"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 9 de setembro de 2011

O SUBMUNDO DO GOVERNO

Em 1914, Robert de Jouvenel dá o título de “O quarto poder” a uma das partes de sua obra, La République des camarades. Ali ele registrou:
“Quando um parlamentar conhecido se abstém durante muito tempo de frequentar essa bolsa de confidências e difamações, sua pessoa poderá ser vista a perambular tristemente de grupo em grupo, à cata do jornalista que se disponha finalmente a vir solicitar confidências destinadas ao grande público”.

Jouvenel mostrou, assim, a força do “quarto poder”, ou seja, dos jornais do seu tempo. Ele não podia imaginar a influência que teriam mais tarde o rádio e a televisão sobre a massa.

O quarto poder continua a movimentar opiniões, mas, no momento, em nosso país, é de se duvidar que algum político busque jornalistas de certos veículos da grande imprensa, os raros que possuem independência suficiente para mostrar o submundo do governo. Destes jornais e revistas os políticos devem estar fugindo como diabo da cruz. É que o quarto poder anda derrubando ministros, mostrando com fatos e documentos no que se transformou o governo do PT e de seus aliados.

Logo a propaganda se apropriou das denúncias do quarto poder e atribuiu à presidente da República uma hipotética faxina, na verdade apenas desencadeada no Ministério dos Transportes, inclusive, com a queda do ministro Alfredo Nascimento. Antonio Palocci da Casa Civil, Nelson Jobim da Defesa, Wagner Rossi da Agricultura caíram de podres e para não macular a imagem da presidente, exatamente como acontecia no governo do blindado Lula da Silva.

Tornaram-se intocáveis os titulares que pertencem ao PT ou ao PMDB, como aqueles dos ministérios do Turismo, das Cidades, das Comunicações, da Casa Civil, das Relações Institucionais e quantos mais estejam na mira do quarto poder, como o dos Esportes. A presidente declarou que só mexe nessas pastas, em que pesem as denúncias sobre as mesmas, se os partidos pedirem, algo risível. Partidos não pedem para sair de cargos, mas para entrar em quantos cargos puderem.

Para contrapor à imprensa nacional logo foram espalhados na imprensa internacional elogios mil a presidente da República. Ela surge como corajosa, ética, guerreira contra a corrupção. E a revista Forbes a coloca como terceira mulher mais poderosa do mundo.

Nem uma palavra sobre o intocado submundo da corrupção reinante na república dos companheiros. Nada sobre o fato de que a terceira mulher mais poderosa do mundo reina, mas não governa, pois o comando continua sendo de Lula da Silva que indica ministros, reúne-se com os partidos políticos, faz inaugurações, visita países latino-americanos como se presidente ainda fosse, ensina à sua desajeitada criação política como agir de forma demagógica.

Na última edição da revista Veja, uma matéria sobre José Dirceu mostrou o quanto ele comanda autoridades recebendo seus pleitos, interage com aqueles aos quais denominou de “elites”, mas demoniza os “malditos e impiedosos ricos” que o sustentam como a um nababo e realizam com ele negócios extraordinários. Porém, a revista não contou a quem Dirceu obedece. Certamente a Lula da Silva, pois é de se duvidar que este conceda uma migalha sequer de seu poder a outrem.

A propalada faxina serviu, contudo, para despertar certo temor nos petistas. Recearam os companheiros que o governo de Lula da Silva fosse carimbado como corrupto. Algo extremamente óbvio, pois os ministros que caíram eram os mesmos do ex-presidente e por ele impostos a sua afilhada política. Será que os petistas temem que Lula da Silva apareça como fiador ou cúmplice das falcatruas? Que ele tenha oficializado a velha prática da corrupção que se tornou incomensurável?

Note-se que a própria Rousseff conviveu com o submundo do “reino” lulista e fez parte dele junto com sua fiel servidora, Erenice Guerra, alcunhada de Erê 6%. Converte-se, assim, a presidente na imagem viva da herança maldita de Lula da Silva, que em vez de legar afanou bilhões que poderiam ter sido aplicados em benefício do povo, e que foram parar no bolso dos larápios da república dos companheiros. Inclua-se aqui o Poder Legislativo, cujo último ato foi o de livrar Jaqueline Roriz do impeachment, aliás, prática corrente de autoproteção dos parlamentares.

Da pretensa faxina presidencial emerge também algo óbvio, que tenho repetido em outros artigos. Tudo isto acontece porque não existe oposição, exceto uma ou outra voz isolada. Foi, por exemplo, deprimente ver a foto de Fernando Henrique Cardoso, Geraldo Alckmin e outros próceres tucanos, praticamente aos pés da “terceira mulher mais poderosa do mundo”.

Sem oposição fraqueja a democracia e emerge a ditadura disfarçada do PT. Na impunidade onde a lei é substituída pela ideologia ou pelo interesse pessoal de quem julga viceja o submundo do governo. De tudo se conclui que somos atrasados demais para sermos civilizados, pois permitimos nossa desgraça, alheios aos que nos comandam.

Maria Lucia Victor Barbosa é socióloga.

OS VAMPIROS SE DESFAZEM EM CINZAS ANTE A CLARIDADE DO DIA 7


Expostos a claridade do dia 7, porta-vozes de vampiros de cofres públicos se desfazem em cinzas como um drácula de cinema.

Nascido da colisão frontal entre a desfaçatez dos assaltantes de cofres públicos e a indignação de milhares de jovens em ação no Facebook, o movimento que transbordou da internet para as ruas neste 7 de Setembro ainda engatinha.
Por enquanto, o traço comum entre os grupos fundadores é o inconformismo com a corrupção endêmica. Não houve tempo para a montagem de algum programa que estabeça prioridades consensuais e identifique com nitidez as metas a atingir, os alvos imediatos e o inimigo principal.


Faltam slogans e palavras de ordem que façam o resumo da ópera eficácia e objetividade. Ainda não existem líderes reconhecidos por todas as alas, o verde-amarelo se alterna com o preto e o nome oficial não foi definido. Embora relevantes, são questões que podem esperar. Os jovens comandantes saberão fazer a melhor opção na hora certa.

Se ainda engatinha, o movimento esbanja saúde, comprovam os resultados da primeira aparição pública. Quem acompanhou o ato de protesto na Avenida Paulista pôde contemplar uma reveladora amostra da novíssima geração de brasileiros ─ um fascinante universo que a imprensa não enxerga e os políticos de todos os partidos desconhecem. Ninguém previu que os jovens insatisfeitos com o Brasil sangrado pela bandidagem de estimação precisariam de apenas um dia para escancarar as rugas, a flacidez, a velhice de entidades, instituições, indivíduos, teorias ou conceitos que, até a véspera, não pareciam tão desoladoramente decrépitos.

