"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

ESQUERDA x DIREITA (Parte 3)

A ascensão dos Estados Unidos

As medidas keynesianas do New Deal, implantadas desde 1933, não tiveram resultados tão palpáveis como na Alemanha de Hitler. Tanto que, já nos anos 30, tais medidas começaram a ser contestadas pelos liberais, alguns dos quais acusaram os gastos do governo como o motivo da crise de 1929 ter se estendido por toda a década de 30, passando a ser chamada então de “Grande Depressão”. Ficou célebre o debate entre Keynes e Hayek, do qual este último saiu aparentemente perdedor, levando em conta a projeção mundial que alcançou Keynes e o ostracismo em que Hayek foi relegado nas décadas seguintes.

A recuperação, portanto, só veio a ocorrer a partir da II Guerra mundial quando, mais uma vez, os EUA lucraram com a desgraça da Europa. A localização geográfica ,longe do foco da guerra, evitou que as indústrias norte-americanas fossem destruídas, assim como sua produção agrícola. Como resultado, a produção industrial norte-americana triplicou durante o conflito, chegando a responder por metade de toda a produção mundial em 1946!

A II Grande Guerra, portanto, marcou a ascensão dos EUA ao posto antes ocupado pela Inglaterra, que até então comandava um império com colônias espalhadas por todo mundo. Aliás, não só a Inglaterra, como as demais nações européias mantinham colônias principalmente na África e na Ásia. Foi a partir do enfraquecimento das nações européias na II Guerra que as colônias aproveitaram para se rebelar, iniciando o processo de descolonização da segunda metade do século XX.

Mas, voltando aos EUA, ao contrário da primeira experiência pós-guerra, que levou a uma série de equívocos que culminaram na crise de 1929, desta vez os norte-americanos se prepararam para o novo pós-guerra. Além dos serviços terem ganhado mais espaço no PIB norte-americano, reduzindo assim o peso da indústria, agora os EUA detinham 80% das reservas mundiais de ouro e, portanto, davam as cartas da economia mundial

Primeiro eles asseguraram o domínio financeiro do mundo, pois mesmo antes do final da II Guerra Mundial, delegações de quarenta e quatro países, comandados pelos EUA, claro, aprovaram o acordo de Bretton Woods, que definia a conversibilidade entre o dólar e ouro, estabelecendo assim o dólar como moeda internacional, e a criação do Acordo Geral sobre Tarifas Aduaneiras e Comércio (que hoje corresponde a Organização Mundial do Comércio – OMC), o Banco Mundial (BIRD), com o objetivo de financiar as obras de reconstrução da Europa, e o Fundo Monetário Internacional (FMI), com a missão de estimular o comércio mundial e fiscalizar a normatividade das novas regras monetárias.Estava então consolidado o processo de migração do capitalismo industrial para o capitalismo financeiro.

Ainda no final da década de 40 surgia a Doutrina Truman, com o objetivo de conter a expansão do comunismo no mundo, e o Plano Marshal, uma derivação da Doutrina Truman, porém com um aspecto mais econômico, conhecido oficialmente como Programa de Recuperação Européia.

Não era caridade. Era pura estratégia econômica e ideológica, pois ao recuperar o ambiente econômico europeu e japonês, os EUA asseguravam a existência de um mercado consumidor para sua indústria, além de garantir aliados capitalistas contra o avanço do socialismo soviético. Além do mais, ao emprestar dinheiro, os EUA assumia a posição de credor do mundo.

Deste modo, os EUA injetaram na Europa US$ 30 bilhões entre 1948 a 1961. Uma merreca para os padrões de hoje, mas, na época, o suficiente para dinamizar a economia européia em seu incrível esforço de recuperação. Como contrapartida, as economias européias se viam comprometidas a seguir as diretrizes norte-americanas, através das ações macroeconômicas keynesianas.



O ápice do esquerdismo

Assim como os Estados Unidos, a URSS saiu fortalecida da II Guerra Mundial, principalmente por ter subjugado Hitler nos momentos finais de guerra (apesar de ter inspirado e ajudado Hitler em seu projeto nos anos iniciais da guerra). E mesmo com a opção russa pelo stalinismo (em detrimento ao trotskismo, que pregava a imediata exportação da revolução a nível global), a ideologia marxista multiplicou seus adeptos ao redor do mundo, principalmente a partir da crise de 1929, que foi entendida pelos comunistas como a comprovação da “profecia” marxista sobre o germe autodestrutivo do sistema capitalista.

Aos poucos, novas revoluções foram ocorrendo em outros países e em diferentes continentes, derrotando os esforços norte-americanos em neutralizar a ameaça comunista.

Na economia, o bloco socialista também superava o capitalista, crescendo a taxas próximas aos 10% em média nas décadas de 50 e 60 (segundo os dados fornecidos pelos comunistas, claro).

O prestígio da URSS chegou ao auge em 1961, quando Yuri Gagarin entrou para a história como o primeiro homem a chegar ao espaço. Era a prova de que a URSS havia ultrapassado os EUA em tecnologia!

Dois anos antes, os comunistas tomavam o poder na primeira nação em continente americano: Cuba, a ilha que era considerada até então uma espécie de “quintal” ou um “bordel” dos Estados Unidos.

O simbolismo da revolução cubana ganhou ainda mais ênfase com o status de estrelas internacionais adquiridos por Fidel Castro e, principalmente, por Che Guevara. E novamente o velho dilema trostkista x stalinista voltaria à tona entre o argentino Che, que queria exportar a revolução para o resto do mundo, e Fidel Castro, que preferia concentrar os esforços na consolidação do novo regime na ilha.

No Brasil, o esquerdismo havia tomado agora um novo ímpeto com a renúncia do populista Jânio Quadros, há apenas sete meses depois de assumir o cargo.

Agora teríamos não apenas um simpatizante do comunismo no poder, o vice-presidente João Goulart, como já tínhamos também alguns governadores, como o também gaúcho Leonel Brizolla, Mauro Borges (Goiás), Nei Braga (Paraná) e Miguel Arraes (Pernambuco).

Diante do impasse que se criou para a ascensão ao poder de um presidente de esquerda, foi instaurado no Brasil o regime parlamentarista, com o objetivo de enfraquecer o poder do novo presidente.

Apesar do poder de fato ter ficado nas mãos do então primeiro-ministro, Tancredo Neves, o novo governo já preparava reformas de base que conduziriam o Brasil na rota socialista, entre as quais as mais polêmicas eram a desapropriação dos imóveis das pessoas que tivessem mais de uma casa (só seria permitido ter uma) e a desapropriação das terras com mais de 600 hectares para a realização da tão sonhada reforma agrária.

No resto do mundo, apesar das divergências e dos esforços norte-americanos, o comunismo continuava a ganhar novos adeptos, conquistando quase todo o leste europeu e se expandindo pela Ásia, já havia ganhado em 1949 um reforço de peso: a China, que já na época respondia por 1/5 da população mundial.

Nas Américas, além das guerrilhas espalhadas por todo o continente, os esquerdistas lutavam para chegar ao poder também pela via democrática. No Brasil, a oportunidade veio com a ascensão de João Goulart ao poder, como também por seus esforços em restaurar o regime presidencialista, que lhe restituiria os plenos poderes nas eleições de 1964. O desfecho desta história todo mundo conhece.

Enquanto isso, em Cuba, a Guerra Fria entre comunistas e capitalistas chegou ao seu ápice na chamada “Crise dos Mísseis”, quando os russos instalaram bombas ogivas nucleares apontadas para os EUA na ilha de Fidel. Nunca estivemos tão próximos de uma catástrofe nuclear. O mundo estava dividido.

No próximo post, vamos falar do ápice do keynesianismo. Até lá!

Amilton Aquino

QUEM TEM MEDO DE SIMONE DE BEAUVOIR?

Ciência e Humanidades - Instantâneos Sociológicos

Recentemente, tenho lido e ouvido muitos julgamentos, de teor e tom questionáveis, a Simone de Beauvoir.
E essas acusações suscitam uma pergunta: por que sua figura e seu pensamento incomodam tanto? Sua bissexualidade, vários e várias amantes, a recusa do casamento e da maternidade, a liberdade e independência em um mundo cada vez mais conservador poderiam ser uma resposta.
Mas a considero simplista e insatisfatória.

Simone de Beauvoir nasceu há 113 anos. Suas obras mais influentes foram escritas entre os anos 1940 e meados dos anos 1970.
O Segundo Sexo, seu livro mais importante, foi publicado em 1949. Lá se vão mais de 60 anos.
Mas tantas décadas parecem não ter sido suficientes para que sua obra fosse compreendida e criticada com propriedade. Ainda hoje, muitas pessoas se recusam a ler Simone de Beauvoir porque ela era “uma libertina”. E repetem-se afirmações forjadas para atribuir a ela tudo aquilo contra o que ela lutou no plano das ideias e no plano da ação. Acusam-na de submissão, de dependência, de pregar o feminismo para as outras mulheres e não praticá-lo.

Essa resistência a Simone de Beauvoir esbarra em questões mais profundas sobre nossa sociedade: a condição da mulher, especificamente a mulher intelectual; a relação entre a experiência vivida e a escrita da memória com a subjetividade; as expectativas que recaem sobre os intelectuais. Tentarei abordar brevemente, e de forma não sistemática, alguns desses temas tendo como referência a figura de Simone de Beauvoir.

Experiência vivida, matéria-prima do pensamento

A grande maioria dos julgamentos feitos a Simone de Beauvoir, acredito, baseiam-se em erro primário para qualquer reflexão: desconsiderar o fato banal de que intelectuais vivem. Ou seja, toda vida, inclusive a de uma pensadora, é um emaranhado complexo de descobertas, conquistas, falhas, inseguranças, afirmações, sofrimentos, retrocessos, sucessos. E é em meio a essa complexidade que seu pensamento e sua ação no mundo se desenvolvem, obviamente transformando-se. É, portanto, pouco racional deixar de considerar que, aos 20 anos, aquela pessoa, como qualquer um de nós, ainda não tem o terreno de todo seu pensamento arado e cultivado. Como é pouco racional ignorar que esse trabalho exige esforço.

Assim, por exemplo, há quem queira invalidar o pensamento libertário e antissexista de Simone de Beauvoir baseado em sua relação com Sartre. Afirma-se que ela se submeteu a Sartre durante toda a vida e aceitou um modelo de relação que ele impôs. Isso é incorrer no erro mencionado. Então, vamos a alguns fatos sobre essa relação.

