"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

CORAGEM

Uma das mensagens mais tocantes e inteligentes que já li nos ultimos tempos. É digna de ser guardada para reflexão todos os dias… E é dita com sabedoria por uma mulher residente em Santa Maria, ilustre desconhecida do povo, mas que tem dignidade e muita dor no coração!! E muita raiva justa! Esta carta é direcionada a milhões de brasileiros responsáveis por essa tragédia!!!

Ancião

“Presidente Dilma – Engula o choro, presidente.

Lágrimas de "crocodila"
Lágrimas de “crocodila”

Engula o choro ao falar da tragédia de Santa Maria. Engula o choro e todos os problemas desse país que nele estão escancarados. Engula que o medo do segurança de ser demitido neste país é maior do que sua consciência de deixar as pessoas saírem sem pagarem suas contas para não morrerem.

Engula a soberba dos donos de empresa desta nação que não estão nada preocupados com pessoas como eu e até mesmo como a senhora porque estão focados demais em lucrar, e preferem fechar as portas como numa câmara de gás a ter prejuízos.

Engula a pressão que todos os seus funcionários sentem todos os dias. Engula que para arcar com seus altíssimos impostos, todos eles dão um jeitinho bem brasileiro de se desviar dos regulamentos e leis. Engula que os órgãos responsáveis por evitar que isso aconteça não funcionam. Engula que eles deixaram essa, entre tantas e tantas casas mais, funcionar sem licença.
 
Engula que provavelmente alguém que também ganha pouquíssimo aceitou um suborno para que isso acontecesse. Engula que a senhora deu “é” sorte por ser apenas essa casa entre todos os tantos lugares que deveriam estar fechados, que caiu na boca da mídia.

Engula a mídia que vai atacar com todo o sensacionalismo possível em cima das famílias que estão procurando celulares em cima de corpos para reconhecer seus filhos. Engula as operadoras que não funcionam e que provavelmente impediram uma série de vítimas a pedirem socorro.

Engula que o socorro que chega para se enfiar em lugares como este, pegando fogo, cheio de corpos de jovens para serem resgatados, recebe um salário vergonhoso, com descontos ainda mais vergonhosos, e ainda assim executam um trabalho triste e digno antes de voltarem para a casa e agradecerem por seus próprios estarem dormindo. Não, presidente. Não chore ao falar da tragédia. Faça! Faça alguma coisa.

E pare de nos dar como exemplos uma série de catástrofes para tomar medidas idiotas que não valerão de nada alguns meses depois. Não se emocione. Acione! Acione a todos os órgãos públicos, faça uma limpa em sua maldita corrupção e devolva à segurança pública, às instituições sérias, aos professores, aos bombeiros, aos enfermeiros, aos seguranças, aos jovens, o mínimo de dignidade.

Não faça um discurso. Mude o percurso. Mude tudo porque estamos cansados de ver nossos iguais pegando fogo, morrendo afogados, morrendo nas filas, morrendo no crack, morrendo, morrendo, morrendo, e tendo como última imagem aquela tv aos fundos anunciando o fim de mais uma bilionária obra de estádio de futebol. Não, presidente.
Desculpe, mas na minha frente, a senhora não pode chorar.

Não pode chorar sua culpa. Não pode chorar sua inércia. Não pode chorar no Chile, mas também não pode chorar em Santa Maria. Porque isso é muito maior do que só um acidente. Isso é muito maior do que só sua comoção.

Engula o seu choro, presidente. O seu, o dos jovens que perceberam que não teriam mais o que fazer que não morrer, e em especial, o de seus amigos e familiares, que em um país como esse, não têm outra opção que não chorar. Engula o choro, presidente.”

MARCELLA MARTINS, Santa Maria, RS
15 de fevereiro de 2013

A COMPLEXA NATUREZA DA GEOPOLÍTICA

Novo Secretário de Estado dos EUA chama-se John Kohn

 
Obama teve também que substituir o chefe do Ministério da Defesa, após Leon Panetta ter se aposentado, ficando no cargo por apenas alguns meses. Interessante notar como ambos os designados foram tratados de forma distinta nas respectivas posses, diante da comissão do senado. O sucessor de Clinton foi sabatinado rapidamente e aprovado. Chuck Hagel, como novo chefe do Pentágono, ao contrário, foi questionado durante 8 horas.

Deve-se esta diferença à declaração de Hagel, “Eu sou um senador dos EUA, não um senador de Israel”, fazendo referência à forte influência do Lobby israelita sobre os políticos de Washington e também pelo fato do outro ser um membro da “tribo” e ser um deles?


John Kohn, novo Secretário de Estado dos EUA

Quando observamos a mídia israelita, percebe-se que quando uma pessoa está prestes a se tornar conhecida, pois vai ocupar uma posição importante, ela vasculha minuciosamente seu passado para saber se esta pessoa é ou não amiga de Israel. No caso do designado ministro da defesa Chuck Hagel, a conclusão é que ele não é um amigo de Israel, por isso desencadeou-se uma campanha de difamação contra ele nos meios de comunicação norte-americanos a partir do momento de sua nomeação por Obama. O Lobby de Israel em Washington tenta de tudo para evitar sua aprovação em Washington. No caso do sucessor de Clinton, a história é outra.
A mídia ficou em silêncio. Por quê?

Não apenas o passado da pessoa é investigado em Israel, mas também sua árvore genealógica. Com isso objetiva-se saber se existem raízes judaicas. Em caso afirmativo, então se anuncia orgulhosamente tal constatação e propagam: “ele é um dos nossos”. Assim foi o caso do novo Secretário de Estado John Kerry, que de fato chama-se John Kohn, pois seus antepassados eram judeus que alteraram o nome da família, uma prática corrente para camuflar a origem.

Nota-se a mesma mentalidade em Israel que também imperava entre os nazistas no Terceiro Reich. A partir de 1933 foi introduzido o Ahnenpass e investigava-se a genealogia das pessoas para se determinar se havia ou não um antepassado judeu até a quinta geração e, em caso negativo, a pessoa recebia então a denominação de “ariano”. Em Israel é exatamente o contrário, lá é investigado a fundo se a pessoa tem algum antepassado judeu, para que então seja anunciado orgulhosamente sua inclusão no “tronco familiar”. Este foi o caso de John Kerry, onde todos acreditavam que sua família era originária da Irlanda, pois um nome mais irlandês que Kerry quase não existe. Mas tudo não passa de uma ilusão.

O site da internet “About Judaism” já tinha publicado em 2004 um artigo onde aparecia grande parte dos antepassados de John Kerry. Tratava-se na época de sua candidatura a presidente pelo partido Democrata, como adversário de Georg W. bush, e o site israelita queria anunciar que Kerry poderia ser o primeiro presidente judeu dos EUA.

E na prática faz diferença? Talvez haja ainda alguma força interior no povo americano que os “eleitos” tenham receio e – por isso – tratam de difamar todo nacionalista que trabalha em prol de seu povo e país – NR.
 