A anunciação da primavera brasileira transferiu para o museu das antiguidades do século passado os que subestimam o poder de fogo da internet, os que duvidam do interesse dos moços por questões políticas e os que não acreditam na existência de militantes fora dos partidos. Mal passa dos 20 anos a idade média dos organizadores dos protestos que, ignorados pela imprensa, reuniram milhares de manifestantes mobilizados por redes sociais, sites e blogs. Confrontados com o frescor e a independência dos jovens em guerra contra a corrupção, os matusaléns arrendados da União Nacional dos Estudantes Amestrados, a antiga UNE, foram remetidos ao mausoléu dos pelegos.

A paisagem reinventada da Avenida Paulista exibiu o tamanho do fosso que separa manifestantes e partidos deformados pela senilidade precoce, pela covardia congênita, pelo cinismo vocacional e pela revogação dos valores éticos. Alguns integrantes da Juventude do PSDB apareceram com uma faixa. Tiveram de enrolar a má ideia. Três ou quatro devotos do PSTU apareceram com um estandarte. Foram aconselhados a guardá-lo.

Cinco ou seis militantes do PT apareceram com uma bandeira vermelha. Como se recusaram a arriá-la, o pedaço de pano foi queimado ao som de duas palavras de ordem que justificaram o bota-fora de tucanos e socialistas xiitas: Primeira: “Saí daí, otário: o movimento é apartidário”. A segunda começava com o palavrão que rima com o fecho: “Nossa única bandeira é a bandeira do Brasil”.

As inscrições nas faixas e as mensagens gritadas em coro reafirmaram que os manifestantes não estão a serviço de ninguém. Exigem a punição dos corruptos, pedem cadeia para os gatunos, fustigam a turma da ficha suja, recomendam que o dinheiro tungado seja investido em saúde e educação, recordam o escândalo do mensalão e informam que as vítimas do roubo em escala industrial são os pagadores de impostos. Nesta quarta-feira, para não serem associados à oposição oficial, hostilizaram apenas três unanimidades: José Sarney, Jaqueline Roriz e José Dirceu. Três prontuários mais encorpados que os programas dos partidos a que pertencem.

Um movimento gerado pela ladroagem institucionalizada não conseguiria poupar por muito tempo os mentores da decomposição moral do Brasil. Cedo ou tarde, ficaria evidente que não há como marchar contra a corrupção sem tropeçar nos arquitetos do aparelhamento da máquina estatal e no loteamento das verbas dos ministérios. Lula não inventou a corrupção, mas foi ele quem transformou contratos de aluguel em instrumentos de poder. Se há corruptos em todos os partidos, em nenhum lugar do mundo há tantos delinquentes por metro quadrado como num encontro do PT com a base alugada. Em dois ou três meses, os jovens que lutam pela decência teriam de lancetar o tumor em sua fonte.

Foram poupados da opção inevitável pelo açodamento dos blogueiros estatizados e dos jornalistas federais, que vestiram imediatamente a carapuça e simplificaram as coisas. “Nossos corruptos são bons companheiros”, berram nas entrelinhas os palavrórios raivosos que, enquanto tentam reduzir as dimensões dos atos de protesto, investem contra os fantasmas de sempre. Um sacristão da seita maniqueísta já enxergou por trás da manifestação outra sórdida tentativa de derrubar o governo, tramada pela elite golpista, por granfinos quatrocentões e pelos loiros de olhos azuis. Definitivamente, faltam neurônios e sobram neuroses a adoradores de divindades de araque que viraram cúmplices de corruptos juramentados.

Expostos ao Sete de Setembro ensolarado por manifestações que podem moldar um Brasil muito mais luminoso, os porta-vozes do país que parece um grande clube dos cafajestes foram reduzidos a cinzas como dráculas de cinema. Vampiros de cofres públicos e suas velharias domesticadas não suportam a claridade.

Augusto Nunes

ACORDA BRASILEIRO! TÃO ROUBANDO SEU DINHEIRO!


Participei da passeata contra a corrupção que saiu do vão do MASP, na av. Paulista, foi até a rua da Consolação e voltou ao MASP. Não sei fazer cálculos de multidões e pra falar a verdade, não era uma multidão, talvez entre mil e quinhentas e duas mil pessoas. Mas com que prazer, com que garra, com que valentia cidadã marchavam aquelas pessoas! Muitos jovens. Famílias com crianças pequenas. E veteranos como eu.
Cartazes contra a corrupção, bandeiras verde-e-amarelas, balões brancos, caras pintadas, narizes de palhaço e dois refrões que diziam tudo: “Acorda, brasileiro!Tão roubando o seu dinheiro!” e “Político ladrão, teu lugar é na prisão!”
Voltei pra casa rejuvenescida, reciclada, reenergizada.
Adoro passeatas e tenho uma teoria sobre elas: melhoram a gente, aquecem a alma, reabastecem a energia, reestruturam a esperança. Fazem com a gente o mesmo que as orações em conjunto. Muitas pessoas orando juntas energizam-se umas às outras, atraem sobre si maiores bênçãos, fazem baixar sobre si forças mágicas, celestes ou cósmicas – como queiram chama-las – a ponto de saírem essas pessoas para a lida diária mais leves, mais felizes, mais abençoadas. A oração em conjunto é misteriosa, forte, regenera, eleva.
É mais ou menos assim com as passeatas.
Voltei pra casa em estado de graça.
No caminho de volta vi gente passeando na rua com cachorrinhos, vi casais fazendo cooper, vi pessoas tomando sol nas praças, era 7 de setembro – feriado portanto – e muita gente sem ter nada que fazer e aí pensei: porque esta gente toda não foi à avenida Paulista conosco? Será que estão satisfeitos com os rumos do país? Será que não se enojam com a corrupção que assola esta terra? Será que não se envergonham que uma deputada filmada recebendo um maço de dinheiro tenha sido inocentada pelos seus pares? Será que não se revoltam que a quadrilha do mensalão não tenha sido julgada até hoje e esteja prestes a ver seu crime prescrito porque o Supremo Tribunal não gosta de trabalhar? Será que não se incomodam com o desvio monstruoso de dinheiro público? Será que não percebem que esse desvio de dinheiro mata pela falta de saneamento, de saúde? Que esse dinheiro desviado impede que se construam mais creches, mais escolas, mais hospitais, estradas decentes, transporte eficiente? Preferem essas pessoas correr no parque, levar o cachorrinho fazer pipi na rua, ir ao cinema e ao teatro, comer em restaurantes, passear de carro do que participar de um ato cívico contra a corrupção?
À passeata gay comparecem milhões. Pra ver a Amy não sei das quantas, milhares! Aplaudir o Rogério Ceni, 60 mil! E numa passeata contra a corrupção só dois mil gatos pingados? Que cidade é essa? Que povo é esse? Que gente é essa?
Quando o povo quer as coisas acontecem. O comício pelas Diretas Já em São Paulo levou à queda da ditadura. Collor caiu por causa dos caras pintadas. E agora? O que está faltando para que a população vá às ruas protestar contra político ladrão?
De toda a forma estou feliz. Fui e vi. Vi algumas centenas de jovens novamente de cara pintada. Jovens que não ficaram dormindo, não foram passear no parque, não ficaram na frente da televisão ou na Internet. Vi a fúria santa com que gritavam “Político ladrão, teu lugar é na prisão!” Gritei junto e voltei pra casa mais jovem, com mais energia, com mais esperança.
Tenho que registrar que se em São Paulo fomos poucos, em Brasília foram trinta mil. Se cuidem, ladrões! O país está despertando novamente.


