"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

O REI MIDAS PERDEU O TOQUE?

Pode ser que os grandes momentos voltem. Mas a verdade é que a infalibilidade de Lula corre sério risco de deterioração.




A soberba misturada com a arrogância, que a sabedoria grega chamava de húbris, incomoda os deuses, que costumam castigá-la com lições de humildade.

As lições mais contundentes estão vindo do julgamento do mensalão, uma anomalia ética que o ex-presidente reconheceu com humildade num primeiro momento, chegando a pedir perdão por ela, e que depois renegou tentando dar-lhe o tratamento de uma invencionice “golpista” de uma suposta elite, que na verdade nunca deixou de bajulá-lo e adulá-lo sem nenhum pudor.

A posição firme da sólida maioria dos juízes do Supremo, com a notável exceção, até aqui, dos ministros Lewandowski e Toffoli, não deixa nenhuma dúvida não só sobre a independência do Poder Judiciário, como também da materialidade das ações criminosas detalhadas na denúncia apresentada pela Procuradoria Geral da República.

O patrimônio moral que o PT tentou construir desde a fase de sua fundação, vai ficando cada vez mais seriamente danificado com as sucessivas condenações que a Suprema Corte vem impondo aos envolvidos no esquema de corrupção ativa e passiva que forma o processo do mensalão.

Mas a mitologia construída em torno da suposta genialidade política do ex-presidente não está sendo desgastada apenas pelo andamento do processo do mensalão.

Às vésperas das eleições municipais, delineiam-se pelo menos três cenários onde a participação pessoal ativa do ex-presidente gerou, pelo menos até este momento, a possibilidade da construção de três desastres eleitorais:

• A insistência na candidatura a prefeito de São Paulo do ex-ministro da Educação Fernando Haddad, em detrimento da senadora Marta Suplicy, candidata natural ao cargo que já ocupou e detentora do apoio inequívoco da maioria do partido para a disputa.

• A ruptura da aliança histórica com o PSDB de Aécio Neves e o PSB mineiro em torno do prefeito Márcio Lacerda, desprezando uma reeleição quase certa para lançar a candidatura própria de Patrus Ananias.

• A imposição ao PT de Recife da candidatura do ex-ministro Humberto Costa em lugar do atual prefeito João da Costa, candidato natural à reeleição, provocando um racha no partido e a consequente ruptura da aliança com o PSB de Eduardo Campos.

Os três candidatos impostos pelo diktat de Lula amargam maus prognósticos nas pesquisas eleitorais e têm escassas chances de vitória.

O estrategista infalível perdeu a mão ? O rei Midas não consegue mais transformar tudo o que toca em ouro?

05 de outubro de 2012
Sandro Vaia é jornalista.

VERDADE ENCARDIDA

 


Sou do tempo em que ser juiz do Supremo Tribunal Federal era uma honra tão grande que as crianças de suas famílias falavam baixinho quando eles estavam em casa. Nada de algazarra. Por mais bondoso e camarada que fosse o avô, o pai, o tio, respeito é ótimo e era exercido.

Eu não guardava a mesma deferência, mas assim mesmo, logo que o julgamento do mensalão começou, fiz questão de demonstrar minha fé nos juízes do STF em artigos que escrevo para este blog.

Julgar o STF? Claro que não. Mas avaliá-lo? Claro que sim, foi um deles. Nessa avaliação estou tendo grandes alegrias: a volta da esperança de um Brasil melhor e o sentimento de orgulho ao ver que temos, em nossa Corte Suprema, oito juízes do mais alto plano moral e intelectual, pessoas para quem o importante são os valores éticos.

Foi semana rica em lições. Começo com a de ontem: a ministra Rosa Weber estava visivelmente angustiada ao votar. E não fez questão de esconder. Do que fez questão absoluta foi de mostrar que tem caráter e que é uma mulher para quem a honra e a dignidade são muito mais importantes que os sentimentos pessoais que possa ter.

Segunda-feira, na 30ª sessão plenária, a grande lição veio do ministro Celso de Mello. Quem teve a oportunidade de ouvi-lo não esquecerá tão cedo o que ele disse e como disse. Aqui no blog temos arquivados fragmentos de seu voto, o que nos será de grande valia: são palavras para ler e reler muitas vezes.

Na mesma sessão, o presidente do Supremo, ministro Ayres Britto, encerrou os trabalhos do dia com uma frase magistral. Não me surpreendeu, aprendi a admirá-lo nestes dias de julgamento. Mas sinto que a maioria das pessoas não a compreendeu bem. Talvez pelo verbo antiquado, talvez pelo fim da roupa lavada à mão, talvez pelo fim da mãe de família que se orgulhava da roupa branca de sua casa brilhar...

A frase: "Ao contrário da roupa no tanque ou nas pedras dos rios, quanto mais se torce a verdade, mais ela encarde!"

Pois foi exatamente o que aconteceu com a verdade do Lewandowski. Foi tão torcida, apanhou tanto, foi tão esfregada nas pedras que encardiu a ponto de ficar imprestável para usos futuros. Nem tudo, portanto, tem sido alegria.

Como pode esse senhor querer que se acredite que José Dirceu abandonou a política para dedicar-se à Casa-Civil da Presidência da República para... o que é mesmo que faz quem ocupa esse cargo? Ou que sua ex-mulher foi beneficiada por outros réus a pedido de Silvinho Pereira e não a seu pedido?

Ou que José Genoíno dava avais para o tesoureiro do partido sem nem sequer perguntar: ei, pra que tantos milhões?

Que só Delúbio Soares sabia de onde vinha e para onde ia o dinheiro que inundou as burras do PT?

Imagino que José Dirceu, que de parvo não tem nada, deva estar uma fera. A peroração de Lewandowski ontem foi a pá de cal em sua esperança. A primeira a sucumbir foi a verdade, o segundo foi o núcleo político do PT. RIP.

05 de outubro de 2012
maria helena r.r. de sousa

FRASE DO DIA



"Com todo o respeito, não é possível acreditar que Delúbio sozinho teria comprometido o PT com dívidas de R$ 55 milhões e teria repassado aos partidos da base aliada."


Rosa Weber, ministra do STF, ao votar pela condenação de José Genoíno e José Dirceu pelo crime corrupção ativa
 

AO PÉ DO BISPO

 

Os advogados de defesa não têm o que dizer nem o que fazer diante da consistência das decisões já tomadas pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão.

Pouco ou quase nada lhes resta além de anunciar recursos a cortes internacionais. Com isso, fornecem algum discurso político a seus clientes, mas na prática a ideia equivale mais ou menos a reclamar ao bispo.

Gente que entende do assunto explica que a Corte Internacional de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA) - o foro escolhido para a anunciada reação - pode condenar os países associados quando há violação dos direitos humanos, entre os quais está o julgamento tido como injusto.

Nesse princípio se inclui o direito do réu a ser julgado por ao menos duas instâncias. É nisso que os acusados agora se apoiam.

Ocorre, porém, que a jurisprudência da OEA considera como exceção os casos em que o julgamento é feito em instância única pela mais alta corte do País. Justamente o que acontece no caso em exame no Supremo.

