"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

O EFEITO MANADA

    
          Artigos - Direito

Alguns leitores têm me solicitado uma palavra sobre a tragédia de Santa Maria/RS, especialmente quanto à questão do poder regulatório do estado, mister que aquiesci em atender somente com uma boa dose de relutância e depois de várias reflexões.
Quantos foram os que, imediatamente após o sinistro, puseram a garganta a serviço do oportunismo! Quem foi visto nos noticiários até hoje, não disse lá outra coisa que não reclamar do descaso das autoridades, da falta de fiscalização e ora bolas, de uma “política” ou de uma “lei” mais severa para o funcionamento de casas noturnas. Mesmo os jornalistas mais conscienciosos não escaparam da armadilha estatista.
Lembrem o especial destaque com que os noticiários televisivos aplicaram ao fato de que a dita boate “estaria” com seu alvará vencido. Como falta lógica e bom senso a esses profissionais da informação! Por decerto, em suas burocráticas cabecinhas devem imaginar que o vencimento de um certificado tem o poder de invalidar as obras e a estrutura física que foi montada justamente por meio dele! Percebam como a hipótese de que a dita casa de eventos estar em dia com seu alvará não minimiza, mais ao contrário, agrava ainda mais a situação!
Em uma dessas reportagens, um perito em segurança informou porque tantas pessoas morreram nos banheiros, isto é, porque seguiram outras à frente caminhando em uma direção qualquer com alguma aparência de decisão, como se soubessem o que faziam, ao que denominou este típico comportamento em situações de pânico descontrolado de “efeito manada”.

Pois eu digo, é exatamente isto o que acontece com essas bocas levianas!

Quando um brasileiro típico abre a boca para exigir mais ação por parte do estado, ignora solenemente que todo e qualquer dispositivo de segurança foi inventado pela iniciativa privada: extintores de incêndio, detectores de fumaça, sprinklers (chuveirinhos), portas abre-rápido e o que mais exista no mercado. Até mesmo a própria regulação estatal foi erigida copiando a regulação privada: grande parte das normas da ABNT derivou-se de associações puramente privadas, como a SAE – Society of Automotive Engineers
.

Quando as primeiras leis sobre segurança no trabalho surgiram nos Estados Unidos, os trabalhadores há muito já usavam EPI – equipamento de proteção individual, pagavam seguro de vida e cumpriam procedimentos elaborados por seus patrões ou, indiretamente, por entidades certificadoras privadas, e claro, as crianças já estavam nas escolas.

O primeiro pensamento de um cidadão brasileiro ao ser sugerido sobre uma desregulamentação é a de que aí sim, os empresários, sequiosos de lucro fácil, colocariam toda a população em grande risco. O homem que se nutre de tal raciocínio desconfia dos seus semelhantes tal como aquele que acredita que toda mulher é “vaca”, com exceção de sua mãe. Deu para perceber a contradição?

Todavia, em uma sociedade livre, o mais certo é que naturalmente floresceriam não uma, mas várias entidades que aqui vou denominar de “certificadoras”, que estabeleceriam cada qual suas próprias normas privadas de segurança, e isto aconteceria não por benevolência pura e casta, mas simplesmente porque a segurança é um bem valioso. Isto tem acontecido desde o século XVIII, com a fundação do Lloyd Register of Shipping, em 1760, primeiramente no ramo da construção naval e marinha mercante e com o passar do tempo, com linhas férreas e plantas industriais. Entidades como o Lloyd Register, conhecidas como Sociedades Classificadoras,têm como patrimônio a reputação, uma árvore frondosa que cresce somente alguns milímetros a cada ano, mas capaz de tombar em um segundo, daí ser tão cuidadosamente zelada. Será que o Corpo de Bombeiros estadual ou a Secretaria de Obras do Município dependem da reputação para sobreviverem?

Com base em um sistema puramente contratual, a cada figura do malfadado sinistro, seriam atribuídas responsabilidades muito bem antecipadas e definidas, abrangendo os músicos, os proprietários do estabelecimento, a companhia de seguros e inclusive, os próprios clientes!Muito diferentemente dessa névoa cinzenta e amorfa que levará anos e anos até surgir alguma decisão judicial, e que mesmo quando vier, não logrará trazer justiça e principalmente, reparação.

Sim, prezados leitores! Uma verdade dolorosa – e aqui peço bastante para não ser mal interpretado - é que em parte aquelas vítimas deixaram-se morrer porque confiaram no poder do estado de regular as suas vidas; em outras palavras, delegaram ao ente estatal uma responsabilidade personalíssima!

Querem um exemplo? Ainda hoje minha filha de 11 anos pede para divertir-se em alguns brinquedos de um famoso parque de diversões que periodicamente vem a Belém. Todavia, não lhe dou permissão, eis que não aprovo a segurança daquele estabelecimento e não confio na responsabilidade dos seus donos. Quando vejo aqueles equipamentos com porcas e parafusos desgastados, fios elétricos espalhados pelo chão, a superlotação e a absoluta inexistência de uma turma especializada em segurança e controle de danos, percebo claramente que estou diante de uma máquina da morte, esperando apenas que o demônio lhe faça uma visita.

Há tempos atrás, em uma reportagem sobre moradias de risco, uma cidadã norte-americana traduziu exatamente o tipo de comportamento que nos falta: ela havia dito que no lado baixo do seu bairro os aluguéis eram mais baratos, mas o seguro, bem mais caro, de modo que assim preferia continuar morando na parte alta da cidade. Enquanto isto, os brasileiros vão se equilibrando em morros e outras áreas de risco, e caso se vejam de frente com o infortúnio, lá vem o estado com perigosos incentivos como o aluguel social e outras formas de indenização, garantias que são pagas principalmente com o dinheiro de quem toma atitudes seguras e não recebe nenhum mimo por tanto.

Claro é que são poucas as pessoas que possuem conhecimentos técnicos suficientes sobre segurança, mas algo que elas podem fazer facilmente é escolher firmas certificadoras, a exemplo das sociedades classificadoras, assim como escolhem uma grife de roupas. Quem opta por uma grife confia no bom gosto que ela promete. Assim, qualquer pessoa poderia verificar, à porta do estabelecimento, se ele obedece às normas privadas da entidade certificadora em que ela confia, porque mais bem reputada.

Bom, exatamente nada neste mundo é certo, e este artigo certamente não advoga que um sistema puramente privado seria perfeito. Todavia, os incentivos e os gravames são muito mais bem definidos e corretamente alocados do que no sistema de regulação estatal. Na pior das hipóteses, uma quantia a título de indenização por morte seria previamente estipulada, o que não traz as vidas perdidas de volta, mas minimiza os efeitos materiais de quem dependia dos seus entes queridos. No sistema estatal, a fórmula é mormente substituída por multas a serem pagas para o estado, e não para os clientes prejudicados.