Regina Helena de Paiva Ramos, escritora e jornalista, autora de “Mulheres Jornalistas – A Grande Invasão” - pela Imprensa Oficial. E de “Mata Atlântica – Vinte razões para amá-la”, Musa Editora

HONRA DA MEDALHA

Nobreza de quem concede, glória, honra e continência a quem merece e recebe.

Não é um gesto gratuito, uma atitude sem caráter, uma moeda de troca; o dando que se recebe, sem o fundamento moral, religioso e legítimo.

Medalha só tem uma face.

A autoridade em trajes de gala tange os ombros do herói, lhe doura os galardões e as dragonas, magnetiza-se pelo pulsar dos corações que se unem e pelo olhar do cumprimento do dever que se cruza. As vestes da nobreza se transformam no manto que os protege, que lhes dão força na defesa de princípios que juraram defender.

Princípios que não se mudam com o tempo, não esmaecem suas cores, nem com a troca de autoridades, às vezes falaciosas e fugazes, sem compromisso com a Nação.

Medalha só tem uma face, um significado intrínseco, uma alma. Não é a mesma que se compra no balcão, embrulhada para presente e a que se porta na almofada da vitória afiançada por diploma, ao som da banda marcial e dos tiros de salva.

Não há como premiar os que explodiram o Aeroporto de Guararapes em 25 de julho de 1966, o QG do II Exército em São Paulo, mataram inocentes, sentinelas, como o soldado Mario Kozel Filho, em 26 de junho de 1968, esfacelaram crânios como o do Ten Alberto Mendes da PMSP, 10 de maio de 1970, assassinaram covardemente o Major do Exército José Júlio Toja Martinez, em 04 de abril de 1971, assaltaram bancos, sequestraram embaixadores, torturaram, metralharam, concedendo-lhes as mesmas medalhas que ornam os peitos dos que os combateram e venceram, que carregaram nos ombros as responsabilidades do dever de servir à Pátria e à democracia, e manter as próprias famílias a salvo das sanhas terroristas do comunismo internacional.

O passar do tempo perdoa os atos falhos, anistia os excessos, mas não iguala no pódio o mérito dos que estavam a serviço do Brasil e dos que se renderam às imposições da ideologia espúria que virou pó com a queda do Muro de Berlin, lição que muitos brasileiros só aprenderam com os cabelos brancos.

Parece um desrespeito às autoridades do passado que reconheceram os valores, o sacrifício, os ferimentos e o sangue que marcou o chão, folhas e raízes das florestas, o cimento nas cidades, os campos no interior, e que condecoraram, por exemplo, os coronéis Carlos Brilhante Ustra e Lício Maciel com a Medalha do Pacificador com Palma e com a Medalha do Mérito Militar, heróis, por se distinguirem por atos pessoais de abnegação, coragem e bravura, com risco de vida.


Incompreensível a concessão àqueles que perpetraram atos criminosos — já anistiados — ou aos que os apóiam, a citar o ex-guerrilheiro José Genoino, agraciado com a Medalha da Vitória; pasme-se, aquela que glorifica os combatentes da 2ª Guerra Mundial e, recentemente, o governador Tarso Genro e o ex-ministro, Olívio Dutra, agraciados com a medalha da Ordem do Mérito Naval.

Gente que prega a paz e tem perversidade no coração, proclamando a Comissão da Verdade como se fosse o juízo final e eles, os juízes, com espírito divino. Diz-se que a comissão terá apenas preocupações históricas. Que fiquem com os historiadores e cujos fatos, vistos pelos vermelhos, estão em livros, filmes e repetidas novelas, pregando ranço. O livro do Cel Ustra que é um sucesso venceu barreiras para ser publicado.

Não há como negar o sabor de fel que percorre as veias dos militares da reserva, que viveram e sofreram aquela época, a exercer um efeito repelente das suas presenças nas festas e comemorações várias, as quais, comparecer é tão relevante como homenagear os mortos de 27 de novembro da Intentona Comunista, que se ousa apagar.

O rótulo que se pretende estampar nos rostos dos militares da reserva, dos reformados e falecidos, como ERRADOS, à semelhança do PROCURA-SE criminoso, não fortalece o traço de união do passado com o presente. Passado de história e de luta.

Medalha só tem uma face. Honra também. Não tem duas caras.


Ernesto Caruso é Coronel na Reserva do EB

EMBAIXADOR AMERICANO NO BRASIL : CORRUPÇÃO NO GOVERNO DO BRASIL ERA "GENERALIZADA E PERSISTENTE".


O site Wikileaks divulgou essa semana uma carta do embaixador americano no Brasil Thomas Shannon ao procurador-geral de Justiça dos EUA, enviada há um ano e meio, em que ele afirma que a corrupção no governo do Brasil era “generalizada e persistente”. Matéria do Estadão, por Jamil Chade:

A diplomacia americana considera que a corrupção durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva era “generalizada e persistente” e atingia todos os Três Poderes. A avaliação foi revelada em uma carta enviada há um ano e meio pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, ao procurador-geral americano, Eric Holder.

Na carta, que servia como uma preparação para a visita de Holder ao Brasil, Shannon fez ainda um raio X da Justiça brasileira, acusando-a de “despreparada” e “disfuncional”. O documento foi revelado esta semana pelo WikiLeaks.

Essa não é a primeira revelação sobre os comentários da diplomacia americana sobre a corrupção no Brasil. Documentos de 2004 e 2005 revelaram a mesma preocupação e mesmo o risco de os escândalos do mensalão acabarem imobilizando o governo.