Esse ponto foi abordado no primeiro dia de julgamento, em 2 de agosto, quando Márcio Thomaz Bastos apresentou questão de ordem sobre o desdobramento da ação para outras instâncias.

Na ocasião, o decano do STF, Celso de Mello, explicou a jurisprudência da OEA. Esclareceu e deveria, com isso, ter encerrado o assunto no qual os advogados insistem inutilmente.

Número ímpar. A resolução dos casos de empates divide tão profundamente os ministros do Supremo, que há uma tendência a esperar pela posse de Teori Zavascki.

Isso se houver outros e mais importantes impasses além do resultado de 5 a 5 no julgamento de José Borba (ex-líder do PMDB na Câmara) por lavagem de dinheiro.

Esse caso, segundo avaliação corrente no STF, pode ser resolvido com a mudança do voto de algum ministro.

Há a impressão de que Dias Toffoli talvez "caminhe" da condenação para a absolvição.
A recomposição das 11 cadeiras e a participação de Zavascki seria a solução menos traumática em nome da paz na Corte.

Saneamento. O procurador-geral Roberto Gurgel certamente será criticado por ter considerado "salutar" a perspectiva de que o julgamento do mensalão venha a influir no resultado da eleição de domingo.

Será acusado de "parcialidade", por esperar apenas o óbvio: que o eleitor junte A com B e tome suas decisões levando em conta as questões que estão sendo debatidas no Supremo.

Não necessariamente para rejeitar candidatos apenas por serem ligados aos personagens em julgamento. Mas para fazer a escolha com mais rigor em relação à conduta daqueles que serão governantes no Executivo e seus representantes no Legislativo.

Há candidatos dos partidos envolvidos no processo que nada têm a ver com os crimes julgados no Supremo, assim como há outros ligados a legendas que não estão no processo, cujos comportamentos e vidas pregressas não valem um mandato.

Se escândalos anteriores tivessem influído em pleitos seguintes, haveria menos candidatos fichas-sujas e talvez o ambiente já estivesse bem melhor.

A eleição é o momento ideal para se discutir essas coisas.

Vacina. O ministro Ricardo Lewandowski não parou de repetir: "Vou julgar nos autos". Indelicado com seus pares que por suposto votariam fora deles.

O revisor pareceu aplicar um antídoto à hipótese de terminar isolado, marcando posição em prol da legalidade.

Ademais. O PT não estaria há dez anos no poder se no partido mandasse o tesoureiro.

05 de outubro de 2012
Dora Kramer - O Estado de S.Paulo

O PLANO PERFEITO

E se Roberto Jefferson não tivesse denunciado o mensalão, como estaria o Brasil hoje?

Pelo que o julgamento do Supremo Tribunal Federal está provando, o PT teria a maior e mais fiel base de apoio do Ocidente, maior até do que a velha Arena da ditadura, presidida por Sarney. Além dos cargos e boquinhas de sempre, os partidos aliados teriam suas despesas de campanha bancadas pelo PT. Assim, tanto nas votações no Congresso como nas eleições, não seria uma coalizão, mas um rolo compressor. A democracia perfeita de Lula e Dirceu.

Seria preciso apenas encontrar novas fontes de financiamento da operação, além dos empréstimos de araque de Marcos Valério no Banco Rural e no BMG e do desvio de dinheiro do Visanet, que não seriam suficientes para pagar as dívidas e as campanhas do PT, e as despesas crescentes com a voracidade da base aliada, que quanto mais come mais fome tem.

De onde sairia o dinheiro? Militantes do partido em postos-chave na administração pública facilitariam concorrências e superfaturariam campanhas publicitárias e eventos produzidos pelas agencias de Marcos Valério, que ficaria com uma parte do butim. Depois era só lavar o dinheiro na Bonus Banval e distribuí-lo aos aliados para garantir a governabilidade sem fazer concessões politicas e a aprovação de seus projetos que - eles tinham certeza - eram os melhores para o povo brasileiro.

Como Lula e Dirceu sabiam melhor que ninguém, pelo menos 300 picaretas estavam à venda no Congresso. Então, por que não comprá-los para servir ao governo do primeiro operário a chegar à Presidência, para atualizar e fazer as "reformas de base" que derrubaram Jango e Brizola em 1964? Era uma causa nobre, um velho sonho, um plano perfeito. Ou quase.

Mais do que um inútil exercício de retrofuturologia, imaginar as consequências funestas da continuidade do mensalão - que não ia parar ali, cresceria e envenenaria o Congresso, as campanhas eleitorais, a democracia e o Estado - serve para dar um suspiro de alívio e agradecer ao procurador-geral e aos ministros do Supremo Tribunal Federal. E ao gesto tresloucado de Roberto Jefferson.

05 de outubro de 2012
nelson motta, O Estado de S.Paulo

IMAGEM DO DIA

Luiz Inácio Lula da Silva recebe chapéu em evento com Fernando Haddad no centro de SP, em 05/10/2012
Luiz Inácio Lula da Silva recebe chapéu em evento com Fernando Haddad no centro de SP, em 05/10/2012 - eo Martins/Frame/Folhapress
 
05 de outubro de 2012

 

"NO FUTURO, OS CARROS NÃO VÃO CA BER NAS CIDADES"

 No livro "Straphanger", o escritor canadense conta o que viu de mais inovador pelo mundo em cidades-referência em transporte público
 
Taras Grescoe (Foto: Erin Churchill)


O escritor canadense Taras Grescoe recusa-se a comprar um carro. Mesmo com um filho recém-nascido, faz suas tarefas diárias a pé, de metrô, de ônibus ou de trem em Montreal, onde vive. Em seu livro Straphanger (expressão que identifica uma pessoa que só anda de transporte público), sem previsão de lançamento no Brasil, Grescoe conta o que viu de mais inovador pelo mundo em cidades-referência em transporte público. E tenta convencer o leitor a viver sem carro.

ÉPOCA - O senhor afirma no seu livro que o automóvel nunca foi uma tecnologia apropriada para as cidades. Por quê?

Taras Grescoe - Os carros diminuem significativamente a qualidade de vida nas cidades. Elas foram originalmente projetadas para os pedestres. Depois, se expandiram com o uso do bonde movido a cavalos e do bonde elétrico. Ainda assim, a maioria das cidades na América do Norte eram rodeadas por subúrbios onde era possível andar a pé livremente pelas ruas. Após a Segunda Guerra Mundial, as cidades começaram a crescer sob a influência do carro. As cidades existem há sete mil anos. Somente nos último cinquenta anos os carros determinaram a forma urbana. O problema agora é que metade da população mundial vive em cidades e esse número deve crescer para 75% até o meio desse milênio. No futuro, os carros não vão caber nas cidades.


ÉPOCA - Mas o carro foi sempre um vilão? Não ajudou a trazer progresso aos Estados Unidos e outros países do mundo?

