"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



sábado, 22 de outubro de 2011

AS IMAGENS QUE FALAM...



O SARCOMA DE CHÁVEZ E SUA DOENÇA MENTAL


SALVADOR NAVARRETE, O MÉDICO QUE DIAGNOSTICOU SARCOMA QUE CORRÓI CHÁVEZ E TAMBÉM SUA DOENÇA MENTAL TEVE QUE FUGIR

Chávez está se transformando num verdadeiro monstro
O médico venezuelano Salvador Navarrete, que numa entrevista ao semanário mexicano Milenio, teve que fugir da Venezuela. É que o democrático amiguinho do Lula e da Dilma, o velhaco Hugo Chávez, não gostou da revelação feita pelo médico sobre a sua doença, ou melhor, suas doenças, pois Chávez também é um doente mental.
Observem bem a foto aí acima. Chávez adquire as feições de satanás. Está se transformando num monstro!

Navarrete afirmou que Chávez sofre de um câncer devastador conhecido como "sarcoma" e além disso o caudilho padece de doença mental grave e incurável que o faz alternar estados de euforia e depressão.
Na atualidade é conhecida como síndrome "bipolar", uma forma politicamente correta de designar a loucura.

Depois que o médico Navarrete deu estas informações, já que foi médico da família de Chávez, a polícia política fez uma "busca" em sua residência. O médico não teve outra alternativa e fugiu da Venezuela.

Chávez tem dito que não possui mais nenhuma célula cancerosa, isto porque seu organismo e o próprio cérebro estão podres. Sarcoma e loucura são moléstias incuráveis. Segundo Navarrete, Chávez pode ter uma sobrevida de no máximo dois anos.

Aluizio Amorim

PEIXE CARO

TCU apura suspeitas de direcionamento de licitação e superfaturamento na compra, pelo Ministério da Pesca, de 28 lanchas de patrulhamento marítimo. Empresa na mira do tribunal doou R$ 150 mil para o PT catarinense nas eleições de 2010
Claudio Dantas Sequeira


SOBREPREÇO
Embora a Intech cobre no mercado R$ 850 mil por cada
lancha, o Ministério da Pesca pagou R$ 1,3 milhão a unidade.

Na divisão de cargos e verbas entre a base aliada, o Ministério da Pesca e Aquicultura sempre foi da cota do PT catarinense. À exceção do atual ministro Luiz Sérgio, de Angra dos Reis (RJ), os três ministros anteriores saíram de Santa Catarina. O resultado é que o Estado acabou favorecido com recursos. Mas agora se sabe que, em alguns casos, o favorecimento ocorreu ao arrepio das boas práticas da administração pública, beirando a ilegalidade. A suspeita recai especificamente sobre a compra de 28 lanchas de patrulhamento marítimo que custaram aos cofres públicos mais de R$ 30 milhões, no maior negócio realizado pela pasta. O Tribunal de Contas da União está concluindo um relatório que apura indícios de direcionamento de licitação, superfaturamento e desvio de recursos públicos. O processo, ainda sigiloso, está em fase de instrução na 8ª Secretaria de Controle Externo do TCU. Embora tenha aparentemente percorrido todos os caminhos traçados pela Lei 8.666 – das licitações – chamou a atenção dos auditores o fato de o contrato milionário ter sido entregue ao estaleiro Intech Boating, até então desconhecido do mercado e que foi criado em Santa Catarina apenas um ano antes da abertura do certame – um processo, aliás, praticamente sem concorrência e repleto de falhas, segundo o TCU.

É curioso também que a Intech tenha cobrado inicialmente por cada lancha R$ 1,3 milhão, enquanto pratica no mercado o preço máximo de R$ 850 mil pelo mesmo barco. O processo também contraria a lógica dos negócios com a administração pública. Normalmente, o empresário aumenta o valor porque o governo demora a pagar. Mas não foi o caso. O Ministério da Pesca iniciou a liberação dos pagamentos em março de 2009, menos de três meses após a assinatura do contrato. A primeira lancha foi entregue em julho. Após três anos, o contrato já foi quitado, mas apenas metade da encomenda foi entregue. Numa espécie de retribuição à generosidade oficial, que fez da Intech um raro ‘case’ de sucesso, o estaleiro irrigou as contas do comitê eleitoral do PT na campanha de 2010 com R$ 150 mil. Responsável pela assinatura do contrato com a Intech, o ex-ministro Altemir Gregolin nega a troca de favores e garante que a contratação do estaleiro foi legal. “O programa das lanchas-patrulha é estratégico e seguiu rigorosamente os requisitos legais”, disse à ISTOÉ. Não é o que pensa o deputado estadual Edison Andrino (PMDB), que encaminhou em setembro um pedido de informação ao Ministério da Pesca. “Estou até agora aguardando uma resposta”, queixa-se. O parlamentar estranha também que o estaleiro tenha como sócios pessoas sem histórico no setor náutico, como o publicitário paulista José Antônio Galízio Neto e o engenheiro químico Pedro Springmann.

PESCA ENTRE AMIGOS

Ex-ministro Altemir Gregolin (à esquerda) posa ao lado dos sócios da Intech Boating

José Antônio Galízio Neto, Pedro Springmann e Paulo Motta em evento em Florianópolis

As desconfianças dos auditores do TCU sobre o negócio com a Intech permeiam todo o processo licitatório. O primeiro pregão, que previa a construção de um lote de cinco embarcações, aconteceu às 9h da manhã de 26 de dezembro de 2008, um dia depois do Natal. O único concorrente da Intech foi uma empresa de equipamentos industriais, a Cozil, cuja proposta foi “cadastrada de forma equivocada pela Administração”, conforme consta da ata do pregão obtida pela reportagem. Com a desclassificação imediata da Cozil, a Intech foi imediatamente homologada pela Comissão de Licitação. O contrato teve dois aditivos que ultrapassaram R$ 1,36 milhão. Vale notar ainda que o edital previa a construção de lanchas para “operação nos Estados do Pará e Maranhão”. Mas as primeiras unidades foram entregues para a Polícia Militar ambiental de Santa Catarina. A cerimônia pomposa foi devidamente capitalizada politicamente pelas lideranças petistas do Estado.

O segundo lote de lanchas-patrulha, cada uma com 11 pés e equipadas com radiotransmissores, foi ofertado em novo pregão presencial, realizado novamente próximo ao Natal, precisamente no dia 22 de dezembro de 2009. Dessa vez, a encomenda chegou a 23 embarcações. Além da Intech, participou da licitação a Engetec. Essa empresa venceu com o menor preço, mas acabou desclassificada na fase de habilitação por não apresentar atestado de capacidade técnica. O proprietário do estaleiro Engetec, Cesar Thomé Filho, argumenta que detinha todos os requisitos necessários para fabricar as lanchas. O problema, segundo ele, é que o edital teria sido direcionado para beneficiar a Intech. “Eles pediam itens específicos, que se ajustavam ao projeto das lanchas que a Intech já tinha vendido no primeiro lote”, diz. Thomé conta que sua presença no ministério às vésperas do Natal causou estranhamento. “Quando cheguei me questionaram sobre o que eu estava fazendo lá”, conta. Mas se o empresário não tivesse ido, o Ministério da Pesca compraria a lancha do estaleiro de Galízio ao preço de R$ 1,6 milhão, quase três vezes o preço de custo da embarcação. “O custo de uma lancha dessas na ocasião era de R$ 600 mil. Eu ofereci por R$ 1,05 milhão e forcei a Intech a baixar o preço”, afirma.

Como se não bastasse as suspeitas envolvendo o contrato com a Intech – que não retornou aos contatos da reportagem –, os auditores do TCU questionam a pertinência da compra de lanchas para fiscalização, que não é atividade-fim do Ministério da Pesca. Em consequência, a utilização das lanchas só é possível por meio de convênios com instituições estaduais, como polícias ambientais, Ibama, Instituto Chico Mendes e Marinha. Mas o problema não termina aí. Em alguns Estados, como Alagoas, a PM não tem gente qualificada para operar as lanchas. Nenhum curso foi dado até agora. Problemas como esse adiam a entrega de quase uma dezena de lanchas que estão armazenadas ao relento numa marina de Biguaçu (SC).


Claudio Dantas Sequeira

AGNELO NA CORDA BAMBA...

AGNELO QUEIROZ, DO PT, BALANÇA NA CORDA BAMBA DAS ACUSAÇÕES. ESTÁ ENFEZADO PORQUE PODE DESPENCAR DO GOVERNO DE BRASÍLIA!

Barbudinho Agnelo do PT já põe barba de molho

Um trecho das gravações feitas pelo policial João Dias durante encontro com assessores de Orlando Dias, em 2008, e transcritas na edição de VEJA desta semana, vai obrigar o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, a dar explicações.