Mas o que fica claro é que, mesmo no último ano do governo Lula, a percepção americana não havia mudado sobre a presença da corrupção na administração. E o fenômeno não se limitaria aos Três Poderes. Segundo Shannon, as forças de ordem também seriam prejudicadas por “falta de treinamento, rivalidades burocráticas, corrupção em algumas agências e uma força policial muito pequena para cobrir um país com 200 milhões de habitantes”.

Outra constatação da diplomacia americana foi sobre os problemas enfrentados pela Justiça no Brasil. “Apesar de muitos juristas serem de alto nível, o sistema judiciário brasileiro é frequentemente descrito como sendo disfuncional, permeado por jurisdições que se acumulam, falta de treinamento, burocracia e atrasos”, escreveu o embaixador.

Para Shannon, “polícia, procuradores e juízes precisam de treinamento adicional” no Brasil. “Procuradores e juízes, em especial, precisam de treinamento básico para ajudá-los a caminhar em direção a um sistema acusatório mais eficiente”, escreveu.

Cooperação. A preocupação não se limita a comentários distantes sobre a situação no Brasil. Shannon deixa claro que são os interesses americanos que podem sair prejudicados. “Com seu crescente papel econômico e diplomático, os interesses americanos em termos de Justiça no Brasil também aumentam, já que o incremento do comércio, viagens, comunicação e finanças no Brasil também trazem oportunidades de exploração criminosa.”

O diplomata aponta que a cooperação na área de Justiça com o Brasil é considerada no governo Obama como uma das prioridade para permitir que os Estados Unidos “atinjam seus objetivos na América do Sul”. Para isso, sugere programas para o treinamento de juízes e policiais para lidar com o crime organizado.

A ajuda não seria desinteressada. “Procuradores e juízes precisam treinamento especializado em áreas de especial interesse para os EUA: gangues, crime organizado, drogas, tráfico de pessoas e lavagem de dinheiro”, escreveu.

implicante

O CULTO AO 11/9

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O 11 de Setembro mudou o mundo, dizem os textos comemorativos dos dez anos do atentado. Sem querer atrapalhar a comemoração, vale perguntar:

Mudou para onde?


A humanidade ainda não absorveu o quadro bizarro dos aviões perfurando as Torres Gêmeas. E nunca absorverá.

O grau de absurdo e dor contido naquela cena é indigerível. Repeti-la milhões de vezes não é sadomasoquismo. É a busca inevitável (e vã) pelo sentido da monstruosidade.

Os homens civilizados não fazem questão de entender o absurdo, mas não abrem mão de explicá-lo.

O 11/9 mudou o mundo, inaugurou o novo milênio, acabou com o sonho americano, instaurou a era do medo etc etc etc. Bin Laden deve estar explodindo de orgulho no fundo do mar.

Mas, afinal, que mundo é esse criado por Bin Laden e referendado pela sociologia fast food do Ocidente?

Se Osama venceu, onde está a prometida escalada do terrorismo internacional? Onde está a epidemia de homens-bomba barbarizando Paris, Nova York, Los Angeles e outras metrópoles pacíficas? O que houve com a al-Qaeda, que faltou a três Copas do Mundo e duas Olimpíadas?

Os especialistas mais animados estão dizendo que a atual crise financeira dos EUA começou no 11 de Setembro. Ainda vão descobrir que Bin Laden maquiou o balanço do banco Lehman Brothers e engendrou a sua falência.

Atribuir a escalada do déficit público americano aos pilotos suicidas da al-Qaeda é uma acrobacia e tanto. Não estraguem a teoria emocionante lembrando que há décadas os EUA crescem se endividando cada vez mais.

Melhor culpar – ou condecorar – o Osama.

Dizem que os americanos se afundaram em gastos militares no Afeganistão e no Iraque depois do atentado de 2001. Claro que, numa hora dessas, ninguém vai lembrar os trilhões de dólares enterrados na Guerra Fria – quando os EUA se firmaram como potência hegemônica. Perde a graça.

O 11 de Setembro abalou a fé na civilização Ocidental e forjou uma geração amedrontada, analisam os categóricos do caos.

É mesmo estranha essa geração amedrontada, que sai às ruas livremente nas maiores cidades da Europa e das Américas para defender seus direitos políticos, estudantis ou sexuais.

Geração amedrontada que se conecta com o mundo como nenhuma outra, surfando nas maravilhas tecnológicas da comunicação em rede – nascida da civilização Ocidental, ou, mais precisamente, dos Estados Unidos da América.

Esse, sim, um novo horizonte sociológico, que explodiu no mesmo período do 11 de Setembro, e dez anos depois ajudou a derrubar ditaduras no Oriente Médio.

Mas há ocidentais que preferem ver a internet como arma de fortalecimento da al-Qaeda.

Só não se sabe exatamente onde essa organização tão poderosa e letal para o Ocidente está atuando, fora da sociologia fast food.

Talvez tenha virado acionista do MacDonalds.

Guilherme Fiuza

SEQUESTRO GENIAL...


Recebido por e-mail

O PCC, facção do crime organizado de São Paulo, seqüestrou ontem, em Brasília, 24 deputados da Câmara Federal e alguns Senadores. Eles estão solicitando US$ 1.000.000,00 para sua libertação.

Se o valor de resgate não for cumprido em 24 horas, vão banhá-los com combustível e os queimarão vivos. Estamos organizando uma coleta e necessitamos da sua ajuda! Veja o que conseguimos até agora:

- 580 litros de Gasolina Aditivada
- 320 litros de gasolina Premium
- 175 litros de gasolina convencional
- 125 litros de diesel
- 98 litros de Biodisel
- 380 maços de caixas de fósforos
- 214 isqueiros
- 7 lança-chamas
- 108 sacos de carvão - 20 metros de lenha seca
- 1 retroescavadeira

Pedimos para que não mandem álcool, pois há o risco do mesmo ser consumido por parte dos deputados.

Se você apagar essa mensagem é porque não tem coração... Por favor, leia e repasse para no mínimo 10 pessoas. Fiz a minha parte!!!

BRASÍLIA PRECISA DE VOCÊ!

é uma piada velha ,mas muito coerente
Postado por Cachorro Louco

É UM DESCALABRO!!! É MUITO DINHEIRO!!! É MUITA CORRUPÇÃO!!!

700 milhetas sumiram nas obras do PAC no Min. dos Transportes

Finalmente sai o relatório de 253 páginas da CGU sobre as irregularidades no Ministério dos transportes.

Oficialmente quase R$ 700.000.000,00 (Setecentas Milhetas) simplesmente desapareceram no buraco negro da bandalheira, do oba-oba e da corrupção que tomou conta daquele órgão.

O Sinistro dos transportes Paulo Passos veio a imprensa para anunciar que vai colocar a tranca na porta arrombada.
Entre outras medidas eles irão contratar 100 engenheiros para fiscalizar as obras de perto(?) Eu nunca vi ninguém fiscalizar nada de longe, mas, enfim...

