"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



quinta-feira, 15 de setembro de 2011

O FUTURO DA DEMOCRACIA

Muitos holofotes se puseram na “faxina ética” promovida pela administração Dilma Rousseff. Olhares rasteiros aplaudiram. Olhares mais atentos, entretanto, ficaram receosos. No Dia Internacional da Democracia é conveniente refletir sobre algumas questões a esse respeito. Por exemplo, somos mais democráticos hoje do que há 189 anos? Ou melhor, o que é ser um país democrático?

Por partes, leitor. Ser democrático é, antes de tudo, garantir certos preceitos básicos aos cidadãos, como o direito de eleger seus representantes, ter liberdade de expressar idéias e ter instituições sólidas. Tanto no aspecto formal, quanto no substantivo, a democracia brasileira é capenga – apesar dos avanços. Formalmente, votos ainda são trocados por cortes de cabelo, a liberdade de expressão vive ameaçada e as instituições ainda são frágeis. Substantivamente, falta igualdade de oportunidades. A democracia é, não apenas aqui, mas também lá fora, um projeto inacabado – salvo as exceções de praxe.

O que não se pode confundir, entretanto, é que ser um projeto em construção não deve implicar em reavaliar a democracia e seus preceitos. Muito pelo contrário: é preciso aprofundá-la. Democracia é, por definição, um fim em si mesmo. E é nesse aspecto que esbarra não apenas o Brasil, como a maior parte dos países: como ampliar os preceitos democráticos em sociedades com déficit de representatividade?

Deputados, senadores, ministros, políticos, enfim, possuem funções objetivo distantes do anseio de seus eleitores. Os representantes do povo buscam sempre maximizar votos e, na maior parte dos países, aumento do patrimônio pessoal. Políticos profissionais são a expressão maior de tudo o que degenera a democracia plena. São populistas quando podem ser e conservadores quando o momento exige. Colhem os sentimentos de multidões e transformam em legislação.

Nesse contexto, é necessário aprofundar justamente o elo mais fraco da democracia contemporânea: a representatividade. E sejamos otimistas, leitor, pois já há formas de caminhar nesse objetivo. É cada vez maior o número de indivíduos envolvidos direta ou indiretamente com questões políticas e econômicas. A internet, de uma rede de computadores passou a ser uma rede eminentemente social. É nesse espaço que deve se pensar o aprofundamento de uma democracia plena.

Já existem fóruns de discussão, organizações civis e instituições autônomas que forjam uma democracia mais participativa. Um exemplo emblemático disso foi a “lei da ficha limpa”. Além disso, é preciso pensar em mecanismos efetivos de consulta pública, que submetam os projetos do poder executivo a toda a população e não a meia dúzia de líderes partidários, como ocorre atualmente. E, novamente sou otimista, pois já existem tecnologias disponíveis para tal intento. Basta que haja clamor para sua implementação.

Vítor Wilher

JOSÁ PADILHA FALA SOBRE A DEMOCRACIA NO BRASIL

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Especialista do Imil, o documentarista e produtor cinematográfico José Padilha fala sobre democracia no Brasil em entrevista exclusiva: “A democracia brasileira é severamente limitada como método de refutação.” Assista

TUCANO APRESENTA PEC DO VOTO DISTRITAL

Em discurso nesta quinta-feira (15), o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) comunicou a apresentação de Proposta de Emenda à Constituição (PEC 19/2011) modificando o atual sistema eleitoral. Em vez de eleger seus candidatos a vereador e deputado pelo voto proporcional em lista aberta, os eleitores o fariam pelo voto distrital misto. - Considero esse sistema atual esgotado e entendo que a verdadeira reforma política que o Brasil precisa é a adoção do voto distrital - disse.

Na opinião de Aloysio Nunes, o sistema proporcional, embora já tenha contribuído muito para o fortalecimento da democracia, está esgotado pelo alto custo das campanhas eleitorais, "financiadas a peso de ouro"; pelo enfraquecimento dos vínculos partidários, pois para ser eleito o candidato tem que sobrepujar o companheiro de partido; e pela falta de transparência, "o eleitor vota no que vê e elege o que não vê, já que não sabe que, ao votar em nomes como o do deputado Tiririca, elege outro deputado do PT". O senador ainda apontou a perda de legitimidade do sistema representativo, como constatou pesquisa cujos resultados mostraram que a maioria dos eleitores, meses depois das eleições, não se lembrava dos candidatos em que votou.

Já o voto distrital misto, que dividiria um estado em distritos, tem vantagens como a disputa em um colégio eleitoral mais restrito, explicou o senador. Em São Paulo, com 30 milhões de eleitores, os candidatos seriam mais próximos da população e disputariam o voto de 450 ou 500 mil eleitores, e poderiam propor soluções locais sem prejuízo dos grandes temas nacionais. Além disso, o sistema garante a visão geral e universal dos problemas políticos, e estimula a participação dos eleitos na discussão dos problemas nacionais, mas também os mantêm com os pés fincados no terreno da sua realidade local, acessíveis a cobranças, vigilância e vínculo de responsabilidade com seus eleitores, explicou Aloysio Nunes.

O senador demonstrou temor pelo fato de o relator da proposição na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS) estar mesclando dois modelos que a seu ver são ruins: metade dos candidatos seria eleita por voto proporcional em lista aberta e preparada pelos partidos, e a outra metade seria escolhida pelo voto "distritão", com a escolha dos mais bem votados. Na opinião de Aloysio Nunes, Fontana juntou o que havia de pior nos dois sistemas e criou "um monstrengo".(Da Agência Senado)

HADDAD QUER ALUNO COM MAIS TEMPO NA ESCOLA... E MAIS BURRO!

Artigos - Educação

O governo quer mais tempo escolar! Para ensinar que escrever errado é certo? Para assediar sexualmente as crianças?

O Ministro da Educação Fernando Haddad anunciou que está estudando aumentar o tempo de permanência do aluno na escola, seja pela majoração da quantidade de horas diárias ou do número de dias por ano.
Segundo o próprio, o Brasil, que possui uma carga horária relativamente baixa em relação a outros países, atualmente um mínimo de 800 horas, deve perseguir a meta de prover ensino integral até o ano de 2020.

O responsável por esta pasta recorre ao aumento da carga horária como os defensores da volta da CPMF em relação à saúde: desperdiçam prodigamente o que têm para então vir reclamar mais da população. Ora, pois, se o governo, com a atual carga horária, não consegue (ou não quer) fazer os alunos aprenderem sequer as quatro operações básicas, para quê exatamente ele precisa de mais tempo?

Jamais nossos jovens foram tão obrigados a cumprir tão longa jornada estudantil, bem como jamais têm saído de lá tão ignorantes e imbecilizados. Até formar-se em uma faculdade, um estudante alcançará facilmente a idade de pelo menos 23 anos, e dependendo do curso, poderá alcançar até 26 ou 27 anos até que esteja considerado apto para começar a trabalhar! Olhem que estou dizendo isto sem considerar nenhuma repetência nem as dificuldades conjunturais para a obtenção de algum emprego, mas apenas a contagem formal da grade curricular. Isto é demais!

O filósofo alemão Hans-Hermann Hoppe tem acusado os governos de corte socialista (na verdade, praticamente todos os governos, dado o estado contemporâneo generalizado de altíssima intervenção estatal sobre a vida dos índivíduos) de assim agirem propositalmente com a finalidade dupla de desestimular a fecundidade da população e de preparar os estudantes não para a vida como homens e mulheres livres, mas para atenderem à burocracia e à ideologia do estado.
Se a acusação é verdadeira ou não, o fato é que funciona. Quanto mais social-democrata ou socialista for um país, mais velho se tornará e sua população tenderá a diminuir. É justamente o que está acontecendo na Europa. A Rússia possui hoje uma população menor e mais pobre do que a do início do século XX. Da mesma forma, quanto mais um país trilha pela senda socialista, menos independência, iniciativa e criatividade se vê entre os cidadãos, que vão se tornando burocratizados, desestimulados e medonhamente avessos a colocar suas cabeças para fora da toca.

Hoppe não está só, pois sua denúncia é reforçada por Julio Severo, um importante ativista cristão em defesa da família, que produziu um dos textos mais consistentes e enfáticos que já li em toda a minha vida: "A Marca da Besta: A Educação do Futuro".

Apenas para degustação, transcrevo uns excertos adiante:

“[A Besta] obrigou todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e escravos, a receberem certa marca na mão direita ou na testa, para que ninguém pudesse comprar nem vender, a não ser quem tivesse a marca, que é o nome da besta ou o número do seu nome”. (Apocalipse 13:16-17 NVI)

Mais do que nunca, um homem hoje precisa de um diploma escolar para poder ter uma ocupação no mercado de trabalho, e as exigências mínimas de escolaridade estão cada vez mais altas, obrigando assim crianças e adolescentes a passar o máximo de anos nas instituições escolares. Um ser humano hoje só é valorizado de acordo com um diploma oficial que comprova que ele passou anos estudando nas escolas e universidades. Está se tornando quase impossível viver sem um diploma escolar.

Para o governo, o problema não é o sexo antes do casamento, mas a gravidez e a criança inocente já concebida. O problema é tudo (seja gravidez ou doença) o que atrapalha o adolescente de obter o prazer sexual, com ou sem casamento, com ou sem valores morais. Assim, o alvo do governo é usar as escolas para preparar os jovens para fazer sexo, não para entrar no casamento.

Vamos agora fazer uma sincera reflexão econômica: imagine, prezado leitor, quantos bilhões ou trilhões de reais o nosso país perde atualmente por causa de jovens que poderiam estar trabalhando e produzindo desde os dezesseis anos ou até menos? Se os jovens pudessem começar a trabalhar desde a idade em que já realmente podem ser produtivos, teriam recursos suficientes para o casamento e para a geração e criação de filhos com responsabilidade moral e financeira. Vejam bem: sem prejuízo dos estudos! Aliás, muito ao contrário, como adiante explico...

Se ao leitor parece escandalosa a ideia de vislumbrar um jovem trabalhando, permita-me contar um caso de um menino de apenas doze anos que conheci: este garoto era capaz de amarrar a lona de uma carreta como muito marmanjo não faz! Além disso, sabia trocar os pneus e realizar pequenas manutenções (Estou falando ainda de caminhões!). Mas isto não é tudo: ele tinha um cavalo, presente dado por seu pai, que ele mesmo cuidava com muito esmero! A esta altura, alguém mais cético há de me redarguir: "mas qual era o desempenho dele na escola?" Pois vou dizer: era o primeiro lugar da turma!

Não se assuste se você está lendo agora algo que vai contra tudo o que tem lido a respeito da educação e da formação de jovens. Estou falando da evolução natural da vida, que está sendo deturpada por conta de governos que não querem que seu filho aprenda conhecimentos úteis para ele, mas para o estado.