Simone de Beauvoir e Sartre tinham 20 e poucos anos quando firmaram um pacto que previa um relacionamento aberto, cada um dos dois podendo envolver-se com outras pessoas. Quem propôs este pacto foi Sartre. E Simone de Beauvoir o aceitou. Logo depois, eles foram nomeados para lecionar em cidades diferentes da França. O que unia a ambos: o relacionamento sexual, amoroso, e uma afinidade intelectual que provavelmente nenhum de seus críticos ou seguidores jamais experimentou com alguém. A convivência entre ambos era, ao mesmo tempo, afetiva e instigante. Desejavam estar próximos. Sartre propôs casamento a Simone. Ela recusou. (Muito antes de conhecê-lo, já estava decidida a não se casar e não se submeteu ao desejo dele ou à paixão.)

Simone de Beauvoir sempre desejou ser livre, algo que a vida em uma família burguesa empobrecida de Paris – origem que ela jamais negou – nunca lhe permitira. Liberdade de pensamento, que exercia em suas aulas a alunas do ensino médio (ela só deu aulas em universidades durante a guerra). Liberdade sexual, envolvendo-se em alguns relacionamentos pouco mais do que casuais com homens e mulheres. Liberdade intelectual, trabalhando em seus primeiros livros, que não foram finalizados.

Sartre, no início, chocou-se com a bissexualidade de Simone. Depois, se apaixonou por uma de suas amantes, Olga, e propôs, com veemência e insistência, um novo modelo de relacionamento, que eles chamavam “o trio”. Os três aceitaram. Foram jogados em uma situação em que precisaram rever seus preconceitos e moralismos burgueses, em um turbilhão emocional repleto de sofrimento, conflito, meias-verdades, raiva, inveja. O “trio”, ela relatou tanto em A Força da Idade como em A Convidada, foi um fracasso. Todos sofreram mais do que se divertiram, todos os limites de suas liberdades foram testados, em geral ferindo um dos três. Para dizer o mínimo: Sartre era rejeitado por Olga, que provocava ciúmes em Simone, que era invejada por Sartre por ser a preferida da garota. O terceiro elemento na relação, percebia Simone, instaurava inexoravelmente uma barreira extra à liberdade e ao desejo de cada um dos integrantes do “trio”. E todos sofriam, ora por si mesmos, ora por ver pessoas queridas sofrendo. A partir dali, Simone não integraria novos trios, negando-se a manter o arranjo. Os triângulos, tal qual no início do pacto, voltaram a existir, mas as relações a três, não.

Há quem entenda o sofrimento de Simone como submissão. Considero uma percepção muito estreita do que é uma experiência de vida. O sofrimento faz parte das relações humanas. Simone nunca se esquivou dessa angústia. Afinal, primeiro como uma amante da liberdade e, depois, como existencialista, ela sabia que a angústia é inevitável. E também sabia que há uma responsabilidade a ser assumida em relação a si mesmo e aos outros.

A única vez que Sartre propôs casamento a outra mulher, sua amante norte-americana, Simone se retirou do relacionamento. Não queria submeter-se novamente aos conflitos e insucessos do “trio”. Ele desistiu do casamento. O amor necessário entre ambos sempre superou os amores contingentes. E isso não é resultado de uma magia romântica e cheia de coraçõezinhos que surgia no ar todas as vezes que um dos dois estava efetivamente envolvido em outras relações. Foram escolhas conscientes e livres de ambos.

Dizem também que Simone não conheceu o prazer sexual com Sartre e que logo ele se desinteressou sexualmente dela. Duas verdades. O que não é verdade é assumir que ela se submeteu a isso como uma vítima. Simone teve vários e várias amantes e encontrou o prazer sexual em várias relações. Quando o desejo sexual de Sartre deixou de existir, ela determinou que não precisariam mais relacionar-se por mera formalidade. Com o escritor Nelson Algren, envolveu-se no amor romantizado e “tradicional” para sua época. Ele a pediu em casamento. Ela recusou. Muitos a condenam. Além de não estar disposta ao casamento e à maternidade – ele queria filhos –, Simone sabia que sua ligação, ainda que fosse apenas intelectual com Sartre, machucava Algren. Novamente, ela era confrontada com a fórmula do “trio”, em outro contexto. Melhor que cada um abraçasse sua liberdade.

Simone de Beauvoir escreveu milhares de páginas em romances, ensaios, memórias abordando esses e outros fatos. Considerada uma das maiores memorialistas do século 20, produziu quatro volumes bem recheados, nenhum deles com menos de 300 páginas. Somente quem ignora totalmente essa produção, ou quem tenha lido sem nada compreender, pode lançar críticas como as que reproduzo aqui.

Há poucos temas que ela não aborde em detalhes em suas memórias, um deles é o processo movido contra ela pelos pais de uma aluna com a qual se envolveu sexual e afetivamente. Nesses e em poucos outros casos, ela opta por não entrar em detalhes pelo simples fato de que as pessoas envolvidas estavam vivas no momento da publicação dos livros, o que poderia criar mais escândalos.

Em cada página das memórias, a honestidade de Simone é invejável. Ela reconhece, por exemplo, as críticas mal-informadas que ela (e Sartre) fizeram a Freud, os enganos que cometeram em algumas avaliações a respeito de personagens e colegas durante a guerra, o fato de que, durante muito tempo, ela e Sartre, embora lutando contra os ideais burgueses, se submeteram totalmente e sem sequer perceber ao estilo de vida que abominavam.

Simone de Beauvoir acreditava que a matéria-prima do intelectual, além da capacidade de compreender e criticar as teorias, é a própria experiência. É a partir daí, pensava, podemos construir nossa relação com o mundo, talhar nossa subjetividade e, assim, produzir uma obra relevante intelectualmente, capaz de abordar assuntos e aspectos ainda inéditos. Simone não se negava a experimentar nada novo ou diferente. Pagava um preço caro por isso: nos anos 1930, em que uma mulher desacompanhada nem sempre era aceita nem mesmo em um café, ela optava por estar só. A solidão era a chave de sua abertura para o mundo. Nos anos 1940, foi duramente criticada por suas obras, nos anos 1950, enxovalhada por O Segundo Sexo e cobrada por não ter "agarrado" o amor de Algren.

Uma intelectual no tempo

Outra crítica comum a Simone de Beauvoir é de que ela era feminista em seus livros, mas não era feminista em seu relacionamento com Sartre. Dizem que ela pregava o feminismo para outras mulheres e não o praticava.

Em suas memórias, Simone de Beauvoir afirma que jamais foi feminista e que O Segundo Sexo, publicado em 1949, nunca foi concebido como um livro feminista. Por isso, quem cobra dela uma postura feminista em todos os episódios de sua vida age de má-fé, tentando invalidar seu pensamento e suas ações de forma falaciosa. Simone de Beauvoir só se alinha ao feminismo nos anos 1970.

Portanto, dizer que ela pregava o feminismo para as outras mulheres e não o praticava é, no mínimo, sucumbir a um banal anacronismo. Não, ela não podia viver a juventude de acordo com algo que ela só reconheceu e valorizou na velhice. Sim, os intelectuais mudam e se transformam ao longo do tempo, e isso não invalida seu pensamento. Quando passou a participar de ações do movimento feminista, ela mesma disse que isso demonstrava que suas ideias haviam se enriquecido e aprimorado.

A mulher e as divindades intelectuais

As críticas inadequadas a Simone de Beauvoir, na minha opinião, mostram como ainda é difícil – para pessoas que cultivam o pensamento pouco aberto a ideias inovadoras, diferentes e sempre em transformação – aceitar o papel de uma mulher intelectual nos dias de hoje. A mulher é sempre o Outro, lembra Simone de Beauvoir em O Segundo Sexo, o diferente. E o lugar do intelectual, nós sabemos, é o lugar do um, do poder, da dominação. Aceitar que uma mulher ocupe esse lugar implica superar um preconceito. A resistência ao reconhecimento do papel intelectual de uma pensadora é a expressão desse preconceito: só posso atribui-la ao sexismo que é, para dizer o mínimo, uma fraqueza intelectual em qualquer pessoa.

Entretanto, o julgamento que ataca Simone de Beauvoir não é apenas aquele forjado no sexismo. Há um outro substrato nas acusações levianas que enumerei aqui e em outras que não há espaço para detalhar. Esse substrato é a necessidade de fazer de intelectuais verdadeiros deuses, modelos de comportamento, pessoas infalíveis que têm soluções infalíveis e que não podem ser questionadas. Pessoas que sentem essa necessidade não estão em busca de ideias e propostas, muito menos de reflexão. Sua expectativa é de que os intelectuais lhes ofereçam fórmulas prontas. Se esses deuses falham – e os verdadeiros intelectuais sempre falham porque não são os donos da verdade nem das respostas certas, apenas pessoas honestamente dispostas a fazer perguntas – são invalidados, considerados ruins, incompetentes.

Há uma manobra ideológica e outra, inconsciente, por trás disso.

Todas as vezes que acusamos veementemente alguém de ser aquilo que é indesejável, ruim, incompetente, negativo, criamos uma imagem positiva de nós mesmos. Somos exatamente o oposto daquilo que acusamos o Outro. Mas Freud já nos ensinou que, em geral, aquilo de que acusamos o Outro é aquilo que não suportamos constatar em nós mesmos.

Simone e Sartre construíram um sistema de pensamento que enfatiza: todos somos livres e a liberdade nos confronta a cada segundo com a angústia de fazer escolhas e com o sofrimento de nos responsabilizarmos por elas. Esse é um pensamento radical que implica, a quem adotá-lo honestamente, viver na insegurança, na incerteza e em constante contato com sua própria falibilidade e a ambiguidade.

Acredito que essa é a principal causa a todas as críticas levianas feitas a Simone de Beauvoir (e a Sartre). Quando as pessoas se referem a ela (ou a ele) em termos como “rever o passado”, “desconstruir mitos”, “derrubar messias”, na verdade estão fazendo uso de termos ideológicos. Buscam desqualificar o pensamento libertário, radical, transformador que, por definição, se constrói com base na exploração de visões de mundo, atitudes e comportamentos fora dos padrões e na diversidade de ideias e de ação. Nesse sentido, criticar Simone de Beauvoir (e Sartre) é muito mais construir empecilhos para que os intelectuais de hoje se inspirem ou busquem referências em suas ideias e possam pensar algo novo e tão transformador como eles pensaram em suas épocas.

Quem resiste a pensadores como Simone de Beauvoir e Sartre teme que alguém possa continuar a trilhar os caminhos que eles abriram. Teme palavras como liberdade, ambiguidade, imperfeição, descoberta, independência e, principalmente, responsabilidade e consciência. Teme o debate de ideias. Busca fórmulas que sustentem o status quo, o mainstream ou, para dizer de forma simples, "as coisas como elas estão". Talvez possam encontrar algo assim em alguma religião. Jamais encontrarão isso em pensadores livres e, felizmente, imperfeitos.

Beauvoiriana (aka Literariamente)

VIDA E ESTILO HIPOCRISIA

Sexista e discriminatória

Há momentos em que, por mais que não queiramos, a estupidez humana realmente se torna mais que infinita, como dizia Einstein.