A grande maioria das obras irregulares são do PAC sob responsabilidade do DNIT e da VALEC. Os dois órgãos que tiveram que ser "faxinados" pela presidANTA Dilmarionete. Quase 40 aspones levaram o pé na bunda por estarem envolvidos em falcatruas, desvios, superfaturamentos e maracutaias.

Só que a grana não foi e nem será devolvida aos cofres públicos.

Assim é fácil ser corrupto no Brasil. O apadrinhado político de algum deputado ou senador (F...) consegue um carguinho de "aspone" em um ministério ou secretaria, rouba sem parar, desvia sem dó, e se for pego é demitido e fica tudo por isso mesmo.
Não bloqueiam ou penhoram-se bens para responderem pela dívida, e nem bloqueiam contas bancárias dos canalhas.
A punição é a perda da boquinha e a marca momentânea de corrupto. Uma vez que o povo tem memória curta.

Experimente você, simples mortal e pagão, deixar de pagar alguma dívida com o governo para ver o que vai te acontecer. Será uma romaria de oficiais de justiça te perseguindo, sem contar que o juiz manda bloquear tua conta bancaria pelo BACEN. E se bobear ainda te enfiam na cadeia.

Bem, depois de 700 milhetas desviadas, o ministro vem dizer que vai colocar a casa em ordem. Mas pela lógica a casa nunca deveria ter sido desarrumada. O dinheiro público deveria ser tratado de maneira responsável e honesta por quem é responsável por ele.

Agora irão posar de paladinos da justiça para esfriar a bronca, irão dar uma ou outra maquiada aqui e ali e assim que o povo voltar as atenções para outra maracutaia, a bandalheira recomeça.

E acima de tudo, toda essa conversa do ministro fazendo reuniões e cobrando seriedade e fazendo ajustes só estão acontecendo porque a opinião pública e a imprensa independente denunciaram e caíram de pau em cima dessa cambada de vagabundos. Pois, se não tivessem percebido, essa repentina honestidade do ministro não existiria, assim como a conversa de arrumar a casa.

Sem a gritaria da população, esses quase 700 milhões iriam se tornar alguns BI em poucos meses e ninguém lá dentro do ministério teria repentes de honestidade ou ética.

O que mais incomoda de verdade, é ver que esse pessoal só "entra" nos eixos quando a casa cai para o lado deles. E nos outros trinta e tantos ministérios e secretarias em que ainda não explodiram escândalos o que será que acontece com a grana pública?

A saúde precisa de uma nova CPMF para financia-la, mas o ministério da saúde tem um rombo no orçamento de 2.2 Bilhões de Reais, e isso é mal gerenciamento de recursos. Porque em vez de criar novos impostos o governo não gerência com competência o orçamento?

Se pararem de roubar no Brasil seremos um país de primeiro mundo. Mas o duro é fazer essa cambada de vagabundos entender que o país precisa de seriedade e honestidade no gerenciamento dos recursos públicos.
Criou-se no Brasil uma cultura. A cultura do: "Quem chega ao poder tem que roubar".


E mesmo que o cidadão seja honesto, quando ele se junta ao bando da canalha política, das duas uma, ou ele não aguenta a pressão e cai fora, ou ele entra na turma e enfia a mão sem dó.
Agora o ministro dos transportes vir a público e "reconhecer" que há irregularidades é de uma desfaçatez sem limites. Não há irregularidades, há roubo mesmo!!

E em um país sério o ministro seria demitido e a turma toda cairia em cana. A faxina da Dentuça se resumiu em mudar o chefe da quadrilha, mandou o Alfredo Nascimento pra rua e colocou o Paulo Passos no lugar. Na verdade a merda e as moscas continuaram as mesmas, já que os dois são do mesmo partido e a bandalheira é institucionalizada partidariamente.

Se o Brasil fosse uma empresa que tivesse que dar lucros pelo seu desempenho no mercado, estariamos à beira da falência. Mas como o Brasil tem o povo burro e cordeirinho para cobrir os rombos, eles vão arrebentando a boca do balão, e quando a casa cai, aumentam impostos para cobrir as despesas.

Em suma. Eu trabalho feito um condenado e pago um (c...) de impostos para lá na frente, e no final das contas, ter deixado um bando de sem vergonhas milionários e eu receber uma merda do INSS.

o mascate

COMEÇA NO BRASIL O MOVIMENTO DOS INDIGNADOS CONTRA A CORRUPÇÃO


TEXTO PULICADO NO JORNAL ESPANHOL EL PAÍS NESTA QUINTA-FEIRA
Juan Arias

A celebração do Dia da Independência neste 7 de setembro no Brasil foi marcada pelo protesto. O movimento de indignados contra a corrupção escolheu esta data para começar suas manifestações, que acontecem em 35 cidades de 20 estados de todo o país nos próximos dias. Todas foram convocadas através das redes sociais, com a participação de 130 mil internautas.

Ontem foi a vez, entre outras, de São Paulo, com cinco marchas simultâneas em diferentes pontos da cidade, e Brasília. No Rio de Janeiro a manifestação foi convocada para 20 de setembro na mítica e central praça da Cinelândia, cenário histórico de protestos civis.

Em Brasília, a manifestação reuniu 25 mil pessoas, segundo a polícia. O protesto aconteceu a 300 metros do desfile oficial da Independência, presidido pela chefe de Estado, Dilma Rousseff.

As forças de segurança não permitiram que os manifestantes se aproximassem da cerimônia oficial, apesar de os protestos terem sido anunciados pelos organizadores como pacíficos e desligados de qualquer partido, “na linha do 15-M de Madrid”, de acordo com o jornal O Globo.

Ao contrário, como perceberam os nove senadores que criaram um grupo de apoio às manifestações contra a corrupção, trata-se mais de “defender a iniciativa da presidenta de endurecer suas ações contra a ilegalidade, vista com maus olhos até por políticos de próprio partido e de alguns partidos aliados do governo que perderam quatro ministros”.

Os manifestantes, tanto em Brasília como em São Paulo e nas outras cidades, exibiram cartazes contra a corrupção e a impunidade, nos quais se lia frases como “não, vocês não podem”, ou “lugar de político corrupto é na cadeia”.

Com as caras pintadas, muitos vestidos de negro em sinal de luto ou com narizes de palhaço e fazendo ruído com tudo o que podiam, os manifestantes não provocaram nenhuma altercação que exigiisse intervenção da polícia.

Entre as reivindicações dos indignados de Brasília estava a de que o Supremo Tribunal Federal julgue e condene os 36 acusados no grande escândalo político de 2005, com o suborno aos deputados por parte do governo, que quase custou o cargo ao então presidente Lula.