Se o ministério a cargo do Sr. Haddad estivesse preocupado com o ensino, ele se trataria de ministrar aulas de Matemática, Português, Ciências e Geografia, mas o fato é que ele se ocupa muito mais de ensinar pornografia, assédio sexual, liberação das drogas, luta de classes, ecofascismo, e como corolário de tudo isto, que escrever errado é certo e que os que escrevem certo praticam discriminação contra os, digamos assim, "adeptos da língua não culta".

No âmbito acadêmico, um estudante de Direito passa pelo menos 75% estudando disciplinas que aproveitam ao estado, e não a ele próprio. Um estudante de Administração ou Contabilidade não aprende como conduzir uma empresa rumo ao sucesso, mas como preencher formulários, prestar declarações, pagar impostos e cumprir com toda sorte de burocracias. Um estudante de Economia ignora solenemente o que signifique este termo dentro de um contexto de livre mercado, que o permita compreender como as pessoas agem e interagem, porque todo o seu curso está voltado para fazer dele um burocrata apto a redigir portarias interventivas sobre assuntos que ele desconhece.

Em uma sociedade livre, o ensino é buscado com entusiasmo pelos jovens, porque eles têm condições de escolher objetivamente o que precisam aprender para realizar o projeto de vida deles, e não o do estado. Em uma sociedade livre, não há que se falar em longos anos de cursos de quadro negro dos quais se termina tendo esquecido quase tudo: o indivíduo vai estudando e praticando ao longo de sua vida, num processo gradual e contínuo. Isto consolida o conhecimento e o põe à prova.

Em uma sociedade natural, as falsas teorias são logo desmascaradas e abandonadas, porque não são verificáveis na prática e no mundo real. Notem como isto soa muito diferente do que se passa atualmente dentro das instituições de ensino, em que os alunos são submetidos às doutrinas e ideias mais pitorescas, no afã estatal de fazê-las prevalecer sobre o mundo real, quando estes estudantes entrarem no mercado de trabalho. Notem quanta decepção sentem os formados quando percebem o hiato entre o que vêem de fato e aquilo a que foram forçados a engolir durante sua custosa jornada discente.

O que vai no parágrafo acima não é ideologia ou utopia: é a mais profícua realidade de um mundo que já foi mais livre. Era assim e funcionava!

Escrito por Klauber Cristofen Pires

O MAIS TRÁGICO DOS 11 DE SETEMBRO

É impressionante o esforço da mídia conservadora brasileira para transformar o ataque às Torres Gêmeas de Nova Iorque num fator de absolvição do governo Bush por todas as barbaridades bélicas promovidas na esteira do episódio.
Mas o inegável é que nenhuma investigação se concluiu de forma convincente sobre as facilidades que tiveram os ditos terroristas sauditas, ligados a Bin Laden, para operarem o ataque.

O que deixa espaços imensos para que se lance sobre a quadrilha que ocupava o governo americano – Cheney, Rumsfield, Karl Rove e até o boneco de ventríloquo Bush – uma fundada suspeição sobre sua participação no caso. Afinal, todos eram executivos e fortes acionistas de empresas ligadas ao comércio da segurança privada, ou ao complexo industrial-militar-petroleiro, que potenciou geometricamente seus lucros, a partir da ocupação do Iraque.

Mas se este 11 de setembro é coberto de áreas cinzentas quanto aos verdadeiros interessados e autores, um outro nunca deixou dúvidas sobre seus atores principais – o de 1973, data do golpe contra o governo democrático e revolucionário do socialista Salvador Allende, no Chile –.

E não por acaso a mídia conservadora brasileira faz silêncio sobre ele. Porque, se não foi cúmplice direta, deu toda cobertura e apoio ao que se registrava como "fim da ameaça bolchevique previsível com o governo de Allende", saudando a nova ordem do pinochetista, e ocultando a participação até da embaixada brasileira na empreitada que deixou rastro indelével de torturas e assassinatos.

Allende volta à pauta por outros caminhos bem mais louváveis do que os deixados pelas lembranças dos tempos do auge da "guerra ao terror" nos Estados Unidos. Volta nas palavras-de-ordem das manifestações gigantescas que retornam às ruas de Santiago e das principais cidades do Chile.

Manifestações mobilizadas contra as políticas neoliberais ainda mantidas pelo governo do pinochetista Piñera (o irmão dele foi um dos principais ministros da área econômica do general criminoso), depois de dois mandatos entorpecidos de uma "concertación" de socialdemocratas e democratas-cristãos tão moderados quanto o governo atual. Com eles já estão os sindicatos de trabalhadores em greve, todos reprimidos de forma violenta, todos liderados por uma jovem militante dos quadros do Partido Comunista Chileno. Tudo sem que a mídia conservadora, sempre atenta para as mais insípidas manifestações de opositores em Caracas ou Havana, se preocupe em cobrir.

Os mortos dos dois 11 de setembro são razão de sofrimento nas merecidas homenagens. Mas por razões distintas. Os que foram sacrificados nas Torres Gêmeas eram pessoas inocentes e alienadas em relação ao que lhes viria a ocorrer. Os do Chile, absolutamente não.

Eram militantes políticos, ligados a partidos revolucionários e racionalmente assassinados pelo terrorismo do próprio Estado que pretendiam transformar. Que pretendiam transformar num processo pela via eleitoral, sendo submetidos ao golpe militar criminoso exatamente porque os resultados eleitorais vinham mostrando uma curva ascendente das forças progressistas desde a eleição de Allende; com todos os sacrifícios, com todos os obstáculos organizados e financiados pelo Departamento de Estado sob batuta de Henry Kissinger, e cobertura política do que – contrariamente a Allende, herói – sairia depois, varrido, da Casa Branca.

Para a esquerda brasileira, a experiência de Allende é extraordinariamente rica. Numa quadra histórica em que se torna absolutamente inviável a ideia de que processos insurrecionais produzam governos socialistas. Seattle, Argentina do "se vayan todos", as grandes manifestações contra governos conservadores e suas políticas neoliberais nos últimos anos, na França, na Grécia, na Inglaterra, na Itália, as recentes revoltas civis no norte da África; são todos exemplos de que, sem poderes institucionais em mãos, os processos "no resultan", para usar uma expressão bem chilena.

Ou seja; o processo revolucionário no contexto atual, e principalmente num País com as dimensões continentais e diversidades de problemas regionais – quase representando nações distintas a despeito do mesmo idioma –, ganha dimensões extremamente complexas.
Fica evidente que, para além da pressão dos movimentos sociais – segmentadas ou regionalizadas -, é fundamental disputar poder dentro do aparelho do Estado.
É fundamental participar com intensidade e credibilidade das disputas institucionais.
É fundamental recordar o processo chileno que levou Salvador Allende à Presidência do Chile, na liderança de uma Unidade Popular composta por comunistas, socialistas e democratas progressistas.

Ah...mas de nada adianta o poder pela via eleitoral, pois as esquerdas não têm forças para mantê-lo. A direita se articula, golpeia e o que vem depois é sempre uma ditadura de direita.

Falso, no contexto atual, podemos afirmar.

Evidentemente, a tentação para o pragmatismo assistencialista se apresenta, sob tal argumento auto-limitador. Lula e Dilma estão aí para confirmar. Mas, no contraponto, estão aí os exemplos de Venezuela, Equador e Bolívia, onde os eleitos não se renderam antes da hora.
Foram para o confronto, na lei, contra os que gritam por democracia, mas não hesitam em entrar pela linha do golpe implantador de autoritarismo quando vêem seus privilégios questionados. Porque é também inevitável que as classes dominantes não reconhecem resultados eleitorais que se dêem fora de seus paradigmas, com a substituição de um seis por meia-dúzia entre candidatos de seu próprio campo.

A diferença, com o que pretendem os que só acreditam "nas ruas", é que o confronto nestes termos, com o aparelho do Estado em relativo controle, e com a legitimidade da vitória nas urnas num período histórico em que não existe espaço para quarteladas, tendo em vista o "apreço" ao regime democrático-liberal que justifica toda a ação imperialista no mundo, torna-se bem mais favorável do que o foi nos anos 70, em que a Guerra Fria justificava intervenções de todo tipo.

É por aí portanto que devemos navegar. Nas ruas e nas urnas. Um caminho em linha convergente com o outro, até que se unifiquem num só sentido. No sentido das grande alamedas que Salvador Allende, em seu último discurso, em pleno combate, não esqueceu de citar como espaço natural de ocupação pelas grandes massas.

Milton Temer

COMITÊ DO OBAMA PARA O BRASIL

As coisas andam divertidas no escritório de jornalismo da Rede Globo em Washington, o Comitê do Partido Democrata para o Brasil. Na quinta-feira, Barack Hussein Obama foi ao Congresso pedir apoio ao seu plano de criação de empregos: para revigorar a economia de um país com uma dívida trilionária, é preciso torrar mais 450 de bilhões de dinheiro público. Ou seja: o fracasso do governo requer mais governo, conforme o credo esquerdista.

Obama exortou os parlamentares a aprovar o plano pelo bem dos Estados Unidos. O Jornal Nacional chamou seu correspondente Luís Fernando Silva Pinto para comentar o pronunciamento. "Obama desafiou a oposição a agir, mas não usou um tom rancoroso", disse o jornalista, salientando a nobreza do homem. "A estratégia foi oferecer soluções que, se os republicanos não apoiarem, terão que explicar aos eleitores". Havia um sorriso na cara do Silva Pinto. Devia estar orgulhoso da astúcia obâmica.

William Bonner quis saber se esse apelo à transferência de responsabilidades não arrisca a reeleição de Obama. Silva Pinto tranqüilizou o público. "Pode ser que ele consiga algum apoio do Congresso agora, porque os deputados e senadores de oposição também precisam se reeleger em novembro do ano que vem. E os eleitores americanos estão muito mais decepcionados com os políticos do que com o presidente Obama". De novo aquele sorriso na cara do correspondente. Eu também achei graça da descoberta: o presidente engajado na campanha pela reeleição não é político.

Mas avacalhação mesmo foi o Arnaldo Jabor no Jornal da Globo falando dos dez anos do 11 de Setembro e difamando americanos patriotas com base nos artigos que lê no esquerdista New York Times. "A queda das torres levou à queda da economia, deixando destroços até hoje. Bin Laden é um vitorioso, e seu terror continua, agora ajudado pelos republicanos da direita radical. Se Bin Laden fosse vivo, apoiaria os tea parties", pontificou o sábio.

"O Jabor matou a pau!", avaliou um homem-bomba da Al Qaeda que acompanhava pela parabólica.
Qualquer objeção à agenda socialista e perdulária de Obama é radicalismo de direita, encarnado, segundo a imprensa esquerdista, no Tea Party, cidadãos que reivindicam uma política fiscal responsável, que não leve o país à falência. São considerados terroristas por um comentarista fanatizado por slogans progressistas. Um homem nessa condição é capaz de qualquer imbecilidade. O Jabor deve se achar transgressor fazendo isso.

***

A propósito, se você pensa em virar correspondente político da Globo nos Estados Unidos, confira as minhas dicas infalíveis no artigo "Jornalismo internacional em três lições".

