssemos ter saído da caverna, não é? Talvez o erro ancestral tenha sido a interdição do incesto, para lembrar Freud… Talvez a civilização tenha sido um grande erro…

“Ah, está dizendo que desenvolvimento não é compatível com a natureza!!!” Não! Ao contrário: estou afirmando justamente a compatibilidade, ainda que seja preciso sacrificar alguns pedaços de pau em nome do princípio da realidade.

Quanto àqueles artistas, vão procurar um roteiro melhor. Ou, então, deixem de preguiça, desistam de influir no debate como celebridades e tentem se informar, como cidadãos da pólis, a respeito dos temas sobre os quais pontificam.
Por Reinaldo Azevedo

ESQUERDA PERDE ELEIÇÃO DO DCE DA UFMGA

Esquerdistas perdem eleição do DCE da UFMGA Onda, chapa que segundo os adversários tem viés de direita, mas que se define como apartidária, venceu eleição, derrotando a apoiada pela UNE e a atual gestão, ligada ao PCR

Uma onda conservadora tirou a esquerda do controle do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Minas Gerais (DCE-UFMG).
Com 1.911 votos (34,9% do total, incluindo brancos e nulos), a chapa batizada de Onda (O Nosso Diretório Apartidário) venceu a disputa pelo comando do DCE-UFMG contra as quatro concorrentes, todas vinculadas à esquerda.
Esta é a primeira vez desde 1976, quando as eleições para o DCE-UFMG passaram a ser diretas (veja texto nessa página), que uma chapa não esquerdista assume o comando do diretório.

Eleições na UFMG geram polêmica no movimento estudantil

Movimento parecido aconteceu no mês passado na Universidade de Brasília (UnB) quando a chapa Aliança pela Liberdade ganhou a eleição para o DCE da instituição também contra grupos ligados à esquerda.
Apesar de a chapa vencedora rejeitar o rótulo de direita ou liberal, sua eleição foi comemorada por integrantes do DEM e do PSDB nas redes sociais que criticam o que eles classificam como “aparelhamento” pela esquerda do movimento estudantil.

Ao todo votaram 5.472 alunos, o que representa 12,9% dos alunos da universidade. A segunda colocada na disputa foi a chapa Há Quem Sambe Diferente, com 149 votos a menos que a vencedora.
A maioria dos votos da Onda (1.295) vieram dos alunos do Instituto de Ciências Aplicadas (Icex) e do Instituto de Ciências Biológicas (ICB).
Apoiada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), a chapa Tempos Modernos ficou em penúltimo lugar na disputa, com 253 votos, atrás apenas da chapa Reiventar, que teve 195 votos.

A atual gestão do DCE-UFMG, Voz ativa, ligada ao PCR (Partido Comunista Revolucionário), agremiação de extrema esquerda fundada na década de 1960 a partir de uma dissidência do PCdoB, ficou em terceiro lugar na disputa, com 1.349 votos.

PUC Minas O fim da hegemonia da esquerda não é inédita na UFMG, mas não em outros diretórios estudantis de Belo Horizonte. Desde 2010, o DCE da PUC Minas no Bairro Coração Eucarístico é comandado por integrantes do PSDB.

O atual presidente do diretório, Vitor Colares, 21 anos, aluno do curso de direito, dirige também a juventude tucana de Belo Horizonte. Antes dele, a gestão estava sob o comando do presidente do PSDB Jovem do estado, Caio Nárcio, filho do deputado federal licenciado Nárcio Rodrigues.

Apesar da vinculação política, ele diz que o DCE da PUC é apartidário. “Não temos partido no movimento estudantil. Levamos nossa experiência da legenda para o movimento, sem partidarizar a entidade, ao contrário do que ocorre com os movimentos de esquerda que sempre aparelharam as entidades de representação estudantil”, compara.

Para propagar essa idéia, segundo ele, as entidades criam o Conselho Estudantil Universitário (Ceunir) que reúne diretórios estudantis “apartidários”. Fazem parte desse conselhos os diretórios das faculdades Newton Paiva, Uni-BH e Fumec, comandados por pessoas ligadas ao PSDB, e também o da Faculdade Milton Campos, cujo comando é ligado ao PHS.