Na conversa, Fábio Hansen, que continua como mandachuva do programa Segundo Tempo, faz uma revelação: “Nós conversamos com Agnelo hoje. Agnelo estava indignado. Agnelo nos chamou de moleques hoje. (...) O Agnelo ficou p., ficou indignado. Falou: ‘Vocês não sabem o estado em que está o João’”.

Tradução: ex-ministro do Esporte e ex-estrela do PCdoB, no qual João Dias também militava, Agnelo, hoje convertido ao petismo, tomou as dores do policial, aflito com um ofício do ministério que o responsabilizava por irregularidades no programa Segundo Tempo.

Em suas inúmeras explicações na semana passada, o ministro Orlando Silva insinuou mais de uma vez que a corrupção em sua pasta tinha raízes na gestão do antecessor.

NÃO HÁ MAIS DESCARGA SANITÁRIA QUE DÊ JEITO...


Orlando Silva – A FITA NA VEJA DESTA SEMANA: “Nós vamos apurar que merda é essa; a coisa saiu do controle”

Faz tempo que o Ministério do Esporte é um caso de Polícia… Federal!! Os próprios órgãos de fiscalização e controle do governo mais ou menos infensos aos esquemas organizados para roubar dinheiro público cobram a devolução de mais de R$ 40 milhões repassados a ONGs que não fizeram o trabalho para a qual foram contratadas.<b> Boa parte delas tem algo em comum: são tocadas por pessoas ligadas ao PCdoB, partido do ministro Orlando Silva, que lotou a pasta de militantes da legenda, muitos deles ex-diretores da UNE, como ele próprio. É o comunismo de resultado… para os comunistas.

Sucessivos escândalos deveriam bastar para que Silva ganhasse o olho da rua. Por muito menos, outros ministros, sem o pedigree esquerdista, foram demitidos. Na semana passada, VEJA trouxe o depoimento do PM João Dias Ferreira, dono de duas ONGs e íntimo da camarilha que comanda o Esporte desde os tempos de Agnelo Queiroz, antecessor de Silva e atual governador do Distrito Federal, um ex-comunista do Brasil que migrou para o PT. A denúncia caiu como uma bomba: segundo o policial, o chefe do esquema de desvios de recursos — cuja existência está mais do que provada — é o próprio ministro. Mais: ele teria recebido, pessoalmente, uma remessa de dinheiro na garagem do ministério.

Bem, vocês conhecem a história. Silva ficou indignado e passou a exigir “as provas” — UM COMPORTAMENTO INAUGURADO POR JOSÉ DIRCEU NA ÉPOCA DO MENSALÃO. Explico mais adiante o que quero dizer com isso. Bem, não será por falta de provas que o ministro manterá o seu emprego. Se ficar no cargo, será APESAR DELAS. VEJA, mais uma vez, cumpre o seu papel, Queriam provas? Vamos lá.

Na edição passada, a revista revelou que, no começo de 2008, o comando da PM do Distrito Federal abriu um processo por desvio de conduta contra conta João Dias. Em ofício ao Ministério do Esporte, quis saber o que havia contra um de seus homens. A resposta não foi boa: informou-se que ele devia, então, R$ 3 milhões para a pasta. O policial ficou furioso e foi tirar satisfações. Deu resultado. O ministério enviou novo informe à PM, retificando o anterior e limpando a sua barra. POIS BEM! VEJA TEVE ACESSO A GRAVAÇÕES FEITAS PELO PRÓPRIO POLICIAL. Uma reunião de abril de 2008 impressiona pela desfaçatez, pelo cinismo e pela sem-cerimônia com que essa gente trata o dinheiro púbico.

Dois assessores diretos do ministro — Fábio Hansen (então chefe de gabinete da Secretaria de esporte educacional, que cuida do programa Segundo tempo) e Charles Rocha, então chefe de gabinete da secretaria executiva do ministério — dão a João Dias dicas de como fraudar o próprio ministério. Não só isso: fala-se abertamente de desvio de recursos e de como um militante do PCdoB embolsou R$ 800 mil. Todos riem. Leiam um trecho da reportagem de Rodrigo Rangel:
*
(…)
João Dias estava preocupado com um documento encaminhado à Polícia Militar pelo ministério que o responsabilizava por irregularidades na execução do programa. Aquilo poderia custar-lhe o emprego. Os diálogos deixam claro que havia consenso entre as partes e que eles estavam ali para arrumar um jeito de salvar a pele do policial. “Eu só posso dizer a você duas coisas: primeiro, nós vamos apurar que m… é essa. A coisa fugiu do controle, e, por isso, estamos abrindo uma outra frente. Isso é um absurdo, está errado. Antes de mais nada, tá errado (…) Como é que você tá sendo cobrado em 3 milhões?”, diz Fábio Hansen na gravação.

João dias reclama da suposta traição e ameaça: “Nego tá querendo colocar a mão no ministro…”. “Porque, se eu quisesse me livrar, pegar os caras certos, nós pegaríamos”, diz o policial. A reunião avançou noite adentro e teve momentos de tensão. “O que nós estamos tentando aqui é tentar remediar a m… que foi feita”, diz Fábio Hansen.

O “remédio” para o problema ele detalha em outro trecho da reunião. “A gente pode mandar lá um ofício desconsiderando o que a gente mandou”, sugere Charles Rocha. Hansen completa: “Você faz três linhas pedindo prorrogação de prazo”. Depois recomenda que se processe uma fraude, apresentando um pedido de prazo “com data anterior à notificação”. “Imediatamente a gente faz isso, passa por fax, para o mesmo que foi encaminhado o outro, e a gente manda um portador entregar (…) na mesma hora“, diz Hansen. O roteiro combinado foi seguido à risca. Dois dias depois, o ministério enviou à PM um documento pedindo que o anterior fosse desconsiderado. Detalhe: o convênio cujo prazo para prestação de contas estava sendo prorrogado nessa artimanha havia vencido dois anos antes.
(…)
Voltei
Vocês estão lúcidos; leram isto mesmo: os então homens fortes de Orlando Silva se organizavam para fraudar as regras do ministério e proteger o malfeito. Na conversa, surge o nome de outro figurão no imbróglio: AGNELO QUEIROZ.

Depois de comentarem às gargalhadas que Fredo Ebling, dirigente do PCdoB encarregado de arrecadar propinas entre as ONGs teria ficado com R$ 800 mil, Hansen comenta: “Nós conversamos com Agnelo hoje. O Agnelo estava indignado. O Agnelo nos chamou de moleques hoje. (…) O Agnelo ficou p., ficou indignado. Falou: ‘Vocês não sabem o estado em que está o João’”.

Leiam a reportagem na edição impressa da revista, que traz um alentado material sobre o custo da corrupção para o Brasil — ou, mais especificamente, para os brasileiros que trabalham honestamente.

Cultura José Dirceu

Isso que vemos é só parte da safadeza. Orlando Silva está jogando para enrolar a platéia. Quando fica, com o seu samba de uma nota só, indagando onde está a prova, pergunta, no fundo, se existe algum recibo assinado por ele. Suponho que não! A
As provas, senhor ministro, são o conjunto de evidências — INQUESTIONÁVEIS —de que o senhor comanda uma máquina corrupta, organizada para assaltar os cofres públicos.
As provas, senhor ministro, são os seus homens fortes ensinando como fraudar os mecanismos de vigilância do próprio ministério.
As provas, senhor ministro, estão no arranjo feito para beneficiar um dos operadores do esquema que é agora chamado de “bandido”, mas um bandido muito íntimo — inclusive do seu antecessor!


Ontem, a Secretaria de Comunicação da Presidência emitiu uma nota em que se atribui à presidente Dilma a seguinte fala:
“Não lutamos inutilmente para acabar com o arbítrio e não vamos aceitar que alguém seja condenado sumariamente”.

Todos têm direito à defesa, senhora presidente! A Constituição e os códigos pertinentes estão aí para cuidar desses assuntos. Aqui se cuida é de política. Uma das graves acusações feitas por João Dias Ferreira está devidamente comprovada. Ameaçada, a cúpula do Ministério do Esporte mudou um relatório para beneficiar alguém que estava sendo acusado de fraude.

O bordão “Cadê a prova?”, fazendo de conta que política é arena criminal, é uma prática introduzida na vida pública por José Dirceu.

A tramóia com dinheiro ilegal existia; ele era o chefão das personagens diretamente envolvidas com o mensalão; era quem fazia a coordenação política do governo; o escândalo ficou mais do que evidenciado em centenas de saques em dinheiro vivo feitos na boca do caixa; há a impressionante confissão de Duda Mendonça… No entanto, Dirceu grita até hoje: “Cadê a prova?”, como se uma tramóia política costumasse deixar atos de ofício.

