"A verdade será sempre um escândalo". (In Adriano, M. Yourcenar)

"Quero imaginar sob que novos traços o despotismo poderia produzir-se no mundo... Depois de ter colhido em suas mãos poderosas cada indivíduo e de moldá-los a seu gosto, o soberno estende seus braços sobre toda a sociedade... Não quebra as vontades, mas as amolece, submete e dirige... Raramente força a agir, mas opõe-se sem cessar a que se aja; não destrói, impede que se nasça; não tiraniza, incomoda, oprime, extingue, abestalha e reduz enfim cada nação a não ser mais que um rebanho de animais tímidos, do qual o governo é o pastor. (...)
A imprensa é, por excelência, o instrumento democrático da liberdade."
Alexis de Tocqueville (1805-1859)



domingo, 2 de junho de 2013

ESTÃO SABOTANDO AÉCIO




Deve cuidar-se o senador Aécio Neves. Quem assistiu esta semana  o programa de propaganda partidária gratuita do PSDB e pertence ao bloco dos ingênuos terá desligado sua televisão  impressionado com a unidade e a euforia  dos tucanos. O novo presidente do partido, ainda que sem ter sua candidatura presidencial alardeada pelos colegas paulistas, surgiu  como o aglutinador do partido, o D’Artagnan dos  mosqueteiros José Serra, Geraldo Alckmin e Fernando Henrique. Nas telinhas, tudo pareceu encaminhar-se para a  sagração posterior de Aécio como candidato.

Ledo engano. Athos,  Portus e Aramis rejeitam o ex-governador mineiro. José Serra é candidatíssimo. Geraldo  Alckmin trabalha com a hipótese de disputar o palácio do Planalto,  oferecendo a Serra a candidatura a governador de São Paulo.   E Fernando Henrique, tido como incentivador de Aécio, ainda há dias comentava com importante prócer do PT que o senador não vai mesmo fixar-se porque não tem estatura, continua pequeno…

A força dos paulistas é grande no ninho.   A estratégia deles parece  deixar que Aécio Neves apareça como candidato por conta própria e sabotá-lo mais ou menos como quem come mingau: pelas bordas. Deixar que ele percorra o país, como já prometeu mais de uma vez, mas sem respaldá-lo, até que no começo do ano que vem possam constrangidamente concluir que ele não emplacou e melhor seria concorrer ao governo de Minas, aguardando tempos presidenciais  mais promissores.

É claro que de ingênuo o senador não tem nada. Conhece em detalhes a artimanha de seus companheiros e, mais ainda, a personalidade de cada um deles,  que começou a acompanhar desde os tempos do avô, Tancredo Neves, que abominava Fernando Henrique, não confiava em Serra e desconhecia Alckmin.  O importante para Aécio é evitar a impressão de uma guerra entre paulistas e mineiros, até porque, do seu lado da fronteira, conta apenas com os índios, sem nenhum  cacique de peso.

Conseguiu eleger-se presidente do PSDB, ainda que hoje já desconfie de haver caído numa armadilha. Sabe da importância de tornar-se conhecido, mais do que já é, bem como da necessidade de cautela em seu confronto com os três mosqueteiros.  O ideal seria dividi-los. Imprescindível também se torna buscar alianças, como com o governador Eduardo Campos, o candidato ideal para seu companheiro de chapa. Sem esquecer Sérgio Cabral.

Em suma,  a escalada é íngreme e a montanha, escarpada, para Aécio Neves. Vitoriosa, porém, sua fixação como candidato deixaria clara a impossibilidade de os tucanos paulistas voarem alto.

JÁ FOI, NÃO É, MAS PODERÁ SER

Lá das entranhas do PT afloram evidências que os companheiros teimam em sufocar.  Por exemplo: Lula só deixou de ser candidato às eleições de 2014  diante do impacto pessoal que sofreu com a descoberta de um câncer na garganta.  Até então tinha como certo o seu pronto retorno ao poder, com a   completa aquiescência de Dilma. Diante das incertezas do destino, optou pelo Plano B, da reeleição da sucessora, apesar da resistência de um razoável  grupo de lideres petistas.  Recuperado, não tinha como dar o dito pelo não dito, mas a janela continua aberta para o retorno à antiga pretensão.

Agora, o ex-presidente mantém-se fiel ao compromisso com Dilma, mas sabendo que  fatos novos serão  capazes de alterar a estratégia em curso. O agravamento da crise econômica.  A queda nos índices de popularidade de Dilma. O aparecimento meteórico de um adversário até então  desconhecido. A hipótese de haver segundo turno. A necessidade de recompor alianças hoje quase postas em frangalhos.
A conclusão, por enquanto, é de o PT empenhar-se no segundo  mandato. Por enquanto…

APOIO FORMAL

Pelo telefone, a presidente Dilma cumprimentou o senador Renan Calheiros pela firmeza com que cumpriu a promessa de não colocar em votação medidas provisórias enviadas ao Senado sem o interregno de sete dias após sua votação na Câmara.   Quem não gostou foi a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, através de duro diálogo com o presidente do Senado, que manteve-se firme.
O Palácio do Planalto encontrou uma solução para não ser derrotado: acrescentará o texto da medida provisória não votada em outra capaz de chegar antes dos sete dias. Tem gente brincando com coisa séria?

02 de junho de 2013
Carlos Chagas

O HUMOR GENIAL DE DUKE

Chage O Tempo 02/06



02 de junho de 2013

PASSEIO CICLÍSTICO REÚNE MANIFESTANTES CONTRÁRIOS À RETIRADA DE PODER DO MINISTÉRIO PÚBLICO



Um passeio ciclístico reuniu centenas de pessoas na manhã de hoje (2) em Brasília em um ato de repúdio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37, que limita o poder de investigação criminal do Ministério Público. Caso seja aprovada, a mudança determinará a exclusividade da investigação para as polícias civil e federal.
 