Publicado no jornal O Estado.
Bruno Pontes é jornalista

O HOAX AL QAIDA E O HOAX DO 911


O cenário mundial hoje é a única coisa a me interessar. De tudo mais sinto um grande cansaço, um grande enfaro. Das coisas brasileiras então... o mundo cada vez mais inabitável e ainda tem gente se preocupando com a pestilência petista.

O mês de setembro, e este em especial que lembra o décimo aniversário do 11 de setembro de 2001, com os atentados às Torres gêmeas, ao Pentágono, e outras fantasias bushianas, me obrigam a retornar ao tema. Meus leitores já viram que em outros posts me ocupo com freqüência desse tema – como disse, o resto me desagrada, me cansa, me rouba verve e verba.

O verbo à mão reservo para coisas em aberto, coisas que não estão decididas. O Brasil está decidido, a América Latina do Foro de São Paulo está decidida. O mundo do onze de setembro não está nada decidido. Lá ainda se mexe nas cinzas que estão quentes.
Sempre foram quentes e estavam quentes antes ainda dos atentados. As coisas por lá se esquentavam. Nós é que não sabíamos; só soubemos depois quando do estrondo. Só soubemos depois que aquilo era um falso ataque, uma false flag.

O motivo dos atentados está ligado ao desejo da Nova Ordem Mundial de dominar o mundo, incluindo aqui o Oriente e seu petróleo, seus recursos aqüíferos, suas áreas de descarte de lixo atômico, suas praias boas para se fazer portos de guerra; e, além disso, construir mais rapidamente o Estado Global Policial.

A Al Qaida, como dizem os americanos que a inventaram, é um factóide da propaganda militarista e hegemonista. O motivo da queda das Torres (ou sua derrubada controlada) teria sido a Al Qaida e seu network de terroristas profissionais. Porém, não da maneira convencional com que o mundo sabe disso.

Hoje, quando os trouxas choram de verdade nos monumentos construídos no lugar das Torres, no monumento no Pentágono; quando milhões ainda choram de ver o Bush e o Obama chorando juntos lágrimas reptilianas, ainda não se sabe no atacado que aquilo foi um falso ataque. A mídia internacional não deixa.
A mídia brasileira não deixa; a Globo em especial, chega a pronunciar a expressão Al Qaida três vezes em cada Jornal Nacional.
E tudo dito com caras muito brabas, indignadas... Puxa-sacos!

Pois bem, a Al Qaida acaba de se transformar em aliada política dos Estados Unidos e da Inglaterra que comandam a OTAN, a coalizão armada da Nova Ordem Mundial (NOM). Desde janeiro deste ano com a desestabilização do regime político egípcio um novo poder cresce nas margens do Nilo à sombra da NOM. No dia 9 de setembro deste ano a embaixada de Israel no Cairo foi atacada por islâmicos e suas correntes violentas ligadas à Al Qaida. Assim diz a mídia; assim diz o jornal militar de Israel – o DebkaFile, fonte sionista insuspeita.

Peraí, um momentinho: os Estados Unidos então não são mais inimigos mortais daqueles que ontem teriam destruído as Torres? A Al Qaida celebrou algum tratado de paz com os Estados Unidos ou está na folha de pagamento da CIA de novo, como nos velhos tempos do Saddan Hussein? O governo fantoche que “expulsou” Hosny Mubarak do poder no Egito, dominado por grupos islâmicos anti-Israel e anti-Estados Unidos não foram colocados no poder virtual do país pelos próprios Estados Unidos? Não foi a Hillary Clinton que histérica gritava para Mubarak sair fora, o mesmo que faz agora contra Kaddafi?

Que contradição! Que traição! Ou não há contradição e traição coisíssima nenhuma e tudo faz parte dos planos maquiavélicos da NOM que quer ver o mundo pegar fogo por uma mecha de óleo árabe. Então os Estados Unidos não sabiam que estavam deixando se instalar no Egito um poder terrorista islâmico, até criador do ramo egípcio da Al Qaida?

Lembrem que os americanos já tinham catalogado a Al Qaida como o maior inimigo do povo americano e contra qual valia e vale a pena a Guerra contra o Terror. Não repetiram exatamente isso ontem mesmo, no décimo aniversário (11/09/2011) do massacre? E agora, como explicar aos telespectadores com olhos ainda úmidos a agitação islâmica da Jama’l El Islamiah, ramo da Al Qaida?

Como explicar isso a quem ousar fazer a pergunta: a Al Qaida que mata soldados americanos e ingleses no Oriente é a mesma que manda no Egito, colocada lá que foi pelos Estados Unidos e pela NOM?

Então, por favor, não me chamem mais de conspiracionista ou de negador do 11/09. Aquilo foi um falso ataque feito para perseguir um falso inimigo – a Al Qaida – com direção teatral americana. Não há contradição nenhuma; há cálculo frio e cruel, assassino – há crimes em série, genocídio em série, “holocaustos” em série.

A mesma coisa vale para Israel que novamente se torna vítima dos ataques “covardes” feitos por terroristas muçulmanos. Mas, ora, esses terroristas islâmicos são do pleno conhecimento e contam com ajuda americana (na Líbia são unha e carne), ao mesmo tempo que os sionistas mandam em Hollywood, na mídia, no Congresso Americano, na Casa Branca, nos bancos e no Banco Central, o Federal Reserve. Tudo mundo sabe que Israel escolhe quem será presidente americano, ou não será. E não precisam das armas do Mossad nem dos seus métodos, basta o controle do dinheiro mundial, da mídia, da cultura, e das perversões da sociedade americana e mundial. Mas Israel adora se passar por vítima de “holocaustos”.

A propaganda sionista dentro e fora dos Estados Unidos faz isso há décadas, e com grande sucesso. E o que muita gente não sabe é que o sionismo é essa agência maligna, militar, anticristã, antijudaica. Já reparam que Israel não pertence oficialmente a OTAN; que não pertence oficialmente a nada? Você sabia que anti-semitismo vale tanto para árabes quanto para judeus, pois que ambos são semitas? Você sabia que sionismo é contra a religião judaica do Torá? Você sabia que o sionismo é inimigo cristão? Você é ainda sionista? Sionista cristão?

A Al Qaida teve um começo material. A história registra que ela era aliada americana nos tempos da guerra do Iran contra o Iraque. Os americanos estavam com Saddan Hussein.
A Al Qaida assim transitou da materialidade clandestina para uma existência virtual, psicológica. No caso de Osama bin Laden, este trânsito invadiu a dimensão espiritual e fantasmagórica, pois até o cadáver de bin Laden, ou sua memória, qual um El Cid moderno, foi mantido vivo – um zumbi psicológico.

Chamam-se psi ops às operações psicológicas que usam e abusam de recursos como esses. Bin Laden foi um zumbi feito para durar até que uma nova situação estivesse estabelecida – e uma nova situação está se estabelecendo no Oriente. O zumbi Bin Laden só foi exterminado dos anais históricos (aqui não faz diferença nenhuma o fato de ele estar morto desde fins de 2001) porque a NOM está segura que sua falta não faz falta nenhuma. Por isso ele morreu de novo. Continua o factóide psi op Al Qaida no seu lugar. Como símbolo (do medo) vale a mesma coisa.

E como a NOM não está mais se escondendo – conta com a grande confusão geral – um novo líder da Al Qaida está livre e solto para “assombrar” os irmãos sionistas que, alegando medo noturno de monstros, têm motivos bastantes para continuar suas guerrinhas e assim continuar no caminho da Grande Guerra, essa sim, o Armagedon.

E ainda querem que eu me dedique aos assuntos brasileiros. Deixo isso para desocupados ou para quem ganha dinheiro com informação ou desinformação.

charles london

BRASIL: A CAMINHO DA DECADÊNCIA ECONÔMICA

Parece um pouco forte, mas é o que penso a partir desta pesquisa de opinião junto aos brasileiros.

Estatizantes, os brasileiros amam o Estado, querem mais Estado, imploram por políticas públicas.
(Na verdade, todos querem um emprego público, que paga bem e exige pouco, ou pelo menos menos que no setor privado, sem o perigo de perder o emprego em caso de preguiça...; enfim, tudo isso é muito "racional" no plano individual, mas suicidário no plano nacional.)

Por isso mesmo terão mais Estado, e com isso menos crescimento, menos renda e menos prosperidade.
Certas tomadas de posição são contraditórias com os objetivos últimos da população.
Até que os brasileiros mudem de opinião, vamos continuar crescendo pouco.
Mas a situação pode piorar, obviamente, pois a Lei de Murphy está sempre à espreita...
Paulo Roberto de Almeida

ELEITOR BRASILEIRO: VALORES CONSERVADORES, ESTATIZANTE NA ECONOMIA E MÁXIMA LIBERDADE DE IMPRENSA!
(pesquisa nacional GPP com 2 mil entrevistas entre 20 e 21 de agosto)


1. A metodologia aplicada acompanhou a da IPSOS-Nouvel Observateur de 2007. Foi testada em junho de 2007 e os resultados aqui no Brasil foram semelhantes. Agora, em agosto 2011, foi repetida. O método objetiva identificar o "partido político" de preferência do eleitor. Para isso, se realiza uma série de perguntas sobre valores (conservadores e liberais) e sobre economia (estado e mercado). O resultado continua confirmando. O "partido político" do eleitor brasileiro defende valores conservadores e quer um estado intervencionista na economia. Seria uma espécie de partido de direita/esquerda ao mesmo tempo. Resultados a seguir.

2. Os valores conservadores continuam tendo amplo apoio da população. 90% são a favor da redução da idade penal para 16 anos \ 79,7% querem aula de religião nas escolas \ 77,2% são contra a legalização do aborto \ 81,4% são contra a liberação da maconha \ No caso do casamento entre pessoas do mesmo sexo as respostas favoráveis cresceram de 2007 para cá. A favor 41,6% \ Contra 51,2%.

3. Eleitor é estatizante. Maior intervenção do Estado na economia: a favor 51,8% e contra 29,8% \ Voltar a estatizar a Vale e as empresas de Telecomunicações: a favor 45,2%, e contra 39,2% \ O governo deve intervir o menos possível na sociedade: a favor 40,1% e contra 45,9% \ Privatizar mais empresas públicas: contra 48,7% e a favor 37,1 \ Diminuir a participação do governo nas empresas: a favor 40,1% e contra 45,9%

4. Quanto a Imprensa, o eleitor é contra controle do governo. Governo controlar a Imprensa: a favor 20,2% e contra 70,6% \ Liberdade total de Imprensa: a favor 69,5% e contra 22,4%.
(Ex-blog de Cesar Maia, 15/09/2011)

QUANTO VALE UM POBRE?

Em 2006, nos cafundós do Piauí, tive a infelicidade de perguntar ao filho adolescente de uma beneficiária do Bolsa Família quantas vezes por semana eles conseguiam comer alguma proteína. "Não sei o que é isso", foi a resposta.