Na conversa do policial com os dois assessores diretos de Orlando Silva, fica claro que o ministro está na linha de tiro caso não façam aquilo que ele quer. E os dois fazem. Visivelmente, estão com medo do interlocutor. Silva faria um bem ao país, à Copa do Mundo e até a si mesmo se reconhecesse que não dá mais. É um pato manco.

E algo me diz que isso é só o começo. Há gente no entorno de Dilma que acredita que o Ministério do Esporte tem de sair do radar do noticiário porque a chance de engolfar Agnelo Queiroz, e o PT, é gigantesca.
Já se usa até uma metáfora: “Ele pode ser o [José Roberto] Arruda do PT”. Está sentado, aliás, na mesma cadeira. E só está porque o outro quebrou a cara. Mas trato disso no próximo post. A situação está ruim para a turma. E pode piorar.

Por Reinaldo Azevedo

CUSTO DA CORRUPÇÃO NO BRASIL: R$82 BILHÕES POR ANO!!!


Matéria de Capa. A VEJA desta semana traz uma reportagem de Otávio Cabral e Laura Diniz sobre o custo da corrupção no Brasil: R$ 82 bilhões por ano — ou 2,3% do PIB. É uma soma estratosférica, e isso nos coloca, certamente, entre os países mais corruptos do mundo. Ou melhor: isso coloca o poder público do Brasil entre os mais corruptos do mundo. Leiam um trecho:

(…)
Nos últimos dez anos, segundo estimativas da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), foram desviados dos cofres brasileiros R$ 720 bilhões. No mesmo período, a Controladoria-Geral da União fez auditorias em 15.000 contratos da União com estados, municípios e ONGs, tendo encontrado irregularidades em 80% deles.
Nesses contratos, a CGU flagrou desvios de R$ 7 bilhões - ou seja, a cada R$ 100 roubados, apenas R$ l é descoberto. Desses R$ 7 bilhões, o governo conseguiu recuperar pouco mais de R$ 500 milhões, o que equivale a 7 centavos revistos para cada R$ 100 reais roubados.
Uma pedra de gelo na ponta de um iceberg. Com o dinheiro que escoa a cada ano para a corrupção, que corresponde a 2,3% de todas as riquezas produzidas no país, seria possível erradicar a miséria, elevar a renda per capita em R$ 443 reais e reduzir a taxa de juros.

(…)
As principais causas da corrupção são velhas conhecidas: instituições frágeis, hipertrofia do estado, burocracia e impunidade.
O governo federal emprega 90.000 pessoas em cargos de confiança.

Nos Estados Unidos, há 9.051. Na Grã-Bretanha, cerca de 300. “Isso faz com que os servidores trabalhem para partidos, e não para o povo, prejudicando severamente a eficiência do estado”, diz Cláudio Weber Abramo, diretor da Transparência Brasil.

Há no Brasil 120 milhões de pessoas vivendo exclusivamente de vencimentos recebidos da União, estados ou municípios.
A legislação tributária mais injusta e confusa do mundo é o fertilizante que faz brotar uma rede de corruptos em órgãos como a Receita Federal e o INSS. A impunidade reina nos crimes contra a administração pública.
Uma análise de processos por corrupção feita pela CGU mostrou que a probabilidade de um funcionário corrupto ser condenado é de menos de 5%. A possibilidade de cumprir pena de prisão é quase zero.

A máquina burocrática cresce mais do que o PIB, asfixiando a livre-iniciativa. A corrupção se disfarça de desperdício e se reproduz nos labirintos da burocracia e nas insondáveis trilhas da selva tributária brasileira.

Leia a íntegra na edição impressa da revista.

ENTENDEU OU QUER QUE DESENHE?


Nova testemunha do PCdoB denuncia a IstoÉ: "Orlando Silva é bandido, mas o chefe da quadrilha é o governador Agnelo Queiroz, do PT"

- Quanto mais tempo o PCdoB e o ministro Orlando Silva resistirem, mais malfeitorias virão ao conhecimento do povo brasileiro, envolvendo também outros ministérios, como o da Ciência e Tecnologia,k que está sob o comando do PSB, como também os governos Lula e Dilma, envolvidos num mar de lama e corrupção. São revelações como esta que o governador Tarso Genro quer impedir, ao defender o controle da mídia.

A reportagem a seguir da revista IstoÉ que já circula, introduz novos personagens no caso do ministério dos Esportes, mas desta vez o caso desanda de vez para cima do governador de Brasília, Agnelo Queiroz, do PT.
Agnelo foi ministro antes de Silva "Cansei de dar dinheiro ao Agnelo", denuncia agora outro membro da quadrilha. LEIA tudo:

Nos últimos dias, o escândalo dos desvios de verbas de ONGs ligadas ao Ministério do Esporte, detonado pelo policial militar João Dias Ferreira, atingiu em cheio o ministro Orlando Silva e colocou em xeque a administração de nove anos do PCdoB à frente da pasta.
Agora, uma nova e importante testemunha do caso pode dar outros contornos à história, ainda repleta de brechas e pontos obscuros.

O que se sabia até o momento era que os comunistas, além de terem aparelhado o Ministério do Esporte, montaram um esquema de escoamento de verbas de organizações não governamentais para abastecer o caixa de campanha do partido e de seus principais integrantes.

Em depoimentos ao longo da semana, o PM João Dias acusou Orlando Silva de ser o mentor e principal beneficiário do esquema. A nova testemunha, o auxiliar administrativo Michael Alexandre Vieira da Silva, 35 anos, apresenta uma versão diferente.
Em entrevista à ISTOÉ, Michael afirma que o atual governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e ex-ministro do Esporte, hoje no PT, mas que passou a maior parte de sua trajetória política no PCdoB, é quem era o verdadeiro “chefe” do esquema de desvio de recursos do Esporte. Até então, Agnelo vinha sendo poupado por João Dias.

Michael foi a principal testemunha da Operação Shaolin, deflagrada no ano passado pela Polícia Civil do DF e na qual foram presas cinco pessoas, entre elas o próprio soldado João Dias.
Seu papel nesse enredo é inquestionável. Michael trabalhou nas ONGs comandadas por João Dias, conheceu as entranhas das fraudes no Ministério do Esportes e, durante um bom tempo, esteve a serviço dos pontas-de-lança do esquema.
Sobre esse período, ele fez uma revelação bombástica à ISTOÉ:
“Saquei R$ 150 mil para serem entregues a Agnelo (então, ministro)”, disse ele na entrevista.

Polibio Braga
Postado por UPEC

O INDECENTE: LULA MANDA RECADO AO PCdoB: "VOCÊS E O MINISTRO TÊM DE RESISTIR"

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu nesta sexta-feira a Orlando Silva e ao PCdoB para que resistissem às pressões e não entregassem o Ministério do Esporte.
No fim do dia, Lula, que trabalhou ativamente nos bastidores pela permanência de Orlando no governo , ligou para o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, e reafirmou que o momento era de resistência. Após a conversa por telefone com Lula no início da noite, Rabelo abriu a 17ª Conferência Estadual do partido no Rio e destacou que o crescimento da pasta comandada por seu partido despertou a cobiça de vários setores.

Marcelo Remígio - O Globo

ORLANDO 'MANDELA' SILVA


(clique na imagem para ampliar)
Em sua defesa no Twitter, o ministro Orlando Silva avisou que está lendo a biografia de Nelson Mandela – “uma aula de resistência e combatividade”.

Na certa ele está se preparando para enfrentar os mesmos 28 anos de cadeia que Mandela pegou.

22 de outubro de 2011
Ricardo Froes

O MINISTRO DESCOBRIU QUE, PARA UM FARSANTE, O SÁBADO COSTUMA SER O MAIS CRUEL DOS DIAS

“Nunca houve, não há e nunca haverá provas”, repetiu Orlando Silva depois da conversa com Dilma Rousseff.
Há, são contundentes e desmontam a discurseira do ministro e do PCdoB, sabem agora Orlando Silva, Dilma Rousseff e todos os leitores de VEJA.

“A presidente disse para continuar trabalhando normalmente”, tentou aparentar confiança, para avisar em seguida que vai permanecer no cargo. Não vai, informam os trechos da conversa entre o PM João Dias Ferreira e dois chefões do esquema bandido instalado no ministério sob controle de comunistas loucos por dinheiro.