É o recente caso do comercial estrelado por Gisele Bündchen para a fábrica de lingeries Hope. Nem bem começou a ser veiculada, já é alvo de ataques do fundamentalismo. E da pior espécie de fundamentalismo, aquele que se encobre sob a capa das "políticas públicas de proteção...".

Deveríamos esperar - ao menos penso que é o que se espera - de alguém que foi alçada ao posto de Ministra da República, mesmo que apenas chefe de uma Secretaria com status de ministério, que usasse de um atributo fundamental (e que parece em falta no Brasil) que é a ponderação.

Ponderar é refletir, buscar o equilíbrio. Ponderar requer calma e, principalmente, analisar todos - ao menos um número grande - os aspectos envolvidos, inclusive o EFETIVO impacto que a campanha teria no público.

Mas parece que não foi isso que a Ministra fez. Tomada de impulsos quixotescos na sua batalha em defesa da honra e da dignidade das mulheres brasileiras, sequer ponderou que os efeitos seriam mínimos, pois é de máximos que nossa sociedade anda farta: máximo de pobreza, máximo de corrupção, máximo de falta de segurança e de saúde...

E, também importante, sequer ponderou que somos um povo formado por 76% de analfabetos funcionais, que mal e porcamente conseguem entender uma frase que lêem, que dirá as supostas mensagens de "sexismo" e "discriminação" apontadas no comercial.

Tomou armas com seu Sancho, a Coordenadora Nacional do Comitê Latino-Americano e do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher, Carmen Hein de Campos, e pediu a suspensão do comercial. Claro que será seguida por um exército...

Se a Ministra e seu séquito tivessem por hábito ponderar, com certeza chegariam a conclusão de que é pela luta por um novo modelo de educação que mudaremos o que pode ser uma característica arraigada nos brasileiros. Não bradando lanças contra calcinhas...

Parodiando Einstein, apenas duas coisas são infinitas: a estupidez humana e a hipocrisia. E eu tenho certeza que as duas são verdadeiras.

Luiz Afonso Alencastre Escosteguy

IMPUNIDADE, CORRUPÇÃO E HIPOCRISIA

Em meados de agosto passado, a AMB-Associação dos Magistrados Brasileiros, ajuizou perante o STF-Supremo Tribunal Federal uma ação (a ADIN 4638) contestando a constitucionalidade da Resolução 135 do CNJ-Conselho Nacional de Justiça, que estabelece as normas relativas aos processos administrativo-disciplinares envolvendo os magistrados.

Mais ou menos simultaneamente , começaram a pipocar algumas manifestações contra a corrupção no país, em geral bastante esvaziadas, muito embora incentivadas e até mesmo convocadas por órgãos da mídia.

Onde se encontram estes fatos na vida política da nação?

O CNJ foi criado pela Emenda Constitucional 45 , em fins de 2004, para ser órgão de controle do Poder Judiciário (que não se submete a eleições populares, como os demais poderes) ainda que integrado majoritariamente por membros do próprio Judiciário, mais alguns representantes da OAB, Ministério Público e Parlamento. Sua competência está direta e expressamente estabelecida na Carta Magna. Lá, dentre outras, o art. 103-B, §4º, inciso III prevê que cabe ao CNJ “receber e conhecer das reclamações contra membros ou órgãos do Poder Judiciário”.

Desde sua criação o CNJ tem agido com eficácia. 50 magistrados foram condenados pela prática de vários delitos. Dezenas de atos descabidos, autoritários ou injustificados de Tribunais espalhados por todo o país foram anulados e revertidos pelo CNJ. A mais velha caixa-preta da República se não foi totalmente aberta, pelo menos passou a ser mais conhecida pelo povo.

A intenção da AMB, entidade corporativa dos magistrados, é reduzir drasticamente o poder do CNJ para punir seus membros, mediante a afirmação de uma competência subsidiária, que existiria apenas na “omissão” das corregedorias dos Tribunais.
A simples leitura da Constituição aponta que esta competência é concorrente com a corregedoria dos Tribunais (se não fosse assim, qual o sentido da expressão “sem prejuízo da competência dos Tribunais”, presente no inciso supra citado?), mas se não fosse a corajosa intervenção da Ministra Eliana Calmon, corregedora do CNJ, com uma declaração forte e impactante, o STF teria certamente emasculado os poderes do Conselho.
A repercussão do grito da Ministra fez a Suprema Corte adiar a votação da ADIN 4638.

Este episódio deve ensinar algumas lições ao Brasil.
A principal delas é que a impunidade é o atributo mais desejado por nossas elites, estejam onde estiverem.
Outra lição, não menos importante, é que a corrupção, filha dileta da impunidade, não está centrada no Governo Federal nem se resolve com a faxina de alguns ministros.É um fenômeno endêmico em nosso pais, presente em todos os poderes, em todas as esferas de poder e na própria sociedade civil, muitas vezes disfarçada de “jeitinho brasileiro”.

Não se combaterá a corrupção impulsionando a impunidade. Se a sociedade compreender isto, bem como a real extensão do problema, talvez as manifestações públicas deixem de ser mero instrumento da luta politico-partidária, perdendo o ranço de moralismo udenista, que hoje ressurge até no surrado símbolo das vassouras, para ganhar volume de massas em nossas ruas. Afinal, lembremos que a UDN, quando teve oportunidade não varreu a corrupção, mas varreu a Democracia…

Antônio Escosteguy Castro

REFORÇO DE CAIXA

A reforma política que o PT está propondo à Câmara dos Deputados, e que o ex-presidente Lula já encampou como bandeira de luta, serve ao partido do poder, mas não serve ao eleitor, nem serve para mudar, muito menos para melhorar, o sistema eleitoral vigente no País.

Em alguns aspectos, piora, e por isso é de suma importância que a sociedade se engaje nessa discussão com a mesma disposição com que se alistou no debate sobre a Lei da Ficha Limpa.

É certo que a exigência de vida pregressa sem contas abertas na Justiça para candidatos a representantes populares corre risco. O Supremo Tribunal Federal está para votar a constitucionalidade da lei e pode derrubá-la.

Mas, ainda assim, valeu a pena. Não fosse a pressão exercida sobre o Congresso no início do ano passado, o assunto continuaria fora da pauta nacional, seria apenas uma abstração.
A manifestação do STF seja qual for obrigará a algum tipo de solução para o problema.

A dita reforma política engendrada pelo PT é desses assuntos que requerem toda atenção do público. Mais não fosse porque mexe no bolso de todos.

São dois os pontos principais: a instituição do voto em lista mitigado mediante um confuso método misto de escolhas partidárias e nominais e o financiamento das campanhas eleitorais.


Não há no horizonte da proposta nada que favoreça a correção do sistema representativo. O foco é dinheiro e poder.

Quando o PT fala em financiamento público de campanha busca construir um álibi para o julgamento do processo do mensalão no Supremo, baseado no principal argumento da defesa de que não houve corrupção, mas apenas adaptação do partido às exigências impostas pela realidade que obriga partidos e candidatos recorrerem a dinheiro de caixa 2.

Mas não é financiamento público de fato o que propõe o partido. É a constituição de um fundo partidário composto por dinheiro do Orçamento da União, a ser abastecido também por doações de pessoas físicas e jurídicas.

E sem o limite determinado. Hoje as pessoas físicas podem doar o equivalente a até 10% da renda declarada no IR e as jurídicas até 2% do faturamento anual.

Ou seja, ao sistema atual (piorado) acrescenta-se o financiamento público. De quanto? O TSE determinaria o montante, segundo o projeto. Mas, é possível fazer um cálculo aproximado, com base nos R$ 7 por eleitor já propostos em outras ocasiões.

Levando em conta os 135 milhões de eleitores registrados em 2010, teríamos quase R$ 1 bilhão reservado do Orçamento às campanhas.
Somado aos atuais R$ 300 milhões do Fundo Partidário e aos cerca de R$ 800 milhões resultantes da renúncia fiscal das emissoras pela transmissão do horário eleitoral gratuito, o gasto público com os partidos ultrapassaria os R$ 2 bilhões.

Isso sem garantia de que não haveria caixa 2.

As doações do fundo dito público seriam distribuídas da seguinte maneira: 5% igualmente a todos os partidos, 15% a todas as legendas com representação na Câmara dos Deputados e 80% divididos proporcionalmente ao número de votos obtidos na eleição anterior.

Ou seja, os maiores partidos de hoje levam a maior parte do dinheiro, o que assegura que continuem sendo os mais fortes. Favoreceria o PT e o PMDB.

Garantida a parte do leão, a distribuição interna entre candidatos só dependeria de um acerto prévio entre as direções e as empresas interessadas, exatamente como é feito hoje.

Os beneficiados? Os eleitos pelas cúpulas do partido para integrar a lista fechada. Por esse sistema o que se teria cada vez mais é a submissão dos parlamentares às respectivas direções, que, no caso dos partidos no poder, significa dizer o governo.

Ah, mas há a possibilidade de se eleger nominalmente metade dos deputados. Por qual sistema?

Diz a proposta: "Dividir-se-á a soma aritmética do número de votos da legenda dados à lista partidária preordenada e dos votos nominais dados aos candidatos nela inscritos pelo número de lugares por eles obtidos, mais um, cabendo ao partido ou coligação que apresentar a maior média um dos lugares a preencher".

Não deu para entender? Pois é, pelo jeito essa é a ideia.

DORA KRAMER - O Estado de S.Paulo

"PÔNEIS MALDITOS"

CONAR vai investigar campanha da Nissan

O Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar) vai investigar a campanha da Nissan “Pôneis Malditos”, veiculada na TV e na internet. O órgão recebeu denúncias de diferentes partes do Brasil por associar a palavra “malditos” a figuras infantis, embora o público da campanha seja adulto.

O filme faz uma sátira à potência dos motores rivais da montadora, comparando-os aos animaizinhos: “É o seguinte, se você não passar esse vídeo agora para 10 pessoas, você vai sofrer a maldição do pônei: você vai ficar o resto da vida com essa música na cabeça”.

A campanha foi criada pela agencia Lew’Lara/ TBWA e obteve mais de 5 milhões de visualizações no Youtube e emplacou rapidamente também no Twitter.

O comercial pode sair do ar até que o processo seja julgado. O julgamento, segundo o Conar, ocorre em torno de 30 dias.

Fonte: Exame

O FIM ESTÁ PRÓXIMO

Eu me pergunto se vamos ter que passar sérias necessidades para que o povo acorde.

O brasileiro fez-se independente sem uma gota de sangue e sem passar fome; fez-se republicano em um ato que teve como única vítima um sargento que foi ferido por um tiro na bunda; passou 15 anos sob a ditadura de um calhorda sem dar um pio; passou outros 20 anos sob o comando de militares que mataram menos gente do que os cocos – as vítimas mortas pelas quedas de cocos nas suas cabeças são 100 por ano; nunca tivemos furacões ou terremotos significantes e muito menos temos vulcões ou tsunamis.