"Carne. Vocês comem carne?" Ao que respondeu: "De vez em quando a gente acerta um passarinho".


A maior promessa de Dilma Rousseff como presidente é erradicar a pobreza. De propósito ou não, ela usou o termo "miséria" ao fazê-lo.

Especialistas no assunto e o próprio MDS (Ministério do Desenvolvimento Social), responsável pelo Bolsa Família, usam os termos "pobre" e "indigente".

Assim, é pobre e elegível ao Bolsa Família grupos familiares com renda mensal per capita inferior a R$ 140. Se uma família de quatro pessoas vive com R$ 400 ela é pobre (precisaria de R$ 560 ou mais para deixar essa classificação).

Já os indigentes são os que têm renda familiar per capita mensal abaixo de R$ 70.

Os valores são ridículos. Equivalem a R$ 4,60 por dia (um maço de Malrboro para o pobre) e R$ 2,30 (menos que uma passagem de ônibus em SP para o indigente).

O MDS reconhece que o ideal seria usar o valor do salário mínimo como referência. Assim, uma família de quatro pessoas deixaria de ser pobre quando recebesse (via rendimentos do trabalho e/ou benefícios sociais) R$ 2.040,00, ou R$ 510 por cabeça.

A meta de Dilma com a atual definição de pobreza (abaixo dos R$ 140) é factível e não custaria tanto.

Vista de maneira mais honesta, porém, não seria nada sensacional. Virariam "ex-pobres" os que passassem a viver com os R$ 4,60 ou mais ao dia.

Segundo cálculos do Centro de Políticas Sociais da FGV, o Brasil teria de investir mais R$ 21,3 bilhões ao ano (em cima dos R$ 13,4 bilhões do Bolsa Família) para atingir esse objetivo.

Somados, os quase R$ 35 bilhões corresponderiam a apenas 1% do PIB e chegariam a mais de 80 milhões de pessoas.

Como comparação, nos primeiros oito meses de 2010 o governo separou R$ 50 bilhões para pagar juros de sua dívida. Proporcionalmente, os que receberam em juros esses R$ 50 bilhões são um grão de brasileiros diante de um mar de conterrâneos pobres.

Leo Caldas/Folhapress

O pescador Flavio de Mesquita com mulher e filhos em Porto de Pedras (AL), um dos locais mais pobres do país

O quadro abaixo mostra que o total de pobres e indigentes no Brasil caiu à metade nos últimos dez anos. E mostra onde eles ainda se concentram.

A partir de 2003, mais de dois terços (71%) da redução de pobres se deu porque o mercado de trabalho melhorou. Foram quase 14 milhões de novos empregos formais sob Lula.

Até 2008, para cada 1 ponto de crescimento do PIB, a ocupação também crescia 1 ponto. Hoje, essa proporção caiu quase à metade, pois houve ganhos de produtividade (um mesmo número de trabalhadores passou a produzir mais).

Assim, é de se esperar que o governo Dilma invista mais dinheiro público na área social se quiser mesmo erradicar a pobreza.

Outra questão, nada trivial, é se Dilma se contentará com o atual critério, equivalente ao Malrboro e à passagem de ônibus por dia.

Isso quem deve nos dizer é Dilma. E sua consciência.

Editoria de arte/Folhapress
(clique sobre o mapa para aumentar)
Fonte: Censo de 2000, atualizado pelas Pnads (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) até 2009. Elaboração Marcelo Neri, CPS/FGV-RJ

DIÁLOGOS DE SURDOS

Há quem acredite que a presidente Dilma Roussef (2011-?) não irá enganar durante tanto tempo quanto o antecessor Dom Luiz Inácio (2003-2011). Num país onde a atividade política se vê mais e mais dominada por analfabetos e salafrários (diria melhor: safardanas), o que se considerava absurdo caiu no convencional.

Mas eis que a moça que conduz o programa Fantástico da Rede Globo, Patrícia Poeta, foi até o Palácio do Planalto e, mesmo sem demonstrar muita informação a respeito de nada, entrevistou a presidente naquilo que se traduziu em resultado dos mais vazios e vergonhosos de que se tem notícia.

Em 2001, quando assumiu a Prefeitura do Recife, o ex-serralheiro, fresador e caldereiro João Paulo Lima e Silva colocou a então primeira-dama, como de praxe, à frente da organização e representação de tradicional festa carnavalesca, o Baile Municipal. Tratava-se da 37ª edição do evento, reunindo a fina flor daquela sociedade.

O Baile tem parte de sua renda destinada a obras sociais: ajudando hospitais que tratam de câncer em crianças, a centros comunitários e a associações voltadas a atividades de assistência social. De maneira que os recursos arrecadados, pelo menos em termos parciais, alcançam objetivo plausível.

Resolveram então perguntar a primeira-dama, em Recife, como estava a arrecadação de recursos financeiros naquele ano e se dentro de expectativa existente. Ela respondeu que estava com a impressão de que “o apurado naquele ano ia ser bom”. Que, por enquanto, “não tinha nada que reclamar”.

Mutatis mutandis, não foi diferente a reação da presidente Dilma ao comentar a distância de apenas quatro minutos no trajeto entre o Palácio da Alvorada e o do Planalto, onde despacha: “-É bom morar perto do serviço”.

Ou quando utilizou inexistente vocábulo: “complementariedade”, querendo talvez expressar “complementaridade”, ao divagar de forma confusa a respeito de como acredita que os homens são:

“-Os homens têm capacidade de síntese, dão uma contribuição no sentido de ser mais, é, eu diria assim, objetivos no detalhe, eles sintetizam uma questão, a mulher analisa. Então, essa complementariedade (sic) é muito importante. Mulher é capaz, que senão não educava filho”. No blog do Augusto Nunes há um primor de dissecação.

Nesse diálogo, mais apropriado para interior de bodega em zona rural ou para centro de internamento psiquiátrico, revela-se despreparo monumental da presidente: mostrando-se incapaz de articular palavras e que jamais completa um só raciocínio seja qual for. A entrevista está toda no youtube e quem quiser pode conferir. Um desastre!

Mas o que se deve esperar de um país que já teve como ministro da Educação o falecido Paulo Renato (flagrado enviando artigo de sua autoria, que deveria publicar na Folha de S. Paulo, para submeter à aprovação de um banqueiro) e que agora tem Fernando Haddad no comando da importante pasta?

O Haddad é figura que Dom Luiz Inácio (PT-SP) quer empurrar goela adentro do povo de São Paulo como prefeito da Capital, depois de ter empurrado no Brasil a própria Dilma Roussef. Tais personagens refletem exatamente o país de hoje, com livros do MEC que respaldam o analfabetismo e cotas raciais nas universidades.

O país melhorou porque inventaram a internet no mundo. E apesar do deputado federal Eduardo Azeredo (PSDB), tentar convencer seus colegas a votarem projeto que limita muita informação na rede, nós ainda tomamos conhecimento do que acontece e descobrimos camarilha que se encontra à frente de nosso rumo administrativo. O Brasil é um país triste e sem saída sob o jugo dessa gente.

Márcio Accioly é Jornalista.

"OS POBRES NÃO SÃO CULPADOS PELA FALTA DE ÉTICA!"

Eu, um homem do povo, digo à presidente de elite: A SENHORA ESTÁ ERRADA! Os pobres não são os culpados pela falta de ética!
Considero este um dos posts mais importantes que terei publicado aqui em cinco anos. Vocês entenderão por quê.

Eu sei o que alguns bobalhões dizem a meu respeito (sim, também há gente inteligente que não gosta de mim; posso suportar; não sou um homem carente): “Esse Reinaldo é muito agressivo”. Não sou, não! Sou um senhor até bastante educado. Eu fico um tantinho irritado, porque eu acredito, de verdade!, em alguns valores que “eles” usam apenas como elemento de propaganda. Em parte, isso explica por que fui de esquerda durante um tempo, na adolescência e primeira juventude: dava mais relevo ao discurso generoso do esquerdismo — a igualdade — e entendia que a liberdade era um bem derivado daquele outro, que me parecia essencial. Feitas algumas sinapses, constatei o que hoje me parece óbvio: a liberdade é o nosso mais importante e inegociável bem.

Mas eu continuo, sim, empenhado, a meu modo e dentro dos meus limites, na luta pela igualdade; vale dizer: em ter um país em que todos sejam, na prática, iguais perante a lei. Para que se realize esse propósito, é preciso que o dinheiro do povo seja aplicado com decência. Para que se seja eficiente nessa aplicação, é preciso mudar a forma como se elegem os nossos representantes. As esquerdas são essencialmente mentirosas quando se dizem partidárias do povo ou suas legítimas representantes.

Qualquer leitor que tenha se interessado pela história dessa gente sabe muito bem: os que falaram, ao longo do tempo, como líderes das massas sempre nutriram um profundo desprezo pelos pobres; tomam-nos como um bando de alimárias morais, que precisam ser civilizadas. Não há um só pensador relevante de esquerda — nem para ser a exceção que contraria a regra — que não tenha partido do princípio de que o “povo” é composto de bestas que podem ser conduzidas pra cá ou pra lá.

Entendam: é claro que deixados os homens entregues à sua própria natureza, cada um e todos eles dedicados apenas à defesa dos seus interesses, assistiremos à guerra de todos contra todos, ao caos. Ao longo do tempo, foram se criando instituições para mediar os conflitos. Sem elas, morremos todos no fim da história. É por isso que este “polemista”, como me definiu uma repórter da revista “TPM”, dá tanta importância às leis democraticamente instituídas e mete a botina no traseiro dos que especulam contra ela.

A política é a nossa única chance de civilização. Não há outra. Isso que chamo “civilização” compreende o acesso aos bens da cultura, àquilo que de melhor, humanos, conseguimos produzir. A luta pela democratização dessas conquistas é uma tarefa coletiva, um imperativo moral. A educação é o principal instrumento para compartilhar esse patrimônio. Ponto parágrafo. Leiam agora esta fala da presidente Dilma. Volto em seguida:

“Um país pode ser medido pela capacidade de atender às mães e as crianças. Se tivermos nossas crianças bem-educadas, com apoio, acolhimento e carinho, certamente teremos uma sociedade bem mais virtuosa, tanto do ponto de vista ético como no direito de cada um dos brasileiros a ter as mesmas oportunidades”.

Ela participava de uma solenidade, no Palácio do Planalto, para anunciar investimentos em educação. Está quase tudo errado nessa fala. É claro que as crianças e as mães precisam ser bem-atendidas; é claro que o esforço para eliminar a pobreza deve ser permanente, MAS É PURO PRECONCEITO, DOS MAIS DETESTÁVEIS E DOS MAIS REACIONÁRIOS, a afirmação de que a educação torna as pessoas mais éticas.

Dilma já teve de demitir cinco ministros, quatro por problemas éticos. A nenhum deles faltou educação esmerada; a nenhum deles faltaram as melhores condições para progredir e se desenvolver; a nenhum deles faltou o acesso aos bens universais da cultura; a nenhum deles faltaram as condições objetivas para uma vida digna, reta e feliz.