Grescoe -
Inicialmente, o carro não foi um vilão nos Estados Unidos. Era o símbolo de liberdade e individualidade. Mas ao pensar na história do automóvel na América do Norte, ele foi sim um vilão em diversas cidades. Somente os aristocratas dirigiam carros e eles causavam um número alto de mortes. Nos anos 1920, milhares de crianças morreram atropeladas enquanto os motoristas ricos dirigiam pelas ruas. Isso gerou diversos protestos na época. Nos Estados Unidos, particularmente, o carro sempre foi associado a grandes rodovias, à noção de independência, Pé na estrada, de Kerouac... Mas hoje as coisas mudaram. Detroit, o centro do automóvel, está praticamente arruinada. Perdeu pelo menos metade de sua população nos últimos anos. Há uma verdadeira mudança acontecendo. Agora, os jovens veem o carro como símbolo de isolamento social. Uma pesquisia com a geração Y mostrou que pelo menos metade dos jovens americanos preferem ter um smartphone ou acesso à internet a comprar um carro.


ÉPOCA - O que motivou essa mudança?

Grescoe -
Muitos desses jovens foram criados em subúrbios e contaram com seus pais os levando para todo o canto de carro. Quando chegaram aos seus 20, 30 anos, se mudaram para as cidades. Os jovens estão mais interessados em viver em um lugares onde seja possível andar a pé, dispensando o uso do carro. Os millenials têm menos medo de andar pelas cidades e utilizar o transporte público. A qualidade e a segurança melhoraram também. Eles não saíram das cidades como seus pais. Estão voltando para elas. Há também, desde 2008, a recessão. Carros são caros e o trânsito nas cidades só piora. É preciso fazer alguma coisa quando se dá conta que você passa nove anos da vida dentro de um carro.


ÉPOCA - Críticos do automóvel, como o senhor, recorrem a argumentos racionais. Como convencer pessoas a não comprar mais carros quando a escolha delas é guiada por fatores subjetivos, como status e o sentimento de segurança?

Grescoe -
Isso é um desafio para regiões como a América Latina. Em cidades como São Paulo, ter um carro é em parte uma questão de classe. As elites não se sentem seguras no transporte público e compram carros. Bogotá, nos anos 1990, era uma das cidades mais perigosas do mundo. Mas eles melhoraram o espaço e o transporte público, e, de certa forma, passaram a demonizar o carro. Eles disseram "por que somente 20% dos bogotanos deveriam ficar com todo o espaço público?". É preciso fazer com que as pessoas mudem a relação que elas têm com a rua. Vivemos em uma democracia e é importante mostrar que as ruas não são só para as elites. Elas são para os 80% da população que não têm carros. No Brasil, Curitiba fez a coisa certa. Quando você precisa se colocar atrás de uma estrutura de metal e vidro para se sentir seguro, é sinal de que algo vai mal na sociedade. Entendo porque as pessoas usam carro, mas não é uma boa escolha para a sociedade.


ÉPOCA - No Brasil, as classes médias altas se recusam a usar transporte público. A atitude do Estado deve ser melhorar o transporte para atrair mais público ou atrair o público primeiro, gerar mais receita, e então aprimorá-lo?

Grescoe
- Você não pode simplesmente tentar atrair as pessoas se não melhorar o sistema. Isso aconteceu em Nova York, por exemplo. Nos anos 1990, o metrô era todo pichado, sujo, e tinha muitos problemas de segurança. As pessoas tinham medo de entrar no metrô. A primeira coisa a ser feita foi limpar diariamente os vagões. Depois puseram mais policiais e câmeras nas estações. As pessoas precisam se sentir mais seguras primeiro. E isso por ser feito com medidas simples.


>>Um novo olhar sobre rodas

ÉPOCA - O senhor cita o sistema de metrô de Paris como um dos mais eficientes do mundo. Mas ele foi inaugurado em 1990, quando as circunstâncias e os custos eram outros. Seria possível replicar um modelo como o de Paris nas cidades de hoje?

Grescoe -
Sim. Xangai, por exemplo, construiu o maior sistema de metrô do mundo em apenas 10 anos. Se as autoridades usassem o dinheiro que é investido em estradas e rodovias para aprimorar o transporte público, teríamos cidades mais saudáveis e funcionando melhor. Fazendo isso, qualquer lugar poderia ter um melhor sistema de transporte.


05 de outubro de 2012
ISABELLA AYUB - Epoca

QUADRILHEIRO DO MENSALÃO DE LULA VAI RECEBER APOSENTADORIA DE R$ 43 MIL

 
Jacinto Lamas, condenado pelo Supremo por lavagem de dinheiro, corrupção passiva e formação de quadrilha, se aposentou da Câmara com salário integral.
O ex-tesoureiro do PL sacou 1,65 milhão de reais do valerioduto.
Então assessor de Valdemar, carregava malas de dinheiro destinado aos integrantes do partido.

O que aconteceu

Em outubro de 2012, na semana em que foi condenado pelo Supremo Tribunal Federal no julgamento do mensalão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha, aposentou-se do cargo de assistente legislativo da Câmara dos Deputados. Mas o fez com saláro integral.
 
O salário de Lamas, considerando vantagens e gratificações, somou o valor bruto de R$ 43.183,36 no mês anterior à aposentadoria - e o valor líquido de 25.792,94, já descontados os tributos obrigatórios e o abate-teto constitucional. Também aposentou-se do cargo de chefe de gabinete da liderança do PR na Casa, função pela qual recebia mais R$ 7.622,59.
Em 2005, deixou o cargo de tesoureiro do PL na esteira do escândalo do mensalão. Em setembro de 2011, sem alarde, a Câmara dos Deputados arquivou processo disciplinar contra ele - em 2009, a investigação fora aberta para apurar se Lamas deveria ser demitido do serviço público.
 
No ano passado, a comissão decidiu absolvê-lo com a seguinte tese: as acusações contra ele não dizem respeito ao seu trabalho como servidor da Câmara, mas sim como tesoureiro do extinto PL, comandado por Valdemar Costa Neto.
 
Como Lamas ainda não havia sido julgado pelo Supremo, a comissão entendeu que, pelo princípio da "presunção de inocência".
 
05 de outubro de 2012
aleluia

A DOR ME IMPEDE DE FALAR, DIZ GILBERTO CARVALHO SOBRE O COMPANHEIRO DIRCEU

 
Notórios quadrilheiros do bando de Lula, Gilberto Carvalho e José Dirceu são acusados pela família do ex-prefeito de Santo André (SP), Celso Daniel, de envolvimento na morte do petista. Daniel teria sido assassinado como "queima de arquivo", porque ameaçava denunciar o esquema de propina montado no município. Segundo a família do ex-prefeito, Gilberto carvalho costumava transportar em malas o dinheiro arrecadadom para entregar ao companheiro Dirceu.

Leia matéria do UOL sobre o caso Celso Daniel
http://migre.me/b1tSU

Agora, leia matéria de Leonencio Nossa, da Agência Estado sobre mensalão


A dor me impede de falar, diz ministro sobre situação de Dirceu no mensalão.

Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) evitou comentar julgamento de ex-ministro no processo; petista já recebeu três votos favoráveis à condenação
 
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Gilberto Carvalho, evitou falar nesta sexta-feira, 5, sobre o julgamento do ex-ministro da Casa Civil no processo mensalão pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Nessa quinta, 4, a Corte já deu sinais de que pode condenar o petista por corrupção ativa.
Gilberto Carvalho durante abertura da exposição das obras de Caravaggio em Brasília - Andre Dusek/AE
Andre Dusek/AE
Gilberto Carvalho durante abertura da exposição das obras de Caravaggio em Brasília


"A dor me impede de falar, neste momento, desta questão", disse Carvalho durante a abertura da exposição das obras do italiano Michelangelo Merisi Caravaggio, em Brasília. O ministro foi chefe de gabinete do governo Lula durante os dois mandatos.