A ausência de eventos graves nos transformou em um povo bovino, ao mesmo tempo que a nossa cultura vagabunda não nos permite associar os bons exemplos do que a participação popular já conseguiu na história da humanidade, durante as guerras, a fome, as pestes e as intempéries da natureza.

Na verdade, vivemos aqui no Brasil um arremedo de democracia onde os lorpas e pascácios trocam seus votos por dez reis de mel coado, esmolas aviltantes que, a cada ano que passa, embotam ainda mais a consciência de cidadania, de participação – o bovino tem capim para comer e saco para coçar, então tá muito bom.

Eu não vejo futuro nenhum para o país a não ser que uma grande hecatombe nos atinja, para que possamos zerar tudo e recomeçar, e é claro que essa tragédia certamente não virá da natureza pura e sim da natureza dos homens –por assim dizer, porque são ratos – que hoje detêm o poder.

E digo mais: não estamos muito longe dela porque os nossos Executivo, Legislativo e Judiciário não passam de covis repletos de incompetentes que não servem nem para seguidores de Adhemar de Barros – o do “rouba mas faz” –, porque lhes falta até vontade, além de patriotismo, honestidade e decência.

Portanto, em não se fazendo nada, só roubando, é como diria o profeta: “o fim está próximo” – o problema vai ser o recomeço.

Por Ricardo Froes

A CALCINHA DE GISELE BÜNDCHEN

O que não faltam são temas importantes para este Comentário: o massacre corporativista que vem sofrendo a juíza Eliana Calmon, que teve a coragem de afirmar a existência de “bandidos de toga”; as ininterruptas lambanças do governo na área econômica; o lançamento do novo partido de Kassab, pregando, de forma um tanto irresponsável, uma nova Constituinte; e as mudanças na Polícia Militar carioca por conta dos escândalos de corrupção. Mas, como o meu Comentário do Dia é sempre em uma sexta-feira, prefiro escolher assunto mais leve. Vou falar da censura ao novo comercial da modelo Gisele Bündchen.

Ainda que o tema pareça ter menos relevância que os demais, creio que as pequenas coisas expõem até melhor os sintomas de uma sociedade doente. Quando chegamos ao ponto em que o governo se imiscui até em assuntos como este, censurando uma propaganda só porque retrata, de maneira irônica, uma ululante realidade – qual seja, o poder que a beleza feminina exerce sobre os homens desde sempre –, então é porque estamos perdidos mesmo!

A Secretaria de Políticas para as Mulheres resolveu brigar com o estereótipo da mulher gostosa que seduz o marido. No comercial, Gisele mostra que a forma “correta” para dar uma má notícia, como a batida do carro, deve ser com o corpo seminu. As feministas logo acusaram o golpe. Um absurdo! Machismo!
O que elas nem sequer perceberam é que tal campanha denigre a imagem do homem, mais do que da mulher. Retrata o macho humano como pouco mais que um gorila babão, um ser autômato que canaliza toda a circulação sanguínea para a região pélvica do corpo. Como se tudo que importasse para nós fosse a forma física de Angelina Jolie, e não suas fantásticas idéias políticas...

O feminismo é uma chatice só. Geralmente, coisa de mulher mal amada, encalhada e invejosa, que detesta a beleza alheia. Eu estou com Vinícius, que pediu perdão às feias, mas defendeu que a beleza é fundamental. Deixem a Gisele em paz, desfilando suas lindas curvas na TV. Se tem algo que talvez devesse ser proibido, seria seu desfile do biquíni com a estampa do assassino Che Guevara.

Algo análogo a desfilar com uma suástica nazista. Mas, mesmo neste caso extremo, sou pela tolerância. As belas e as néscias, muitas vezes uma só pessoa, têm total direito de mostrar ao mundo sua beleza e sua estultice. Não à censura!

Rodrigo Constantino

PÁTRIA DE CHUTEIRAS E OCASO DA RAZÃO

Aprendi ao longo de alguns textos sobre a Copa do Mundo de Futebol que o preço de questionar uma conquista nacional é o de ser acusado de torcer contra o Brasil.
Isso não é exclusivo do atual governo. Desde a ditadura militar, com seu famoso slogan "ame-o ou deixe-o", a tendência é inibir certas críticas, associando-as à falta de patriotismo.
Neste caso, e em muitos outros, o patriotismo não é simplesmente um refúgio de canalhas, como na célebre citação. Ele faz parte de um processo complexo de acúmulo de poder e dinheiro, no qual um dos elementos sempre impulsiona o outro: mais dinheiro traz mais poder, que, por sua vez, traz mais dinheiro.

Da maneira como está sendo conduzida, a preparação para a Copa não é racional.
Notícias de bastidores relatam a insatisfação da Fifa, que poderia em outubro cancelar a escolha do Brasil como sede. O que a Fifa parece querer é pior ainda do que se está fazendo por aqui. A entidade quer eliminar o meio ingresso para estudantes e idosos, algo que, correto ou não, representa direitos conquistados.
O governo enfatiza esse detalhe da disputa com a Fifa, porque sabe que o deixa bem com a opinião pública.

Outros anéis já se foram, sem grandes protestos. O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC), denunciado pela Procuradoria-Geral da República, foi o primeiro grande passo para conformar a legislação brasileira ao desígnios dos que se querem aproveitar da Copa.
E o relator do projeto do novo Código Florestal no Senado, Luiz Henrique (PMDB-SC), afirmou que seria introduzida uma emenda no projeto permitindo desmatar para obras da Copa. O Brasil tem pressa, disse ele.

Quando se trata de conformar uma legislação aos seus desígnios, o Brasil deles tem pressa. Quando se trata de avançar com obras essenciais para a Copa, o Brasil deles é devagar. Aparentemente, são movimentos contraditórios, mas no fundo se complementam: mais pressa significa menos controle sobre os gastos.

Estou convencido de que muitos desses gastos são irracionais.

No capítulo dos estádios esportivos, tenho mencionado dois exemplos: o do Maracanã, no Rio, e o do Machadão, em Natal. Só para a reforma do Maracanã o governador Sérgio Cabral pretendia gastar quase R$ 1 bilhão. O Tribunal de Contas apertou o controle e conseguiu abater R$ 84 milhões.
O governo do Rio, que esta semana contraiu um empréstimo de US$ 126,6 milhões com o Banco Interamericano, resolveu fazer marketing e reduziu mais R$ 80 milhões no custo do Maracanã. O mecanismo foi sutil: isentar de ICMS o material de construção destinado à obra, construída pela empresa Delta, de Fernando Cavendish, amigo de Cabral. Nem os fluminenses nem sua imprensa se deram conta, na plenitude, de que estavam sendo enganados: os custos são os mesmos, mas pagos de forma diferente.

Tudo foi feito em concordância com a legislação federal que também isenta estádios de alguns impostos. A conta da Copa ficará um pouco como as pessoas cujas fotos são processados no Photoshop e parecem ter 10 kg a menos.

O caso do Machadão, em Natal, que se vai chamar Arena das Dunas, também é típico. O estádio será reconstruído para ampliar sua capacidade. Pesquisas sobre sua trajetória indicam que só lotou uma vez, durante a visita do papa João Paulo II. Suponhamos que a ampliação sirva aos jogos da Copa. Mas, e depois? Teríamos de esperar nova visita de um papa para encher o estádio outra vez.

A solução para os aeroportos também me parece irracional. O aumento do número de passageiros das linhas aéreas é constante no País. Com ou sem Copa, precisamos de novos aeroportos. A solução apresentada: construir terminais provisórios. Se há uma necessidade estratégica de crescimento, o arranjo provisório atrasaria a solução definitiva e drenaria parte dos seus recursos. Serviria à Copa e aos torcedores, mas atrasaria o passo de novas levas de viajantes.

As famosas obras de mobilidade urbana não serão concluídas. O empenho na construção do trem-bala parece maior do que a preocupação com as massas metropolitanas que, às vezes, passam quatro horas do dia se deslocando de casa para o trabalho e vice-versa.
A solução para esse complexo problema já foi anunciada pela ministra Miriam Belchior: sai o legado, entra o feriado. Nos dias de jogo, as cidades param e o Brasil arca com um imenso prejuízo, sentido na carne pelos trabalhadores autônomos.

Nunca se falou tanto em transparência quanto na época em que o Brasil foi escolhido para sediar a Copa e a Olimpíada. Políticos de vários horizontes formaram comissões, ONGs se posicionaram no front da vigilância e, no entanto, os dados não aparecem com toda a sua clareza. O empréstimo de US$ 126,6 milhões no exterior e a redução de custos no Maracanã com base em isenção de impostos são faces de um drama que escapa até aos grandes órgãos de comunicação do Rio, siderados com os lucros que a Copa lhes trará.

Porém a vida continua no seu implacável ritmo. A insensatez joga em inúmeras posições, mas os governantes calculam que os prejuízos serão recompensados por uma vitória nacional no futebol.
Em caso de derrota e insatisfação, há sempre o recurso de mais um feriado para aplacar a fúria.

A proposta do Brasil é sediar a Copa do Mundo para projetar sua nova importância internacional. Para essa tarefa estratégica a interface cosmopolita do País são os Ministérios do Esporte e do Turismo.
O primeiro é dirigido pelo Partido Comunista do Brasil, que há alguns anos era fascinado pela experiência da Albânia. O segundo é feudo do senador José Sarney e procura atender, prioritariamente, ao Maranhão, um belo Estado, porém mantido no atraso pelos seus dirigentes.

Os patriotas que me perdoem, mas não posso repetir o slogan do McDonald's, amo muito tudo isso. E já vai muito longe o tempo em que o dilema, pela força da repressão, era amar ou deixar.

Nos tempos democráticos, é preciso demonstrar a racionalidade das ações do governo. E a Copa do Mundo de 2014 pode ser a amarga taça da improvisação e cobiça na qual bebem apenas políticos empresários.

Fernando Gabeira, jornalista - O Estado de S.Paulo

CABIDE PARTIDÁRIO

O PSD representa o triunfo de políticos cujo objetivo maior é estar no governo, qualquer governo.
A finalidade, os brasileiros a conhecem. Para quem não a conhece, os sucessivos escândalos se encarregam de esclarecer.

Nesse sentido, o partido faz jus à condição de costela do DEM, herdeiro, por sua vez, do PFL, legenda insuperável em parasitar o poder.

Já na primeira reunião, Gilberto Kassab, chefe da sigla, foi direto ao ponto. "Estamos abertos a alianças com qualquer um; o que irá nortear as nossas alianças são nossos princípios e nossa conduta."
Quais são eles? "O PSD não fará oposição pela oposição. Faremos política para ajudar o Brasil." Hum.