Corrupção, desmandos, malversação do dinheiro público, relações de compadrio… Nada disso é protagonizado pelo povo ignorante e deseducado. Ao contrário! O povo brasileiro — e, convenham, assim são os povos mundo afora — tem muito mais vergonha na cara do que suas elites. Com mais informação, com mais referências, com mais oportunidades, é bem possível que manejasse melhor o seu padrão ético, não votando em canalhas e vigaristas, por exemplo. Mas seu senso de moral é até mais severo do que o de boa parte das pessoas com educação formal, tendentes ao relativismo.

Se os pobres brasileiros se comportassem como se comporta a elite política — na qual o PT é hoje força hegemônica —, seria impossível botar o nariz fora da porta. Uma minoria extrema dos pobres escolhe o caminho do crime — e tal escolha nada tem a ver com a pobreza. Não vou aqui abrir espaço para o “coitadismo” tão em voga no Brasil, mas eu conheço “o povo” de perto — Dilma não conhece. Ela vem daquilo que os petistas chamam “elite”. Tanto é assim que tentou instalar no país uma ditadura de esquerda para pôr a população no caminho reto; por isso queria ser a vanguarda das massas, que, naquela concepção, não chegariam sozinhas a lugar nenhum…

Não é a primeira vez que entro em contato com esse pensamento. A maioria dos “amigos do povo” que se distribuem na academia, no jornalismo e no debate público — UMA GENTE MUITO GENEROSA — parte do princípio estúpido, mentiroso, preconceituoso, de que o tal “povo” é constituído de zumbis à espera de uma alma, que lhe será concedida pela educação e pela cultura.

É falso! Falso e cruel! Os pobres também são capazes de fazer escolhas morais e escolhas éticas. Aliás, ao longo do dia, dos dias, da vida, têm muito mais oportunidades de optar entre o certo e o errado do que os que nasceram em famílias abastadas. Estas costumam proteger seus rebentos por um bom tempo das situações-limite.

Essa concepção vocalizada por Dilma Rousseff não é irrelevante e tem conseqüências perversas para os pobres. Ela se revela, por exemplo, no descaso de sucessivos governos com a segurança pública. O país é um dos campeões mundiais em homicídios por 100 mil habitantes. Entende-se que o crime é uma das expressões da falta de escola, da falta de saneamento, da falta de moradia. Não! A esmagadora maioria dos pobres segue as leis. O crime é expressão da falta de uma política decente de segurança pública, que proteja os pobres dos maus pobres e dos maus ricos. Cadeia não substitui escola, mas escola não substitui cadeia, como quer certo onguismo picareta.

Precisamos de uma escola boa e de educação universalizada para que os brasileiros estudem matemática, ciências, língua portuguesa, história; para que possam desenvolver seu potencial criativo; para que dediquem seus melhores talentos ao pensamento e à investigação científica. O povo tem moral, presidente! O povo tem ética! Ele precisa de escola, sim, mas não para isso. A escola não é a nova VAR-Palmares da moral popular.

Infelizmente, presidente, são os bem-educados da política atuam hoje como fatores da deseducação do povo.

Por Reinaldo Azevedo

A DITADURA DA ESCÓRIA

“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho, e que as leis não nos protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em autossacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”. Ayn Rand (judia fugitiva da revolução russa).

O Brasil está a um passo da falência moral e legal de sua sociedade, vítima dos governos civis que fraudaram os objetivos e princípios da Abertura Democrática.

Não podemos mais contar com a Justiça através dos órgãos que cuidam de sua execução, pois se apresentam, por cumplicidade ou omissão, como serviçais do petismo.

O Poder Público não cumpre mais com suas obrigações essenciais provocando a morte de dezenas de cidadãos todos os dias mas tem os poderes da República mais bem pagos do mundo, especialmente o Parlamento.

O país encontra-se em uma fantasia de desenvolvimento econômico fundamentado em favores do desgoverno a grupos empresariais, no desvio bilionário do dinheiro dos contribuintes pela corrupção público-privada incontrolável, no suborno assistencialista quase que coletivo, no endividamento público irresponsável e inconseqüente, e no endividamento contingenciado cada vez maior de milhões de cidadãos que não têm renda para comprar os bens e serviços de que necessita.

A “base militar” dessa ditadura fascista em formação são os civis, e alguns militares, que representam a escória da sociedade e que lutam a favor da organização criminosa sofisticada que assumiu o controle da maioria de nossas instituições do poder público, uma organização criminosa cujos componentes já foram denunciados por um Procurador da República.

Temos tido na Internet a ação meliante desses grupos que podem ser considerados criminosos, pois invadem nossa privacidade e demonstram ter conhecimento dos dados que possibilitam nossa localização e eliminação quando chegar a hora do golpe final. Essa gente sórdida demonstra graus de leviandade intencional dignos de canalhas de alta periculosidade que deviam estar na cadeia, e não fomentando a destruição da vida pessoal dos que se opõem ao petismo.

Um desses desqualificados de todos os valores que poderiam dignificar de alguma forma um ser humano, e amplamente conhecido na Internet, colocou no seu Blog uma versão modificada de um artigo de minha autoria com a seguinte chamada: “Golpista ensandecido envergonha Petrópolis” com minha foto e uma clara intenção de chamar a atenção do poder público local – que é petista – sobre minha presença, e induzi-lo à minha perseguição. É o mesmo canalha que me escreve em seus e-mails: “Vai trabalhar vagabundo”, “Tá querendo bater punheta, viadão? Sou casado e não gosto de viado”, “Vai chupar rola, fascista delirante” e muitas outras declarações de igual ou parecido teor.

O Partido dos Trabalhadores ao permitir que alguém que pratica esse nível de sordidez o represente na sua luta política demonstra sua essência para a sociedade que um dia acreditou no seu discurso de dignidade, moralidade e ética.

Toda essa escória foi e continua sendo cabo eleitoral dos políticos filiados ao PT.

Esse é o método de luta dessa escória que acaba de dar um “tiro na água”, pois não sou filiado a nenhum partido político, sou um cidadão respeitado pela minha honestidade e pelo meu trabalho como professor não dispondo de dinheiro acumulado nem patrimônio que devam ser investigados pela banda podre do poder de polícia controlado pelo PT, diferentemente de muitos daqueles que exercem cargos públicos eletivos, ou não, para enriquecerem a custa da extorsão e do trabalho de mais de cinco meses por ano dos contribuintes lesados e endividados.

Essa gente “milita” ativamente para perseguir e desqualificar os atos daqueles que lutam com o poder esclarecedor das palavras para tentar sensibilizar os bons, os dignos, os honrados, e os patriotas, que alguma coisa precisa ser feita antes que sejamos colocados individualmente ou coletivamente diante de uma cova ou de uma prisão fascista, com nossos filhos e suas famílias sendo transformados em escravos de traidores do país ou induzidos, criminosamente, a se juntarem a eles através do “kit corrupção”.

As ordens são para destruir com todos os instrumentos levianos, desonestos, e possíveis, os que estão se opondo à ditadura fascista que se fortalece cada vez mais diante das centenas de escândalos de corrupção que dificilmente não ficam impunes, da impunidade da maioria dos crimes cometidos contra os cidadãos, da absurda omissão corrupta da Justiça, e do inacreditável silêncio das Forças Armadas que, de humilhação em humilhação, permitem que o país seja transformado em um paraíso de patifes desgovernado por covis de bandidos e controlado por burguesias e oligarquia de ladrões, como se essa fosse a maior e mais compulsória das suas missões constitucionais.

Nenhuma sociedade que apresenta nítidas características de falência educacional premeditada, e cada vez mais fortalecida com a transformação das escolas e universidades públicas em campo de treinamento de desagregação social e familiar, pode ser chamada de democrática, pois a ignorância, o suborno e o assistencialismo, nitidamente instrumentos de compra de votos, e a transformação do poder público em repositório de covis de bandidos, não podem ser considerados qualificativos de uma democracia, e sim de uma CORRUPTOCRACIA controlada por uma prévia de uma ditadura fascista que nos aguarda a partir de 2014.

É difícil saber de quem mais devemos nos envergonhar: das Forças Armadas que presenciam sem nenhuma atitude a destruição do país, do poder público controlado por covis de bandidos, ou da sociedade dos canalhas esclarecidos que, em grande parte, usufruem diretamente da degeneração das relações públicas e privadas para tirar vantagem da absurda e incontrolável degeneração moral das relações público-privadas.


Geraldo Almendra

A BOA SAÚDE DOS PARLAMENTARES... QUE NÓS PAGAMOS!


Senadores e deputados têm plano de saúde ilimitado e até quem não se reelegeu tem direito a usar.
Convênio do Senado bancou, por exemplo, importação de coração de R$ 833 mil para Tuma

Enquanto 73,7% dos brasileiros sofrem nas filas do SUS (Sistema Único de Saúde) e outros 26,3% brigam com seu plano médico, segundo dados do IBGE, cuidar da saúde está longe de ser um problema para os políticos que batem cartão no Congresso Nacional.

Na Câmara dos Deputados, por exemplo, até ex-deputado tem direito a convênio: basta pagar uma mensalidade de R$ 868 para ter um plano ilimitado. Deputado na ativa e deputado que se aposenta no cargo paga R$ 249 com direito aos mesmos benefícios.

Já no Senado, os parlamentares na ativa e aposentados não precisam pagar nem um centavo pelo resto da vida por um convênio sem nenhum limite de cobertura.

Um dos casos mais recentes é o de Romeu Tuma, senador morto aos 79 anos em outubro do ano passado. O convênio do Senado, que é de primeira linha, bancou o transplante e a importação, direto da Alemanha, de um coração artificial ao custo de US$ 500 mil - o equivalente a R$ 833 mil.

Abaixo, mais detalhes sobre os planos de saúde de senadores e deputados:


Deputados Federais
Eleitos - Não Reeleitos - Aposentados

Mensalidade: R$ 249,00 - R$ 868,02 - R$ 249,00

Quantos têm direito:
513 - 526 - 580

Limite de gastos:
Não há - Não há - Não há

Quem tem direito: Parlamentar, mulher e filhos até 21 anos

O que o plano Cobre: Cirurgia plástica reparadora de face, mama e abdômen, tratamentos psiquiátricos e psicoterápicos, fonoaudiologia, remoção terrestre e aérea, entre outros

Senadores

Eleitos, Ex-senadores e pensionistas

Mensalidade: R$ 0,00 R$ 0,00

Quantos têm direito:
81 (eleitos) - 300 (ex-senadores e pensionistas)

Limite de gastos:
Não há - R$ 32,9 mil/ano

Limite de gasto odontológico:
Não há - R$ 25,9 mil/ano

Plano:
Vitalício - Vitalício

Quem tem direito:
Parlamentar, mulher e filhos até 21 anos

O que o plano cobre: Qualquer tratamento. Basta apresentar a nota fiscal para reembolso, que só será recusada se um perito do Senado considerar a nota fiscal fraudulenta.