Mas ele não conseguiu. Bush alcançou seu segundo mandato, mas agora Kerry é o novo Secretário de Estado, uma posição também bastante poderosa dentro do governo norte-americano. Uma dádiva para Israel e o Lobby israelita. Por isso ele não precisou temer qualquer resistência contra sua nomeação, embora fora um “opositor à guerra” após sua participação na guerra do Vietnã e durante seus estudos.
Aqui segue a lista dos antepassados de John Kerry, como publicado no “About Judaism”:
Benedikt Kohn (bisavô)
 
Benedikt Kohn, bisavô de John Kerry, nasceu em 1824 no Mähren, região hoje da República Tcheca, e foi um cervejeiro bem sucedido. Após a morte de sua primeira esposa, ele foi para Benisch, atual Horní Benešov, e casou-se com Mathilde Frankel Kohn. Após a morte de Benedikt em 1876, Mathilde mudou-se para Viena juntamente com seus filhos, Ida (7 anos), Friedrich (3) e o bebê Otto.
Fritz Kohn (avô)
 
Fritz e Otto tiveram sucesso em seus estudos, mas como outros judeus, eles tinham a impressão de serem desfavorecidos pelo antissemitismo. Como consequência, ambos os irmãos Kohn se converteram para o catolicismo como camuflagem e, em 1897, Otto alterou seu nome judeu Kohn. Ele escolheu outro nome deixando o lápis cair a esmo sobre o atlas: o local apontado foi County Kerry, na Irlanda. Em 1901, Fritz seguiu o exemplo do irmão e alterou seu nome para Frederick Kerry.

Frederick casou-se com Ida Loew, uma judia musicista originária de Budapeste. Ida era descendente de Sinai Loew, irmão do rabino Judah Loew, o famoso cabalista, filósofo e talmudista, também conhecido como “Maharal de Praga”. Alguns dizem que foi ele que inventou a imagem do Golem. Seus descendentes chama-se, entre outros, Loewy, Loeb, Lowy, Oppenheimer, Pfaelzer e Keim.
Frederick, Ida e seu primeiro filho Erich foram todos batizados como católicos. Em 1905, a família emigrou de Viena para os EUA. Primeiramente eles moraram em Chicago e então encontraram seu primeiro lar em Boston. Frederick e Ida tiveram ainda mais dois filhos que nasceram nos EUA, Mildred em 1910 e Richard em 1915.

Fredrick e Ida viveram com seus três filhos no Brooklin, um bairro de Boston, onde Frederick tornou-se um conhecido comerciante no ramo de calçados e visitava regularmente a missa católica, todos os domingos. Ele nunca contou e ninguém desconfiou que sua família tinha raízes judaicas.

Em 1921, com 48 anos, Frederick foi até um hotel em Boston e meteu uma bala na cabeça. Alguns dizem que o motivo foi de ordem financeira ou uma depressão. Talvez a transição de um judeu tcheco para um católico irlandês tenha sido muito para ele e então não pode mais suportar a fachada com seus verdadeiros sentimentos e crenças interiores.

Realmente, deve ter sido difícil suportar sua opção de não ser mais um “eleito” – NR.
Richard Kerry (pai)
 
Richard tinha 6 anos de idade quando seu pai cometeu suicídio. Conta-se que ele suportou a tragédia à medida que passou a ignorá-la. Richard frequentou a Phillips Academy, a Universidade de Yale e a faculdade de Direito de Harvard. Após ter servido no U.S. Army Air Corps (predecessora da US Air Force), Richard trabalhou para o Ministério do Exterior dos EUA e então no serviço diplomático.
Ele casou-se com Rosemary Forbes, a herdeira da família Forbes, cujo patrimônio se formou através do comércio com a China. Richard e Rosemary tiveram 4 filhos: Margery (1941), John (1943), Diana (1947) e Cameron (1950).

Devido à atividade do pai, John dispendeu grande parte de sua juventude na Europa. Entre 1954 e 1956, ele viveu esporadicamente em Berlim e no Instituto Montana, na Suíça. Nesta época, ele aprendeu alemão; ele ainda domina um pouco este idioma.

Ele se formou em Ciências Políticas na Universidade de Yale. Ele foi membro lá da associação estudantil “Skull & Bones”, assim também como seu futuro adversário político, George W. Bush. “Skull & Bones” é famosa por ter em seus quadros alguns dos mais importantes representantes da política e economia, entre eles três presidentes dos EUA. Esta associação secreta cultiva a imagem da caveira e seu troféu é o crânio do cacique apache Geronimo.

John alcançou em novembro de 1984 uma cadeira no Senado pelo estado de Massachusets e foi reeleito em 1990, 1996, 2002 e 2008. Em 2004 ele saiu como candidato dos Democratas para o posto de presidente e perdeu para Georg W. Bush.

Desde 26 de maio de 1995, ele esta casado pela segunda vez, agora com a uma mulher cinco anos mais velha, a judia Teresa Heinz, a viúva de Henry John Heinz III, o herdeiro do fabricante de Ketchup Henry John Heinz. Ele trouxe três filhos para o casamento. Seu patrimônio é estimado em 500 milhões até 1 bilhão de dólares.

O irmão mais novo, Cameron, um destacado advogado em Boston, casou com uma judia e se converteu ao judaísmo em 1983. Todos pensavam que a família Kerry era composta de irlandeses católicos até as raízes, pois Boston é um reduto dos imigrantes irlandeses.

Agora, desde 1º de fevereiro de 2013, John Kerry, ou John Kohn, é o novo Secretário de Estado norte-americano.

Eu reproduzo esta pesquisa dos antepassados que foi produzida pelo site “About Judaism”. Interessante notar que a autora Lisa Katz inicia seu artigo com o título “Fooled you! And you, and you, and you” ou em português, “Você, você e você foram enganados!”.

Ao final do artigo Katz escreve que 1997, a ex-Secretária de Estado Madeleine Albright descobriu que seus quatro avós eram judeus. Ela nasceu como Marie Jana Korbelová, filha de um diplomata tcheco, que posteriormente tornou-se professor de política na Universidade de Denver, e fugiu antes da entrada dos nazistas, em 1939, com sua família para os EUA.

Também Wesley Clark, antigo general do US Army, comandante supremo das tropas aliadas na Europa e general comandante das forças da OTAN na guerra do Kosovo, tinha um judeu como pai. Ele também tentou a candidatura para presidente dos EUA em 2004, mas desistiu após o morno resultado das prévias.

Katz escreve, “agora (2004) pesquisadores descobriram que John Kerry é na realidade John Kohn. A história do passado judaico dos Kerrys é de interesse, pois reflete a história de muitos judeus europeus, que abdicaram de sua origem judaica no caminho para a América”.

Qual é a posição de Kerry frente a Israel e o Irã? Até agora ele foi um dos mais importantes senadores pró-Israel. Ele era a favor do aumento das relações entre EUA e Israel. Ele não acha certo conferir mais direitos aos palestinos, indiferente se a ONU reconheça praticamente a Palestina como um estado.

Quanto ao Irã, ele é da opinião de que o programa nuclear iraniano representa um perigo para a estabilidade regional. Como senador, ele aprovou todas as severas sanções contra o Irã, descritas pelo vice-presidente Joe Bilden como as mais severas da história. Ele acredita que a ação militar é então justificada quando os esforços diplomáticos tiverem sido esgotados.
Nada restou daquele antigo opositor da Guerra do Vietnã. Como “condecorado” herói de guerra, talvez tenha sido apenas oportunismo estar contra a guerra, pois era moda na época e ajudava na carreira política. Depois, desde o 11 de setembro, ameaças e guerras são as únicas coisas que a classe política norte-americana entende, seja qual for o partido político no poder.