Ainda que o grosso dos manifestantes fosse composto por jovens, nas marchas também se via crianças e pessoas mais velhas.
Os milhares de manifestantes que saíram às ruas em todo o país têm um mérito especial, de acordo com o que disse o senador Cristóvam Buarque — um dos nove membros do Senado que apoiaram os indignados ─ porque não aderiram aos protestos o Partido dos Trabalhadores, que no passado sempre esteve à frente de todos os grandes protestos sociais, nem movimentos sociais como o dos Sem Terra, nem a União Nacional dos Estudantes (UNE) ou os grandes sindicatos.

O procurador-geral da República, Roberto Gurgel, declarou seu apoio aos manifestantes, apoiados também pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), pela Associação Brasileira de Imprensa (ABI), pela Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e pela Federação da Indústria do Rio de Janeiro (Firjan). Esta entidade lançou o Manifesto de empresários brasileiros a favor da ética na política.

Através das redes sociais, os organizadores pediram aos manifestantes que pintassem as caras de preto, em sinal de luto pela corrupção que humilha o país. Walter Magalhães, 28 anos, um dos articuladores da marcha em Brasília, explica: “Não basta ficar parado na comodidade do sofá. Precisamos fazer algo para mostrar que estamos vivos e contra toda essa corrupção”.

Como as manifestações foram organizadas pelas redes sociais, é impossível calcular o número de participantes. Segundo os analistas políticos, o o importante é que “o fogo já se alastrou”.

COM QUANTAS MENTIRAS SE FAZ UMA COMISSÃO DA VERDADE?

Eu estou aqui é para desafinar o coro dos contentes mesmo! Não que eu faça questão de ir sempre contra as unanimidades porque supostamente burras — algumas não são. Se fossem, então estaríamos diante de uma unanimidade… burra, certo? Eu gosto é de lógica e não gosto de coisas explicadas ou ditas pela metade.

O ex-terrorista José Genoino, hoje assessor do Ministério da Defesa, diz que os três comandantes militares estão tranqüilos com a instalação da Comissão da Verdade e que a apóiam. Pode ser. Eu nunca me senti obrigado a ter a bênção militar para pensar isso ou aquilo. Por isso, não apóio comissão nenhuma! Parece que Genoino, 40 anos depois, resolveu aderir a uma nova máxima: “Se até os militares gostam…” Vamos ao caso do dia.

A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário — aquela que foi a São Paulo deitar proselitismo contra a polícia mais eficiente do país —, esteve com a presidente Dilma e concedeu uma entrevista depois. Afirmou basicamente que espera contar com o apoio da oposição para a instalação da tal comissão e que nada divide, nesse particular, o governo e seus adversários. Certo.

A dita comissão, depois de uma longa negociação, vai contar a história oficial, segundo a ótica, dos direitos humanos, no período que vai de 1946 a 1985. O Brasil é um país exótico mesmo. Em 1946, dá-se a redemocratização, depois da ditadura do Estado Novo. Se era para ir tão longe, por que não chegar a 1937, quando Getúlio institui a ditadura escancarada — a de 1930 a 1937, foi uma ditadura mascarada. Alguém poderia dizer: “É que houve uma anistia!” Ah, bom!!! E a de 1979? Não vale? Quer dizer que vamos recontar 42 anos de história do Brasil e vamos deixar um ditador asqueroso, como o primeiro Getúlio, fora da parada por causa de oito aninhos só?

Essa história de voltar a 1946 é uma máscara hipócrita para inverter os algarismos: querem mesmo é se fixar no período que começa em 1964, nesse joguinho do doce revanchismo. A anistia de Getúlio, que torturou muito mais do que o regime militar, vale porque, afinal, vocês sabem, ele é o “nosso” (deles) doce ditador. Já a dos militares… É evidente que se trata de revanchismo soft, liofilizado, aparentemente cordato. A depender da evolução do debate, encrua-se a história.

“Se até o chefes militares concordam, quem é você para discordar?” Eu? Alguém com o direito de discordar dos militares, ora essa! A ditadura acabou, não é mesmo?

É curioso que os petistas, que vivem de satanizar os adversários, tentando lhes cassar a legitimidade para fazer política, se mostrem dispostos a dividir essa “dádiva”, não é?

Comissão da Verdade? O terrorista Carlos Lamarca foi admitido no panteão dos heróis, com pagamento de indenização e até promoção post mortem. Assim, foi adotado pelo estado brasileiro como homem de bem. A Comissão da Verdade pretende contar a VERDADE sobre, por exemplo, o assassinato covarde, com incríveis requintes de crueldade, do tenente Alberto Mendes Júnior, da Polícia Militar de São Paulo, comandada por aquele doce facínora? Contará a verdade sobre as 119 pessoas assassinadas (nomes, circunstâncias e assassinos aqui) pelos terroristas de esquerda?

Pois eu acho que não!

“Ai, como o Reinaldo é reacionário e direitista!” Sou, é? Acho bastante progressista, numa democracia, o respeito às leis. E o país aprovou uma Lei da Anistia. Essa é a questão de fundo. E há um outro aspecto importantíssimo, central mesmo: essa gente gosta de mistificar seu heroísmo passado para justificar suas lambanças presentes. Ao se fazerem de vítimas e de grandes paladinos da democracia, tentam justificar seus crimes de hoje.

Ah, sim: é bobagem me ofender. Já conheço todos os insultos. Quero argumentos convincentes, que não fiquem no puro proselitismo vitimista.

Por Reinaldo Azevedo

NÃO PODIA SER DIFERENTE...

Resolveram soltar os cachorros contra o voto distrital.

Os escribas a soldo e os cachorros loucos do governismo já se mobilizaram contra o voto distrital.

Vocês sabem o que isso significa: a idéia é boa!

Eles querem a manutenção do atual sistema — ou piorá-lo: este em que gente que não foi eleita por ninguém assume uma vaga na Câmara e em que os deputados são meros procuradores de corporações de ofício ou de lobbies organizados.

Querem um Parlamento que continue a não representar a vontade da população e que não pode ser controlado por ninguém.

ASSINE
“Eu Voto Distrital”.

Os autoritários começaram a se incomodar. Um bom sinal.

Por Reinaldo Azevedo

UM CHEIRO ESTRANHO


Carta de embaixador dos EUA mostra preocupação com corrupção no governo Lula. Documento de diplomata americano foi revelado pelo site WikiLeaks esta semana.

A diplomacia americana considera que a corrupção durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva era "generalizada e persistente" e atingia todos os Três Poderes.

A avaliação foi revelada em uma carta enviada há um ano e meio pelo embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Thomas Shannon, ao procurador-geral americano, Eric Holder.