Vai exigir definição dos que querem mudar de sigla? "Não teria sentido, seria incoerência para um partido que quer inovar impor ao parlamentar mudanças em sua conduta", diz o prefeito de SP (sim, ele ainda é).

Em bom kassabês, cabe quem quiser. O importante é atrair uma enxurrada de parlamentares, venham de onde vierem, para ganhar peso e vender caro as barganhas pela frente.
Em troca, exigem-se compromissos do mesmo quilate das promessas feitas a quem, vivo ou morto, chancelou a criação do PSD.

Após declarar que seu partido não era de esquerda, nem de direita, nem de centro, Kassab ensaiou um ajuste retórico. Ontem acordou "centrista", jeito fashion de afirmar que é tudo e nada ao mesmo tempo.

Providenciou também a ideia de uma Constituinte em 2014. Esta convenceu tanto quanto as vitrines das tinturarias que ocultavam em seu interior atividades inconfessáveis.

Mas o PSD tem seu mérito. A maneira como surgiu, a forma escancarada como expõe seus objetivos e a indigência programática alertam para a mediocridade do ambiente político atual.
Ninguém se iluda, contudo, quanto à sua suposta assepsia ideológica. É mais um "partido de resultados" -a favor do quê, todos estão cansados de sabê-lo.

Ricardo Melo
FOLHA DE SÃO PAULO - 29/09/2011

PSD MERGULHA DE CABEÇA NA IDIOTIA POLÍTICA

PSD JÁ SE REVELA MAIS DO MESMO E MERGULHA DE CABEÇA NA IDIOTIA POLÍTICA PROPONDO CONSTITUINTE E ADULANDO OS BOTOCUDOS

Agora falta o Gilberto Kassab e a Kátia Abreu convidarem os ideólogos de Hugo Chávez, Evo Morales e Rafael Correa, para dar o contéudo da proposta pessedista-bolivariana de convocação de assembléia constituinte para o quê mesmo? Atualizar a Constituição brasileira.

Eu só gostaria de saber quem são os luminares juristas que fornecem ao preclaro prefeito paulistano as diretrizes e orientações jurídicas ao novo partido, sobretudo no que tange ao Direito Constitucional.

Pelo andar da carruagem da idiotia política que campeia mundo a fora, talvez Hussein Obama também passe a cogitar o mesmo, ou seja, "atualizar" a Constituição dos Estados Unidos e, mais adiante, também siga a brilhante e original idéia de Kassab de fazer política sem oposição unindo Democratas e Repúblicanos para as próximas eleições americanas.

Já imaginaram um político americano falando em 'atualizar' a Constituição do país? É inimaginável. Por isso mesmo os Estados Unidos constituem a maior e a mais sólida nação democrática do planeta e por isso mesmo a mais avançada em todas as áreas e a mais poderosa economicamente.

Já o Brasil, em decorrência de idiotices como a proferida por Kassab no lançamento do PSD, continua a ser o lixo ocidental.

blog aluizio amorim

O SILÊNCIO SUICIDA DA OPOSIÇÃO POLÍTICA NO BRASIL

VEJAM SÓ! OPOSIÇÃO NO BRASIL RESUME-SE EM MEIA DÚZIA DE JORNALISTAS BLOGUEIROS. O MUNDO PRECISA SABER DISSO!

Depois que o PSDB encomendou uma pesquisa que lhe fornece números e tendências favoráveis ao PT, ao Lula, à Dilma e Zé Dirceu, et caterva e quando Kassab, Kátia Abreu e Guilherme Afif Domingos passam a rodear esse banquete de abutres, verifica-se lamentavelmente a capitulação oficial dos partidos tidos como Oposição ao reinado petista.

A oposição à escumalha do PT e seus sequazes passa as ser feita - pasmem - apenas por meia dúzia de jornalistas blogueiros, como o Reinaldo Azevedo, Augusto Nunes, Orlando Tambosi, Coturno Noturno e a revista Veja e claro, por Aluizio Amorim, este que vos fala através da escrita e que edita há alguns anos este blog.

Sem falsa modéstia, reúno um cabedal de experiência jornalística bem razoável. Estou há 40 anos ininterruptos na profissão.
Comecei em 1971 na redação do jornal O Estado de Florianópolis que nem existe mais.
Depois de gramar por quase 20 anos na imprensa diária "carregando o piano' na redação de O Estado e com passagem pela sucursal da antiga Cia. Jornalística Caldas Júnior de Porto Alegre, em Florianópolis, fui convidado para dirigir o setor de comunicação do Sistema Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (FIESC).
Fui o responsável pela estruturação completa da comunicação do Sistema, sendo que essa empreitada me proporcionou uma enorme experiência e vivi os principais momentos da política brasileira nos últimos 40 anos como profissional do jornalismo.

Atravessei a ditadura militar enfrentando os beleguins da censura prévia dentro da redação.
Como editor nacional e internacional do jornal fui incumbido de transcrever os atos da censura ditados pela Polícia Federal que quase todos os dias aparecia na redação com uma proibição.
O clima era de medo e terror porque nessa época eu lamentavelmente, como já escrevi aqui, militava ao lado da esquerda e cometia uma tremenda injustiça contra os militares que livraram o Brasil de ser transformado numa grande Cuba sob o tacão de uma ditadura comunista.
Sei que não terei a oportunidade de tempo suficiente para poder purgar totalmente esse equívoco que marcou boa parte da minha vida.

Passado o período da censura, ainda vivi os anos da auto-censura, porque a censura à imprensa não termina por decreto, nem por uma Constituição Democrática. Todavia, naquela época os militares não tinham outra alternativa de ação como reconheço hoje, porque havia uma conspiração comunista.
Estavamos numa guerra contra a vagabundagem assassina dos comunistas.
Esses mesmos que continuam tão idiotas e perniciosos como naquele tempo e que hoje ocupam posições de destaque no governo e inclusive a Presidência da República.

Dezenas de vezes estive em Brasília, durante os trabalhos da Constituinte, onde acompanhei delegações empresariais de Santa Catarina em contato com a Comissão de Sistematização que digeria o conteúdo das reivindicações de todos os segmentos da sociedade brasileira.
Animava-me o fato de que via o Brasil voltar à democracia com eleições diretas e liberdade de imprensa. Só não seria capaz de imaginar que o Brasil chegasse ao século XXI em frangalhos políticos e sujeito à mesma maldição que obrigou a intervenção militar em 1964.

E confesso que passei muito medo. Ajudei muita gente da esquerda que hoje torce o nariz para mim. Abri muito espaço na imprensa catarinense para essa gente. Arrisquei-me. Combati como pude aquilo que diziam ser a "ditadura militar".

Hoje vejo com tristeza o Brasil vilipendiado pelo esquerdismo, por esses dinossauros comunistas que governam a Nação e que a transformaram num caldeirão de violência.

Aquela violência decorrente do desmonte anárquico dos valores morais e éticos e das instituições democráticas estruturadas na Carta de 1988 que resultam na corrupção como estratégia de poder perpétuo do PT.

A corrupção passou a ser o meio pelo qual conseguem aquilo que tipificam de "governabilidade"; e outra violência, não menos perversa, é a impunidade generalizada que submete a parcela séria e honesta da população brasileira ao assédio dos criminosos, a ponto de se viver sob o terror dos bandidos que folgam com a leniência proposital dos vagabundos comunistas que consideram os atos do banditismo criminoso como produto de "injustiças sociais".

Em favor desses semoventes botocudos, verdadeiros monstros cruéis e assassinos, dispensam o afeto dos direitos humanos.
Vejo também com tristeza e incontida revolta os partidos de oposição como o PSDB adulando a vagabundagem esquerdista virando as costas para os 40 milhões de eleitores que votaram no candidato oposicionista no último pleito presidencial.

Igualmente vejo como inacreditável homens como Kassab e Afif Domingos e mulheres como Kátia Abreu renderem-se aos algozes da Nação, quando dizem que não têm inimigos políticos, quando se sabe que o Brasil tem sim inimigos, os inimigos da democracia que todos sabem quem são eles: o PT e seus sequazes, porque o PT não é um partido democrático, mas uma seita de fanáticos que apóia desde o nazista criminoso Ahmadinejad, passando pelo comunista assassino Cesare Battisti a quem premiaram com um refúgio numa praia do litoral paulista com todos os direitos, à peste da Venezuela conhecida por Hugo Chávez e o moribundo arqui-ditador assassino Fidel Castro.

Enquanto o PSDB encomenda e paga uma pesquisa para a sua própria destruição política, o PSD de Kassab não descarta qualquer aliança política, incluindo aí a bandalha do PT.
Ora, o PT não é adversário político, porque só seria adversário se jogasse o jogo democrático. Como não é democrático, é inimigo!

Ao longo de toda a minha carreira jornalística jamais vi algo sequer parecido.

Este blog é lido não apenas no Brasil, mas tem muitos leitores nos Estados Unidos e na Europa todos os dias.

Aproveito para transmitir ao mundo o que se passa no Brasil: não temos mais oposição. Apenas meia dúzia de jornalistas blogueiros fazem oposição ao PT em defesa da democracia e da liberdade. Aqueles que listei acima e dentre os quais me incluo como muito orgulho.

blog aluizio amorim

"NÃO TENHO QUE ME DESCULPAR"

A corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, afirmou ontem à Folha que não recuará das declarações que fez sobre a magistratura brasileira.

"Eu não tenho que me desculpar. Estão dizendo que ofendi a magistratura, que ofendi todos os juízes do país. Eu não fiz isso de maneira nenhuma. Eu quero é proteger a magistratura dos bandidos infiltrados", disse.
"
A quase totalidade dos 16 mil juízes do país é honesta, os bandidos são minoria. Uma coisa mínima, de 1%, mas que fazem um estrago absurdo no Judiciário",
reiterou a corregedora.

Segundo a ministra, todos precisam perceber que "a imagem do Judiciário é a pior possível, junto ao jurisdicionado [público que recorre aos tribunais]".

"Eu quero justamente mostrar que o próprio Judiciário entende e tenta corrigir seus problemas."
Sobre o julgamento de ação no STF (Supremo Tribunal Federal) que poderá limitar os poderes do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), ela disse que está muito triste.

"As portas estão se fechando. Parece haver um complô para que não se puna ninguém no Brasil." A expectativa era de que a ação, proposta pela AMB (Associação dos Magistrados Brasileiros), fosse discutida na sessão plenária do STF de ontem, mas não entrou na pauta de julgamentos.

Em recente entrevista, Calmon fez ataques a seus pares ao criticar a iniciativa de juízes de tentar reduzir o poder de investigação do CNJ.