Já passa a ser inquietante e deveria ser para todo norte-americano, quando o senador Chuck Hagel é bombardeado com perguntas sobre sua lealdade a Israel, e se ele está preparado a tomar medidas duras contra o Irã. Neste contexto, a única exigência para este posto de Secretário de Estado deveria ser sua lealdade aos EUA e a defesa incondicional de seus interesses. Mas parece que Washington está de pernas para o ar. Vão p´ra frente somente aqueles que se tornam um manso escravo de Israel. Quem serve a um Estado estrangeiro recebe o principal posto, ao contrário dos preteridos patriotas.
Alles Schall und Rauch,  (03/02/2013)

15 de fevereiro de 2013

A NATUREZA NÃO É DEMOCRÁTICA

 
A natureza tem uma ordem que não é democrática. Não são as partes, que constituem o todo natural, que determinam a ordem da natureza: pelo contrário, é do todo que emana a ordem que coordena as partes.
Uma ética sem diferenciação é um absurdo niilista.
A sociedade organiza-se, hoje, democraticamente; mas até certo ponto e dentro de determinados limites. Por exemplo, a democracia — a vontade colectiva consensual — não pode decretar por lei que um homem possa parir; ou não pode fazer um referendo para alterar a natureza fundamental do ser humano.
Porém, é um pouco isto que está a acontecer hoje, como bem denunciou o Papa Bento XVI: as elites, hoje, fazem de conta de que a razão não é axiomática e, portanto, anterior à própria política e ao “espírito do tempo”.

Não sendo a natureza, democrática, o Homem pretendeu corrigir, por assim dizer, algumas das injustiças da lei natural por intermédio da ética; mas depois caiu no extremo oposto, tentando fazer da justiça uma régua de Procrustes: surgiu então o igualitarismo radical e anti-democrático, em que “a impotência do Homem passa a ser a medida de todas as coisas” (Nicolás Gómez Dávila).

Hoje, a aceitação das diferenças tornou-se praticamente impossível. A diferença é vista como algo de mau, embora paradoxalmente se utilize a diferença, objectiva e evidente, para justificar a tirania da indiferença.
Estamos perante uma revolta contra a natureza que se apoderou da cultura, e já não de uma tentativa de afirmar uma ética que “corrija” a lei natural.

MADRE-TERESAUm fenómeno cultural que reflecte a tirania da indiferença é a ideia segundo a qual o novo Papa deve ordenar mulheres para o sacerdócio.

A não ordenação de mulheres é vista como uma injustiça e como uma discriminação — como se fosse possível ao homem substituir o papel e a função da mulher no seio da sociedade e, por isso, no seio da Igreja Católica…!

A diferenciação de papéis e funções entre homem e mulher, que obedecem de facto à lei natural, é vista como uma injustiça, o que corresponde a uma revolta contra a natureza.
O Homem actual parece querer impor a democracia à natureza.

A ideia segundo a qual a diferença entre a mulher e o homem é apenas anatómica e biológica, e que todas as outras diferenças entre homem e mulher são “construções sociais”, é absolutamente irracional e contra as evidências. E não é por o sacerdócio ser exclusivo dos homens que a mulher é injustiçada ou possa ser considerada inferior ao homem.

O trabalho da Madre Teresa de Calcutá junto das crianças, por exemplo, nunca poderia ter sido realizado, pelo menos com o mesmo grau de sucesso, por um homem.
Mas pouca gente vê isso, porque a elite pretende fazer esquecer ou relativizar, na opinião pública, o trabalho de mulheres como ela.

E não podemos dizer que o trabalho de Teresa de Calcutá foi inferior ou subalterno, só porque foi feito por uma mulher.
É da compreensão das diferenças, e da função importante que as diferenças podem ter em beneficio da sociedade e dos outros, que podemos construir uma ética racional.
Uma ética sem diferenciação é um absurdo niilista.
“A desigualdade injusta não se cura com igualdade, mas com desigualdade justa” — Nicolas Gomez Dávila

QUE TAL FILMAR O GOVERNO?

 

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Você não dá um passo sem que o governo saiba onde você está e, se quiser, veja o que você está fazendo.
Não vamos nem falar dos satélites e dos drones, capazes de ver as pintas do seu rosto lá de cima.

O seu cartão de crédito, o seu telefone celular que embute um GPS, todas as ruas, estabelecimentos comerciais ou locais que concentram gente em cada cidade e cada vila de cada canto do mundo com suas câmeras filmando tudo, os softwares de identificação de rostos, hoje equipamento padrão de qualquer máquina da Apple, tudo isso está monitorando cada um dos seus passos.

E, pairando acima de todos, lá estão o Google e o Facebook, sempre dóceis aos pedidos dos governos e dos juízes, montando, com o seu beneplácito, dossiês sobre cada um de nós, do nascimento até a morte, capazes de lembrar, sobre cada indivíduo que passou por este vale de lágrimas, para todo o sempre, coisas que ate sua mãe ou você mesmo já esqueceram.

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Não deveria ser o contrário?

A democracia não se define exatamente pela negação do direito à privacidade aos governantes versus a afirmação do direito inviolável a ela pelos governados? Não somos nós que deveríamos fiscalizar-lhes cada passo e não eles aos nossos?


Recentemente o governo de São Paulo plantou um dos mais espantosos marcos dessa inversão de privilégios quando anunciou que seus policiais não poderão mais prestar ajuda a cidadãos feridos “para evitar a destruição de provas e os assassinatos de suspeitos perseguidos ou feridos em perseguições”.

E porque não instalar câmeras e microfones não só no interior das viaturas policiais mas também câmeras com visão de 360º fora delas, em estruturas levantadas acima das suas sirenes e luzes de advertência, registrando tudo que acontece ao seu redor? E nos próprios capacetes e quépis dos policiais, transmitindo suas imagens e sons para “caixas-pretas” invioláveis, como as dos aviões, a serem abertas sempre que houvesse mortes ou suspeitas de violações de direitos envolvidos?

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A polícia de Alagoas, com um aparato muito menos abrangente que esse, conseguiu reduzir as “mortes em conflito” à terça ou à quarta parte.

E porque não instalar vigilância eletrônica semelhante nas delegacias e nos presídios?
Nos hospitais públicos e seus consultórios e ambulatórios? Nos balcões de atendimento das repartições e nos plenários e gabinetes dos legisladores municipais, estaduais e federais, registrando todas as reuniões agendadas?

É a mesma história dos radares nas ruas e estradas e dos celulares em presídios. Salvador instalou um bloqueador nas suas prisões durante alguns meses e, desde a primeira semana da experiência, a criminalidade caiu para uma fração das médias costumeiras. Instala-se um radar acoplado a uma máquina fotográfica em qualquer rua ou rodovia e imediatamente as infrações e mortes no trânsito naquele local despencam.

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Mas nós nos submetemos a tudo isso como carneiros sem ao menos exigirmos a contrapartida óbvia sobre os nossos “representantes” e “servidores”.

Eles usam e abusam da tecnologia para nos vigiar e cercear mas nós deixamos que permaneçam no escuro para nos negar atendimento, nos escorchar, nos trair e nos violentar.

Os jornais choram e reproduzem quilômetros de colunas de “especialistas” com infindáveis discussões sobre o sexo dos anjos em torno da criminalidade e do descalabro no atendimento ao público pelo Estado, mas nenhum trata de abraçar uma campanha tão elementar como esta.

Por que?

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15 de fevereiro de 2013
vespeiro

E LÁ VAI O BRASIL DESCENDO A LADEIRA...

Depois de estraçalhar a economia brasileira, o PT decidiu comemorar os dez anos em que está no poder

 

Falta espelho – Jamais alguém conseguiu destruir a economia de um país em tão pouco tempo como fez o PT nos últimos dez anos.

Considerado como fugitivo da imprensa porque não tem como explicar os escândalos de corrupção em que se envolveu, Lula continua dando ordens nos bastidores do governo de Dilma Rousseff e na administração de Fernando Haddad. Gazeteiro profissional e embusteiro incorrigível, Lula conseguiu jogar pelo ralo não apenas uma década, mas várias outras em que os brasileiros não mediram esforços para colocar o Brasil no prumo.