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Confira também
Senado gasta quase R$ 20 mil para cada atendimento médico.

Quanto custou o tratamento do ex-vice presidente?
Quanto custa o tratamento da Dona Dilma?
Tancredo Neves foi um tremendo otário???
Se voce tem um plano de saúde familiar e possui mais de 75 anos quanto é q ue voce paga mesmo???
Bem mais do que esses ilustres picaretas. E aposto que possui restrições de coberturas e número de consultas.

E aqueles que dependem do SUS? Denúncias é o que não faltam.
Por acaso o seu deputado, senador, vereador visitam os hospitais, postos de saúde de sua cidade depois da inauguração? Aí é querer demais não é mesmo?

O brasileiro vota nesses vagabundos, não por burrice, mas por falta de informação.

Recentemente teve uma confusão sobre o atendimento dos Planos de Saúde; médicos não queriam atender, mas sobre esse SUPER PLANO DOS CONGRESSISTAS NINGUÉM FALOU NADA.
ATENTEM PARA detalhes sobre os planos de saúde de senadores e deputados.


Wanderley Preite Sobrinho, do R7

O CASO BATISTTI


Brasil manobra, mas Haia julga caso Battisti

Governo deixa de indicar nome para comissão de conciliação, como havia sido proposto pela Itália, e considera inevitável que corte avalie situação
15 de setembro de 2011

O governo brasileiro adotou uma manobra diplomática para retardar um julgamento pela Corte Internacional de Justiça, com sede em Haia (Holanda), e reduzir o impacto de uma eventual condenação por decidir não extraditar o ex-ativista Cesare Battisti, condenado à prisão perpétua por quatro assassinatos na Itália.

Beto Barata/AE-9/6/2011

Posição
Itália só aceita extradição de Battisti como solução

O Brasil rejeitou a proposta da Itália de criar uma comissão de conciliação para se chegar a uma "solução jurídica amigável". Com isso, o governo tenta manter o assunto no âmbito quase sigiloso dos despachos diplomáticos e evita os holofotes de um tribunal internacional.

A Itália havia pedido ao Brasil que indicasse até hoje um representante para a Comissão Permanente de Conciliação, prevista na Convenção sobre Conciliação e Solução Judiciária, assinada pelos dois países em 1954.


Assim, conforme o texto da Convenção, daria por encerradas as tratativas sobre o caso pela via diplomática. Um árbitro neutro, provavelmente indicado pela Corte de Haia, estaria incumbido de propor um acordo entre as partes. O prazo estipulado pela Itália não está expresso na convenção e, por isso, o Brasil não trabalhava com esse limite.

Impasse
Independentemente disso, já havia um entendimento de que o Brasil não indicaria seu representante nessa comissão. A avaliação do Itamaraty é que não há possibilidade de acordo no caso. A única resposta aceitável para a Itália é que Battisti seja extraditado; o Brasil insiste que uma decisão soberana foi tomada pelo Estado brasileiro e recusa-se a entregá-lo.

Assessores jurídicos da Presidência da República e do Itamaraty enfatizam que o caso, de qualquer maneira, chegará à Corte de Haia. Por isso, não veem razão para instalar a comissão.

Rejeitar a interferência dessa comissão teria uma consequência adicional considerada relevante pelo governo brasileiro. A avaliação de assessores jurídicos é de que evitar essa comissão restringe os efeitos e a legitimidade de uma eventual decisão da Corte de Haia contrária à permanência de Battisti no Brasil.

Se aceitasse essa comissão, o Brasil estaria admitindo o julgamento pela Corte de Haia. O texto da convenção estabelece que a falta de acordo entre as partes leva automaticamente o caso para uma decisão final da Corte. Mesmo que a decisão seja contrária ao Brasil, ela tem, na avaliação de diplomatas brasileiros, só efeito moral - que seria amenizado pelo fato de o País não ter reconhecido a ação de uma comissão de conciliação. Não há nada que obrigue o Brasil a acatar qualquer decisão de Haia.

Diplomacia
Na próxima semana, o chanceler brasileiro, Antonio Patriota, deve encontrar o ministro das Relações Exteriores da Itália, Franco Frattini, em Nova York. Um dos temas a serem tratados é justamente a situação de Battisti. Ao longo dos últimos meses, o embaixador da Itália no Brasil, Gherardo La Francesca, tem-se encontrado com o secretário-geral do Itamaraty, embaixador Ruy Nogueira. As conversas, no entanto, não levam a nenhuma conclusão.

Diplomatas ouvidos pelo Estado afirmam que o governo brasileiro entende a pressão italiana como um caso de política interna muito sensível. Nem por isso poderá ceder, já que o asilo político já foi concedido a Battisti. Quando o caso chegar a Haia, o Brasil contratará um advogado para fazer sua defesa. Antes disso, nada será feito.

PARA ENTENDER

Texto de 1954 prevê conciliação

A Convenção sobre Conciliação e Solução Judiciária entre o Brasil e a Itália foi assinada em 1954 pelos dois governos. Três anos depois, ela entrou em vigor.

O texto estabelece que, caso não haja solução diplomática para controvérsias que surjam entre os dois países, Brasil e Itália indicam um representante cada para uma comissão de conciliação judiciária.

O presidente dessa comissão é escolhido por consenso pelos dois países. Se não houver acordo na definição desse nome, um integrante da Corte de Haia, que não seja italiano ou brasileiro, é escolhido por sorteio.

Caso uma das partes não aceite a proposta final da Comissão de Conciliação, ela pode submeter o objeto da controvérsia à Corte Internacional de Justiça.

Itália e Brasil, na verdade, já deveriam ter criado essa comissão ainda em 1958, seis meses depois que a convenção entrou em vigor, conforme previsão do texto firmado entre os países. No entanto, como nunca houve conflitos sérios que demandassem a intervenção dessa comissão, isso nunca foi feito.


Felipe Recondo e Lisandra Paraguassu / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo

POR QUE A PF NÃO BUSCA QUEM MATOU TONINHO?!

No sábado passado, enquanto o mundo inteiro se preparava para prantear as quase 3 mil vítimas do terrorismo fundamentalista em Nova York, outra efeméride fúnebre passou em brancas nuvens pelos céus deste nosso Brasil varonil. Os dez anos da execução do então prefeito de Campinas, Antônio da Costa Santos, não foram lembrados com a indignação com que deveriam tê-lo sido, neste momento em que até a presidente Dilma Rousseff definiu como “positiva” (a seu assessor palaciano Gilberto Carvalho) a mobilização popular contra a corrupção, no Dia da Pátria.

A omissão passou a ser mais uma evidência acumulada de que os antigos romanos tinham razões de sobra para constatar que sic transit gloria mundi (assim passa a glória mundana).

Afinal, a vítima não era um anônimo qualquer. O compositor e intérprete de sucessos musicais Chico César, seu amigo pessoal e testemunha de muitos dos comícios e outras manifestações de apreço dos campineiros, garante nunca ter visto amor tão genuíno como o que estes demonstravam explicitamente pelo líder, baleado na noite de 10 de setembro de 2001 quando manobrava à saída do estacionamento de um shopping center.

A cidade que ele administrava não é propriamente um vilarejo insignificante, o que poderia justificar a lápide fria que foi posta não apenas sobre seu corpo, mas também sobre a obra de um dirigente político que denunciou, com coragem, o banditismo em suas mais diversas formas, entre as quais as da política e da governança pública.

É possível até argumentar que seus assassinos se beneficiaram do fato de a execução ter ocorrido justamente na véspera dos atentados contra as torres do World Trade Center. Mas mesmo essa desculpa é pálida, para não dizer amarela, como definia minha avó Nanita, que pontificava do alto de sua vetusta sabedoria doméstica: “Desculpa de cego é feira ruim e saco furado”.

O certo é que só o acaso não justificaria ou, em última instância, perdoaria o silêncio de cemitérios que se impôs sobre o assassínio do líder que teria acrescido ao apelido familiar Toninho a expressão “do PT” para não ficar dúvida quanto ao partido a que pertencia o mártir na luta contra o crime. Nem para deixar que os dez anos de negaças e incúria das autoridades públicas os despejem no oblívio.

Toninho 13, assim conhecido por causa do número de suas postulações a cargos no Executivo municipal de sua cidade, não era decerto um militante apreciado e totalmente aprovado pelo comando do partido, como o era outra vítima de morte dada como acidental, nunca devidamente esclarecida, Celso Daniel.

O campineiro chegou a ser demitido da Secretaria de Obras de Jacó Bittar, amigo do padim Lula e pai dos sócios do filho do profeta de Garanhuns, a exemplo do que também ocorreu com o ex-guerrilheiro Paulo de Tarso Venceslau, que não chegou a ser morto pelas denúncias que fez, mas sobreviveu a dois atentados na Rodovia do Trabalhador. E não escapou do expurgo partidário por insistir em não compactuar com a omissão cúmplice da direção partidária.

Quando Celso Daniel foi baleado, quatro meses depois de Toninho, tinha saído da prefeitura de Santo André para coordenar o programa presidencial na campanha, que terminaria vitoriosa, de Luiz Inácio Lula da Silva.

Com sua morte, o posto foi ocupado por Antônio Palocci, abatido dos mais altos postos da Esplanada dos Ministérios não por balas de pistoleiros, mas por acusações de agressões à ética que iam desde a invasão do sigilo bancário de um pobre caseiro até a multiplicação do patrimônio pessoal sem renda que a justificasse. Só por aí já dá para imaginar o destino glorioso que poderia ter tido o moço do ABC, se não houvesse morrido.

De qualquer maneira, há semelhanças entre as vítimas. O amado e corajoso líder campineiro denunciara grupos poderosos de corruptos públicos e privados na comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investigava o narcotráfico. E o preparado quadro de Santo André também protagonizava um escândalo em que o produto da propina, segundo dois irmãos dele, fora transportado em malas entregues ao mesmo Gilberto Carvalho que acabou de ouvir Dilma elogiar as manifestações contra o esbulho, tendo como destinatário o então presidente nacional petista, José Dirceu.

Todos os personagens dos casos citados, é claro, negam envolvimento e este último tem negado muito mais, de vez que é acusado de chefiar um bando organizado que movimentava recursos públicos e privados na compra de apoio parlamentar.

A Polícia Civil, chefiada por adversários do PT no poder no Estado de São Paulo, logo incriminou o sequestrador Andinho, dado como o matador de Toninho. Da mesma forma, concluiu que um menor teria acertado a testa de Daniel a oito metros de distância no escuro da madrugada numa mata em Itapecerica da Serra. Em ambos os casos, o comando petista não discutiu a conclusão dos subordinados de tucanos e contestou familiares dos mortos, indignados com as óbvias falhas nas investigações.