A reportagem não conseguiu falar com nenhum dos integrantes da chapa. A porta-voz escolhida pela Onda para falar com a imprensa, identificada apenas como Clarice, não foi localizada. Seu namorado, Guilherme Lima, também um dos apoiadores da chapa, disse que ela passou a tarde dormindo pois a apuração dos votos terminou de madrugada e que ela não ia dar entrevistas nessa sexta-feira.
Alessandra Mello, 26/11/2011

Outros tempos
A volta das eleições diretas


Depois do golpe de 1964, os militares extinguiram a União Nacional dos Estudantes (UNE) e proibiram as eleições diretas para os diretórios centrais dos estudantes, em uma tentativa de esvaziar os movimentos políticos de oposição.
Essa situação perdurou até 1976, quando os universitários decidiram enfrentar a ditadura e eleger os DCEs livres, com votação direta. A primeira eleição livre ocorreu na USP, em São Paulo, e teve um episódio interessante. Agentes da polícia política invadiram a universidade e roubaram as urnas, forçando os estudantes a fazer nova eleição.

Em Belo Horizonte, os alunos da UFMG foram ameaçados pelo general Antônio Bandeira de Mello, então comandante da 4ª Divisão do Exército, que prometeu impedir a votação e prender os estudantes. Mas nada disso ocorreu. A eleição foi tranquila, com a vitória da chapa Liberdade, de orientação marxista leninista, na retomada da tradição de escolha direta e democrática dos dirigentes do DCE.
Álvaro Fraga

É APENAS UMA QUESTÃO DE TEMPO...

QUEM QUER JANTAR COM FHC?

FHC - QUEM QUER JANTAR COM FHC? CONVITE R$ 1000,00 - E N C A L H O U ! ! !

10 de novembro de 2011
CONVITE OARA JANTAR COM FHC CUSTA R$ 1000,00

O PSDB de São Paulo começou a vender 500 convites para um jantar que organiza no dia 5 de dezembro, em Higienópolis. O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso fará palestra para os convidados que pagarem R$ 1 mil pelo convite.
O evento, organizado pelo diretório estadual, é para arrecadar fundos para o partido.

15 DIAS MAIS TARDE:

25 de novembro de 2011

CONVITES DE R$ 1000,00 PARA JANTAR COM FHC ESTÃO ENCALHADOS.

O PSDB de São Paulo está com dificuldade para vender os convites de R$ 1 mil para um jantar com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, programado para o dia 5 de dezembro, em Higienópolis.

Por enquanto, só 100 dos 500 convites foram vendidos. O evento está sendo organizado pelo diretório estadual para arrecadar fundos para o partido.
Na próxima semana, os tucanos farão uma força-tarefa para desencalhar os convites.

fonte -PODER ON LINE
Último Segundo
* * *
" Melhor um churrasquinho grego na esquina da Ipiranga com Av. São João, esse não é tão comprometedor. Agora, se depois do almoço,em vez do tradicional licor para fazer digestão, um cafézinho com direito a um 'baseado', pode ser que a adesão aumente ahahahahah! ! ! "
Postado por Sublime União

MIGALHAS DA HISTÓRIA

Vamos ao almoço

O coronel Chico Heraclio, de Limoeiro, o mais poderoso do Nordeste, jogou tudo em 50 na campanha de Agamenon Magalhães contra João Cleofas para governador de Pernambuco. Deu-lhe mais de 70% dos votos de sua região. Depois da eleição, foi ao palácio. Agamenon, eufórico:

- Chico, use e abuse de meu governo.

- Muito obrigado, governador. A Secretaria da Fazenda e a de Segurança o senhor não dá a ninguém. As outras não valem nada. Só peço para colocar água em Limoeiro e pelos meus amigos, quando for preciso.

Um dia, voltou ao palácio para pedir a Agamenon a aposentadoria de um amigo, juiz com poucos anos de função. Agamenon não podia atender:

- Mas Chico, isso é muito difícil.

- Se fosse fácil, eu não vinha lhe pedir. Governo existe para fazer as coisas difíceis. As fáceis a gente mesmo faz.