Como brasileiros, poucas escolhas temos já que a regulação de segurança é quase toda estatal. No entanto, se você entendeu e concordou com os argumentos acima expostos, prepare-se para viver uma vida mais responsável – eu digo, mais individualmente responsável. Já ouviu falar em direção defensiva, aquela em que você dirige prestando atenção às barbeiragens alheias no trânsito? Pois bem: adote o conceito de “cidadania defensiva”, isto é, precavendo-se contra as barbeiragens dos políticos e dos agentes públicos. É o que você pode fazer por si e sua família.
06 de fevereiro de 2013
Klauber Cristofen Pires3
 

PARECE QUE VIROU BAGUNÇA...

Afronta! Embaixador da Venezuela anuncia que continuará a participar de atos como aquele promovido por Dirceu, diz que isso faz parte de suas atribuições e ataca as oposições brasileiras



Maximilien Sánchez Averláiz, embaixador da Venezuela no Brasil, está confundindo o baguncismo institucional em seu país — uma ditadura — com a institucionalidade brasileira, que ainda é uma democracia. Militante fanático do chavismo, um dos formuladores do “bolivarianismo”, Averláiz se mostra também um cínico. Na prática, ele diz que continuará a desafiar as leis brasileiras e que se insurgirá contra os Poderes Constituídos quando lhe der na telha. Por quê?
 
Ele emitiu uma nota respondendo às críticas da oposição. Lá está escrito:

 “Faz parte das atribuições de um embaixador conhecer os acontecimentos políticos do país no qual está alocado (….) Inclusive tenho aceitado e continuarei aceitando qualquer convite que me façam os partidos signatários”.
 
O que ele está dizendo é que continuará a ignorar os limites das leis e do decoro que marcam a relação entre os países. “Conhecer os acontecimentos” não inclui participar de um ato contra o Poder Judiciário e contra a oposição — era disso que se tratava o encontro desta terça.
O embaixador quer se encontrar com “partidos”? Até pode. A questão é saber para quê.
 
Arrogante, Averláiz foi adiante e criticou os partidos de oposição. Segundo informa a Folha, ele considera a nota das oposições uma “coerção da representação diplomática da Venezuela” e “uma tentativa imprópria de usar um país irmão para disputas políticas internas”.
Com a palavra, o Itamaraty e a presidente Dilma Rousseff.
 
Eis aí… Como Dirceu não encontra aliados internos para a sua causa, convoca os bate-paus do bolivarianismo. No caso, chamou o representante de um governo hoje ilegítimo, que golpeou até a Constituição que ele próprio impôs ao país. Acrescente-se, ademais, que o embaixador venezuelano tem experiência com esse negócio de oposição: é especialista em eliminá-la.
 
06 de fevereiro de 2013
Por Reinaldo Azevedo

IMAGEM DO DIA

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  • Os  'naga sadhus', homens sagrados do hinduísmo, participam de ritual à beira do rio Ganges, durante o festival Maha Kumbh, em Allahabad, na Índia
    Os 'naga sadhus', homens sagrados do hinduísmo, participam de ritual à beira do rio Ganges, durante o festival Maha Kumbh, em Allahabad, na Índia - Sanjay Kanojia/AFP
     
    06 de fevereiro de 2013

    PT ROUBRAS À BEIRA DO BURACO. OU PRIVATIZA, OU QUEBRA.


    E a cada dia que passa as notícias sobre a saúde financeira e gerencial da PTroubrás são desanimadoras.

    A estatal vem acumulando prejuízos e perdendo preço de mercado já há algum tempo.
    Só que de uns meses para cá parece que ela está indo realmente para o buraco.

    A mistura de gerenciamento ideológico, controle de preços na base da política burra e safada, e o aparelhamento da empresa que transformou a petroleira no maior cabide de empregos para a cumpanherada vermelha nuncaantesvistonahistóriadestepaís. somada à alta demanda de combustíveis por conta do aumento desordenado da frota de veículos na pocilga, transformaram a estatal em uma enorme dor de cabeça para a "gerentona" incomPTente. Se continuar nessa batida a PTroubras vai de vez para o saco.

    Todo governo é mau gerente, não tem cacoete de empresário e invariavelmente transforma suas estatais em moeda de troca política para a perpetuação no poder.

    Mas nestes 10 anoss de DESgoverno dos "trabaiadô" a incomPTência e o aparelhamento ideológico phoderam a empresa.

    Agora fico imaginando se o FHC não tivesse priovatizado as teles. Estariamos certamente na base da internet discada, e com demanda maior que a oferta na telefonia. Um tipo de "apagão" das telecomunicações.

    Vejam que as empresas que foram privatizadas alavancaram seus lucros, melhoraram o atendimento e a oferta de seus serviços, estão gerando mais empregos e pagando mais impostos, e as estatais se arrastando na mesmice do pensamento burro e retrógrado do estado forte. Dando prejuízos, maquiando balanços e quebrando o herário.

    A PTroubras tem duas saídas. A privatização, ou um gerenciamento sério sem a intervenção do DESgoverno fedemal. Iniciando com a demissão de todos os cumpanheros pendurados nas boquinhas políticas que transformaram a empresa em um poleiro de urubús burros que não servem para porra nehuma a não ser receber salários e pregar a propaganda ideológica vermelhga dentro da empresa.

    Mas como diz o velho ditado, para corno todo castigo é pouco, e para os petroleiros que apoiaram a eleição do Sebento e da Dentuça, apenas visando a manutenção de seus nababescos privilégios...o meu mais sincero...phod@m-se!!!

    Um próximo governo que seja sério e moderno tem por obrigação de fazer uma privatização séria e comprometida com o país. O povo Brasuca já não aguenta mais pagar tantos impostos para ver os desgovernos ideológicos e incomPTentes detonando o país.

    O FHC privatizou 70 estatais, e para quem quiser ver, é só olhar o quanto essas empresas cresceram após as privatizações e perceber que estatal em país pobre, invariavelmente não dá lucro e acaba virando cabides de emprego.

    Vejam a Embraer que privatizada vai muito bem obrigado.
    PRIVATIZAÇÃO JÁ, pelo bem do Brasil.
     
    06 de fevereiro de 2013
    omascate

    A TURMA DO "SIM, SENHORA"

     


    A Oposição brasileira é uma das mais combativas do mundo. Luta contra os governistas, até o limite de suas forças, para tentar ser mais governista do que eles – e, com frequência, tem sucesso.

    A eleição de Renan Calheiros e de Henrique Alves para o comando do Senado e da Câmara comprovou que o Parlamento se divide hoje em dois grandes blocos: a situação (a Turma do Sim), liderada pelos petistas, e a oposição, liderada pelos tucanos (a Turma do Sim, Senhora).

    O senador Aécio Neves, provável candidato oposicionista à Presidência da República, foi apenas meio tucano nas eleições do Congresso. O tucaníssimo bico grande ficou fechado; mas Aécio, como ninguém, mostrou que tem voo curto.

    E que é que a oposição ganhou, fingindo-se contrária aos situacionistas e votando neles? Um carguinho na Mesa. Já que Presidência da República parece fora de seu alcance, já que lutar por ideias exige ideias pelas quais lutar, já que fazer oposição pede trabalho, um carguinho na Mesa quebra o galho.