Nessa semana, o STF começou a julgar o envolvimento de petistas no esquema de compra de apoio político no Congresso durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Três ministros votaram pela condenação de Dirceu, apontado pela acusação como o principal articulador do esquema. Já para o revisor do processo, ministro Ricardo Lewandowski, não há provas de que o ex-ministro comandou o mensalão. Os demais ministros votam na próxima semana.

Também na quinta, a defesa de Dirceu apresentou último apelo ao Supremo. Em um documento de 11 folhas, o advogado José Luiz Oliveira Lima diz que o petista não mantinha encontros com outros réus do processo e não poderia ser culpado por atos relativos ao cargo que exercia na época.

"Ao contrário do que foi consignado no voto do Exmo. Relator, as reuniões (na Casa Civil) não se revestem de caráter clandestino; ao revés, foram registradas na agenda oficial do ex-ministro. Se os representantes dos bancos e empresas decidiram levar nas audiências Marcos Valério ou Delúbio Soares (ex-tesoureiro do PT e também réu no processo), seja como mero acompanhantes ou assessores, tal fato não é de responsabilidade de José Dirceu", argumentou o advogado.

05 de outubro de 2012
aleluia

VALE RELER O TEXTO DE FERNANDO GABEIRA


Este talvez seja um dos melhores textos, se não o melhor, que Fernando Gabeira escreveu. Flores, Flores Para Os Mortos. Não costumo gostar de esquerdistas. Mas, como em toda a regra há exceção, Gabeira parece ser uma delas. Um esquerdista arrependido, se não da filosofia, pelo menos das ações covardes. Abalo-me a vertê-lo aqui, pois nossos leitores podem não tê-lo lido alhures. Uma radiografia nua e crua do glorioso partido™, realizada por quem estava lá dentro, e pode falar de cátedra. Um verdadeiro libelo contra a corja de dirige o partido. Não se pode culpar todos os petistas. Já contei aqui que privei com um deles, membro fundador, que acreditava piamente na ética que era apregoada. Mal sabia ele que seriam dirigidos por uma chusma de malfeitores aproveitadores. Não sei o que é feito dele, se continua acreditando. Mas, como era uma pessoa inteligente, de bons princípios, pode ter caído na real. Espero!


Ofereço a ele o choro preferido de Pixinguinha, que fez em parceria com Benedito Lacerda, “Ingênuo”
magu
 
 
 
FLORES, FLORES PARA OS MORTOS
Fernando Gabeira
 
“Sempre que os fatos ganham velocidade, costumo comprar um bloco de notas. Anoto frases, idéias, intuições e deixo que se decantem com o tempo. Volto a elas, depois, para rejeitá-las ou desenvolvê-las. A primeira frase que me veio à cabeça foi a da vendedora de flores que encerra um filme. Volto a elas, depois, para rejeitá-las ou desenvolvê-las.

A primeira frase que me veio à cabeça foi a da vendedora de flores que encerra um filme. O pequeno bloco também tem idéias. Por exemplo: comparar a ditadura com o governo Lula. Uma neutralizou o Congresso pelo medo; o outro, pelo pagamento de mesada. Ditadura e governo Lula compartilham o mesmo desprezo pela democracia, ambos violentaram-na, reduzindo o Parlamento a uma ruína moral.

Os militares prepararam sua saída de forma organizada. Nem muito devagar, para não parecer provocação, nem muito rápido para não parecer que estavam com medo. Já o núcleo duro do governo Lula parece perdido, batendo cabeça, ou melhor, enfiando-a na areia, sem perceber que a polícia está chegando e, daqui a pouco, alguém vai gritar na porta do Planalto: “Se entrega, Corisco”.

Quando era menino e vivia em Juiz de Fora, fazíamos rodas de capoeira, bastante rudimentares – confesso. Mas cantávamos: “A polícia vem, que vem brava / quem não tem canoa, cai n’água”.
Tudo isso jorra aos borbotões na minha caderneta. Anotei: chamar alguém do “Guinness”, o livro dos recordes, para saber se algum tesoureiro de qualquer partido do mundo se desloca com batedores de motocicleta e carros clones para iludir perseguidores; se algum tesoureiro partidário se desloca com jatos particulares, semanalmente; se introduz no palácio associação de empreiteiros que receberam R$ 1,1 bilhão de dívidas.

Os militares batiam, davam choques e insultavam na sessão de tortura, mas vi muitos dizendo que me respeitavam porque deixei um bom emprego para combatê-los com risco de vida. Eles viam ideais no meu corpo arrasado pelo tiro e pela cadeia.

O PT queria que eu abrisse mão exatamente da minha alma, e me tornasse um deputado obediente, votando tudo o que o Professor Luizinho nos mandava votar. Os militares jamais pediriam isso.

Desde o princípio, disseram que eu era irrecuperável e limitaram-se à tortura de rotina. Jamais imaginei que seria grato aos torturadores por não me pedirem a alma. Não sabia que dias tão cinzentos ainda viriam pela frente.
Que seria liderado por um homem que achava que Maurício de Nassau era um deputado de Pernambuco. Logo eu, que sou admirador de um deputado pernambucano chamado Joaquim Nabuco. Foram os anos mais duros de minha vida.

No meu caderno anoto frases e indicações da semelhanças da luta contra a ditadura e da luta contra este governo, desde que comecei a criticá-lo, com a importação de pneus usados. As pessoas têm suas carreiras, seus empregos, sua racionalizações. É preciso respeitá-las, atravessar o deserto sem ressentimentos.

Agora, sobretudo, é preciso respeitar o sofrimento dos vencidos. Outro dia, quando me referi a um núcleo na Casa Civil como um bando de ladrões que atentava contra a democracia, uma jovem deputada do PT estremeceu. Senti que não estava ainda preparada para essas palavras cruas. E fui percebendo pelas anotações que talvez estejam aí, para o escritor, o mais rico manancial de toda essa crise. Como estão as pessoas do PT? Como se ajustam a essa nova realidade? Que destino tomaram na vida?

Procuro não confundir, entre os que ainda defendem o governo, aqueles que são cínicos, cúmplices e os outros, que apenas obedeceram as ordens sob a forma da aplicação do centralismo democrático. Alguns defendem porque ainda não conseguiram negociar com sua própria dor.
Não podem suportá-la de frente. Mas terão de fazer algum dia, porque, por mais ingênuos que sejam, já perceberam que a mãe está no telhado. Vamos ter de encarar juntos essa realidade. A grande experiência eleitoral da esquerda latino-americana, admirada por uma Europa desiludida com Cuba”.