Lula vendeu ao mundo uma bolha de virtuosismo que começa a estourar e provocar estragos em todos os segmentos. Ressuscitou o mais temido fantasma da economia, a inflação. Arruinou a indústria nacional. Patrocinou seguidos escândalos de corrupção.

Abusou da pirotecnia para inaugurar obras que estão paralisadas. Empurrou os desavisados ao endividamento recorde. Jogou os afoitos na vala da inadimplência.
Velhaco, reinventou a classe média para escapar da peçonha dos enganados. Em tempo recorde aniquilou a crença dos cidadãos no amanhã.

Elegeu Dilma Rousseff e decidiu que Guido Mantega continuaria no Ministério da Fazenda. Tirou outro incompetente, Paulo Bernardo, do Planejamento e colocou no Ministério das Comunicações. Esperou a queda de Nelson Jobim para emplacar o funesto Celso Amorim no Ministério da Defesa, que no Itamaraty foi a “fulanização” do fracasso.

Esse enxadrismo de cargos e indicações tem razões bisonhas nos bastidores. A Lula não importa a situação econômica do Brasil, pois o projeto petista é socializar a miséria.

Quem nunca foi afeito ao trabalho desconhece o significado de crescimento econômico planejado e sustentável. Foi com essas mentiras que Lula conseguiu entupir a estante do seu apartamento com títulos de doutor honoris causa, cujas concessões destruíram a reputação de universidades seculares.

Lula conseguiu, com a ajuda de Fernando Haddad, corroer o nível da educação no País. Mesmo assim, fincou Haddad na prefeitura paulistana.

O escandaloso despreparo de Lula como administrador público serviu de base para a tese de doutorado em economia de Aloizio Mercadante, que protagonizou a maior proeza do planeta em todos os tempos. Fraudou a si mesmo. Fez de um livro pífio, cujo conteúdo é mero “puxa-saquismo”, em tese que foi aceita ao arrepio das normas da Unicamp.

Os setores da imprensa que dependem da publicidade oficial têm o Palácio do Planalto como pauteiro. Jornalistas que noticiam a verdade são perseguidos, monitorados, grampeados, intimidados pela tropa de choque do partido.

Como chefe de governo, Dilma Rousseff é um fracasso colossal. Como garantia de continuidade, Dilma materializa a única verdade que Lula contou na vida. Afinal, a presidente conseguiu dar continuidade ao caos. O cenário já teria levado o mais amador dos economistas ao suicídio, mas o Partido dos Trabalhadores realizará, no próximo dia 20, uma festa para comemorar dez anos de governo democrático e popular.

A festa, que será uma ode à utopia, acontecerá no Parque de Exposições do Anhembi, na Zona Norte da capital paulista.
Lugar menor não serviria, porque as mentiras de Lula e a soberba dos companheiros precisam de muito espaço. A escolha do local tem ao menos uma questão lógica, que é a localização. Fica ao lado do sambódromo paulistano, lugar adequado para fantasias.

15 de fevereiro de 2013
ucho.info

A LAMBANÇA.

Acordo de livre comércio entre os EUA e a União Europeia reforçará crise da economia brasileira

 

Marcha à ré – Lambança é a palavra mais apropriada para classificar o desempenho de Celso Amorim à frente do Itamaraty, durante os dois governos de Luiz Inácio da Silva.

O ex-chanceler conseguiu não apenas estender a mão a ditadores truculentos e dar guarida a adeptos do golpe, mas alcançou a proeza de atrapalhar a participação do Brasil nas negociações da Organização Mundial do Comércio, a OMC.

Em qualquer país do planeta Amorim seria punido, mas no Brasil ele foi recompensado pela companheira Dilma e agora está no comando do Ministério da Defesa.

Enquanto Celso Amorim via a banda do comércio internacional passar e as autoridades econômicas do governo posavam de parentes de Aladim, Estados Unidos e União Europeia tratavam dos detalhes de um acordo econômico que há quase cinco décadas era discutido.

Nesses dez anos em que o PT gazeteou nos quatro cantos do planeta, com Lula empunhando o trompete da mentira, União Europeia e Estados Unidos avançaram na criação do maior acordo de livre comércio de todos os tempos, que prejudicará ainda mais a já combalida economia brasileira.
Nesse período, o Palácio do Planalto, impulsionado pelo messianismo que brota na Esplanada dos Ministérios, se dedicou a patrocinar litigâncias que deram em nada.

Para se ter ideia do tamanho do estrago que representará a pasmaceira do governo brasileiro, o comércio entre norte-americanos e europeus movimenta perto de US$ 700 bilhões por ano, o que representa aproximadamente um terço do comércio internacional. Esse acordo comercial não começa a funcionar dentro de alguns dias, pois regras ainda precisam ser estabelecidas, mas a catástrofe já faz eco antecipado no Brasil.

Com esse acordo, a União Europeia passará a comprar dos Estados Unidos produtos que eram fornecidos pelo Brasil, como aço, equipamentos, combustível, carne bovina e algodão.
Nessa bilionária via comercial que será formada no Atlântico Norte, EUA e União Europeia compraram, um do outro, aviões e automóveis, mercado que tinha a participação de produtos brasileiros em ambos os mercados.

O tal acordo estará funcionando efetivamente dentro de no máximo dois anos, o que em termos de tempo quando o assunto é comércio internacional representa quase nada.

Para minimizar os efeitos do golpe provocado pela letargia das autoridades, o governo brasileiro precisará tomar medidas de incentivo à indústria local, tornando os produtos mais competitivos no mercado internacional.
Para isso será preciso desvalorizar o real diante da moeda norte-americana, o que só é possível se a inflação estiver sob controle ou o governo encontrar outra ferramenta para impedir o seu estouro. Com a equipe econômica atual, que esbanja incompetência de forma assustadora, consertar o estrago provocado pela era Lula é missão impossível.

Diante das dificuldades que apontam no horizonte, a economia brasileira enfrentará reveses preocupantes, que podem colocar por terra, de uma só vez, o discurso ufanista entoado por Lula, Dilma e os companheiros.

Por questões meramente ideológicas, não comerciais, o Brasil preferiu parolar com os parceiros do Mercosul (Argentina, Uruguai e Venezuela, além do Paraguai que está suspenso), na esperança de que as regras do bloco sul-americano seriam respeitadas, entre elas a de consenso coletivo para a criação de acordos comerciais terceiros, o que não aconteceu.
As previsões de crescimento da economia para 2013 têm caído semana após semana, como aconteceu no ano passado.

Se o acordo EUA – União Europeia começar a funcionar na prática até o final de 2014, a economia brasileira irá pelo ralo e sem direito a retorno imediato. Com isso, a reeleição de Dilma Rousseff torna-se cada vez mais difícil, o que explica a decisão, ainda não oficial, do governador pernambucano Eduardo Campos de concorrer à Presidência em 2014.
A esse cenário nada suave acrescente-se a conta bilionária que será deixada pela Copa do Mundo.

Mesmo assim, quando o ucho.info afirma que os petistas são incompetentes e os palacianos desconhecem qualquer significado da palavra planejamento, a esquerda verde-loura torce o nariz e nos dedica críticas.

15 de fevereiro de 2013
ucho.info
 

NÚMEROS DA ECONOMIA COMPROVAM CADA VEZ MAIS A DEVASTADORA INCOMPETÊNCIA DO GOVERNO DO PT

 


Sem saída – Afirmar que a economia brasileira é um barril de pólvora prestes a explodir é muito pouco perto das incertezas que vivem os cidadãos.