Frase

"Não tenho que me desculpar. Eu não ofendi todos os juízes. Eu quero é proteger a a magistratura dos bandidos infiltrados."
ELIANA CALMON
corregedora nacional de Justiça

MÔNICA BERGAMO
COLUNISTA DA FOLHA DE SÃO PAULO - 29/09/2011

CORREGEDORA ELIANA CALMON ACEITA CONVITE PARA DEPOR NO SENADO SOBRE "BANDIDOS"

A corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Eliana Calmon, aceitou o convite para prestar depoimento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado sobre a ação no supremo Tribunal Federal (STF) que tenta restringir o poder do CNJ de investigar e punir magistrados.
A informação é do Blog do Noblat . A Comissão convidou ainda o presidente do CNJ e do STF, Cezar Peluso. No entanto, de acordo com o colunista, é pouco provável que Peluso aceite o convite para depor na CCJ.

Segundo reportagem da "Folha de S.Paulo", pelo menos 35 desembargadores podem ser beneficiados caso o Supremo decida acatar a Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) proposta pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) contra a resolução 135 do CNJ.

A resolução estipulou e padronizou as regras das investigações contra juízes. A AMB defende que o CNJ não pode investigar magistrados antes das corregedorias dos tribunais onde os suspeitos são lotados.
Na quarta-feira, o STF adiou o julgamento da Adin .

A reportagem informa ainda que, se for considerado os juízes de 1ª instância, o número de beneficiados com a decisão pode subir para 115. Os casos envolvem suspeitas de vendas de sentença, favorecimento de partes de processo, desvio de recursos entre outros.

No Senado, a proposta de emenda à Constituição, proposta pelo senador Demóstenes Torres (DEM-GO) reforçando os poderes do CNJ , havia até a noite de quarta-feira cerca de 50 assinaturas de apoio.

O presidente da AMB, Henrique Calandra, se ofereceu para depor na CCJ do Senado junto com a corregedora nacional e o presidente do conselho. no entanto, foi descartado pela Comissão.

Na terça-feira, Peluso abriu a sessão do conselho com a leitura de nota de repúdio às declarações de Eliana Calmon que o esvaziamento das atribuições do CNJ seria "o primeiro caminho para a impunidade da magistratura", que, segundo ela, está infiltrada de "bandidos escondidos atrás da toga".( site do deputado Aleluia)

OPINIÃO DO DIA: DORA KRAMER E A "NEBULOSA" DO PSD

Dora Kramer: Assembleia Constituinte

"Mas, para que não se diga que o PSD não tem nada a propor, o partido propôs logo no dia seguinte à oficialização de seu registro pelo Tribunal Superior Eleitoral, a formação de uma Assembleia Constituinte revisora a ser eleita em 2014 sob o nome de Câmara Revisional exclusiva que trabalharia por dois anos. [...] O objetivo é nebuloso. Para que mesmo uma Constituinte neste momento? Não houve ruptura da ordem institucional nem alteração de regime como o que justificou a Constituinte na passagem do regime totalitário para a democracia, na década dos 80."


Dora Kramer, "O 28o. elemento". O Estado de S. Paulo, 29 de setembro de 2011

O GOVERNO CONTRA A LINGERIE DA GISELE...



O governo julgou inadequada a propaganda da Gisele, por ser "ofensiva e sexista".
Em matéria de propaganda imprópria, será que o governo pretende manter o monópolio? E quanto a ser "ofensiva", será que é mais "ofensiva" que a corrupção que tomou conta da politicalha brasileira? Seria mais ofensiva, não apenas às mulheres, mas a todo o povo brasileiro, que a impunidade de corruptos? E a reação intempestiva do Ministro Cesar Peluso sobre a declaração da corregedora Eliana Calmon, sobre os "bandidos togados", tentando impor o corporativismo togado?! E sobre o mensalão? E sobre todo o resto de picaretagem que faz a fortuna de políticos corruptos?! Ou mais ofensivo do que o sigilo dos cartões corporativos?
Será que, quanto ao "sexista", seria mais permissiva e ofensiva, que o tal do Kit gay que se pretendeu distribuir nas escolas?!

Penso que "ofensivo" é a esbórnia com o dinheiro público; os desvios de recursos públicos; a saúde pública sucateada; a segurança envergonhada que faz refém a sociedade; a educação desmantelada e abandonada...
Finalmente, seria mais "ofensivo" que o governo paralelo do Lula e do Dirceu?
Isso é ofensivo!!! O resto é para inglês ver...
Alguma dúvida?
m.americo

DE GUERRILHEIRO A CORRUPTO E A PORTA VOZ DOS CHEFES MILITARES?

O ex-terrorista José Genoino, hoje assessor do Ministério da Defesa, diz que os três comandantes militares estão tranqüilos com a instalação da Comissão da Verdade e que a apóiam.

A Comissão da Verdade pretende contar a VERDADE sobre, por exemplo, o assassinato covarde, com incríveis requintes de crueldade, do tenente Alberto Mendes Júnior, da Polícia Militar de São Paulo, comandada por aquele doce facínora?

Contará a verdade sobre as 119 pessoas assassinadas (nomes, circunstâncias e assassinos, pelos terroristas de esquerda?

Com quantas mentiras se faz uma Comissão da Verdade?

Eu estou aqui é para desafinar o coro dos contentes mesmo! Não que eu faça questão de ir sempre contra as unanimidades porque supostamente burras — algumas não são. Se fossem, então estaríamos diante de uma unanimidade… burra, certo? Eu gosto é de lógica e não gosto de coisas explicadas ou ditas pela metade.

O ex-terrorista José Genoino, hoje assessor do Ministério da Defesa, diz que os três comandantes militares estão tranqüilos com a instalação da Comissão da Verdade e que a apóiam. Pode ser. Eu nunca me senti obrigado a ter a bênção militar para pensar isso ou aquilo. Por isso, não apóio comissão nenhuma! Parece que Genoino, 40 anos depois, resolveu aderir a uma nova máxima: "Se até os militares gostam…"

Vamos ao caso do dia.

A ministra dos Direitos Humanos, Maria do Rosário — aquela que foi a São Paulo deitar proselitismo contra a polícia mais eficiente do país —, esteve com a presidente Dilma e concedeu uma entrevista depois. Afirmou basicamente que espera contar com o apoio da oposição para a instalação da tal comissão e que nada divide, nesse particular, o governo e seus adversários. Certo.

A dita comissão, depois de uma longa negociação, vai contar a história oficial, segundo a ótica, dos direitos humanos, no período que vai de 1946 a 1985. O Brasil é um país exótico mesmo. Em 1946, dá-se a redemocratização, depois da ditadura do Estado Novo. Se era para ir tão longe, por que não chegar a 1937, quando Getúlio institui a ditadura escancarada — a de 1930 a 1937, foi uma ditadura mascarada.

Alguém poderia dizer: "É que houve uma anistia!" Ah, bom!!! E a de 1979? Não vale?

Quer dizer que vamos recontar 42 anos de história do Brasil e vamos deixar um ditador asqueroso, como o primeiro Getúlio, fora da parada por causa de oito aninhos só?

Essa história de voltar a 1946 é uma máscara hipócrita para inverter os algarismos: querem mesmo é se fixar no período que começa em 1964, nesse joguinho do doce revanchismo. A anistia de Getúlio, que torturou muito mais do que o regime militar, vale porque, afinal, vocês sabem, ele é o "nosso" (deles) doce ditador. Já a dos militares… É evidente que se trata de revanchismo soft, liofilizado, aparentemente cordato. A depender da evolução do debate, encrua-se a história.

"Se até o chefes militares concordam, quem é você para discordar?" Eu? Alguém com o direito de discordar dos militares, ora essa! A ditadura acabou, não é mesmo?

É curioso que os petistas, que vivem de satanizar os adversários, tentando lhes cassar a legitimidade para fazer política, se mostrem dispostos a dividir essa "dádiva", não é?

Comissão da Verdade? O terrorista Carlos Lamarca foi admitido no panteão dos heróis, com pagamento de indenização e até promoção post mortem. Assim, foi adotado pelo estado brasileiro como homem de bem. A Comissão da Verdade pretende contar a VERDADE sobre, por exemplo, o assassinato covarde, com incríveis requintes de crueldade, do tenente Alberto Mendes Júnior, da Polícia Militar de São Paulo, comandada por aquele doce facínora? Contará a verdade sobre as 119 pessoas assassinadas (nomes, circunstâncias e assassinos aqui) pelos terroristas de esquerda?

Pois eu acho que não!

"Ai, como o Reinaldo é reacionário e direitista!" Sou, é? Acho bastante progressista, numa democracia, o respeito às leis. E o país aprovou uma Lei da Anistia. Essa é a questão de fundo. E há um outro aspecto importantíssimo, central mesmo: essa gente gosta de mistificar seu heroísmo passado para justificar suas lambanças presentes. Ao se fazerem de vítimas e de grandes paladinos da democracia, tentam justificar seus crimes de hoje.

Ah, sim: é bobagem me ofender. Já conheço todos os insultos. Quero argumentos convincentes, que não fiquem no puro proselitismo vitimista.

Por Reinaldo Azevedo

JUSTIÇA EM CRISE

Editorial do Estadão

Diante da forte reação da opinião pública e das críticas ao corporativismo do Judiciário, o Supremo Tribunal Federal (STF) agiu com sensatez ao adiar o julgamento da ação de inconstitucionalidade impetrada pela Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) questionando as prerrogativas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) para investigar e punir juízes acusados de desvios de conduta.

Até terça-feira, a tendência da Corte era acolher o recurso da AMB, abrindo caminho para que o órgão responsável pelo controle externo do Judiciário só examinasse denúncias já julgadas pelas corregedorias dos tribunais.
Mas, diante das reações da opinião pública e, principalmente, do Senado ao bate boca entre o presidente do STF e a corregedora nacional de Justiça, Eliana Calmon, os ministros concluíram que não havia clima para tomar qualquer decisão.

Dias antes, Eliana Calmon havia afirmado que é preciso combater a impunidade dos "bandidos que se escondem atrás da toga". Ela também disse que o presidente da AMB, Nelson Calandra, estaria agindo de comum acordo com Peluso. E classificou o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), no qual ambos foram colegas, como o maior foco da resistência corporativa à punição de juízes.
"Sabe quando vou inspecionar o TJSP? No dia em que o sargento Garcia prender o Zorro", disse ela.

Em nota de repúdio às declarações da corregedora, Peluso cobrou uma retratação. A ministra não só se recusou a se retratar, como aumentou o tom de suas críticas, acusando as corregedorias dos tribunais de "camuflarem suspeitos" e de serem lentas nas investigações para permitir a prescrição dos processos.

Calmon disse ainda que tramitam na Corregedoria Nacional de Justiça 115 processos contra juízes de primeira instância e 35 contra desembargadores.

Lembrou que há dias pediu a abertura de uma investigação para apurar denúncias de envolvimento da presidente do Tribunal de Justiça do Tocantins, desembargadora Willamara de Almeida, num esquema de venda de sentenças.
E afirmou que, se o STF acolhesse o recurso da AMB, as investigações sobre as denúncias de irregularidades cometidas por esses magistrados seriam suspensas.

