"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



segunda-feira, 16 de julho de 2012

CAVENDISH É A DILMA DA CPI

Em chegando lépido e faceiro na CPI do Cachoeira, Fernando Cavendish - unha e carne com Cabral dos Guardanapos - jogará toda a culpa num diretor qualquer da Delta Construções.

Uma coisa tipo assim o que Dilma Vana fez com os seus oito ou dez, ou doze ministros que meteram a mão por baixo dos panos e que ela fingiu que varreu para debaixo do tapete.

Nesse país, sempre quem paga o pato é o cara que não foi convidado para o banquete.


16 de julho de 2012
sanatório da notícia

TATTO METE A MÃO: QUER IMPEACHMENT DE PERILLO PÚBLICO No. 1

O líder do PT na Câmara defende o impeachment de Marconi Perillo em Goiás. O apagado deputado Jilmar Tatto (SP) - que ninguém conhecia antes de ser porta-recados do governo - disse ser contrário a uma nova convocação do governador de Goiás para falar à CPI da Cachoeira: "Para quê? Para dar o showzinho dele?"- pergunta com olhar inteligente o intransigente mensageiro que é pelo menos e na melhor das hipóteses um grave erro de ortografia - onde já se viu escrever Gilmar com "J"? Só na cartilha do MEC dos tempos de Fernando HahHaHaddad que ensinava estar certo "nós pega os peixe".



A gente tamos com ele. Pra quê mesmo?!?

Corta logo esse cara da vida pública.

Faz com ele o que não foi feito com Lula em 2005 quando Zé Dirceu era - de acordo com a denúncia do Ministério Público - o "chefe da quadrilha" dos mensaleiros ao mesmo tempo em que chefiava a Casa Civil da Presidência da República. Esse tucano é um Perillo à solta. Tem mais é que ir pro espaço antes que a vaca tussa. Ou o Carlinhos Cachoeira acaba saindo antes da cadeia
16 de julho de 2012
sanatório da notícia

ANGELA MERKEL DESAUTORIZA TRIBUNAL QUE PROIBIU CIRCUNCISÃO NA ALEMANHA

Cristo, ao contrário do que pensam muitos cristãos, não era cristão. Era judeu. E como tal foi circuncidado. O que gerou uma grave dúvida entre os teólogos da Idade Média. Ao subir aos céus em corpo e alma, seu sagrado prepúcio teria ficado na terra?

Corria o ano da graça de 1351. Uma grave discussão tomou conta das mentes da época, o prepúcio de Cristo. A discussão de fundo, em verdade, era outra. Em Barcelona, um guardião franciscano levantou a tese, em um sermão público, que o sangue versado pelo Cristo durante a Paixão havia perdido toda divindade, havia se separado do Verbo e ficado na terra. A proposição era nova e de difícil demonstração. Nicolas Roselli, inquisidor de Aragon, aproveitou a vaza para atacar os franciscanos, que detestava, e a transmitiu a Roma. O cardeal de Sainte-Sabine, sob as ordens de Clemente VI, escreveu que o papa havia recebido com horror esta odiosa asserção.

Sua Santidade, tendo reunido uma assembléia de teólogos, combateu em pessoa esta doutrina e conseguiu que fosse condenada. Os inquisidores receberam em todos os lugares a ordem de abrir os procedimentos contra aqueles que tivessem a audácia de sustentar esta heresia. O triunfo de Roselli foi completo. O infeliz franciscano barceloneta teve de negar sua tese, do alto da mesma cátedra em que a havia proferido.

Restou o problema do prepúcio. Segundo os franciscanos, o sangue do Cristo podia ter ficado na terra, pois o prepúcio extirpado durante a circuncisão havia sido conservado na igreja de Latrão e era venerado como uma relíquia sob os olhos do próprio papa e do cardeal. Um século transcorreu quando, em 1448, o franciscano Jean Bretonelle, professor de teologia da Universidade de Paris, submeteu a affaire à faculdade. Uma comissão de teólogos foi nomeada. Após sérios debates, tomou uma decisão solene, declarando não ser contrário à fé crer que o sangue vertido durante a Paixão tivesse ficado na terra. De inhapa, estava resolvida também a questão do prepúcio.

Os cristãos hoje não são circuncidados graças ao apóstolo Paulo. Para Pedro, também os gentios deviam obedecer à lei mosaica e, portanto, serem circuncidados. Paulo, homem viajante, logo percebeu que não poderia impor a tribos distantes não só a circuncisão, como também os preceitos culinários que identificam os judeus. O que gerou o chamado Incidente de Antióquia.

Diz Paulo em Gálatas 2:11 e seguintes:

Quando, porém, Cefas (Pedro) veio a Antióquia, resisti-lhe na cara, porque era repreensível. Pois antes de chegarem alguns da parte de Tiago, ele comia com os gentios; mas quando eles chegaram, se foi retirando e se apartava deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimularam com ele, de modo que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando eles chegaram, se foi retirando e se apartava deles, temendo os que eram da circuncisão. E os outros judeus também dissimularam com ele, de modo que até Barnabé se deixou levar pela sua dissimulação. Mas, quando vi que não andavam retamente conforme a verdade do evangelho, disse a Cefas perante todos: Se tu, sendo judeu, vives como os gentios, e não como os judeus, como é que obrigas os gentios a viverem como judeus?

Na Epístola aos Romanos, 4:29, Paulo já via a necessidade de fugir à ortodoxia hebraica quando tratava com estrangeiros:

É porventura Deus somente dos judeus? Não é também dos gentios? Também dos gentios, certamente, se é que Deus é um só, que pela fé há de justificar a circuncisão, e também por meio da fé a incircuncisão.

Os gentios foram liberados da circuncisão, e este é um dos tantos sinais que naquele momento estava surgindo uma cisão no judaísmo, que gerou o cristianismo. Os judeus, no entanto, perseveraram no cumprimento estrito da lei mosaica. Não por acaso, Paulo foi entregue aos romanos e por pouco escapou da morte, por ter levado ao templo o incircunciso Trófimo de Éfeso.

Comentei há pouco a decisão de um tribunal do distrito de Colônia, Alemanha, de declarar a remoção do prepúcio por razões religiosas como lesão intencional e, portanto, ilegal. "O direito de uma criança a sua integridade física supera o direito dos pais", afirma a decisão. Na ocasião, manifestei a dúvida de que os alemães conseguissem proibir uma tradição milenar judaica.

Dito e feito. Sexta-feira passada, o jornal britânico The Guardian noticiava que um porta-voz da chanceler Angela Merkel prometeu às comunidades judaica e muçulmana que ambas estarão livres para realizar a circuncisão em crianças, apesar da uma proibição judicial do tribunal de Colônia. O governo disse que iria encontrar uma maneira de contornar a proibição. "Para todo mundo no governo é absolutamente claro que queremos ter vida religiosa judaica e muçulmana na Alemanha", disse o porta-voz de Merkel, Steffen Seibert. "A circuncisão realizada de forma responsável deve ser possível neste país sem punição."

Ainda há pouco, falando sobre os muçulmanos, Merkel declarou que os alemães já deviam ter percebido há muito tempo quanto a imigração vem mudando o país e que eles precisam se acostumar com a existência de mais mesquitas em suas cidades. Até aí, isto se chama liberdade de culto. O problema é que as mesquitas são centros de doutrinação, nos quais os mulás pregam a insubmissão às leis do país que os acolhe.

A Alemanha, que já vinha abrindo as pernas para o Islã, agora desautoriza uma corte judicial alemã, para não descontentar muçulmanos e judeus.

janer cristaldo
16 de julho de 2012

UMA PISTA PARA A ORIGEM DOS EMAILS


          Artigos - Direito 
Recebemos do leitor Cristiano Goulart Schülter a seguinte mensagem, que pode lançar alguma luz sobre o caso Jean Wyllys.