    Não, não é preciso voltar muito atrás para ver como se faz oposição. O PT fez oposição dura, coerente e eficiente (às vezes equivocada, mas sempre bem trabalhada) aos governos Sarney, Collor, Itamar e Fernando Henrique.
    Sempre tinha parlamentares em plenário, nas comissões, mostrou capacidade de mobilização da opinião pública. Alguns de seus líderes se transformaram em mensaleiros, mas só depois de chegar ao poder; na oposição, batalharam duro, até vencer.

    E os tucanos? O líder da Minoria é Mário Couto, que votou aberto em Renan.

    Lugar desocupado

    Oposição é tão importante que, no Reino Unido, o nome completo da bancada que se opõe ao Governo é “oposição de Sua Majestade”. Aqui, quem se opõe?

    Alguém, enfim

    Um partido muito enfraquecido, o DEM, parece ter percebido o espaço que se abre para quem faça oposição: elegeu como líder de sua bancada na Câmara o deputado Ronaldo Caiado, de Goiás.

    Caiado é inteligente, duro, articulado, sabe o que quer – concorde-se ou não com o que ele queira. E certamente o que quer não é virar ministro do Governo petista. É opor-se a ele.

    No momento, a posição do DEM, com bancada pequena, não terá importância; no futuro, se a oposição for bem feita, pode ganhar espaço entre os eleitores que não gostam do Governo.

    Calma no Brasil

    O mundo gira, a Lusitana roda, o tempo passa, o tempo voa, mas ninguém espere que o presidente da Câmara, deputado Henrique Alves, confronte alguém que tenha poder.
    Punhalada nas costas, vá lá; duelo de frente, jamais.

    Não leve a sério, portanto, essa história de que a Câmara dará a última palavra na cassação das Excelências condenadas no caso do Mensalão.

    O máximo que Henrique Alves fará será reunir a Mesa, comunicar oficialmente o trânsito em julgado e, “ouvida a Câmara”, determinar que os mandatos sejam cassados em virtude da sentença.
    Não deixa de ser, como na antiga piada, a última palavra: “cumpra-se”.

    O impossível não acontece

    Até mesmo quem já viu pombo preto e urubu branco não acredita que o ex-presidente Lula seja indiciado em virtude das denúncias de Marcos Valério.
    O caso será analisado por um procurador da República em São Paulo e, caso vá em frente, por um juiz de primeira instância; mas seria muito pouco provável que o depoimento extemporâneo de um réu condenado a 40 anos de prisão atinja um ex-presidente da República.

    A credibilidade não é o ponto forte de Marcos Valério; e o detalhe de ter lembrado de tanta coisa só depois de ser condenado não contribui para que suas denúncias sejam recebidas como se verdadeiras fossem.

    Racionalizando

    Quem disse que não existem eleições em Cuba? Pois houve eleições em Cuba nesta segunda-feira, com voto direto e secreto: entre 1.269 candidatos, foram eleitos 1.269 integrantes das Assembleias provinciais. Sim, em Cuba as eleições foram racionalizadas: o número de candidatos é exatamente igual ao de vagas em disputa (evita-se, assim, o desperdício de votos).

    O Partido Comunista foi o grande vitorioso, com 1.269 eleitos – aliás, é o único partido autorizado a concorrer, mesmo porque é o único do país. Segundo o jornal oficial Granma, a eleição é “um dos momentos transcendentais do processo democrático cubano”.

    Alô, OAB! Olha o abuso!

    Atenção, OAB paulista: este caso é um escândalo. Um senhor de 70 anos, condenado a regime semiaberto, foi preso no 1º Distrito Policial de Mogi das Cruzes, SP. Seu advogado, Sylvio Alckmin, foi visitá-lo, levando-lhe água mineral e alimentos.
    Até aí, tudo normal – mas o carcereiro, sabe-se lá por que motivo, resolveu implicar com o advogado. Destratou-o, desacatou-o e ainda ameaçou sacar a arma.
    O delegado Ricardo Glória poderia prender o carcereiro em flagrante; mas preferiu fazer um boletim de ocorrência, por ameaça, injúria e abuso de autoridade.
    O carcereiro, apesar disso, insistiu em cometer mais irregularidades: ameaçou colocar o senhor de idade, condenado a regime semiaberto, na cela número 6, que abriga presos de alta periculosidade.

    É assim que se trata um advogado?

    Carlos Brickmann é jornalista e consultor de comunicação

    VIROU BADERNA

    Oposição repudia participação de embaixador da Venezuela em ato a favor de José Dirceu e contra o STF

     

    Os presidentes do PPS, PSDB e DEM divulgaram nota (leia íntegra abaixo) na tarde desta quarta-feira (6) repudiando a participação do embaixador da Venezuela, Maximilien Sánchez Averláiz, em evento organizado pelo PT no Distrito Federal para manifestar apoio ao ex-ministro José Dirceu, condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha no processo do Mensalão.

    Durante o ato, que aconteceu na terça-feira (5), foram feitas críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) por ter confirmado a culpa e penalizado o petista com 10 anos e 10 meses de prisão, concluindo que ele comandou o maior esquema de corrupção já registrado no Brasil.

    Para o presidente nacional do PPS, deputado federal Roberto Freire (SP), trata-se de clara ingerência do embaixador da Venezuela em assunto interno do Brasil. “Desde jovem, quando militante da juventude comunista, em inúmeras oportunidades protestei, na ditadura, contra a interferência da embaixada americana em assuntos internos brasileiros.

    Sempre, e em outros governos, me insurgi contra essas interferências. Na Assembleia Constituinte defendi a autodeterminação dos povos. Não mudei não! E essa minha posição independe de qual país interfere em nossos assuntos.
    Portanto, é um absurdo essa postura de um embaixador estrangeiro participar de um ato que tenta desqualificar uma sentença da suprema corte brasileira.
    Que o condenado (José Dirceu) patrocine atos desse tipo, já causa preocupação, mas a presença de um embaixador de país estrangeiro é inaceitável”, condenou Freire.

    Na nota, assinada também pelos presidentes do PSDB, senador Sérgio Guerra (CE), e do DEM, senador José Agripino (RN), os partidos afirmam que exigirão, no âmbito do Congresso Nacional, “explicações do chanceler brasileiro Antônio Patriota sobre a omissão do governo da presidente Dilma Rousseff diante de um episódio de tamanha gravidade”.

    Durante o evento, Dirceu convocou os militantes do partido a defender os petistas condenados pelo esquema do Mensalão do PT, da mesma forma que defendem o governo da presidente Dilma Rousseff. Na presença do embaixador da Venezuela, o ex-ministro acusou ainda o Supremo de ter agido politicamente ao colocar o julgamento em pauta em ano eleitoral.

    República bananeira

    A lufada esquerdista que sopra sobre a América Latina está levando os países ao descompasso democrático e econômico de forma tão preocupante e criminosa, que conseguiu transformar o Brasil em uma república de bananas, onde o que vale é a defesa de um socialismo boquirroto e ultrapassado.