A economia sob o comando dos gênios do PT pode ser comparada a um ciclista, com uma perna amputada, que tenta atravessar o Grand Canyon pedalando sua bicicleta, com um só pedal, sobre um longo e estreito cabo de aço esticado.
Ou seja, a tragédia é tão certa quanto à tensão que domina o ciclista e os expectadores.

Compreender o que se passa no cotidiano da economia nacional é algo cada vez mais difícil, a ponto de as próprias autoridades não se entenderem. Enquanto de manhã um ministro faz determinada afirmação, à tarde outro faz declaração oposta.

O Palácio do Planalto pode até discordar, mas os números não nos deixam mentir. Em janeiro deste ano, a inadimplência do comércio varejista avançou 11,8% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, de acordo com a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil). O que significa que mais pessoas estão deixando de honrar seus compromissos.

Também em janeiro, aumentou o número de pessoas que procuraram bancos e instituições financeiras à procura de crédito. Segundo a Serasa Experian, o Indicador da Demanda do Consumidor por Crédito avançou 2,2% em janeiro, na comparação com dezembro de 2012. Se comparada com janeiro do ano passado, a demanda por crédito cresceu 12,3%.

Em 2012, a arrecadação de impostos levou aos cofres do Estado (União, estados e municípios) R$ 1,556 trilhão. Desde o primeiro dia do ano até as 14 horas da quinta-feira (14), os brasileiros já tinham desembolsado R$ 200 bilhões em impostos, conforme registrou o “Impostômetro” da Associação Comercial de São Paulo.

Com todos esses números, mais as medidas adotadas pelo governo federal, como redução de IPI e desoneração da folha de pagamento para alguns setores, a economia cresceu menos de 1% em 2012. Fosse pouco, o governo de Dilma Rousseff insiste em reverter a crise econômica incentivando o consumo, estratégia cuja ineficácia já está provada.

O PT há uma década brinca de governar, mas na realidade o que conseguiu fazer foi abusar da pirotecnia e da mitomania oficiais, levando a parcela incauta da população a creditar no inacreditável. O pior nesse cenário é que há direitistas larápios que apoiam as sandices desses socialistas gatunos. Enfim, como disse Lula, um comunista de botequim, “nunca antes na história deste país”.

15 de fevereiro de 2013
ucho.info

O QUE IMPEDE A ÍNDIA DE SE TORNAR UMA SUPERPOTÊNCIA

 

Fui à Coréia do Sul recentemente como parte de um programa de intercâmbio jornalístico entre a Índia e a Coréia do Sul. Várias vezes me perguntaram:

“Por que a Índia não consegue realizar seu grande potencial?”

Eu dei uma resposta brutalmente honesta. A principal razão pela qual a Índia não avança na velocidade em que deveria é a destrutiva corrupção que existe no governo e no funcionalismo público indiano, mas o povo também deve ser responsabilizado por ter permitido que isso acontecesse.

O drama da Índia são seus políticos interesseiros e egoístas. Ficou para trás a era de grandes líderes como Gandhi, Nehru e Sardar Patel, que viviam com simplicidade e com honradez. É impossível encontrar qualquer partido político na Índia de hoje que não tenha líderes corruptos.
Dezenas de políticos estão enfrentando processos por corrupção, e eles pertencem aos mais diversos partidos.

O drama da liderança política inepta acaba pesando duplamente sobre o homem da rua, uma vez que está intrinsecamente associado com a corrupção.

O homem comum da Índia ganharia muito se três coisas simples fossem proporcionadas pelos dirigentes indianos:

transparência e eficiência nos serviços públicos, honestidade na polícia e uma justiça que decidisse casos em semanas ou meses, não décadas.

Mas quase nada tem sido feito a respeito disso pelos dirigentes indianos.

Também disse a meus interlocutores coreanos que uma economia voltada para as exportações, como a dele — que não é forte em riquezas naturais e que tem um décimo do tamanho da economia da Índia — só conseguiu eliminar a pobreza e alcançar o pleno desenvolvimento porque tem uma classe dirigente bem qualificada e uma sociedade consciente.

SEM COMPARAÇÃO…

As comparações entre a Índia e a Coréia do Sul são chocantes. A Índia se tornou independente em 1947, enquanto a Coréia do Sul emergiu um ano depois. Até a década de sessenta, a Coréia do Sul sobreviveu de ajuda externa, e muitas nações africanas eram mais ricas.

Hoje, a Coréia do Sul tem uma economia de um trilhão de dólares para seus cinquenta milhões de habitantes, enquanto a Índia tem uma economia da mesma dimensão para seu 1,2 bilhão de habitantes.

Ainda assim, a Índia moderna é um milagre. O maior desses milagres é que ela tenha sobrevivido como nação depois de ter se tornado independente do Império Britânico em agosto de 1947. Estudiosos previam que a Índia se desintegraria em vinte ou trinta países.
Isto não aconteceu, e as chances da desintegração agora são tão remotas como as de encontrar água no sol.

Na Antiguidade, a Índia inventou o decimal e o zero. A Índia foi a sede da primeira universidade no mundo, em 700 a.C. Depois obteve outro grande marco no terreno da educação com o estabelecimento da universidade Nalanda, no século 4 a.C.
Hoje a Índia pode se gabar de ter conseguido manter sua unidade e integridade; de sua vibrante democracia; de bem sucedidos programas como o Direito à Informação e o Direito à Educação.
O Direito à Alimentação está prestes a ser lançado. O programa espacial indiano começou em 1975 com o lançamento do satélite Arya Bhatta, e avançou consideravelmente de lá para cá.

No entanto, as conquistas da Índia moderna são obscurecidas por fracassos ou desafios como corrupção, pobreza, analfabetismo, desemprego e explosão populacional. Os sonhos indianos de se tornar uma superpotência continuarão a ser apenas sonhos se aqueles obstáculos não forem rapidamente superados.

A superpotência não se materializará enquanto a Índia não for dirigida por líderes visionários. O problema é que a Índia de hoje tem políticos que pensam na próxima eleição, e não estadistas que pensam na próxima geração.

(transcrito do Diário do Centro do Mundo)

15 de fevereiro de 2013
Rajeev Sharme (site Global Times)

DEPOIS DO CARNAVAL, O PSDB MINEIRO DECIDE COLOCAR O BLOCO DO AÉCIO NA RUA

 

Tucanos se organizam. O PSDB de Minas Gerais fará um ciclo de palestras neste ano para expor a experiência tucana no governo do Estado e alavancar a candidatura do senador Aécio Neves à Presidência em 2014. Principal nome da oposição para a disputa, o tucano tem sido criticado por aparecer pouco como líder.



A primeira palestra do ciclo “MG pensa o Brasil” está marcada para o dia 25, com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso falando sobre “Os desafios do Brasil no século 21″. Em março, será a vez do governador do Pará, Simão Jatene (PSDB), abordar a sustentabilidade ambiental na Amazônia.

Com os debates, Aécio ganhará um palanque para se posicionar sobre temas nacionais e fazer frente à presidente Dilma Rousseff, que deve buscar a reeleição. Os encontros também servirão para consolidar o nome do senador dentro do próprio partido.

“Este é o ano de consolidação de um projeto. Seremos uma alternativa de poder e, para isso, precisamos clarear as ideias”, afirmou o presidente do PSDB em Minas, deputado federal Marcus Pestana.

15 de fevereiro de 2013
Raquel Gondim (O Tempo)

LIVRE PENSAR É SÓ PENSAR (MILLÔR FERNANDES)

 


*** *** ***

 
 
15 de fevereiro de 2013

O TERRORISMO ISLÂMICO E A LICENÇA PARA MENTIR QUE HOLLYWOOD OSTENTA


O "terrorismo islâmico", que é a desculpa para o roubo continuado das riquezas da África, foi praticamente inventado pelos governos do EUA< Grã-Bretanha etc. Hoje, já não há qualquer desculpa para engolir a linha da BBC/CNN e não conhecer a verdade.