Por favor, peço que levem este fator em consideração:
Existe um grupo de trolls virtuais extremistas denominados "sanctos" cuja especialidade é a de usurpar discursos e identidades alheias para atacar todos os representantes da direita, manchando suas reputações. São pessoas com sérios problemas psicológicos.

Foram eles os responsáveis pelo encerramento das atividades de um antigo blogueiro de direita chamado Silvio Koerich. Os sanctos se identificavam como sendo ele, e adotando discursos parecidos e distorcendo-os para extremos, enganando todo mundo e atraindo a atenção da polícia, desmoralizando-nos.

É a turma associada do atualmente preso engenheiro Emerson Eduardo Rodrigues (de Curitiba), que foi detido em março por suas apologias à pedofilia, racismo, estupro, e outras aberrações.
Foram eles que ameaçaram o Jean Wyllys de morte naquela época também.

O trabalho deste grupo de trolls, consiste em unicamente acabar com a reputação dos representantes da direita conservadora no Brasil. Eram eles que mantinham um blog de apologias às referidas aberrações somados à discursos de ataques à esquerda.
É assim que eles trabalham, em cima de associações. Eles parasitam um determinadon discurso, e fazem o inimigo pensar que é você.

Peço que não desconsiderem esta possibilidade, e que caso seja preciso, que levem ao conhecimento da polícia para que averiguem possíveis ligações.

Grato.
Cristiano Goulart Schülter


Como o nosso editor executivo Edson Camargo escrevesse ao remetente pedindo confirmação, recebemos dele esta segunda mensagem:

Caro Edson,
Pode divulgar sim. Como diz-se na gíria, "dou minha cara pra bater.". Mesmo que, por uma hipótese, tudo tenha sido uma coincidência absurda e de que não haja ligação alguma com esta turma, todos os sites de direita estão expostos ao perigo destes hackers extremistas.

As informações e o estado de coisas que descrevi no primeiro e-mail são verídicos. Estes "sanctos", foram responsáveis pelo fechamento do blog do Silvio Koerich, e do fórum "Homens Honrados" (ambos direitistas).

Tudo baseado em associações indevidas, roubos de identidades virtuais, calúnias.... descredibilizando assim, os direitistas perante ao público. Os sanctos caracterizam-se por defenderem estupro, pedofilia, massacres em colégios, morte de esquerdistas, racismo, morte à gays, anti-patriotismo, nazismo, e costumam escrever constantemente palavras em latim. E são como camaleões.... associam-se habilmente à pessoas e sites conforme seus interesses.
De uma maneira tão filha da puta que chega à um ponto que as pessoas não acreditam mais em você. Não sabem mais o que é verdade ou mentira.

Estão usando o Jean Wyllys e os direitistas há um bom tempo. Há toda uma arquitetação para criar uma tensão proposital, de uma tal maneira que a direita sempre fique desmoralizada.

Embora dois integrantes deste grupo estejam na cadeia, os demais continuam ativos (provavelmente em comunidades do Orkut. Costumam parasitar comunidades anti-feministas, machistas, misóginas, e de black-metal).
Tais informações e nomes relacionados ao primeiro e-mail estão disponíveis às pesquisas no Google.

Escrito por Editoria MSM

NA JUSTIÇA, SÓ QUEM CUMPRE PRAZOS SÃO OS ADVOGADOS. OS JUÍZES NEM LIGAM PARA ISSO

A verdade é que os integrantes da Justiça não admitem seus erros. Parece mais fácil denunciar o advogado, a petição ou o recurso.
O fato é que, se o advogado demorar, perde o prazo e a própria ação. Se retiver o processo, ganhará multa, além de denúncias à Polícia Federal e à Ordem dos Advogados do Brasil.

Quanto ao juiz, não há como puni-lo. E dos que tentam, já respondeu a ministra Eliane Calmon, “apenas 3% obtém êxito”.
Muitos perguntam: então, por que será que os juízes se empenham tanto em propor leis que posteriormente serão submetidas a seu julgo?
A resposta é óbvia.

Roberto Monteiro Pinho
16 de julho de 2012

A IMPRENSA CRÍTICA NO BANCO DOS RÉUS

Mais que inocentar os réus, o arsenal do PT na “Batalha do Mensalão” está direcionado para vencer a “Guerra da Imprensa”.

Se os réus do Mensalão serão condenados ou absolvidos a gente não pode saber. Só pode arriscar palpite. Mas é certo que a imprensa crítica, que revelou os crimes, será condenada pela máquina de propaganda do PT, seja qual for a sentença do Supremo Tribunal Federal.

Não há manifestação de líderes, evangelizadores e arautos do partido sobre o Mensalão que não contenha a acusação de que se trata de uma “armação da mídia”.

E junto vai a conclamação ao combate à “imprensa golpista”. Isso compõe, de forma mais ou menos explícita, conforme a ocasião, a cantilena petista desde remotos pronunciamentos de Lula e Rui Falcão até as ameaças de mobilização da militância feitas agora por José Dirceu e o velho e o novo presidentes da CUT, Arthur Henrique e Vagner Freitas.

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CADÁVERES POLÍTICOS

Caso ocorra absolvição dos réus pelo STF, a sentença será transformada pelo PT em troféu da guerra política, em suposta prova de que o Mensalão não existiu, de que tudo foi inventado pela “imprensa golpista”.

Caso o tribunal condene os acusados, terá sido um julgamento político, uma farsa que levou os ministros a julgar sob pressão, um trial by the media, como quer fazer crer o ex-ministro Thomaz Bastos. Também neste caso a culpa será da “imprensa golpista”, que não só teria inventado o Mensalão como teria forçado o Supremo a condenar os acusados.

Mais que inocentar os réus, o arsenal do PT na “Batalha do Mensalão” está direcionado para vencer a “Guerra da Imprensa”. Afinal, o que são mais alguns cadáveres políticos para um partido que já deixou tantos no caminho?
Nesse ponto da luta política no Brasil, o que parece interessar mais que tudo ao partido é calar os setores da imprensa que teimam em praticar o jornalismo e seguem veiculando notícias, comentários e opiniões que desagradam o governo e podem dificultar suas metas eleitorais e a vontade de comandar o país sem crítica nem oposição.

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BOTA, MESADA E PROPAGANDA


Não levar na devida conta esse objetivo estratégico é uma desatenção política grave que pode custar caro à sociedade brasileira.
O PT já domina praticamente tudo e todos no Brasil, seja pelo peso da bota do estado, seja pela mesada ou pela propaganda maciça. Além do governo federal e de governos estaduais e municipais, o partido controla o Congresso Nacional e a maior parte dos partidos, sindicatos e movimentos sociais.

Exerce forte influência no sistema de ensino e na produção artística. Mesmo governadores, prefeitos e parlamentares de oposição estão submetidos à ditadura das verbas e das emendas orçamentárias. A interferência no Poder Judiciário cresce na medida em que juízes mais antigos vão sendo substituídos nos tribunais superiores por outros escolhidos pelo partido.

Negar a existência do Mensalão, atribuindo o processo a uma invenção da imprensa, é a versão tropicalizada da negação do Holocausto.

Grande parte da imprensa também está sob domínio do PT. São redes, emissoras, portais e publicações dos governos, dos caciques da base aliada e das organizações sociais controladas, os veículos chapa branca e os blogueiros de aluguel.

O que ainda resta de imprensa crítica no Brasil representa, portanto, uma das derradeiras linhas de resistência democrática contra desmandos, corrupção, impunidade e impulsos autoritários.