    O PT, sob o comando do fugitivo Lula, segue firme em seu projeto totalitarista de poder, que pode em breve transformar o país em versão aumentada da Venezuela, que sob a batuta do moribundo tiranete Hugo Chávez está definhando em termos econômicos e já sepultou a liberdade democrática.

    A participação do embaixador venezuelano no ato organizado pelo PT e que disparou sérias críticas contra o Supremo Tribunal Federal é motivo suficiente para o Palácio do Planalto, fosse o Brasil um país minimamente sério, para expulsar o diplomata que obedece as ordens absurdas do governo de Caracas.

    José Dirceu, por sua vez, precisa aceitar a decisão do STF de forma serena, e que foi baseada em provas, pois em passado não tão distante ele próprio defendia a condenação de adversários políticos apenas com base em evidências.

    Dilma Rousseff, a presidente, que repetidas vezes já disse que não interfere em problemas internos de outros países, já deveria ter tomado uma medida dura em relação a esse irresponsável que representa a Venezuela em nosso País, que por sorte ainda não caiu na esparrela do esquerdismo barato que seu patrão tenta espalhar pelo mundo.
    Vejamos se Dilma é a mulher corajosa que um dia pegou em armas e puxou o gatilho sem dó.

    Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelos partidos de oposição

    “NOTA DE REPÚDIO À INTERFERÊNCIA DO EMBAIXADOR DA VENEZUELA EM ASSUNTOS INTERNOS DO BRASIL

    O PSDB, PPS e Democratas manifestam de forma conjunta seu protesto e indignação diante da interferência indevida do embaixador da Venezuela, senhor Maximilien Sánchez Averláiz, em assuntos internos do Brasil.

    A presença do embaixador venezuelano em ato organizado ontem pelo petista José Dirceu, ex-ministro do governo Lula condenado por corrupção ativa e formação de quadrilha, para tentar desqualificar o resultado final do julgamento do mensalão, definido pelo Supremo Tribunal Federal, afronta à soberania do Brasil e mereceria o repúdio imediato das autoridades brasileiras, a começar pelo Ministério das Relações Exteriores.

    Diante disso, exigiremos, no âmbito do Congresso Nacional, explicações do chanceler brasileiro Antônio Patriota sobre a omissão do governo da presidente Dilma Rousseff diante de um episódio de tamanha gravidade.

    Brasília, 06 de fevereiro de 2012

    Deputado Sérgio Guerra, presidente nacional do PSDB
    Deputado Roberto Freire, presidente nacional do PPS
    Senador José Agripino, presidente nacional do Democratas”

    CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA PROIBIRÁ QUE MAGISTRADOS RECEBAM PRESENTES, VIAGENS GRÁTIS E OUTRAS MORDOMIAS

     

    A participação de juízes em eventos privados e o recebimento de presentes foram discutidos pelo Conselho Nacional de Justiça, o CNJ, órgão de controle do Judiciário. Haverá regras para que os magistrados não extrapolem a função pública ao receber presentes, aceitar viagens e outras vantagens.



    A proposta de resolução apresentada pelo corregedor nacional de Justiça, Francisco Falcão, foi aprovada por seis dos 15 conselheiros. A discussão foi suspensa por um pedido de vista dos conselheiros Carlos Alberto Reis de Paula, Ney Freitas e Emmanoel Campelo. O debate sobre a proposta deve ser retomado no dia 19 de fevereiro.

    Em seu voto, Francisco Falcão defendeu moralidade na magistratura. “Magistrado não pode receber carro, cortesias de cruzeiros, transatlântico, passagem de avião. Isso é uma vergonha, uma imoralidade. Eles devem viver com seu salário e patrocinar do seu próprio bolso o custo de suas viagens, suas despesas pessoais e de seus familiares”, disse após a sessão.

    A resolução foi proposta como consequência de um pedido de providências envolvendo festa promovida pela Associação Paulista de Magistrados no ano passado. O processo pretendia apurar se juízes e desembargadores do Tribunal de Justiça de São Paulo receberam brindes oferecidos por empresas, como passeios em cruzeiros, automóveis e hospedagem em resorts.

    A proposta de resolução determina que todos os eventos realizados por tribunais, conselhos de Justiça e escolas oficiais da magistratura tenham gastos abertos para fiscalização. Proíbe magistrados de receber presentes e brindes, inclusive passagens e hospedagem em eventos intermediados por entidades de classe.

    As únicas exceções, além das previstas em lei, ocorrem quando a verba de ajuda de custo for paga exclusivamente por entidade de classe de juízes, sem qualquer tipo de patrocínio. Também não há proibição quando o magistrado participar de evento na condição de palestrante, aluno ou professor.

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    NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGA iniciativa do Conselho (agora presidido por Joaquim Barbosa) é da maior importância. No Rio de Janeiro, fez carreira na magistratura o advogado Antonio Carlos Amorim, que era Diretor Jurídico da Varig. Distribuindo passagens áreas, tornou-se desembargador pelo quinto constitucional. Continuando a distribuí-las, virou presidente do Tribunal de Justiça. Depois, tentou ser deputado federal, mas não havia mais passagens a distribuir… (C. N.)

    06 de fevereiro de 2013
    Débora Zampier (Agência Brasil)

    STALINGRADO - A CIDADE QUE SALVOU O MUNDO

     

    Há setenta anos, depois de mais de dois milhões de mortos nos dois campos (a União Soviética perdeu mais de um milhão e cem mil combatentes e civis, só nesse combate) terminou a mais sangrenta de todas as batalhas da História – a de Stalingrado.



    Com a capitulação de von Paulus e mais 22 generais de Hitler, e 91.000 de seus soldados remanescentes, a Segunda Guerra Mundial foi decidida ali. Até então, o Fuehrer e suas tropas pareciam invencíveis.

    Em julho de 1942, quando se iniciou a batalha na cidade, Hitler e Mussolini dominavam todo o território continental europeu e parte da Escandinávia – com a exceção dos paises neutros, como a Suíça e a Suécia.
    A Noruega, apesar de sua declaração de neutralidade, foi invadida pelos alemães e resistiu com bravura à superioridade bélica dos agressores durante 60 dias, sendo obrigada a capitular.

    As Ilhas Britânicas resistiram, com estoicismo, depois da dramática retirada de Dunquerque, aos bombardeios quase cotidianos de Londres e de seus centros industriais pelas bombas voadoras, e pelos aviões da Luftwaffe.
    Os americanos, que lutavam no Pacífico, adiaram por muitos meses o envio de tropas ao teatro europeu. O seu desembarque, na Sicília, só ocorreu em julho de 1943, quando, com a virada de Stalingrado, os soviéticos já haviam iniciado a contra-ofensiva, com a marcha sobre Berlim.
    Se Hitler vencesse a guerra na Europa, seus simpatizantes norte-americanos, entre eles o seu maior industrial, Henry Ford, e o seu herói nacional, Charles Lindbergh, seriam provavelmente estimulados a liderar um movimento fascista na América.