Divulgados por VEJA, os diálogos escancaram um repulsivo acerto entre quadrilheiros. Orlando Silva atravessou a semana tentando apresentar-se ao país como um inocente massacrado pela imprensa golpista, pela elite preconceituosa e por inimigos do povo em geral. Talvez já tenha aprendido que sábado costuma ser o mais cruel dos dias para quem tem culpa no cartório ─ sobretudo para farsantes que acham possível enganar as vítimas da roubalheira. Muitos pagadores de impostos engolem desaforos sem engasgos. Nem todos são idiotas.

Às bandidagens divulgadas por VEJA, somaram-se neste sábado patifarias de bom tamanho descobertas pelo Estadão, pela Folha e pelo Globo.

“Não quero ir a reboque da imprensa”, tropeçou de novo a presidente. A imprensa independente não reboca ninguém. Publica fatos. E é inútil brigar com fatos. Por ignorar essa antiga lei das redações, Dilma mantém os olhos fechados à verdade para atender aos interesses do delinquente de estimação e de um partido alugado. Vai descobrir tardiamente que optou pelo abraço do afogado.

Se soubesse agir com juízo e presteza, Dilma teria afastado Orlando Silva logo depois de confrontada com os fatos. Nessa hipótese, talvez conseguisse prorrogar sem barulhos o arrendamento do Ministério do Esporte ao Partido Comunista do Brasil.
O adiamento do velório ampliou de tal forma o estrago que a renovação do contrato com o PCdoB já se transformou numa afronta intolerável.

Uma semana depois da explosão inaugural, sabe-se que o prontuário do ministro não é menor que os que comprometem seus principais assessores. Todos devem sair. Estão igualmente afundados na areia movediça que também vai engolindo o companheiro Agnelo Queiroz, antecessor de Orlando Silva e governador do Distrito Federal.

Em 1975, diante de teimosas cobranças do deputado Ulisses Guimarães, líder da oposição, o presidente Ernesto Geisel irritou-se: “Não ajo sob pressão”, avisou. “Eu só ajo sob pressão”, ensinou-lhe Ulisses no mesmo dia.
Alguém precisa sugerir a Dilma que seja menos Geisel e mais Ulisses quando pressionada pelos fatos: deve agir sem demora ─ e agir acertadamente.

Graças a Lula e à miopia de milhões de eleitores, o Brasil é presidido por alguém que não tem ideia do que é governar um país. É demais querer que se comporte como estadista. Mas não é muito exigir que enxergue a diferença entre a verdade e a mentira.

Augusto Nunes

O IMPLACÁVEL PIG. É POR ISSO QUE ELES QUEREM CENSURAR A IMPRENSA


As três principais revistas nacionais abrem o final de semana com denúncias arrasadoras contra a corrupção no Ministério do Esporte.

A Veja sai com as gravações definitivas, feitas na antesala do gabinete de Orlando Silva, envolvendo os seus principais assessores, montando mais uma fraude para roubar os cofres públicos.

A Isto É vem com uma matéria extensa em que surge um novo acusador, desta vez disparando uma série de denúncias contra o governador petista, Agnelo Queiroz, o novo Arruda do DF.

Por fim, a Época faz uma reportagem antológica sobre o "Comunismo de Resultados", mostrando as vísceras infectadas do PCdoB.

Enquanto isso, a Dilma e a sua Turma tentam segurar a lama que já invade o Palácio do Planalto. O governo federal é cúmplice ou está sendo chantageado?
Esta é a questão colocada diante do país, neste final de semana em que o implacável PIG (sigla de Partido da Imprensa Golpista criada pelas ratazanas da esgotosfera chapa branca) mostra o quanto uma imprensa livre pode ajudar o país a se livrar da corrupção.

coroneLeaks

AFINAL QUE MANDA NO GOVERNO? A ATUAL PRESIDENTE, OU O EX-PRESIDENTE?

Está explicada a manutenção do ministro do Esporte, Orlando Silva, e está explicado também o recuo (por enquanto) da presidente Dilma Rousseff. Ontem, no auge da crise, quando o ministro estava sendo chamado ao Planalto para ser demitido, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva interveio e pediu a Orlando Silva e ao PCdoB para que resistissem às pressões e não entregassem o Ministério do Esporte.

No fim do dia, Lula, que continua se intrometendo nos mais importantes assuntos do governo desde a crise do afastamento de Palocci e sempre tentando preservar os ministros envolvidos em corrupção, telefonou para o presidente nacional do PCdoB, Renato Rabelo, e reafirmou que o momento era de resistência. Acuada, Dilma voltou atrás e manteve Orlando Silva.

Acontece que as acusações contra Orlando Silva e Agnelo Queiroz estão se avolumando, a imprensa vai manter a pressão e a presidente Dilma Rousseff não terá alternativa. Terá que definir, de uma vez por todas, quem está no poder – se é ela ou se é o ex-presidente Lula. Sei lá. Tenho a impressão de que Dilma vai acabar rompendo com Lula.

Carlos Newton

CHE GUEVARA

Lembrando o último combate do lendário Che Guevara, em outubro de 1967.

Em novembro de 1966, Che chegou a La Paz, com documentos falsos, sob nome de Adolfo Mena, “enviado especial da Organização dos Estados Americanos”, para realizar um estudo sobre as Relações Econômicas e Sociais vigentes no Campo Boliviano.
A credencial foi fornecida pela Direção Nacional de Informações da Presidência da República. Nessa oportunidade, Che se apresentava bastante calvo e sem barba. Seu roteiro de viagem atéLa Pazincluiu Praga, Frankfurt, São Paulo e Mato Grosso.

O movimento guerrilheiro da Bolívia recebeu ajuda financeira, entre outros, de Cuba, Sartre e Bertrand Russel, que recolheram dinheiro nos meios intelectuais.
Após onze meses de luta e uma série de peripécias, as guerrilhas foram dizimadas pelos “Boinas Verdes Quíchuas”, tropa de elite do exército boliviano, treinada pelos Estados Unidos especialmente para esse fim.

Che foi ferido na tarde do dia 7 de outubro de 1967, à 13h30m, aproximadamente. Atingido em várias partes do corpo, orientou seus captores na colocação de torniquetes para estancar as hemorragias. Em seguida, foi levado para Higueras, lugarejo a 12 kmdo estreito do Rio Yuro, onde aconteceu sua última batalha.
Deixaram-no abandonado, sem nenhuma assistência, numa sala vazia da escola local. Após 24 horas e numerosas consultas chega a ordem: Che Guevara deve morrer.

O capitão Gary Salgado, chefe da companhia de rangers do 2º regimento que o capturou, dispara-lhe nas costas uma rajada de metralhadora, de cima para baixo. O coronel Andrés Selnich, comandante do 3º Grupo Tático, dá-lhe o tiro de misericórdia, com sua pistola 9mm. A bala atravessa-lhe o coração e o pulmão.

Está morto o símbolo da guerrilha na América Latina, que se achou mais útil ao seu povo servindo à causa da Revolução Internacional que à da Medicina.

A extinta TV Tupi foi a única emissora de televisão no mundo a filmar o corpo de Che. A equipe estava em Valegrande, em virtude de problemas com o carro que a transportava, a caminho de Camiri, onde haveria o julgamento de Régis Debray, companheiro de Che que havia sido preso quando chegou a notícia da morte de Che.
Filmaram a chegada de helicóptero, que trazia o corpo do guerrilheiro amarrado na sua parte exterior, o povo que o esperava e em seguida sua autópsia realizada num casebre que servia de necrotério ao Hospital Senhor de Malta, em Valegrande.

“Um Ernesto Che Guevara magro, de barba rala, olhos muito abertos e um sorriso estranho nos lábios mortos”, lia-se no Jornal da Tarde de 11 de outubro de 1967.

Logo após mostrarem o corpo aos poucos jornalistas que conseguiram chegar a tempo ao local, arrancaram-lhe o dedo indicador, não se sabe pra quê, e incineraram seu corpo, pois temiam um peregrinação ao seu túmulo.

Em 1971, Fidel Castro tentou trocá-lo por prisioneiros cubanos, mas a Bolívia se recusou a negociar.

“De Che nunca se poderá falar no passado”, disse Fidel Castro.

(Transcrito do site guevara.com.br)

PELUSO NÃO DESISTE E CONTINUA TENTANDO REDUZIR OS PODERES DO CONSELHO NACIONAL DE JUSTIÇA

Reportagem publicada no “O Estado de S. Paulo” revela que o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Cezar Peluso, que preside também o Supremo, continua alfinetando a corregedora do órgão de fiscalização, ministra Eliana Calmon.

Peluso assinou portaria determinando que “não será autorizado o pagamento de diárias e de despesas com o deslocamento, a emissão de passagens e o ressarcimento de desembolso com transporte de conselheiros, magistrados e servidores, por comparecimento a evento alheio, salvo a título de representação institucional delegada pela Presidência, à vista de convite dirigido ao próprio CNJ”.