VERDADES OFENDEM

O presidente do Supremo Tribunal Federal, Cezar Peluso, acabou dando uma boa contribuição ao debate sobre a correção geral de condutas, ao reagir com rudeza, corporativismo e autoritarismo à constatação da corregedora-geral da Justiça, Eliana Calmon, sobre a existência de “bandidos de toga” no Judiciário.

A declaração da juíza nem teria alcançado tanta repercussão não fosse o desejo do ministro de humilhá-la com a admoestação grosseira e a exigência de uma retratação, de resto não atendida numa demonstração de que Eliana Calmon na condição de corregedora é a pessoa certa no lugar certo.

Resultado: a contrarreação de solidariedade à ela e à preservação dos poderes do Conselho Nacional de Justiça impediu que o Supremo votasse na quarta-feira ação da Associação Brasileira de Magistrados (AMB) que, se aprovada como previsto, poria fim à razão do CNJ.

Em resumo, a AMB pede que o conselho perca a atribuição de investigar e punir magistrados antes que sejam julgados pelas corregedorias dos respectivos tribunais onde estejam lotados.

Por analogia, tanto essa ação quanto a atitude de Peluso e mesmo o aval da maioria do CNJ à nota de repúdio do presidente do STF à declaração da juíza, remetem ao posicionamento majoritário do Legislativo contrário a punições a desvio de condutas de seus integrantes.

Poder-se-ia comparar também ao pensamento predominante no Executivo, segundo o qual uma limpeza em regra nos critérios para preenchimento de cargos na administração pública faria mal à saúde do governo de coalizão.

Ou seja, a norma não escrita que as excelências de todos os Poderes parecem dispostas a adotar é a da impunidade como pressuposto para que reine a paz na República.

As verdades ofendem, assim como a realidade enunciada pela corregedora ofendeu os brios do presidente do Supremo e as punições aplicadas nos últimos anos pelo CNJ calaram fundo no espírito do corpo da Associação dos Magistrados.

Pacto de coronéis

O senador petista Lindbergh Farias, combatente da luta dos royalties do petróleo para o Rio, acha que o debate perde a racionalidade e se transforma numa briga de salve-se quem puder entre Estados produtores e não produtores, que poderá extrapolar para outras questões.

Por exemplo, para a distribuição do Fundo de Participação dos Estados (FPE), cujos critérios deverão ser definidos em lei complementar até o fim de 2012, conforme determinou o Supremo Tribunal Federal.

A única maneira de resolver, na opinião do senador, seria o governo tomar a frente e atuar como árbitro a fim de preservar o equilíbrio federativo.
“Está faltando liderança, o governo está deixando as coisas correrem frouxas e isso poderá terminar numa grande confusão de Estados contra Estados.”

Lindbergh é contra proposta que vem sendo ventilada com apoio de senadores de seu partido e do presidente do Senado, José Sarney, para que se apliquem à distribuição dos royalties os mesmos critérios adotados para os repasses do FPE.

“Quais critérios? Eles simplesmente não existem. O que está em vigor hoje é resultado de um acordo político feito em 1989 entre o então presidente Sarney e o Congresso, onde Antônio Carlos Magalhães exercia grande influência”, diz ele.

De onde, segundo Lindbergh, resultou um acerto referido na “federação dos coronéis”, pelo qual a Bahia é o Estado que recebe a maior alíquota (9,3%) e o Maranhão vem em segundo lugar (7,2%).

Como o Congresso até hoje não votou lei complementar instituindo parâmetros claros, no ano passado o STF deu prazo de dois anos para a aprovação da lei.

“Se o governo não assumir a liderança do processo, a confusão de agora em relação aos royalties vai se repetir”.

Veto a Gisele

Mais bem defendidos estariam os direitos das mulheres se o governo se preocupasse com a defesa do direito de todos de ver ações efetivas no combate aos abusos cometidos contra o patrimônio público.


Dora Kramer, Estadão.

TEMPOS MODERNOS

Quando a ficção ameaça a realidade, as situações que deveriam ser hilárias, transformam-se em dolorosas verdades, caso a turma do "politicamente correto" vença a guerra das idéias. A cena seria cômica, ao representar uma típica família, se não fosse trágica...

Este video é uma dramatização familiar, mostrando como os valores do presente século estão se alterando. Quando um jovem revelava para a família que era gay, a declaração era uma tragédia, um escândalo, porque o homossexualismc contrariava a natureza. Os valores mudaram, e não falta muito, para que os heterossexuais sejam vistos como pessoas esquisitas, possivelmente com sintomas de alguma anormalidade.
A cena também faz referência a vários artistas de TV e do cinema, como Lady Gaga, Madonna, Cassia Eller, que influenciaram sobre comportamentos sexuais tratando a homossexualidade da juventude como algo normal.

TEORIAS CONSPIRATÓRIAS

Teorias conspiratorias: ufa! Estava sentindo falta delas. Ainda bem que o presidente do Ipea nao me deixa carente...

Este blog, como se diz acima, é pelas ideias inteligentes. Mas de vez em quando são bem-vindas, também, algumas ideias idiotas, como forma de contraponto às primeiras, para fazer o contrastes, e oferecer, como querem alguns puristas, aquilo que já foi chamado de "outro-ladismo".
Teorias conspiratorias, por exemplo, andavam fazendo falta.

Quando ainda existia o socialismo, era mais fácil: bastava culpar meia dúzia de capitalistas pelos problemas do socialismo -- que eram reais no socialismo real -- e dizer que eles se reuniam à noite, em algum hotel chic da Suíça, para conspirar com esse modo de produção sucessor do capitalismo, que acabou não sucedendo nada, fez tilt, deu dois suspiros e depois morreu, sozinho, triste e macambúzio, como se dizia nos romances de antigamente...

Vai ver que foram aqueles seis capitalistas hiper, super, megapoderosos, que complotaram de forma bem sucedida para criar todos aqueles problemas enfrentados pelos países do socialismo real.

Cuba, por exemplo: quão rica, poderosa, feliz e sobretudo livre ela não seria, se não fosse pelo embargo americano? Ianques desgraçados, vocês estão empobrecendo Cuba apenas para provar suas teorias sinistras e funestas, de que o socialismo não funciona.
Só não funciona por causa de vocês, malditos capitalistas. Se vocês não existissem o mundo seria tão mais..., o quê mesmo?: feliz, rico, próspero? Enfim, menos capitalista, e portanto mais socialista. Pelo menos não haveria todos esses países neoliberais para se fazer comparação.

Pois bem, eu estava sentido falta de uma boa teoria conspiratoria, das boas, daquelas capazes de explicar tudo e um pouco mais. Explicar como, por exemplo, nosso planetinha redondo -- sim, se ele fosse quadrado não teríamos problemas de poluição capitalista, pelo menos não em direção ao Sul, que é todo subdesenvolvido e anticapitalista -- não estaria sendo poluído tanto assim, se não fosse por essas malditas companhias transnacionais, que dominam, literalmente, o planeta e a estratosfera.

Basta 500 delas -- reunidas em assembleia na Batcaverna -- para decidirem sobre nossas vidas e sobretudo nossas mortes (de poeira, de fumaças tóxicas, de venenos capitalistas e defensivos multinacionais). Uma coisa horrível.

Enfim, nem sempre temos um gênio da economia como esse presidente do Ipea para restabelecer a verdade verdadeira sobre os problemas do planeta.
Estou louco para ouvi-lo na Rio+20... (para ele vão abrir uma exceção, e será Rio+1, o gênio da raça).

Paulo Roberto de Almeida

FABRICAS SECRETAS DE FRANKESTEINS?

Artigos - Ciência
As pesquisas secretas foram reveladas quando um comitê de cientistas denunciou ante o Parlamento um possível cenário de pesadelo com a hibridação homem-animal indo longe demais.

Um painel de cientistas da Academia de Ciências Médicas de Londres alertou para a possibilidade de a novela “Frankenstein” se tornar espantosa realidade, noticiou a agência LifeSiteNews. Segundo eles, colegas britânicos já criaram mais de 150 embriões híbridos de homem e animal, em pesquisas secretas efetivadas em laboratórios do país.

Por sua vez, o diário Daily Mail noticiou que 155 embriões que misturam elementos genéticos humanos e animais foram criados nos últimos três anos. Os autores foram cientistas que trabalham células embrionárias com o pretexto de achar novos remédios.

As pesquisas secretas foram reveladas quando um comitê de cientistas denunciou ante o Parlamento um possível cenário de pesadelo com a hibridação homem-animal indo longe demais.

O professor Robin Lovell-Badge, do National Institute for Medical Research, denunciou o trabalho de implantação de material genético de seres humanos em embriões animais visando engendrar novas criaturas com atributos humanos. Ele mencionou a inoculação em cérebros de macacos de material tirado de fetos.

O King’s College de Londres e as Universidades de Newcastle e Warwick obtiveram licença para essas experiências antinaturais após a aprovação da lei que garante a utilização de embriões humanos em ensaios de laboratório.

Eles estão à procura de ‘cybrids’, entes resultantes da implantação de um núcleo de célula humana numa célula animal. Também procuram criar ‘quimeras’, resultantes de células humanas misturadas com embriões animais.

Peter Saunders, presidente do grupo Christian Medical Fellowship, que reúne 4.500 médicos do Reino Unido, manifestou ser muito difícil bloquear com leis essas experiências anti-humanas.

Segundo ele, os “cientistas em geral não conhecem bem a teologia, a filosofia e a ética e, com frequência, há interesses ideológicos ou financeiros por trás de suas pesquisas”.

Lord David Alton introduziu um debate no Parlamento e recebeu a resposta de que esses esforços para produzir um humano-animal híbrido pararam por falta de verba.

“Eticamente isto jamais poderia ser justificável, e desprestigia nosso país. É qualquer coisa que toca no grotesco”, acrescentou Lord Alton.

“Dos 80 tratamentos e curas obtidas a partir de células estaminais, todos vieram de células estaminais adultas, nenhuma de células embrionárias. Isto não tem fundamento na moral e na ética, nem tampouco na ciência e na medicina”, completou.

Josephine Quintavalle, do grupo pró-vida Comment on Reproductive Ethics (Corethics), perguntou no “Daily Mail”: “Por que isto deve ser mantido no segredo? Se eles estão orgulhosos do que fazem, por que é preciso apelar ao Parlamento para que isto seja trazido à luz?”


Luis Dufaur, 30 Setembro 2011
Publicado no site Valores Inegociáveis.

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

ANOTAÇÃO DE UM CIDADÃO ABESTALHADO COM OS DESMANDOS DESSE GOVERNO PETISTA

ANOTAÇÕES DE UM CIDADÃO ABESTALHADO COM OS DESMANDOS DESSE GOVERNO PETISTA

Sinceramente, é impensável o que esse governo petista faz e vai continuar fazendo neste país. Vai continuar fazendo porque não existe oposição. São todos uns bundões e estão cuidando de suas vidas, enquanto o PT manda e desmanda em busca do poder vitalício.