05 de outubro de 2012

O MENSALÃO NO AUGE

 

 


Também pouco se falou já que figuras importantes dentro do governo estavam envolvidas até o pescoço. O mandatário nacional, embora tivesse conhecimento de tudo o que acontecia e com detalhes, ao verificar a impotência da oposição preferiu isolar-se declarando que “não sabia”, ou que se tratava de caixa 2, coisa comum no Brasil e que ele se propusera combater quando chegasse um dia ao posto maior.
Chegou e não cumpriu o prometido. Restou para a parte consciente do país, a imprensa, que foi duramente atacada pelo presidente e companheiros visando a censura, como ocorreu com seus ídolos na Venezuela, Cuba, Bolívia, Irã etc..

Parte da mídia a TV teve papel também importante, embora com algum controle sobre ela. Sobressaíram as revistas semanais no sentido de divulgar toda a imundície.

Lula pouco foi afetado porque a maioria dos seus admiradores e seguidores foram fieis a um de seus principais princípios: Nunca ler jornais para não sofrer ataques de azia. Prova disso é o seu prestígio que permanece praticamente inabalável.
Chegou a testá-lo na campanha para a prefeitura de São Paulo. Colocou como candidato a prefeito um partidário que foi péssimo ministro da educação provando realmente que tem poder eleitoral.

Bastaram algumas iniciativas, como “conquistar” o apoio de um antigo inimigo político (quem ainda se lembra da foto histórica em primeiras páginas de jornais ?) e “comprar” o apoio da senadora em troca de um ministério onde ela tornará a “relaxar e gozar”. Isso tudo fez a intenção de votos pular de 2 para perto de 20%. Isso tudo prova que os seguidores de Lula realmente não lêem jornais.

Um dos condenados, Roberto Jeferson, merece o agradecimento do país por ter feito a descoberta e a denúncia do mensalão. Outro, também condenado, agora vai tentar recursos em tribunais internacionais. Vamos ver no que tudo vai dar.

Nesta semana entraram para o julgamento o ex ministro Zé Dirceu, o tesoureiro Delúbio e o ex presidente do PT José Genono, além de alguns para fazer a nova “fatia” como foram denominados os capítulos do julgamento. 
 
O ministro Joaquim Barbosa (foto) – que tem se mostrado realmente capaz tanto no conhecimento quanto na compostura – colocou seu voto condenando os citados
Mas, dia seguinte o revisor (este sim velho amigo de Lula ) mostrou realmente sua posição ao defender os acusados pelo colega relator. Faltam os votos dos demais, mas já se pode deduzir que a influência lulista continua também no setor independente conhecido como Judiciário.

Vejamos no que tudo isso vai dar. Temos esperança de dias melhores quanto à seriedade e responsabilidade de nossos legisladores, governantes e provedores da verdadeira e esperada Justiça.

05 de outubro de 2012
Plínio Zabeu

TRIBUNAL DE PEQUENAS CAUSAS

 




(Discurso de Lula sobre o mensalão – 12/09/2005 ).

Mas, com o passar do tempo, Lula começou a acreditar que tudo acabasse em pizza, foi assumindo posições, como se o que dissera em 2005, não tivesse existido, chegando ao cúmulo de negar insistentemente a existência do mensalão, dizendo que tudo tinha sido uma montagem das elites e da imprensa para derrubá-lo, mas estes temeram a reação popular.

Agora, depois da abertura do processo pelo Supremo Tribunal Federal, não há mais dúvidas da existência desse assalto aos cofres públicos, petistas de primeira linha começam a ser condenados, mas paira no ar a posição de Lula, o jornalista Ricardo Noblat, brilhantemente deixa um vídeo, que no faz refletir.

( E afinal, Lula sabia ou não? )

Sobre o envolvimento do ex-presidente, o deputado federal Roberto Freire (PPS-SP), que por sua ética e integridade, pode ser considerado uma “avis rara”, no lamaçal do Congresso Nacional, diz:

“Comparado ao governo Lula, Collor seria julgado por um tribunal de pequenas causas”.

Só para lembrar, a gota d’água que levou Collor a renunciar, foi um simples Fiat Elba, comprado para Rosane Collor com um cheque de Paulo César Faria.
“O tempora! O mores!” (Oh tempos!, oh costumes! – Cícero).

05 de outubro de 2012
Charge de Roque Sponholz e Texto de Giulio Sanmartini

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE

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05 de outubro de 2012

COMUNISTA DE BOTECO

Lula destila sua pequenez política ao participar de comício do dependente Haddad

(Foto: Germano Assad - G1)

Fim de linha – Gazeteiro conhecido, Lula sempre convenceu as grandes massas com discursos populistas e desqualificados, típico de quem só sabe vencer na gritaria e na base do jogo sujo.
Como se o Brasil desconhecesse seu modo de agir, o ex-metalúrgico participou nesta sexta-feira (5) de comício de Fernando Haddad, candidato do PT à prefeitura de São Paulo.

Em discurso na Praça da Sé, região central da capital paulista, Lula, que falou durante poucos minutos, afirmou ser esta a eleição a mais difícil de todas que enfrentou. Provavelmente porque os paulistanos de bem já estão vacinados contra a sua fanfarrice, que em oito anos levou o Brasil ao caos.
“Vocês sabem que estamos disputando uma eleição muito, muito delicada, acho que é a eleição mais complicada em São Paulo de todas que eu participo aqui há tantas e tantas décadas. Ou seja, há um embolamento, mas estou convencido de que o melhor vai ganhar”, disse o petista.

Acreditando ser a maior cidade brasileira um dos tantos botecos que frequentou ao longo da vida e sobre os quais esparramou seu comunismo larápio, Lula atacou o tucano José Serra, que na última pesquisa de intenção de voto apareceu empatado com Haddad, um “lulodependente” que não sabe se defender sozinho e precisa de proteção.

Em tom de provocação, o que nada acrescenta à democracia, Lula usou um episódio ocorrido na campanha presidencial de 2010 para estocar o adversário de sua cria político-eleitoral. “Eu só queria pedir o seguinte. A gente não pode nesses últimos dias enfrentar nenhuma provocação, porque nós sabemos que tem candidato aí que até bolinha de papel que alguém jogou na cabeça dele ele disse que foi uma agressão, tentou culpar o PT, então, por favor, nada de brincar de bolinha de papel, de bolinha de isopor, nas últimas 24 horas nem bolinha de sabão vocês podem fazer, porque o rapaz é frágil”, disse o ex-metalúrgico.

A sanha do PT para abocanhar o comando da cidade de São Paulo passa obrigatoriamente por um projeto totalitarista de poder, o qual Lula colocou em marcha a partir de 2003, mas, no atual momento, é a tábua de salvação de um partido político que cada vez mais é dragado pelas condenações decorrentes do julgamento do caso do mensalão, o maior escândalo de corrupção da história nacional.

Acusado por Marcos Valério de ter sido o chefe maior do esquema criminoso de compra de parlamentares (Mensalão do PT), Lula finge desconhecer o assunto, quando não afirma se tratar de um golpe orquestrado pelas elites, parte da imprensa e pelo Judiciário. Esse abusado senhor, que mescla oportunismo barato com ignorância torpe, mostra de maneira clara e indiscutível que o PT chegou ao seu limite, sendo o derretimento o próximo capítulo de uma ópera bufa que jamais poderia ter começado.

Acostumado a ser reverenciado na última década por aduladores remunerados e incautos que lhe concederam títulos e honrarias, Lula tem o direito constitucional da livre manifestação do pensamento, assim como os que dele discordam têm o dever de compreender os resultados de uma era marcada pela incompetência e gatunagem.