***
TRATAMENTO ESPECIAL

Dr. Sidney era chefe do serviço médico da Penitenciária Lemos Brito, na Rua Frei Caneca, Rio. Carlos Lacerda, governador da Guanabara, recebeu denúncias, mandou fazer um inquérito na penitenciária, demitiu o diretor por corrupção, chamou o doutor Sidney:

- O senhor vai assumir a direção da Lemos Brito.

- Governador, não entendo de penitenciária. Sou apenas um médico.

- O senhor tem duas qualidades que me bastam: é um homem correto e é respeitado por funcionários e presos. Vai assumir.

***
LACERDA

Doutor Sidney assumiu. Quando começaram os assaltos a bancos no Rio, no início da luta armada contra a ditadura, os seis primeiros presos foram mandados para a Lemos Brito. Dr. Sidney chamou o chefe da guarda:

- Chegaram aí seis jovens assaltantes de bancos. São das melhores famílias da cidade, envolvidos no terrorismo político, por extremadas convicções ideológicas. São presos políticos. Quero que eles fiquem separados dos presos comuns, isolados e recebendo tratamento especial.

- Pois não, senhor diretor. Vou dar tratamento especial a eles.

Ao meio-dia, o chefe da guarda, um negão gordo e sisudo, abriu a cela dos jovens guerrilheiros, curvou-se cerimoniosamente:

- Senhores terroristas, boa tarde. Vamos ao almoço.

Sebastião Nery

RELEMBRANDO UM ESTADISTA

Matéria de Memória: Cony lembra JK, contemporâneo do futuro
Belo artigo, sem dúvida, o de Carlos Heitor Cony, Folha de São Paulo de quinta-feira 24, sobre Juscelino Kubitschek e a preocupação que sempre revelou pelo destino do Brasil, mesmo absurdamente cassado pela ditadura militar, forma de evitar as eleições diretas de 65, quando sua vitória nas urnas seria inevitável.

Cony vai ao passado, o qual visita frequentemente, e relembra encontro que teve com o ex-presidente da República em Diamantina, 1974, quando, motivado por amigos, JK escreveu carta ao general Ernesto Geisel pedindo atenção para com a existência de diamantes na cidade onde nasceu.

Agora, 37 anos depois, a presidente Dilma Rousseff dá curso à iniciativa. Os diamantes são eternos, escreveu Ian Fleming, autor de James Bond. Foi a primeira carta de Juscelino a Geisel.
Houve uma segunda, esta a respeito do xisto betuminoso de Santa Catarina. Ambas sequer receberam respostas. O poder militar fazia questão de lançar a imagem de JK na sombra do esquecimento. Era uma forma de destruí-lo e, ao mesmo tempo, absolver-se de sua cassação.

Não houve motivo algum, além do interesse de transferir o poder da legítima esfera partidária – o que não acontece hoje – para uma aliança entre o militarismo e a economia tecnocrática. JK foi obrigado a depor perante o coronel Ferdinando de Carvalho, no quartel da Polícia do Exército, no Rio, rua Barão de Mesquita. Vejam só. Era tempo de arbítrio.

Os juristas de sempre, como Francisco Campos, ministro da Justiça da ditadura de Vargas, e Carlos Medeiros, davam falsa substância legal à ditadura ainda envergonhada, como a definiu Élio Gáspari. Assim como alguém que comete uma violação e se revolta cinicamente contra quem a denunciou. Mas, como em todas as alianças, surgem as divergências.

Ainda em 64, pouco após a suspensão dos direitos políticos de Juscelino, apareceram as contradições. A primeira colocando em confronto o governador Carlos Lacerda, principal figura do movimento de 31 de março, e o ministro Roberto Campos, na realidade o primeiro-ministro do governo presidencialista do general Castelo Branco.
Carlos Lacerda queria ser candidato à presidência da República, pois nos bastidores havia influenciado o afastamento de JK do quadro político. Mas a política econômica de Roberto Campos, baseada no eterno símbolo conservador, redução de salários, era totalmente impopular. Lacerda temia essa impopularidade. E rompeu.

Com isso, a revolução de 64 registrou seu primeiro fracionamento. O segmento militar lutando para concentrar e se eternizar no poder, outro em deslocar o equilíbrio institucional para as urnas. Não havia mais o fantasma de JK.
Lacerda e Campos, na realidade, eram sustentados e impulsionados por interesses internacionais. Na campanha contra a posse de JK, por exemplo, Lacerda ocupava diariamente o espaço noturno fixo na Rádio Globo. Era, sem dúvida, uma peça publicitária usando um ator extraordinário, mas antidemocrata.