Os manifestantes percorreram cerca de 5 quilômetros entre a sede do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e o Congresso Nacional, onde fizeram um ato cívico e cantaram o Hino Nacional. O evento foi promovido pela Associação do MPDFT. Segundo a Polícia Militar, o evento contou com a participação de cerca de 250 pessoas.
 
O promotor de Justiça adjunto Ricardo Fonseca, um dos organizadores do evento, disse que o Ministério Público não tem interesse em investigar os crimes sozinho, mas ressalta que a polícia não conta com estrutura para apurar toda a criminalidade. “Existem determinados núcleos de criminalidade, como crimes de colarinho branco e crimes eleitorais, que a polícia por si só não consegue chegar, por conta de pressões políticas e dificuldades para dar continuidade às investigações”, diz.
 
Um grupo de trabalho com representantes do Ministério Público, da polícia, de parlamentares e do Ministério da Justiça está elaborando projeto alternativo substitutivo à PEC, prevendo a possibilidade de investigação por parte do Ministério Público. Foi apresentada também uma proposta de projeto de lei regulamentando a investigação feita atualmente pelo Ministério Público. A PEC está pautada para ser votada no Congresso Nacional no dia 26 de junho.
 
O presidente da Associação do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, Antônio Marcos Dezan, disse que, se aprovada, a PEC trará prejuízo para apuração de diversos casos, desde violência doméstica a casos de corrupção, como ocorreu recentemente com o mensalão. “A ausência do Ministério Público nas investigações diminuirá em muito a possibilidade de punição dos verdadeiros culpados”.
 
Segundo Dezan, o MP não quer fazer o papel do delegado de polícia, apenas quer continuar tendo a possibilidade de agir quando entender que a ação desenvolvida pela polícia não é suficiente. “Quando se fala em investigação, logo se imagina aquela atividade de quem fica bisbilhotando a vida alheia. Não é nada disso. Nós somente agimos quando a comunicação de um fato considerado criminoso chega ao nosso conhecimento, então vamos atrás para desvendá-lo”, explicou.

02 de junho de 2013
 Sabrina Craide
(Agência Brasil)

QUANDO O HUMOR DESENHA A REALIDADE




02 de junho de 2013

LÁ DAS BANDAS DO SANATÓRIO...

Brasil garante 19ª posição no Ranking da Fifa
A melhor fatia que sobrou para Neymar ao ser contratado pelo Barcelona foi a unanimidade nacional. Hoje, o futebol de Neymar contam com o apoio e o aplauso de todas as torcidas. É como se Neymar jogasse em todos os times do Brasil e não apenas no Santos.
O novo Maracanã surgiu do nada. Custou 1 bilhão e 200 milhões de reais saídos dos cofres da piarataria brasileira. Vendo como se pode construir um estádio assim, não entendo porque o Rio de Janeiro não ganhou ainda uns dois ou três  Maracanã do SUS, cada um deles com capacidade para prestar atendimento à saúde de 70 ou 80 mil pessoas a cada dia da semana.
 
Ah sim, a seleção de Scolari enfrenta a Inglaterra e não consegue sair da 19ª posição no ranking da Fifa. Felipão ficou todo bobo com o gol de Fred. Parecia até os ingleses não tinham um cara chamado Rooney. De repente, estava 2x1 para a seleção britânica. O time da CBF joga um futebol pra inglês ver.
 
E foi então que Paulinho empatou o jogo. Como prêmio foi substituído por Bernard. Time que tem Hulk e Leandro Damião, não precisa de mais nada para garantir classificação entre o 20 primeiros do futebol mundial.
 
Ainda continuo achando que um país que é capaz de construir estádios de proporções gigantescas, modernas, funcionais e requintadas, pode muito bem construir em cada capital pelo menos um hospital da rede pública de saúde com o mesmo conforto e as mesmas qualidades.
 
 
VOLTA

 Terminados e entregues os originais de mais um livro sob encomenda, eis-me em andanças pelo interior de São Paulo. Nesta semana, desleixei das páginas do meu bom e amigo Diário da Manhã, porque relaxei os nervos dirigindo por estradas que levam e passam por São José do Rio Preto, Auriflama, Araraquara, Ribeirão Preto e Campinas. Senti cheio de progresso e de alguma desconfiança pelo que andam rolando pelas estradas da vida, nessa bagunça que é a terceirização das rodovias nesse Brasil Dilma da Silva. Estou voltando aos pouco ao Facebook, internet, webmedia em geral e às impressões escritas e registradas no cartório dos viciados em liberdade de expressão. Buenas, tchê. Vamos que vamos. Antes de mais nada, você acredita quye em Floreal - no emio dessa rota - as barras de beira de estrada vende 30 abacaxis por R$ 10?!? Pois, vendem. Reclame do seu supermercado preferido. Reclame!

PELADA

 Mesmo reforçado pela ausência de Muricy Ramalho, já lutando contra o rebaixamento, o Santos não foi além de um empate em 1 gol contra o Grêmio, seu mais direto concorrente à segunda divisão do Brasileirão.   Faz de conta que eu não sabia da venda de Neymar para o Barcelona. Faz de conta também que eu não assisti a essa pelada.