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MENTIRA REPETIDA

Negar a existência do Mensalão, atribuindo o processo a uma invenção da imprensa, é a versão tropicalizada da negação do Holocausto. A lógica é a mesma nos dois casos. Não valem as imagens, os documentos, os depoimentos e as confissões.
Nada disso convence nem envergonha gente como Ahmadinejad e outros lunáticos que negam o Holocausto. Aqui, não falta nem faltará gente motivada a apregoar a negação do Mensalão, sejam políticos, advogados, sindicalistas, professores, artistas, jornalistas e amigos do poder em geral.

A mentira repetida acaba colando, ao menos pelo tempo necessário para emprestar falsa solidariedade aos réus e, talvez, para ganhar mais uma eleição. Dizer que o Mensalão não existiu pode ser um argumento grotesco, sem qualquer utilidade para convencer os juízes do STF.

Mas interessa ao PT para aumentar a pressão contra veículos e jornalistas que não estão sob seu controle. Para os estrategistas do partido, isso vale muito mais que inocentar os companheiros acusados.

Altamir Tojal

O PAGAMENTO DO TRIBUTO DINAMARQUÊS

No segundo semestre do ano passado, quando a primeira onda de ataques especulativos contra o sistema do euro estava ocorrendo, destaquei o peculiar status de santuário da Dinamarca, que era capaz de solicitar empréstimos a juros muito mais baixos do que países aparentemente comparáveis da zona do euro, como a Finlândia, por mais que a moeda dinamarquesa tenha seu câmbio atrelado ao euro. Argumentei que isto refletia a flexibilidade adicional que a Dinamarca desfruta por ter sua própria moeda; por mais que não haja a intenção de imprimir dinheiro para financiar o governo, o fato de que isto seria possível diante de um aperto de liquidez parece valer muita coisa.

A primeira onda de ataques perdeu força depois que o BCE começou a emprestar grandes somas a bancos tendo a dívida soberana como garantia, uma forma indireta de comprar a dívida em si. Isto deu ao euro mais 7 meses, que foram desperdiçados pelos líderes europeus. E agora estamos de volta à crise – e o status de santuário da Dinamarca é ainda mais extremo.

Extremo? Os juros nominais são agora negativos! O banco central cobra dos bancos particulares 0,2% para ficar com seus depósitos, e os juros sobre a dívida do governo com vencimento em 2 anos são de -0,23%.

A primeira coisa que devemos indagar é por que ninguém opta em vez disso por manter sacos e mais sacos de dinheiro na tentativa de chegar ao menos a um rendimento igual a zero. Creio que a resposta deve estar no custo do armazenamento – o custo de alugar um cofre para guardar tanto papel, e também o risco de os ratos devorarem tudo ou algo do tipo. Estes custos não podem ser grandes, mas parecem ser suficientes para tornar possível um rendimento negativo.

A outra pergunta diz respeito ao rendimento dinamarquês, que é ainda mais baixo do que o rendimento dos títulos da Alemanha. Não sei se alguém realmente pensa que a Alemanha poderia enfrentar um aperto de liquidez – qualquer situação na qual algo deste tipo pudesse ocorrer seria também uma situação na qual o euro seria coisa do passado e a Alemanha teria sua própria moeda novamente. Mas talvez não; além disso, talvez alguém esteja preocupado com a possibilidade de a Alemanha ter de desembolsar muito dinheiro para salvar o euro.

Seja como for, aquilo que está ocorrendo na Dinamarca é indício do quanto a crise do euro é grave – tão grave que as pessoas se mostram dispostas a pagar para ter seu dinheiro guardado em outro lugar.

PENSAMENTO DO DIA

"LIVRE PENSAR É SÓ PENSAR" (MILLÔR FERNANDES)



Como são admiráveis as pessoas que nós não conhecemos bem.

16 de julho de 2012

CARDOSO: BRASIL PIERDE INFLUENCIA POR SECUNDAR A CHÁVEZ

 Brasil está perdiendo influencia en la región, aseguró el expresidente de ese país, el socialdemócrata Fernando Henrique Cardoso en declaraciones dadas en Nueva York a la revista Veja. "Antes, teníamos una influencia no discutida, automática y no anunciada", dijo Cardoso en la entrevista de Veja difundida el 15JUL12.

fernando henrique cardosoPara Cardoso, la pérdida de influencia de Brasil en Suramérica responde a la actitud complaciente hacia Hugo Chávez seguida por la política exterior de los gobiernos de Lula da Silva y Dilma Rousseff.

Cardoso calificó a Chávez como "otro polo de influencia" regional al cual el gobierno de Brasil prefiere no contraponerse. "Ahora con Hugo Chávez en Venezuela se creó otro polo de influencia, tengo la impresión de que Brasil no quiere contrarrestarlo, es como si fuéramos la misma familia, él es mi primo, es medio zurdo, preferiría que no fuera, pero es mi primo. Brasil se reprime en tomar decisiones para no ser percibido como alguien que salió de la familia".
Cardoso fue consultado sobre el cambio de gobierno paraguayo por la destitución de Francisco Lugo, la expulsión de Paraguay de los mecanismos de decisión del Mercosur y el ingreso de Venezuela.

"Faltó diplomacia, pero no sólo brasileña. De todo el mundo. Si yo hubiera podido intervenir, hubiera aconsejado evitar la destitución faltando diez meses para el fin del gobierno. La acción en Paraguay fue muy rápida lo que es políticamente inconveniente, pero no fue ilegal".

Sobre el caso de Venezuela y el Mercosur calificó como "grave" la forma como se decidió el ingreso. "Fue grave la entrada de Venezuela al Mercosur. Estoy a favor de Venezuela en el Mercosur pero tenía que haber cumplido el requisito básico de adoptar el arancel externo común".

La imagen corresponde al acto de recibimiento del premio John W. Kluge, el 10JUL12, en la Biblioteca del Congreso en Washington, EEUU.

16 de julho de 2012
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BRASIL PLANEA EXPORTAR INSECTOS PARA CONSUMO HUMANO


Comida para humanos elaborada con insectos es la propuesta de una empresa brasileña.


Tal vez usted lo resista pero quizás sus nietos se van a aficionar a los insectos en su dieta diaria. A eso está apostando el brasileño Luiz Otávio Pôssas quien se basa en predicciones del a Organización de las Naciones Unidas para la Agricultura y la Alimentación (FAO). Según la FAO, en el año 2050 los insectos habrán entrado en la dieta de los humanos para cubrir la demanda de proteína animal.

"Cuando yo era joven la gente encontraba absurdo el hábito japonés de comer pescado crudo. Ese prejuicio ya no existe".
La empresa Nutrinsecta, basada en el estado de Minas Gerais, produce insectos para consumo animal y está preparándose para entrar en el mercado de comida para humanos. Quienes visitan su planta, en la población de Betim, pueden degustar insectos cubiertos con chocolate, el primero de los productos diseñados por chef contratados para ese propósito. Ya han sido desarrollados los proyectos de platos tales como insectos empanizados o mezclados con macarrones.
Grillos, gusanos, cucarachas y moscas forman parte de la producción que aguardan por un permiso del Ministerio de agricultura para su venta al consumo humano.


El ingeniero zootecnista Gilberto Schickler (foto arriba), socio en Nutrisecta y encargado de la producción, asegura que los visitantes a la planta ya piden para probar los productos para humanos. Considera que la empresa ya tiene un mercado potencial en más de cien países donde en normal el consumo de insectos.
Según un reportaje de Tatiana Freitas del diario Folha de Sao Paulo, los precios aún no son competitivos. La empresa que mercadea sus productos desde su página en internet, vende en R$200 (poco menos de US$100) el kilo de sus insectos, mientras un kilo de carne vacuna de primera (picanha) se puede adquirir entre R$ 40 y R$ 50 al detal en la capital paulista.