    A GRANDE GUERRA PÁTRIA

    O mais pesado dos tributos de sangue e bravura no confronto com a Alemanha Nazista coube aos soviéticos e à resistência dos guerrilheiros, entre eles os comandados por Tito, na Iugoslávia. No inventário dos sacrifícios, o maior foi o do povo de Stalingrado e dos soldados soviéticos que ali combateram e morreram.

    Ainda que tenham sido comunistas os comandantes da resistência à invasão alemã de junho de 1941, eles tiveram a inteligência de não atribuir só ao regime os louros do triunfo. Assim, deram à sua luta o título de A Grande Guerra Pátria.

    Hitler e seus ideólogos, ao planejar a Operação Barbarossa, supuseram que os eslavos iriam saudar as suas tropas como libertadoras. Embora isso tenha ocorrido em certas cidades polonesas e, é claro, em antigos enclaves germânicos perdidos na Primeira Guerra Mundial, os russos imediatamente formaram seus grupos de guerrilheiros, com homens e mulheres, trabalhadores das cidades e dos meios rurais, sob o comando dos comunistas, mas também dos líderes nascidos no clamor da urgência, muitos deles bem jovens.

    Não era só o regime socialista que se via ameaçado; era a Pátria que estava sendo agredida por tropas estrangeiras. Stalingrado era um ponto estratégico para a ofensiva de Hitler. Lutou-se naquela cidade, durante seis meses e quinze dias, minuto a minuto, de bairro em bairro, de casa em casa, até a derrota dos alemães. Ao heroísmo dos resistentes de Stalingrado, civis e soldados soviéticos, cabe a parcela mais significativa dos sacrifícios da Europa Oriental, que perdeu mais de vinte milhões de seus habitantes durante o conflito.

    No tempo em que surgem, em nome da cínica “isenção” dos historiadores, os que tentam, na Alemanha e em outros países, rever os fatos e desculpar Hitler e os seus seguidores, é bom relembrar a Batalha de Stalingrado e reverenciar os que ali morreram. Graças à sua bravura, conseguimos preservar alguns dos grandes valores do humanismo.

    (do Blog do Santayana)
    06 de fevereiro de 2013
    Mauro Santayana

    LIVRE PENSAR É SÓ PENSAR (MILLÔR FERNANDES)

     



    06 de fevereiro de 2013

    EX-DEPUTADO E EX-MINISTRO, FERNANDO LYRA CONTINUA EM 'ESTADO CRÍTICO'

     

    O Instituto do Coração (Incor) informou que “permanece estável” o quadro clínico do ex-ministro Fernando Lyra. Internado no dia 5 de janeiro, Lyra continua “em estado crítico, sedado, sob cuidados intensivos e com necessidade de auxílio respiratório mecânico”, segundo o boletim divulgado.


    Lyra ridicularizou Sarney

    Figura de destaque da oposição nos anos finais do regime militar, ele fez política durante décadas pelo MDB (depois PMDB) em Pernambuco e foi o primeiro ministro da Justiça depois do regime militar.

    Como seu quadro é de estabilidade, o Incor informou, também, que novo boletim médico “será divulgado somente em caso de alteração importante do estado clínico do paciente”. Em boletim anterior, a equipe médica que cuida do político pernambucano dizia que ele estava internado para tratamento de descompensação de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) grave, que o acomete há aproximadamente 20 anos, associada a quadro de infecção sistêmica”.

    Na fase mais intensa de combate à ditadura, Lyra pertenceu ao chamado “grupo dos autênticos” do MDB mas aderiu aos moderados e se aproximou do então deputado Tancredo Neves. Com a eleição deste para a Presidência, no início de 1985, acabou convidado pelo presidente José Sarney – que assumiu o Planalto com a morte de Tancredo – para o Ministério da Justiça, onde ficou durante cerca de um ano.

    NOTA DA REDAÇÃO DO BLOGLyra era um deputado progressista de verdade, na linha de frente no verdadeiro PMDB.
    Quando Sarney chegou ao poder, devido à morte de Tancredo Neves, houve uma importante solenidade aqui no Rio, no Teatro Casa Grande, para comemorar a criação do Ministério da Cultura pelo presidente Sarney.
    Lyra era ministro da Justiça e fez o discurso de encerramento, em que afirmou a seguinte frase: “Sarney é a vanguarda do atraso“.
    Eu estava na primeira fila, bem diante dele, e pensei:
    “Sarney vai demiti-lo”. Desculpe, foi engano meu. Lyra não foi demitido e ficou no ministério durante um ano inteiro. Sarney não mandava nada no governo. Era um presidente virtual. Quem mandava era Ulysses Guimarães. (C.N.)

    06 de fevereiro de 2013
    tribuna da internet

     

    ALGUMAS NOTAS PERTINENTES...

    Documentário equivocado sobre Joel Silveira. * Legislativo contra Judiciário. * Federação do Comércio contra Confederação. * Angela Merkel acusa povo alemão, apoiou Hitler. * Suprema humilhação: tropas são revistas pelo corrupto Renan Calheiros.


    Antes da eleição e depois já sentado na cadeira presidencial, Henrique Eduardo Alves exagerou na bravata: Na questão dos mandatos dos deputados cassados, a última palavra será da Câmara, sobre isso nenhuma dúvida”. Fazia parte da campanha eleitoral.


    A nova imagem da Câmara

    Tomando um susto ao ganhar com diferença mínima e miserável, o novo presidente da Câmara sentiu que precisava reafirmar a posição.
     Repetiu que essa era uma decisão irrevogável. E recheou o discurso: “Não me acusaram de nada, foram apenas labaredas que não destruíram a vida que construí para mim nos últimos 42 anos”. Não destruíram mesmo. Pelo menos a sonegação e a evasão de dinheiro, intactas.
     
    Poucas horas mais tarde, o Congresso se reuniu para a tradicional sessão anual da leitura da Mensagem presidencial. Joaquim Barbosa, presente, foi perguntado sobre a cassação dos mandatos dos deputados.
    Declarou: Isso cabe ao Supremo. É a minha última palavra”.
     
    DONA DILMA EM BAIXA, SILENCIADA PELOS CORRUPTOS DO PMDB
     
    É o pior momento na presidência. Até agora não fez nada em 2 anos de governo. O primeiro foi a fase de demissão de 8 ministros, nenhum punido. Jogou tudo para debaixo do tapete.
    Ah!, conseguiu salvar seu Ministro Pimentel, mesmo demitindo a Comissão de Ética do Planalto. Quem foi mesmo que afirmou que “a ética é um meio e não o fim”?
     
    Está cercada pelo que existe de mais corrupto, condenável e indefensável, apoiou publicamente Renan e Henrique Eduardo Alves.
    Mergulho profundo na insanidade, irresponsabilidade e falta de respeito com ela mesma: o líder do governo no Senado foi escolhido por Renan, que manda em tudo.
     