O PASSEADOR

 Zé Eduardo Dutra - um dos "três porquinhos"de Dilma antes que ela virasse primeira-mulher-presidenta, disse que Lula tem sido visto com frequência pelos corredores do hospital Sírio Libanês porque vai visitá-lo de quando em vez e também a um que outro correligionário ou candidato a compra e venda de amizade que por ventura tenha que ser internado num bom nosocômio, longe das garras do SUS. Lula não estaria revisando a garganta, nesta semana quando por lá esteve. Foi apenas dar apoio moral ao Marcelo Deda, governador de Recife. Lula é assim, solidário e dadivoso, ainda mais que se trata dos corredores do Sírio-Libanês, um hospital ao alcance de todo e qualquer brasileiro pagador de impostos. E não! O Lula não foi tratar de si. Foi apenas fazer visitas porque adora passear dentro de um bom hospital.

FIDEDIGNO

 As declarações de Dutra merecem o selo de absoluta fonte fidedigna de informação. Frustrado em suas expectativas após a campanha que elegeu Dilma, entrou em depressão profunda e saiu do ar. Serve agora para mandar recados de otimismo à nação.

QUEM SABE?!?

 Lula só não é candidato à Presidência da República no ano que vem, porque gosta mais de passear pelos corredores do Sírio-Libanês do que botar a Dilma para escanteio e voltar ao Palácio do Planalto para continuar fazendo tudo que prometeu mas não fez. Caso o Sírio-Libanês não seja, sabe-se lá por quê, um centro de atrações e espetáculos que satisfaça às expectativas, então quem sabe o Cara volta?!?


PODEROSAS

 Quando a Forbes elege um poderoso qualquer; até mesmo uma poderosa que seja, não quer dizer que seja mais do que isso mesmo. A pessoa escolhida é poderosa. Se isso é bom ou ruim, é outro papo. Então tá, a Graça da Petrobras é o poder; o poder de Dilma é o Palácio. Se isso é mais do que isso, a Forbes não diz. O que é que essas duas têm que sua mãe não tem?!? Pra você, a sua mãe é a mulher mais poderosa do mundo. E a Forbes tá nem aí.

BOM NEGÓCIO

 Diga lá, há nesse país algum negócio melhor do que construir estádio de futebol? Você se engana nos cálculos em banalidades tipo assim um bilhão de reais e fica tudo por isso mesmo.

A CAIXINHA

 No Corinthians, Pato pagou o pato. Emerson entrou e fez o gol que derrotou a Ponte Presta, pela goleada de 1 x 0. Ninguém fala que Tite primeiro errou para depois consertar. Futebol, é uma caixinha de idiotices.

O CULPADO

 Polícia Federal vai apurar morte de índio baleado em fazenda de Mato Grosso do Sul. Nem foi preciso chamar o Ministério Público para ajudar nas investigações. O culpado foi o mordomo da Funai.
 
02 de junho de 2013
sanatório da notícia

BOLSA FAMÍLIA. E 15 DIAS DEPOIS NINGUÉM FOI RESPONSABILIZADO SOBRE O "BOATO"


E já vão quinze dias e todos os "esforços" do DESgoverno trapalhão dos ratos vermelhos não colocou um só nome ao boi desumano e irresponsável, segundo a presidANTA, que lançou o boato sobre o fim do programa causando pânico na vagabundalha encostada no estado paquidérmico e ineficiente da pocilga.

A sinistra dos direitus dus manus veio à público e acusou sem provas a oposição. Depois percebeu que se continuasse nessa toada iria se phoder, resolveu recuar e calar a boca de vala que possui.

Depois veio a PresidANTA à TV e fez seu discursinho barato e safado eleitoreiro, acusando o imaginário, mas, aproveitando para mandar seu recado que as bolsas não irão acabar e que o povão nada chegado ao trabalho ainda terá mais alguns anos de vida boa sem suar a camisa. Apenas votando para manter o privilégio.

Depois veio o sinistro da justiça dizendo que a PF iria investigar "incansavelmente" até chegar aos culpado e puni-lo exemplarmente.

Dias depois o mesmo sinistro disse que havia partido de uma empresa de telemarqueting sediada no Hell de Janeiro. Não deu o nome da empresa, não deu o resultado da investigação e deixou para lá.

E por último, as investigações da "eficiente" PF deram que os boatos partiram das ruas e ponto final. Simples e muito oportuno.

A caixa economica, aquela que comprou o falido Panamericano por 5 bilhetas, inexplicavelmente estava preparada para a demanda boateira que abalaria as estruturas de qualquer empresa financeira, mas não. A caixa estava pronta para abastecer os caixas eletrônicos e TODOS sacaram seu dinheiro.
 A direção do banco não deu explicações convincentes de como o banco estaria pronto para uma ocorrência de tamanho impacto, justamente em um final de semana. Eu nem sabia que a caixa trabalhava aos domingos...mas, enfim...

Ninguém foi punido, ninguém foi responsabilizado, e nada mudou., o povão colocou as mãos em dois benefícios, o governo ganhou alguns dias preciosos na mídia amestrada e tudo acabou em águas de batatas.

E mais uma vez a má fé e o oportunismo fizeram vítimas entre o povão massa de manobra e alienado da pocilga.

A imprensa não fala mais nada sobre o assunto, a conversa mudou para a venda do Neymulambo para a Espanha, o Maracanã que foi interditado, e desenterditado,  a parada gay, e agora o jogo de inauguração do estádio.Tudo fica como dantes no quartel da pocilga...
 
02 de junho de 2013
omascate

DEFENSORES BRASILEIROS DAS FARC - OS PATIFES DE SEMPRE


Entre os dias 24 e 26 de maio, a Câmara de Vereadores de Porto Alegre-RS serviu de palco para mais uma manifestação pró-FARC no “Foro pela paz na Colômbia”, promovido pela “Marcha Patriótica-Capítulo Brasil”, uma ONG das FARC que realiza o trabalho de massas.
 