Por sua pujança e importância também no cenário internacional, a cidade de São Paulo não precisa de um prefeito teleguiado por alguém que faz do poder um puxadinho de fundo de quintal. Que Lula toque a vida de maneira circunspecta à própria insignificância, o que é difícil para um histriônico, antes que as garras da lei o alcancem no vácuo do mensalão. E PT saudações!

05 de outubro de 2012
in ucho.info

ÓLEO DE PEROBA

Anos após tratar a morte de Celso Daniel com frieza, Gilberto Carvalho diz sentir dor por José Dirceu


É descomunal a desfaçatez com que os ocupantes do Palácio do Planalto tratam o Mensalão do PT, maior escândalo de corrupção da história verde-loura e que pode levar a legenda ao ralo da política.

Sem se incomodar com a repercussão de suas palavras, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, disse nesta sexta-feira (5) estar sem condições de comentar o julgamento do companheiro José Dirceu na Ação Penal 470, pelo Supremo Tribunal Federal.

“A dor me impede de falar, neste momento, desta questão”, disse Carvalho durante a abertura da exposição das obras do artista barroco italiano Michelangelo Merisi Caravaggio, na capital federal.
 
Considerando que ao longo de oito anos Gilberto Carvalho foi chefe do gabinete de Lula, acusado de ser o chefe maior do Mensalão do PT, o melhor que ele pode fazer no momento é arrumar alguma desculpa para não falar sobre o assunto, sob pena de ser arrastado para o olho do furacão que pode alcançar o ex-metalúrgico.

Trata-se de mais uma estratégia faceira e de última hora para tentar convencer os ministros do STF da inocência de José Dirceu, que certa feita declarou publicamente “tudo o que eu fazia era de conhecimento do presidente”. O que confirma a nossa tese de que o silêncio obsequioso é o melhor remédio para Gilberto Carvalho.

Condoído com a situação em que se encontra o companheiro e ex-chefe da Casa Civil, Gilberto Carvalho é o mesmo que tratou com desdém e frieza a morte de Celso Daniel, então prefeito de Santo André e de cuja equipe o atual secretário da Presidência fez parte.
Celso Daniel, que já tinha sido escolhido por Lula para assumir o Ministério da Fazenda em caso de vitória do petista em 2002, foi morto de forma brutal e covarde, com direito a selvageria, porque discordou da destinação dada ao dinheiro das propinas cobradas de empresários na importante cidade do Grande ABC.

Em uma das gravações feitas pela polícia e à época divulgadas com exclusividade pelo ucho.info, Gilberto Carvalho, em conversa com a namorada de Celso Daniel, afirmou que Ivone Santana desempenhava bem o papel de viúva.
Isso mostra a sordidez do partido que chegou ao poder central por vias democráticas, mas transformou o Estado em propriedade particular, a ele impingindo escândalos de corrupção jamais vistos.

05 de outubro de 2012
ucho.info

DIA DE NÃO ESQUECER

Foto




"Com todo o respeito, não é possível acreditar que Delúbio sozinho teria comprometido o PT com dívidas de R$ 55 milhões e teria repassado aos partidos da base aliada."
Rosa Weber, ministra do STF, ao votar pela condenação de José Genoíno e José Dirceu pelo crime corrupção ativa

A lógica era cortante, mas a voz traía a emoção. A palavra “infelizmente” foi repetida. A ministra Rosa Weber votou de forma implacável, mas admitiu: “A maior tristeza da minha alma.” Sua face pública estava exposta na dureza do voto; sua emoção, implícita nos gestos e voz. E assim ela condenou José Dirceu e José Genoíno por corrupção. “É como voto, senhor presidente.”

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Ricardo Lewandowski defendeu o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu de forma mais eficiente que o próprio advogado do réu. O que atrapalhou o voto foram suas próprias palavras quando condenou outros réus ou quando escolheu argumentos que se chocavam com o que dissera minutos antes.

Rosa Weber e Luiz Fux acompanharam o voto do relator Joaquim Barbosa, que condenou oito dos réus neste capítulo. O ministro Fux disse que juntou no voto 14 “elementos probatórios” contra José Dirceu. Lewandowski rebateu um deles. O da reunião no hotel Ouro Minas entre o então ministro Dirceu e a presidente do Banco Rural, Kátia Rabello.

Fux disse que Kátia admitiu em juízo que eles conversaram sobre o Banco Mercantil de Pernambuco. Lewandowski discordou. Disse que Kátia disse em juízo que a mulher de Marcos Valério, Renilda, não dissera a verdade quando contou na CPI que na reunião se falou dos empréstimos ao PT.

Na verdade, o empréstimo era uma coisa; o Banco Mercantil era outra. Pior. Os empréstimos foram estranhos, mas o outro caso era ainda mais indevido. Por 17 vezes o publicitário Marcos Valério foi ao Banco Central pressionar por uma solução que daria aos donos do banco muito mais lucro do que o valor do crédito.

Enquanto Kátia Rabello se reunia com José Dirceu, os donos do Banco Mercantil de Pernambuco processavam o Banco Central. O Rural tinha 22% do banco em liquidação desde o Proer. O que queriam era mudar o fator de correção da dívida. Isso faria um banco quebrado virar um bom ativo.

Lewandowski condenou Marcos Valério e Delúbio Soares e vários outros. Disse que comungava com o voto do relator ao definir “o modus operandi do núcleo publicitário”, lembrou que “para a caracterização do crime basta estar na esfera de atribuição do funcionário público”. Admitiu até que “a prova da entrega da vantagem indevida ficou evidenciada”.

Para ele, o tesoureiro do partido e o publicitário cometeram crimes e distribuíram vantagem indevida. Mas José Genoíno nada soube porque era apenas o articulador político, e José Dirceu já havia “abandonado as lides partidárias”.

Lewandowski acha que as acusações feitas por Roberto Jefferson devem ser desprezadas porque ele é “inimigo figadal” de José Dirceu. Mas todos os depoimentos dos amigos foram aceitos ao pé da letra.
O ministro argumentou que “nós juízes temos que julgar de acordo com o que está aqui nos autos”. E depois usou como argumentos entrevistas concedidas aos jornais.

Lewandowski disse que a defesa demonstrou de forma torrencial que “Delúbio jamais agiu sob as ordens de José Dirceu”. Segundo ele, o chefe da Casa Civil sequer negociou a aprovação das reformas políticas, mesmo sendo o ministro político. Tudo do que se acusa Dirceu seria, na opinião do revisor, “meras ilações”.

Coube a Rosa Weber afirmar que aquela interpretação dos fatos era “implausível, com todo o respeito”. Segundo ela, as provas mostram acima de qualquer dúvida razoável que “houve conluio para a compra de votos” e que foi “decidida pelo núcleo político e executada pelo núcleo operacional”.
Lamentou de novo o voto que daria, mas explicou que precisava “pôr a cabeça no travesseiro”.

05 de outubro de 2012
Miriam Leitão, O Globo

CANDIDATOS DE IRÃ, UGANDA E URUGUAI CONCORREM NAS ELEIÇÕES MUNICIPAIS

Mais de 1,4 mil brasileiros naturalizados vão participar do pleito.
Para se candidatar, estrangeiros devem ter a cidadania brasileira.