Assinada no último dia 11, e disponível no site do CNJ, a portaria levou em consideração “a necessidade de disciplinar” essas despesas, e o fato de que “deve haver sempre compatibilidade entre o motivo do deslocamento e o interesse público”.

Na ofensiva e na defensiva ao mesmo tempo, o melífluo Peluso justifica que a medida tem o objetivo de “conter a farra de gastos” revelada no mês passado pelo próprio Estadão, como despesas superiores a R$ 3 milhões com diárias no Brasil e no exterior, e quase R$ 700 mil com festas e homenagens.

Ainda segundo o jornal, um levantamento dos gastos do CNJ nos oito primeiros meses do ano, feito pela ONG Contas Abertas, com base nos dados do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi), apontou despesas excessivas com diárias, passagens aéreas e publicidade, além de gastos com eventos como coquetéis, almoços e posses.

Na época, a assessoria do CNJ explicou que, para que toda essa atuação seja efetiva e eficaz, “é inevitável que integrantes do Conselho se desloquem, com frequência, da sede em Brasília, ou de seus domicílios legais, para as localidades onde se concretizam os programas e eventos”.

A nota da assessoria destacou que programas que eram pontuais na gestão anterior, do ministro Gilmar Mendes, passaram a ser permanentes. E deu como exemplo o mutirão carcerário, criado por Mendes. Mas Peluso não levou nada disso em consideração.

Carlos Newton

VADE RETRO, LUIZ!



Estou no jornalismo há mais de três décadas. Tempo suficiente para constatar que a retórica do poder mudou. Vem mudando, aliás, a cada novo governo. Até mesmo a lógica que rege a política parece ter-se modificado através dos anos.
Desde os tempos do regime militar, ao que me recorde. É curioso perceber que esse fenômeno não se dá apenas no modo de se expressar dos governantes. Os seus assessores, simpatizantes, adversários e até inimigos, ao fim e ao cabo, terminam adotando idênticas expressões linguísticas e até o discurso daqueles que ocupam o centro do palco.
Essa regra é válida inclusive para nós, da imprensa, que, por dever de ofício, nos deveríamos manter equidistantes do jogo político.

Eu me lembro bem de que, nos tempos dos generais Ernesto Geisel e João Figueiredo – mesmo depois que a censura à imprensa acabou -, era muito raro encontrar nos jornais artigos nos quais os autores não se valessem do vocabulário próprio das casernas para expressar as suas opiniões.
As expressões mais comuns na imprensa daquele período eram “dispositivo civil”, “teatro de guerra”, “operação política”, “técnicas de despistamento”, “recuo tático”, “manobra ofensiva” e tudo o mais que compunha o jargão militar.

Até que, em 1985, o último general bateu em retirada. Com ele partiram também os cavalos que tanto amava e os inúmeros oficiais militares que infestavam a capital da República. Os que estavam na ativa ocupavam prestigiosos postos no SNI – o todo-poderoso Serviço Nacional de Informações. Quanto aos já reformados, cabiam-lhes as diretorias das quase 400 empresas estatais.

Vieram, então, a Nova República, a redemocratização e a Assembleia Nacional Constituinte. E as expressões mais em voga, nessa época, passaram a ser “responsabilidade social”, “diálogo democrático”, “causas populares”, “reformas institucionais”, etc.
Mas o que realmente importava, para a Nação, era remover o “entulho autoritário”.

Tudo o que se produzisse em termos de noticiário só era publicável se pudesse encaixar-se numa dessas prateleiras. O resto era enviado para a “cesta seção”, eufemismo que designava a cesta de lixo.

Vieram os anos 1990 e, com eles, a ditadura do “politicamente correto”. Para a liberdade de expressão era algo ainda pior do que a censura imposta pelos militares. Ao menos esta última vinha de fora. O autopoliciamento é o que de fato esteriliza a criatividade e o livre-pensar.
A necessidade de se expressar apenas em termos neutros e não preconceituosos, a premência de se valer exclusivamente de vocábulos não ofensivos a ninguém, tudo isso representava – e cada vez mais representa – uma verdadeira castração intelectual.

Mas o recurso ao dicionário viria a se tornar, de fato, imperioso somente alguns anos depois. Foi quando se iniciou a era FHC. Os emproados tucanos que cercavam o então presidente Fernando Henrique Cardoso, em sua maioria, provinham dos meios acadêmicos de São Paulo. E, portanto, cultivavam um linguajar complexo e hermético. Havia entre eles, também, alguns economistas de origem carioca. Mas estes falavam um português ainda mais difícil. E com isso causavam uma enorme confusão na cabeça das pessoas.

A começar pelo próprio presidente, que ao se lançar candidato alegou um “imperativo categórico”, até um alto dirigente econômico que se regozijou por estar realizando uma “destruição criadora”, quase todos eles disseram coisas que para o cidadão médio não faziam sentido. Ora, ninguém tem obrigação de conhecer Kant ou Schumpeter para decifrar o que eles realmente pretendiam. À primeira vista parecia que o economista estava cumprindo uma terrível profecia bíblica e o candidato, apenas pedindo licença para ir ao toalete.

Isso para não falar em outro economista que, quando ocupou a presidência do Banco Central, pretendeu dar um jeito na economia por meio de uma certa “banda diagonal exógena”. Confesso que até hoje não descobri o que ele queria dizer… O fato é que o dólar disparou, a popularidade do governo despencou e o sujeito está sendo processado na Justiça até hoje.

No meu entendimento, o governo dos tucanos foi muito positivo. Eles promoveram muitas reformas importantes e também forçaram a imprensa a enriquecer o seu vocabulário. Mas, evidentemente, com tal linguajar não conseguiram transmitir nenhum de seus feitos ao povo. E este, ao final, cuidou de eleger alguém da oposição que falasse um português minimamente compreensível.

Infelizmente, os eleitores exageraram na dose. Escolheram o Lula, que abusa da linguagem chula, das metáforas impróprias e dos atentados às normas gramaticais.


Seu talento retórico é inegável. Ganhou o mundo com seu enredo do “coitadinho que chegou lá”. Plagiou as ideias de seu antecessor, colheu os frutos do que aquele plantou e, mesmo quase nada fazendo, vendeu a imagem de grande realizador.

Logrou eleger a sua sucessora, mas deixou para ela uma pesada herança: uma equipe ministerial que já está sendo conhecida como “Marilyn Monroe” – não passa um mês sem se envolver num escândalo.

Pasmem, leitores, o homem quer voltar! E, ao que parece, já se vai candidatar agora, em 2014. Com, sem ou contra Dilma Rousseff.

O que dizer a ele? Vade retro, Satanás!

Ou, então, escrever-lhe uma carta nos moldes da que – segundo citou Magnoli – o ex-aliado D’Annunzio enviou a Benito Mussolini:

“Acorde! E se envergonhe também! (…) Pelo menos fure a barriga que vos oprime e desinche-a. Senão chegarei eu. Mas não o olharei no seu rosto”.

22 de outubro de 2011
João Mellão Neto
Fonte: O Estado de S. Paulo

DESENVOLVIMENTO INFANTIL

Como sabemos, o Brasil ainda apresenta índices de pobreza e desigualdade muito elevados, incompatíveis com a sua renda per capita. Isso é ruim para a nossa sociedade e, além disso, tem consequências importantes para a violência e criminalidade. Mas, por que será que grande parte dos adultos nas famílias mais pobres tem tantas dificuldades para encontrar um trabalho fixo com remuneração adequada?

Nos últimos anos, a sociedade brasileira entendeu que a raiz de muitos desses problemas está no fato de que os alunos aprendem muito pouco nas escolas públicas brasileiras. Nesse sentido, novas políticas educacionais têm sido implementadas nas redes municipais e estaduais para tentar melhorar a qualidade do ensino nas nossas escolas. A novidade é que novas pesquisas científicas têm mostrado que essas deficiências de aprendizado podem estar relacionadas com problemas sérios no desenvolvimento infantil dessas crianças que foram se acumulando ao longo do tempo.

Segundo o Centro de Desenvolvimento Infantil da Universidade de Harvard, experiências de risco e situações de estresse prolongado no início da vida das crianças podem afetar o seu desenvolvimento futuro ao alterar a sua estrutura genética, provocando mudanças físicas e químicas no cérebro que irão perdurar para o resto da vida.
Essas experiências de risco estão relacionadas com problemas nutricionais, mas também com problemas no convívio familiar e falta de estímulos adequados nos primeiros anos de vida. Interação entre genes e meio ambiente

Agora podemos entender melhor por que algumas medidas na área educacional tem tido tão pouco efeito no aprendizado das crianças. Introdução de computadores na sala de aula, aumento dos salários e da escolaridade dos professores, redução do tamanho da classe, todas essas políticas tem tido resultados muito decepcionantes até agora.