Enquanto isso, no mesmo período o presidente colombiano Juan Manuel Santos reunia-se na cidade de Cali com os presidentes do México, Peru e Chile, no encontro da “Aliança do Pacífico”, mais um desses organismos inúteis que só servem para seus membros fazerem turismo às custas do contribuinte, e estabelecer projetos que jamais serão cumpridos e menos ainda cobrados por quem quer que seja.
No evento em Cali houve festa e apresentações culturais, nos quais o irresponsável presidente ria, dançava e festejava, enquanto nesse mesmo dia - e em dias anteriores - as FARC, que estão em “negociações de paz” com o governo colombiano em Havana, assassinavam 10 soldados e o ELN, que pretende participar desta farsa, assassinava 13 policiais.
Há tempo eu tenho conhecimento de membros das FARC no Brasil, inclusive com status de “exilados”, como é o caso de Francisco Cadena Collazos, cognome “Oliverio Medina”, mas com esse evento em Porto Alegre tomei conhecimento de que há mais um exilado e é evidente que se trata de um membro das FARC.
Pesquisando, encontrei que Mauricio Avilez, de 30 anos, refugiado há seis anos e vivendo há quatro no Brasil, diz que foi “preso e torturado em seu país”.

Ocorre que esse elemento foi preso em 10 de junho de 2004, em Barranquilla, junto com mais nove elementos das FARC pela tentativa de assassinato do então candidato presidencial Álvaro Uribe Vélez. 
 
Avilez pertencia à organização comunista “Comissão Eclesial de Paz” (formada por adeptos da teologia da libertação), e foi defendido pela banca de advogados “José Alvear Restrepo”, a mesma que denunciou o Coronel Plazas Vega e tantos outros militares inocentes, cujos advogados são conhecidos por serem “ex” terroristas aos quais defendem com testemunhas e testemunhos falsos. 
 
Se Avilez não pertencesse às FARC não estaria hoje como “porta-voz” da sucursal brasileira da “Marcha Patriótica” e da “Agenda Colômbia-Brasil”, uma vez que esta ONG, que pertence oficialmente ao Foro de São Paulo, foi criada e é mantida pelas FARCfato há tempo denunciado pelas Forças Militares da Colômbia.
 
No começo do mês de abril o Grupo de Trabalho do Foro de São Paulo reuniu-se em Bogotá em reunião extraordinária, para estabelecer metas para o Encontro anual e atividades paralelas visando a, sobretudo, apoiar a farsa mantida entre o Governo Santos e as FARC em Havana.
 
No dia 9 de abril houve uma passeata em apoio a estas conversações, cujo organizador foi a “Marcha Patriótica”. Já ocorreram eventos similares na Argentina e Uruguai, e agora ocorreu no Brasil.
No próximo encontro, que será entre os dias 31 de julho e 4 de agosto em São Paulo, os brasileiros verão dentre seus participantes membros das FARC que agora, mediante essas “negociações de paz”, já não têm motivos para negar que são fundadores da criminosa organização criada por Lula e Fidel Castro, e que nunca deixaram de pertencer como membros efetivos com direito a voz e voto. 
 
Também não será mais possível ao governo brasileiro negar que conspira contra as liberdades e democracia no continente, sobretudo na Colômbia e Venezuela, e que apóia terroristas recebendo-os no país como pessoas de bem, como o terrorista das FARC Mauricio Avilez, que preside foros em território nacional com a conivência dos vereadores gaúchos.
 
Tarso Genro citou o caso Battisti como emblemático

Na tarde do dia 25 estava programada uma vídeo-conferência entre os participantes do evento e os “negociadores da paz em Havana”. Entretanto, os “negociadores” ouvidos foram apenas os das FARC, evidenciando que não há interesse real na paz da Colômbia, e sim respaldar e fortalecer politicamente o bando terrorista.
 
Nos vídeos abaixo pode-se ouvir as mesmas mentiras velhas e carcomidas de que essa guerra insana é por culpa da “oligarquia”, de “problemas sociais” e que eles são as grandes e injustiçadas vítimas. O que os representantes da mesa de negociações por parte do Governo pensam ou tinham a dizer, não importa, ninguém sabe ou lhes deu o direito à palavra.
 
Pode-se ler o documento final desse encontro, onde as palavras mais usadas são “amor” e “paz”, “igualdade” e “justiça social”, palavras completamente vazias de sentido quando se as pronuncia ao mesmo tempo que bombas e minas terrestres explodem pessoas inocentes, e soldados são assassinados com tamanha selvageria que ficam quase irreconhecíveis.
Também é importante notar que esse encontro contou com a presença de uma deputada do Euskal Erría, o partido político do bando terrorista ETA basco e que essa paz alucinógena teve, como não podia faltar, defensores de um Estado palestino.
 
O discurso versou sobre os mesmos temas repetidos por Santos à exaustão, de rotular de “inimigos da paz” àqueles que se opõem a esse circo macabro disfarçado de “mesa de negociações”, dos delírios em afirmar que o “imperialismo estadunidense” é quem comanda as reações militares porque quer “roubar” os recursos naturais do continente e para isso pedem o fim do “militarismo”, um dos pontos-chave defendidos pelas FARC para finalmente assinar o acordo de paz.
E as ações seguem durante o ano inteiro num foro permanente, como forma de pressão aos seus desejos de transformar o continente Sul-Americano em uma republiqueta comunista, comandada desde Havana pelos decrépitos ditadores Castro.
 
O mundo inteiro ficou chocado e estarrecido com o assassinato brutal de um soldado inglês por um psicopata muçulmano na semana passada. Uno-me à repulsa mundial e lamento a morte deste jovem soldado.
Entretanto, na mesma semana 23 jovens soldados colombianos, alguns ainda imberbes, foram igualmente assassinados pelas FARC e o ELN com requintes de crueldade, e não se ouviu uma palavra - ao menos informando o fato - da mídia brasileira.
Como dar a notícia a essas famílias? Como dizer que seus filhos, irmãos, pais tiveram suas cabeças perfuradas por um projétil que lhes arrancou metade do crânio? Como perdoar monstros que praticam essas barbaridades em nome de uma paz utópica e mentirosa, e depois vê-los sentados no Parlamento legislando, criando leis para que suas vítimas as cumpram?
 