16 de julho de 2012
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GOBIERNO SÍRIO BOMBARDEA SUA CAPITAL

Foto del dia

    El jueves 12JUL12 se produjo una matanza en la pequeña población siria de Treimse. Los observadores de la ONU lograron llegar al sitio el sábado y la prensa pudo tomar imágenes.

La gráfica principal, del fotógrafo Leal Olivas, muestra el estado de una vivienda tras el bombardeo y posterior asalto del pueblo situado en la provincia de Hama, por parte de las fuerzas del gobierno sirio de Bachar El Assad. Las bajas de civiles se contabilizan en varias centenas de muertos.
El domingo 15JUL se reportó el ataque con morteros a barrios de Damasco por parte de fuerzas oficiales. Columnas de humo se podían observar en la capital siria en imágenes del canal Al Jazeera.

16 de julho de 2012
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O SEU VOTO PRECISA FAZER A DIFERENÇA!


Quando vejo as pessoas indignadas pelas ruas ou nas redes sociais a respeito desta ou daquela atitude (ou falta dela) de alguns políticos, imediatamente surgem algumas perguntas em meus pensamentos: “você se lembra em quem votou na última eleição? Se lembra do motivo que levou a votar neste ou naquele candidato? Você está cobrando do seu candidato a respeito do cumprimento de suas promessas?”
Nunca fiz estas perguntas a quem quer que fosse, tenho medo de confirmar minhas suspeitas…
 
Nas ultimas eleições bateu à minha porta uma candidata muito sorridente, me entregou um panfleto e pediu meu voto de confiança, exatamente assim: ”voto de confiança”, imediatamente disse a ela: “a senhora tem ai o seu projeto, o seu planejamento?”. O sorriso sumiu dos lábios e ela rapidamente, e já saindo, disse: “trago depois”… Estou esperando até hoje!
 
Não voto em quem esconde o programa de governo; não voto em quem apoia o aborto, a eutanásia e não defende a vida; não voto em ateu ou em quem pratica religiões não cristãs; não voto em quem fica em cima do muro (os mornos serão vomitados, lembra?), não voto em quem suja a minha cidade pedindo votos, não voto em quem usa carro de som cedo ou tarde demais poluindo sonoramente a minha cidade, não voto em quem não respeita a lei eleitoral, não voto em quem oferece benefícios em troca de votos (isso é suborno) e acima de tudo não voto em quem não tem coragem de se mostrar como verdadeiramente é.
 
Pequenas atitudes falam muito! Se o cidadão não deixa a minha rua limpa, como poderei achar que ele não se sujará na lama da corrupção?
Olhos abertos! Quem abre os olhos pra andar, evita tropeços!
Podemos mudar o destino de nossas vidas se soubermos usar a arma que temos: o voto!
Quem diz que política e religião não se misturam é porque não compreendeu ainda que os políticos eleitos podem causar a perseguição de bons cristãos, podem destruir os valores familiares e trazer para o nosso País, o perigo de impor a vivência sem valores morais e sem Deus! Exagero? Não, realidade!
 
Quer um exemplo? Dou dois: Onde estão os crucifixos que até bem pouco tempo atrás existiam nas repartições públicas? O que vai ser feito, em nosso País, com crianças diagnosticadas com anencefalia?
Sabe quem determinou isso? Políticos que você e eu, elegemos ou permitimos que fossem eleitos.
 
Parafraseando Luther King, preocupo-me não com o que os corruptos, violentos e desonestos fazem, mas preocupo-me antes, com a falta de atitude e de voz dos que poderiam mudar tudo isso!
Pergunte, pesquise, não vote neste porque é engraçado ou naquele porque é bonito…seu voto é sua chance de dizer basta!
Pense nisso! Vote Certo!
 
16 de julho de 2012
Lana Cristina do Blog Dominus Vobiscum
 
in blog pedro da veiga

NAZISTA MAIS PROCURADO DO MUNDO É ENCONTRADO EM BUDAPESTE

O criminoso nazista mais procurado do mundo, Laszlo Csatary, de 97 anos (foto abaixo) - acusado de cumplicidade na morte de 15.700 judeus durante a Segunda Guerra Mundial - foi encontrado em Budapeste, na Hungria.

O anúncio foi feito neste domingo pelo diretor do escritório do Centro Wiesenthal em Israel.

Em 1944, Csatary foi comandante da Polícia Real na cidade de Kassa, na Hungria. A cargo de um gueto judeu, ele ajudou a organizar a deportação de cerca de 15.700 pessoas para Auschwitz.
Segundo documentos descobertos pelo Centro Simon Wiesenthal, no campo de concentração, ele batia em mulheres com um chicote que carregava em seu cinto e as obrigava a cavar valas no chão congelado com as próprias mãos.




 
Leia mais em Nazista mais procurado do mundo é encontrado em Budapeste

O Globo
16 de julho de 2012

SIMPLES E VELHA HONESTIDADE

Alijados da sociedade, catadores que devolveram dinheiro achado retiveram como bem imaterial um antimoderno sentido da honra


Quando a honestidade surpreende e dela se desconfia é porque alguma coisa essencial está mudando na sociedade. É o que incita à compreensão sociológica dessa reação, suas ocultações e seus significados no recente caso da devolução, ao dono de um restaurante, dos R$ 20 mil que lhe foram roubados.
O dinheiro fora achado por um casal de moradores de rua de São Paulo, o maranhense Rejaniel e a paranaense Sandra.

Já há um debate em relação ao suposto sentido do gesto dos dois moradores dos baixos de um viaduto do Tatuapé. Uns veem nele vontade de aparecer. Outros consideram trouxa o casal, pois "o achado não é roubado". Não poucos no gesto reconhecem a simples e velha honestidade, um valor de referência.
Aliás, é por meio dela que a sociedade se reproduz e se preserva, regula e organiza a vida de todos, dos bem-intencionados e dos mal-intencionados, dos íntegros e também daqueles para os quais a honestidade já não é senão uma anomalia.

Vontade de aparecer é pouco provável, pois essa vontade é circunscrita a determinadas categorias sociais e depende de socialização específica. É própria da classe média, cuja cultura valoriza o parecer muito mais do que o propriamente ser.
Quem procura parecer o que não é e mais do que é quase sempre se denuncia nos gestos impróprios e na inabilidade para manipular apropriadamente o código gestual que corresponde à aparência que pretende ostentar.
Pessoas pobres sabem disso, mesmo quando imitam aquilo que não são. Os ricos também o sabem porque com facilidade identificam quem não pertence à categoria social dos que podem ostentar. As pessoas se traem nos desajustes da conduta.

Parecer traz identidade visual e o prestígio superficial da aparência, o que é característico da sociedade de consumo.
Os dois moradores de rua, que são catadores de lixo reciclável, estão muito longe das fantasias consumistas da maioria e suas possibilidades de ostentação. São culturalmente incapazes de manipular os significados da aparência porque não têm como dela beneficiar-se.

Quanto a ser trouxas porque deixaram de apoderar-se do que não era seu, e do que claramente careciam, é algo improvável. Alguém que se apodere de uma quantia de dinheiro muito superior à sua capacidade de utilizá-la, mesmo dinheiro achado na rua ou no lixo, dificilmente poderá utilizar esse dinheiro na escala de suas carências acumuladas sem ser denunciado.
A teia de regras e cautelas do mundo do consumo é vigilante e repressiva para que um pobre não se meta a ser o que não é. Não é improvável que o casal tenha levado isso em conta.

Mesmo que fosse a um restaurante para uma lauta refeição e matar a fome de uma vida, correria o risco de não ser servido e de despertar suspeitas. E, se pretensioso, mas prudente, pedisse uma garrafa de modesto vinho da terra, maior seria a suspeita. Pobre que é pobre toma água ou suco, dizem os vigilantes da conduta alheia. O que bem indica o que são as suspeitas que regulam as relações sociais.