O que ocorre com o Brasil é cem vezes pior do que está ocorrendo com nossos vizinhos. É pior pela importância do nosso país e do que ele poderia representar como líder mundial capaz de mudar os rumos da história da humanidade.

Seguir neste passo é regredir aos tempos do nazismo. É deletar todas as conquistas democráticas dos últimos tempos. E isto, cidadão, não é ficção. Está ocorrendo aqui e agora. Leia abaixo, algumas notícias anotadas nesta data que, abestalhado, compartilho com você:

Informa o jornalista Cláudio Humberto que o Banco do Brasil abandona Brasília para fortalecer o PT em São Paulo.
Segundo ele, a presidência do Banco do Brasil está “fatiando” sua sede em Brasília e transferindo diretorias para São Paulo. O objetivo é fortalecer o PT nas eleições municipais de 2012.

Após dobrar a verba de propaganda de R$ 240 milhões para R$ 420 milhões, a diretoria de Marketing vai levar mais de 70% dos cem funcionários para a capital paulista. Ficam em Brasília o setor de “endomarketing” e parte da assessoria de imprensa, que parece ignorar tudo: diz não haver “definição” sobre a mudança.

A mudança parcial do Banco do Brasil atende a conveniência política e até pessoal de diretores paulistas. Mas o custo será nosso, e é secreto.

A justificativa oficial do BB para a transferência é a de que o mercado financeiro “está concentrado em São Paulo”. Mas é só uma lorota petista.

A diretoria de Mercado de Capitais do BB trocará a sede de Brasília por duas instalações, maiores e mais caras, em São Paulo e no Rio.

A lipoaspiração do BB em Brasília começou com a transferência da subsidiária BB-DTVM (distribuidora de títulos) para o Rio de Janeiro.

Já a Folha Online informa que o vice Michel Temer diz que não dá para governar de vassoura na mão. Ele nega que o governo esteja vivendo uma crise administrativa por conta da queda de ministros envolvidos em escândalos de corrupção ou uso indevido do dinheiro público.

Também pudera. Será que ele iria admitir?

E diz ainda o impassível vice:

- Não se pode fazer governo com vassoura na mão. Você toma as medidas que tem que tomar, e as medidas foram tomadas, mas não tem que fazer isso permanentemente.

Certo. A vida tem que seguir e existem outros corruptos que precisam ganhar seus trocados. O governo não pode parar. Faz uma faxinazinha com uma vassourinha de brinquedo e com uma foice cria uma lei que lhe permite gastar quanto quiser no projeto Copa do Mundo sem dar satisfação a ninguém.

Bom né, Zé Mané?

E para encerrar diz o vice:

- Perguntaram-me aqui sobre a crise que o país viveu. Seria uma crise de natureza administrativa, porque quatro ou cinco ministros saíram de seus postos. Mas, outros com muita naturalidade assumiram esses mesmos postos, de modo que sequer crise administrativa se verificou.

Pois é, óleo de peroba nem pensar!

Ainda na Folha Online a divulgação de mais um release do Ministério da Propaganda Petista com uma velha lorota que é repetida sistematicamente para que você acredite. É tal história da nova classe social.

Informa a Folha que o IPEA, aquele instituto que já foi sério, diz que o número de pessoas na baixa renda diminui 25% em 9 anos. É engraçado que eles só apresentam dados dos últimos nove anos, ou a partir de 2002 início da era petista ou do descobrimento do Brasil pelo Apedeuta Luis Cabral Lula da Silva.

Informa o release que o número de pessoas que viviam com até meio salário mínimo per capita caiu 24,7% nos últimos nove anos, de 2002 até 2011. Segundo levantamento do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), que levou em conta a população de seis regiões metropolitanas do país, em julho de 2002, 17 milhões de pessoas viviam na faixa considerada de baixa renda, ante os atuais 12,8 milhões.

Como a mentira tem pernas curtas aqui ou acolá esses releases do Ministério da Propaganda Petista cometem seus erros. Neste informe, já não são mais 30 milhões que foram resgatados da linha da miséria e apenas e tão somente 4,2 milhões. Lorota por lorota eu prefiro aquelas que ao menos você ri.

Para concluir: Alexandre Schwartsman, ex-diretor do Banco Central afirma que de cada R$ 1 acrescido ao PIB do país nos últimos 16 anos, o governo arrecadou R$ 0,48 e gastou R$ 0,51 e a inadimplência das pessoas físicas, segundo BC, subiu em agosto, para 6,7% contra 5,7% no fim do ano passado.

Este é o Brasil do PT. Você que votou "neles" agüente o tranco, meu irmão.

Postado por Lúcio Neto

BRASIL PODE FICAR SEM A COPA

Uma tremenda ducha de água fria está sendo jogada no esporte brasileiro. Uma verdadeira guerra de 'bastidores' está ocorrendo no Planalto.

A FIFA, orgão que comanda o futebol mundial, não abre mão dos seus regulamentos e principalmente de "Caderno de Intensões", fornecidos a todos os países que sediam as Copas.

Por outro lado, a CBF alega que tem também os seus estatutos, regulamentos e regras e, que não pode ir de encontro ao "ESTATUTO do TORCEDOR", que entre outras imposições, consta a cobrança da meia entrada, fato que a Federação Internacional de futebol Associations, não admite.

Portanto, a briga política está declarada e o Ricardo Teixeira (CBF), está como verdadeira 'eminência parda', e envolvidos em sérias denúncias mostrada pela rede Record de TV, assistindo de camarote ao desenrolar das batalhas.

O certo é que, muita água vai rolar em baixo da ponte e certamente o embate dará "PANOS PARA AS MANGAS".
E o governo tenta esconder a verdade. Afinal, tem muita grana em jogo e muitos a repartireem o bôlo. Quem viver, VERÁ!

UMA PÁGINA TRISTE DA HISTÓRIA AMERICANA

Numa guerra, não há mocinhos, nem bandidos como os filmes de Hollywood tanto disseminaram, por décadas.
Recentemente foi descortinada uma página triste da história americana, onde atrocidades cometidas por cientistas yankees os igualaram às práticas nazistas em campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial.


O médico americano John Cutler no começo da década de 1960 com cobaias extraídas da comunidade negra do Alabama

Documentos revelaram que entre 1946 e 1948, experimentos científicos patrocinados por uma agência de saúde subordinada ao Departamento de Saúde Norte-americano, infectou cerca de 1300 cidadãos guatemaltecos com doenças venéreas, para supostamente testar os efeitos da recém-lançada penicilina no combate às doenças sexualmente transmissíveis.

Entre outras praticas dignas de um Dr. Mengele, inocularam sífilis no globo ocular de prostitutas, estimulando-as a copular posteriormente com soldados do exército daquele país latino-americano, além de homens com deficiências físicas e mentais.

Órfãos também foram usados nos experimentos, onde o cientista responsável, um senhor chamado, Dr. John Charles Cutler, mantinha um laboratório nos moldes do usado pelo sinistro Dr. Moreau na ficção científica "A Ilha do Dr. Moreau" *(Livro de H.G. Wells), que gerou três bons filmes, por sinal.
E o Dr. Cutler que antes desses documentos virem à baila, por décadas foi considerado um benfeitor da humanidade por suas descobertas no campo das DST, agora sabemos às custas de pessoas pobres de um país centro-americano, certamente tratadas como cidadãos de terceira classe.

E indo mais fundo, descobriram que antes, em 1943, já fizera vários experimentos em presidiários e adivinhem, pessoas negras e pobres de uma penitenciária da Indiana.
Mas Mengele e Cutler não estão sozinhos na disputa pela "medalha de ouro Dr. Moreau".

Cientistas coreanos nos anos 1930, obrigaram cobaias humanas a ingerirem repolhos envenenados e através de um vidro, monitoravam "cientificamente', os vinte minutos em média que esses infelizes demoravam para morrer após violentas convulsões.

Um microbiologista japonês chamado Shiro Ishii, montou durante o período da Segunda Guerra Mundial , um laboratório ainda mais cruel que o do Dr. Cutler, num rincão asiático dominado pelo exército imperial nipônico.


Grigori Mairanovski, um cientista soviético, costumava fazer experimentos com cobaias humanas nos gulags, envenenando-os com gás C-2. Durava cerca de 15 minutos a agonia dessas pessoas, observada com afinco pelo nobre pesquisador. E o objetivo desse experimento era descobrir um meio do gás não deixar vestígios para legistas e assim contribuir com a eficácia do sigilo da espionagem na Guerra Fria.

E o que dizer dos experimentos da bomba atômica? Pergunte aos pobres moradores do Atol de Bikini ou das Ilhas Marshall, com seus casos de abortos, nascimentos prematuros, câncer tireoidiano etc.
Entre 1971 e 1989, um cientista sul-africano torturou milhares de pessoas, alegando ter encontrado a "cura" para o homossexualismo masculino e feminino. Entre seus métodos, eletrochoques e castração química.



Cena do filme "The Manchurian Candidate" com Frank Sinatra
E o projeto MK-Ultra? Muito antes dos Hippies dos anos sessenta elegerem o LSD como seu combustível sob as bênçãos de Timothy Leary, a CIA fazia experimentos desde o final dos anos 1940, mas com outros propósitos menos lúdicos.
O objetivo era controlar a mente de super espiões, violando as normas do código de Nuremberg (Quando se proibiu experimentos desse nível para efeitos militares ou de inteligência secreta).
E para testar tais métodos, doses cavalares de LSD eram injetadas nas cobaias e muita gente morreu de forma trágica. Recomendo assistir o excelente filme "The Manchurian Candidate", onde esse tema é tratado, com Frank Sinatra atuando como protagonista e muito bem por sinal.

Encerrando: Em nome da "ciência", não são apenas os pobres animais que já sofreram. E nenhuma nação está livre desse ônus, onde não existem mocinhos, só bandidos.

Acrescento:

*A Ilha do Dr. Moreau é um romance de ficção científica de H.G.Wells (foto) lançado originalmente em 1896.

O enredo fala de um médico que cria criaturas monstruosas em uma ilha tropical. Moreau é um cientista obcecado pela idéia de transformar animais em homens através de cirurgias e hipnose.
A chamada vivissecção é o crime de que Moreau é acusado ao fazer suas experiências dolorosas em animais. Isto o leva a se refugiar na ilha onde desenvolve suas idéias. Há, nesta obra, toda uma discussão sobre religião, ética científica, behaviorismo e evolução.

Mais recentemente, um filme estrelado por Marlon Brando, A ilha do Dr. Moreau (1996), tentou contextualizar o enredo usando ciência moderna: engenharia genética e eletrônica.

Luiz Antonio Domingues