A mídia brasileira não deu um pio acerca deste famigerado encontro em Porto Alegre que, enquanto os guerrilheiros assassinavam soldados e policiais que cumpriam com o seu dever de defender a pátria, uma horda de comunistas insanos aplaudia e incentivava as FARC a continuar ensanguentando o país com suas ações terroristas, enquanto eles cinicamente falavam de “paz” num vídeo gravado sabendo que mentiam descaradamente pois o que desejam é a tomada do poder absoluto.
 
Quando uma mídia chega a esse ponto de insensibilidade e conivência, já não é mais digna de merecer o respeito como “fonte de informação” e sim o escárnio e o repúdio como convém aos cúmplices de tanta desgraça.
 
02 de junho de 2013
Graça Salgueiro
Artigo escrito para o Jornal Inconfidência

INSATISFEITOS, MILITARES CONVOCAM PROTESTO POR DOIS LADOS NA COMISSÃO DA VERDADE

Marcelo Machado, sargento reformado do Exército e um dos organizadores do ato marcado para o próximo dia 11, diz que onda de insatisfação pode gerar motins nos quartéis
Vasconcelo Quadros - iG São Paulo 

Presidente da Associação Nacional dos Militares do Brasil (ANMB), o sargento reformado do Exército, Marcelo Machado, um dos articuladores da reação da direita às investigações da Comissão Nacional da Verdade (CNV) afirma que uma onda de insatisfação no meio militar pode gerar motins nos quartéis em protesto contra o governo e em resposta a “passividade” com que, a seu ver, têm se comportado os comandantes das Forças Armadas.
“O governo está usando a Comissão da Verdade para desmoralizar as Forças Armadas. Somos favoráveis à apuração da tortura e desaparecimentos de presos políticos, mas também queremos que se investiguem os sequestros, assaltos e explosões de bomba envolvendo a esquerda. Tem de mostrar os dois lados”, diz Machado.
Segundo ele, mais de 95% dos efetivos militares são formados por jovens que tomaram conhecimento dos anos de chumbo pela leitura de livros oficiais e que agora – diante das novas revelações – podem ser induzidos a entender a história da luta armada apenas pela versão da esquerda. Ele diz que os militares e policiais que atuaram contra as organizações que pegaram em armas cumpriram ordens.
“É como uma panela de pressão. Sem válvula de escape, explode. Além do sucateamento das Forças Armadas e dos péssimos salários, os militares estão sendo humilhados. A insatisfação dentro das unidades militares é generalizada. Tenho recebido reclamações e informes de que pode ter motim”, afirma Machado. Segundo ele, o Rio de Janeiro é o principal ponto de insatisfações do país.
A mobilização de militares está sendo coordenada pela ANMB e por outra entidade correlata, a União Nacional das Esposas de Militares (UNEMFA), que pretendem reunir mais de três mil pessoas em Brasília no próximo dia 11 num evento que vem sendo organizado como a primeira manifestação pública contra os rumos das investigações CNV.
A lei que criou a CNV – que não tem poder de punir nem de produzir peças processuais – restringe as investigações aos crimes praticados por agentes da ditadura. As ações de militantes da esquerda armada (sequestros, assaltos e assassinatos), segundo entendimento do governo e dos integrantes da CNV, representaram resistência ao regime ditatorial e já foram punidos com prisões, condenações e banimento durante o período de repressão.
“A manifestação é uma reação democrática da família militar contra o revanchismo. Não terá nenhum caráter partidário”, garante Machado. Até entrar para a reserva, ele era terceiro sargento do Exército no Rio. Além do comando da entidade, Machado é também presidente do diretório municipal provisório da Aliança Renovadora Nacional (Arena), o partido que sustentou a ditadura militar e está sendo reestruturado no País pela estudante gaúcha Cibele Baginski.
Machado diz que as entidades representam cerca de 5, 2 milhões de militares ativos e inativos das Forças Armadas, corpos de bombeiros e polícias militares de todo o País.
As reações contra as investigações sobre os crimes da ditadura começaram no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva com declarações de dirigentes dos clubes militares e dos comandantes das Forças Armadas contra o lançamento do livro Direito à Memória e à Verdade, em 2009.
Para tentar estabelecer contraponto, a direita editou e passou a distribuir o Orvil (livro ao contrário) em que listou os atos da esquerda armada segundo a versão da polícia e dos militares que atuaram na repressão.
Com a instalação da CNV, no ano passado, as reações da direita passaram a ser mais ostensivas, mas estavam restritas a declarações de dirigentes dos clubes militares, insistindo sempre que as conclusões só terão a verdade que a esquerda quer.
Os militares acham que o objetivo da CNV é pressionar o Supremo Tribunal Federal a aceitar a revisão da Lei da Anistia para abrir possibilidade de punição aos agentes acusados de tortura, assassinatos e ocultação dos corpos de desaparecidos no período.
O ato programado para o próximo dia 11 é a primeira manifestação em que os militares saem às ruas para protestar. “Já pedimos apoio da PM do Distrito Federal e faremos tudo dentro da lei e da ordem. As despesas serão bancadas individualmente por cada manifestante e ninguém está autorizado a usar camiseta ou qualquer objeto que caracterize partido político”, afirma Machado. A ANMB e UNEMFA, no entanto, estão alinhadas politicamente à Arena.
“A manifestação não é um ato do partido, mas estamos liberando os companheiros que quiserem participar”, afirma Cibele Baginski. Segundo ela, o partido é de direita, representa as correntes nacionalistas e conservadoras, combate “a parcialidade” da CNV, mas agirá dentro da ordem democrática. “Descartamos qualquer radicalismo”, garante a estudante.
 