Via de regra, elas não conseguem aumentar a qualidade do ensino ou, em alguns casos, beneficiam somente os alunos com pais mais educados ou os que estudam em escolas privadas. Na verdade, o que a ciência está sugerindo é que a dificuldade de melhorar o aprendizado das crianças mais pobres pode estar relacionada com problemas no seu desenvolvimento anterior, que podem ter alterado o seu nível de concentração e sua capacidade de reagir em face de situações adversas.

Logo, uma parte significativa dos nossos problemas educacionais e, portanto, da pobreza, desigualdade e criminalidade poderiam ser evitados caso as políticas para o desenvolvimento infantil fossem mais eficazes. Se desenvolvermos uma série de políticas públicas eficientes para as nossas crianças, poderemos melhorar substancialmente a sua situação no prazo de uma geração. Quais os caminhos a serem seguidos?

O primeiro problema, que precisa ser enfrentado com urgência, é o de saneamento básico. Uma parcela substancial dos brasileiros ainda vive em casas sem saneamento adequado. Isso faz com que a incidência de doenças seja alta nessas famílias, o que prejudica o desenvolvimento e o aprendizado das crianças, chegando até a mortalidade infantil, que ainda é muito elevada no Brasil.
Além de programas como o “Luz para todos” e “Minha casa minha vida”, o governo federal deveria lançar urgentemente um programa de água e esgoto para todos. Isso diminuiria muitos os problemas de saúde nos primeiros anos de vida.

Além disso, é importante fornecer informações para que as famílias possam detectar precocemente problemas de desenvolvimento infantil e procurar ajuda em caso de necessidade. Um dos programas mais bem sucedidos para aumentar os cuidados com a saúde é o Programa Saúde da Família. Pesquisas mostram que a taxa de mortalidade infantil diminuiu bastante nos municípios em que o programa foi implementado, assim como a incidência de doenças entre as crianças.
Entretanto, dados das pesquisas domiciliares do IBGE mostram que a cobertura desse programa entre as famílias mais pobres ainda é de apenas 60%. Assim, há necessidade de ampliar a cobertura desse programa, assim como ocorre com o programa Bolsa Família, que atinge uma proporção maior de famílias pobres. Além disso, a parte operacional e de capacitação do programa tem que ser bastante melhorada para aumentar o impacto das visitas dos médicos e dos agentes comunitários em termos de diagnóstico e tratamento de problemas de desenvolvimento infantil.

Finalmente, a questão da creche e da pré-escola é fundamental. Saúde e educação estão intimamente relacionadas. Sabemos que os alunos que frequentam a pré-escola aprendem mais no ensino fundamental do que os que entram na escola somente no primeiro ano. Entretanto, esse impacto é maior para os alunos que tem mães mais escolarizadas e para os que estudam em escolas privadas. Com relação ao impacto da creche, as evidências disponíveis ainda são bastante preliminares. Precisamos de pesquisas que nos mostrem que tipo de creche e pré-escola aumentam mais o aprendizado futuro, especialmente entre as crianças mais pobres.

A questão é fundamental, os problemas são muitos e o tempo é curto se quisermos melhorar significativamente a vida da próxima geração de brasileiros. Mãos à obra.

22 de outubro de 2011
Naércio Menezes
Fonte: Valor Econômico

INDIGNADOS E ILUMINADOS

Por enquanto, os indignados bradam representar “demandas intuitivas de 99% do povo”. São os ativistas do movimento Ocupem Wall Street, nos EUA. Com os famosos de sempre discursando e escrevendo.

Quando editados os textos dos famosos, surge versão contemporânea dos Protocolos dos Sábios de Sião, o infame e apócrifo livreto que um intelectual brasileiro traduziu e assinou. Agora, os maiores vilões do mundo são os banqueiros, que deveriam estar trancafiados num campo de concentração. Na época da tradução, década de 1930, os banqueiros estavam em segundo lugar.

A novidade é a participação de conhecidos professores. Como Lawrence Lessig e Elizabeth Warren (Direito em Harvard) e o Nobel economista Joseph Stigler. Fazem carreiras na questão da regulamentação do sistema financeiro.

Lessig, Warren e Stigler, além de denunciarem a intenção gananciosa e corruptora dos banqueiros, são trabalhadores acadêmicos. Warren afirma que, se o governo pode retirar o risco de uma torradeira com regulamentação, pode fazer o mesmo com um contrato financeiro. Acha mérito pessoal irrelevante face à gigantesca alavancagem dada pelo governo com educação, saúde e infraestrutura. Lessig ignora a captura dos reguladores como fonte de corrupção. E Stigler acusa os banqueiros de alocar capital de maneira perversa e criar riscos.

É um axioma que o futuro é incerto, e isto é um problema. O sistema financeiro não existe para resolver o problema, mas para administrar alguns riscos, incertezas da economia real que possam ser estimadas. Tais riscos são criados pela ação humana e associados aos preços futuros de ficar doente, plantar soja, fabricar bicicletas, comprar uma casa. Os bancos não criam tais riscos e nem conseguem comprar todos os riscos humanos.

Os professores se lixam para o papel do setor público americano; como o FED, por anos bombeando liquidez para enfrentar crises, ofertando taxas de juros minúsculas e soprando valorizações de ativos; como os políticos, forçando o sistema imobiliário a tomar cada vez mais riscos, com incentivos fiscais, compras de contratos podres e garantias explicitas e implícitas aos bancos. Metade dos contratos subprime pertencia a dois bancos públicos. Os professores também ignoram o que já foi pesquisado nas escolas de finanças e sendo usado pelo sistema financeiro. O assunto é obsessão. Ninguém quer jamais reviver o último quadrimestre de 2008.

Existem regulamentações bemvindas. Uma classe delas é as que aumentam as informações para todos. Outra é a proteção dos pequenos investidores. Terceira classe, mais complexa, é aquela que restringe a alavancagem de pessoas, empresas, bancos e governos. Mas os governos são esquizofrênicos: incentivam a alavancagem das pessoas enquanto limitam a dos bancos. E quebram sempre suas próprias regras de endividamento.

Estes professores são a fina flor dos autointitulados progressistas, esta tribo viciada em governo que está completando cem anos. Vivem num paradoxo, pois acreditam poder solucionar o problema da incerteza, mas para tanto o futuro precisaria ser igual ao passado. Não confiam mais no estadoempresário e nunca confiaram no lado trabalhador e consumidor do povo, estes 99% julgados inconscientes e indefesos em face às corporações.

Sobra a regulação para colocar as coisas em ordem. E, como os progressistas julgam-se conscientes da realidade e vanguarda iluminada, entendem que devem eles construir a sociedade regulada que, gerenciada por burocratas, produzirá o bem comum. Estes iluminados jamais permitirão que o mérito e responsabilidade prevaleçam, que a área de soberania das pessoas cresça, pois destruiria a concepção deles de mundo.

22 de outubro de 2011
Odemiro Fonseca
Fonte: O Globo

ROLLS-ROYCE, A GRIFFE AUTOMOBILÍSTICA

DE OLHO NO DI$TRITO FEDERAL, cuja renda per capita é de US$ 31,2 mil (R$ 55,6 mil), quase o triplo da média do país : Rolls-Royce chega ao país.

O Brasil está definitivamente na rota dos grandes grupos empresariais que produzem artigos de luxo.

A Rolls-Royce, umas das grifes automobilísticas mais desejadas pelos consumidores de alto padrão, anuncia na segunda-feira, em São Paulo, a abertura de uma representação própria no país.

O evento de apresentação será comandado pelo presidente mundial da companhia, Torsten Muller Otwen.

Os diretores da marca no Brasil dizem que o crescimento do consumo do segmento traz mais expectativas do que preocupação com a confusão instalada pelo governo federal depois do aumento do Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI) para carros importados, cuja validade foi adiada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para a segunda quinzena de dezembro.

A loja da marca britânica, que pertence ao grupo alemão BMW, ficará sediada em São Paulo, na região dos Jardins.

Mas um dos principais alvos será o Distrito Federal, cuja renda per capita é de US$ 31,2 mil (R$ 55,6 mil), quase o triplo da média do país, segundo dados da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan).

Essa espécie de concessionária não será convencional, como os próprios produtos da marca: não haverá nela, por exemplo, carros expostos.

Afinal, qualquer veículo Rolls-Royce é feito sob encomenda, quase artesanalmente, com as características escolhidas previamente pelos clientes, num processo adotado em todo o mundo.

O primeiro modelo a ser oferecido no país deverá ser o Ghost, que deverá custar em torno de R$ 1 milhão — a BMW ainda não toca publicamente no assunto preço.