Leiam "Secret Affairs: Britain’s Collusion with Radical Islam", de Mark Curtis, ou "Unholy Wars: Afghanistan, America and International Terrorism", de John Cooley, ou "The Grand Chessboard" de Zbigniew Brzezinski, que foi o parteiro do nascimento do moderno terror fundamentalista.

Com efeito, os mujahedins da Al-Qaeda e os talibans do Afeganistão foram criados pela CIA, o seu equivalente paquistanês, o Inter-Services Intelligence, pelo MI6 britânico.

Brzezinski, conselheiro de segurança nacional do presidente Jimmy Carter, descreve uma diretiva presidencial secreta em 1979 que principiou aquilo que se tornou a atual "guerra ao terror".
Durante 17 anos, os EUA deliberadamente cultivaram, financiaram, armaram e fizeram lavagem cerebral a extremistas da jihad que "saturaram de violência uma geração". Com o nome de código Operation Cyclone, este foi o "grande jogo" para deitar abaixo a União Soviética, mas que deitou abaixo as Torres Gêmeas.

Desde então, as notícias que pessoas inteligentes e educadas tanto distribuem como ingerem tornaram-se uma espécie de jornalismo Disney, fortalecido, como sempre, pela licença de Hollywood para mentir e mentir.

Está para ser lançado o filme "Dreamworks" sobre a WikiLeaks, uma trama inspirada por um livro de tagarelices pérfidas de dois jornalistas do Guardian que enriqueceram com isso, e há também o "Hora Negra" ("Zero Dark Thirty"), filme que estimula a tortura e o assassínio, dirigido pela ganhadora do Oscar Kathryn Bigelow, a Leni Riefenstahl do nosso tempo, que promove a voz do seu mestre tal como fez a realizadora de estimação do Fuhrer.

Este é o espelho de sentido único através do qual nós mal vislumbramos aquilo que o poder faz em nosso nome.

(Transcrito do site Pátria Latina)

15 de fevereiro de 2013
John Pilger

NÃO PODE SER MERA COINCIDÊNCIA: GREGOS E TROIANOS LAMENTAM O BRASIL DE HOJE


Abro consternada os jornais do dia 6 último – data da morte ou do nascimento, não sei mais – de minha avó materna: em todos eles, o anúncio da derrocada da outrora maior empresa do Brasil, a Petrobras. Tive a honra de trabalhar naquela empresa, em meu primeiro emprego formal, no distante ano de 1962.

Fruto de memorável campanha pelo "Petróleo é Nosso", a empresa se transformou em gigante do setor no mundo inteiro. Até ser governada pelo PT. Durante oito anos, a presidente do seu Conselho de Administração foi Dilma Rousseff, considerada a grande revelação em matéria de gestão pública no período Lula, e como tal ou por tal guindada à condição de presidente da República no Brasil. Quando a grande gestora demitiu Sérgio Gabrielli, na rasteira da limpeza de "malfeitos" praticados no governo anterior (dizia-se que só na Bahia, por acaso terra de Gabrielli, tudo quanto foi forró teve o patrocínio da estatal), a primeira mulher a governar o país também decidiu por uma primeira mulher a dirigir a Petrobras.

Graça Forster, contudo, garroteada pela política (ia escrevendo "polícia") econômica do governo, teve de fazer tudo para tentar quebrar a estatal. Suas ordens eram subsidiar a gasolina, importada a preços mais elevados, para sustentar a tal diretriz da "criação de um mercado interno de consumo de massas", conforme o Plano Plurianual de Investimentos (PPA), de autoria do Guido Mantega, em 2003, como ministro do Planejamento, que incluiu preço baixo a fórceps para gasolina, etanol nas nuvens e subsídios para a compra de carros e motos.

LADEIRA ABAIXO
Haja ignorância! Ou irresponsabilidade – o que, no caso, dá na mesma. Agora a estatal vai ladeira abaixo e sua presidente ainda anuncia que o pior ainda está por vir. Durma com um barulho desses.

No mais, por todo lado, artigos de analistas ou de escrevinhadores de opinião, protestando contra tudo: quando é que os brasileiros vão encher uma praça Tahrir?!

Assisti na TV a um debate entre craques, onde todos (de vários partidos e ideologias), citando tudo quanto é fonte, com posições otimistas ou pessimistas, lamentavam os descalabros da política e da sociedade brasileira.

De cabeça, vou relembrando fatos: o presidente da CBF é acusado de dedurar o Herzog, assassinado pela ditadura militar; Dilma pega o helicóptero, agora todos os dias bem cedinho (moro perto do Palácio da Alvorada), e se manda Brasil afora para iniciar sua campanha de reeleição; Lula sai por aí, América Central e África, patrocinando obras de empreiteiras brasileiras; condenados pelo STF continuam votando no Congresso e até um personagem que elogiei outro dia – o ministro Fux – esquece a letra da Constituição Federal e diz que se pode, sim, votar o Orçamento sem votar os vetos, contrariando antiga interpretação do antigo presidente do Congresso Nacional, Humberto Lucena, segundo quem, primeiro vêm os vetos, depois o Orçamento.

Com tantos gregos e tantos troianos reclamando, nem sei mais em que país estou.

15 de fevereiro de 2013
Sandra Starling

ESCÂNDALO!

Agência Nacional do Petróleo prepara o Grande Golpe contra a Petrobrás, abrindo novos leilões de áreas onde o petróleo já foi encontrado


Na década de 90, auge do neoliberalismo, o Governo FHC flexibilizou o monopólio da União sobre o petróleo, através da emenda numero nove à Constituição (1995) e permitiu que empresas estrangeiras explorassem e produzissem o petróleo.

Em 1997 enviou ao Congresso e o fez aprovar a Lei 9478/97 que, em seu artigo 26, dá a propriedade do petróleo a quem o produzir, com a suave obrigação de pagar só 10% de royalties, em dinheiro. Para se ter uma idéia do absurdo dessa lei, no mundo, os países exportadores ficam com a média de 80% do petróleo produzido.


Durante aquele governo, iniciou-se um processo de desnacionalização da Petrobras e se chegou a tentar mudar o seu nome para Petrobrax.

O Diretor de exploração fazia corpo mole na exploração, já que, em agosto/2003, as áreas em poder da Petrobras, que não tivessem sido exploradas seriam devolvidas à Agência Nacional do Petróleo para serem leiloadas. Ele também desmontou o grupo que trabalhava na pesquisa do Pré-sal.

Veio o Governo Lula e o novo diretor de exploração, geólogo Guilherme Estrela, retomou intensamente a exploração e de janeiro a agosto/2003 se descobriram 6 bilhões de barris dos 14 bilhões anteriores ao pré-sal. Ele também reativou o grupo de pesquisadores do pré-sal e, em 2006, se iniciou a perfuração nessa província, logrando êxito total em 2007.

Essa nova província apresentou uma reserva de 100 bilhões de barris conservadoramente estimada, pois entre ela e o limite da zona economicamente exclusiva existem mais áreas com prospectos de grandes possibilidades de existência de hidrocarbonetos.

Desde a descoberta do pré-sal, a Petrobras já perfurou cerca de 25 poços e achou campos com potencial superior a 50 bilhões de barris de reservas, a saber: Tupi (Lula) – 9 bilhões de barris de reservas de óleo equivalente (Óleo, gás e condensado); Iara – 4 bi; Carioca – 10 bi; Franco – 9bi; Libra – 15 bi, Guará – 2 bi, Área das baleias – 5 bi e vários outros.