02 de junho de 2013
movcc
Vasconcelo Quadros - iG São Paulo 
 

O NOVÍSSIMO DESPORTO NACIONAL

   
          Artigos - Cultura 
A razão purificou-se das ilusões dos sentidos e dos sofismas enganosos (...) – onde reside, pois, a causa de ainda sermos bárbaros?
Friedrich von Schiller

“Está com a cara cheia de droga! Não pode ser só maldade”. Assim minha mãe, pouquíssimo dada a desnecessárias e nada lucrativas ilações filosóficas, costumava interromper abruptamente a letargia com que eu bebo meu café, e me arranjar entreveros existenciais dignos de um Albert Camus. No caso, seu Albert Camus atendia pelo nome de José Luiz Datena. Importa citar as fontes.
 
Consternada com a violência diabolicamente gratuita dos "dias de hoje" – no episódio em questão, a frieza assustadora de um homem que matara a facadas a enteada de dois anos de idade, e narrava o crime como se anedota fosse –, ela afirmava, convicta: “Antes não era assim”. Três anos depois, incendiar pessoas parece ter se tornado desporto nacional.
 
Abril de 2013: a dentista Cinthya Magaly Moutinho de Souza, 47, comete a imprudência de não ter mais do que trinta reais na conta bancária.
Três dignos representantes da classe oprimida pela sociedade neoliberal, investidos da autoridade própria dos irremediavelmente injustiçados, resolvem tocar fogo na desavisada, reparando assim algumas das tantas diferenças sociais entre burgueses e incendiários.
 
Maio de 2013: dois assaltantes invadem o consultório do dentista Alexandre Peçanha Gaddy, 41, e o trancam no banheiro. Mas não basta trancá-lo no banheiro: há que se atear fogo no banheiro.
Eles fogem sem levar nada. Em alguns minutos, veremos especialistas, sociólogos e sakamotos – a canaille de costume, vocês sabem – tentando explicar e, no limite, justificar a barbárie perpetrada. Minha mãe já não está viva para novamente afirmar: “Antes não era assim”.
 
No último século, os meios de destruição em massa desenvolveram-se vertiginosamente. Podemos acabar dez vezes com a espécie humana e convivemos com o fato com relativa tranquilidade, entre um café e outro. Se a tortura não é exatamente novidade na periclitante história da civilização – sabemos todos que não houve "tempos melhores" –, a produção sistemática e em escala industrial de sofrimento pelos estados modernos supera as atrocidades egípcias, romanas e pré-colombianas em pretensão e eficácia.
 
E o terrorismo – destruição gratuita precipitada por aqueles que não se importam em ser destruídos e, por isso mesmo, tornam-se invencíveis – é dessas coisas que fariam Voltaire engolir o sorrisinho ensaiadamente cínico de Antônio Abujamra avant la lettre.
 
Theodor Adorno afirmou, dramaticamente, que não seria possível fazer poesia depois de Auschwitz. Como eu o entendo. Não somos capazes de criar uma narrativa da degradação. Aceitamos a violência niilista e perversa tal qual é e como se apresenta. E se esperam de nossa apressada sociologia ao menos a descrição correta do fenômeno, declinamos do convite. Suspeitamos que o mal seja avesso às médias estatísticas.
 
Os gritos, as ofensas e a histeria do famigerado apresentador são a representação perfeita do que nos sobrou ante casos dessa espécie: a incapacidade de encontrar, na linguagem desgastada e vulgar da indignação barata, as palavras justas, violentamente justas, para condenar o horror. Precisamos inventar um idioma para descrever as penas do inferno.
O problema talvez seja: naturalizamos o pecado. Melhor: higienizamos o pecado.
 
A cosmovisão iluminista, com sua crença no irreversível progresso científico, material e tecnológico – e a esperança de que a razão extirparia do mundo as representações mais nefastas da alma humana – pretende ignorar o óbvio: o homem é capaz do mal. Sem motivos. Ou com o menos previsível dos motivos: porque quer. “Nós estamos condenados à liberdade”.
 
Acostumamo-nos a acreditar sincera e cretinamente que os crimes não são mais que desregramentos, comportamentos desviantes perfeitamente explicáveis. A violência, precipitada por paixões e desejos, por dívidas ou traições, por vingança ou ideologia. A perversidade como epifenômeno das desigualdades sociais, étnicas, econômicas. Genes ruins, consumo de substâncias narcóticas, traumas na infância, declarações da Marilena Chauí. O criminoso enquanto paciente e a crueldade como sintoma (cabe tratamento). “Deve estar com a cara cheia de droga”.
 
Nem sempre se está com a cara cheia de droga, mãe. Mas importa dizer: criminosos têm de ser punidos. E crimes hediondos têm de ser punidos na medida de sua hediondez. Não há mais-valia, não há superestrutura, não há conflito de classes, não há bandejão da FFLCH que explique ou justifique que um filho da puta queime outro ser humano. Se não se entende isso, não se entende nada.
 
As ciências sociais podem eventualmente identificar os motivos dos males que têm motivos. Mas para as manifestações do mal que prescindem de motivos, elas nada têm a dizer. Que nosso querido Michel Foucault descanse em paz. E, sobretudo, que não nos esqueçamos: Caim, o primeiro assassino, não foi “reintegrado à sociedade”. Teve marcado na testa o fratricídio e foi punido com o degredo.