A montadora, por sinal, está namorando há tempos o mercado brasileiro, que já está entre o quarto e o quinto maior do mundo, a ponto de produzir e vender mais de 3,8 milhões de veículos por ano (veja quadro).

Na semana passada, diretores da empresa circularam por gabinetes em Brasília para discutir detalhes da construção de uma fábrica da BMW no Brasil.

Aliás, a estratégia da fabricante alemã por aqui é "popularizar": antes, o carro importado mais barato da marca era vendido por R$ 130 mil.
Agora, há veículos abaixo de R$ 100 mil.

O carro mais amado da marca é o Phantom (uma versão amarela, feita pelo falecido designer iraniano Bijan Pakzad e apresentada há poucos dias é cotada a US$ 1,6 milhão).


Mas o Ghost tem características impressionantes.
O motor é V12 6.6, biturbo, com 571 cavalos de potência.
Faz de zero a 100 km/h em apenas 4,7 segundos.

Luxuoso e confortável, tem distância entre-eixos de 3,2 metros, couro de primeira qualidade e equipamentos tecnológicos de ponta.


Rolls-Royce Ghost 2011

Rolls-Royce Ghost 2011

Rolls-Royce Ghost 2011

Usado por presidentes

Os Rolls-Royce costumam ser muito usados por chefes de Estado.
A rainha Elizabeth, da Grã-Bretanha, tem uma coleção.


A Presidência da República brasileira também usa um em solenidades especiais — como na posse dos eleitos.

Austero e confiável, o nosso Rolls-Royce é o Silver Wraith (Espectro de prata), feito em 1952, com 3,73m de distância entre-eixos.

É um conversível de quatro portas, com separador de ambientes entre o banco dianteiro, para motorista e auxiliar, e o espaço posterior, destinado à autoridade maior do país.
Tem 2,5 toneladas e chega a 100km/h.

Ranking global
Quem mais consome automóveis *
China - 9 milhões
EUA - 8,46 milhões
Japão - 2,60 milhões
Alemanha - 2,26 milhões
Brasil - 2,23 milhões


*Vendas acumuladas de janeiro a agosto
Fonte: Consultoria Jato Dynamics

IMAGEM DO DIA

VÃO PLANTAR BATATAS!

Ora senhores Wagner Moura e Marcos Palmeira, vao plantar batatas!

Amigos, vamos repercutir esses videos e os comentarios para todo o mundo? Nao podemos ficar inertes enquanto artistas e formadores de opiniao falam sobre um assunto que nao conhecem e direcionam suas baterias de imbecilidades para os incautos, inocentes uteis. O que ha com esses atores?

Querem que o povo se alimente de florestas? Nao e esse o caso porque eles nem leram o Novo Codigo Florestal e estao afirmando mentiras a respeito do mesmo. Ora senhores WAGNER MOURA e MARCOS PALMEIRA, vao os dois plantar batatas para alimentar o povo e deixem um pouco o seu mundinho de fantasias. Venham para a realidade.

PT profissionaliza patrulhamento na Internet

Comentário de Julio Severo:

No artigo abaixo, Reinaldo Azevedo, colunista da revista Veja, denuncia que o PT tem uma equipe de profissionais que têm como meta sabotar, através de comentários, textos contra medidas do PT. Entre essas medidas, é claro, está o aborto e a homossexualismo. Em 2010, eu já havia denunciado que o PT tinha uma equipe de sabotadores contra meu blog. A denúncia esta neste artigo:
Gripe suína: Quem pagou o preço pela pandemia fantasma?

Eis o artigo da Veja:

O PT decide profissionalizar os “Camisas Negras” que patrulham a Internet

Alguns bananas ainda me perguntam por que veto na área de comentário aqueles que chamo “petralhas”. Porque eles não são leitores! São militantes — alguns em nome do que consideram “ideologia”; outros a soldo mesmo. A Folha de hoje traz uma notícia que demonstra, ora, ora, que sempre estive certo. Leiam.
Volto em seguida.

PT treina “patrulha virtual” para atuar em redes sociais
O PT vai montar uma “patrulha virtual” e treinar militantes para fazer propaganda e criticar a mídia em sites de notícias e redes sociais como Twitter e Facebook. O partido quer promover cursos e editar um “manual do tuiteiro petista”, com táticas para a guerrilha na internet. A ideia é recrutar a tropa a tempo de atuar nas eleições municipais de 2012. “Vamos espalhar núcleos de militantes virtuais por todo o país”, promete o petista Adolfo Pinheiro, 36, encarregado de apresentar um plano de ação amanhã ao presidente da legenda, Rui Falcão.

Os filiados serão treinados para repetir palavras de ordem e usar janelas de comentários de blogs e portais noticiosos para contestar notícias “negativas” contra o PT. “Quando sai algo contra um governo petista, a mídia faz escândalo, dá página inteira no jornal. Temos que ir para cima”, diz Pinheiro. “Nossa única recomendação é não partir para a baixaria e manter o nível do debate político”, afirma ele. Mais Aqui.

Voltei.
Ah, a gente sabe como eles são educadinhos! Uma verdadeiras normalistas! Eu sei as barbaridades que recebo aqui cotidianamente. Não poupam nada: o que imaginam ser a sua vida pessoal, a de sua família, tudo… Se surgisse um tumor novo na minha cabeça a cada vez que eles fazem esse voto, nódulos nasceriam uns sobre os outros… Eis aí: não lhes basta aparelhar o estado; precisam aparelhar também a Internet.

Já fazem isso hoje. Como manter a mediação de comentários é caro e complicado, os portais, inclusive os dos grandes jornais, têm deixado a coisa correr solta. Não há uma só notícia positiva sobre adversários do PT que não seja imediatamente depredada. TENTAM FAZER ISSO NO MEU BLOG TAMBÉM. Eu os chuto daqui. Eles voltam e insistem porque são loucos por mim. Não conseguindo emplacar as suas bobagens, vão falar mal de mim nos blogs da esgotosfera.

Acima, escrevo dois textos sobre a moral esquerdista. O que os leva a ser policias da rede? Ora, a certeza de que têm uma missão e de que aqueles que não estão com eles se alinham com o mal e com o atraso. No passado, mandavam passar fogo; hoje, tentam o caminho da difamação.

Se os portais insistirem em não mediar os comentários, passarão a ser máquinas de divulgação das verdades eternas do PT. Os simples de coração dirão: “Ora, os demais partidos que façam o mesmo”. Isso mudaria o quê? Em vez de o leitor comum ser esmagado pelos militantes de um partido, será esmagado pelos militantes de vários.
Uma vez fascistas, sempre fascistas, não importa os meios de que disponham. O PT decidiu profissionalizar os Camisas Negras que patrulham a Internet.

Reinaldo Azevedo

CHANTAGEM PARA MANUTENÇÃO DO MINISTRO DO ESPORTE TEM AS NOVE DIGITAIS DE LULA

Pouco antes de chegar ao Palácio do Planalto para ser demitido por Dilma Rousseff, Orlando Silva, o ministro do Esporte que até a FIFA já descartou, recebeu orientações expressas do parceiro, amigo e companheiro Lula, para resistir.

Fontes próximas ao ministro afirmam que Lula mandou Orlando Silva jogar pesado contra Dilma, ameaçando com denúncias que atingiriam em cheio o governo federal.
Orlando seguiu as instruções e permaneceu no cargo. E Dilma perdeu mais uma para Lula. Acima, parte do diálogo entre Lula e Orlando Silva, divulgado por testemunhas do telefonema.

Reprodução de noticia de O Globo

SURGEM PROVAS CONTUDENTES E OPOSIÇÃO EXIGE DEMISSÃO DO MINISTRO

Depois de mais uma revelação de VEJA sobre o escândalo no Ministério dos Transportes, a oposição intensificou o coro pela saída do ministro Orlando Silva.
O líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), acredita que, se a presidente Dilma não exonerar o subordinado, deixará claro que é conivente com a corrupção. "Se isso não for prova, Dilma legalizará a corrupção no País. Ou toma atitudes, ou ela chancela a corrupção em seu governo. Orlando tem que sair", opina o parlamentar.
Para Duarte Nogueira (SP), líder tucano na Câmara, a demissão do ministro já devia ter ocorrido na semana passada. E, agora, a situação se torna ainda mais grave: "A própria presidente, num ato de apoio ao PCdoB, fez ontem a manifestação de que precisava de provas. Se precisava, as provas estão aí", afirma.