Todos somos devidamente observados todo o tempo por todos. O político que foi visto com amigos num restaurante com dois Romanée Conti, um vinho de US$ 6 mil a garrafa, já despertou suspeitas. Imagine-se o morador de rua servindo-se de modestíssimo vinho local. Para entrar no restaurante, teria antes que comprar os trajes apropriados à transitória escala de ascensão social que R$ 20 mil permitem. Em condições assim, dinheiro achado é inútil.

O gesto do casal repercutiu no Brasil e foi, no geral, bem-vindo como indício de que nem tudo está perdido, no mesmo momento em que na própria estrutura de poder a anomalia da corrupção compromete o sentido democrático da vida política. O gesto, aliás, não é novo nem raro. São frequentes casos semelhantes de dinheiro alheio achado e devolvido ao dono desconhecido de quem o acha, geralmente por meio da polícia.

O homem que achou o dinheiro declarou que gostaria que sua mãe o visse agora, pois ela se orgulharia dele. Eis a questão. Lançado para a margem da sociedade, reteve, como um bem pessoal e imaterial que é, o antimoderno sentido da honra. Por incrível que pareça, a maioria das pessoas é honrada e faz parte dessa imensa massa invisível dos não notados.

Um trabalhador dedicado ao seu trabalho, ou um professor devotado ao ensino e à formação de seus alunos, terá pouquíssima chance de ser aplaudido, mesmo por quem de seu trabalho se beneficia. No entanto, eles têm o que lhes basta como nutrição moral: o sentido da honra e a honestidade.
Já não se fala disso, mas os sociólogos sabem que uma das carências humanas destes tempos de liquefação dos valores é a da honradez e da honestidade, o alimento que sacia os que não foram vencidos, os que se mantiveram antiquadamente honestos.

José de Souza Martins - O Estado de S.Paulo
16 de julho de 2012 

FOTOGRAFIA DO DIA

Divulgação

EDIR MACEDO, RACISMO E MISOGINIA: CADÊ OS MINISTROS DA iGUALDADE rACIAL E DAS MULHERES?

Nunca subestimem o empresário Edir Macedo, dono da Rede Record e da Igreja Universal do Reino de Deus. Ele sempre pode se superar. Este homem de Deus já pisoteou o Eclesiastes para defender o aborto em livro e vídeo. Numa “aula” ministrada a seus colaboradores, diz como convencer as pessoas a doar dinheiro para a sua igreja: se preciso, jogue-se a Bíblia no chão, ensina, e se demonstre valentia até contra Deus! Deixou-se ainda filmar com um chicote na mão, expulsando o demônio do corpo de um gay. Os “progressistas” ficaram calados porque o empresário é hoje um dos principais aliados do lulo-petismo. A Record é apontada por patriotas como José Dirceu como um exemplo de isenção no jornalismo. Alguns dos grandes difamadores de lideranças da oposição, de ministros do Supremo e da própria imprensa são contratados da empresa comandada por este gigante moral. Ele é o patrão.
Muito bem! Na sexta-feira, Macedo publicou num site ligado à sua igreja um texto intitulado “Homem de Deus quanto à idade e à raça”. Trata-se de mais uma peça grotesca produzida por este teólogo de meia-pataca. Misoginia — repúdio às mulheres — e evidente discriminação racial se juntam num texto asqueroso. Até agora, não vi nenhuma reação da Secretaria das Mulheres, comandada por Eleonora Menicucci, parceira de Macedo na defesa intransigente do aborto. Até agora, não vi nenhuma reação da Secretaria da Igualdade Racial, que, não obstante, foi torrar a paciência de Alexandre Pires — um negro! — por suposto racismo num vídeo que é apenas galhofeiro.
Leiam trechos do texto de Macedo (em vermelho). Volto depois.
O rapaz que deseja fazer a Obra de Deus não deve se casar com uma moça que tenha idade superior à dele, salvo algumas exceções, como por exemplo aquele que é suficientemente maduro e experiente na vida para não se deixar influenciar por ela. Mesmo assim, a diferença não deve ultrapassar dois anos.

Muitas pessoas não gostam quando fazemos estas colocações; entretanto, temos visto que quando a mulher tem idade superior à do seu marido, ela, que por natureza já tem o instinto de ser ‘mandona”, acaba por se colocar no lugar da mãe do marido.

E o pior não é isto. A mulher normalmente envelhece mais cedo que o homem, e quando ela chega à meia-idade, o marido, por sua vez, está maduro mas não tão envelhecido quanto ela. E a experiência tem mostrado que é muito mais difícil, mas não impossível, manter a fidelidade conjugal.
Para evitar este ou outros transtornos, oriundos da diferença de idade (a do marido inferior à da esposa), é preferível que não haja qualquer compromisso de casamento.
(…)

Quanto à raça

Não haveria nenhum problema para o homem de Deus se casar com uma mulher de raça diferente da dele, não fossem os problemas da discriminação que seus filhos poderão enfrentar nas sociedades racistas deste mundo louco.



É preciso que ambos estejam conscientes quanto aos riscos de traumas ou complexos que as crianças poderão absorver durante os períodos escolares, e, a partir daí, carregarem-nos por toda a vida.
Infelizmente, os pais não terão como evitar que aconteçam rejeições ou críticas por parte dos coleguinhas nas escolas nos países onde eles poderão estar pregando o Evangelho.

O homem de Deus precisa estar sempre preparado para servir a Deus onde quer que Ele assim determine, e, assim, nem sempre estará em um país onde não haja esse tipo de situação. Portanto, é necessário que o casal examine também esta questão, antes de qualquer compromisso mais sério.
(…)
Procuramos alertar sobre esta situação não porque a Igreja Universal do Reino de Deus tenha qualquer objeção quanto ao casamento envolvendo mistura de raça ou cor. Não, muito pelo contrário!
Temos vários homens de Deus casados com mulheres de raças diferentes. Não teríamos absolutamente nada a comentar a este respeito, mas temos visto este tipo de problema acontecendo com as crianças dentro das nossas igrejas, em outros países.
Procuramos, portanto, trazer à baila esta situação a fim de evitarmos transtornos no futuro do homem de Deus e na obra que está reservada para ele.

Voltei

Nem vou entrar no mérito sobre o casamento com mulheres mais velhas. A recomendação de Macedo a seus pastores é de tal sorte cretina que não comporta considerações. O que é espantoso é, sim, o juízo que ele faz do sexo feminino. A mulher é uma espécie de agente desestabilizador do homem, sempre pronto a influenciá-lo de modo nefasto. Afinal, diz o sábio, a mulher, “por natureza, já tem o instinto de ser mandona”. Se mais velha, acaba virando “mãe do marido”. O “bispo”, então, decide ser o coautor de um novo Levítico, criando leis: a diferença deve ser de, no máximo, dois anos… Por que dois? Vai ver o Altíssimo revelou essa verdade a este grande profeta!
Note-se ainda que Macedo não aposta na fidelidade ao casamento. Se a mulher é mais velha, diz ele, fica difícil não trair. Esse homem que converte almas parece acreditar que há forças superiores às quais mesmo os convertidos não conseguem resistir. E dá um conselho: “é preferível que não haja qualquer compromisso de casamento”.
Discriminação racial