02 de junho de 2013
Gustavo Nogy

Publicado no site Ad Hominem.

PERSEGUIÇÃO CRIMINOSA: GOVERNO SANTOS GRAMPEIA TELEFONES DE JORNALISTAS


          Notícias Faltantes - Denúncias 
O jornalista e colaborador do MSM Ricardo Puentes Melo, que já teve um de seus filhos seqüestrados, agora tem seus telefones grampeados. “Quando tive a confirmação técnica de que meus telefones estavam sendo grampeados pelo governo de Santos, não me surpreendi em absoluto. (...) O que certamente me aterrorizou é que também tivessem intervindo nos telefones de minha esposa e o que meus filhos de 12, 10 e 7 anos de idade usam. Que coisas terríveis podem planejar umas crianças? Não sei...”

Uma das coisas mais surpreendentes deste país, é que aqui a justiça funciona como um relógio ao contrário. Os órgãos de investigação e de justiça estão fortemente controlados por terroristas indultados e seus quadros ocultos, e isto levou a que o aparato estatal, que deveria estar a serviço do cidadão, na realidade esteja à disposição de um punhado de criminosos poderosíssimos que querem converter a Colômbia no caixa mais novo de seus familiares e amigos, todos com interesses tão egoístas quanto delitivos. 

OlavoGraçaPuentes
O filósofo Olavo de Carvalho e os jornalistas Graça Salgueiro e Ricardo Puentes Melo.

Triste que não haja uma grande imprensa respeitável, interessada em esquadrinhar e divulgar a verdade. Triste que jornalistas com muita credibilidade a utilizem para bajular seus leitores e tele-audiência para depois acorrer sordidamente ao governo para que lhes unte as mãos com pauta oficial milionária, sob a condição de que continuem enganando o país com a história de que este é um governo bom e transparente, e que os grupos terroristas com os quais se está aliando para entregar-lhes a nação, são apenas organizações humanitárias incapazes de seqüestrar uma mosca.
 
E triste que um presidente que foi jornalista seja precisamente quem persiga e atente contra jornalistas que não estamos de acordo com o terrível destino que ele quer impor aos colombianos para subjugá-los terrorismo narcotraficante que tem meio mundo subjugado pelo medo ou pelo suborno.
Graças a essa política infame, quase morreu assassinado o Dr. Fernando Londoño Hoyos, ex-ministro e jornalista, diretor de La Hora de la Verdad, a quem lhe colocaram uma bomba lapa trazida por um etarra através da Venezuela e posta a funcionar pelas FARC, graças a mãos criminosas e cúmplices que lhes ajudaram na logística, por exemplo, para manipular a sincronização dos semáforos para obrigar a deter o carro do Dr. Londoño, mãos cúmplices na Empresa de Telefones de Bogotá, hoje controlada por guerrilheiros anistiados do M-19 e auxiliadores da guerrilha das FARC.
 
Por isso, quando tive a confirmação técnica de que meus telefones estavam sendo grampeados pelo governo de Santos, não me surpreendi em absoluto. Pensei que era mais suportável uma grampeada telefônica do que uma bomba em minha casa.
Porém, tal e como disse em La Hora de la Verdad [1], o que certamente me aterrorizou é que também tivessem intervindo nos telefones de minha esposa e o que meus filhos de 12, 10 e 7 anos de idade usam.
Que coisas terríveis podem planejar umas crianças? Não sei... Ou será que procuram causar-lhes dano, talvez queiram seqüestrar um deles como fizeram há alguns anos, ocasionando que meus filhos hoje vivam quase presos, recolhidos entre quatro paredes?
 
Assim, pois, em meio ao mundo surrealista que nos coube viver na má sorte, aceitei como algo cotidiano e inevitável os grampos em meus telefones. Porém o que me aterrorizou sobremaneira foi o seguinte informe que alguns amigos experts em temas de interceptações me passaram de maneira urgente.
 
Desde os Estados Unidos, meus amigos me soltaram a fatídica notícia. Os computadores de minha casa,
inclusive o que meus filhos usam, sofreram um ataque muito sofisticado, uma espionagem que permitia acessar o disco rígido, ver em tempo real o que alguém estava teclando, espionar as contas de correio eletrônico, usar as câmeras dos computadores para observar o que ocorre na intimidade de nosso lar. Isso foi aterrador, confesso.
 
Como sabe-se que é o governo de Santos quem está fazendo essa tarefa mafiosa? Simplesmente meus amigos, em sua perícia, me confirmaram direções de IP, tecnologia utilizada, estratégia, mecanismos, tudo utilizado já por este governo contra outros personagens, e posto em andamento por um setor da Polícia Nacional que conta com o material humano e técnico para fazer este tipo de grampos e perseguições.
 
Quando me disseram isto, entendi as inúmeras vezes em que membros da Polícia Nacional chegavam aonde eu estivesse para perseguir meu esquema de segurança, para desarmá-los, para me deixar sem proteção.
 
Entendi a falta de apoio a meus pedidos de ajuda em ocasiões em que necessitava me deslocar e não podia por falta de esquema completo. Entendi tudo. Entendi o modo sistemático como este governo vinha me perseguindo, junto com minha família, coisa que é bem difícil de comentar sem temer diariamente pela vida de meus filhos.
 
Em resumo: sim, eu afirmo. Este governo, junto a um de seus organismos de inteligência invadiu a privacidade do meu lar, está me fazendo espionagem telefônica e mediante meus computadores. E as razões podem-se entender bastando dar uma olhada nas investigações que antecipamos desde Periodismo Sin Fronteras.
 