Na carta, que servia como uma preparação para a visita de Holder ao Brasil, Shannon fez ainda um raio X da Justiça brasileira, acusando-a de "despreparada" e "disfuncional". O documento foi revelado esta semana pelo WikiLeaks.

Essa não é a primeira revelação sobre os comentários da diplomacia americana sobre a corrupção no Brasil. Documentos de 2004 e 2005 revelaram a mesma preocupação e mesmo o risco de os escândalos do mensalão acabarem imobilizando o governo.

Mas o que fica claro é que, mesmo no último ano do governo Lula, a percepção americana não havia mudado sobre a presença da corrupção na administração. E o fenômeno não se limitaria aos Três Poderes.

Segundo Shannon, as forças de ordem também seriam prejudicadas por "falta de treinamento, rivalidades burocráticas, corrupção em algumas agências e uma força policial muito pequena para cobrir um país com 200 milhões de habitantes".

Outra constatação da diplomacia americana foi sobre os problemas enfrentados pela Justiça no Brasil.

"Apesar de muitos juristas serem de alto nível, o sistema judiciário brasileiro é frequentemente descrito como sendo disfuncional, permeado por jurisdições que se acumulam, falta de treinamento, burocracia e atrasos", escreveu o embaixador.

Para Shannon, "polícia, procuradores e juízes precisam de treinamento adicional" no Brasil. "Procuradores e juízes, em especial, precisam de treinamento básico para ajudá-los a caminhar em direção a um sistema acusatório mais eficiente", escreveu.

Jamil Chade / CORRESPONDENTE / GENEBRA
- O Estado de S.Paulo - 09/setembro/2011

O TIOZINHO DA UNE ESTÁ POR FORA!

O tiozinho da UNE, o tal Daniel Iliescu, afirmou que dá a maior força para as manifestações contra a corrupção e que, se for convidado, pode até paticipar…

É mesmo, é? Convidado? Quer tapete — vermelho, claro! —, champanhe e caviar?

Não tem essa, não, rapaz! Você não está ligando o nome à coisa porque está acostumado a presidir um aparelho em que ainda vigoram ELEIÇÕES INDIRETAS!

Convidado, creio, não será porque isso faria supor que há um comando para fazer o convite. Se quiser, apareça por lá. Mas sem direito a discurso.

Ou terá de explicar o que a UNE fez com os R$ 10 milhões repassados nos últimos anos pelo governo federal e que destinação pretende dar ao mega-empreendimento imobiliário de 13 andares, que custará a baba de mais R$ 40 milhões.

O tiozinho da UNE está por fora!

Por Reinaldo Azevedo

PRESIDENTE DA OBA DIZ QUE "PAÍS PRECISA É DE VERGONHA NA CARA"


O presidente da OAB, Ophir Cavalvante, fez na manhã desta quarta-feira um discurso de militante no protesto contra a corrupção. Ophir defendeu que os brasileiros se engajem em ações contra a corrupção e a impunidade e usou um bordão do presidente do Senado, José Sarney.

- Brasileiros e brasileiras, sem querer parodiar qualquer político, o que esse país precisa é de vergonha na cara. O povo não tolera mais a corrupção e nem os políticos que fazem da vida pública uma extensão dos seus interesses privados. A indignação é geral em todo país. O povo tem que ir para as ruas. Hoje é o dia de dar o grito da independência: chega de corrupção – disse Ophir, em discurso no carro de som na concentração da Marcha Contra a Corrupção.

Ele afirmou ainda que o dinheiro público está indo para o ralo da corrupção, e, por essa razão, a "miséria descampa" no país.


- O povo tem que ir para a rua como foi nas Diretas Já, no impeachment de (Fernando) Collor. Temos que ser protagonistas e não coadjuvantes. Ladrão tem que ir para cadeia – afirmou o presidente da OAB. O Globo Online

CADÊ O LULA?!


Duas acusações de corrupção no mesmo dia e ninguém chama o Lula nas travas.

Em documento oficial, enviado para o governo americano em 2009, Thomas Shannon, o embaixador no Brasil, identificava uma "corrupção generalizada e persistente" no governo Lula, que vinha desde 2005 e que teve o seu ápice no mensalão.

Os documentos foram revelados pelo WikiLeaks.
Ontem, Marcos Valério, o testa-de-ferro do PT, estranhou a ausência de Lula no processo do mensalão, já que ele foi o maior beneficiado por todas as tramóias e falcatruas.
Condená-lo,argumentou o advogado, seria dar “importância desmedida” ao “simples operador intermediário”.

Trata-se, diz ele, de “raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano, alguns, inclusive,de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio ex-presidente Lula”.

Não há dúvida alguma que o grande responsável pela escalada da corrupção no Brasil se chama Luiz Inácio Lula da Silva, o agora palestrante que cobra U$ 200 mil de empresas favorecidas em seu governo com empréstimos do BNDES, contratos públicos e até mudanças de leis.

O único problema é que oito ministros do STF foram indicados por ele, inclusive aquele que arrasta o processo do mensalão por causa de uma dor nas costas.

O PASSADO COBRA


O movimento contra a corrupção que parece estar tomando forma em todo o país trouxe à baila novamente o interesse da opinião pública sobre o julgamento do mensalão, que deverá ocorrer no Supremo Tribunal Federal (STF) no início do próximo ano.

Nada pior para José Dirceu e os 36 outros réus do que revolver o assunto, pois não deu certo o ousado plano de tentar limpar a ficha dos mais importantes políticos envolvidos no processo.

Além do próprio Dirceu, que, reafirmado pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel, como o "chefe da quadrilha", aparece no meio de confusões políticas, o caso mais exemplar de tentativa de recuperação de imagem que deu errado é o do deputado federal João Paulo Cunha.

Nas suas alegações finais, o Gurgel chama a atenção para o fato de que Dirceu continua exercendo forte poder político no PT, e a exposição de seus encontros reservados com ministros e parlamentares, em um quarto de hotel de Brasília, explicita esse poder que torna factível a posição de "chefe da quadrilha".

Já a indicação de João Paulo Cunha para presidir a comissão especial do novo Código Civil escandalizou a opinião pública e provocou constrangimentos no ministro do Supremo Luiz Fux, um dos que vão julgá-lo.

Ele e o deputado Eduardo Cunha, que seria o relator da comissão, tiveram que ser vetados pela reação negativa que suas indicações provocaram.

Também os escândalos em que está metido o cacique do PR Valdemar Costa Neto mostram que os envolvidos no caso do mensalão não perderam o vício.

As alegações finais de alguns envolvidos também trouxeram à tona momentos históricos que poderiam ter sido decisivos, como o depoimento do publicitário Duda Mendonça na CPI dos Correios, reafirmado agora ao STF.