Antes do pré-sal, os 14 bilhões de barris de reservas provadas já garantiam uma autossuficiência para mais de 10 anos. Com os campos acima citados essa autossuficiência supera os 40 anos. Para que mais leilões se a Petrobras mapeou e descobriu as reservas brasileiras e atingiu tal auto-suficiência em reservas.

AGÊNCIA NACIONAL DO PETRÓLEO ADOTA POSIÇÕES ENTREGUISTAS

A Agência Nacional do Petróleo, desde a sua fundação, tem tomado posições não muito favoráveis ao País, segundo a linha FHC/Zilberstein

1) No discurso de posse do primeiro diretor da ANP, com o salão repleto de empresas estrangeiras ou seus representantes, ele proclamou: “o petróleo agora é vosso”;

2) ao estabelecer o tamanho dos blocos para leilão ele fixou suas áreas com cerca de 210 vezes as áreas dos blocos leiloados no Golfo do México na pressa de entregar;

3) a ANP fez parte do lobby no Congresso Nacional em defesa dos leilões com argumentos muito falaciosos, tais como: “o Brasil só explorou 4,5% das áreas prováveis” (a Petrobras explorou todas as 29 províncias e constatou que só 4,5% tinham possibilidades); ou: “quando a Lei 9478/97 foi promulgada, a atividade do petróleo só representava 3% do PIB. Agora ela representa mais de 10%”. Claro, o petróleo custava US$ 10 por barril, agora custa mais de US$ 100 por barril. E os derivados subiram na mesma proporção.

4) Mas a última da ANP é de estarrecer: entre os projetos de Lei que o GT criado pelo presidente Lula enviou ao Congresso, foi aprovado o da capitalização da Petrobrás através de uma cessão onerosa, que consistiu no seguinte: a União cedeu um conjunto de blocos onde se esperava encontrar 5 bilhões de barris de reserva. A Petrobras pagou essa reserva com títulos do Governo e este, com esses títulos comprou ações da Petrobrás.

Quando a Petrobras perfurou o primeiro bloco, Franco, achou reserva de 6 a 9 bilhões de barris; perfurou Libra e achou reserva de cerca de 15 bilhões de barris. Pela nova lei, 12351, a ANP pode contratar com a Petrobras, sem licitação, as áreas consideradas estratégicas. Mas o que fez a ANP? Retirou Libra da cessão onerosa e quer leiloar o campo.

Qual o critério para leiloar um campo já descoberto – o maior do Brasil e um dos maiores do mundo? Perguntamos à atual diretora da ANP e ela não soube responder. Mas fala entusiasmada que no próximo no leilão esse bloco será “o grande atrativo”.
A nosso ver isto é um contra-senso e só há duas possibilidades aceitáveis: I) A ANP cede o bloco para a Petrobrás no regime de partilha e de acordo com a nova Lei; II) a ANP contrata a Petrobrás para explorar e produzir o bloco no regime de prestação de serviços. Leiloar, jamais!

ARGUMENTOS INCONTESTÁVEIS CONTRA OS NOVOS LEILÕES

1) Se já foram descobertos no pré-sal cerca de 50 bilhões de barris de reservas, que, somados aos 14,2 bi já existentes, asseguram uma autossuficiência superior a 50 anos e dá para a Petrobras e suas associadas abastecerem o País e ainda exportar uma boa parte da produção, para que mais leilões? Para que correr e acabar com o pré-sal precocemente?

2) A Petrobras é a empresa que mais entende da tecnologia de produção em águas profundas; a PetrobrAs já perfurou mais de 20 poços do pré-sal com a empresa perfuradora Transocean sem qualquer problema.
A mesma Transocean ao perfurar para a BP no Golfo do México e para a Chevron, no campo de Frade, causou dois acidentes sérios.
Por que essa diferença? Porque as duas empresas estrangeiras mandaram a Transocean transgredir regras de segurança por economia, o que causou os acidentes.
A Petrobras, como empresa estatal, jamais faz esse tipo de transgressão. Ela tem o controle da sociedade. As transnacionais não têm controle de ninguém e até controlam governos;

3) A Petrobras é a única empresa que compra materiais e equipamentos no País e propicia o desenvolvimento tecnológico gerando empregos de qualidade, pois contrata os técnicos brasileiros para seus serviços. As estrangeiras não fazem isto;

4) A região onde se localiza o pré-sal esteve por 13 anos com empresas estrangeiras durante os contratos de risco. Elas não o pesquisaram nem investiram na área.
Ou seja, não fosse a Petrobras o pré-sal não teria sido descoberto. Elas não correm riscos;

5) Os três gargalos tecnológicos do pré-sal são:
a) a perfuração;
b) a completação submarina; e
c) os dutos flexíveis que ligam o fundo do mar ao navio de processo.

Essas três atividades são contratadas com empresas especializadas que fornecem os materiais e prestam o serviço.
Assim a petroleira, contratante, é uma intermediária desses serviços. A Petrobrás é a melhor intermediária por conhecimento e também por ser uma estatal que, além de mais confiável e competente, defende os interesses estratégicos do País.

6) A ameaça aos royalties – conforme a Aepet já publicou em seus boletins, no mundo, onde existe perfuração em águas profundas as transnacionais do cartel conseguiram que fossem abolidos os royalties sob o argumento de que “o risco é alto e o retorno baixo”.
E elas, que conseguiram que o Congresso Nacional quebrasse o monopólio da União, irão certamente pressionar pelo fim dos royalties. É mais uma razão forte pelo fim dos leilões.

7) O País não precisa de novas descobertas, em curto e médio prazos, conforme dito no item 1. O que o país precisa é de ampliar o parque de refino, pois exportar petróleo bruto é ruim para o Brasil e paraa Petrobrás. Para o Brasil porque ele perde mais de 30% de impostos pela Lei Kandir, que isenta a exportação dos impostos: ICMS, PIS/Cofins e CIDE; para a Petrobras porque ela deixa de ganhar mais de 50% com as venda de derivados, ao invés de petróleo bruto.

8) O campo de Libra foi perfurado pela Petrobras e apresentou reservas estimadas em 15 bilhões de barris – o maior campo brasileiro e um dos maiores do mundo. A ANP, como sempre, contra os interesses nacionais, retirou-o da cessão onerosa e quer licitá-lo.
Não tem sentido. Ela tem que seguir o artigo 12º da Lei 12351:

“Art. 12. O CNPE proporá ao Presidente da República os casos em que, visando à preservação do interesse nacional e ao atendimento dos demais objetivos da política energética, a Petrobras será contratada diretamente pela União para a exploração e produção de petróleo, de gás natural e de outros hidrocarbonetos fluidos sob o regime de partilha de produção.”

Portanto, nossa posição é contrária aos leilões e pelo respeito à Constituição Brasileira que estabeleceu o Monopólio Estatal do Petróleo, tendo a Petrobrás como sua única executora, para o bem do povo brasileiro, verdadeiro dono dessa riqueza.

(Denúncia publicada pela AEPET – Associação dos
Engenheiros da Petrobras, enviada por Gélio Fregapani)

15 de fevereiro de 2013
 

A INVASÃO REAL DA ÁFRICA NÃO ESTÁ NOS NOTICIÁRIOS

 

Uma invasão da África de grandes proporções está em andamento. Os Estados Unidos estão a instalar tropas em 35 países africanos, a começar pela Líbia, Sudão, Argélia e Níger. Isto foi informado pela Associated Press no Dia de Natal, mas ficou omisso na maior parte da mídia anglo-americana.