Já nem me dá vontade de me queixar ante a FLIP (Fundación para la Libertad de Prensa) ou ante a SIP (Sociedad Interamericana de Prensa), porque a primeira está nas mãos de Ignacio Gómez e Daniel Coronell, e foi a FLIP quem escreveu a Repórteres Sem Fronteiras, com sede em Paris, para lhes dizer que não me apoiassem em meus pedidos de proteção uma vez que nem eu nem minha família merecíamos ter proteção.
 
A segunda, a SIP, está no controle dos Santos. Enrique Santos, o guerrilheiro do Chicó, foi presidente desse órgão internacional de imprensa que fez ouvidos moucos quando se inteirou que minhas denúncias não eram contra Álvaro Uribe Vélez.
Assim que as supostas organizações defensoras de jornalistas defendem principalmente os comunicadores afins ao marxismo e inimigos do Exército. E eu não sou nem uma coisa nem outra.
 
Porém, o que certamente farei nas próximas horas é colocar a respetiva denúncia ante o Ministério Público Geral da Nação. Também solicitarei que me informem se contra mim, minha esposa e meus filhos pequenos existe ordem judicial para intervir em nossos telefones e computadores.
Acorrerei a esse órgão investigador, mesmo com a convicção de que o Promotor Geral da Nação só está disponível para oferecer impunidade aos terroristas, e de que lá arquivaram todas as denúncias, com todas as provas, que fiz contra guerrilheiros indultados que hoje estão no poder.
 
Espero que os novos comunicadores e jornalistas não sigam os passos de seus chefes que, por lucros ou por simples covardia, tornaram-se cúmplices do canalha.
 
Eu, por minha parte, prometo não guardar jamais a pena para defender a verdade, e continuarei com o firme propósito de que não jogarei minhas convicções no mesmo cesto de lixo onde o presidente Santos e seus sócios de Havana cospem diariamente os resíduos das substâncias que consomem e legalizarão, para bem da empresa criminal que contabiliza milhões de vítimas na Colômbia e no mundo.
A mim já me extirparam a glândula do medo.

Nota:
 

02 de junho de 2013
Ricardo Puentes Melo              

Tradução: Graça Salgueiro

TUDO PELA IDEOLOGIA


          Artigos - Governo do PT 
A Funai não anda a fim de mato. Virou MST dos índios.

E a ideologia em tudo. Afirmação reiterada, persistente, contra a lógica polida e esférica dos fatos é indício de mentira cabeluda. Veja a Medicina cubana, por exemplo. Relatam-se sucessos mágicos. Coisa de botar no chinelo o orgulhoso Hospital Albert Einstein.
Essa fábula faz parte da alma do negócio ideológico e financeiro da Castro&Castro, aquela empresa que a partir de 1959 assumiu toda a atividade produtiva de Cuba. Como é possível alguém crer que uma ilha onde viver é catalogar carências possa produzir esplendores da Ciência? É possível, sim. Até o Chávez caiu nessa.
 
Veja o caso dos brasileiros que vão cursar Medicina em Cuba. São alunos que, ante o purgatório do vestibular, preferem botar fé no paraíso cubano. Batalham indicação de partidos e movimentos sociais afinados com a Castro&Castro. Ao retornarem, são reprovados em exames de revalidação, mesmo tendo freqüentado o que há de bom – assim dizem - em Medicina e Saúde Pública no mundo.
 
Sim, sim, sei. Eu e o Chávez. O fato de médicos cubanos se apresentarem às portas dos hotéis de Havana oferecendo-se como guias de turismo deve ser boa confirmação dessa excelência toda. Já a proposta de importar de Castro&Castro milhares de profissionais, a troco de ouro para os cofres da exportadora e de tostões para os médicos, ofende os direitos humanos das comunidades pobres e isoladas, escolhidas para recebê-los.
 
A solução que proponho é, socialmente, muito mais justa. Destaquem esses profissionais para cuidar dos membros do governo federal e seus agentes, bem como de todos os que, no meio social, político e partidário, acharam a iniciativa o maior barato. Vergonha! Preferem pagar bem o governo cubano a remunerar bem os médicos brasileiros.

* * *
Também ofende a dignidade humana a ideia de que índios devam permanecer, séculos afora, lascando pedra para fazer lança e servindo, seja como zoológico humano para deleite de antropólogos estrangeiros, seja para as matreiras intenções da Fundação Nacional do Índio e do Conselho Indigenista Missionário.
 
Esses organismos estão ideologicamente seqüestrados por interesses não nacionais. As sucessivas invasões de áreas de lavoura evidenciam que transformaram os índios em militantes de causas que não são suas. A produção de alimentos ocupa menos de 30% do território nacional.
 
O resto é mato. Portanto, se os índios querem viver segundo sua tradição tribal, não será em áreas de lavoura plantada que o farão. Têm os outros 70% à disposição. Os que querem se integrar à Civilização, não o farão como sem-terras que pintam o rosto com tinta de urucum e tocam tambores de guerra.
Reservas indígenas vão entrar para o agronegócio? E daí, presidente Dilma? Veja a encrenca em que sua gente meteu o país.
 
Assim como o MST recrutava sem-terras no meio urbano, agora a Funai recruta índios para seus objetivos ideológicos e corporativos. A Funai não anda a fim de mato. Virou MST dos índios. E o CIMI nunca esteve a fim de evangelizar.
Proclamam em seu site: “Impulsionados por nossa fé no Evangelho da vida, justiça e solidariedade e frente às agressões do modelo neoliberal, decidimos intensificar a presença e apoio junto às comunidades, povos e organizações indígenas e intervir na sociedade brasileira como aliados dos povos indígenas, fortalecendo o processo de autonomia desses povos na construção de um projeto alternativo, pluriétnico, popular e democrático”.
Conheço bem essa toada. De letra e de música.
 
02 de junho de 2013
Percival Puggina
Publicado no jornal Zero Hora.