Há pouco tempo, um júri popular começou a condenar alguns participantes da execução do prefeito sequestrado. A promessa feita por Lula, candidato no palanque, em Campinas, em 2002, de mandar a Polícia Federal (PF) investigar o assassinato do prefeito baleado na direção do carro nunca foi cumprida. Márcio Thomaz Bastos, indicado para assessorar juridicamente a família do morto, Tarso Genro, Luiz Paulo Barreto e José Eduardo Martins Cardoso, no comando da pasta à qual está subordinada a PF, não moveram uma palha para cumprir essa vã promessa de seu líder supremo.

O mínimo que se pode questionar neste décimo aniversário da execução de Toninho do PT é por que nunca ninguém das cúpulas petista e federal se interessou em saber se tem razão a polícia paulista, que acusa Andinho, ou o sequestrador, que sempre negou a autoria do crime.

José Nêumanne, no Estadão.







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TUDO O QUE SOBE, UM DIA DESCE, como disse o Poloni


Ainda mais quando se trata desses polÍticos octogenariamente pendurados. Em casos como Pedro Novaes ou José Ribamar Sarney, por exemplo, nem Viagra consegue reerguer.

Pedro Novais, é o quinto ministro que deixa o cargo no governo Dilma Roussef pelo envolvimento em falcatruas.
Outros que, em pouco menos de nove meses, saíram do atual governo também por causa de FALCATRUAS: Antonio Palocci (Casa Civil), Alfredo Nascimento (Transportes), Nelson Jobim (Defesa) e Wagner Rossi (Agricultura). Sem contar com o troca-troca que tirou Ideli Salvatti do ministério da Pesca e a colocou nas Relações Institucionais, dando 'a pesca' para Luiz Sérgio.

A importância do ministério da pesca está numa entrevista de Pedro Novais em que ele fala, cheio de pompa e arrogância, sobre uma portaria de seu ministério que determina a Classificação Hoteleira.
Num país em que não funciona a saúde nem a educação - por inoperância e interesses escusos - como é possível Lula criar um ministério para cuidar deste tipo de problema nacional?
Que chamem o Guia 4 Rodas.

QUEM ESTÁ COM A VASSOURA NA MÃO

Em seu artigo, Augusto Nunes diz que a faxina, aparentemente feita pelo governo Dilma, está fazendo, mesmo, é pela imprensa independente e pelo Brasil que lê.

Uma baixa a cada 25 dias é uma proeza de bom tamanho.
Mas a presidente Dilma Rousseff não tem nada a ver com a medalha de ouro.
A marca foi estabelecida em parceria
pela liberdade de imprensa e pela indignação do país que lê.


Numa entrevista na TV, Dilma teve a coragem de confessar, que, se dependesse dela, nenhum ministro seria demitido. Em sua lógica, o jornalista diz que "as ações de despejo vão prosseguir porque a imprensa independente seguirá publicando a verdade. E mais despejos serão consumados porque, como alerta uma das frases emblemáticas do movimento contra a corrupção, os padrinhos dos bandidos de estimação podem muito, mas não podem tudo.
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/

VAMOS À MOVIMENTAÇÃO DIA 20
terça-feira, 13 de setembro de 2011

A desonestidade de Pedro Novaes em seis tempos:Farra no motel com dinheiro público - Pedro Novais, então deputado federal, pediu ressarcimento de R$ 2.156 à Câmara por gastos em um motel de São Luís (MA), 2010. Acuado –e só por isso - Novais ressarciu os cofres públicos. Apesar da falta de honestidade evidenciada, além de não sofrer nenhum tipo de punição, ainda ganhou, de presente, o ministério ... da pesca. Noticiado pelo jornal “O Estado de S. Paulo”

Operação Voucher
O secretário-executivo do ministério, Frederico Costa da Silva, e o ex-presidente da Embratur, Mário Moysés, recebiam propina em dinheiro do grupo acusado de desviar recursos da pasta. Trinta e cinco pessoas foram presas na Operação Voucher da Polícia Federal, no dia 9 de agosto, todas suspeitas de desviar recursos da pasta por meio de emendas parlamentares. O dinheiro desviado chega à casa de R$ 10 milhões. A ONG Ibrasi (Instituto Brasileiro de Desenvolvimento de Infraestrutura Sustentável) e o Instituto Brasileiro de Hospedagem estão envolvidas no caso.

Motorista da esposa de Pedro Novaes
- Um funcionário da Câmara presta serviço como motorista particular à esposa de Novais, O funcionário Adão Pereira foi contratado pelo gabinete de Francisco Escórcio (PMDB-MA), mas nunca trabalhou com o deputado. Foi exonerado na terça-feira.


O caso da governanta - Pedro Novaes usou, durante sete anos, a verba de gabinete parlamentar para pagar o salário de sua governanta. Outra notícia da Folha de S. Paulo. Como era feita a mutreta no caso da governanta: foi contrata como ‘recepcionista’ por uma empresa terceirizada do Ministério do Turismo logo que Novais assumiu os encargos turísticos; trabalhava no apartamento de Novais em Brasília, mas recebia como secretária parlamentar.


Telefonema suspeito com Fernando Sarney: Novais pedia ajuda ao filho de Sarney para beneficiar um de seus aliados políticos na Justiça Eleitoral.


Empresa de fachada

Em 2010, ainda deputado federal, Pedro Novais destinou R$ 1 milhão para uma empresa de fachada construir uma ponte no município de Barra Corda (MA). As informações foram publicadas no jornal Folha de São Paulo, em agosto deste ano.

A GUERRA DO VOTO DISTRITAL

RESISTAM! O PT mobiliza seus estafetas para atacar o voto distrital. Agora eles dizem que é coisa “da direita”, do bicho-papão! Não! É coisa de gente direita!

Caras e caros, a campanha em favor do voto distrital mal começou. Conseguiram-se, até o momento em que escrevo, 74.512 assinaturas. O objetivo é chegar a 100 mil. Quanto antes se conseguisse implementar a mudança, melhor (o post abaixo trata de assunto correlato), mas não há uma data-limite, depois da qual ou se tem a vitória, ou, então, se desiste. Esta é uma batalha longa, de fôlego. Mesmo no começo, a idéia já mobiliza adversários poderosos, como vocês verão. Aí ao lado, há o link para a página “Eu Voto Distrital”. A qualidade de quem tenta impedir até mesmo o debate revela muita coisa.

Em Dois Córregos, a gente diz do falso sonso: “Esse, de tonto, só tem o andado”. Não diria o mesmo do “sociólogo” Marcos Coimbra, dono do Instituto Vox Populi, que foi tirado da quase falência pelo PT. Nunca o vi caminhar porque não freqüentamos os mesmos ambientes. Mas se pode afirmar com certeza: de tonto, ele só tem a cara. Esse sujeito emergiu no cenário político como filho do diplomata Marcos Antonio de Salvo Coimba, que foi secretário-geral da Presidência do governo de Fernando Collor, de quem era cunhado. Embora devam ter quase a mesma idade, o filhote de Coimbrão era, assim, uma espécie de sobrinho postiço do presidente impichado. Foi ali que ele despontou para o estrelato.

O “sociólogo” é um homem de muitas convicções, todas sempre bem-remuneradas. Na esfera federal, por exemplo, ele é petista. Em Minas, ele é tucano. E está aberto a propostas nas demais 26 unidades da federação. Não é que ele resolveu sair atirando contra o voto distrital? A exemplo do que fazem muitos vigaristas intelectuais quando não têm argumentos, optou por botar uma pecha no sistema: “É coisa da direita”. Até outro dia, isso bastava para silenciar o debate. Aos poucos, muita gente vai percebendo o truque porque começou a se dar conta de quem estava acusando. “Se há tantos canalhas contra a direita, então ela não deve ser tão má assim”, já começam a desconfiar alguns. É, vai ver não é… “Se há tantos ladrões atacando a direita, vai ver ela não é tão má assim”. É, vai ver não é…

Digamos que por “direita” se tome o conceito boçal, sendo comum na esquerda: reúne conservadores, que repudiam as mudanças e preferem um sistema que exclua o povo das decisões.

Muito bem! Coimbra cometeu um artigo contra o voto distrital. O primeiro parágrafo é este (entre parênteses, em negrito):

(Com impressionante velocidade, a direita brasileira se descobriu favorável ao voto distrital (desde criancinha). Sem que exista qualquer motivo lógico que explique o porquê, políticos, intelectuais, empresários e jornalistas conservadores se encantaram com ele e começaram, em coro, a defendê-lo. Ao mesmo tempo, passaram a espinafrar o voto proporcional, que faz parte das regras de nosso sistema político desde o Código Eleitoral de 1932.)

Huuummm… É mentira! Discute-se o voto distrital no Brasil desde a Constituinte de 1988. Quando se fez o plebiscito do Parlamentarismo, a suposição era a de que se implantaria, quando menos, o modelo misto. O debate é antigo e contava e conta com a simpatia de muitos políticos mais à esquerda no espectro ideológico. Eu não acredito, com sólidos motivos (já falo a respeito), nem nas pesquisas de Coimbra e não teria razão para acreditar na sua memória, não é mesmo? Quer dizer que o “sobrinho” do Collor agora virou um “progressista”, um “esquerdista”, “desde criancinha”?

Para um neomudancista e antidireitista, Coimbra argumenta com a elegância de um ganso se fingindo de cisne: se o voto proporcional está aí desde 1932, então deve ser uma coisa boa, é isso? Os eventos recentes da política brasileira e o modo como se forma a maioria no Congresso falam por si mesmos, certo? Mas sigamos com ele.

(Em nenhum lugar do mundo havíamos visto coisa parecida. A argumentação em favor do voto distrital nunca teve cor ideológica, nunca foi bandeira da direita (ou da esquerda).)

Seria só uma bobagem não estivesse ele cumprindo uma tarefa. Digamos que o debate sobre o voto distrital estivesse mesmo sendo levado adiante “pela direita”. Coimbra, que o combate, fala, então, em nome de quem ou do quê? De resto, fosse mesmo coisa da direita, o que é mentira, ela não teria o direito de se expressar? O que vem em seguida é sofrível, mas merece ser exposto para que se tenha noção da qualidade de alguns dos adversários do voto distrital.

(A discussão sobre suas vantagens e desvantagens sempre permaneceu no plano técnico. Quem tem um mínimo de informação sobre o assunto sabe que não há sistema eleitoral integralmente bom ou ruim. Todos têm aspectos positivos e negativos. Sabe, também, que faz pouco sentido falar em voto distrital no abstrato, assim como de voto proporcional puro. Cada país tem seu sistema, com coloração e particularidades únicas.
Há tantos sistemas de voto distrital (e de voto proporcional) quantos países que o adotam.)