    Não falaram publicamente, mas é o grande assunto nos bastidores militares: Renan passando em revista as tropas. A palavra mais citada e referendada: H-U-M-I-L-H-AÇ-Ã-O.
     
    A FEDERAÇÃO DO COMÉRCIO SILENCIOU SOBRE A CONFEDERAÇÃO?
     
    O mago e mágico Oliveira Santos está há 33 anos gozando as delícias e mordomias (só isso?) da poderosa Confederação do Comércio. Durante esse tempo todo, nenhuma acusação, mandando e desmandando sem restrição.
     
    Inesperadamente a Federação do Comércio (Fecomércio) vem a público e denuncia “os 33 anos de Oliveira Santos na presidência da CNC (Confederação Nacional do Comércio) precisam acabar, é um retrocesso”. Pânico, susto e confusão, reuniões em cima de reuniões. A tranqüilidade voltou para Oliveira Santos e seus economistas apaniguados que serviram à ditadura.
     
    A Fecomércio silenciou? Também recuou? Pelo menos não se fala mais no assunto. 33 anos são insondáveis, impenetráveis, indestrutíveis. Que República.
     
    ANGELA MERKEL: O POVO ALEMÃO APOIOU HITLER
     
    Desde que a Segunda Guerra Mundial acabou, a questão foi levantada: Hitler poderia ter acumulado tanto Poder, sem o apoio ou a “compreensão” da patuléia vil e ignara? A resposta sempre foi conclusiva: muitos resistiram, mas a maioria adorava Hitler, se arrojava a seus pés, era considerado ídolo e mito.
     
    Agora, surpreendentemente, Dona Ângela Merkel levanta a questão, e de forma nitidamente condenatória. Dona Merkel não vai mais disputar eleição? Ou detectou que a vontade do cidadão é denunciar aqueles tempos amaldiçoados?
     
    Em 1º de março de 1939, Hitler e Stalin assinaram um “Pacto de não-agressão”. Em 1º de setembro desse mesmo 1939, os dois carrascos assaltaram a Polônia. Hitler partiu da Alemanha, Stalin da Ucrânia (fronteira com a Polônia), o massacre foi total. No gueto estavam mais ou menos 300 mil habitantes, não resistiram. Quando sobraram apenas 38 ou 40 mil, tentaram alguma coisa, era muito tarde.
     
    Terminada a guerra, criada a Alemanha Oriental, Dona Merkel, comunista mas desconhecida, ficou lá. Um dos seus prazeres era visitar o “Muro de Berlim”. Quando surgiu a unificação das duas Alemanhas, começou a carreira política, chegando a alturas jamais imaginadas. Agora essa declaração verdadeira, mas surpreendente e estapafúrdia.
     
    COMISSÃO DA VERDADE “DESCOBRE A PÓLVORA” NO ASSASSINATO DE RUBENS PAIVA
     
    Claudio Fonteles foi um dos melhores, mais competentes, corajosos e independentes Procuradores da República. Só ficou 2 anos, não quis mais 2, respeitou a tradição. Indicado para a Comissão da Verdade, é o mais assíduo, compenetrado e responsável. Só que agora cometeu equívoco.
     
    Anunciou estrepitosamente, que palavra, o assassinato de Rubens Paiva, Já se escreveu fartamente que foi assassinado no Doi-Codi (Exército), depois de torturado na Aeronáutica (Cisa). O que todos querem: o nome dos assassinos, embora não deve estar ninguém vivo, já se passaram 42 anos.
     
    O DOCUMENTÁRIO DA GLOBONEWS DESFIGUROU JOEL SILVEIRA
     
    Por ter sido amigo do grande jornalista e pela massificação das chamadas, me preparei para assistir o programa do início ao fim. E acrescentando: pelo fato de ser dirigido por Geneton Moraes Neto, um das pessoas mais íntimas de Joel. Íntimo e parceiro num livro excelente, sobre o qual o próprio Joel escreveu: “Sem o Geneton o livro não existiria”.
     
    Por tudo isso, minha decepção foi completa, decepção e perplexidade. Não se salvou nada do documentário, nem merece esse nome. Os narradores, desnecessários, confusos, inúteis e inaudíveis. O Joel que aparece, ou melhor, desaparece, não merecia esse descaso e displicência. Vá lá, visão equivocada.
     
    Não sobrou uma frase, uma reportagem, qualquer coisa que lembre o extraordinário repórter. Para o cidadão que viu o programa, sobrou um homem gordíssimo, com mais de 150 quilos, sem que fosse explicado que Joel foi vítima de uma doença, que acabou por matá-lo.
     
    Geneton, que tem descoberto entrevistados desconhecidos que produziram excelente material, foi íntimo de Joel, e dessa intimidade tirou um programa que compromete no título. Joel nunca foi uma VÍBORA, era cordialíssimo, repórter que não escondia ou omitia fatos e opiniões.
     
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    PS – Curiosidade: no antigo Distrito Federal, um prefeito (nomeado) recebeu um acervo com muito passivo. Incluindo um antigo jornal, chamado “Vanguarda”. Pediu a um jornalista amigo que indicasse alguém para dirigir o jornal. O jornalista indicou Joel, que dirigia o semanário Mundo Ilustrado, do Diário de Notícias.
     
    PS2 – Tinha tempo disponível, aceitou. Em um mês a Vanguarda estava nas bancas, belíssimo jornal. Primeira página excelente, com o branco predominando, as outras 15 páginas também. Mas os amigos reclamavam: “Está muito bonito, Joel, mas não tem notícia”. E o Joel, como sempre fulminante: “Isso não tem importância, quem quer notícia compra o Globo”.
     
    PS3 – A primeira coluna social de Ibrahim Sued saiu nessa “Vanguarda”, que, lógico, não durou muito. Mas as conversas à tarde eram divertidíssimas. Esse Joel Silveira, bastante distante do Joel do documentário.

    06 de fevereiro de 2013
    Helio Fernandes

    BRAVATA PARA MENSALEIRO VER...

    Fala de presidente da Câmara ameaça o quadro institucional

     
    Se confirmada a ameaça do deputado Henrique Eduardo Alves, novo presidente da Câmara Federal, de não cumprir automaticamente a decisão do Supremo que determinou a cassação dos mandatos dos deputados João Paulo Cunha, Valdemar da Costa Neto, José Genoino e Pedro Henry, condenados no julgamento do mensalão, estará surgindo uma crise sem precedentes na história brasileira, ameaçando refletir no quadro institucional.

    Será um confronto entre os Poderes Judiciário e Legislativo, obrigando o envolvimento do Executivo. Isso porque estará estabelecido um quadro de desordem e indefinição. A Constituição, no fundo do problema, é que estará em xeque.
    Ou o Supremo tem poder de decisão, ou se na questão dos mandatos, suas decisões poderão ser revistas pelo Parlamento. O panorama torna-se dos mais graves com o risco de uma tempestade de consequências difíceis de prever.