Candidatos nascidos em Uganda, Uruguai e até no Irã disputam as eleições municipais no Brasil neste ano. Levantamento realizado pelo G1 com base nos dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) aponta que 1.450 cidadãos naturalizados brasileiros irão participar do pleito.
 
Para disputar um cargo eletivo no Brasil, o estrangeiro precisa da cidadania brasileira e ter título de eleitor expedido ao menos um ano antes da eleição. Em 2012, a participação caiu 18% em relação às últimas eleições municipais, em 2008, quando 1.770 estrangeiros concorreram.
 
Neste ano, os candidatos são de pelo menos 35 países das Américas, Europa, Ásia e África. Ao G1, alguns deles relataram ter migrado para o Brasil fugindo de regimes totalitários ou em busca de melhores condições de vida.
 
Candidatos de Uganda, Irã e Uruguai disputam eleição municipais (Foto: TSE)
Em cima, Jetender (esquerda) e Patrício (direita);
abaixo 'Taliban' e Professora Nélida (Foto:
Reprodução/TSE)
 
O médico Jetender Singh Kalsi disputa a Prefeitura de Morro Grande (SC). Filho de indianos, Jetender nasceu em Uganda, no leste da África, mudou-se para o Brasil em 1972, quando tinha apenas 2 anos, e instalou-se com a família em Vila Alegre (RS). “Uganda estava em guerra e o Brasil nos ofereceu refúgio”, conta.

“Queremos fazer mudanças no município. Considero Morro Grande como a cidade do meu coração”, diz o candidato, que não cogita deixar o país.


Apenas 189 dos 1,4 mil candidatos estrangeiros declararam a cidade natal no registro de candidatura. Os demais preferiram citar as cidades brasileiras onde vivem.
Precisamos de pessoas que realmente queiram trabalhar e de ética, porque este país abraça todas as pessoas de qualquer parte do mundo”
 
Nélida Rodriguez, nascida no Uruguai,
candidata a vereadora em Jaciara (MT)
 
Dentre os 189, o Uruguai é o país com o maior número de representantes, com 22 candidatos, seguido de Líbano (19), Bolívia (14), Itália (12) e Espanha (12).
 
A funcionária pública Nélida Rodriguez nasceu em Montevidéu e disputa pela primeira vez uma vaga na Câmara Municipal de Jaciara (MT).
 
Ela conta que veio para o Brasil com o marido e o filho pequeno há 32 anos. Primeiro moraram em Cuiabá, depois em Jaciara. A família deixou a cidade natal durante a ditadura militar uruguaia.
"Desde que cheguei, sempre estive envolvida em programas sociais. Tenho um desejo grande de mudar as coisas”, afirma.

“Tenho viajado muito pela América e vejo que o Brasil é o melhor país para se morar. A gente só precisa de pessoas que realmente queiram trabalhar e de ética, porque este país abraça todas as pessoas de qualquer parte do mundo”, complementa.

 
saiba mais
 
O estado brasileiro com a maior concentração de candidatos naturalizados é São Paulo, com 213, seguido de Minas Gerais (194) e Bahia (155).
 
Dois iranianos concorrem a cargos em São Paulo: Farvardin Asazadeh Asgarabadi, de 45 anos, é candidato a vereador em Pindamonhangaba, e o corretor de imóveis Peyman Rahbaran luta por uma vaga na Câmara Municipal da capital.
 
Natural de Teerã, a capital iraniana, Asgarabadi deixou o país em 1991, em busca de melhores condições de ajudar a família.
Depois de sete anos no Japão, chegou ao Brasil em 1998. Pai de dois filhos, o camelô virou candidato após convite de integrantes da comunidade:
“Meu sonho é que Pindamonhangaba cresça e seja famosa como as praias de Santa Catarina.
O Brasil me recebeu de portas abertas e eu quero ajudar o país”, afirma.

Asgarabadi conta que concorre com o nome de urna “Taliban”: “É que no Japão, cada letra tem um significado. Se você colocar a palavra na vertical ela significará várias coisas. Taliban é trabalho, amizade, lazer, igualdade, bondade, ajuda e novidade”, explica.

 
A capital paulista já é minha casa, meu lar. Estou plenamente integrado e quero ser um vereador ativo"
iraniano Peyman Rahbaran
candidato a vereador em São Paulo
 
Já Rahbaran usará o nome pelo qual é conhecido pelos moradores no Centro de São Paulo: Patrício. Ele afirma que pretende angariar votos dentre naturalizados brasileiros e imigrantes que se identificam com o seu modo de ver a cidade.
 
“A capital paulista já é minha casa, meu lar. Estou plenamente integrado e quero ser um vereador ativo, não daqueles sedentários passivos, que ficam na cadeira querendo fazer nada. Eu quero ajudar”, afirma.

O corretor deixou o Irã há dez anos, mas diz que continua acompanhando as discussões internacionais sobre a comunidade muçulmana e os riscos de guerra envolvendo o seu país natal.

“Eu acho que as pessoas têm que pensar na sua rua, nas coisas que acontecem ao seu redor.
Não importa se eu tenho uma mansão ou uma casinha, a minha rua, o meu bairro, o meu município são importantes, eu tenho que discutir e querer fazer algo para melhorar”, afirma.
 
Legislação

 Os estrangeiros naturalizados podem concorrer a cargos eletivos no Brasil desde que sejam naturalizados. “O candidato precisa tirar o título de eleitor com antecedência de pelo menos um ano antes do pleito. E, para isso, precisa ter o certificado de naturalização”, explica o advogado Alberto Rollo, especialista em direito eleitoral.
 
A exceção é a corrida eleitoral para a Presidência da República. O cargo é exclusivo para brasileiros nascidos no país, conforme estabelece a Constituição Federal. Também é vedado aos brasileiros não natos ocuparem a vice-presidência, a presidência do Senado e da Câmara dos Deputados.
 
Salvo os casos previstos na Constituição, os brasileiros natos e os naturalizados possuem os mesmos direitos e deveres. Caso o candidato naturalizado seja indiciado por crimes ou tenha o mandato cassado, “ele responderá a processos da mesma forma que qualquer brasileiro nato”, explica Alberto Rollo. “O brasileiro naturalizado sofre as mesmas consequências que qualquer cidadão do país”, acrescenta.

Portugueses

 Já os portugueses que pleiteiam um cargo no Brasil somam 61.
O número é 50% menor que o registrado nas eleições de 2008, quando 123 portugueses se candidataram.
A eles não é exigida a cidadania brasileira, apenas a residência permanente no país.
De acordo com a Constituição, eles possuem os mesmos direitos políticos inerentes aos brasileiros.