Macedo é um revolucionário também da biologia. Descobriu a existência de novas “raças”, além da humana. Gostaria de saber quais são. Segundo o Censo do IBGE de 2010, os brancos são 47,73% do país; 7,61% são negros; os pardos formam o segundo maior grupo: 43,13%. Vale dizer: quase a metade do Brasil é formada por mestiços, fruto do que o Macedo chamaria de mistura de “raças diferentes”. É um acinte e um despropósito que o líder de uma igreja, concessionário de uma rede de televisão, se manifeste nesses termos — especialmente quando se sabe que muitos de seus pastores são… mestiços!
Mas este grande homem de Deus, vocês sabem, é uma alma caridosa. Naquele vídeo nojento em que defende o aborto, ele tenta nos convencer de que só o faz por amor à humanidade e até em defesa do próprio feto assassinado. Segundo ele, melhor esse destino do que uma criança solta por aí… Entenderam? Em defesa, então, da vítima, por que não matá-la? Age do mesmo modo quando recomenda o não-casamento de pessoas de “raças ou cores diferentes”. Seria para o bem das criancinhas…
Espantosamente, ele aponta a existência de discriminação racial dentro da sua própria igreja: “(…) temos visto este tipo de problema acontecendo com as crianças dentro das nossas igrejas, em outros países”. Que coisa! O homem que aparece de chicotinho na mão enfrentando ninguém menos do que o demônio deixa claro que não pretende combater o racismo nem dentro dos templos de sua igreja. Ao contrário: já que o racismo existe, melhor se adaptar a ele e evitar a mistura. Tudo para proteger as criancinhas…
É isso aí… A título de registro, deixo aqui alguns vídeos sobre a trajetória deste homem santo e suas afinidades eletivas. Volto depois dos filmes para encerrar.
Aqui, na posse da “mandona” Dilma Rousseff, com direito a conversa ao pé do ouvido e mão no ombro:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=Idg_tXL29Ug

Macedo, de chicote na mão, expulsa demônio do corpo de um gay:

http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=PN6AXJxJnSs

Macedo defende que se expulse o feto do corpo da mãe:
Encerro

Eis aí… Edir Macedo é hoje a mais cara joia do “progressismo” dos companheiros. Os petistas o consideram um verdadeiro exemplo a ser seguido. Pouco mais de um ano depois daquela conversa ao pé do ouvido com Dilma, o senador Marcelo Crivella, sobrinho do “bispo”, levou o Ministério da Pesca.
Cadê a Secretaria das Mulheres?
Cadê a Secretaria da Igualdade Racial?
16 de julho de 2012
Por Reinaldo Azevedo

O SOBRENOME DO CHANCELER QUE VIVE DE JOELHOS É MAIS QUE UMA CONTRADIÇÃO

 




É um insulto aos patriotas de verdade

Sequestrado pelas Farc em 13 de outubro de 1998, Elkin Rivas sobrevive há quase 100 mil horas ao mais brutal dos cativeiros.
Ele tinha 22 anos e era tenente da polícia colombiana quando foi capturado sem ter cometido qualquer crime e sentenciado, sem julgamento formal, a um tipo de horror que não tem prazo para terminar.
Aos 34, não sabe quando ─ ou se ─ retomará a vida interrompida.

Enquadrado na categoria dos “reféns políticos”, Elkin é um dos 13 remanescentes do grupo cuja soltura as Farc condicionam desde 2006 ao indulto de 500 narcoterroristas capturados pelo governo e condenados pela Justiça.

A interrogação sugerida no segundo parágrafo do post de 9 de agosto de 2010,
reproduzido integralmente na seção O País quer Saber, foi desfeita à bala pouco mais de um ano depois.

Em 26 de novembro de 2011, em meio a uma tentativa de resgate empreendida por soldados do exército, a tropa narcoterrorista cumpriu a lei da selva: antes de fugir, matou os quatro reféns que mantinha acorrentados. Um era civil. Entre os três militares estava o tenente Elkin Rivas, executado com três tiros na cabeça.

“O Brasil tem uma posição neutra sobre as Farc”,
recitou Marco Aurélio Garcia desde o começo do governo Lula, para camuflar as relações de cumplicidade entre o Planalto e a organização narcoterrorista.

Em 2010, orientados pelo Assessor Especial para Assuntos Internacionais, o presidente Lula e Celso Amorim, ministro das Relações Exteriores, não se comoveram com o martírio imposto aos sequestrados por companheiros colombianos.

Em 2011, também monitorados pelo conselheiro Garcia, Dilma Rousseff e o atual chanceler Antonio Patriota não disseram uma única palavra sobre o desfecho do drama.
O silêncio da dupla reafirmou a opção obscena por um tipo de neutralidade que iguala um governo constitucional e um bando de assassinos, o certo e o errado, a claridade e a treva.

E mostrou que era Garcia o chanceler de fato.


Era e é, berra o desembaraço com que vem agindo o professor de complicações cucarachas desde o impeachment sofrido pelo companheiro Fernando Lugo.

Inconformado com a perda do reprodutor de batina, decidiu no mesmo minuto que Hugo Chávez e seus estafetas bolivarianos tinham razão: houve “um golpe” contra a democracia.

A descoberta do primeiro golpe da História que obedeceu ao que manda a Constituição do país foi a senha para a sequência de pontapés na verdade e na soberania do Paraguai.

Ninguém, não custa registrar, deve espantar-se com o que diz a boca à espera de um dentista: Garcia acha que a solução para o futuro do subcontinente está num passado que não deu certo.

Espantoso é o silêncio dos embaixadores ainda na ativa ou aposentados.

Espantoso é o servilismo dos chefes do Itamaraty escalados para a execução da política externa da cafajestagem formulada por essa velharia perdida nos escombros do Muro de Berlim.


A vassalagem de Celso Amorim garantiu-lhe o emprego e a estima de todos os liberticidas amigos de Lula.
A sabujice de Antonio Patriota ratifica a fama de melhor aluno de Amorim.

A ausência de luz própria identifica um integrante da tribo que consulta o chefe até para escolher o prato no restaurante.

A expressão assustadiça rima com quem vive de joelhos.

E está sempre pronto para defender o indefensável, como atestou a tentativa de justificar no Senado mais um papelão internacional do Brasil.

“A suspensão do Paraguai do Mercosul e da Unasul enviou um sinal claro ao governo recém-instalado em Assunção e mostrou que a região não tolera desvios que comprometam a plena vigência da democracia no continente”, declamou Patriota.

Ele considerou o reconhecimento do novo governo paraguaio por dezenas de países tão irrelevante quanto o relatório de Jose Miguel Insulza, secretário-geral da Organização dos Estados Americanos, que voltou de uma visita ao Paraguai sem ter enxergado qualquer ilegalidade no afastamento de Lugo.

“É uma opinião pessoal”, desdenhou. “A questão paraguaia precisa ser discutida por todos os membros da OEA. Nosso compromisso com a democracia é inegociável”.

As eleições presidenciais marcadas para daqui a nove meses podem normalizar as coisas, concedeu o representante do governo que exigiu a devolução a Cuba da carteirinha de sócio da OEA.

Por que o Paraguai só será redimido pela aparição das urnas que sumiram há mais de 50 anos da ilha-fazenda dos Irmãos Castro?
“Nenhuma democracia é perfeita”,
balbuciou. A ditadura comunista, portanto, é uma democracia imperfeita.

E os países governados por tiranetes amigos só precisam de ajustes, informou a continuação do palavrório: “Todos nós estamos aqui lutando para aperfeiçoar nossa democracia e pode haver aspectos em uma democracia e outra que nos pareçam aprimoráveis”.

A plateia indignada com o espetáculo do autoritarismo encenado na Venezuela, na Argentina ou na Bolívia só precisa ter paciência com o bolívar-de-hospício, a viúva-de-tango e o lhama-de-franja. Os três são “aprimoráveis”.

Antes de janeiro de 2003, as diretrizes da política externa se subordinavam aos interesses do país ─ e o cargo de ministro das Relações Exteriores decididamente não era para qualquer um.

Hoje, a diplomacia brasileira revogou a altivez para atender aos interesses de um partido, aos caprichos do Planalto e às vontades de vizinhos vigaristas.
No Brasil de Lula e Dilma, até um Celso Amorim pode virar ministro.