A invasão pouco tem a ver com “islamismo” e, quase tudo a ver com a aquisição de recursos, nomeadamente minérios, e com um acelerar da rivalidade com a China. Ao contrário da China, os EUA e seus aliados estão preparados para utilizar um grau de violência já demonstrado no Iraque, Afeganistão, Paquistão, Iémen e Palestina.

Tal como na guerra-fria, uma divisão de trabalho exige que o jornalismo ocidental e a cultura popular providenciem a cobertura de uma guerra sagrada contra um “arco ameaçador” de extremismo islâmico, não diferente da falsa “ameaça vermelha” de uma conspiração comunista mundial.

A recordar a Luta pela África no fim do século XIX, o US African Command (Africom) construiu uma rede de pedintes entre regimes colaboracionistas africanos ansiosos por subornos e armamentos americanos.
No ano passado, o Africom ensaiou a Operação Esforço Africano (Operation African Endeavor), com as forças armadas de 34 países africanos a nela tomarem parte, comandadas por militares estado-unidenses.
A doutrina “soldado para soldado” do Africom insere oficiais dos EUA a todo nível de comando, desde o general até o primeiro-sargento.

A SERVIÇO DO MESTRE

É como se a orgulhosa história de libertação da África, desde Patrice Lumumba até Nelson Mandela, estivesse destinada ao esquecimento por uma nova elite colonial negra ao serviço do mestre cuja “missão histórica”, advertiu Frantz Fanon há meio século, é a promoção de “um capitalismo desenfreado embora camuflado”.

Um exemplo gritante é o Congo Oriental, um tesouro de minerais estratégicos, controlado por um grupo rebelde atroz conhecido como M23, o qual por sua vez é dirigido pelo Uganda e o Ruanda, os procuradores de Washington.

Planejada há muito como uma “missão” para a OTAN, para não mencionar os franceses sempre zelosos, cujas causas coloniais perdidas continuam em prontidão permanente, a guerra à África tornou-se urgente em 2011 quando o mundo árabe parecia estar a libertar-se dos Mubaraks e outros clientes de Washington e da Europa.

A histeria que isto provocou em capitais imperiais não pode ser exagerada. Bombardeiros da OTAN foram despachados não para Tunis ou Cairo mas sim para Líbia, onde Muammar Kadafi dominava as maiores reservas petrolíferas da África. Com a cidade líbia de Sirte reduzida a escombros, as SAS britânicas dirigiram as milícias “rebeldes” para o que se revelou como um banho de sangue racista.

OS TUAREGUES

O povo nativo do Saara, os tuaregues, cujos combatentes berberes Kadafi havia protegido, fugiu através da Argélia para o Mali, onde os tuaregues desde a década de 1960 reivindicam um estado separado.
Como destaca o sempre vigilante Patrick Cockburn, é esta disputa local, não a Al Qaeda, que o Ocidente mais teme no Noroeste da África… “por pobres que possam ser, muitas vezes os tuaregues vivem em cima de grandes reservas de petróleo, gás, urânio e outros minérios valiosos”.

Quase certamente a consequência do ataque francês/estado-unidense ao Mali em 13 de Janeiro, o cerco a um complexo de gás na Argélia que acabou de forma sangrenta, inspirou em David Cameron um momento 11/Set.
O antigo relações públicas da Carlton TV enfureceu-se acerca de uma “ameaça global” que exigiria “décadas” de violência ocidental. Ele queria dizer a implementação dos planos de negócios do Ocidente para a África, juntamente com a violação da Síria multi étnica e a conquista do Irão independente.

Cameron agora ordenou o envio de tropas britânicas para o Mali e enviou para lá um drone da RAF, enquanto o seu prolixo chefe militar, general sir David Richards, dirigiu “uma mensagem muito clara a jihadistas de todo o mundo: não nos provoquem e não nos embaracem. Trataremos disto de forma robusta” – exatamente o que jihadistas querem ouvir.
O rastro de sangue de vítimas do terror do exército britânico, todos muçulmanos, seus “sistêmicos” casos de torturas atualmente a caminho do tribunal, acrescenta ironia às palavras do general.

Certa vez experimentei os meios “robustos” de sir David quando lhe perguntei se lera a descrição da corajosa feminista afegã Malalai Joya do comportamento bárbaro de ocidentais e seus clientes no seu país. “O senhor é um apologista do Taliban” foi a sua resposta (posteriormente desculpou-se)

(Transcrito do site Pátria Latina)

15 de fevereiro de 2013
John Pilger

OS GABINETES DA CRISE E A HIPOCRISIA INSTITUCIONAL

 

Nós sabemos e ele sabe, mas o Governo se esconde até o instante da tragédia. A cobrança da sociedade é logo esquecida, o próprio desalento se transforma em vezes nada.

A imprensa se despede e leva consigo os políticos. Ficamos nós que já não somos. Quem falou em banalidade do mal?

As autoridades se surpreendem quando a chuva cai e o balão pega fogo. Não importa, haverá abrigos para os rotos, teto para os desabrigados, hospitais para os feridos e pêsames para os mortos.
A fatalidade ignora culpa, até por que é fatalidade. Mas a mentira no Brasil tem perna curta, embora ninguém ligue por que a memória também é curta.

Seja como for, nos primeiros dias da catástrofe há uma euforia do desespero; a mobilização é instantânea, a solidariedade é sôfrega e comovente, o socorro trafega rápido trazendo bombeiros, a Defesa Civil, médicos, enfermeiros, voluntários e as autoridades.
É possível conhecer a dimensão do flagelo pela importância dos representantes públicos presentes. A proporcionalidade deve ser respeitada; quanto maior o estrago e o número de mortos (o número de desabrigados e feridos é quase irrelevante), maior a hierarquia do preposto da República no local do acidente (do presidente ao vereador).

EM CADEIA NACIONAL

Assim, dependendo da magnitude do cataclismo, em cadeia nacional ou na rádio da região afetada, os políticos prestam depoimentos para uma imprensa ofegante pelas melhores tomadas das visões do horror. Em geral, deploram a desgraça havida, prometem investigação extenuante, a crucificação dos culpados em praça pública, compensação para as vítimas, providências incontinenti, milhões e milhões dos fundos de emergência, e vão embora.

Antes, instalam o gabinete da crise para enfrentar aquela situação angustiante e se deixam todos fotografar, com o rosto crispado e circunspecto, reunidos em uma enorme mesa, com ouvidos atentos para as orientações sempre sensatas dos especialistas em desastres.
Em seguida à reunião, os representantes do poder, os mais graduados, concedem entrevistas e dissertam sobre as medidas imediatas a ser adotadas e projetam a adoção de diversas outras para um futuro próximo.

Logo, as vozes de indignação e de promessas vão diminuindo, diminuindo, até que não se ouve sequer um suspiro soprado pelo vento mais indiscreto. As ações reparadoras duram menos ainda.
Na data do aniversário da hecatombe, algum jornal se lembra e reclama a falta do compromisso assumido e não concretizado pelo Governo. No dia seguinte, depois de uma explicação técnica e contundente do ministro ou secretário responsável, a marola se dissolve e até o silêncio pede desculpas.

O Ministério Público, atento à justificativa, fecha a cara, diz um palavrão, anda de um canto para outro, toma um whisky, olha para o lado, e vai dormir.

Se não fosse pela criação do gabinete da crise, haveria, ao menos, uma leve, levíssima, sensação de conforto.

(artigo enviado por Mário Assis)

15 de fevereiro de 2013
Francisco de Assis Chagas de Mello e Silva