Naquela ocasião, o marqueteiro da campanha presidencial de Lula em 2002 admitiu que recebeu pagamento do tesoureiro Delúbio Soares em contas no exterior, o que caracterizava no mínimo o uso de caixa dois na campanha presidencial.

O relator da CPI dos Correios, deputado Osmar Serraglio, definiu a certa altura do depoimento do publicitário Duda Mendonça o núcleo do que estava em jogo: o fato de parte da campanha eleitoral de 2002 ter sido financiada por dinheiro ilegal colocaria em xeque a legalidade de várias eleições, inclusive a do próprio presidente Lula e, mais que isso, a higidez de nosso sistema democrático.


A revelação de que o pagamento do equivalente a cerca de R$ 10 milhões fora feito no exterior para uma empresa de Duda Mendonça, com dinheiro saído de contas de vários bancos pelo mundo, provocou choro e ranger de dentes entre os petistas, e muitos deles foram ao púlpito da Câmara e do Senado para pedir desculpas ao povo brasileiro.

Estava criado naquele momento um clima propício ao pedido de impeachment de Lula, que só não aconteceu porque houve muitas negociações nos bastidores.

Sabe-se hoje que dois dos principais ministros na ocasião, Antonio Palocci e Marcio Thomaz Bastos, foram ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso propor um acordo: a oposição não pediria o impeachment de Lula, e este se comprometeria a não se candidatar à reeleição.

A decisão política da oposição não se deveu apenas a essa proposta, que não chegou a ser fechada num acordo político consequente, mas também pela avaliação equivocada de que Lula estava ferido de morte e não conseguiria se reeleger de qualquer forma.

Houve também quem temesse a reação dos chamados "movimentos sociais" em defesa do mandato de Lula. O resto é história, que deu a Lula a chance de se recuperar politicamente e nem mesmo aparecer entre os acusados do mensalão.

O principal acusador do esquema, o ex-deputado Roberto Jefferson, que também continua tendo poderes no PTB mesmo cassado, na ocasião sempre fez questão de afirmar que Lula não sabia de nada e chegou a recomendar que Dirceu pedisse demissão da chefia do Casa Civil "para não envolver um homem de bem", referindo-se ao presidente Lula.

Talvez arrependido de ter blindado Lula na ocasião, ou apenas para tumultuar o processo, Jefferson questiona nas alegações finais o fato de o procurador-geral da República ter deixado de denunciar o presidente da República.

"Qual a razão de o ilustre acusador ter deixado de denunciar aquele que, por força de disposição constitucional, é o único que no âmbito do Poder Executivo tem iniciativa legislativa, o presidente da República, para somente acusar três de seus auxiliares, ministros de Estado, que iniciativa para propor projetos de lei não têm?"

Também o publicitário Marcos Valério, cérebro da operação financeira do mensalão, tenta colocar Lula no processo.
Afirma a certa altura, seu advogado, nas alegações finais: "É raríssimo caso de versão acusatória de crime em que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano, alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na narrativa, como o próprio ex-presidente Lula."

Dificilmente o pedido será aceito, pois no processo original não existe qualquer referência a Lula, embora, na mesma situação, o ex-governador mineiro, hoje deputado federal, Eduardo Azeredo tenha sido incluído pelo próprio Supremo, e pelo mesmo relator, o ministro Joaquim Barbosa, como coautor do chamado "mensalão mineiro".

Merval Pereira, O Globo

PASSE LÁ EM CASA... NA SOMÁLIA


TAPEAÇÃO CULTURAL E ALIMENTÍCIA

"A Fundação Cultural Palmares está organizando show musical, no mês que vem, para obter alimentos e ajudar a combater a fome na Somália. O presidente da entidade, Eloi de Araújo já obteve a adesão de Carlinhos Brown." (O Globo, pág. 3)

A Fundação Cultural Palmares, grande defensora dos oprimidos, prepara uma festinha musical para ajudar os negros... que vivem na Somália.

Como se trata de uma entidade pública brasileira, vinculada ao Ministério da Cultura desde 1988, sugerimos que, ao invés de se mostrar tão lindamente solidária com o povo de outro país, se mostre competente, ao menos em relação ao seu país de origem.












Embora dê para ouvir PASSE EM CASA (Tribalistas) no youtube, parece que a música foi bloqueada por direitos autorais para ser colocada em blogs ou sites. Portanto, aí vai uma piadinha de fim de página:
Cuidado com a Verdade
O candidato a um cargo importante ficou muito irritado com as referências feitas a seu respeito por um jornal local. Irrompeu pela sala da redacção e exclamou:
— Sabem muito bem que tudo o que escreveram é mentira!
— Não tens razões de queixa, argumentou o chefe da redação. — Imagine se nós disséssemos a verdade!

SE A EMPULHAÇÃO É INEVITÁVEL...


O PSDB 'seria' contra a recriação da CPMF. Porém, como não tem votos suficientes para impedir o retorno de mais essa empulhação, caso ocorra, alguns já estudam algumas 'propostras indecorosas' para também se aproveitar, na base do que """já que é inevitável, relaxa e goza""". Desculpa dos PSDBista: "Temos que evitar que seja mais uma receita para a União a ser disputada de joelhos por estados e municípios".

Asim, vão acabar chamando a Marta para seu lado. Ainda mais agora, com Dilma na Presidência.


Comentário de Augusto Nunes em OS OLHOS NÃO MENTEM: Na primeira foto, Marta Teresa Smith de Vasconcelos Suplicy contempla Dilma Rousseff com o olhar enviesado de granfina quatrocentona que virou copeira. Na segunda, Dilma Vana Rousseff devolve a água a Marta Suplicy com o olhar superior de quem virou patroa de granfina quatrocentona.

É nisso que dá: Marta é filha de um barão e neta de um industrial. Se formou em Psicologia e fez programa televisivo. Ajudou a criar um partido; foi deputada; se tornou prefeita da cidade de São Paulo, sem conseguir a reeleição; passou para o cargo de ministra do Turismo (deveria ter sido ministra de um ministério que ainda não foi criado, o ministério do Sexo); tentou voltar à prefeitura de SP sem conseguir; foi eleita senadora.

Bem, depois de tudo isso, para se manter na política, aparece na foto com um olhar pretencioso que não combina com a atuação de copeira. E muito menos com arrogância, qualidade característica de quem se preocupa mais em mostrar o que nunca foi, esteja onde estiver ou venha de onde vier.


Enquanto isso...
os parlamentares, de quaisquer partidos, continuam, lambuzados.

E ainda pretendem que nós limpemos sua nojeira.

casa da mãe joana