Até um Antonio Patriota.

O sobrenome do chanceler é mais que uma contradição.

É uma afronta à história do Itamaraty.

E é um insulto aos patriotas de verdade.


 Augusto Nunes
16 de julho de 2012

PIADA: ONU LANÇA CAMPANHA PARA COMBATER O CRIME ORGANIZADO PATROCINADO PELO PRÓPRIO SISTEMA GLOBALITÁRIO

A Organização das Nações Unidas, ente máximo do sistema globalitário, lança nesta segunda-feira uma campanha mundial para combater o crime organizado transnacional. A proposta é boa, mas a intenção prática só pode ser uma piada. Afinal, é o modelo globalitário, controlado pela Oligarquia Financeira Transnacional, quem patrocina e tira proveito operacional dos grandes esquemas criminosos que minam as soberanias e infestam as economias nacionais, principalmente nos países subdesenvolvidos mantidos como neocolônias de exploração (caso do Brazil).
A própria ONU admite que, embora seja uma atividade global, os efeitos do crime organizado transnacional são sentidos localmente. Estudos do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) admitem que os grupos criminosos desestabilizam comunidades regionais e nacionais, prejudicando a assistência ao desenvolvimento nessas áreas e estimulando o crescimento do mercado doméstico de corrupção, extorsão e violência. Só faltou a ONU revelar, com todas as letras, a quem interessa, realmente, o sistema criminoso transnacional.
 
O diretor-executivo do UNODC, Yury Fedotov, calcula que o volume de negócios anualmente movimentado pelo crime organizado transnacional atinja absurdos US$ 870 bilhões (R$ 1,74 trilhões na cotação média). A ONU calcula que as atividades ilícitas mais lucrativas são o tráfico de drogas (US$ 320 bilhões) e as falsificações (US$ 250 bilhões). O tráfico de pessoas também atinge uma soma considerável, US$ 32 bilhões. O valor anual movido pelas ações criminosas no planeta corresponde a seis vezes o valor oficial de ajuda ao desenvolvimento ou 7% por cento das exportações mundiais de mercadorias.
 
Faltou a ONU explicar que o Crime Organizado Transnacional conta com as parecerias locais dos Governos do Crime Organizado. Tal sistema atua em quatro frentes simultaneamente.
A primeira é a Força Motriz (que é a base política de quem dita a ideologia do Estado).
A segunda é a Força de Sustentação (que forma as associações entre os agentes do Estado, nos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, junto com os demais promotores da corrupção e usurpação estatal e seus aparelhos repressivos).
A Terceira é a Força de Influência (que colocam em prática as ideologias e funcionam como agentes conscientes ou inconscientes do sistema que serve ao crime: mídia, ONGs, academia, sindicatos, seitas e movimentos sociais.
A quarta é a Força Operacional (onde operam as máfias de todos os tipos e suas milícias ou guerrilhas urbana e rural, todas com alguma ligação com a máquina estatal).
 
As quatro forças juntas formam uma Organização Político-Administrativa que obedece, no topo da cadeia, à Oligarquia Financeira Transnacional – que controla todos os negócios globais lícitos e se beneficia diretamente dos esquemas ilícitos que mantém as nações sob controle.
Tal esquema, que patrocina a globalização, conta com a sustentação de de clubes de poder, cartéis informais e seus centros de inteligência, onde são formuladas todas as políticas, estratégias e ideologias que atuam a serviço do globalitarismo e do próprio crime organizado transnacional.
A própria ONU é um dos centros deste poder. Logo, quando as Nações Unidas lança uma campanha para combater o crime, a notícia – em vez de festejada – merece ser vista como mais uma piada do teatro do faz-de-conta global.
 
Jorge Serrão é Jornalista, Radialista, Publicitário e Professor.
16 de julho de 2012

DECLARAÇÕES DE CACIQUES DO PMDB MOSTRAM QUE SUCESSÃO DE DILMA PODE VIRAR CABO DE GUERRA


Rastilho de pólvora – Há pelo menos duas declarações de integrantes da cúpula do PMDB que colocam a República sob alerta. A primeira delas, do ministro Edison Lobão, de Minas e Energia, dá conta que nos próximos dois anos (2013 e 2014) as presidências da Câmara dos Deputados e do Senado federal ficarão com o PMDB. Ou seja, a presidente Dilma Rousseff dependerá ainda do PMDB para chegar ao fim do mandato.

A presidência da Câmara passará às mãos do PMDB por conta de um acordo com o PT, que dificilmente será descumprido. Exceto se o partido receber alguma polpuda compensação por parte do Palácio do Planalto para desistir de comandar a Câmara. No Senado a situação é meramente matemática, pois o PMDB tem maioria na Casa. Como se não bastasse a folga numérica, o PMDB conta com a ajuda do Planalto, que deseja ver Edison Lobão na cadeira atualmente ocupada por José Sarney.

A segunda declaração que agita a Esplanada dos Ministérios partiu de Michel Temer, vice-presidente da República e presidente licenciado do PMDB. Para Temer, a reeleição “não é um conceito absoluto”. Em entrevista ao jornal “Folha de S. Paulo”, Michel Temer, principal líder da legenda, declarou que tudo pode acontecer na próxima eleição presidencial. “Quem foi bem deve se reeleger. Agora, o que vai acontecer em 2014 está ainda muito distante”, afirmou Temer.

A conjunção de ambas as declarações mostra que de agora em diante a política nacional passará a viver, nos bastidores, uma silenciosa queda de braços, com direito a lances sórdidos e de covardia explícita. Diferentemente do que revelam as pesquisas de opinião, o desempenho de Dilma é fraco e deve piorar em função dos desdobramentos da crise internacional, que no Brasil já vem fazendo estragos consideráveis.

Até o momento, o PMDB não tem nenhum nome de expressão nacional com condições de disputar a sucessão de Dilma Rousseff, caso o partido decida por voo solo em 2014 e a presidente desista de tentar um novo mandato.
Por outro lado, não é novidade o desejo de Luiz Inácio da Silva de retornar ao Palácio do Planalto, fato que ele nega ao defender a reeleição de Dilma. Contudo, essas manifestações isoladas de alguns peemedebistas podem ser mais uma missa encomendada, que vez por outra do nada surge no meio político.

16 de julho de 2012
ucho.info

EDIR MACEDO, O AIATOLÁ BRASILEIRO

Chefe da IURD, que é dona da Record, publica texto em que se mostra contra o casamento de “homens de Deus” com mulheres mais velhas ou mesmo de outras “raças”. E isso não é piada.
 