A situação do ministro pode gerar um impasse: como fez nos casos anteriores, Dilma espera que o ministro peça demissão. Mas o PCdoB não aceita.
"Até agora ela não demitiu ninguém. Se o PCdoB e o Orlando Silva insistirem, não vai restar alternativa senão exonerá-lo", afirma o líder tucano. A oposição, que já pediu investigação sobre o ministro à Procuradorai Geral da República e cobrou satisfações de Orlando Silva quando ele esteve no Congresso, agora se prepara para a oitiva de João Dias, o policial militar que delatou o esquema. Ele vai comparecer à Comissão de Fiscalização Financeira da Câmara na semana que vem.

Reportagem - A edição de VEJA que chegou às bancas neste sábado mostra como assessores diretos do ministro Orlando Silva favoreceram João Dias usando um expediente fraudulento.

Em 2 de abril de 2008, o ministério havia encaminhado à Polícia Militar um ofício mostrando irregularidades cometidas por entidades controladas por Dias. Mas o delator do esquema foi até o ministério e cobrou uma mudança de posição. Deu certo. Cinco dias depois, o Esporte pediu à Polícia Militar que desconsiderasse o primeiro ofício. E o documento foi emitido com data anterior à real - uma farsa para permitir que o prazo para a defesa de João Dias fosse prorrogado.

"O que nós estamos tentando fazer aqui é remediar a m. que foi feita", diz, na reunião, Fábio Hansen, assessor especial de Orlando Silva. Os fatos mostram como o homem que foi chamado de "delinquente" pelo ministro gozava de privilégios dentro da pasta. ( Da Veja)

coroneLeaks

PROJETO EXCELÊNCIAS

O projeto Excelências traz informações sobre todos os parlamentares em exercício nas Casas legislativas das esferas federal e estadual, e mais os membros das Câmaras Municipais das capitais brasileiras, num total de 2368 políticos.

http://www.transparencia.org.br/

Os dados são extraídos de fontes públicas (as próprias Casas legislativas, o Tribunal Superior Eleitoral, tribunais estaduais e superiores, tribunais de contas e outras) e de outros projetos mantidos pela Transparência Brasil, como o (financiamento eleitoral) e o (noticiário sobre corrupção).

O projeto disponibiliza espaço para que os políticos retratados apresentem argumentos ou justificativas referentes a informações divulgados no projeto, como noticiário que os envolva, ocorrências na Justiça e Tribunais de Contas, informações patrimoniais e outras.
Para providenciar o registro de algum eventual comentário, solicita-se que o político entre em contacto com a Transparência Brasil.

HADDAD: O ESCOLHIDO DE JOSÉ DIRCEU

O encontro entre Fernando Haddad e o “chefe de organização criminosa”*, José Dirceu, ocorreu no último sábado e foi tornado público somente ontem pelo blog Presidente 40 da jornalista Vera Magalhães.

Desta vez a reunião entre o aspirante à prefeitura de São Paulo e o consultor de empresas não foi em um quarto de hotel, mas no apartamento de Dirceu.

Um jantar reservado selou o apoio do ex-ministro e deputado cassado José Dirceu ao ministro Fernando Haddad (Eduacação) na disputa interna do PT pela candidatura à Prefeitura de São Paulo.

O jantar ocorreu no sábado, no apartamento de Dirceu. Além dos dois protagonistas, participaram mais dois apoiadores de Haddad.

Na conversa, Dirceu, que já vinha nos bastidores costurando a melhor forma de anunciar seu apoio a Haddad, selou o compromisso com ele.

No início do processo de discussão da candidatura, Dirceu chegou a manifestar dúvidas sobre a viabilidade política do titular do MEC. Passou a defender as prévias ostensivamente, tese que, na época, era rechaçada pelo ex-presidente Lula, mentor da candidatura Haddad.

Quando ficou clara a disposição de Lula de ir até o fim no apoio ao ministro, Dirceu, que é réu no processo que apura a existência do mensalão no governo Lula, definiu o apoio a Haddad.
Os dois nunca foram próximos. Haddad chegou ao MEC para substituir Tarso Genro, principal antípoda de Dirceu no PT no pós-mensalão.

Além disso, Haddad era simpatizante da corrente Mensagem ao Partido, na qual pontificavam, além de Tarso, outros adversários do ex-ministro, como o atual titular da Justiça, José Eduardo Cardozo.

Comentário:

Pra saber mais sobre o escolhido de Zé Dirceu, o link é este.

* “Chefe de organização criminosa” foi a definição dada pelo então Procurador Geral da República , Antonio Fernando Barros e Silva de Souza, durante a apresentação de denúncia do Mensalão, em 2006.

ESCÂNDALO NO ESPORTE: A SINUCA DE DILMA

Orlando Silva, Ministro dos Esportes, é do PCdoB, partido acusado de ser o maior beneficiário das verbas desviadas (por meio de ONGs). Parece simples e fácil, para Dilma, demitir o ministro. Mas não é BEM assim, afinal, antes dele quem ocupava a pasta era Agnelo Queiroz, atualmente mudo sobre o caso, mas cujo nome vem sendo citado várias vezes. Agnelo é governador do DF e filiado ao PT.

Demitir Orlando Silva, que parecia algo até mesmo óbvio, não é tarefa politicamente fácil para a Presidente. E isso não apenas pelo fato de que seria o enésimo ministro a cair em menos de um ano de gestão, mas por dois fatos ainda mais graves (para este caso): todas as irregularidades apontadas estão vinculadas a vários escalões da pasta e, claro, antes de Orlando havia o petista Agnelo.

Todos que se vêem com a corda no pescoço já deixaram claríssimo que não cairão sozinhos. Uma presidenta presidiria, uma gerenta gerenciaria, uma faxineira faxinaria…

Mas o que fará Dilma?

A LEI SECA, O COORDENADOR E A CHUVA DE IMPUNIDADE

A chamada “Lei Seca”, lei que aumentou as punições para motoristas que dirigem após beber, trouxe um grande alento para o trânsito de algumas cidades brasileiras. Infelizmente, não podemos dizer que a lei “pegou” em todo país porque governos irresponsáveis simplesmente se recusam a oferecer meios de fiscalização e punição aos motoristas beberrões.

Aqui no Rio de Janeiro a lei foi um enorme sucesso e correspondeu a uma redução drástica no número de acidentes e de mortes no trânsito. Contudo, um caso emblemático ocorreu há alguns meses e envolveu o coordenador da operação das “blitzen”.

Ao sair de uma festa, o senhor Alexandre Felipe Vieira Mendes, resolveu dirigir o seu veículo mesmo estando alcoolizado. O resultado foi o esperado: atropelou uma mulher com duas crianças pequenas e não as socorreu. Durante a fuga, atropelou e matou um ciclista, colidindo finalmente com um poste.

Não satisfeito, fugiu do local do crime com o apoio de autoridades ligadas ao programa da Lei Seca e utilizou-se de um reboque (desviado de uma blitz) para desfazer o local do crime e remover o seu carro do flagrante.

Conduzido a uma delegacia, dias depois, prestou depoimento e foi confrontado com testemunhas. Dolo comprovado, o delegado pediu sua prisão preventiva porque o coordenador estava assediando as testemunhas visando à mudança de seus depoimentos.

Após a prisão ser decretada, Alexandre Felipe fugiu mais uma vez e passou a ser procurado pela polícia como qualquer bandido “meia boca”.

Mas, como é brasileiro e não desiste nunca, Alexandre Felipe resolveu se abrigar onde sabia que seria bem-vindo. Amigo de políticos, bem de vida, com muita grana para gastar e sabedor de que o Judiciário brasileiro enxerga muito mais ternos de qualidade do que chinelos de dedo; buscou abrigo nos tribunais.

E não é que conseguiu? Vamos entender bem os crimes cometidos por ele:

Dirigiu bêbado; atropelou três pessoas (duas crianças); não prestou socorro; atropelou mais um; também não prestou socorro e a vítima faleceu; fugiu mais uma vez; bateu em um poste e destruiu a propriedade pública, jogando toda a localidade na escuridão; usou do cargo para escapar do local do crime e utilizou-se de um veículo público para desfazer a cena do crime e dificultar a sua punição. Não satisfeito, ameaçou testemunhas e fugiu da justiça para não ser preso.

Como punição para todos esses crimes e para o agravante de ser um agente público que utilizou recursos do Estado para cometer esses vários crimes; esse senhor – Alexandre Felipe Vieira Mendes – obteve um Habeas Corpus de um desembargador livrando-o da prisão e garantindo a ele o direito de continuar ameaçando as testemunhas livremente.

Pois é… o Brasil é mesmo a terra onde o crime compensa e a justiça tem um preço certo.

Afinal de contas, a lei pode ser seca; mas, para os ricos e poderosos a impunidade cai como uma chuva torrencial.

E você leitor, o que pensa disso?