Democrata Roberto Campos também não era. Sabia muito bem da impopularidade de seu esquema econômico social. Outras divisões vieram depois, a principal entre Costa e Silva e Castelo, o primeiro, ministro do Exército, arrebatando nos quartéis o poder do segundo.

Juscelino, contemporâneo do futuro, como definiu Paulo Pinheiro Chagas, morreria dois anos depois de 74, ainda durante a administração Geisel. Não lhe foram, na época, prestadas as homenagens que merecia. Em matéria de memória, título de romance de Cony, o remorso é um sentimento fortíssimo. Ninguém se livra do fantasma da injustiça. O autor de algo infame nunca se livra de si mesmo.

O artigo de Cony me emocionou e remeteu ao passado. Com o desenvolvimento econômico, JK foi o único governante a tentar fixar um equilíbrio relativo entre o capital e o trabalho. Inclusive, como lembrou o leitor Flávio Bortolotto, legou ao país o maior salário mínimo da história: em 1959, aos preços de hoje, era de 1.707 reais. Os anos dourados deixaram saudade. Não voltam mais.

Pedro do Coutto

UM POUCO DISSO E DAQULO

Extirpar as goiabeiras, plantar jaboticabeiras
Carlos Chagas

Juquinha e Joãozinho, quase da mesma idade, foram criados juntos. Os quintais de suas casas eram divididos por um pequeno muro e os dois peraltas viviam como íntimos amiguinhos. Brincavam, sonhavam e cresciam à maneira de dois irmãos. De vez em quando, é claro, estranhavam-se, ainda que os pais se esforçassem para recompor quaisquer rusgas.

O diabo é que havia duas goiabeiras, uma de cada lado da cerca, ironicamente se entrelaçando. As goiabas do Juquinha muitas vezes avançavam no terreno do Joãozinho, e vice-versa. Eles brigavam e se xingavam quando um colhia e comia a fruta do outro.

Está marcada para a próxima quarta-feira, dia 30, na comissão de Constituição e Justiça do Senado, a apreciação do nome da nova ministra do Supremo Tribunal Federal, indicada pela presidente Dilma Rousseff. Nada polêmico, pois é unânime o reconhecimento de tratar-se de jurista de alto saber e de reputação ilibada. Também naquele dia a mais alta corte nacional de Justiça deve decidir sobre a aplicação da lei da Ficha Limpa para as eleições do ano que vem.

O problema é que o Joãozinho, um ministro do Supremo, pediu vistas do processo referente ao óbvio, ou seja, a vigência da Ficha Limpa no próximo ano. Mandou dizer ao Juquinha que só colocará a matéria em votação se o amiguinho, antes, aprovar a indicação da nova ministra do Supremo. Do lado do Juquinha, é o oposto: o Senado só aprovará a décima-primeira ministra caso o Supremo decida que, no Pará, assim como decidiu para o Espírito Santo e a Paraíba, os senadores mais votados tomem posse. Apesar de impedidos, ano passado, pela lei da Ficha Limpa, que não valia para aquele ano.

No fundo encontra-se o corporativismo do PMDB. Seus principais líderes querem que o Supremo dê posse imediata a Jader Barbalho, que apesar de mais votado em seu estado, teve sua diplomação impedida pela lei da Ficha Limpa. Mesmo com sua não aplicação reconhecida pelo Supremo para as eleições de 2010.

Mágoa dos senadores ressentidos por exigirem o reconhecimento da eleição de um cidadão não propriamente exemplo de lisura e ética parlamentares, por isso ameaçando deixar o Supremo sem o voto fundamental para acabar com possíveis empates em suas decisões? Ou ranhetice do Supremo, disposto a adiar a aplicação da lei Ficha Limpa para o ano que vem, caso sua nova ministra não seja aprovada antes?

Convenhamos, a temperatura subiu nas relações entre Juquinha e Joãzinho. O óbvio seria, quarta-feira, a aprovação da nova ministra, pelo Senado, e decisão do Supremo de que lei Ficha Limpa vale para as eleições do ano que vem.