05 de outubro de 2012
Aline Lamas e Tahiane Stochero Do G1, em São Paulo

A LAVAGEM DE AUTOS DO TERATOLÓGICO LEWANDOWSKI

 

 
No ambiente tóxico para o PT, no que se transformou o STF, vive uma criatura patética. Alguém disse que o Lewandowski foi patético nesta quarta-feira. Correto. Havia um pathós que o envolvia, que o fazia fremir. Suas mãos longas e finas pareciam ainda mais pálidas e trêmulas. Alguém disse nervoso. Eu acrescentei no primeiro momento, excitado. Mas a palavra mais apropriada é patético mesmo. O pathós, a inflamação emotiva de quem sabe estar sob forte tensão. Uma adrenalina lewandowskiana pode levar a uma isquemia. Mentiras e lavagem de autos acaba com qualquer um.
Hoje, esse advogado-revisor ficou cego, com hipertensão endocraniana – uma elefantíase cerebral em todos os sentidos. Não enxergava o elefante de ontem a um palmo do seu nariz.
E não era para menos. Lewandowski vem se esmerando na criação do mito do inocente perseguido por um tribunal – Dirceu, ou Che Dirceu. Como sabemos, o STF para os petistas é um tribunal de exceção. Lewandowski vem deitando raízes malignas na criação de um mito que poderia substituir Lula. A fantasia megalomaníaca petista não pode parar. Está no DNA deles. “Che Dirceu” é uma boa idéia para recomeçar tudo de novo quando o mito Lula se desfizer.
Para isso Lewandowski tentou na sessão de hoje (quinta-feira, 4/10/2012) nos empurrar a sua versão esquizofrênica que Delúbio foi o único autor intelectual, o mentor, o pai do bebê tarado e corrupto gerado por Lula na barriga do PT – o cara que bolou toda essa engenharia de bandidagem ora em julgamento. Dirceu e Genoíno não existiam, ou somente existiam nos autos. Depois de lavados, sumiram. Mas que não se exija de Lewandowski que ele seja um juiz, um leitor e intérprete de autos – o lavador de autos é um advogado militante. Talvez ande armado. Cabe uma geral nesse teratogênico advogado do Diabo.
O que vai acontecer daqui em diante eu não sei, mas Lewandowski entrou para a História do Brasil. Durante décadas, a gente se estourará de tanto rir deste cavaleiro da triste figura. Ficará conhecido como o advogado-juiz que criou o mito do inocente perseguido por um tribunal político, ideológico e, provavelmente controlado pela direita do PSDB.
Mas, daí fazer o corruptor José Dirceu um mártir, é um pulo. Os petistas sabem disso ao construir versões cada vez mais fantasiosas e malucas na tessitura teratológica do inocente perseguido por um tribunal, confundindo o povo brasileiro. Gente da laia do Marcio Toma Mais Bastos se presta muito bem para isso. Vem por aí embargos de falsidade ideológica.
Mas para o desespero deles o STF não tem maioria petista, pelo contrário. Os petistas apanhados lá estão ferrados. Vamos deixar isso muito claro.
Se o mito do injustiçado prosperasse, teríamos duas correntes opostas em breve. Uma, a República, na persecução constitucional do resto desses bandidos; outra, os golpistas comunas do Estado brasileiro se fazendo de vítimas, com Dirceu na liderança e aliado aos cucarachos cocaleros e bandoleros do Foro de São Paulo; comunas corruptos armados até os dentes. Os petistas já viveram no mato onde foram juízes terminais; sabem de tudo como conspurcar a Justiça e suas regras incômodas e fazer a sua própria justiça kangaroo guevarista. Não hesitarão em partir para a guerrilha de novo.
Que tribunal poderia entender o que o PT realmente é? Será que percebe no PT uma vocação fanática para a roubalheira e para a ideologia comunista? O STF o compreende assim? Se a resposta for sim, então uma posição forte, majoritária, da população poderia caçar o Che Dirceu no mato, ou na cadeia, caso em que ele estivesse preso. Em dois anos poderíamos no livrar deles todos nos governos estaduais e no Parlamento. Esse é o maior medo petista: perder a hegemonia conquistada nos últimos vinte anos.
Bom, aguardemos. O STF ainda não terminou o serviço de limpeza. Ainda eu não estou certo que o PT será visto como realmente é. Se houver qualquer desleixo nesse exodus* volto a chamá-lo de supreminho. Por enquanto, confesso, vivo um ar mais limpo, desintoxicado. O Brasil pode ter uma chance.

* Na Idade Média quando alguém gritava EXODUS!, uma lata de merda era lançada fora por uma janela.

Chorume e chorumelas

O odor fétido trazido à tona pelo julgamento da Ação Penal 470, o Caso dos Mensaleiros, continua, não obstante o incansável trabalho por parte dos áulicos do Partido dos Trabalhadores de tentar impermeabilizar a origem do mau cheiro: o governo Lula. Desde 2005, o ano da descoberta do Mensalão, inaugurou-se o trabalho de esconder e disfarçar o chorume que escorria e ainda escorre do subsolo da Presidência da República e da Câmara dos Deputados. A gritaria petista, de seus aliados e advogados milionários, eu chamo consequentemente de chorumela.
 
É um trabalho insano, sem dúvida dos que chorumelam. Insano e determinado, reafirmo. Ainda hoje os advogados dos ladrões petistas, buscando desmoralizar e desautorizar o STF, entoam a chorumela de buscar uma Corte internacional que absolva um ladrão confesso como Valdemar da Costa Neto, por exemplo. Estariam eles desistindo de advogar no Brasil por não saberem perder a sua causa oculta maior e mais rica, isto é, a defesa do Lula corrupto?
 
Mas, para além da chorumela declarada, pública e deslavada dos advogados milionários, há ainda a chorumela de artistas, jornalistas e outros corruptos políticos. O que querem eles? A continuaçāo da roubalheira lulista? Isso soa loucura, fanatismo, contaminaçāo fascista de quem usa e canaliza sua inteligência para louvar ladrões, alguns confessos, e outros ainda que não poderão em breve ser chamados de "supostos" corruptos, "supostos ladrões". Este costume de jornalistas e de outros formadores de opinião no Brasil socialista de proteger "companheiros" petistas sob a proteção da "dúvida" ou do princípio do in dubio pro reo, usado de forma cínica, está com os dias contados. A chorumela pró-mensaleiros, pró-socialistas desses fanáticos ainda atrasará o país por algum tempo.
 
Entretanto, podemos constatar que o lulo-petismo visto cada vez mais como uma organização totalitária e corrupta começa a penetrar as camadas mais desinformadas da população brasileira. A imagem positiva de Lula, ou seu mito, e do próprio Partido dos Trabalhadores começa se desgastar. Embora a informação correta do que está se passando no julgamento do governo corrupto de Lula, e é disso que realmente se trata, - daí a chorumela desesperada - ainda esteja sendo filtrada pela mídia de massa, observa-se uma luz que não foca mais o lulo-petismo, deixando-o à sombra para revelar a verdadeira face desse partido totalitário e sue líder maior. Espero eu que esta sombra produza o conhecimento por parte da população mais simples, a grande maioria do povo brasileiro da origem mais recente dos seus males e sofrimentos.
 
Cada vez mais se torna claro que o governo petista iniciado por Lula e continuado por sua sucessora trata-se de uma enorme operação de tomada do Estado que fez e faz tabula rasa das leis da República. A desfaçatez com que isso foi e é feito passará à História, queiram ou não os que ainda chorumelam e fingem não sentir o fedor do chorume petista.
 
05 de outubro de 2012
charles london