    Em 66, quando o presidente da Câmara, Adauto Lúcio Cardoso, decidiu descumprir atos do presidente Castelo Branco cassando os direitos políticos de Hélio Fernandes e os mandatos dos deputados Sebastião Paes de Almeida, Doutel de Andrade e César Prieto, impedindo-as de disputar a reeleição, foi detonada uma crise que culminou com o recesso do Congresso.

    COMPLICADOR

    Agora, é claro, o episódio não poderá se repetir, mas que implica num complicador dos mais graves, não há dúvida. Se o cotejo entre dois poderes se configurar, qual o papel a ser desempenhado pela presidente Dilma Rousseff, sobretudo num ano que antecede de pouco a sucessão presidencial?

    Depois das afirmações do presidente da Câmara e também do ministro Joaquim Barbosa, que preside o Supremo, qual poderá ser a linha capaz de lançar água na fervura e levar a uma solução aceitável?

    É pergunta que se coloca e conduz a um enigma. Henrique Eduardo Alves não está isolado em seu posicionamento. Parte da Mesa Diretora o acompanhou no pronunciamento. Porém com menos ênfase.
    Entretanto. Entretanto, o presidente da Casa tentou radicalizar. E aí é que reside o problema maior. Ele falou depois de eleito, não foi em função dos vetos que o levaram à vitória, embora esta tenha sido por 271 votos, sessenta por cento da Casa.
    Mas, sem dúvida, foi expressiva e destacou sua capacidade de articulação. E o fato de vir sendo eleito há quatro décadas. Bem, mas esta é outra questão.

    Vamos ver como a opinião pública, em face da posição da imprensa, reagirá diante do quadro que surgiu. A matéria original foi de Márcio Falcão, Erich Decat e Andreza Matais, Folha de São Paulo de terça-feira, dia 5.
    Vamos aguardar a sequência dos fatos. O episódio surpreende pelo seu ineditismo. A presidente Dilma Rousseff deverá se pronunciar, inclusive porque na mensagem que enviou ao Congresso afirmou que a política brasileira é vilipendiada.
    E o Congresso é imprescindível e digno de reconhecimento. Qual será a saída? Talvez um adiamento para que o STF aprecie um embargo declaratório?

    06 de fevereiro de 2013
    Pedro do Coutto

    QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

     


    06 de fevereiro de 2013

    ASSISTA ESTE DOCUMENTÁRIO SE QUISER ENTENDER A GUERRA DO AFEGANISTÃO

     

    O jornalista afegão Najibullah Quraishi não vive em seu país, por razões óbvias. Faz nove anos que o Afeganistão está em guerra. Ele conseguiu escapar do inferno que é viver sob bombas, em meio a cadáveres e cenários de destruição. Mas ele às vezes volta a sua terra para fazer jornalismo.



    Nenhum jornalista estrangeiro cobre tão bem o Afeganistão quanto ele. Porque ninguém a conhece e a entende tão bem. Não faz muito tempo, ele fez para a emissora inglesa Channel 4 um documentário sobre os afegãos que lutam contra as forças ocidentais.
    O objetivo era mostrar ao público da Inglaterra quem estava do outro lado em um conflito que tem cobrado vidas de jovens soldados britânicos.

    Quraishi é respeitado jornalisticamente porque faz um trabalho sério. Não é panfletário. Não é fanático islâmico e nem um fanático dos Estados Unidos.

    Ele se tornou conhecido da comunidade internacional jornalística quando foi um dos coautores do documentário “O Comboio da Morte”.
    Nele, é reconstruído um episódio nebuloso de novembro de 2001 no norte do Afeganistão. Um grupo de soldados do Talibã rendera-se às tropas do general Abdul Rashid Dostum , um aliado dos Estados Unidos. Eram 8 mil soldados, e a condição era que fossem poupados.

    ASFIXIADOS

    Eles foram colocados em caminhões blindados, cada qual com 150 ou 200 presos. Quando o comboio chegou ao destino, pouco mais de 3 mil dos presos estavam vivos. Quraishi ouviu e filmou pessoas que participaram do comboio. Essa foi a base do documentário. Um dos entrevistados lembrou que, para abrir pontos de respiro num caminhão, um soldado do general Dostum abriu fogo contra a parte de trás.
    Os tiros mataram alguns presos dentro do caminhão. Soldados americanos que acompanhavam o transporte dos presos nada fizeram para impedir o massacre.

    O documentário — cuja íntegra aconselho você a ver — passou em vários países, contra a vontade dos Estados Unidos, e provocou desconforto por causa do sofrimento afegão. Não foi exibido na tevê americana. A mídia americana ignorou o documentário. O Pentágono, num primeiro momento, negou que tivessem ocorrido irregularidades no comboio.

    Em sua ida mais recente ao Afeganistão, a serviço do Channel 4, Quraishi notou a mudança no estado de espírito dos afegãos médios. “Em 2001, eles viram os Estados Unidos como o país que iria libertá-los do Talibã”, escreveu ele.
    “Agora enxergam neles um invasor.” Várias pessoas que ele entrevistou coincidiram em afirmar que para elas a prioridade, neste momento, é que os exércitos liderados pelos Estados Unidos vão embora. Isto feito, será então a hora de lidar com os extremistas religiosos.

    Obama assumiu com a ambição de melhorar a imagem dos Estados Unidos no mundo. Chamar de volta quanto antes os soldados americanos, objeto de ódio intenso no Afeganistão, era um passo para realizar a ambição. Mas nada. Obama continuou todas as guerras de Bush.

    Há poucos dias, uma manifestação de civis na capital Cabul trazia cartazes em que se lia: “Americanos: vão para o inferno!” Não é o caso de irem para o inferno. Basta que retornem a seu país.

    http://www.youtube.com/watch?v=TWPDZhgISdw&feature=player_embedded

    06 de fevereiro de 2013
    Paulo Nogueira (Diário do Centro do Mundo)

    CRÔNICA DE UM CHOQUE ANUNCIADO


    O impasse segue seu curso, agora exposto em sua crueza depois dos pronunciamentos feitos no Congresso, pela reabertura dos trabalhos legislativos e pelo comentário do presidente Joaquim Barbosa, sobre ser o Supremo Tribunal Federal o único intérprete da Constituição. Antes, Marco Maia, que saía, Henrique Alves, que entrava, além de Renan Calheiros, enfatizaram que apenas Câmara e Senado detém o poder de cassar mandatos. Como pelo menos quatro deputados estão condenados a penas de prisão pela mais alta corte nacional de Justiça, aguarda-se apenas que as sentenças transitem em julgado para que se estabeleça o choque.

    Os novos comandantes do Congresso rejeitam a cassação automática dos quatro deputados e continuarão respeitando seus mandatos, pelo menos até que se reúnam o Conselho de Ética e o plenário da Câmara, para decidir.