O raio são as goiabas, além de um abacaxi que o PMDB plantou no limite do terreiro, chamado Jader Barbalho. Claro que nem o Senado nem o PMDB, majoritário, têm razão para protelar a nomeação da integrante-chave do Supremo, capaz de evitar empates constrangedores de 5 a 5. Mas claro, também, que o Supremo não encontra a menor razão ética para colocar em risco a aplicação da lei da Ficha Limpa nas eleições do próximo ano.

Em suma, as goiabas não valem tanto. Melhor seria extirpar as goiabeiras e plantar jaboticabeiras no limite entre o Senado e o Supremo. Caso contrário, ficam mal o Legislativo e o Judiciário. E perderão, como sempre, as instituições democráticas.

***
A CASA DA PRESIDÊNCIA

Houve tempo em que o Distrito Federal era apenas a casa do presidente da República. Tinha seu prefeito nomeado pela chefe do governo federal e até em governos como o de Epitácio Pessoa, grandes figuras salvaram o Rio da desgraça. Houve um interregno em que a autonomia entrou em vigor, graças à fantástica figura de Pedro Ernesto, que a ditadura de Vargas esganou.

Assim progrediu a equação, envolta pela resistência dos cariocas, até a transferência da capital para Brasília. Juscelino Kubitschek, matreiro, não quis saber de eleições na cidade que criara. Assim agiram os generais-presidentes, mas com a Nova Republica, os brasilienses adquiriram o direito de escolher seu prefeito, denominado de governador.

Com exceções, foi um horror. Se Ronaldo Costa Souto segurou as pontas, nomeado por José Sarney, veio depois Joaquim Roriz, enlameando tudo, pela caneta e pelo voto. De lá para cá, só fracassos. E muita corrupção. Não seria hora de se repensar que Brasília é a casa do presidente da República, e que parece melhor um incompetente demissível por uma canetada, do que um pateta com mandato fixo?

Carlos Chagas

A VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

Conversa entre Helio Fernandes e Jorge Folena sobre a violência contra a mulher.

Prezado Jornalista Hélio Fernandes

Fiquei com o coração cheio de alegria e com a esperança de que vale a luta e a resistência por um mundo melhor.

Digo isto diante de duas manchetes: 1) “Salvar a mulher, salvar o mundo” (Diário de La Juventude, 19/11/2009); 2) “Hoje, Mesa Redonda pelos 20 anos da Convenção dos Direitos da Criança” (Granma, 19/11/2009).

Não precisaria escrever mais nenhuma linha, pois as chamadas dos periódicos por si só dizem tudo. Mas em nosso país os grandes controladores dos meios de comunicação jamais possibilitarão ao povo uma reflexão, por menor que seja, a respeito desses dois temas interligados por natureza, bem como de outros de interesse da coletividade.

Há os que se apresentam como “progressistas”, mas cujo espírito é conservador, que não desejam debater de forma séria a problemática da mulher e das crianças em nosso País.

Assim, é mais fácil combater os pobres, como fossem a causa de nossas mazelas, e passar ao largo da verdadeira origem dos impasses em que deveríamos enfrentar.

Enquanto os governos concedem isenções de tributos às empresas, abrindo mão de parcela importante da arrecadação das receitas públicas, necessária para promover o desenvolvimento social, deixa-se de oferecer às comunidades carentes os serviços necessários para uma vida mais digna, como escolas, creches e postos de saúde de qualidade e que funcionem de verdade.

A comemoração pelos 20 anos da Convenção dos Direitos da Criança se faz sob a premissa de José Marti de que “a infância é a esperança do mundo”. E como toda criança nasce de uma mulher, fica claro porque que salvar a mulher é salvar o mundo.

Porém, que esperança pode haver para um país rico, muito rico (em recursos naturais e culturais), onde muitas crianças, mulheres e idosos não são tratados com dignidade e que ainda são levados a viver em condições precárias e carentes de tudo, nas quais o Poder Público somente se apresenta armado como se para a guerra?

Portanto, sabemos que falta um pouco de vontade, nada mais do que isto. Com relação às crianças, bastaria ser cumprida a Constituição: “É dever da família, da sociedade, do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão”. (art. 227)

Um forte abraço.