São correspondentes não apenas por causa das posições religiosas homofóbicas e extremamente machistas. Eles são parecidos porque, na opinião de certa militância, seriam adversários de um “mal maior”. Enquanto os aiatolás iranianos combatem o satânico imperialismo ianque, o chefe da IURD enfrenta a malévola Globo.
O Brasil tem um tipo curioso de militância. Há mulheres que se dizem feministas e, ao mesmo tempo, apoiam o Irã. Alguns militantes gays também não condenam tal país – um desprendimento e tanto, pois ambos, se ali vivessem, não estariam vivos.
Essa impessoalidade se aplica à IURD.
Recentemente, Edir Macedo “exorcizou” um gay. Hoje, circula um texto em que condena casamento de pessoas com cores da pele diferentes, além de descer a ripa nas mulheres em geral, especialmente as mais velhas. Se duvidam, aqui o link, em seguida trechos:
Homem de Deus quanto à idade e à raça – Ele precisa estar sempre preparado para servi-Lo – Por bispo Edir Macedo – O rapaz que deseja fazer a Obra de Deus não deve se casar com uma moça que tenha idade superior à dele, salvo algumas exceções, como por exemplo aquele que é suficientemente maduro e experiente na vida para não se deixar influenciar por ela. Mesmo assim, a diferença não deve ultrapassar dois anos. Muitas pessoas não gostam quando fazemos estas colocações; entretanto, temos visto que quando a mulher tem idade superior à do seu marido, ela, que por natureza já tem o instinto de ser ‘mandona”, acaba por se colocar no lugar da mãe do marido. E o pior não é isto. A mulher normalmente envelhece mais cedo que o homem, e quando ela chega à meia-idade, o marido, por sua vez, está maduro mas não tão envelhecido quanto ela. E a experiência tem mostrado que é muito mais difícil, mas não impossível, manter a fidelidade conjugal (…) Quanto à raça – Não haveria nenhum problema para o homem de Deus se casar com uma mulher de raça diferente da dele, não fossem os problemas da discriminação que seus filhos poderão enfrentar nas sociedades racistas deste mundo louco. É preciso que ambos estejam conscientes quanto aos riscos de traumas ou complexos que as crianças poderão absorver durante os períodos escolares, e, a partir daí, carregarem-nos por toda a vida. Infelizmente, os pais não terão como evitar que aconteçam rejeições ou críticas por parte dos coleguinhas nas escolas nos países onde eles poderão estar pregando o Evangelho (…) Procuramos alertar sobre esta situação não porque a Igreja Universal do Reino de Deus tenha qualquer objeção quanto ao casamento envolvendo mistura de raça ou cor. Não, muito pelo contrário! Temos vários homens de Deus casados com mulheres de raças diferentes. Não teríamos absolutamente nada a comentar a este respeito, mas temos visto este tipo de problema acontecendo com as crianças dentro das nossas igrejas, em outros países.” (grifos nossos)
Não, muito pelo contrário! Temos até um amigo que…
Pois é. Chegou a esse ponto. Um malabarismo retórico de quinta categoria para CONDENAR a miscigenação entre pessoas de cores da pele diferentes (não há “raças” entre humanos, todos já deveriam saber dessa gloriosa descoberta da ciência do século XIX. Há culturas ou etnias distintas, mas uma única espécie – e não raça, também -, a humana).
O texto é uma verdadeira obra-prima, pois simplesmente não perde uma oportunidade de perder uma oportunidade. Onde pode, erra; onde é possível, deixa claro algum absurdo.
Mas, como todos sabemos, esse é o arauto da destruição da perigosa Rede Globo. E suas empresas empregam muitos dos que condenam várias outras figuras homofóbicas ou machistas. Menos, claro, o próprio empregador.
Parece estranho, mas não deixa de ser sintomático que parcela considerável dos “progressistas” vivam debaixo da saia do bispado universal. Muitos desses também se dizem contra o machismo ou a homofobia e apoiam o Irã.
Ideologicamente, estão ok quanto à conveniência: de um lado apoiam quem é “parceiro” do partido-do-coração; de outro, fazem vistas grossas e silêncios obsequiosos à igreja que os contrata e, vejam só, também é da mesma turma partidária.
Não esperem tumblrs engraçadinhos, passeatas engajadas, marchas nervosas, tuitaços empenhados ou churrascões-de-qualquer-espécie. Muitos dos progressistas de internet não estão nem aí para a homofobia, o machismo ou coisa que o valha. Primeiro, o salário; depois, o partido; daí, as causas. Exatamente nessa ordem.
Nada contra progressistas. Até tenho amigos que são.
ps – a foto do post foi tirada na posse da Presidente da República, ocasião em que Edir Macedo e a cúpula da Record ocuparam lugar destinado a Chefes de Estado. Sim, isso é verdade.
Gravataí Merengue
16 de julho de 2012

NÓS OCIDENTAIS, OS PRINCIPAIS RESPONSÁVEIS

“O tempo ocidental se esgotou e já passou. Por isso perdeu qualquer legitimidade e força de convencimento”
Leonardo Boff
O complexo de crises que avassala a humanidade nos obriga a parar e a fazer um balanço. É o momento filosofante de todo observador crítico, caso queira ir além dos discursos convencionais e intrassistêmicos.

Por que chegamos à atual situação, que objetivamente ameaça o futuro da vida humana e de nossa obra civilizatória? Respondemos sem maiores justificativas: principais causadores deste percurso são aqueles que nos últimos séculos detiveram o poder, o saber e o ter.
Eles se propuseram dominar a natureza, conquistar o mundo inteiro, subjugar os povos e colocar tudo a serviço de seus interesses.
Para isso foi utilizada uma arma poderosa: a tecnociência. Pela ciência, identificaram como funciona a natureza e, pela técnica, operaram intervenções para benefício humano sem reparar nas consequências.

Esses senhores que realizaram esta saga foram os ocidentais europeus. Nós, latino-americanos, fomos à força agregados a eles como um apêndice: o Extremo Ocidente.

Esses ocidentais, entretanto, estão hoje extremamente perplexos. Perguntam-se aturdidos: como podemos estar no olho da crise, se possuímos o melhor saber, a melhor democracia, a melhor consciência dos direitos, a melhor economia, a melhor técnica, o melhor cinema, a maior força militar e a melhor religião, o Cristianismo?

Ora, essas “conquistas” estão postas em xeque, pois elas, não obstante seu valor, inegavelmente não nos fornecem mais nenhum horizonte de esperança. Sentimos: o tempo ocidental se esgotou e já passou. Por isso perdeu qualquer legitimidade e força de convencimento.

Arnold Toynbee, analisando as grandes civilizações, notou esta constante histórica: sempre que o arsenal de respostas para os desafios não é mais suficiente, as civilizações entram em crise, começam a esfacelar-se até o seu colapso ou assimilação por outra. Esta traz renovado vigor, novos sonhos e novos sentidos de vida pessoais e coletivos. Qual virá? Quem o sabe? Eis a questão cruciante.

O que agrava a crise é a persistente arrogância ocidental. Mesmo em decadência, os ocidentais se imaginam ainda a referência obrigatória para todos.

Para a Bíblia e para os gregos, esse comportamento constituía o supremo desvio, pois as pessoas se colocavam no mesmo pedestal da divindade, tida como a referência suprema e a Última Relidade. Chamavam a essa atitude de hybris, quer dizer: arrogância e excesso do próprio eu.

Foi esta arrogância que levou os EUA a intervir, com razões mentirosas, no Iraque, depois no Afeganistão e, antes, na América Latina, sustentando por muitos anos regimes ditatoriais militares e a vergonhosa Operação Condor, pela qual centenas de lideranças de vários países da América Latina foram sequestradas e assassinadas.

Com o novo Presidente Barak Obama se esperava um novo rumo, mais multipolar, respeitador das diferenças culturais e compassivo para com os vulneráveis. Ledo engano. Está levando avante o projeto imperial na mesma linha do fundamentalista Bush. Não mudou substancialmente nada nesta estratégia de arrogância. Ao contrário, inaugurou algo inaudito e perverso: uma guerra não declarada usando “drones”, aviões não tripulados. Dirigidos eletronicamente a partir de frias salas de bases militares no Texas, atacam, matando lideranças individuais e até grupos inteiros nos quais supõe estarem terroristas.

O próprio cristianismo, em suas várias vertentes, se distanciou do ecumenismo e está assumindo traços fundamentalistas. Há uma disputa no mercado religioso para ver qual das denominações mais aglomera fiéis.

Assistimos na Rio+20 a mesma arrogância dos poderosos, recusando-se a participar e a buscar convergências mínimas que aliviassem a crise da Terra.
E pensar que, no fundo, procuramos a singela utopia bem expressa por Pablo Milanes e Chico Buarque: “A história poderia ser um carro alegre, cheio de um povo contente”.

Leonardo Boff
16 de julho de 2012