    Enquanto isso, porém, o que fará o Supremo Tribunal Federal? Será desmoralizado caso suas condenações sejam desrespeitadas. Apelará para o artigo 142 da Constituição, que estabelece destinarem-se as forças armadas à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem? Mas não poderá o presidente do Congresso apelar para o mesmo dispositivo? Acresce, para complicar, pertencer ao presidente da República a autoridade suprema sobre as forças armadas. Quer dizer, no caso de tanto o Judiciário quanto o Legislativo solicitarem os serviços militares para o cumprimento de suas interpretações, que decisão tomará Dilma Rousseff? E se não tomar nenhuma?

    Delineia-se uma crise institucional, o que de pior poderia acontecer, com o agravante de que os generais poderão outra vez transformar-se em constitucionalistas, cabendo a eles optar sobre quem tem razão, se o Congresso ou o Supremo…

    Não parece fácil que, na iminência do choque, venham os presidentes do Senado, da Câmara e do Supremo, por coincidência, decidir dar um passeio pela Praça dos Três Poderes e, por mero acaso, encontrarem-se na porta do pequeno museu que mostra, em pedra, o rosto de Juscelino Kubitschek. Seria uma boa inspiração para assegurar a paz.

    OS POLÍTICOS E A ATIVIDADE POLÍTICA
    É bom seguir literalmente o que expôs a presidente Dilma em sua mensagem ao Congresso. Ela não escreveu que os políticos tem sido vilipendiados, mas a atividade política. A diferença é sensível, apesar da interpretação meio canhestra dada às suas palavras por alguns líderes parlamentares. As relações entre Executivo e Legislativo são institucionais, não pessoais.

    QUEM REPRESENTA O POVO?
    Entusiasmou-se o novo presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, ao sustentar serem apenas os deputados que representam o povo, abençoados pela votação recebida nas urnas. A representatividade é elástica. Estarão excluídos dela os presidentes da República, desde que escolhidos em eleições livres? O que dizer dos governadores e dos prefeitos?

    MAIS CÂMARA, MENOS TV?
    Outra declaração de Henrique Eduardo a despertar no mínimo meditação, foi de que a TV-Câmara deve ser mais Câmara e menos TV. Estaria cogitando de limitar as transmissões ao vivo dos trabalhos no plenário e nas comissões? Abrir câmeras e microfones às Assembléias Legislativas configura excelente proposta, mas desde que não atropele a divulgação daquilo que de principal e mais importante acontece entre os deputados federais. No Supremo Tribunal federal já houve quem defendesse a censura à divulgação ao vivo de suas sessões. Felizmente, a proposta não pegou.

    06 de fevereiro de 2013
    Carlos Chagas

    A LÍBIA DE KADAFI ERA A MAIS BELA JÓIA DA ÁFRICA

     

    Aqueles que não se consideram intoxicados pela mídia ocidental, pela imprensa-empresa que diariamente defende os interesses criminosos do imperialismo e do sionismo para ganhar dinheiro às custas do derramamento de sangue de milhares de inocentes em guerras colonialistas, sabem que Muamar Kadafi era um referencial na luta pela independência do continente africano.


    Trípoli, antes do bombardeio

    Em 1º de setembro de 1969 ele liderou o Movimento dos Oficiais Livres para derrubar o Rei Ídris, um tirano mantido no poder pelos governos dos EUA, Inglaterra e França.

    Após assumir a direção do governo revolucionário na Líbia, Kadafi não fez como a maioria dos monarcas e governantes árabes, que se submeteram às potências imperialistas, traindo seus povos e comprometendo o futuro de seus países.

    Ao contrário da maioria dos oportunistas e traidores de plantão, Kadafi surpreendeu o mundo em maio de 1977 ao criar o conceito de “Jamahiriya” ou “Estado das massas”, em que o poder é exercido através de milhares de congressos e comitês populares, na democracia direta.
    A teoria buscava resolver as contradições inerentes no capitalismo e comunismo, para colocar o mundo em um caminho de revolução política, econômica e social e libertar os povos oprimidos.

    A trajetória de Kadafi guiava-se na história do grande mártir líbio Omar Moukhtar (1862-1931), que liderou a luta pela independência líbia diante da ocupação italiana, e pagou o preço pela sua valentia: foi enforcado pelos inimigos invasores estrangeiros.
    Em 20 de outubro de 2011 Kadafi também foi martirizado por estrangeiros que invadiram a Líbia, em busca de petróleo, e para assassinar um líder que estava unindo a mobilizando a África na luta contra o colonialismo.

    UNIÃO AFRICANA

    Em 1999 nascia a União Africana, uma entidade construída às duras penas por Muamar Kadafi. Ele levou mais de cinco anos trabalhando para criar uma entidade internacional que representasse os povos africanos junto à comunidade internacional da nações.
    Durante esse tempo ele sofreu perseguições, retaliações, difamações, todos os tipos de sabotagem que os governos dos EUA, França e Inglaterra utilizam sempre que tem seus interesses econômicos contestados.

    Kadafi enfrentou a traição covarde de governantes africanos que foram colocados no poder por potências imperialistas e colonialistas. Todos esses desafios foram vencidos por Kadafi em sua luta para impedir o roubo e o saque das riquezas naturais dos povos africanos.
    Ele sempre dizia que o povo africano não era pobre, que os imigrantes ilegais africanos estavam buscando no exterior as riquezas que foram levadas e roubadas pelas potências colonialistas. Por esse motivo, por falar a verdade, era duramente criticado pela imprensa ocidental.

    A luta de Kadafi pela libertação da África compreendia o envio de centenas de médicos e dentistas, medicamentos e ajuda humanitária para países africanos cujas populações sofriam privações e necessidades.

    Após criar a União Africana, Kadafi propôs aos governantes africanos a criação do Banco Central Africano, o Fundo Monetário Africano e o Banco de Investimentos e Desenvolvimento da África. Todas essas propostas foram combatidas ferozmente pelos inimigos dos povos africanos, os governos dos EUA, França e Inglaterra.

    CASO DO MALI

    Nos dias atuais quando as potências colonialistas se unem para atacar o Mali, após promover guerras na Somália, Congo e Sudão, fica muito claro aquilo que Kadafi tinha em mente ao defender a unidade africana à todo custo. Através da união econômica e militar dos países africanos, os países poderiam repelir qualquer ataque militar das potências ocidentais colonialistas e imperialistas.

    A grande joia da África era a Jamahiriya Líbia de Kadafi, por isso ele foi covardemente assassinado e a Líbia foi ocupada por traidores e estrangeiros, para impedir que a África se unisse, defendesse sua liberdade e soberania, e conquistasse melhores condições de vida para o seu povo.

    A Líbia de Kadafi conquistou o melhor IDH da África, isto é, os líbios tinham as melhores condições de vida – saúde, educação, habitação – de todos os demais países africanos. Este era o exemplo que a Líbia dava a todos os demais países africanos, por isso o país deveria ser destruído pelas potências imperialista e colonialistas cujas economias deficitárias sobrevivem às custas do roubo e do saque das riquezas naturais dos povos oprimidos e escravizados.

    (artigo enviado por Sergio Caldieri)

    06 de fevereiro de 2013
    José Gil (marchaverde.com.br)