Outra mentira grotesca. Ninguém defende o voto distrital como a cura de TODOS os males. Ele é uma resposta para ALGUNS dos males da política, notadamente o descolamento entre representantes e representados e a transformação do Parlamento num ajuntamento de celebridades, de sem-votos e de porta-vozes de corporações. Aos poucos, o Congresso brasileiro deixa de encarnar a vontade das pessoas para defender segmentos organizados. O cidadão só vale alguma coisa se estiver ligado a um grupo de pressão. Mais: cairia brutalmente o custo das campanhas eleitorais. É evidente que todos os sistemas têm defeitos — eu mesmo já apontei aqui alguns do voto distrital. A questão é saber qual reúne mais qualidades e qual poderia aproximar mais eleitores e eleitos. Coimbra não gosta disso. Acha coisa “de direita”.

Existem democracias plenamente funcionais e bem-sucedidas com voto distrital, e (muitas) outras com as diversas formas possíveis de voto proporcional. Aliás, em termos puramente quantitativos, a maioria dos países democráticos do mundo tem algum tipo de voto proporcional.
É só a embromação da obviedade. Como eu provo? Invertam o que ele disse, e dá na mesma: “A maioria dos países democráticos do mundo tem algum tipo de voto distrital”. Tem? Claro que sim! Qualquer república federativa, cujo Parlamento é formada por representantes das partes que a compõem, adota uma forma de distritalismo, ainda que, dentro dessas unidades, o voto seja proporcional. Passaram a tarefa ao Coimbrinha, e ele esqueceu de estudar o ponto. Deve ter sido um mau aluno, do tipo preguiçoso. Escolheu o caminho mais fácil: “É coisa da direita”. Huuummm… E a reforma política do PT, que Coimbra deve defender, é coisa de Dirceu! Aliás, este pode ser um confronto interessante: pedir aos brasileiros que escolham a direita ou o Zé Dirceu. Mais um pouco do “sobrinho” do impeachment.

(É compreensível que a campanha que a direita brasileira está fazendo em favor do voto distrital não apresente os ponderáveis argumentos que existem contra ele. Seus responsáveis têm todo o direito de subtrair da opinião pública o que é contrário a suas preferências. Afinal, na guerra ideológica, o que menos importa são os fatos. Não é o mesmo que se pode dizer de quem, na mídia, deveria se ocupar do jornalismo. Chega a ser lamentável que veículos de informação assumam função de pura desinformação.)

Eu, por exemplo, já apresentei os “ponderáveis argumentos” críticos ao voto distrital. Por que Coimbra não faz o que ele próprio recomenda e apresenta os “ponderáveis argumentos” críticos ao voto proporcional? Como estafeta do petismo, Coimbra também critica “a mídia”, acusando um inexistente engajamento em favor do voto distrital. Isso é patrulha de encomenda. É para mobilizar as franjas do petismo nas redações. O partido lhe passou uma tarefa. Vou pular um trecho do artigo que nada quer dizer. Vamos ao parágrafo em que aparece o patrão.

(…)
(A direita brasileira, através de seus núcleos de pensamento estratégico e intelectuais, quer fazer com que o país acredite que o PT e, por extensão, o governo (ou o que ela chama de “lulopetismo”) são a favor do sistema de representação proporcional porque assim se perpetuariam no poder. Quer, portanto, que “as pessoas de bem” se tornem defensoras do voto distrital, assegurando-as de que só com ele é possível simplificar as eleições, aumentar a responsabilidade do eleito, a vigilância do eleitor, acabar com a corrupção.)


Ele quis escrever “assegurando-lhes”. O “assegurando-as” é coisa de analfabeto ilustrado. Sabem como é a convivência… Lula está pensando em convocar manifestações da UNE, da CUT e dos “movimentos sociais” em favor da proposta de reforma política do PT, que defende uma espécie de radicalização do voto proporcional, num modelo ainda mais perverso do que o de agora. Não pára por aí: quer também assaltar o nosso bolso com o financiamento público das campanhas, que passaria a conviver com o privado, num modelo misto. O dinheiro seria distribuído, claro!, seguindo o tamanho que os partidos tem hoje. Seria isso um esforço para perpetuar o PT no poder?

Olhem quem está falando

Coimbra? Os adversários que o voto distrital está arrumando depõem em favor da sua qualidade. Três dias antes da disputa do primeiro turno das eleições presidenciais de 2010, o “sociólogo”, com toda a sua ciência, afirmou que Dilma Rousseff venceria no primeiro turno com 12 pontos de vantagem sobre a soma dos votos dos adversários. Ela ficou com 46,91% dos votos — um errinho de mais de 15 pontos percentuais!

Dado esse desempenho, outro qualquer mudaria de profissão ou se esconderia debaixo da cama. Mas Coimbra não é pago para acertar. Há certas profissões em que errar rende muito mais. Mas saibam os senhores que Coimbra não tem um defeito: ele não é de direita! De jeito nenhum! Que alívio!

Agora você já sabe: Coimbra é contra! Assim, para acessar a página “Eu Voto Distrital, clique aqui.

Por Reinaldo Azevedo

A IMPRENSA FAZ A FAXINA...


A queda do ministro do Turismo confirma que a faxina rejeitada pelo governo é feita pela imprensa independente e pelo Brasil que lê
A queda de Pedro Novais transformou o Brasil no novo recordista mundial da modalidade não-olímpica arremesso de ministros bandalhos: com o maranhense que pendura no cabideiro de empregos públicos até a governanta e o motorista da patroa, quatro pais-da-pátria perderam o emprego por envolvimento em casos de corrupção no período de 100 dias. Uma baixa a cada 25 dias é uma proeza de bom tamanho. Mas a presidente Dilma Rousseff não tem nada a ver com a medalha de ouro. A marca foi estabelecida em parceria pela liberdade de imprensa e pela indignação do país que lê. O Brasil é recordista não por causa do governo, mas apesar dele.

Como Antonio Palocci, Alfredo Nascimento e Wagner Rossi, também Novais foi autorizado a despedir-se do cargo com pompas e fitas. Oficialmente, nenhum ministro foi demitido. Todos pediram demissão por escrito, em cartas repletas de referências elogiosas à presidente e si próprios. Todos mereceram afagos retóricos da chefe. Embora sejam todos casos de polícia, até agora nenhum foi convidado a explicar-se ao delegado. Liberado de audiências em tribunais, Novais logo estará exercendo o direito de ir e vir no Congresso. E o substituto terá sido indicado pela mesma turma do PMDB que pinçou do baixo clero da Câmara o inverossímil festeiro de motel.

Na entrevista ao Fantástico, Dilma reafirmou que perdem tempo os que insistem em vê-la de vassoura em punho. Se dependesse dela, reiterou, nenhum ministro seria demitido. Só continuarão a enxergar faxinas éticas, portanto, os ingênuos incuráveis e os cínicos demais. As ações de despejo vão prosseguir porque a imprensa independente seguirá publicando a verdade. E mais despejos serão consumados porque, como alerta uma das frases emblemáticas do movimento contra a corrupção, os padrinhos dos bandidos de estimação podem muito, mas não podem tudo.

augusto nunes

MAIS UM NOME PARA O CADERNINHO DOS ELEITORES...


NO BRASIL CORRUPÇÃO... SÓ TEM LADRÃO.
SENADOR CACO DE VIDRO (SEMPRE EM CIMA DO MURO). É POR ISSO QUE ELE NÃO QUIS ASSINAR A CPI DA CORRUPÇÃO.

Cristovam condenado por improbidade.

SENADOR CRISTOVAM BUARQUE O Tribunal de Justiça do Distrito Federal condenou por improbidade administrativa o senador Cristovam Buarque (PDT-DF), que tem o hábito de fazer pregações éticas.

Ele é acusado de utilizar dinheiro público para produzir material publicitário com fins eleitorais em 1995, época em que era governador do DF. A assessoria do senador informou que ele vai recorrer. Um secretário de Buarque também foi condenado por improbidade.
Eles terão que devolver, com correção monetária, o valor gasto com a produção do CD "Brasília de Todos Nós - 1 ano de Governo Democrático e Popular do Distrito Federal", orçado em R$ 146 mil.

Além disso, terão que pagar multa equivalente a cinco vezes o salário que recebiam na época. Segundo a denúncia do Ministério Público do DF, o material publicitário, produzido sob o pretexto de divulgar informações sobre os programas desenvolvidos no primeiro ano de gestão do governo de Buarque, tinha como real finalidade promover a imagem do governador, que na época tentava a reeleição.

blog do beto

JUSTIÇA CONDENA MARCOS VALÉRIO A SEIS ANOS DE PRISÃO


O publicitário Marcos Valério Fernandes de Souza foi condenado a seis anos de prisão pela Justiça Federal de Minas Gerais por prestar informações falsas ao Banco Central sobre operações financeiras de sua empresa, a SMP&B Comunicações, realizadas entre 1998 e 1999.

O então sócio de Valério na agência de publicidade, Cristiano de Mello Paz, foi condenado a quatro anos de prisão. Eles já recorreram da sentença, proferida no dia 31 de agosto de 2011, e poderão aguardar o julgamento do recurso em liberdade.

O caso é anterior ao suposto esquema de compra de apoio político conhecido como Mensalão, que foi denunciado em 2005 e ainda tramita no Supremo Tribunal Federal (STF).
Para justificar depósitos que permitiram à SMP&B quitar um empréstimo de R$ 7 milhões tomado junto ao Banco Rural e não levantar suspeitas no Banco Central, os acusados alteraram o capital da empresa de R$ 150 mil para R$ 4,5 milhões. Ao checar as informações repassadas pela agência, a autoridade monetária descobriu que, na Junta Comercial de Minas Gerais, o capital social da SMP&B na realidade havia passado de R$ 150 mil para R$ 600 mil, valor incompatível com o pagamento efetuado.

Em suas alegações, o juiz da Quarta Vara Federal de Minas Gerais Leonardo Augusto de Almeida Aguiar afirma que a materialidade do delito está suficientemente comprovada pela divergência dos documentos apresentados pelos acusados. Almeida Aguiar destaca na sentença que não há nos autos documentos de alteração de capital que mencionem a quantia de R$ 4,5 milhões, o que "demonstra, na verdade, que tal aumento de capital nunca ocorreu".

O juiz afirma ainda que a maquiagem das informações financeiras retardou a descoberta pelo Banco Central do esquema de evasão de divisas, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro nas empresas de Marcos Valério.
"A conduta dos réus fez com que autoridades ficassem ao largo do esquema, permitindo a seus operadores atuar com grande liberdade e fora de foco de qualquer investigação".

O advogado de Valério, Marcelo Leonardo, nega que seu cliente tenha prestado informações falsas ao Banco Central, e diz esperar que a sentença seja "reformada" por ser "absurda e exagerada".
"Os réus são primários, sem antecedentes criminais, por isso a pena deveria ser próxima do mínimo (dois anos de prisão) e não do máximo", afirmou.

O advogado alega que, caso a sentença fosse de quatro anos, por exemplo, o crime teria prescrito porque teriam se passado oito anos. Procurado, o advogado do publicitário Cristiano de Mello Paz, Castellar Guimarães, não retornou às ligações.
Os réus poderão aguardar o recurso em liberdade por "falta de requisitos necessários ao decreto da prisão cautelar".

Aline Reskalla | Agência Estado