Jorge Rubem Folena de Oliveira
Presidente da Comissão Permanente de Direito Constitucional do Instituto dos Advogados Brasileiros


Comentário de Helio Fernandes

O descaso, o desprezo, a desorientação e o desinteresse dos governos atingem as mulheres, as crianças e os idosos. Não há prioridade e sim acumulação de imprudência dos que dominam, que se apossam dos Poderes e não fazem coisa alguma. No Dia Internacional da Mulher, o que havia para comemorar? Nada, mas para lembrar e constatar para sempre, dados estatísticos alarmantes, de perplexidade e até mesmo de terror. Pois é de TERROR que se trata.

A ONU liberou números sobre as mulheres, esses números atingem também as crianças e os idosos, No mundo inteiro, no mais variados países do Ocidente e do Oriente, desenvolvidos e subdesenvolvidos, ricos e pobres, 1 BILHÃO DE MULHERES SÃO VIOLENTADAS DIARIAMENTE. Das mais diversas formas, direta ou indiretamente.

No Brasil, a cada 15 segundos, UMA MULHER SOFRE VIOLÊNCIA QUE SE ENQUADRA EM 5 ITENS: psicológica, física, moral, patrimonial e ética. Tudo isso praticado com a maior crueldade, não saberia dizer qual dessas violências é a mais grave, a mais torturante, a mais desprezível.

Não se trata de repressão, palavra e ação que tanto agradam e satisfazem o governador do Estado do Rio. Nem se pode elogiar a criação de 3 ou 4 Delegacias da Mulher, especializadas, (como gostam de dizer) e chefiada por mulheres. Isso fica tão longe da realidade, que é assombroso que muitos, (sempre no Poder) considerem e garantam, “estamos cuidando do problema da violência contra as mulheres”.

Se estão cuidando, então por que esses números da ONU, esse trauma que se repete de 15 em 15 segundos? Em 1 minuto 4 mulheres foram violentadas no nosso país, em uma hora 240 foram atingidas, deixo que façam as contas e atinjam números estarrecedores.

Não são medidas ocasionais e circunstanciais que podem eliminar esses números, e sim soluções pensadas, planejadas, decididas, dando a essas questões e sua verdadeira dimensão social e desenvolvimentista. Mas o que fazer num mundo de 7 BILHÕES DE HABITANTES, dos quais, 2 BILHÕES vivem na mais nefanda das misérias, sem ter o que comer, onde morar, sem saúde, sem educação, e o mais grave de tudo, SEM OBJETIVO, SEM DESTINO E SEM ESPERANÇA?

* * *

PS- Nesses mais de 2 BILHÕES que vivem (?) nos mais diversos países, quantos são mulheres, crianças e idosos? Esse é o grande debate que temos que travar, dentro e fora dos governos.

PS2- Com paixão, amor, carinho, dignidade, desprendimento, com a devoção que todos devem dispensar a todos. Menos os que ocupam o Poder, mas deixando-o cada vez mais vazio e desmoralizado.

EscuLULAmbação

AS SANDICES DO DIRCEU

Dirceu tem falado sandices que envergonham até seus mais fieis admiradores.

José Dirceu não é nenhum apedeuta. Houve época em que foi lembrado inclusive para disputar a Presidência da República. Contudo, ultimamente o sábio e feiticeiro petista tem falado sandices que envergonham até mesmo seus mais ferrenhos aliados e seguidores.

Repudio esta democracia estranha exortada pelo ex-deputado Dirceu, que defende torpemente a existência de um jornal que se dedique apenas aos objetivos do PT e do governo. Um absurdo e um escárnio, se também não fosse uma bandeira trágica e medonha.

Já defendi José Dirceu em diversas ocasiões e não tenho porque me envergonhar, mas o ex-deputado não pode perder o bom senso, a pretexto de exortar causas somente possíveis em ditaduras.

Outra bobagem colossal de Dirceu é tentar jogar no lixo os votos dados a Fernando Collor e a Jânio Quadros. Lula foi eleito e reeleito pelo mesmo segmento de descamisados que elegeu Collor e elegeu Dilma.

Assim, lembro ao Dirceu o surrado mas oportuno dito popular: “Em boca fechada não entra mosca”.

Vicente Limongi Netto